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LABIRINTO NO Luís Dill

ESCURO

SINOPSE
Labirinto no escuro é uma história criativa que aguça a nossa curiosidade a
cada página. Luís Dill faz com que o inexplicável aconteça diante dos nossos
olhos e conduz a narrativa a um final surpreendente.

APRESENTAÇÃO
Nicolas, o protagonista desse romance, meteu-se em uma grande enrascada. Ao
acordar, ele não sabe onde está nem por que a lembrança dos acontecimentos
recentes virou fumaça. Desorientado e angustiado, tudo o que sabe é que está
preso a uma cama, num quarto asséptico, inteiro branco.
Labirinto no escuro revela, no próprio título, o que a mente diabólica de Luís Dill
arquitetou para seu jovem herói e para seus corajosos leitores: uma armadilha
perigosa.
Capítulo após capítulo, a situação de Nicolas ficará cada vez mais complicada.
Então, estejam preparados para experimentar a desorientação e a angústia que
tomam conta do rapaz. Não confiem em ninguém. Nem em vocês mesmos. Os
cinco sentidos e a memória também podem enganar.
Dill é um de nossos mestres na arte da intriga e do suspense. Seus romances
plantam no leitor um estado de paranoia quase insuportável. Mas também muito
prazeroso, por mais incrível que essa contradição possa parecer.
— por LUIZ BRAS
LABIRINTO NO Luís Dill
ESCURO

FICHA TÉCNICA
Ilustrador: Fernando Vilela
Formato: 15 x 23 cm
Número de páginas: 128
ISBN: 978-85-385-6993-0
Indicação: a partir de 13 anos

PREPARAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA A LEITURA


Comece o trabalho com o livro levando para a sala de aula a canção de Raul
Seixas intitulada “Maluco beleza”. Os alunos podem cantar acompanhando a
gravação. Isso cria um clima de familiaridade – afinal, a canção ainda mantém
certa jovialidade – e de descontração, pois cantar é uma forma de relaxar. O mais
importante, porém, é introduzir um dos assuntos responsáveis pela ambientação
do livro de Luís Dill: a loucura, ou melhor, um estado psíquico fora do normal,
característico de seres amalucados.
• Depois de ouvir e cantar a música com seus alunos, você pode discutir, em
uma roda de conversa, o que eles consideram loucura e se é diferente de
ser maluco “ser maluco”. Pergunte: O que é ser um maluco beleza? Ao final,
deixe anotadas as conclusões para uso futuro no trabalho com a literatura.
• Leve a reprodução de um labirinto para a sala de aula e pergunte aos
alunos quais seriam as reações de uma pessoa perdida dentro de um
labirinto. Provavelmente, em algum momento, eles dirão que a pessoa pode
enlouquecer. Parta, então, para a apresentação do livro e, em especial, de
seu título.
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• Pergunte se alguém conhece uma história relacionada com labirintos e heróis


antigos. Se conhecerem, peça que contem. Se não, conte a eles o mito de
Teseu. Veja a seguir uma das versões.

O mito de Teseu
Teseu, cujo nome significa “o homem forte por excelência”, era filho de Egeu,
tirano de Atenas, e de Etra, filha do rei de Trezena, e tornou-se um herói da
mitologia grega, por matar o Minotauro. A história começa com a guerra entre
Egeu e Minos, rei da ilha de Creta. Minos havia cercado Atenas com uma
poderosa esquadra. Durante a guerra, uma peste enviada por Zeus contra os
atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma
taxa dos vencidos a cada nove anos. A taxa era em forma de sete rapazes e sete
moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para
serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa
de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir para poupar o sacrifício de
vidas humanas. Trocou de lugar com um dos jovens que iriam ser sacrificados e
partiu para Creta a fim de invadir o labirinto. Na partida usou em seu navio velas
pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar
caso saísse vitorioso na missão.
A linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou
com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto: o uso de um novelo
de lã.
Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria
desenrolando à medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto
de partida, teria apenas que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente.
Teseu entrou, encontrou o Minotauro e matou o monstro com um só golpe na
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cabeça. Depois conseguiu sair do labirinto, conforme planejado com Ariadne. Até
hoje, “o fio de Ariadne” é uma expressão usada inclusive na ciência matemática
para significar “um método simples para resolver problemas complicados”

• Com base nessas informações, peça aos alunos que observam a capa do
livro e pergunte se existe algo nessa capa que lembre um labirinto. Quais
são as dificuldades para conseguir sair de um labirinto no escuro?

• Antes da leitura do livro, você pode ler – ou pedir a um aluno que leia –
a apresentação feita por Luiz Bras. É um momento para concluir o que a
narrativa pode trazer.
• Escreva em tiras de papel algumas frases da apresentação que você
considere que estimulem a imaginação dos leitores. Divida a turma em
grupos, dê a cada grupo uma frase e peça a eles que desenvolvam com
exemplos, com fotos, com letras de canções, com citação de filmes o que
a frase pode significar. Por exemplo: “meteu-se numa grande enrascada”,
“uma armadilha perigosa”, “experimentar a desorientação e a angústia”,
“arte da intriga e do suspense”. Depois, cada grupo apresenta para a turma
a frase e o que fizeram com ela. Guarde os resultados para comparar mais
tarde.
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EXPLORAÇÃO DA LEITURA
Trata-se de uma narrativa de suspense que intencionalmente omite
informações e as revela pouco a pouco. O dicionário Aurélio define esse termo
como “momento de tensão forte no enredo de um filme, uma peça de teatro, um
romance, etc.”.
Além disso, Labirinto no escuro apoia-se em personagens enigmáticas que
mantêm o leitor em dúvida sobre seus comportamentos.
A ambiguidade e o suspense presentes na composição literária são criados
por alguns elementos da narrativa. Veja como eles são organizados.
Foco narrativo e modo de narrar
A narração é feita por um narrador em terceira pessoa. Ele não se identifica,
mas domina todo o conhecimento do que está sendo contado. É o denominado
narrador onisciente. Ele sabe o que se passa dentro e fora do quarto, ele
conhece presente e passado de todos os personagens. É capaz de relatar o que
se passa na mente de Nícolas. Controla as revelações sobre comportamentos
dos personagens e as apresenta em momentos escolhidos da narrativa.
• Como Nícolas fica sabendo quem é Amaury?
• Como Nícolas descobre o que aconteceu em dias anteriores?
• Como o personagem e o leitor ficam sabendo quem é a sensual enfermeira?
No entanto, o narrador não esclarece totalmente o que se passa no instituto.
O leitor só fica sabendo que é um instituto psiquiátrico. Quem fala sobre ele são
os personagens, que são todos dignos de desconfiança. Não há confirmação de
qual seja o experimento, mas há dicas e avaliação sobre ele. Para isso, serve-se
novamente dos personagens que não são dignos de confiança.
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• Seus alunos podem buscar frases do texto, falas de personagens em


que essa explicação sobre o experimento vai sendo apresentada.
• Para que seus alunos percebam os artifícios de suspense da narração,
peça a eles que escolham uma cena do romance e que a narrem do
ponto de vista do Dr. Pontes, de Nícolas ou de Floyd. Para produzir esse
texto, os alunos deverão imaginar o que pensa cada personagem, o que
vive, o que quer fazer, qual a verdadeira razão de estar na instituição.
• Leve seus alunos a observar que o narrador acompanha Nícolas, que
nada sabe do que está acontecendo, o que ajuda a criar a sensação de
suspense, resultado do desconhecimento, das explicações para o que
aconteceu e acontece. Intencionalmente o narrador oculta de Nícolas
o que aconteceu e o que acontece fora do quarto. Por isso, reconstituir
esse outro lado da narração permite que o leitor perceba os recursos
usados pelo narrador em seu processo de narração.
Nas páginas 17, 30, 42, 64, 76 e 113 há a inclusão de pequenos textos que
parecem não fazer parte do corpo da narrativa. São situações fragmentadas e,
em alguns casos, sem identificação de nomes de personagens ou determinação
de tempo dos acontecimentos. Pergunte a seus alunos qual a função desses
microtextos inclusos. Eles servem apenas para confundir o leitor? Eles adiantam
alguma informaçao que a narrativa principal não quis dar? São pistas para
entender o que está acontecendo?
• Divida a turma em seis grupos e encarregue cada um deles de responder a
essas questões em um dos fragmentos.
• Depois, os grupos vão defender suas respostas e confrontá-las com as dos
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colegas. Você coordena a conversa e procura esclarecer se são fragmentos


referentes a diferentes personagens (a enfermeira Verônica, o Dr. Pontes,
Floyd, Helga, o pai, a avó) ou a apenas um deles.

Personagens e conflito
• Solicite aos alunos que, individualmente ou em grupo, confeccionem
em cartolina um perfil para cada personagem: Nícolas, Verônica,
Dr. Pontes, Amaury, Floyd. Os alunos podem desenhar como eles
concebem visualmente o personagem ou colar um recorte de
revista, por exemplo. De um lado haverá o desenho/foto/recorte
com um espaço para escrita; o outro ficará em branco. Esse perfil
será recortado e colado em uma vareta para que possa ser girado.
• No lado em que houver a figura, os alunos escreverão as
qualidades e os defeitos do personagem esclarecidos pela
narrativa. No lado em branco deverão ser escritos qualidades e
defeitos que a narrativa não apresentou inicialmente e que serão
revelados a Nícolas pouco a pouco. O manuseio desses retratos
em cartolina mostrará concretamente a complexidade de caráter
dos personagens.
• Em seguida, pergunte aos alunos qual é o conflito principal do livro
e que tem Nícolas como protagonista. Os outros personagens
viverão conflitos particulares que ajudam a entender aquele vivido
pelo rapaz?
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• Lembre aos alunos que conflito significa um confronto – claro,


disfarçado ou oculto – entre dois ou mais personagens, ou entre
eles e o ambiente, ou entre eles e o passado. Por exemplo: Amaury
viveu anteriormente um conflito com o Dr. Pontes? Com Floyd?
Verônica não entra em conflito com ninguém? Os pais de Nícolas
são totalmente favoráveis a seu filho? Quem é Floyd?
• Seria interessante montar uma imagem gráfica dessas relações,
para que os alunos possam incrementá-la. Basicamente, seria
uma distribuição de funções dos personagens no enredo do livro.
Por exemplo, disponha os nomes dos personagens aleatoriamente
e depois faça ligações de oposição ou de auxílio ou de ambos
por meio de símbolos. Você pode criar diagramas para visualizar
essas relações e usar cores diferentes.
• Também é possível trabalhar com recortes em cartolina ou cartão.
Coloque os nomes dos personagens em uma caixa e os símbolos
de relações em outras (oposição, ajuda, sedução, informações,
proteção, revelações, mentiras).
• Em seguida, você seleciona algumas cenas, e os alunos identificam
o tipo de relação que existe entre os personagens. A partir do
reconhecimento dessas relações, os alunos podem trabalhar com
mudanças e inversões, como fazer os pais internarem o filho, o
Dr. Pontes ser um cientista assassino, o Amaury ser o verdadeiro
cientista maluco responsável por tratamentos desumanizadores.
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Ambiente/espaço
• O espaço é fundamental neste livro. Ele é limitador e de reclusão. Verifique
com seus alunos como eles interpretam a cor branca. E as janelas fechadas?
As correias e a simplicidade dos objetos do quarto? Todo hospital é assim?
Por que é usada apenas a palavra Instituto sem identificação? Esses
elementos colaboram com o ambiente estranho e sufocante percebido por
Nícolas? Portas e janelas são aberturas para o exterior: é dessa maneira que
aparecem no livro? Por quê?
• Seus alunos podem pesquisar na internet ou em sua cidade, se houver, o
que é um hospital para recuperação psiquiátrica.
- Que tratamentos ali são desenvolvidos?
- Que tipo de pacientes estão ali internados?
- Qual a semelhança e qual a diferença com a narrativa ficcional de
Labirinto no escuro?
• Se o ambiente é todo branco, por que a narrativa ficcional fala em “escuro”?
É possível atribuir ao lugar em que Nícolas está a noção de labirinto – um
espaço de saída praticamente impossível? O estudo do espaço pode, assim,
levar a uma melhor compreensão do espaço. Não se esqueça, porém, de
levar o símbolo do labirinto para os aspectos ideológicos do livro, que veremos
logo mais.
• Como é a movimentação de Nícolas pelo espaço da instituição? Por quais
lugares ele passa? Há repetição deles? Há idas e voltas? O que as proibições
indicam? Os demais personagens circulam pelos mesmos espaços? Com as
mesmas intenções e percepções?
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• Os alunos podem discutir e depois escrever sobre como se sentiriam


se estivessem internados no quarto ao lado de Nícolas. Esses textos
podem compor uma antologia de textos da turma e outras perspectivas de
entendimento do livro de Luís Dill. Para auxiliar os alunos na redação dess a
proposta, você pode retomar as conclusões do trabalho com as expressões
selecionadas quando foi discutida a apresentação feita por Luis Bras na
orelha do livro.
• Os alunos podem selecionar notícias sobre hospitais e clínicas de reabilitação
para compor um painel em sala de aula sobre o assunto.
Tempo e memória
• Comece o trabalho com esse tópico fazendo alguns jogos de memória
com seus alunos. Dê uma palavra, como praia e peça a eles que digam ou
escrevam o que lhes vem à mente de imediato. Compare as respostas e
mostre o quanto as sensações vêm automaticamente ligadas às palavras.
• A seguir, peça a eles que ensinem, por meio de palavras, alguém a andar
de bicicleta ou de skate pela primeira vez. Ressalte como é mais fácil andar
que descrever. Observe como eles misturam o que viveram quando tentam
ensinar a fazer algo.
• Depois, solicite aos alunos que escrevam o que viram no dia anterior ao
saírem da escola. Compare as respostas e aponte quando há exemplos de
memória visual, auditiva, associação de vivências, afetividade, etc.
Quando a narrativa começa, muitos fatos aconteceram, principalmente
aqueles que devem explicar o porquê da internação de Nícolas. Não é aleatória
a alegação de que Nícolas está com problemas de memória. A narrativa terá
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como um de seus objetivos investigar essa memória. Dr. Pontes indaga, logo no
início: “Consegue se lembrar de alguma coisa?” (p. 16). Nícolas passará todo o
tempo da narrativa em busca dessa “alguma coisa”.
Informe a seus alunos que existem sete diferentes tipos de memória:
- memória sensorial: preserva informações obtidas pelos cinco sentidos
por muito pouco tempo.
- memória auditiva-visual: preserva por longo prazo informações obtidas
por esses canais de contato com o mundo.
- memória de curto prazo: lembra informações por algumas horas, muito
relacionada com a área do trabalho: ordens do chefe, recomendações
do professor, etc .
- memória semântica: preserva os conhecimentos da realidade traduzidos
em palavras.
- memória episódica: guarda os fatos vividos.
- memória processual: preserva aptidões e processos motores de forma
automática, como andar de bibicleta e escovar os dentes.
- memória implícita ou priming: preserva uma rede de relações e seu
acesso se dá por associação de palavras ou sensações.
Com essas informações, peça aos alunos que procurem averiguar a que
tipo de memórias Nícolas recorre quando se lembra dos pais, da namorada,
dos conhecimentos e das informações e quando Amaury se lembra de poemas.
Pergunte qual o tipo de memória que o Dr. Pontes quer que Nícolas ative e por
quê.
• Leve em conta o experimento que o Dr. Pontes está fazendo com os
pacientes. A memória é raiz, é alimento, é a soma do que vivemos, pensamos
e sentimos. O que significa perdê-la? Ouça e preserve o que seus alunos
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dirão a respeito. Essas respostas darão a você informações referentes ao


nível de compreensão e interpretação de sua turma.
Linguagem
• Peça aos alunos que observem e comparem o primeiro parágrafo dos
capítulos. Pergunte a eles se observam uma constância no modo de escrever
o parágrafo. Eles deverão observar que, na maior parte das vezes, o parágrafo
se resume a apenas uma linha com um período simples. Essa economia
corresponde a quê?
• Os alunos podem associar a palavra “corte” que, por sua vez, pode ser
associada a lembranças fragmentadas, a interrupções de conversas entre os
personagens, às dificuldades de Nícolas de se lembrar dos fatos do passado.
Em suma, oriente seus alunos, por meio de perguntas, a perceberem que
esses cortes e interrupções podem não estar ligados exclusivamente a
uma questão de memória, mas a efeitos de remédios, que fazem parte do
experimento.
Camada semântico-ideológica
• Retome a discussão sobre loucura, os experimentos psiquiátricos
e as frases escritas pelos alunos a respeito. Pergunte a eles sobre
a relação entre corpo e mente: fale sobre somatização, sobre
desequilíbrio emocional, sobre violência, sobre autoconhecimento.
• Os alunos podem investigar esses assuntos em sites de busca, em
enciclopédias. Podem recolher notícias sobre o assunto publicadas
em periódicos. Se houver um psicólogo ou um psiquiatra entre os
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pais dos alunos, convide-o a ir à escola para falar sobre o assunto


dos tratamentos psiquiátricos. É importante mostrar que a ficção
não é uma fantasia: ela tem como base de invenção a realidade.
• Mostre que, assim como o corpo, a mente precisa estar em
contínuo trabalho de aperfeiçoamento. Como já diziam os antigos:
mens sana in corpore sano, ou seja, uma mente sadia num corpo
saudável. Esse é o ideal do que denominamos equilíbrio na vida.
EXPANSÃO DA LEITURA
Este é o momento em que se apresentam relações do livro com outros textos
verbais ou em outras linguagens. A leitura e os debates realizados em sala
contribuem para uma interpretação mais aprofundada e diversificada. Dessa
forma, você pode apresentar à turma alguns textos complementares e de amplo
espectro cultural.
Produção textual:
• A mudança de foco narrativo, solicitada no item correspondente.
• O registro das conclusões das rodas de leitura.
• Um diário em que Juliane, a namorada de Nícolas, escreva sobre os
dias em que passou longe do namorado. Ou do pai ou da mãe longe
de seu filho.
• Uma reportagem para o jornal da cidade sobre a memória e sua perda.
• Um editorial que fale do problema da violência juvenil.
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Obra literária: O alienista (1882)


O alienista, de Machado de Assis, é um relato sobre as experiências
médicas realizadas na Casa Verde, um hospício situado em Itaguaí, no
estado do Rio de Janeiro, pelo médico Simão Bacamarte. Ele internava no
hospital todas as pessoas que apresentassem comportamentos estranhos
e os considerava loucos. No entanto, com o passar do tempo, ele percebeu
que a quantidade de loucos era muito maior do que imaginara a princípio.
Esse conto é um dos textos mais provocantes de Machado de Assis e
até hoje é lido com muita curiosidade e interesse.
Filme: Bicho de sete cabeças (2001)
Um extraordinário relato sobre a vida de um jovem, Neto, dentro de um hospital
psiquiátrico onde foi internado quando seu pai descobriu um cigarro de maconha
em seu casaco. O filme é dirigido por Laís Bodansky e tem o desempenho
impecável e digno de elogios de Rodrigo Santoro.
Pintura: a obra de Francis Bacon (1909-1992)
Uma obra genial sobre a sociedade contemporânea e a representação da
violência, da loucura, da guerra, dos horrores da vida humana.
Pintura: a obra Vincent van Gogh (1853-1890)
Um pintor extraordinário, que mudou a história da pintura ocidental, mas
foi considerado um louco enquanto estava vivo. Hoje é um dos artistas mais
valorizados no mundo das artes plásticas, mas não vendeu um único quadro
durante sua vida.

Colaboração: Marta Morais da Costa

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