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REGIME DE COLABORAÇÃO

SEQUÊNCIAS PEDAGÓGICAS II
NIVELAMENTO

Língua Portuguesa
Ensino Fundamental

3º ao 9º ano

Fevereiro 2020
Expediente

Governador do Estado de Goiás Presidente da UNDIME Goiás


Ronaldo Ramos Caiado Vice-presidente da UNDIME Nacional
Marcelo Ferreira da Costa

Secretária de Estado de Educação


Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Coordenadora da equipe de colaboradores
Márcia Marquez Paes Leme

Superintendente de Educação Infantil e


Ensino Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria

Gerente da Produção de Material para o Professores Colaboradores


Ensino Fundamental
Alessandra Oliveira de Almeida Língua Portuguesa

Edilene Paiva Costa e Silva

Professores Colaboradores Eleone Ferraz de Assis

Itatiana Beatriz Moreira Fernandes

Língua Portuguesa Marcela Ferreira Marques

Carlete Fátima da Silva Victor Márcia Bueno dos Santos

Elis Regina de Paiva Bucar Mosquera Marcos Alves Lopes

Maria Magda Ribeiro


Matemática

Matemática Cíccero Rodrigues Barbosa

Brunno Antonelle Vieira Costa Leonardo Alcântara Portes

Evandro de Moura Rios Luis Adolfo de Oliveira Cavalcante

Leandro Dias da Costa Andrade Marcelo de Freitas Santos

Marlene Aparecida da Silva Faria Suzana Maria Xavier Silva


Sumário

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 3º ano......................................................................3

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 4º ano....................................................................12

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 5º ano....................................................................24

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 6º ano....................................................................39

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 7º ano....................................................................53

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 8º ano....................................................................67

Sequência Didática de Língua Portuguesa – 9º ano....................................................................76

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Sequência Didática de Língua Portuguesa – 3º ano
6ª AULA
Gênero textual: Conto de fada
Oralidade e leitura:
 Explorar o que conhecem sobre o conto “A Branca de neve e os sete anões”, perguntando:
 Quem conhece essa história?
 Quais os nomes dos sete anões?
 Quem pode contar essa história à turma?
 Contar a história original para poder trabalhar com a outra versão desse conto. Se possível, trazer
livros para que possam manusear o portador.
Análise linguística:
 Após a leitura, resolver as atividades indicadas para a exploração do conto “A Branca de neve e os sete
anões” onde será enfocada a acentuação, pontuação.
Produção textual
 Recontar a história coletivamente tendo o professor como escriba.

A BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES

Disponível em:<http://tankimlim.blogspot.com/2013/03/narrative-text-snow-white.html> Acesso em 30 de jan. 2020> Acesso


em 30 de jan. 2020
Uma rainha costurava, no inverno, ao lado de uma janela negra como o ébano. Ao lançar o olhar para
a neve, picou o dedo com a agulha, e três gotas de sangue pingaram sobre a neve, o que a deixou admirada
e a fez pensar que, se tivesse uma filha, gostaria que fosse "alva como a neve, rubra como o sangue e negra
como o ébano da janela".
Não tardou e a princesa teve uma filha de descrições idênticas ao seu pedido: branca como a neve,
com os cabelos negros como o ébano e os lábios vermelhos como o sangue.
Mas, tão logo sua filha veio ao mundo, a rainha morreu. O rei deu à filha o nome de Branca de Neve, e
logo tornou a casar com uma mulher arrogante e vaidosa, possuidora de um espelho mágico que só falava
a verdade.
Constantemente a madrasta consultava seu espelho, perguntando quem era a mais bela do mundo, ao
que ele sempre respondia:
"Senhora Rainha, vós sois a mais bela".
Mas Branca de Neve cresceu e, um dia a madrasta perguntou:
"Quem é a mais bela de todas?",
E o espelho não tardou a dizer:
"Você é bela, rainha, isso é verdade, mas Branca de Neve possui mais beleza.
Cheia de inveja, a Rainha contratou um caçador e ordenou que ele matasse Branca de Neve e lhe
trouxesse seu coração como prova, na esperança de voltar a ser a mais bela. O caçador ficou inseguro, mas
aceitou o trabalho.
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Pronto para matar a bela princesa, o caçador desistiu ao ver que ela era a moça mais bela que já havia
encontrado, e rapidamente a mandou fugir e se esconder na floresta.
Para enganar a rainha, entregou a ela o coração de um jovem veado. A rainha assou o coração e o
comeu, acreditando ser de Branca de Neve, mas, ao consultar o espelho mágico, ele continuou a dizer que
Branca de Neve era a mais bela.
Branca de Neve fugiu pela floresta até encontrar uma casinha e, ao entrar, descobriu que lá moravam
sete anões.
Como era muito gentil, limpou toda a casa e, cansada pelo esforço que fez, adormeceu na cama dos
anões.
À noite, ao chegar, os anões levaram um susto, mas logo se acalmaram ao perceber que era apenas
uma bela moça, e que a mesma tinha arrumado toda a casa. Como agradecimento, eles cederam sua casa
como esconderijo para Branca de Neve.
A rainha não tardou a descobrir o esconderijo de Branca de Neve e resolveu matá-la; disfarçada em
mascate, foi até a casa dos anõezinhos.
Chegando lá, ofereceu um laço de fita a Branca de Neve, que aceitou. A rainha ofereceu ajuda para
amarrar o laço em volta da cintura de Branca de Neve e, ao fazê-lo, apertou-o com tanta força que Branca
de Neve desmaiou.
Quando os anões chegaram e viram Branca de Neve sufocada pelo laço de fita, rapidamente o
cortaram e ela voltou a respirar.
A rainha, já enlouquecida de fúria, decidiu usar outro método: uma maçã enfeitiçada. Dessa vez,
disfarçou-se de fazendeira e ofereceu uma maçã. Branca de Neve ficou em dúvida, mas a Rainha cortou a
maçã ao meio e comeu a parte que não estava enfeitiçada, e Branca de Neve aceitou e comeu o outro
pedaço, enfeitiçado. Branca de Neve engasgou-se com a maçã e ficou sem ar.
Quando os anões chegaram e viram Branca de Neve desacordada, tentaram ajudá-la, mas não sabiam
o que causara tudo aquilo, e pensaram que ela estava morta. Por achá-la tão linda, os anões não tiveram
coragem de enterrá-la, e a puseram em um caixão de vidro.
Certo dia, um príncipe que andava pelas redondezas avistou o caixão de vidro, e dentro a
bela donzela. Ficou tão apaixonado, que perguntou aos anões se podia levá-la para seu castelo, ao que
eles aceitaram e os servos do príncipe a colocaram na carruagem.
No caminho, a carruagem tropeçou, e o pedaço de maçã, que estava na garganta de Branca de Neve,
saiu e ela pôde novamente respirar. Abriu os olhos e levantou a tampa do caixão.
O príncipe a pediu em casamento, e convidou para a festa a rainha má, que compareceu, morrendo de
inveja. Como castigo, ao sair do palácio, acabou tropeçando num par de botas de ferro que estavam
aquecidas. As botas fixaram-se na rainha e a obrigaram a dançar; ela dançou e dançou até, finalmente, cair
morta.
Adaptada.<https://www.bonde.com.br/colunistas/mitos-e-sonhos/branca-de-neve-e-os-sete-anoes-uma-perspectiva-
122922.html> Acesso em 30 de jan. 2020

01- Peça aos estudantes que registrem no caderno os personagens que aparecem na história.
Branca de Neve, sete anões, a rainha, o caçador, o príncipe, o rei e a rainha.

02- ... o caçador desistiu ao ver que ela era a moça mais bela que já havia encontrado...
A expressão sublinhada está se referindo:
(A) a rainha
(B) a madrasta
(C) ao príncipe
(D) a Branca de Neve
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Gabarito (D)

03- Enumere os acontecimentos de acordo com a história:

02 ...Branca de Neve fugiu pela floresta, até encontrar uma casinha e, ao entrar,
descobriu que lá moravam sete anões...
04 ...O príncipe a pediu em casamento, e convidou para a festa a rainha má, que
compareceu,
03 ...o caçador desistiu ao ver que ela era a moça mais bela que já havia
encontrado, e rapidamente a mandou fugir e se esconder na floresta;
01 ...O pai deu à filha o nome de Branca de Neve, e logo tornou a casar com uma
mulher arrogante e vaidosa, possuidora de um espelho mágico que só falava a
verdade...

04- A palavra príncipe tem


(A) Duas sílabas e acento agudo
(B) Três sílabas e acento circunflexo
(C) Quatro sílabas e acento agudo
(D) Três sílabas e acento agudo
Gabarito (D)

05- No trecho “... branca como a neve, com os cabelos negros como o ébano e os lábios vermelhos como o
sangue.” qual o significado da palavra ébano? Utilize o dicionário.
Ébano – madeira nobre ou de qualidade, geralmente muito escura.
Cabelos negros como a madeira escura.

7ª AULA

Gênero textual: Anúncio publicitário


 Oralidade e leitura
 Organizar os estudantes e estabelecer um diálogo a respeito do que eles sabem sobre anúncios. Para
isto, você poderá apresentar alguns anúncios publicitários por meio de cartazes ou data show. Pode ser
utilizado os exemplos da atividade 1.
 Vocês já viram ou leram algum texto parecido com esse?
 Para que eles servem?
 De quais anúncios publicitários eles se lembram?
 Pedir que levantem hipóteses para explicar por que essas propagandas ficaram guardadas na memória
e outras não.
 Apresentar o anúncio abaixo e explorar as partes que o compõe, enfatizando o slogan.

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Disponível em:<https://www.proenem.com.br/enem/lingua-portuguesa/genero-textual-publicitario/> Acesso em 30 de jan.
2020

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO contém textos curtos, diretos e positivos. As imagens têm grande destaque no
discurso publicitário. O maior exemplo são os outdoors importante instrumento de persuasão. Espalhados
pelas ruas das cidades, eles chamam a atenção pelo formato, pelas ilustrações e local de veiculação
(escolhido intencionalmente).

SLOGAN é a expressão curta e fácil de memorizar que acompanha e fixa a marca ou a instituição ou o
órgão responsável pela propaganda.
Enfatizar os efeitos de sentido nos textos multissemióticos, relacionando a importância e a finalidade da
linguagem verbal e não verbal. Além de analisar os indicadores de persuasão usado pelo anunciante: cores
vibrantes, verbos no imperativo, logotipo entre outros.

 Analisar, coletivamente, a lista de alguns slogans populares, escritos no quadro ou projetados em data
show.
Exemplos:
 AMO MUITO TUDO ISSO. (Mc Donald’s)
 A BATATA DA ONDA. (Batata Rufles)
 PUREZA EM FORMA DE GRÃOS (Arroz Cristal)
 VOCÊ SEM FRONTEIRAS. (Tim)
 ENERGIA QUE DÁ GOSTO. (Toddy),
 A VERDADEIRA MAIONESE. (Hellmann’s),
 TODO MUNDO USA. (Havaianas)

Análise Linguística\semiótica
 Organizar os estudantes em duplas e realizar as atividades sobre dois anúncios.
 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação.

01- Observe os anúncios publicitários abaixo:


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Anúncio 1

Disponível em:<https://www.proenem.com.br/enem/lingua-portuguesa/genero-textual-publicitario/> Acesso em 30 de jan.


2020

Anúncio 2

Disponível em:<http://professorarosamsilva.blogspot.com/2014/08/propaganda-molho-de-tomate.html> Acesso em 30 de jan.


2020> Acesso em 30 de jan. 2020
a) Indique a finalidade de cada anúncio.
Anúncio 1 - Para o leitor comprar o Baton (chocolate)
Anúncio 2 – Para o leitor comprar a massa de tomate Elefante.

b) Qual anúncio é mais convincente? Justifique.


Resposta pessoal

02- Na frase “Seu filho merece Baton”! do anúncio 1, o ponto de exclamação tem a função de
(A) fazer uma pergunta em relação ao produto
(B) fazer uma afirmação sobre o produto
(C) enfatizar a compra do produto
(D) levantar uma dúvida sobre o produto
Gabarito: C

03- Na frase “Rende tanto que só fome de elefante para dar conta”, a expressão grifada significa que o
molho de tomate

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(A) dá para fazer muitos pratos.
(B) é muito saboroso.
(C) tem um sabor muito forte.
(D) pode ser usado em qualquer receita.
Gabarito: A

04- Por que o anúncio não usou a expressão "fome de leão’ no lugar de “fome de elefante"?

(A) Porque elefantes comem molho de tomate e os leões não.


(B) Porque o elefante é o "garoto propaganda" da marca.
(C) Porque elefante come mais que leão.
(D) Porque elefante é mais dócil que leão.
Gabarito: B

05- Observando imagem e texto do anúncio, pode-se afirmar que o molho de tomate pode ser usado

(A) apenas em macarrão.


(B) em poucos pratos.
(C) apenas em carnes.
(D) em diversas receitas.
Gabarito: D

8ª AULA

Gênero textual: Anúncio publicitário


 Oralidade e leitura
 Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor o anúncio publicitário
que traz uma campanha de conscientização destinada ao público infantil, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto. Projetar em slide ou colocar em cartaz.
 Compreender a situação comunicativa, locutor, interlocutor, objetivos comunicativos e esfera de
circulação.
 Fazer a leitura das frases curtas, objetivas e claras;
 Analisar a relação da linguagem verbal e não verbal e os indicadores de persuasão: cores vibrantes,
verbos no imperativo, logotipo.

 Análise linguística:
 Após a leitura, resolver as atividades indicadas para a exploração do gênero em estudo.
 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação.
 Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem
para a sua continuidade.

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Disponível em:<http://redacaofasam.blogspot.com/2014_09_07_archive.html> Acesso em 30 de jan. 2020> Acesso em 30 de
jan. 2020
01- Leia a frase: “Pra ela dormir abraçada, escrever seu nome nele, colorir suas figuras, usufruí-lo...” a
palavra ela se refere à

(A) família
(B) mamãe
(C) vovó
(D) criança
Gabarito: D

02- Na frase do anúncio “É pra criança ler com a mamãe, o papai, a vovó, a família toda!”: aponte a
função dos seguintes sinais de pontuação:
Vírgula: Para separar as palavras
Ponto de exclamação: Expressar um desejo, uma emoção

03- Explique por que foi utilizado a imagem de uma criança nesse anúncio?
Para incentivar as crianças na leitura de livros.

04- Ao procurar o significado das palavras livro, lista e ler no dicionário, em que ordem elas apareceriam.

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9ª AULA

Gênero textual: anúncio publicitário


Oralidade e leitura:
 Apresentar outro anúncio para os estudantes por meio de cartaz ou data show.
 Faça a leitura em voz alta e siga com algumas perguntas para reflexão:
 Qual é a mensagem que ela está transmitindo?
 Vocês acham que as frases conseguem cumprir o objetivo, ou seja, ela é impactante e marcante?
(Resposta livre)
 O slogan é a única parte da campanha? (Espera-se que os alunos digam que a campanha, tem imagem,
autoria e texto complementar)
 A imagem está de acordo com a mensagem transmitida? Ou seja, complementa o texto e slogan?
 Identificar a localização de cada item que compõe as peças desta campanha, fazendo um círculo à
medida que forem encontrados: o slogan; a autoria; a imagem; o texto complementar; e se houver, onde
ele está.

Análise linguística:
 Realizar atividades após a leitura e exploração do cartaz, enfocando:
 Efeito de sentido da pontuação.
 Relação linguagem verbal e não verbal em textos multissemióticos.
Observação: projetar a figura no Datashow.

01- Na frase “Dor de cabeça?” escrita no anúncio, o anunciante utilizou o ponto de interrogação. Que
efeito de sentido o anunciante queria provocar no consumidor?
O anunciante quer atingir o consumidor que sofre com esse problema, para o qual aponta solução.

02- Leia a frase “Tomou doril a ____ sumiu.” e explique qual a intenção do anunciante em retirar a palavra
dor na frase.

Disponível em <http://dezessete86.blogspot.com/2016/01/slogans-celebres-tomou-doril-dor-sumiu.html> Acesso em 30 de jan.


2020> Acesso em 30 de jan. 2020
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Quer convencer que o remédio realmente acaba com a dor, ela some.

03- A palavra sumiu, na frase, tem o mesmo sentido de


(A) apareceu
(B) surgiu
(C) desapareceu
(D) voltou

Gabarito: (C) – desapareceu

04- Você considera importante a cor escolhida para o anúncio? Justifique.


Sim, porque a cor do anúncio estabelece relação com o produto e ajuda a memorizar o produto.

10ª AULA

Gênero textual: anúncio publicitário


Oralidade e produção textual:
 Retomar a finalidade do anúncio trabalhado na aula anterior e relembrar as características do gênero
anúncio. Listar no quadro o que demonstraram ter aprendido.
 Planejar a produção de texto do gênero anúncio, pensando na vivência do estudante na sua
comunidade.
 Refletir sobre as finalidades do gênero de vender um produto, persuadir o leitor a fazer algo,
conscientizá-lo sobre algo, dentre outras, levantando alguns apontamentos:
 Existe algum produto que podemos produzir e anunciar (slime, sabonete artesanal, dentre outros) ou
campanha (troca de livros usados na escola, troca de gibis, brinquedos usados).
 A produção do produto poderá envolver outros componentes curriculares como Matemática,
Geografia, Ciências
 Revisar a produção inicial, considerando os aspectos linguístico-discursivos.
 Reescrever o texto, fazendo as correções necessárias.

Sugestão: Circulação do texto: Organizar os anúncios em um painel para que os estudantes, famílias e
demais funcionários da escola tenham acesso ao material produzido.

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Sequência Didática de Língua Portuguesa – 4º ano
6ª AULA

Gênero textual: propaganda


Oralidade e leitura
 Apresentar aos estudantes o gênero propaganda (Propaganda da Olimpíada de Língua Portuguesa)
para sondar os conhecimentos que possuem sobre o gênero, levantar alguns questionamentos como:
O que é propaganda?
Qual o objetivo da propaganda?

Observação: O termo propaganda está relacionado à divulgação de ideias, porém algumas vezes é
utilizado no sentido de publicidade, o que o torna um termo amplo. Embora os termos publicidade e
propaganda sejam muitas vezes usados como sinônimos, se distinguem, pois, enquanto a publicidade tem
como finalidade vender um produto/serviço, a propaganda tem como objetivo principal divulgar uma
mensagem buscando influenciar opiniões ou obter adesão para uma ideia ou doutrina. Visto o caráter
persuasivo tanto da propaganda quanto da publicidade, ambos os gêneros costumam apresentar textos
cuja mensagem pretende sensibilizar/atrair o interlocutor, para tanto faz uso de imagens, música, recursos
audiovisuais e efeitos sonoros e luminosos. Sua veiculação, em ambos os casos, pode se dar por meio
impresso, pelo rádio, pela TV ou pela internet.

O gênero propaganda possui uma estrutura que aparece na maior parte das propagandas impressas, no
entanto podem apresentar algumas variações nas propagandas veiculadas na TV e no rádio. Essas
estruturas não precisam ser fixas, podendo variar de acordo com o propósito comunicativo.

 Continuar explorando a propaganda sobre as Olimpíadas de Língua Portuguesa.

Disponível em:<http://www.nre.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=64971&evento=10082> Acesso em 30 de jan.


2020

 Só vemos as propagandas na televisão ou há outros meios onde elas são veiculadas?


 Quais são?
 Qual é o assunto/tema abordado nessa propaganda?
 Quem promove a propaganda?

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 A quem se destina essa propaganda?

 Apresentar aos estudantes o texto. (projetado ou impresso).


 Quais informações o texto traz?
 Qual o público alvo dessa propaganda?
 Qual o local mais adequado para essa propaganda ser veiculada para atingir o público alvo?
 Que ideia pretende divulgar?
 Qual a relação entre a linguagem verbal e a não verbal para a construção de sentido de cada texto?

 Apresentar diferentes tipos de propagandas de divulgação.


 Promover a leitura e análise dos textos distribuídos, em grupo, buscando compreender suas
características.
 Conversar sobre os textos (as propagandas) e promover reflexões sobre eles explorando o uso do
vocabulário e expressões que denotam ordem, persuasão, entre outros.

Disponível em:<http://mppe.mp.br/mppe/comunicacao/campanhas/189-e-hora-de-expulsar-o-bullying-da-escola> Acesso em


30 de jan. 2020

Disponível

em:<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/index.php?
p=226853> Acesso em 30 de jan. 2020

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Disponível em:<https://pt-br.facebook.com/atletico/photos/o-que-voc%C3%AA-fez-pelo-meio-ambiente-hoje-publique-uma-
imagem-que-demonstre-sua-ati/10156436492017552/> Acesso em 30 de jan. 2020

Disponível em:<https://pedorelha.blogspot.com/2014/02/hemoacre-e-humanizacao-realizam.html> Acesso em 30 de jan. 2020>


Acesso em 30 de jan. 2020
Atividade 1

https://grandesnomesdapropaganda.com.br/anunciantes/com-o-mote-quem-vai-na-faixa-vai-longe-detran-lanca-nova-
campanha-de-conscientizacao/

01- Qual a finalidade da propaganda?


Informar que usar e respeitar a faixa de pedestre evita acidentes.
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02- Na frase “Quem vai na faixa vai longe.”, a quem se destina?
(A) A faixa de pedestre
(B) Ao pedestre
(C) A criança
(D) Ao motorista
Gabarito (B)

03- Segundo a propaganda por que é importante ver e ser visto ao atravessar a faixa de pedestre?
Porque o pedestre e o motorista precisam estar atentos em ver e ser vistos, para evitar acidentes.

04- Qual a intenção da escolha da imagem para compor essa propaganda?


Porque a faixa de pedestre deve ser usada por todos.

05- É importante haver propagandas de conscientização como essa? Justifique.


Resposta pessoal.

7ª AULA

Gênero textual: Propaganda


Oralidade e leitura
 Retomar com os estudantes a estrutura do texto propaganda, apresentando duas propagandas
divulgadas em outdoor.
 Retomar as características da propaganda, indicando em cada propaganda analisada:

 Qual é o assunto dos textos?


 Qual é a finalidade dos textos?
 Existe uma relação entre a linguagem verbal e não verbal?
 Vocês conhecem algumas frases que estão presentes em propagandas?
Essas frases são chamadas de “slogans”.

Oralidade, leitura e análise linguística/semiótica


 Realizar a atividade proposta, explorando as características do gênero propaganda, a compreensão e
interpretação dos textos.
 Compreender os efeitos de sentido nesses textos multissemióticos, como por exemplo a relação do
slogan com a cor preta.

Atividades

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www.cgpropaganda.com.br
01- Qual é o objetivo das duas propagandas?
As propagandas promovem uma reflexão sobre as possíveis consequências de dirigir alcoolizado.

02- O que significa o slogan “Lei seca: aprenda a viver com ela.”?
Que a pessoa precisa entender que há uma lei que deve ser respeitada, do contrário, podem ocorrer
consequências graves.

03- Por que essas propagandas foram veiculadas em outdoor?


Para atingir um público maior e chamar a atenção dos motoristas.

04- Na frase “Habilitação é o de menos. Ela volta depois de um ano.”, o pronome ela se refere a
(A) criança
(B) vida
(C) habilitação
(D) foto
Gabarito: (C) habilitação

05- Na frase “Lei seca: aprenda a viver com ela.” Explique por que foi usado o ponto final.
Para reforçar a afirmação.

8ª AULA
Gênero textual: Propaganda
Oralidade e leitura
 Retomar com os estudantes a estrutura do texto propaganda, apresentando duas propagandas as duas
propagandas a seguir.

Fonte:<https://parafusoeducom.org/2016/06/29/campanha-conecte-se-ao-que-importa-alerta-para-negligencia-de-pais-e-
cuidadores/

01- Qual o assunto das propagandas?


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Conscientizar sobre o uso excessivo do celular pelos pais.

02- Na frase “Mãe, qual é a senha pra conversar com você?” a criança está pedindo a senha do celular?
Justifique.
Não. A criança quer uma forma de acessar a atenção da mãe.

03- O que significa o slogan “Conecte-se ao que importa.” usado nas propagandas?
Que se conectar com os filhos é muito importante.

04- Na frase “Mãe, qual é a senha pra conversar com você?” o pronome você se refere a
(A) filha.
(B) senha.
(C) amiga.
(D) mãe.
Gabarito (D) mãe

05- Na frase: “Tem gente solicitando a sua amizade dentro de casa.” a expressão sublinhada expressa a
ideia de
(A) tempo.
(B) lugar.
(C) intensidade.
(D) modo.
Gabarito (B): lugar

9ª AULA

Gênero textual: Propaganda


Oralidade e produção de texto
 Planejar a produção de texto do gênero propaganda, pensando na vivência do estudante na sua
comunidade.
 Refletir sobre as finalidades do gênero propaganda, conscientizando o leitor sobre um assunto/tema
importante, levantando alguns apontamentos:
 O nosso munícipio possui algum problema que precisamos conscientizar a população, como: meio
ambiente, vacinação, entre outros.
 Ou algum problema vivenciados na escola: Bullyng, respeito as diferenças.
 Produzir coletivamente uma propaganda observando as características do gênero (tipologia textual,
interlocutores, circulação, suporte, aspectos composicionais, estilo, temática, entre outros).
 Revisar a produção inicial, considerando os aspectos linguístico-discursivos.
 Reescrever o texto, fazendo as correções necessárias.

Sugestão: Circulação do texto: Organizar as propagandas em um painel para que todos os estudantes da
sala tenham acesso ao material produzido.

10ª AULA

Gênero textual: Notícia


Oralidade, leitura e análise linguística/semiótica
Conversar com os estudantes sobre o gênero notícia para sondar os conhecimentos que os estudantes
têm sobre o gênero, observando os meios de comunicação em que as notícias circulam. Explicar para eles o
que é notícia, para que serve e em que local ela circula (segue anexo os slides, como sugestão).

Distribuir cinco notícias diferentes (segue anexo) para que os estudantes, organizados em grupos,
tenham contato com o gênero.
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Promover a leitura e análise dos textos distribuídos, buscando compreendê-los.

Cada grupo completará o quadro com dados da notícia lida.

Socializar as análises feitas, estimulando os estudantes a expor oralmente sua compreensão sobre o
texto, preenchendo um cartaz, com quadro resumo de todas as 5 notícias.

Observação:

Notícia é a informação narrativa e descritiva de fatos no jornal, que serve para veicular informação de
forma original e em algumas vezes, pressuposto com intenções tendenciosas. O objetivo da notícia pode ser
relatar, argumentar, expor ou descrever ações. Portanto, a linguagem deve ser clara e objetiva, dentro das
normas da língua padrão.

Notícia: informações sobre um acontecimento, considerado, por quem publica, importante ou


interessante para ser mostrado a determinado público. Sobre esse fato, são observadas, entre outras, as
seguintes características, para se definir se ele é ou não é notícia: ineditismo, atualidade, veracidade e o
potencial importância ou interesse que ele pode ter para uma dada parcela da sociedade. (FARIA, MARIA
ALICE, p. 26)

A linguagem da notícia é mais objetiva: há preferência pelo uso de terceira pessoa, exclusão de
adjetivos, predominância do uso de verbos no presente no pretérito perfeito simples e composto do modo
indicativo. Corrêa explica que a “notícia relata formal e secamente –a pretexto de comunicar com
imparcialidade” (CORRÊA Apud PENA, 2005, p. 76).

À notícia, cabe a função essencial de assinalar os acontecimentos, ou seja, tornar público um fato (que
implica em algum gênero de ação), através de uma informação (onde se relata a ação em termos
compreensíveis)” (FERRARI SODRÉ, 1986, p. 17).

Sugestão de slides:

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Sugestões de notícias

Notícia 1

Governo pede cautela no uso da água até que período chuvoso se consolide

Publicado: 25 setembro 2019

Chuvas voltam a cair em Goiânia e região metropolitana após mais de 130 dias de estiagem. Secretária
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, contudo, alerta que é preciso manter
uso consciente da água. “Ainda é necessário um esforço coletivo para garantir o abastecimento
normalizado”, destaca. Governador Ronaldo Caiado reforça apelo ao citar que a sociedade precisa manter
vigilância até que a situação esteja completamente normalizada

A chuva voltou a cair em Goiânia e região metropolitana após mais de 130 dias de estiagem. A seca
prolongada trouxe transtornos para a população e agravou a crise hídrica da Bacia do Rio Meia Ponte, que
abastece nove municípios. Segundo a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad),
Andréa Vulcanis, a população deve se manter consciente a respeito do uso racional da água mesmo com a
chegada da primeira chuva. O governador Ronaldo Caiado reforçou o apelo ao citar que a sociedade precisa
manter vigilância até que a situação esteja completamente normalizada. 

“A população precisa manter o consumo consciente, pois precisamos aguardar a volta definitiva do
período chuvoso”, afirma a secretária. “Até lá, ainda é necessário um esforço coletivo para manter o
abastecimento normalizado”, destaca.

19
A titular da Semad lembra que o regime de chuvas em Goiás vem mudando nos últimos anos por causa
do desmatamento e das mudanças climáticas.
 http://www.meioambiente.go.gov.br/noticias/1651-governo-pede-cautela-no-uso-da-água%20até-que-período-chuvoso-se-
consolide.html> Acesso em 30 de jan. 2020 (Adaptado)
Notícia 2

Estudantes goianos são premiados na Nasa por criarem chiclete para astronautas.

Jovens inventaram chiclete de pimenta para ajudar astronautas a sentirem o sabor dos alimentos e
conquistaram 1º lugar em competição internacional

15/07/2019 às 17:33:40

Sete alunos goianos conquistaram o primeiro lugar no Torneio Aberto de Robótica de West Virginia, da
universidade da Nasa, nos Estados Unidos. Os estudantes levaram para casa o maior prêmio da competição
por terem inventado o “Chiliclete”, um chiclete de pimenta para ajudar astronautas a sentirem o sabor dos
alimentos. Eles são estudantes do Curso de Robótica no Centro de Atividades “Mozart Soares Filho”, o Sesi
(Serviço Social da Indústria) da Vila Canaã, em Goiânia.

O grupo superou 70 equipes de 12 países. Os alunos tiveram a ideia ao perceberem que, por conta da
gravidade, o corpo dos astronautas muda e eles não conseguem sentir o cheiro e o sabor dos alimentos.
Assim, a solução encontrada foi o chiclete, que é uma goma de mascar feita com componentes da pimenta.
A proposta é que a invenção devolva a sensibilidade ao astronauta.

A pesquisa foi desenvolvida durante quase um ano pelo grupo de estudantes, com idades entre 15 e 17
anos. Os jovens foram selecionados para a competição internacional após apresentarem o Chiliclete na
edição nacional do Torneio de Robótica, no Rio de Janeiro, em março deste ano.

https://www.emaisgoias.com.br/estudantes-goianos-sao-premiados-na-nasa-por-criarem-chiclete-para-
astronautas/> Acesso em 15 de jan. 2020

Notícia 3

Bailarina Goiana Ganha Maior Concurso De Balé Do Mundo.

28/07/2016 às 18:12:37

20
Formada pelo Bolshoi Brasil, Amanda Gomes levou medalha de ouro no The Varna International Ballet
Competition

A bailarina goiana de 21 anos, Amanda Gomes, atual solista da Ópera de Kazan, na Rússia, ganhou
medalha de ouro em uma das competições mais prestigiadas no cenário mundial da dança, o The Varna
International Ballet Competition. Amanda deixou Goiânia em 2004 e se mudou com toda a família para
Joinville, onde iniciou seus estudos na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Lá, a bailarina se formou e teve a
primeira experiência profissional ao integrar a Cia. Jovem do Bolshoi durante dois anos.

Amanda Gomes competiu com seu partner e colega de trabalho, o bailarino Mikhail Timaev, com os Pas
de Deux dos Balés Don Quixote, Quebra-nozes e Laurência e duas variações contemporâneas, sendo uma
delas a melhor coreografia contemporânea do concurso.

Além da medalha de ouro, Amanda foi convidada a participar de uma Gala no “Sofia National Opera and
Ballet”, temporada 2016/2017, uma grande honra aos participantes, pois apenas duas bailarinas do
concurso foram agraciadas com essa participação.
Fonte:<https://www.curtamais.com.br
Notícia 4

China anuncia plano para banir plásticos descartáveis até 2025

21 de jan. 2020

O governo chinês anunciou um novo plano para combater a poluição por plásticos em todo o país. Até
2025, a China pretende banir canudos, sacos plásticos e outros descartáveis.

Em comunicado divulgado neste domingo (19), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da


China disse que tanto a produção quanto o uso de plásticos de uso único serão gradualmente eliminados em
todo o país.

21
Segundo as autoridades, os sacos de plástico serão proibidos em todas as principais cidades da China até
o final de 2020 e em todas as cidades e vilas até 2022. Os mercados que vendem produtos frescos,
entretanto, terão mais tempo para se adaptar à mudança: até 2025.

Já em restaurantes, até o fim deste ano os canudos descartáveis deverão ser substituídos por alternavas
ecológicas. Até 2025, esses estabelecimentos terão de reduzir em no mínimo 30% seu consumo de itens de
plástico descartável. As restrições também afetarão a rede hoteleira e os correios: pacotes embalados em
plástico não poderão ser enviados.

https://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2020/01/21/156577-china-anuncia-plano-para-banir-
plasticos-descartaveis-ate-2025.html> Acesso em 30 de jan. 2020> Acesso em 15 de jan. 2020

Notícia 5

Cobras achadas em caixa dentro de ônibus recebem tratamento em Goiânia

Ao todo, 15 cobras e 30 sapos de raças exóticas foram despachados no bagageiro de um ônibus que saiu
de Belém para a capital goiana. Vídeo mostra quando animais são achados.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

09 de jan. 2020 16h22 

As cobras encontradas dentro de uma caixa na rodoviária de Goiânia estão recebendo tratamento no
Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, na capital. No momento do resgate, a Polícia
Militar Ambiental (PMA) identificou que elas estavam desidratadas e, possivelmente, abaixo do peso. Ao
todo, 15 cobras e 30 sapos de raças exóticas foram despachados no bagageiro de um ônibus.

Os animais foram encontrados na quarta-feira (8) por funcionários da empresa que transportou a caixa
entre Belém e Goiânia. A PMA já tem a identificação do remetente e do destinatário.

De acordo com os policiais, havia 14 jiboias e uma piriquitamboia, sendo que sete cobras sobreviveram.
Já os sapos estavam enrolados em uma meia-calça e podem ter morrido sufocados.

“Muitos desses animais sofreram na viagem e não sobreviveram. Possivelmente, não se adaptariam ao
habitat do Centro-Oeste. Elas estavam desidratadas e abaixo do peso”, conta o tenente-coronel da PMA,
Edson Cândido.

Em contato com o Cetas, um funcionário confirmou o acolhimento dos animais e a reabilitação iniciada
por veterinários do órgão. Segundo o tenente-coronel Edson Cândido, os répteis poderão ser devolvidos à
natureza ou enviados para algum zoológico depois do tratamento.

Bilheteiro da empresa em que a caixa foi transportada, Paulo Ricardo Pereira disse que o odor forte
ajudou a localizar os animais. “A gente encontrou porque estava um odor muito forte dentro do guichê. Foi
um desespero porque eu nunca tinha visto de perto”, disse o funcionário.

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) de Goiânia ainda não
recebeu a ocorrência do caso. O delegado titular da Dema, Luziano Carvalho, adianta que a investigação vai
procurar o remetente e o destinatário do pacote.
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/01/09/> Acesso em 15 de jan. 2020

22
Atividade 1

O que aconteceu? Quando aconteceu? Onde aconteceu?

Notícia 1 Governo pede cautela no 25 setembro 2019 Goiânia e região


uso da água até que metropolitana
período chuvoso se
consolide.
Notícia 2 Estudantes goianos são 15/07/2019 Estados Unidos
premiados na Nasa por
criarem chiclete para
astronautas.
Notícia 3 Bailarina goiana ganha 28/07/2016 Rússia
maior concurso de balé do
mundo.
Notícia 4 China anuncia plano para 21 de jan. 2020 China
banir plásticos descartáveis
até 2025.
Notícia 5 Cobras achadas em caixa 09 de jan. 2020 Goiânia
dentro de ônibus
recebem tratamento em
Goiânia.

23
Sequência Didática de Língua Portuguesa – 5º ano
6ª AULA

Gênero textual: Carta pessoal


Produção de texto
 Planejar a produção de texto do gênero carta pessoal para um familiar distante.
 Produzir uma carta pessoal para um familiar que mora distante, observando as características do
gênero (tipologia textual, interlocutores, circulação, suporte, aspectos composicionais, estilo, temática,
entre outros).
 Orientar os estudantes com relação aos elementos constitutivos da carta (local, data, saudação,
vocativo, assunto, despedida, remetente, destinatário).
 Revisar a produção inicial, considerando os aspectos linguístico-discursivos.
 Reescrever o texto, fazendo as correções necessárias.
Sugestão: Circulação do texto: Pedir aos estudantes o endereço da pessoa para a qual está enviando a
carta para que seja possível colocar a carta nos Correios.

7ª AULA
Gênero textual: Lenda
Oralidade e Leitura
 Fazer um jogo de adivinhação: chamar três estudantes na frente da sala e dizer que cada um deles irá
ler a descrição de um personagem e que a turma deverá tentar identificar quem são (Descrições em
anexo).
 Após a resolução do enigma, explorar com os estudantes alguns aspectos das lendas:
 Em que tipo de texto esses personagens costumam aparecer?
 O que mais vocês sabem dizer sobre esse tipo de texto?
 Falar um pouco mais aos estudantes sobre as características das lendas indígenas (Verificar anexo
para informações complementares acerca do gênero textual).
 Dividir a turma em três grupos grandes, garantindo que há estudantes fluentes em leitura. Entregar
para cada grupo uma das lendas indígenas já mencionadas no jogo de adivinhação.
 Pedir aos estudantes para que os grupos discutam sobre cada uma das lendas:
 Foram escritas pelos indígenas?
 Já ouviram falar sobre cada uma/alguma delas?
 Acreditam nelas?

Oralidade e escrita
 Fazer um levantamento com os estudantes:
 O que aprendemos com as lendas indígenas?
 O que essas narrativas têm em comum?
 De onde vêm essas histórias?
 Para quem são escritas?
 Quem produz esse tipo de texto?
 Deixar esse levantamento exposto para que os alunos tenham acesso.

Observação: Lendas indígenas são narrativas de tradição oral que falam sobre questões vinculadas à
existência e a sentimentos como o medo, a coragem, a dúvida, o amor… falam sobre erros, acertos e
sobre os enfrentamentos da vida, questões nem sempre fáceis de serem elaboradas. No Brasil, essas
lendas inicialmente foram escritas por não indígenas, no intuito de fazer conhecer essa cultura, em um
momento histórico em que se buscava construir uma identidade nacional. Entretanto, esses primeiros
escritos, de caráter folclórico, muitas vezes trouxeram ideias genéricas sobre os indígenas. Desde os
anos 90, a literatura indígena, escrita pelos próprios indígenas, vem ganhando força, e é por meio dela
que buscaremos proporcionar aos alunos o conhecimento da pluralidade cultural do país, além do
distanciamento de pré-julgamentos baseados em visões estereotipadas e pejorativas. Portanto, a leitura
desses textos deve proporcionar a reflexão sobre como o outro vê e lê o mundo e como conta suas
histórias. Nessas obras o texto é interativo e multimodal: as narrativas são permeadas de referências a
sons, olfato, tato e sensações que podem ser mais bem descritas por quem de fato viveu ou esteve mais
próximo dessas experiências...além de geralmente conter desenhos tradicionais (como os grafismos) e
para textos com informações adicionais relacionadas à cultura, língua e localização da etnia em questão.
Esses textos literários provocam o imaginário e a fantasia, a curiosidade, sentido de descoberta e ao
mesmo tempo promovem aprendizagens e questionamentos.
Disponível em <https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4778/conhecendo-as-lendas-indigenas Acesso em 10 de jan. 2020.

Jogo de adivinhação

Respostas: Enigma 1 – Iara; Enigma 2: Vitória-Régia; Enigma 3: Curupira

Disponível em
<https://novaescolaproducao.s3.amazonaws.com/Ze8x5SVt4HAVhkXYb7evAwTczBnd9hrtVSHNmw44s8uM5JE2dUxYWceBvb
Jv/atividade-para-impressao-1-enigma-lpo4-02sqa01.pdf Acesso em 10 de jan. 2020.
Lendas indígenas
8ª AULA

Gênero textual: Lenda


Oralidade e leitura
 Mostrar aos estudantes a capa do livro “Irakisu – o menino criador” de Renê Kithãulu (anexo).
Explorar a capa do livro, fazendo o levantamento das informações que ela traz e que também estão
implícitas. Falar que esse livro conta diversas histórias sobre o povo Nambikwara e que uma dessas
histórias será trabalhada posteriormente.
 Ler a parte introdutória do livro (anexo) e desconstruir com os estudantes algumas ideias
estereotipadas sobre o povo indígena: todos os índios são iguais, todos falam a mesma língua, todos
moram em ocas. Falar também sobre alguns hábitos desse povo indígena (plantação, caça etc.)
 Mostrar para os estudantes uma imagem retirada do livro “Irakisu – o menino criador” de Renê
Kithãulu (anexo). Explorar a imagem com os estudantes:
 O que estão vendo?
 Quem são os personagens de acordo com a imagem?
 Onde se passa essa história?
 No centro da imagem há duas cabaças que os índios a chamam de walxusu. O que está acontecendo
com elas?
 Que cores elas têm?
 Observem que há um animal na ilustração. Que animal é esse?
 Dividir a turma em grupos de 5 estudantes e entregar em um envelope trechos de uma lenda do
povo Nambikwara (anexo). Os estudantes deverão ler todas as partes e tentar colocá-la na sequência
correta.
 Pedir que cada grupo leia a sua hipótese de organização da história.
 O(A) professor(a) deverá ler devagar a história na sequência correta para que os estudantes confiram
suas respostas.

Oralidade e escrita
 Pedir aos estudantes que respondam as perguntas acerca do texto.
 Qual é o assunto do texto?
 Como o dia e a noite eram controlados na história?
 Quem eram os responsáveis por controlar o dia e a noite?
 O que Sanerakisu sentiu ao perceber que não existia mais dia, era só noite?
 Qual foi a transformação que ocorreu quando não existia mais dia, só noite? (A resolução das
questões encontra-se em anexo.)

Capa do Livro “Irakisu – o menino criador” de Renê Kithãulu

Disponível em <https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4779/texto-fatiado-lenda-indigena > Acesso em 15 de jan. 2020


Parte introdutória do livro “Irakisu – o menino criador” de Renê Kithãulu

Imagem retirada do livro “Irakisu – o menino criador” de Renê Kithãulu


História fatiada

Disponível em
<<https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Zk7JgKAqFmUEnc3SnVdU75tveNP9KKfnfZmTHuF3yw4NdmgW2GEr4TS
3EVXu/atividade-para-impressao-texto-fatiado-e-imagem-lpo4-02sqa02.pdf> Acesso em 15 de jan. 2020
Texto na sequência correta

Questões:
01- Qual é o assunto do texto?
Como surgiu a noite.

02- Como o dia e a noite eram controlados na história?


O dia e a noite ficavam guardados em duas cabaças (na língua indígena walxusu) e os pajés controlavam
a abertura das cabaças. A cabaça da noite controlava mais, para que o dia surgisse mais longo do que a
noite.

03- Quem eram os responsáveis por controlar o dia e a noite?


O pajé mais velho e mais sábio, Waninjalosu, era quem controlava e cuidava das duas cabaças. Mas foi
passar um tempo no campo e pediu para que o mais novo pajé, Sanerakisu, cuidasse das duas walxusu.

04- O que Sanerakisu sentiu ao perceber que não existia mais dia, era só noite?
Saneakisu ficou triste e não sabia o que fazer.

05- Qual foi a transformação que ocorreu quando não existia mais dia, era só noite?
Sanerakisu subiu numa árvore e ficou gritando para ver se alguém ouvia, foi mudando a voz e virando
um passarinho de bico para cima. Até hoje ele fica de bico para cima esperando o sol nascer, só anda e
canta à noite. Na época da chuva, ele se parece com casca de árvore, por isso é muito difícil vê-lo.

Disponível em <<https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4779/texto-fatiado-lenda-indigena> Acesso em 15 de jan. 2020


9ª AULA

Gênero textual: Lenda


Oralidade e escrita
 Com base nos textos trabalhados na aula anterior, sistematizar oralmente o que os estudantes
aprenderam sobre o povo indígena e sobre as lendas indígenas, criando uma tabela com duas colunas.
 Oralidade e Leitura
 Dizer para os estudantes que leremos mais uma lenda indígena chamada ““A HISTÓRIA DOS
CACHORROS - Como os cachorros perderam o dom da fala” retirada do Sehaypóry (livro sagrado) da
cultura Saterê Mawé. Entregar uma cópia para cada estudante da lenda e, depois, fazer a leitura em voz
alta (anexo).
 Refletir sobre o texto e fazer as atividades propostas (em anexo).

Observações:
 Durante o exercício 1, é importante que os estudantes percebam a distinção entre a voz do narrador
e as vozes dos personagens. Os sinais de pontuação têm a função de marcar essa distinção. Tanto as
aspas, quanto os dois pontos e travessão estão sinalizando o discurso direto do cachorro e seu dono,
conferindo uma maior interação entre o leitor e os personagens. É comum, nos textos literários, que
pensamentos de personagens estejam escritos entre aspas, enquanto as falas e os diálogos costumam
estar marcados pelos verbos de enunciação (no caso o “disse”), por dois pontos e pelo travessão.
 No exercício 2, os estudantes irão refletir sobre as substituições lexicais que visam evitar repetições e
que contribuem para a continuidade do texto. Nesta atividade serão trabalhados os substantivos e seus
sinônimos. Na leitura é importante que não haja substituição das primeiras menções as palavras “dono”
e “Cachorros”, já que as substituições têm a função de recuperar as palavras ditas inicialmente. Se os
estudantes quiserem, eles podem procurar sinônimos dessas palavras no dicionário, mas oriente que as
substituições devem ter concordância com o texto e não pode haver mudança no sentido das frases. Por
exemplo, no dicionário a palavra “Dono” pode ser entendida como “chefe, controlador, amo, patrão,
senhor, possuidor, proprietário”, nesse caso “controlador” não se adequaria e “possuidor” caberia
melhor para a última frase que tem o complemento “dos cachorros”.
 No exercício 3, os estudantes irão refletir sobre as substituições pronominais que também
contribuem para a continuidade do texto, por meio da recuperação do referente. Esclareça que esse é
um recurso que eles já utilizam na linguagem oral e que cada vez mais podem utilizar como recurso em
seus textos escritos. Dê um exemplo para que reconheçam em uma frase mais simples o uso cotidiano
dessas substituições. Exemplo: “João é um amigo muito legal, ele ganhou vários presentes no seu
aniversário”, nesse caso ELE e SEU são palavras utilizadas para recuperar ou retomar o nome João sem
repeti-lo. Mostre como ficaria sem nenhuma substituição “João é um amigo muito legal, João ganhou
vários presentes no aniversário de João”.

Disponível em <<https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4780/cultura-indigena-lenda-satere-mawe> Acesso em 15 de jan.


2020

POVOS INDÍGENAS LENDAS INDÍGENAS


Vamos refletir sobre o texto?
Em duplas, leiam, reflitam e resolvam os exercícios a seguir:

01- Leia e responda:

[...] Já na mata, estavam completamente apáticos. Um dos Cachorros tentou fazer alguma coisa, mas
ficou somente na tentativa; outro nem se mexeu, ficou deitado, observando saúba e carieiros que
carregavam folhas de maniçoba para o reino dos insetos. “Elas fazem isso sem ninguém mandar e
comem tanto quanto os outros”, pensou. “Eu estou certo, não pode ser assim. Bem que merecíamos
mais respeito e consideração do nosso dono.”
O dono, vendo aquela situação, ficou preocupado e disse:
- O que será que está acontecendo com esses cachorros? Vou já descobrir!

a) Pinte de amarelo o pensamento do cachorro e de vermelho a fala do dono.


b) Quais sinais de pontuação foram utilizados em cada um dos casos?
c) Por que esses sinais de pontuação foram utilizados?
Gabarito:
a) “Elas fazem isso sem ninguém mandar e comem tanto quanto os outros”, pensou. “Eu estou certo,
não pode ser assim. Bem que merecíamos mais respeito e consideração do nosso dono.”
- O que será que está acontecendo com esses cachorros? Vou já descobrir!
b) Foram utilizadas as aspas no pensamento do cachorro e os dois pontos e travessão na fala do dono.
c) Todos estão sinalizando o discurso direto do cachorro e seu dono, conferindo uma maior interação
entre o leitor e os personagens.

02- Leia e responda:

[...] Quem trabalhava mais eram os Cachorros, mas quem comia descansado era o dono. E os Cachorros,
coitados, depois de correrem muito pelo mato atrás dos bichos, apesar de cansados, só recebiam ossos
e um caldo ralo de seu dono.
Certo dia, o dono dos Cachorros quis sair para caçar… [...]

a) Para evitar repetições desnecessárias, poderíamos substituir o substantivo “dono” em algumas das
frases por outras palavras?
A palavra “dono” pode ser substituída por chefe, possuidor, patrão e proprietário.

b) E que substituições poderíamos fazer para a palavra cachorros?


A palavra “cachorros” pode ser substituída por animais e cães.

03- Observe em cada frase do texto os pronomes em destaque e indique a quem eles se referem:

a) Certo dia, o dono dos Cachorros quis sair para caçar, mas os Cachorros recusaram-se a acompanhá -
lo.
Ao dono dos cachorros.

b) Porque, quando pegávamos muita caça, nosso dono não nos dava nada para comer.
Aos cachorros.

Disponível em
<<https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/mMFk8wT8BcGtvedBNeJDNqxePHPYfRpjDqURbAFFTTEQBtVY5QvME8E
kxpfh/atividade-para-impressao-4-exercicios-lpo4-02sqa03.pdf> Acesso em 15 de jan. 2020

10ª AULA

Gênero textual: Lenda


Oralidade, leitura, escrita e análise linguística
 Mostrar aos estudantes uma ilustração de um idoso e explorar algumas características dessa faixa
etária (podem apresentar dificuldade para enxergar, dificuldade para andar, muitos usam andador, a
sociedade muitas vezes não valoriza o idoso e sua aposentadoria pode não ser suficiente para viverem
bem no fim da vida, entre outras, enfatizando principalmente a dificuldade de audição dos idosos.)
 Apresentar aos estudantes a história “Dois velhos surdos” do livro “Contos da Floresta” de Yaguarê
Yamã (em anexo) e fazer a leitura em voz alta, dando destaque à pontuação usada no texto.
Oralidade, leitura e escrita
 Escrever um trecho da história no quadro, porém com os sinais de pontuação trocados (em anexo).
 Pedir que os estudantes façam a leitura e identifiquem os problemas de pontuação do texto.
 Fazer uma reflexão acerca do uso da pontuação, enfocando a função de cada um deles.
Observações:
 Quais sinais estão no lugar errado? (É esperado que os alunos percebam que os dois-pontos estão no
início da frase, travessão no final e ponto de interrogação no início de frase, travessão após os dois-
pontos em final de frase).
 Qual seria a pontuação mais adequada para iniciar um diálogo e para organizar as falas dos
personagens? (É esperado que digam que os dois pontos devem vir depois do verbo de enunciação e, na
linha de baixo, o travessão antes da fala dos personagens)
 No lugar do travessão no final da frase “o que temos para comer”, qual seria o sinal mais adequado?
Por quê? (Ponto de interrogação, porque é uma pergunta que o velho faz para a velha)
 Quais os verbos de enunciação e expressões seriam mais ajustados ao texto? Por quê? (“perguntou”
foi trocado com “respondeu”, no texto original o velho pergunta “o que temos para comer?” e a velha
responde “Não temos nada!”; “voz bem alta” anuncia melhor a fala com letras maiúsculas e a
exclamação “VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES!”; e por fim, “respondeu” ou “gritou” parece se ajustar
mais a enunciação da fala “O QUÊÊÊÊÊ??!!!”, o verbo murmurar indica que ela falou baixo e as letras
estão maiúsculas indicando a voz mais alta).
Visajes: Coisas de
outro mundo.
Fantasma,
aparição,
espírito, Alma.

Anexo do trecho
com a pontuação
trocada
Sequência Didática de Língua Portuguesa – 6º ano
6ª AULA
Gênero textual: Poema
Oralidade e Leitura:
 Perguntar aos estudantes:
Vocês sabem o que é um poema?
Como é a estrutura composicional deles?
Vocês já leram alguns poemas?
 Fazer uma exposição de fotos de poetas com alguns poemas para despertar a curiosidade dos
estudantes.
 Apresentar “Os poemas” de Mário Quintana. Segue anexo o slide com orientações, falando sobre a
estrutura do poema (Estrofes, versos, rimas, eu lírico, sentido conotativo e denotativo, dentre outros).

Oralidade, Leitura e Análise Linguística/Semiótica


 Analisar no poema, de maneira contextualizada e dialogada, o emprego de:
 diferentes classes gramaticais (substantivos, adjetivos, advérbios, verbos, pronomes, artigos,
preposições);
 acentos gráficos e sinais de pontuação;
 concordância verbal e nominal.
 Reconhecer nos poemas as variedades linguísticas, conscientizando os estudantes a respeitá-las.
 Realizar a atividade proposta de leitura e interpretação dos aspectos linguístico-discursivos.

Professor(a), a exposição de fotos de poetas pode ser fixada na parede e você pode apresentar alguns
nos slides como esse sugerido.
Orientações:

Professor(a), nesse primeiro contato com “Os poemas”, é importante valorizar a estrutura do
gênero e de seu caráter artístico para envolver os estudantes. Assim, apresente “Os poemas” de Mário
Quintana em sua magnitude, observando a metáfora presente no primeiro verso em que o poeta
compara os poemas com os pássaros. Estimule os estudantes a observarem que tanto os poemas
quanto os pássaros podem conhecer novos horizontes. Leve-os a refletir sobre a sonoridade do canto
dos pássaros e a sonoridade dos poemas. Em seguida, analise o verbo CHEGAR, observe que ele denota
surpresa e esperança de um entendimento entre o poeta e o leitor.
No segundo verso, observa-se que a palavra NÃO mostra o desconhecimento da origem do
sentimento do poeta ao escrever. E o verbo POUSAR aborda a predominância de um
descanso/tranquilidade ao se deparar com a leitura de um poema. O ato de ler permite ao leitor decifrar
significados, interpretar diferentes vozes. Desse modo, o poeta deixa transparecer que ao fechar o livro
o leitor cai em uma armadilha disfarçada, o ALÇAPÃO, em que o desconhecimento e a desilusão
prevalecem.
A partir do sexto verso, observa-se que os poemas, descritos pelo poeta, sofrem um processo de
personificação como pode ser constatado com a presença do verbo ALIMENTAR. Nesse sentido, os
poemas precisam POUSAR nas mãos dos leitores para serem ALIMENTADOS, ou seja, serem decifrados e
interpretados.
Outro caráter desse poema de Mário Quintana consiste no uso da metalinguagem, isto é, o poeta
usa o poema para definir os poemas.
Professor(a), durante a interpretação do poema, apresente a sua estrutura. Retome com os estudantes
conceitos como sentido conotativo e denotativo. Use o poema também para trabalhar oralmente os
aspectos estruturais da língua como as classes gramaticais, a pontuação, dentre outros.

Atividade de leitura e interpretação

O Velho do Espelho - Mário Quintana


Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus, Meu Deus...Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...

<https://poetamarioquintana.blogspot.com/2008/03/o-velho-do-espelho-mario-quintana.html> Acesso em 30 de jan. 2020

01- Com base na leitura do poema “O velho do espelho” de Mário Quintana, é possível inferir que o eu
lírico

(A) sente saudades de seus familiares que morreram.


(B) possui semelhanças físicas com a figura de seu pai.
(C) sente-se alegre ao ver a sua imagem no espelho.
(D) possui tristes lembranças de seus familiares.
Gabarito B.

02- No quinto verso “Meu velho pai - que já morreu!”, a palavra “velho” faz referência ao (à)

(A)Deus.
(B)ruga.
(C)olhar.
(D)pai.
Gabarito D.

03- No verso “Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,”, pode-se inferir que o eu lírico

(A) admitiu que foi um filho obediente e sábio.


(B) assumiu as suas tarefas como filho teimoso.
(C) reconheceu que se identifica com seu pai.
(D) confessou que foi desobediente ao seu pai.
Gabarito C.

04- No verso “Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,”, a palavra “lentamente” expressa
a ideia de

(A) modo.
(B) lugar.
(C) tempo.
(D) conclusão.
Gabarito A.

05- No último verso, observa-se que o eu lírico sente-se

(A) tímido
(B) envaidecido.
(C) envergonhado.
(D) perseverante.
Gabarito B.

7ª AULA

Gênero textual: Poema


Oralidade e Leitura:
 Iniciar a aula com a leitura de cartões de poemas:
 selecionar poemas de diferentes poetas e criar cartões com dois poemas em cada um. Nesse
momento, seria interessante que você escolhesse uma quantidade de dois poemas do mesmo autor por
duplas ou trios de estudantes que possuem em sua turma.
 entregar um cartão para cada dupla ou trio e pedir aos estudantes para fazerem uma leitura
silenciosa dos poemas, analisando-os. Nesse momento, caminhe pela sala e converse com eles sobre o
que entenderam.
 Pedir aos estudantes que socializem as interpretações dos poemas com os colegas.

Oralidade, Leitura e Análise Linguística/Semiótica


 Analisar o poema “Canção do exílio”, de maneira contextualizada e dialogada, o emprego de
diferentes classes gramaticais (substantivos, adjetivos, advérbios, verbos, pronomes, artigos,
preposições);
 Reconhecer nos poemas as variedades linguísticas, conscientizando os estudantes a respeitá-las
 Realizar a atividade proposta de leitura e interpretação dos aspectos linguístico-discursivos.

Observação: o professor poderá ler o poema “Canção de exílio” de Gonçalves Dias com os estudantes
ou ouvir no link https://www.culturagenial.com/cancao-do-exilio-goncalves-dias/

Sugestão de cartão:
Atividade de leitura e interpretação

Canção do exílio – Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar-sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

https://www.culturagenial.com/cancao-do-exilio-goncalves-dias/

Vocabulário:
Exílio: Que foi retirado de seu próprio país ou que dele saiu voluntariamente.
Gorjear: Emitir sons melodiosos; cantar.
Várzea: Terreno cultivável; área plana, sem desníveis, com plantações.
Cismar: Refletir sobre alguma coisa de maneira insistente.
Primor: Excelência; característica do que é superior; em que há perfeição.

01- Ao ler o poema de Gonçalves Dias, verifica-se que o poeta

(A) exalta as qualidades de seus amores.


(B) enobrece os pássaros e sua família.
(C) planeja construir uma terra nova.
(D) idealiza a pátria e a natureza.
Gabarito D.

02- Na primeira estrofe do poema, o poeta usa os advérbios “aqui” e “lá” para se referir ao(à)

(A) terra natal e palmeiras.


(B) exílio e várzeas
(C) exílio e terra natal.
(D) várzeas e terra natal.
Gabarito C.

03- Em todo o poema, o poeta faz uma comparação entre a terra natal e o local em que se encontra
exilado por meio de elementos

(A) econômicos.
(B) sociais.
(C) culturais.
(D) naturais.
Gabarito D.

04- Observa-se a repetição da expressão “Minha terra...” em todo o poema. O poeta utilizou-se desse
recurso para

(A) valorizar a terra natal, ou seja, sua pátria.


(B) exaltar os lugares que visitou com seu amor.
(C) depreciar a sua terra natal com elogios.
(D) enaltecer o local em que se encontra.
Gabarito A.

05- Na última estrofe do poema, o poeta faz um(a)

(A) apelo aos leitores que valorizem suas terras e plantas.


(B) súplica a Deus para retornar a sua pátria antes de falecer.
(C) solicitação aos governantes de sua pátria para ir visitá-la.
(D) invocação a Deus para que fique no lugar em que se encontra.
Gabarito B.

8ª AULA

Gênero textual: Poema

Oralidade e Escrita
 Ler o poema de Murilo Mendes e refletir sobre as semelhanças com o poema “Canção do exílio” de
Gonçalves Dias.
 Explicar o termo paródia:

Paródia é uma palavra que provém do latim paródia e que tem a sua origem mais remota na língua
grega. Trata-se de uma imitação burlesca que faz a caricatura de uma pessoa, de uma obra de arte ou de
uma determinada temática. Enquanto obra satírica, a paródia aparece em diversos géneros artísticos e
nos meios de comunicação.

 Apresentar as paródias produzidas por estudantes na Olímpiada de Língua Portuguesa.


 Planejar a produção de uma paródia do poema “Canção do exílio” de Gonçalves Dias.
 Produzir uma paródia do poema “Canção do exílio” de Gonçalves Dias.
 Revisar a produção inicial, considerando os aspectos linguístico-discursivos.
 Reescrever o texto.

Sugestão: Circulação do texto: Organizar os poemas em um painel para que todos os estudantes da sala
tenham acesso ao material produzido.

Canção do Exílio, de Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia


onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Poemas de estudantes que ganharam a Olímpiada de Língua Portuguesa e fizeram paródia do poema
de Gonçalves Dias.

HISTÓRIA PRESERVADA, NATUREZA DEVASTADA

Estudante: Ana Beatriz Vieira Batista Escola: E. M. E. F. Professora Andreia S.Sandrin


Guatapará (SP) Professora: Valdirene dos Santos

Minha terra não tem palmeiras


Mas tem pássaros a cantar
Os pássaros que aqui gorjeiam
Em outras arvores vão pousar.

Quem visita minha terra


Fauna e flora encontrará
Exaltando a fauna brasileira
O extinto Guatapará.
Destacando nossa flora
Com elegância e beleza
Abre alas a Avenida Jacarandá
Representante da natureza.

Entre as celebridades
Astuta e soberana
Sempre de copas abertas
A Rua Tipuanas.

A Rua Oleandros
Tem beleza ornamental
É como presente de grego
Pois seu veneno é fatal.

Um aroma exala no ar
Com perfume adocicado
A Rua dos Jasmins
Nos deixa aguçados.

No zumbido das abelhas


Sempre aromática e estimulante
A Rua dos Alecrins
Se exalta por suas propriedades excitantes.

Ameaçada por sua nobreza


E de uso medicinal
A Rua das Cabreúvas
Aromatiza minha terra natal.

Sempre linda e exuberante


Símbolo nacional do país
A Rua dos Ipês
Está atrelada à minha raiz.

A Rua das Magnólias


Lutou, relutou em vão
A ganância humana
Levou-a em extinção.
Nas minhas ruas
Não há mais jasmins
Nem magnólias, tipuanas
Ipês, oleandros ou alecrins.

Tiraram nossas essências


Acabaram com o aroma do ar
Da fauna, poucas espécies sobraram
Da flora, lembranças a preservar.

Nessa selva de pedras


Só restaram as denominações
Das ruas que retratam a história
De lutas e glórias de sua nação.
AS MARIAS DO MEU LUGAR Carlos Victor Dantas Araújo

Minha terra é pequenina


Fica aqui no Ceará
No Vale do Jaguaribe
Alto Santo aqui está
No Comando das Marias
Que progride esse lugar

Tem Maria sertaneja


Valente feito um trovão
Daquela que desde cedo
Faz o cultivo do chão
E a Maria tratorista
Que ajuda na plantação

Tem Maria lá na Câmara


Que é a vereadora
Tem Maria que cedinho
Limpa a rua com a vassoura
Tem aquela que ensina
A Maria professora

A Maria forrozeira
Rodeia feito pião
Tem a Maria louceira
Transforma o barro com a mão
E a Maria morena
Com corpo de violão

Maria que no mercado


Vende o quente e o frio
E a Maria lavadeira
Faz espuma lá no rio
E a Maria açougueira
Com a faca faz desafio

Maria no hospital
A Maria enfermeira
Lá na fábrica de tecidos
A Maria costureira
E aqui na minha casa
A Maria verdadeira

Lá no altar da igreja
Maria diz o amém
Implora ao padroeiro
Para todos viver bem
A mãe do Menino Deus
Que é Maria também

Ah! Se em todo lugar tivesse


Assim tantas alegrias
E que fosse como meu
Nessa paz do dia a dia
Que faz o calor do sol
Dar força a essas Marias

Estudante finalista da 1ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, em 2008, 6º


ano da E. M. E. F. Urcesina Moura Cantídio, Alto Santo – CE.

9ª AULA

Gênero textual: Charge


Oralidade e Leitura da charge 1:
 Apresentar a charge 1 aos estudantes e levantar alguns questionamentos:
 Vocês conhecem esse gênero textual?
 Que tipo de linguagem se encontra presente nesse texto?
 As figuras, linguagem não verbal, ajudam vocês a interpretarem a charge?
 Existe uma preocupação em usar a linguagem formal?
 Qual é a preocupação do macaco? Qual foi o fato que a charge está se referindo?
Observação: Nesse momento, professor(a) ressalte a importância da articulação da linguagem verbal
com a não verbal.

Oralidade, Leitura e Análise Linguística/Semiótica da Charge 2


 Apresentar a charge 2 e pedir aos estudantes que realizem as atividades propostas de leitura e
interpretação dos aspectos linguístico-discursivos em duplas e/ou coletivamente.
 Reconhecer na charge as variedades linguísticas, conscientizando os estudantes a respeitá-las.

Oralidade, Leitura e Análise Linguística/Semiótica da Charge 3


 Realizar a atividade proposta de leitura e interpretação dos aspectos linguístico-discursivos.

Orientações:
Charge - esse gênero consiste em um texto humorístico, que, na maior parte dos casos, é construído por
meio da linguagem verbal e não verbal. Tem como objetivo realizar uma crítica ou uma sátira sobre
temas e costumes humanos. Na charge, aparecem temas e situações de um contexto temporal
específico. A charge tem como característica a abordagem de temas econômicos, educacionais,
políticos, sociais, dentre outros. Possui como características marcantes o exagero e a intertextualidade.

Charge 1

https://www.leiagora.com.br/noticia/74192/e-na-floresta-amazonica
Charge 2

https://www.jornaldopovo.com.br/site/vc_reporter_fotos_interna.php?idGaleria=78

01- Qual é o assunto da segunda charge?


Gabarito:
Professor(a), o estudante deve falar sobre as chuvas em São Paulo.

02- O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações

(A) reais e recursos linguísticos.


(B) fictícias e virtuais.
(C) auditivas e virtuais.
(D) visuais e recursos linguísticos.
Gabarito: D

03- Identifique os elementos não verbais que articulam com a linguagem verbal.
Gabarito:
Professor(a), o estudante deve perceber o nível da água que está alto devido ao excesso de chuva e
relacionar com a fala dos personagens que diz ser bem vindo a São Paulo e o outro retruca ser a cidade
de São Pedro, o santo que na cultura popular é o guardião do céu, controlando as suas portas com as
referidas chaves. Assim, costuma-se brincar que devemos rogar a São Pedro para que a chuva continue
ou pare.

04- Ao usar as reticências, o autor do texto tem como objetivo

(A) mostrar que está indeciso se de fato chegou à cidade de São Paulo devido ao excesso de chuva.
(B) demonstrar certeza de que estão em São Paulo, visto que chove pouco nesta cidade.
(C) valorizar a importância das chuvas na cidade de São Paulo, visto que São Pedro a abençoa sempre.
(D) enfatizar a necessidade de todos visitarem a cidade de São Paulo, uma vez que São Pedro irá visitá-
la.
Gabarito: A
Charge 3

https://www.informepe.com/charge-depois-calorao-enchentes/
01- Esse texto faz uma crítica ao(à)s

(A) falta de consciência humana sobre as enchentes nas comunidades atuais.


(B) excesso de chuva em alguns lugares ocasionados pela esperança e fé religiosa.
(C) mudanças climáticas ocasionadas pelo equilíbrio emocional da sociedade moderna.
(D) mudanças climáticas que em momentos chove muito e em outros têm muito sol.
Gabarito: D

02- Ao ler a charge, observa-se que os personagens afirmam que o excesso de chuva aconteceu devido
ao fato deles

(A) reflorestarem os rios.


(B) preservarem o meio ambiente.
(C) terem rezado muito.
(D) terem muito cuidado com a saúde deles.
Gabarito: C

10ª AULA

Gênero textual: Charge - uso excessivo de celular / redes sociais

Oralidade e Leitura de charges em duplas:


 Dividir os estudantes em duplas e entregar charges diferentes para cada dupla.
 Pedir a eles que façam a descrição das charges, anotando no caderno todos os elementos que
perceberem na figura.
 Circular pela classe incentivando os estudantes a dizer o que conseguem compreender com os
elementos visuais e os recursos linguísticos.
 Socializar os elementos mais importantes das charges. (Seguem 3 sugestões de charges para esse
momento)

Oralidade, Leitura e Análise Linguística/Semiótica da Charge 1


 Apresentar a charge 1 e pedir aos estudantes que realizem as atividades propostas de leitura e
interpretação dos aspectos linguístico-discursivos em duplas e/ou coletivamente.
 No momento da correção, levantar questionamentos sobre a articulação da linguagem verbal com a
não verbal.
 Quantas pessoas?
 Onde eles estão?
 O que estão fazendo?
 O que levou vocês a encontrarem a resposta dos exercícios?
 Analisar na charge, de maneira contextualizada e dialogada, o emprego de:
 diferentes classes gramaticais (substantivos, adjetivos, advérbios, verbos, pronomes, artigos,
preposições);
 concordância verbal e nominal.

SUGESTÕES DE CHARGES PARA O PRIMEIRO MOMENTO

https://blog.abmes.org.br/globalizacao-digital-estamos-mais-conectados-do-que-nunca

http://www.betaredacao.com.br/relacao-das-charges-com-politica/

https://2.bp.blogspot.com/-rFuQh-a9MMM/VsMC_Sl3FZI/AAAAAAAADrQ/OjM0Sd65gmI/w1200-h630-p-k-no-nu/celular.jpg
Leitura e atividade de interpretação da Charge 1

https://www.fapcom.edu.br/blog/o-que-perdemos-nesse-meio-tempo.html> Acesso em 30 de jan. 2020

01- Sabe-se que a charge faz uma crítica sobre um tema comum na sociedade atual. Assim, verifica-se
que o tema em questão está relacionado ao(à)

(A) desuso das redes de Wi-Fi em estabelecimentos comerciais.


(B) emprego de telefones móveis em empresas modernas.
(C) uso excessivo das redes sociais no mundo contemporâneo.
(D) acesso gratuito dos clientes em redes Wi-Fi em restaurantes.
Gabarito: C

02- Para responder aos clientes, o garçom utilizou a linguagem

(A) oral.
(B) visual.
(C) padrão.
(D) informal.
Gabarito: B

03- O verbo achar, na frase “Eu não acho!”, concorda com a mesma pessoa verbal que a frase a seguir

(A) João comprou um celular novo.


(B) Jogamos futebol todos os finais de semana.
(C) Os meninos utilizam a Wi-Fi da escola.
(D) Gosto de assistir a bons filmes.
Gabarito: D

04- De acordo com a charge, as redes sociais afastam as pessoas. Identifique e explique o motivo desse
afastamento abordado no texto. Em seguida, expresse sua opinião.
Ao lermos a linguagem não verbal, observamos que as pessoas não conversam entre si, somente usam
suas redes sociais. Resposta pessoal.
Sequência Didática de Língua Portuguesa – 7º ano
6ª AULA

Gênero textual: Charge


Oralidade e Leitura
 Retomar as principais características da charge com os estudantes (anexo 1).
 Focar na característica de que a charge se origina de uma notícia jornalística.
 Apresentar uma notícia sobre o extermínio de um rinoceronte na África (anexo 2) e, em seguida,
apresentar uma charge que se originou dessa notícia (anexo 3).
 Fazer uma análise desses dois textos, a partir de perguntas como:
 Quem são os interlocutores desses textos?
 Qual é o objetivo da notícia?
 Qual é o objetivo da charge?
 Quais suportes são usados nesses dois textos?
 Quem produziu esses textos?
 Quais tipos de linguagens foram utilizados nos textos?
 Qual a mensagem implícita na charge?

Oralidade, leitura e escrita


 Pedir para os estudantes responderem algumas perguntas sobre a notícia e a charge do rinoceronte
(anexo 4).

Anexo 1

Anexo 2
Último rinoceronte-branco do Norte morre e espécie entra em extinção
Sudan, que tinha 45 anos, era o último exemplar macho de sua espécie e sofreu eutanásia no Quênia
após contrair uma infecção irreversível

Último rinoceronte-branco do norte macho do planeta, Sudan morreu aos 45 anos no Quênia em
decorrência de uma infecção em sua pata direita traseira: por conta da idade avançada, a doença
progrediu de maneira irreversível e os veterinários optaram pela eutanásia. Com sua morte, restam
apenas fêmeas de sua espécie — indicando que, ao menos em tese, esses animais entraram em
extinção.
Em seus últimos anos de vida, Sudan tinha a companhia de três guarda-costas armados com
escopetas e rifles semiautomáticos durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Ele vivia no Ol Pejeta
Conservancy, área de proteção no Quênia. Os seguranças tinham como missão afastar os caçadores que
saíam em busca do chifre de rinocerontes, vendido em países como o Vietnã por até US$ 100 mil o quilo
— mais valioso que ouro, por ter fama de curar doenças como o câncer.
Quando Sudan passou a viver na reserva ambiental, na década de 1970, existiam ao menos 500
exemplares de rinocerontes-brancos do Norte. Hoje, esse número é de apenas dois exemplares.
Enquanto campanhas para a preservação dos rinocerontes-brancos que vivem na porção sul do
território africano fizeram com que a população desses animais aumentasse para mais de 20 mil
exemplares, a espécie de Sudan (considerada um pouco menor do que seus parentes do sul) só minguou
nos últimos anos.
Os caçadores, normalmente jovens pobres sem muita perspectiva de vida, atuam à noite, de
preferência sem arma de fogo, para não chamar a atenção das autoridades. Usam tranquilizantes para
deixar os animais apagados e machados e serrotes para arrancar o chifre, que pode pesar até quatro
quilos. Os rinocerontes não morrem na hora, mas há relatos de turistas que cruzaram em parques
nacionais com um rinoceronte com o rosto totalmente desfigurado.
Mas ainda há um fio de esperança: cientistas planejam utilizar as informações genéticas de Sudan
para manipular embriões da espécie e realizar uma inseminação artificial nas duas últimas exemplares
de rinocerontes-brancos do Norte. A técnica nunca foi utilizada e não há certeza de sua eficácia. Melhor
seria se a conservação dos rinocerontes tivesse sido feita de outra maneira, há décadas.

Disponível em <<https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2018/03/ultimo-rinoceronte-branco-do-
norte-morre-e-especie-entra-em-extincao.html> Acesso em 30 de jan. 2020> Acesso em 15 de jan. 2020 (Adaptado).

Anexo 3
Disponível em <<http://www.seuguara.com.br/2018/03/extinto-charge-do-amarildo.html> Acesso em 30 de jan. 2020>
Acesso em 27 de jan. 2020.
Anexo 4

Responda as perguntas a seguir sobre os textos que enfocam assuntos relacionados ao rinoceronte:

01- Quais os elementos não-verbais usados na charge e quais seus significados?


O extraterreste= sujeito externo que não compreende a dinâmica dos seres-humanos.
O rinoceronte= mostra o animal que está em extinção, grande e imponente.
Os balões: indicam as falas do extraterrestre

02- Quais mensagens são transmitidas na notícia e na charge?


Notícia: apresenta a notícia sobre a extinção do rinoceronte-branco e em quais condições esse fato
ocorreu.
Charge: crítica a extinção do rinoceronte-branco, pois isso aconteceu devido à ação dos homens, seres
que deveriam preservar os animais e não os matar.

03- A utilização da linguagem verbal na charge contribui para sua compreensão? Justifique?
Sim. Pois, por meio da fala do extraterrestre, somos levados a refletir sobre o papel do homem na
humanidade e nos absurdos que eles fazem por ganância.

04- Por que você acha que o extraterrestre pergunta como os seres humanos conseguiram extinguir o
rinoceronte?
Porque ele fica impressionado em saber que os seres humanos foram os responsáveis em extinguir os
rinocerontes, animais de beleza e força singular.

05- Qual é a ironia da charge?


O homem ser o responsável pela extinção dos rinocerontes.

06- A crítica dessa charge refere-se à


(A) invasão dos extraterrestres no planeta Terra.
(B) beleza e à força do rinoceronte.
(C) extinção dos rinocerontes-brancos pela ação dos homens.
(D) ideia de que os rinocerontes serem considerados líderes da Terra.
Gabarito: C

07- Podemos dizer que o assunto da charge e da notícia é atual e polêmico? Justifique.
É bastante atual e polêmico, pois há ainda muitas espécies em risco de extinção devido à ação do
homem, mesmo que eles saibam da importância dessas espécies para o equilíbrio do biossistema.

08- Na frase “Como eles conseguiram?” o pronome ‘ele’ refere-se a qual sujeito?
Ao sujeito ‘humano’.

7ª AULA

Gênero textual: Charge


Oralidade e Leitura
 Pedir que os estudantes leiam três notícias relacionadas com o tema ‘agrotóxicos’ (anexo 1). O(a)
professor(a) pode projetar as notícias ou fazer a impressão para os estudantes.
 Fazer o levantamento das principais informações acerca das notícias.
 Quando foram escritas?
 Onde foram publicadas?
 Por que foram publicadas?
 Qual a sua opinião sobre esse assunto?

Produção textual coletiva


 A partir das notícias lidas e exploradas, pedir aos estudantes para fazerem uma charge sobre o
assunto.
 Dividir os estudantes em trios e pedir que cada grupo explore com criatividade o tema apresentado.
 Lembrar os estudantes de usar ironia, humor, criticidade e os recursos visuais do texto, tais como:
desenho, onomatopeias, e balões de diálogo.
 Fornecer os materiais necessários para a produção da charge, como: papel, lápis de cor, giz de cera,
entre outros.

Anexo 1

Notícia 1
Os agrotóxicos e nossa saúde
Os agrotóxicos são responsáveis por milhares de mortes todo o ano ao redor do mundo.

É comum o uso de agrotóxicos na agricultura não somente no nosso país, como no mundo todo.
Geralmente usados para evitar algum tipo de praga em uma plantação, esses produtos acabam sendo
utilizados inadequadamente, gerando riscos à saúde das pessoas. As mortes e intoxicações pelo uso
desses produtos acabaram tornando-se um grande problema de saúde pública.
Os riscos são grandes e podem ocasionar problemas em curto, médio e longo prazo, a depender da
substância utilizada e do tempo de exposição ao produto. Pesquisas apontam que ocorrem mais de 200
mil mortes por ano no mundo em virtude de problemas gerados pelo uso de agrotóxicos, sendo que a
maioria ocorre em países em desenvolvimento.
A intoxicação por agrotóxicos pode ocasionar tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos,
dificuldades respiratórias, tremores, irritações na pele, nariz, garganta e olhos; convulsões, desmaios,
coma e até mesmo a morte. As intoxicações crônicas — aquelas causadas pela exposição prolongada ao
produto — podem gerar problemas graves, como paralisias, lesões cerebrais e hepáticas, tumores,
alterações comportamentais, entre outros. Em mulheres grávidas, podem levar ao aborto e à
malformação congênita.
Toda a população em alguma fase da vida será exposta a agrotóxicos, seja através do consumo ou
durante o trabalho. Entre os grupos que mais sofrem com os efeitos dessa substância, podemos
destacar os trabalhadores rurais que manuseiam frequentemente esse tipo de produto.
É possível observar com frequência trabalhadores do campo utilizando essas substâncias sem
nenhuma proteção adequada. Além disso, muitas vezes a intoxicação desses trabalhadores não é levada
a sério, além de, sequer, procurarem atendimento médico. Por isso, é comum a morte dessas pessoas,
que muitas vezes não conhecem o verdadeiro risco de tais substâncias.
Entre alguns sintomas que podem surgir em virtude do manuseio de agrotóxicos, podemos destacar
dores de cabeça, desmaios, convulsões, náuseas, falta de ar e vômitos. Por, normalmente, serem
sintomas pouco específicos, é comum que não sejam associados a possíveis intoxicações. Entretanto, ao
senti-los, é extremamente importante procurar um médico e informá-lo a respeito dos produtos que
foram recentemente manipulados
Além dos problemas graves gerados aos trabalhadores rurais, agrotóxicos podem ser encontrados
nos alimentos, prejudicando assim outras pessoas. Apesar de todos os cuidados do consumidor, que
lava o alimento muitas vezes até com água sanitária, os agrotóxicos não são totalmente removidos
dessa maneira. Algumas vezes, essas substâncias penetram nos tecidos vegetais, fazendo com que a
lavagem remova apenas partes delas. Já a água sanitária é bastante útil para matar alguns micro-
organismos, mas não é eficaz na eliminação de agrotóxicos.
Para diminuir o consumo dessas substâncias, a população pode optar por comprar produtos
orgânicos. Esses alimentos caracterizam-se por não serem produzidos com a utilização de agrotóxicos.
Ao utilizar agrotóxicos sem a devida proteção, o trabalhador rural coloca em risco sua saúde
Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos
Disponível em <<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm> Acesso em 27
de jan. 2020.

Notícia 2
Saiba como os novos agrotóxicos liberados em 2019 afetam a comida

Anvisa afirma que os 197 novos produtos são seguros em relação aos alimentos; toxicologista
ressalta que uso inadequado pode elevar toxidade
Deborah Giannini, do R7 05/06/2019 - 04h00
O país liberou o uso de 197 novos agrotóxicos desde o início do ano. A ação gerou discussão sobre
quais são os níveis aceitáveis do uso desses produtos e de como isso pode afetar a alimentação.
Todos esses agrotóxicos foram aprovados pela Anvisa. Segundo o órgão, os riscos, quando existem,
estão relacionados ao cultivo e não ao consumo de alimentos.
“Todo produto, quando é registrado, passa por uma avaliação de risco dietético. Nessa avaliação,
são considerados os resíduos deixados nos alimentos para manter a segurança de consumo”, explica
Carlos Alexandre Gomes, gerente-geral de toxicologia da Anvisa.
“A preocupação é com o trabalhador rural, porque é quem realmente pode se expor a quantidades
um pouco maiores do produto”, completa.
Os agrotóxicos, que são produtos utilizados nas plantações para combater pragas, promovem certa
toxidade aos alimentos, mas ela é muito maior em quem aplica o produto, segundo o toxicologista
Daniel Dorta, professor de toxicologia do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras da USP-Ribeirão Preto.
“O principal problema em relação aos agrotóxicos é seu uso de forma não indicada. Por exemplo:
utilizá-lo em uma cultura para o qual ele não é indicado ou utilizá-lo em concentração maior do que a
recomendada”, afirma.
Ele explica que essa concentração maior não significa que foi colocada uma quantidade maior do
produto, mas sim que não foi respeitado o período de quarentena, que é o espaço de tempo entre o
momento em que o produto é aplicado na cultura e que o alimento possa ser colhido e disponibilizado
para consumo. “Por exemplo: era preciso esperar 40 dias, mas, em 15, já foi feita a colheita”, diz.

Deixar alimentos de molho no bicarbonato de sódio ajuda a minimizar resíduos


Mais usado no Brasil, Glifosato é controverso
O Greenpeace divulgou, por meio de nota, que 26% dos agrotóxicos liberados no país já foram
banidos pela União Europeia. A entidade também chama a atenção para novos produtos contendo
glifosato, agrotóxico mais utilizado no país.
“O glifosato no Brasil foi reavaliado e, assim como em outros países, a decisão foi pela
permanência”, afirma o gerente-geral de toxicologia da Anvisa.
Já o toxicologista da USP ressalta que o glifosato é controverso. Trata-se de um herbicida para
combater as ervas daninhas que competem com a cultura principal.
“O glifosato é classificado como grupo 2A pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC)
como potencialmente cancerígeno para humanos”, afirma.
Neste ano, um júri de São Francisco, nos Estados Unidos, decidiu que esse agrotóxico foi um “fator
importante” no desenvolvimento do câncer em um homem.
Outro agrotóxico controverso entre os liberados está o fipronil. Segundo o Greenpeace, esse
agrotóxico é nocivo para abelhas e outros polinizadores. O toxicologista confirma. “É verdade. Ele é
utilizado para dizimar todas as pragas, inclusive abelhas. Também pode ser tóxico para o ser humano. O
fipronil também está classificado no grupo 2 do IARC”, afirma.

Resíduos podem ser minimizados

Para minimizar os resíduos de agrotóxicos nos alimentos, que são mínimos e não nocivos à saúde,
segundo a Anvisa, o toxicologista orienta a retirar a casca das frutas, por exemplo. “Porém vai perder
também muitos nutrientes”, ressalta.
Outra medida é deixar de molho em água com bicarbonato de sódio. A medida é meia colher de
sopa para um litro de água por 20 minutos, segundo ele. O toxicologista explica que o hipoclorito é
indicado para combater micro-organismos, como vírus e bactérias, e prevenir infecções.
Já o bicarbonato de sódio, segundo ele, minimiza os efeitos de praguicidas. “Tem a capacidade de
degradar substâncias químicas, como praguicidas. Não elimina, mas auxilia no processo de redução da
concentração encontrada”, afirma.
“Já o hipoclorito é utilizado em situações como: comprei uma verdura da horta perto de casa. Será
que ali está tendo contaminação com micro-organismo patogênico?”, completa. O uso de hipoclorito é
de 20 gotas para 1 litro de água por 20 minutos.
Segundo ele, entre os alimentos com maior concentração de agrotóxicos estão o morango, por ser
poroso, pepino e tomate.
Ele explica que, em análises desse tipo são batidos o fruto inteiro, inclusive com casca. “Por
exemplo: entre os alimentos com maior concentração de agrotóxicos está o abacaxi. No entanto, retira-
se sua casca para o consumo. Portanto, no momento da alimentação, ele não estará tão concentrado
como no resultado dessas análises”, orienta.
Disponível em <<https://noticias.r7.com/saude/saiba-como-os-novos-agrotoxicos-liberados-em-2019-afetam-a-comida-
05062019> Acesso em 27 de jan. 2020.

Notícia 3
Um panorama sobre os agrotóxicos no Brasil
06 de outubro de 2019 Flaviano Quaresma 0 comentários IMS
Análise: Dayan Carvalho Ramos Salles de Oliveira*
A exportação agropecuária é um dos principais pilares da economia brasileira (36% do total de
exportação). Sete dos 12 principais produtos exportados são soja, celulose, farelo e resíduos da extração
de soja, carne de frango, açúcar de cana, carne bovina e café (BRASIL, 2019a). Em 2018, havia 62 mil
hectares de área cultivada, um aumento de 62% de sua área plantada entre os anos de 2000 a 2018
(CONAB, 2018). A cultura de soja é o principal produto de exportação, com mais da metade da área
plantada (35 mil hectares) e responsável por 16,21% do total de produtos exportados pelo país (BRASIL,
2019b, 2019a).
A característica agrária evolui no país graças ao uso massivo de agrotóxicos (BOMBARDI, 2017). O
país aumentou seu consumo em cerca de 240% entre os anos de 2000 a 2016 (BRASIL, 2019c),
tornando-se o principal importador mundial (gráfico 1). De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), a cultura de soja está em primeiro lugar como destino do
agrotóxico importado, com o consumo de 52,2% do total de importação, seguida pela cana (11,7%) e o
milho (10,6%) (SINDIVEG, 2018). Esses dados reforçam a característica monocultora de exportação do
Brasil, em que cerca de 75% do total de agrotóxicos importados são destinados apenas a três culturas
agrícolas.

Gráfico 1. Taxa de crescimento do valor (US$) das importações de agrotóxicos dos cinco principais
países 2000-2013

Fonte: COMTRADE, 2019.

A Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, conhecida como “Lei do Agrotóxico”, estabelece diretrizes
que proíbem a utilização de químicos que possuam ação comprovadamente nociva à saúde pública e ao
meio ambiente (BRASIL, 1989). Entretanto, o Brasil permite a utilização de produtos proibidos na Europa
devido a suas características comprovadamente nocivas à saúde humana. Até 2017, o Brasil possuía 504
ingredientes ativos registrados e autorizados para uso, sendo 149 agrotóxicos proibidos na União
Europeia (BOMBARDI, 2017); atualmente, o número total chega a 562 ingredientes ativos permitidos
(BRASIL, 2019d). O glifosato, por exemplo, proibido na União Europeia, é o agrotóxico mais utilizado no
Brasil (BRASIL, 2019c).
Em contraponto à lei atual, o Projeto de Lei nº 6.229/2002 estabelece novas diretrizes para o
registro e aprovação de agrotóxicos. Se aprovado, o projeto permitirá o uso e comercialização de
produtos comprovadamente cancerígenos, desde que em níveis de limites máximos de resíduos (LMR)
“aceitáveis” – valendo-se a ressalva de que o LMR não é um parâmetro de saúde, mas de boas práticas
na produção agrícola. Ainda, a ANVISA aprovou o novo marco regulatório para classificação de
agrotóxicos no Brasil, em que a nova classificação passa a considerar um agrotóxico como altamente
tóxico apenas no caso de morte, não mais pela sua ação tóxica e debilitante ao organismo. Isto faz com
que a maioria dos agrotóxicos considerados extremamente tóxicos na antiga classificação sejam, agora,
considerados como moderadamente tóxicos (BRASIL, 2019e).
Assim como nas espécies de agrotóxicos permitidos, existe uma diferença importante nas
quantidades de resíduos de agrotóxicos permitidos nos alimentos produzidos no Brasil em relação à
União Europeia. Por exemplo, os níveis dos LMRs de glifosato são mais altos no Brasil para as culturas de
soja (200 vezes), cana de açúcar (20 vezes) e café (10 vezes); os de malationa, para as culturas de feijão
(400 vezes) e brócolis (250 vezes); e atrazina, para as culturas de cana de açúcar, milho e sorgo (5 vezes).
Já para a contaminação da água, que possui impacto tanto na saúde humana quanto na ambiental, os
LMRs são 20 vezes maiores para atrazina, 300 vezes para 2,4D e 5.000 vezes para glifosato, por exemplo
(BOMBARDI, 2017).
No Brasil, desde 2001, existe uma análise contínua da qualidade dos alimentos comercializados
internamente através do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), que é
uma ação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Anvisa em conjunto com
os órgãos municipais e estaduais de vigilância sanitária. O programa objetiva, a partir dos resultados,
incentivar a adoção de boas práticas agrícolas (BPA) e orientar sobre possíveis inconformidades na
cadeia de produtiva agrícola. A última publicação do programa aponta que 19,7% das amostras
comercializadas no Brasil estavam insatisfatórias de acordo com a legislação brasileira, segundo a qual
16,7% tinham resíduos de agrotóxicos não permitidos na cultura; 1,33% estava acima do LMR e 1,68%
estava acima do LMR e não era permitido na cultura (BRASIL, 2016).
Os primeiros estudos de avaliação de exposição alimentar aos agrotóxicos no Brasil foram
realizados a partir de dados de aquisição nacional de alimentos da Pesquisa de Orçamentos Familiares,
que subestimam o real consumo de frutas, verduras e legumes no Brasil (OLIVEIRA et al., 2019). Caldas e
colaboradores verificaram que não existe risco crônico cumulativo de ditiocarbamatos (CALDAS; BOON;
TRESSOU, 2006a) ou risco agudo cumulativo para carbamatos e organofosforados na disponibilidade de
alimentos no Brasil (CALDAS; TRESSOU; BOON, 2006b), utilizando dados de aquisição nacional da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e LMRs brasileiros para a avaliação. Dos alimentos analisados,
arroz, feijão, frutas cítricas e tomate se mantiveram como as principais fontes de agrotóxicos fora dos
padrões de segurança para o consumo (CALDAS; TRESSOU; BOON, 2006b; CALDAS; SOUZA, 2004). A
reanálise dos dados, a partir dos dados de consumo efetivo de alimentos pelo Inquérito Nacional de
Alimentação (INA), demonstrou realmente não haver risco cumulativo agudo para triazoles (JARDIM et
al., 2018b), organofosforados, carbamatos e piretoides (JARDIM et al., 2018a) e nem crônico para
triazoles e ditiocarbamatos (JARDIM et al., 2018b) na alimentação da população brasileira. Como
ressalva importante, esses dados de inquéritos alimentares subestimam o consumo de alimentos (LOPES
et al., 2016).
Até o momento, as evidências científicas demonstram não haver risco agudo ou crônico
considerável para a população brasileira a partir da exposição a resíduos de agrotóxicos via alimentação.
Contudo, ainda não há um panorama completo de exposição de todos os agrotóxicos comercializados
no território nacional, onde, por exemplo, o glifosato, que é o principal agrotóxico comercializado no
país, não é avaliado no programa de monitoramento do PARA pela Anvisa. Sendo assim, ressalta-se a
importância de manutenção do atual programa governamental de vigilância dos resíduos de agrotóxicos
em alimentos e, também, do incentivo à inclusão dos principais agrotóxicos comercializados no Brasil
dentro desse monitoramento.
Disponível <<http://site.ims.uerj.br/2019/10/06/um-panorama-sobre-os-agrotoxicos-no-brasil/> Acesso em 27 de jan. 2020.

8ª AULA

Gênero textual: Charge


 Oralidade e Leitura
 Pedir aos estudantes que leiam as charges em anexo e infiram de qual notícia elas se originaram.
 Perguntar qual é o posicionamento dos estudantes diante do assunto e quais informações eles
sabem sobre essa notícia.
 Disponibilizar uma notícia para os estudantes para que eles tenham mais conhecimento sobre o
assunto.
 Produção textual
 Com base na notícia e nas charges, pedir aos estudantes para criarem sua própria charge tratando
do assunto abordado, utilizando elementos inovadores para fazerem suas críticas.

Circulação do Gênero: criar um mural na escola para expor as charges produzidas.


Anexo

Disponível em <https://artesmendes.wordpress.com/2013/01/16/charge-15-01-2013-2/> Acesso em 28 de jan. 2020.

Disponível em <http://clicfolha.com.br/charge/1093/manchas-de-petroleo-no-nordeste-podem-ser-da-venezuela---cazo-
2019. Acesso em 28 de jan. 2020.
Disponível em <https://www.s1noticias.com/charge-do-dia-vazamento-de-oleo-no-nordeste/charge-do-dia-vazamento-de-
oleo-no-nordeste-2/#axzz6CKEKs4CG> Acesso em 28 de jan. 2020.
Charges, notícias e pronunciamentos sobre vazamento de óleo acusam o governo da Venezuela e o
Greenpeace
Juliana Dias
25 de outubro de 2019

Circulam nas redes sociais charges sugerindo que a Venezuela é responsável pelo vazamento e que
há silêncio por parte de Ongs, ambientalistas, os partidos de esquerda e ativistas, como a sueca
Greta Thunberg, o presidente francês Emmanuel Macron, o papa Francisco e a deputada Marina
Silva. O vazamento, que começou a ser noticiado no final de agosto, atinge  pelo menos 225 localidades
de mais de 80 municípios em todos os nove estados do Nordeste. Além das charges, sites de notícias
reproduzem a afirmação, como Pleno News, no dia 10/10:
Nova análise confirma que óleo tem origem da Venezuela 
O óleo que resultou nas manchas encontradas em mais de 130 localidades do litoral nordestino tem
origem da Venezuela. É o que afirmou a pesquisadora Olívia Oliveira, em entrevista coletiva no Instituto
de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) na manhã desta quinta-feira (10). 
A pedido da Marinha, o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da
Coppe/UFRJ, sob a coordenação dos pesquisadores Luiz Landau e Luiz Assad, realizou um estudo para
identificar o ponto de origem do vazamento de óleo. Utilizou-se um modelo matemático de correntes
marinhas no Atlântico para cruzar os dados com o mapa de manchas de óleo encontradas na costa do
Nordeste. Ao inverterem o sentido temporal do modelo, a partir dos pontos de destino do óleo
fragmentado, chegaram a uma estimativa sobre sua origem. A área apontada fica fora da zona
econômica exclusiva do Brasil em águas internacionais, entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa
faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas. Essa parte da análise foi entregue à
Marinha. 
Durante uma coletiva de imprensa, realizada no dia 10 de outubro, a diretora do Instituto, Olívia
Oliveira, afirmou que análise dos biomarcadores e da presença de carbono apontaram que o material
contaminante tem semelhança com um dos tipos de petróleo produzido na Venezuela. “Nenhum
petróleo produzido no Brasil apresenta distribuição de biomarcadores similar aos resultados
encontrados”. A coleta de amostras ao longo da costa sergipana foi realizada em parceria com
Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ambos os estudos descartam a possibilidade do vazamento ter
sido ocasionado em território nacional.
Em entrevista ao jornal Correio, da Bahia, Olívia explicou que “existem alguns organismos que só
viveram em determinado período da nossa era geológica, então quando identificamos esses
organismos, chamados de biomarcadores, sabemos dizer quando ele viveu e comparamos com a idade
das bacias petrolífera.
De acordo com a pesquisadora em conversa com o Coletivo Bereia, o laudo completo está em posse
da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Inema).
No dia 22 de outubro, o comandante da Marinha Brasileira, responsável pela investigação a respeito
da origem do petróleo, Ilques Barbosa, declarou que o governo está concentrando as investigações
sobre as causas da mancha de óleo nas praias do Nordeste em 30 navios de dez países diferentes. Mas,
para ele, a maior probabilidade é que o vazamento partiu de um navio irregular, chamado de dark ship.
A informação se contrapõe às declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro de que se trata de
uma ação criminosa. O comandante também afirma que o vazamento não tem origem nas bacias
brasileiras.
“O que se sabe pelos cientistas é que o petróleo é de origem venezuelana. Não quer dizer, que
houve em algum momento, e não houve isso, envolvimento de qualquer setor responsável, tanto
privado quanto público, da Venezuela nesse assunto”, afirmou o almirante-de-esquadra.
Dark ship é um navio que tem seus dados informados às autoridades, mas, em função de qualquer
restrição, de embargo que acontece, ele tem uma carga que não pode ser comercializada. Então,
segundo o comandante, ele busca vias de comunicação marítimas que não são tão frequentadas,
procura se evadir das marinhas de guerra e não alimenta seus sistemas de identificação. “Ele procura as
sombras. E essa navegação às sombras produz essa dificuldade de detecção”, explicou.
No dia 23 de outubro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles fez um pronunciamento em
cadeia nacional afirmando que o presidente Bolsonaro determinou que o governo federal solicite à
Organização dos Estados Americanos (OEA) um esclarecimento formal da Venezuela sobre o ocorrido.
De acordo com o ministro, “as amostras analisadas em laboratório especializado identificaram que [as
manchas] não vieram de território nacional, mas provêm de território venezuelano”.
Após o pronunciamento, na quinta-feira, dia 24, Salles sugere que navio da
Ong Greenpeace derramou óleo no Nordeste. A declaração surge um dia depois de manifestantes do
Greenpeace terem sido presos após protestar contra o avanço do óleo na frente do Palácio do Planalto e
poucas horas depois de o próprio ministro reafirmar que o resíduo partiu da Venezuela.
“Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente
navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de
óleo venezuelano…”, escreveu Ricardo Salles no Twitter, junto com uma foto de um navio do
Greenpeace. 

O GreenPeace divulgou o posicionamento sobre as


declarações do Salles: 
Ricardo Salles foge de sua responsabilidade mais uma vez 
O nosso navio Esperanza faz parte de uma campanha
internacional chamada “Proteja os Oceanos”, que saiu do
Ártico e vai até a Antártida ao longo de um ano, denunciando
as ameaças aos mares. Ele passou pela Guiana Francesa,
entre agosto e setembro, onde realizou uma expedição de
documentação e pesquisa do sistema recifal conhecido como
Corais da Amazônia, com o propósito de lutar pela proteção
dos oceanos e contra a exploração de petróleo em locais
sensíveis para a biodiversidade marinha. No momento, o
navio está atracado em Montevidéu, no Uruguai. 
Tomaremos todas medidas legais cabíveis contra todas as
declarações do Ministro Ricardo Salles. As autoridades têm
que assumir responsabilidade e responder pelo Estado de
Direito pelos seus atos. 

Disponível em <https://coletivobereia.com.br/charges-noticias-e-
pronunciamentos-sobre-vazamento-de-oleo-acusam-o-governo-da-
venezuela-e-o-greenpeace/ Acesso em 28 de jan. 2020.

9ª AULA

Gênero textual: Memes


Oralidade e leitura
 Projetar para os estudantes alguns exemplos de memes retirados da internet (anexo). Caso não
seja possível projetar, fazer a impressão das imagens e fazer com que elas circulem pela sala de aula.
 Pedir que os estudantes identifiquem qual gênero textual está sendo apresentado e fazer um
levantamento de algumas características desse tipo de texto (anexo).
 Analisar com os estudantes o tipo de linguagem empregada nos memes apresentados, bem como a
flexibilidade com relação às regras gramaticais.
 Identificar onde está o humor/ironia/metáfora em cada um dos memes em anexo, relacionando-os
com as situações do dia a dia.

Leitura e escrita
 Pedir que os estudantes façam a reescrita dos memes expostos de acordo com a norma-padrão em
seus cadernos. Fazer a correção coletivamente e analisar se o humor e a ironia foram mantidos.

Observação: Meme é um gênero textual humorístico e/ou crítico que se concretiza e se difunde em
massa por meio da internet sob estrutura semiótica e linguística híbrida e sintética.
Os estudantes podem restringir o humor apenas ao ato de rir ou de ser engraçado, ignorando o aspecto
crítico; ou em formular justificativas em torno das ocorrências de relação entre o humor, a ironia e a
crítica no gênero meme.
 Para compreender mais sobre memes, sugere-se o acesso à seguinte pesquisa
<<http://portalintercom.org.br/anais/sul2019/resumos/R65-1101-1.pdf>

Anexos:
10ª AULA

Gênero textual: Memes

Oralidade e leitura
 Retomar o gênero textual meme, falando da importância dele na comunicação atual, e como ele foi
criado, utilizando figuras divertidas e marcantes com mensagens irônicas/metafóricas ou que use outras
figuras de linguagem e que tenham impacto.
 Exibir alguns memes (anexo) como exemplo para os alunos, em uma projeção, pois assim também
poderá ajudá-los a ter inspiração para realizar a produção.

Produção de texto
 Separar os alunos em grupos de 4 ou 5 pessoas, e dar a cada grupo um assunto atual para que criem
um meme. Sugestões: jogos de futebol; relacionamento humano; fatores climáticos; animais de
estimação e suas relações com os humanos.
 Fazer os memes com desenhos – nesse caso, o aluno deve representar algum personagem ou
situação icônicos da atualidade – ou pelo computador, publicando no ambiente virtual.
 Ao final, os estudantes mostram seus memes para a turma, para que os colegas tentem adivinhar
sobre o que ele se refere.

Anexo
Sequência Didática de Língua Portuguesa – 8º ano
6ª AULA
Gênero textual: Cartas e comentários
Oralidade
 Continuar a discussão sobre as cartas e os comentários.
 Explicar que assim como o e-mail passou a ser mais utilizado do que a carta, os comentários em
plataformas digitais também estão sendo mais usados que as cartas do leitor convencionais.

Análise linguístico-discursiva
 Analisar os textos lidos (estrutura, estilo e tema).
 Analisar os efeitos de sentido presentes nos comentários/cartas, tais como: ironia, crítica, elogios.

Atividade
 Realizar a leitura da Carta do Leitor I, em seguida, resolver coletivamente as questões.
 Durante a resolução dos exercícios, ampliar os conhecimentos linguísticos e estruturais do gênero.
 Ao corrigir, mostrar outros exemplos do caso estudado. É importante usar os textos lidos para
exemplificar.

CARTA DO LEITOR I

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2012

Olá, Pessoal da Revista TeenFemina,

Meu nome é Gisele e tenho 14 anos. Adorei a matéria sobre o primeiro beijo e gostaria de sugerir
uma nova matéria sobre o namoro na adolescência. Sou fã da revista, compro todo o mês!!!
Além dessas matérias importantes na adolescência adoro a seção de modas e acessórios. Já pensaram
em ter um espaço para a reciclagem de artigos de moda? Tenho feito algumas adaptações nas roupas e
acessórios que tenho no guarda-roupa e tem sido um sucesso com a galera. Abraços e até a próxima!

Gisele Matias Albuquerque, Natal (Rio Grande do Norte)


Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/carta-do-leitor/>. Acesso em 10 de Jan. de 2020.
01 – Na carta do leitor I, o texto é escrito em

(A) primeira pessoa e a remetente é a Revista TeenFemina.


(B) terceira pessoa e a destinatária é a Gisele Matias.
(C) primeira pessoa e a remetente é a Gisele Matias.
(D) terceira pessoa e a destinatária é a Revista TeenFemina.
Gabarito (C)

02 – A carta do leitor é um gênero textual

(A) que circula em livros literários e possui escrita de caráter objetivo.


(B) que circula em livros literários e possui escrita de caráter subjetivo.
(C) que circula em jornais e revistas e possui escrita de caráter subjetivo.
(D) Que circula em jornais e revistas e possui escrita de caráter objetivo.
Gabarito (D)

03 – A carta do leitor I elogia

(A) a matéria sobre modas e acessórios.


(B) a matéria sobre o primeiro beijo.
(C) a matéria sobre roupas e sucesso juvenil.
(D) a matéria sobre namoro na adolescência.
Gabarito (B)

04 – Em “Olá, Pessoal da Revista TeenFemina”, a vírgula

(A) expressa vocativo, porque chama/convoca o “Pessoal da Revista”.


(B) expressa aposto, porque explica para o “Pessoal da revista”.
(C) expressa enumeração, porque o “Pessoal da revista” é uma sequência.
(D) Nenhuma das respostas anteriores.
GABARITO (A)

05 – Na carta do leitor I, o uso de “Já pensaram [...]” expressa a ideia de

(A) elogio.
(B) surpresa.
(C) denúncia.
(D) sugestão.
Gabarito (D)

Observação: Durante a correção, é fundamental que o professor traga novos exemplos. A atividade é
um guia para que outros exemplos sejam analisados.

7ª AULA

Gênero textual: Cartas e comentários


Oralidade
 Continuar a discussão sobre as cartas e os comentários.

Análise linguístico-discursiva
 Continuar a análise dos textos lidos (estrutura, estilo e tema).
 Analisar os efeitos de sentido presentes nos comentários/cartas, tais como: ironia, crítica, elogio.

Atividade
 Realizar a leitura das CARTAS DOS LEITORES, do jornal O Globo.
 Resolver as questões coletivamente, ampliando os conhecimentos linguísticos dos estudantes.
 Ao corrigir, mostrar outros exemplos do caso estudado. É importante usar os textos lidos para
exemplificar.

Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_8gWyZQJ8R0E/SwlAYnueq3I/AAAAAAAAASM/-ffmzqR1qf4/s1600/blog.jpg>.


Acesso em 10 de Jan. de 2020.
01 – Nas três cartas, há a presença das aspas. Explique a razão do uso das aspas nessas cartas.
As aspas marcam o discurso direto, a fala dos leitores.
Analisar os efeitos de sentido advindo de pontuação, acentuação ou marcas linguísticas.

02- Quem são os remetentes e o destinatário dessas cartas do leitor?


Marcos de Luca, Carlos Rocque da Motta e Walfredo são os remetentes. O jornal “O Globo” é o
destinatário.
Identificar os elementos estruturais do gênero carta do leitor.

03- Por qual motivo o Jornal “O Globo” utiliza o espaço do leitor? Explique.
Gabarito. Para dizer que a responsabilidade das cartas é de quem as escreve, não do jornal. Também,
para explicar da limitação do espaço e da necessidade de publicar trechos das cartas dos leitores. Além
disso, há a exposição do endereço do jornal e do e-mail, locais destinados a receber as cartas dos
leitores.
Compreender a circulação do gênero carta do leitor, bem como a noção de suporte (espaço físico ou
virtual onde são publicadas as cartas dos leitores).

04- Carlos Rocque da Motta escreve para O Globo para

(A) Concordar com o Código de Trânsito.


(B) Elogiar o jornal sobre a proibição do cigarro ao volante.
(C) Discordar do Código de Trânsito.
(D) Elogiar o Código de Trânsito.
Gabarito (C)

05 – Em “Países desenvolvidos estão tentando limitar o fumo até no meio da rua.” A expressão
destacada indica

(A) Susto.
(B) Alegria.
(C) Exagero.
(D) Desespero.
Gabarito (C)

06- Na carta do leitor “Natalidade livre”, em “que defendem o controle da natalidade”. A expressão
destacada tem a função de

(A) evitar repetição.


(B) antecipar palavras.
(C) polemizar.
(D) elogiar.
Gabarito (A)

8ª AULA

Gênero textual: Reportagem e opinião


Oralidade e leitura
 Retomar a aula anterior.
 Explicar que será realizada a leitura de uma reportagem para que cada estudante possa emitir
opinião.
 Dizer que, posteriormente, haverá a produção de uma carta do leitor sobre a reportagem lida.
 Explanar que a reportagem consiste em informar e suscitar opiniões sobre determinados temas.
 Explicar a importância de conhecer o suporte (a reportagem está vinculada em meio digital ou
impresso? Jornal ou revista? O suporte contribui para a construção de sentido)
 Realizar a leitura coletiva em sala.
 Dialogar sobre o tema da reportagem.
 Conversar sobre o estilo (a linguagem é coloquial, erudita?)
 Provocar a turma para conhecer a diversidade de opiniões sobre a reportagem.
Atividade: Leitura e Análise linguística
 Resolver coletivamente as questões sobre a reportagem lida.
 Utilizar as questões para ampliar o estudo sobre o que versa cada item.
 Na resolução dos exercícios, explanar sobre a importância do suporte (onde o texto é exposto) e do
gênero (tema, estilo e estrutura) para a compreensão do texto.
 Na resolução dos exercícios, analisar o uso da pontuação na construção do sentido da reportagem
 Realizar análise do uso dos conectivos
 Analisar os léxicos da formação discursiva matemática (porcentagem, número etc.).
 Compreender o efeito de verdade e objetividade presente na linguagem matemática.
Orientação ao professor: a análise deve ser realizada durante a resolução coletiva dos exercícios. Os
exercícios são um guia para que o professor possa explorar ainda mais os aspectos relevantes do texto.
O professor deve ampliar a noção de pronome, mostrando outros exemplos de uso dessa classe
gramatical. Preferencialmente, procurar exemplos do texto.

Disponível em: <http://www.rogeriocorreia.com.br/noticia/minas-tem-367-criancas-fora-da-escola/>. Acesso em 13 de jan.


de 2020.
Observação: explicar que a reportagem é do Jornal “Hoje em dia”, mas que o acesso ocorreu por meio
de um blog, na Internet. Incentivar os estudantes a lerem a reportagem “Minas tem 367 mil crianças
fora da escola”, e indagar sobre a opinião de cada um sobre o acesso à escola. Analisar o efeito de
verdade advindo dos números, bem como notar a presença da linguagem matemática (porcentagem,
índices, números).

Resolver os exercícios coletivamente e analisá-los.

01- Na reportagem, predomina a linguagem

(A) subjetiva/artística
(B) subjetiva/poética
(C) objetiva/médica
(D) objetiva/matemática
Gabarito (D)
É importante comparar a linguagem em primeira pessoa da carta do leitor a linguagem em terceira
pessoa da reportagem. Notar que a carta do leitor é opinativa e pessoal, enquanto a reportagem é de
caráter objetivo e informativo. Explicar sobre o efeito de verdade advindo da linguagem matemática.

02- O assunto da reportagem é


(A) o número excessivo de vagas nas escolas do Brasil.
(B) o número de alunos fora das escolas do Brasil.
(C) o número de professores nas escolas do Brasil.
(D) o número excessivo de professores do Brasil.
Gabarito (B)

03- No último parágrafo, em “Esses estados [...]”, o termo destacado refere-se aos Estados
(A) Acre, Goiás e Rio de Janeiro.
(B) Acre, Amapá e Rondônia.
(C) Acre, Amazonas e Rondônia.
(D) Acre, Amapá e Amazonas.
Gabarito (C)
Mostrar outros exemplos semelhantes.

04- No penúltimo parágrafo da reportagem, em “De acordo com o relatório [...]”. A palavra destacada
faz referência
(A) aos dados divulgados pelo movimento “Mais Educação.
(B) aos dados divulgados pelo Ministério da Educação.
(C) aos dados divulgados pela Ciência e Tecnologia.
(D) aos dados divulgados pelo movimento “Todos pela Educação”.
Gabarito (D)
Compreender a importância de evitar repetição de palavras. Notar que um léxico é capaz de retomar
uma informação.
Mostrar outros exemplos semelhantes de léxicos que possuem a função de retomada de informação.

05- No segundo parágrafo, em “[...] o Estado mais rico, São Paulo, [...]”, “São Paulo” está entre vírgulas
porque
(A) enumera a sequência.
(B) dá uma explicação.
(C) chama alguém.
(D) diz de um tempo longínquo.
Gabarito (B)
Analisar o uso da pontuação no texto.
Explicar sobre o uso da vírgula no texto. Apresentar o nome “aposto” para as vírgulas por explicação.
Mostrar outros exemplos de vírgulas: vocativo e enumeração.

06- Na manchete “Minas tem 367 mil crianças fora da escola”, a palavra “Minas” refere-se a
(A) Crianças do Brasil.
(B) Meninas do Brasil.
(C) Estado do Brasil
(D) Minas de ouro do Brasil.
Gabarito (C)
Análise lexical. Explicar a importância do contexto para a compreensão do texto.

07- Em “Minas tem 367 mil crianças fora da escola”, a palavra destacada não está no plural, porque é
um

(A) verbo.
(B) adjetivo.
(C) advérbio.
(D) substantivo.
Gabarito (C)
Classe gramatical. Explanar sobre a função do advérbio e dizer que ele é invariável.
Mostrar outros exemplos semelhantes.

08- Conforme a reportagem, onde há mais indivíduos fora da escola é

(A) no Ensino Infantil e no Ensino Médio.


(B) no Ensino Fundamental e no Ensino Infantil.
(C) no Ensino Básico e no Ensino Superior.
(D) no Ensino Médio e no Ensino Superior.
Gabarito (A)

09- No primeiro parágrafo, em “[...] deveria estar cursando [...]”, a palavra destacada indica uma ação

(A) concluída há muito tempo.


(B) em andamento.
(C) concluída há pouco tempo.
(D) no futuro.
Gabarito (B)
Explicar sobre o uso do verbo no gerúndio.

10- Na reportagem, o uso de números confere o efeito de

(A) ilusão.
(B) falsidade.
(C) verdade.
(D) questionamento.
Gabarito (C)

9ª AULA

Gênero textual: Carta do leitor


Oralidade
 Retomar a aula anterior.
 Explicar que a reportagem foi lida e debatida para que cada estudante pudesse ter uma opinião
sólida.
 Lembrar aos estudantes que a carta do leitor é um gênero que possui a finalidade de opinar sobre
determinado acontecimento e/ou texto de jornal ou revista. Trata-se de um modo do editor conhecer a
opinião dos leitores, bem como os leitores terem acesso às diversas leituras.
 Explicar que, na aula anterior, os estudantes leram uma reportagem e, agora, é hora de cada um
opinar sobre o tema.
 Instigar sobre como ampliar o número de alunos nas escolas, bem como maximizar a qualidade do
ensino. O que poderia ser feito? População e governos são responsáveis?
 Após socializar a opinião dos estudantes, solicitar a atividade de produção textual.

Oralidade e Planejamento textual


 Provocar o estudante a pensar sobre a linguagem. Reforçar que a reportagem geralmente é escrita
em terceira pessoa e a carta do leitor em primeira pessoa; a reportagem possui linguagem objetiva e a
carta é opinativa-subjetiva.
 Retomar as cartas do leitor lidas nas aulas anteriores.
 Mostrar que na carta é fundamental expor o motivo da carta (comentário sobre a reportagem),
bem como a opinião do leitor.
 Incentivar a realizar citação direta e indireta da reportagem.
 Expor claramente a opinião sobre os desafios de como ampliar o número de vagas nas escolas, bem
como maximizar a qualidade do ensino.
 Não esquecer do título, do destinatário e do remetente.

Produção textual
 Escrever uma carta do leitor para o jornal “Hoje em dia”, opinando sobre a reportagem “Minas tem
367 mil crianças fora da escola”.
 Remetente: estudante/leitor.
 Destinatário: Jornal “Hoje em dia”.
 Primeira pessoa.

Revisão
 Sob supervisão do professor, em duplas, os estudantes devem ler o texto do outro e opinar.
 Atenção aos aspectos formais do texto – ortografia, estrutura do texto, paragrafação, pontuação
etc.
 Atenção para o estilo – linguagem clara e em primeira pessoa.
 Atenção para o tema – o assunto e a opinião devem estar claros.
Publicação
 O professor e a turma devem procurar um meio de socializar os textos com a turma. A leitura dos
textos dos estudantes em classe é uma sugestão.

10ª AULA

Gênero textual: Conto enigmático ou de mistério


Oralidade e leitura
 Indagar os estudantes sobre possíveis histórias misteriosas ou enigmáticas que eles conheçam.
 Contar uma história misteriosa curta ou um trecho dela (pode ser o próprio professor contando ou
pode ocorrer de usar recursos de áudio e vídeo).
 Reforçar a importância dos elementos paralinguísticos e cinésicos (aspectos gestuais) na contação
de história.
 Contar a história enigmática ou misteriosa usando expressões e tonalidade vocal que suscitam o
suspense.
 Após contar, analisar as expressões e a entonação. Indagar sobre o suspense.
 Dizer o que marca um conto de mistério ou enigmático. O que causa o enigma? Quais são as pistas?
 Perguntar se os estudantes conhecem filmes de enigma. Citar nomes de autores de contos de
mistério para aguçar a curiosidade do estudante: Edgar Allan Poe, Arthur Conan Doyle, Agatha Christie,
entre outros.
 Pedir para que os estudantes contem enigmas uns para os outros (o professor pode dividir a turma
em duplas e instigar os estudantes a contar casos enigmáticos. Caso o estudante diga que não sabe
nenhuma, lembrá-lo de que há filmes e histórias populares que muito se assemelham com os contos
misteriosos. Resgatar histórias de enigmas que estão no senso comum.)
 Socializar as histórias com a turma.
 Focar nos aspectos que causam enigma.
Explicar o que é enigma e apresentar o significado do verbete.

Verbete: “Enigma”
substantivo masculino
1. Descriçãoobscuraouambígua, masverdadeira, quesefazdeumacoisa,
paraqueoutremdigaonomedessacoisa.
2. [Figurado]. Arrazoado,obscuro.
3. Coisaobscura, difícildecompreender.
4. Pessoaque, porqualquercircunstância, viveouobrademodoincompreensível.

"enigma", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020,


https://dicionario.priberam.org/enigma [consultado em 14-01-2020].
Sequência Didática de Língua Portuguesa – 9º ano
6ª AULA
Gênero textual: Reportagem
Leitura e oralidade
 Desenvolver uma conversa informal com os estudantes despertando o interesse sobre o tema a ser
discutido, levantando hipóteses e problematizando:
 Quem ouviu ou leu algo a respeito do acidente em Mariana, Minas Gerais?
 Quando ocorreu esse acidente?
 Vocês conseguem imaginar quais foram os impactos ambientais desse acidente?
 Será que os problemas causados pelo desastre já foram resolvidos?
 O que pode ter causado aquele acidente?
 Será que os danos ambientais causados pelo acidente poderão ser revertidos? Em quanto tempo?
 Vocês acham que acidentes iguais a esse podem continuar se repetindo no Brasil? Por quê?
 Vocês se lembram se já ocorreram acidentes que causaram tamanho impacto ambiental no Brasil?
Quais? Quando?

Observação: Provavelmente, os estudantes irão citar alguns, e você, professor(a), poderá complementar
as respostas mencionando, por exemplo: o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais,
que ocorreu em 2019, após esse de Mariana; o acidente radioativo em Goiânia (1987); o vazamento de
óleo na Baía de Guanabara (2000); Vazamentos de petróleo no Nordeste (as manchas de óleo no litoral –
2019) etc. O importante é que os estudantes despertem interessem pelo assunto, queiram obter maior
conhecimento, por meio da discussão e da leitura, e, consequentemente, reflitam sobre o seu papel como
cidadãos e sobre a construção do próprio conhecimento.

 Distribuir cópias do texto 1: “O desastre em Mariana se soma a uma tragédia de três séculos” para
os estudantes e propor uma leitura compartilhada (texto anexo). Outra opção de disponibilizar o texto, é
por meio de slide ou Whatsapp.
 Após a leitura, continuar a conversa. Explorar oralmente os aspectos discursivos desse texto e dê voz
aos estudantes. Sugestão:
 Qual é a principal informação divulgada nesse texto?
 Por que o autor chama o acidente de catástrofe ambiental?
 O que é uma catástrofe ambiental?
 Vocês acham que é possível um acidente assim acontecer de novo no Brasil? Por quê?
 De acordo com o texto, o que provocou o acidente?
 Que tipo de sentimento você tem, quando situações semelhantes a essas ocorrem? Por quê?
 Qual seria o papel dos governantes para evitar que acidentes desse tipo aconteçam no Brasil? E o
papel do cidadão?
 Atentar às respostas dos estudantes, procurando problematizar e trazê-los à reflexão. Comparar as
respostas dos estudantes antes da leitura com as posteriores, de forma que percebam como a leitura
amplia conhecimentos.

Texto 1: Impactos ambientais do acidente em Mariana (MG)

“O desastre em Mariana se soma a uma tragédia de três séculos”

A catástrofe ambiental causada pelo mar de lama que tomou Mariana (MG) após o rompimento da
barragem da mineradora Samarco é o estopim de um descaso histórico dos governantes e empresas
com a região. É o que alerta o médico e ambientalista Apolo Heringer Lisboa, idealizador do Projeto
Manuelzão, que mobiliza a sociedade para a recuperação hidroambiental do Rio das Velhas (MG). Para o
especialista, professor da UFMG e doutor em Educação, os prejuízos da mineração em Minas Gerais são
perceptíveis e se acumulam desde o final do século XVII quando iniciou-se o chamado Ciclo do Ouro.
A região do vale do rio Doce, por exemplo, vem sendo desde então palco de inúmeras tragédias:
exterminação de tribos indígenas inteiras, desmatamento desenfreado, erosão do solo, contaminação
da água por metais pesados, entre outras violações humanas e ambientais. Em entrevista a Carta
Educação, o ambientalista falou sobre os principais danos e os possíveis caminhos para a recuperação
da região.

O ambientalista Apolo Lisboa

Carta Educação: Como o senhor analisa o desastre ambiental ocorrido este ano em Mariana (MG),
consequente do rompimento da barragem de Fundão?
Apolo Lisboa: Muitas tragédias ambientais acontecem por 10 anos, um século e não são percebidas
como tais. Mas quando acontece assim, aparentemente de uma hora para outra, parecem marcar,
preocupar mais. É mais ou menos igual a quando há a queda de um avião, onde morrem 300 pessoas de
uma vez e isso vira notícia internacional. Mas se morrem 600 pessoas em um feriado prolongado às
vezes nem chega ao noticiário local. Porque existe esse fator da comoção e os meios de comunicação
reverberam mais quando as coisas ocorrem de forma abrupta. Mas, na realidade, a tragédia do rio Doce
começou no final do século XVIII com o declínio do Ciclo do Ouro em Minas Gerais. O vale do rio Doce
até então estava preservado pelo governo português como uma defesa militar contra uma possível
invasão estrangeira a Ouro Preto. À medida que foi liberada sua conquista, como uma saída para o mar
inclusive, o rio Doce primeiro foi palco do holocausto dos índios botocudos que foram perseguidos e
eliminados. Logo em seguida, vieram as queimadas e o desmatamento para plantar café, capim, criar
gado, fazer carvão e outros tipos de agricultura. Tudo isso provocou uma grande erosão no vale do rio
Doce, tudo isso foi uma grande tragédia. Até maior do que esta última.

CE: Em que sentido?


AL: Essa tragédia de agora – que eu considero de dimensão internacional – não é maior que as demais,
só que ela repercutiu mais devido ao fato de ter acontecido de forma abrupta. O desastre em Mariana
se soma a uma tragédia que já leva três séculos. Porque o rio Doce não estava uma maravilha quando
aconteceu isso, estava todo assoreado, a água estava com uma péssima qualidade, cheia de esgoto
doméstico e metais pesados. Porque quando se desmata e faz uma agricultura errada há uma erosão
muito violenta e a terra desce toda para dentro do rio. Ele estava cheio de metais pesados como
arsênio, chumbo, manganês, mercúrio, ferro. É uma prova que o rio pode ser veículo de vida e de morte.
O rio Doce está em estado grave, só que tem centenas de afluentes trazendo água de melhor qualidade,
não boa, mas de melhor qualidade que vão trazer futuramente os peixes, a vida. Agora, hoje, o povo
não pode beber essa água e a fauna local também não. Imagina todos os animais dessa região sem água
para beber. Essa lama é muito pesada e ela se depositou no fundo do rio e vai continuar correndo rio
abaixo por muito tempo.

CE: Podemos dizer que a relação de dependência de Minas Gerais com a mineração deixou prejuízos
históricos?
AL: Têm várias narrativas do passado sobre a extração de ouro, por exemplo, em Ouro Preto, que
mostram isso. O Conde de Assumar escreveu, em 1717, que os negros faziam buracos muito profundos
e se metiam dentro deles para procurar ouro, o que era muito arriscado porque às vezes a terra cedia e
todos eles eram enterrados vivos. Em 1824, um barão relata Mariana como um vale pobre e árido por
onde corre o rio São José, turvo pela lavação do ouro, uma visão triste de um vale outrora tão rico. Você
tem outros episódios também, desabamentos que mataram centenas de escravos, mais recentemente
tem o caso do Rio Pomba, em 2008, cujo rompimento da barragem levou muita lama para toda a bacia
do rio Paraíba do Sul e agora, 5 de novembro, esse caso de Mariana. Esses são os acidentes maiores,
mas a região toda está esburacada por causa da mineração desde o final do século XVII e todas as
cidades muito dependentes da mineração em termos de renda.
CE: E como isto afeta a população?
AL: Estas cidades não têm estrutura até hoje. A população é pobre, doente. O ouro e o ferro não
levaram progresso para a região mesmo porque as mineradoras não pagam o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) por causa da Lei Kandir [que isentou do imposto produtos
primários destinados à exportação]. Então o dinheiro evapora da cidade e só fica o prejuízo porque
acaba com a água. A água está muito ligada ao minério de ferro, você acaba com os lençóis freáticos
porque bombeia a água para fora da jazida para minerar no seco com as máquinas e tratores, às vezes
com 300 metros de fundura em uma área enorme, um buraco de quatro, cinco quadras. Então em toda
a região, as nascentes secam, é um impacto muito grande, e ainda há os minerodutos que levam o
minério em grandes canos com mais de um metro de diâmetro, que usam uma quantidade gigantesca
de água, algo que daria para abastecer uma capital como Belo Horizonte.

CE: O que aconteceu em Mariana é um alerta para repensarmos nosso modelo de extração?
AL: A tragédia do rio Doce é o próprio sistema econômico atual que não é sustentável. Hoje, o vale do
rio Doce é o vale do aço, do eucalipto, da celulose, do carvão vegetal, do minério de ferro, que são
atividades econômicas que não respeitam o meio ambiente. No licenciamento ambiental aqui no Brasil
predomina a ideia de que a prioridade é o crescimento econômico, a produção, gerar emprego e renda.
Nunca a prioridade é preservar o meio ambiente e fazer a economia se adaptar à vida dos ecossistemas.
Se tivéssemos uma visão ecossistêmica da vida, da política, da economia veríamos que a única saída é
“ecologizar” a economia, o que significa não destruir a terra por causa das atividades econômicas. Você
deveria agregar à produção econômica valores ecológicos, que conta com um desenvolvimento
científico, tecnológico de ponta. Mas aí há o choque com o interesse das empresas que querem lucro
rápido, barato. Além disso, há a complexidade dos governos, onde os políticos, em sua grande maioria,
são eleitos com o dinheiro que vem das indústrias e, sobretudo, das mineradoras. Logo, eles não vão
defender o Estado e a sociedade, pois estão subordinados a outros interesses.

CE: O senhor consegue vislumbrar algum caminho para a recuperação do rio Doce?
AL: O que é fundamental para a recuperação de uma bacia hidrográfica é resolver o problema do solo.
Porque ele não é renovável. Todo solo que sai com a chuva, porque houve desmatamento, porque
houve agricultura ou criação de gado de forma imprópria, toda aquela terra que desce para dentro do
rio não volta mais, é irreversível. O que se pode tentar fazer é recarregar os lençóis freáticos para evitar
a seca subterrânea. Então você teria que retardar o escoamento da água da chuva por meio de
obstáculos. Podem ser pequenas cestas com bambu, pedra, madeira para fazer poças d’água do alto dos
morros para baixo. Aí a água vai empoçando, a terra para de descer porque fica parada nesses pontos e
dali alguns dias aquele infiltrado sobe. Então você acaba compensando com um modelo artificial a
função da vegetação que foi destruída. E, claro, é preciso fazer plantio também e desmatamento zero.

CE: Era possível prever e evitar esse desastre em Mariana?


AL: As empresas envolvidas nessa tragédia são umas das mais ricas do mundo na mineração. E não tem
geólogos, engenheiros – os melhores do mundo – para acompanhar esse acidente? Não tem um plano
de evacuação da população, um plano de contenção dessa lama? E outra coisa, você pode minerar a
seco, você pode fragmentar a rocha e tirar o minério de ferro por meio de imãs. Por que eles não
fizeram a mineração a seco se tem essa tecnologia já? Outra, se você tem uma barragem de rejeito,
você tem que imaginar que vai ter um peso maior que pode haver um fenômeno de liquefação. Por isso
que quando você constrói uma barragem de rejeito você tem que prever pequenos tremores de terra.
Aqui foi tudo feito sem cuidado, com um desleixo completo.
Thaís Paiva, 2 de dezembro de 2015.
Disponível em:<https://www.cartacapital.com.br/educacao/o-desastre-em-mariana-se-soma-a-uma-tragedia-de-tres-
seculos/ Acesso em: 15 jan. 2020

Leitura e oralidade
 Perguntar aos estudantes a qual gênero o texto lido pertence e aprofundar os conhecimentos
sobre assunto.
 Informar que o texto se trata de uma reportagem e que você teve acesso no dia 15 janeiro de 2020,
por meio do site:<https://www.cartacapital.com.br/educacao/o-desastre-em-mariana-se-soma-a-uma-
tragedia-de-tres-seculos/. Lembrar que há muitos outros textos interessantes em sites como esse e que
é importante que eles conheçam, pesquisem sobre os assuntos que lhes interessam, não só para
ampliar conhecimentos, como para tornarem-se críticos, opinarem a respeito.
 Incentivar os estudantes a tornarem-se leitores literários. Informe também que existem outros
portadores de reportagens e que eles podem ser físicos ou virtuais, como: jornais, revistas, televisão,
internet, rádio, dentre outros.

Observação: reportagem não é um gênero literário, mas sim jornalístico, que tem por objetivo
transmitir informações. O gênero tem características próprias e é marcado por uma estrutura textual
maior e mais detalhada. Ele é mais que uma notícia; não só verifica os fatos, como apresenta suas
causas e seus efeitos, a origem dos acontecimentos, ocupando, às vezes, páginas inteiras de jornais ou
revistas. O tema abordado é apresentado de forma abrangente, citando-se fontes, entrevistas e outras
informações obtidas por meio de pesquisas.
Explicar que as características recorrentes em reportagens são:
 Linguagem clara, culta, objetiva e direta.
 Texto predominantemente informativo, no entanto, no decorrer do texto é possível que o
jornalista exponha seus juízos de valor, sem alterar o conteúdo das informações trazidas na matéria.
 Material abrangente e elaborado: a reportagem não visa comunicar acontecimentos (objetivo do
gênero jornalístico notícia), ela aborda os efeitos e desdobramentos de fatos, e por isso presume
pesquisa e mais tempo para ser elaborada.
 Polifonia: nas reportagens, a “voz” do autor é apresentada em conjunto com outras, sejam
entrevistados (testemunhas, especialistas etc.), documentos reunidos, entre outros. Por esse motivo,
também diz que as reportagens utilizam tanto linguagem direta quanto linguagem indireta.
Explicar que as reportagens podem ser:

Expositivas: quando apenas apresentam os fatos de forma objetiva e imparcial.

Opinativas: quando os fatos são apresentados em conjunto com o ponto de vista do repórter.

Interpretativas: quando os fatos são analisados em conjunto com outros elementos, sugerindo uma determinada
conclusão sobre o tema.

Disponibilize, via whatsapp ou slide, o texto sobre os elementos da reportagem, a seguir, para maiores
esclarecimentos.

TEXTO 2:
QUARTA-FEIRA
21 DE MAIO DE 2014
MANCHETE, TÍTULO E LEAD: ELEMENTOS DE UMA REPORTAGEM
Uma reportagem de qualidade sempre preza pela clareza da informação para que o leitor se sinta
confortável ao realizar a leitura. A harmonia dos elementos abordados abaixo é fundamental para um
aproveitamento viável de absorção da mensagem:
Disponível em:<https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/maior-desastre-ambiental-do-brasil-tragedia-de-mariana-
deixou-19-mortos-2020800927, jan. 2020.

Manchete é o título principal, geralmente em letras garrafais, seu objetivo é chamar a atenção do
leitor, instigá-lo a curiosidade. Uma manchete sempre faz alusão à notícia mais importante entre as que
compõem a edição.
O Título é escrito geralmente de forma objetiva, com frases claras que remetam à manchete, sua
principal função é adiantar o que será encontrado na matéria.
O Lead ou Lide tem o propósito de prender o leitor, para que ele tenha interesse de ler a matéria
por completo. Ele é encontrado abaixo da manchete ou título com no máximo 4 ou 5 linhas. Um bom
lead responde as questões básica: Quem? Por quê? Como? Onde? Quando? O quê?
Leitura e oralidade
Relação entre gêneros: diferença entre reportagem e notícia
Retomar a aula anterior e informar que há um gênero muito semelhante à reportagem, mas que
eles possuem características e objetivos que os distinguem e que, ambos podem ser referidos pelo
termo "matéria".
Quanto à notícia, deixe claro que tem por objetivo apresentar fatos de forma ágil e imediata, sem
adentrar nas causas e desdobramentos do acontecimento noticiado. Nela, o conteúdo a ser informado é
mais breve e por isso não requer grandes pesquisas ou tempo de elaboração. Por sempre estar
relacionada a fatos recentes, a relevância da notícia é temporária e expira em pouco tempo. [...]
Nas notícias, a lide deverá responder as perguntas “O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por
quê?”. Além dos fatos principais, a notícia suporta apenas declarações breves que confirmem a
veracidade das informações. Assim, qualquer interpretação ou juízo de valor deverá ficar por conta do
receptor.
A Reportagem, ao contrário da notícia, aborda as causas e desdobramentos de fatos. Assim, a
matéria será obrigatoriamente mais longa e detalhada, e o repórter não deve ter pressa em responder
todas as perguntas do receptor. Nelas, o repórter tem a liberdade e espaço para apresentar mais
documentos e declarações para fundamentar sua matéria, além de poder expressar opinião, sem
deturpar os fatos.
Leitura, oralidade, análise linguística/semiótica e produção de textos
Com base nos conhecimentos sobre os gêneros reportagem e notícia, transforme a reportagem
estudada “O desastre em Mariana se soma a uma tragédia de três séculos” em uma notícia de, no
máximo, seis linhas.
A correção do texto fica a critério do(a) professor(a), mas é importantíssimo que ela seja realizada e
que o texto seja reescrito pelo estudante, de forma individual ou coletiva. Uma sugestão é que os
estudantes troquem seus textos, conheçam os textos uns dos outros e proponham sugestões para que o
texto possa ficar ainda melhor.
Outra sugestão é que o(a) professor(a) escolha alguns textos, leve para o quadro ou exponha por
meio de slide, ou de WhatsApp, sem dizer o nome do autor, e faça a correção, salientando as principais
ideias discutidas no texto, as principais características do gênero estudado e suscitando a discussão
sobre a ortografia, a gramática, a coerência, a coesão do texto e fazendo as correções necessárias.

7ª AULA
Gênero textual: Reportagem
Leitura, oralidade, análise linguística
Após a leitura e discussão oral do gênero, trabalhar com atividades, fazendo uma análise linguístico-
discursiva do texto “Impactos ambientais do acidente em Mariana (MG)”, por meio de questões
objetivas.
A proposta é que, inicialmente, os estudantes respondam individualmente. Posteriormente, o
professor fará a correção suscitando a discussão sobre cada opção, salientando as principais ideias
discutidas no texto e as opções corretas.

Impactos ambientais do acidente em Mariana (MG)


Os impactos ambientais do acidente em Mariana (MG), causados nos ecossistemas afetados e na
economia da região, são incalculáveis e, em alguns casos, irreversíveis.
No dia 05 de novembro de 2015, a barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela
Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se, causando uma grande enxurrada de lama. A lama devastou o
distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais, destruindo casas e ocasionando
a morte de 19 pessoas, incluindo moradores e funcionários da própria mineradora. Além das perdas
humanas e materiais, a lama que escapou em razão do rompimento das barragens provocou um
grave impacto ambiental.
O rompimento da barragem do Fundão liberou o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas de
resíduos. A mistura, que era composta, segundo a Samarco, por óxido de ferro, água e muita lama, não
era tóxica, mas capaz de provocar muitos danos. Inicialmente, pensou-se que a barragem de Santarém
também havia sido afetada, no entanto, o que ocorreu foi a passagem dos rejeitos da outra (Fundão)
por cima dessa barragem.
A liberação da lama provocou a pavimentação de uma grande área. Isso acontece porque a lama
seca e forma uma espécie de cimento, onde nada cresce. Vale destacar, no entanto, que, em razão da
grande quantidade de resíduos, a secagem completa do material poderá demorar anos. Enquanto isso,
nada também poderá ser construído no local. Além disso, o material não contém matéria orgânica,
sendo, portanto, infértil.
A enxurrada de lama atingiu o Rio Gualaxo – afluente do rio Carmo, que deságua no Rio Doce, que,
por sua vez, segue em direção ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. O impacto mais perceptivo no
ambiente aquático foi a morte de milhares de peixes, que sucumbiram em razão da falta de oxigênio na
água e da obstrução de suas brânquias. Além da morte de peixes, micro-organismos e outros seres vivos
também foram afetados, o que destruiu completamente a cadeia alimentar em alguns ambientes
atingidos. Entretanto, não é somente a morte dos organismos vivos que afetou os rios da região, a
quantidade de lama liberada provocou assoreamento, desvio de cursos de água e levou até mesmo ao
soterramento de nascentes.
Muitos biólogos estimam que o rio Doce precisará, em média, de 10 anos para recuperar-se do
terrível impacto. Outros pesquisadores, no entanto, afirmam que o impacto foi tão profundo que
é impossível estimar um prazo para o restabelecimento do equilíbrio da Bacia.
Além de causar morte no interior dos rios, a lama provocou a morte de toda a vegetação próxima à
região. Uma grande quantidade de mata ciliar foi completamente destruída. Os resíduos da mineração
também afetaram o solo, causando sua desestruturação química e afetando o pH da terra. Essa
alteração no solo dificulta o desenvolvimento de espécies que ali viviam, modificando completamente a
vegetação local.
Como a lama afetou o rio Doce e seguiu em direção ao Espírito Santo, também houve impacto
ambiental nos ecossistemas marinhos do litoral. Um dos principais impactos observados foi
nos fitoplânctons e zooplânctons que vivem flutuando na água e constituem a base da cadeia alimentar.

 População afetada
Além da grande quantidade de pessoas que perderam suas casas e outros bens materiais em
Mariana, os sobreviventes enfrentaram dificuldades relativas, principalmente, à falta de água. Isso
aconteceu porque grande parte das cidades atingidas dependia dos rios afetados para o abastecimento,
que, após o acidente, apresentaram água imprópria para o consumo.
Não é apenas a população de Mariana que sofreu com as consequências do desastre, mas, sim, toda
a população próxima ao rio Doce. Índios da tribo indígena Krenak, que possuem reserva cortada pelo
rio, na época do acidente, relataram estar sem água para consumo, banho e limpeza de seus objetos,
por exemplo. Não podemos nos esquecer também de todas as pessoas que retiravam do rio o sustento
para as suas famílias.
→ Impactos do acidente de Mariana em números
De acordo com o Governo Federal, o acidente afetou:
→ 663 km de rios e córregos;
→ 1469 hectares de vegetação;
→ 207 das 251 edificações de Bento Rodrigues;
→ 600 famílias, as quais ficaram desabrigadas.
Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais-acidente-mariana-mg.htm acesso:
14 jan. 2020

Atividades
01- Em novembro de 2015 ocorreu um dos maiores desastres ambientais do nosso país: O acidente em
Mariana (MG).
Sobre esse acidente, é correto afirmar que
(A) o acidente em Mariana ocorreu em virtude da liberação de uma grande quantidade de petróleo no
mar, o que causou a morte de várias espécies.
(B) o acidente em Mariana ocorreu porque vários produtos radioativos foram liberados no local sem a
devida proteção.
(C) o acidente em Mariana refere-se ao desmatamento de uma grande área de floresta, o que causou a
morte de várias espécies.
(D) o acidente em Mariana ocorreu em razão do rompimento de uma barragem de rejeitos de uma
mineração do local.
Disponível em:<https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-biologia/exercicios-sobre-acidente-mariana-
mg.htm#resp-1 Acesso em: 24, jan. de 2020. (adaptada)

Gabarito: D
02- O acidente em Mariana (MG), em 2015, provocou uma série de impactos negativos no meio
ambiente. O rompimento da barragem de rejeitos de mineração levou lama a muitos locais afetando-os
gravemente.
Sobre esse assunto, é correto afirmar que
(A) o acidente em Mariana, apesar de muito grave, destruir casas e ocasionar morte de muitas pessoas,
incluindo moradores e funcionários da própria mineradora, felizmente, não atingiu os rios e a fauna do
local.
(B) a lama liberada da mineradora, apesar de causar grandes danos a muitas áreas, causou pouco
prejuízo ao ambiente aquático, uma vez que não possuía produtos tóxicos, não afetou os peixes no
local.
(C) a lama que chegou aos rios provocou a morte de peixes, pois o produto obstruía a brânquia desses
animais. Com a morte de várias espécies, a cadeia alimentar ficou prejudicada.
(D) a cadeia alimentar não ficou prejudicada, porque muitos animais de diferentes espécies foram salvos
pelos funcionários da mineradora, tanto em terra quanto nos ambientes aquáticos atingidos pela lama
da mineradora.
Gabarito: C
03- O homem, frequentemente, provoca danos ao meio ambiente. Um muito grave e, também dos mais
devastadores foi o acidente em Mariana, em 2015. Entre os pontos listados abaixo, marque um
problema que não pode ser atribuído ao rompimento da barragem de rejeitos.
(A) Modificação da cadeia alimentar dos rios da região.
(B) Alteração do pH do solo da região.
(C) Alteração da fertilidade do solo da região.
(D) Aumento de oxigênio disponível nos rios da região.
Disponível em:<https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-biologia/exercicios-sobre-acidente-mariana-mg.htm
Acesso em: 27, jan. 2020. adaptada
Gabarito: D
04- Em “O rompimento da barragem do Fundão liberou o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas de
resíduos”. Quanto à regra correta de acentuação gráfica, a palavra destacada recebe o acento por ser

(A) paroxítona terminada em ditongo.


(B) paroxítona terminada em os.
(C) oxítona terminada em ditongo.
(D) paroxítona terminada em hiato.
Gabarito: A
05- No trecho “Índios da tribo indígena Krenak, que possuem reserva cortada pelo rio, na época do
acidente, relataram estar sem água para consumo, banho e limpeza de seus objetos [...],” as palavras
destacadas expressam, respectivamente, a ideia de
(A) lugar/adição.
(B) modo/adversidade.
(C) tempo/adição.
(D) Intensidade/tempo.
Gabarito: C
06- “A liberação da lama provocou a pavimentação de uma grande área. Isso acontece porque a lama
seca e forma uma espécie de cimento, onde nada cresce.” A palavra isso, destacada nesse trecho, refere-
se
(A) ao assoreamento, desvio de cursos de água que levou ao soterramento de nascentes.
(B) à liberação da lama que provocou a pavimentação de uma grande área.
(C) ao tempo que o local irá levar para recuperar-se do terrível impacto.
(D) à população de Mariana que sofreu com as consequências do desastre
Gabarito: B
07- Quanto ao gênero e à finalidade desse texto, pode-se afirmar que é
(A) uma reportagem, visto que aborda as causas e desdobramentos de fatos importantes. A matéria é
longa e detalhada.
(B) uma notícia, visto apresentar fatos de forma ágil e imediata, sem adentrar nas causas e
desdobramentos do acontecimento noticiado.
(C) um romance, já que é um texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no
tempo em que se desenrola o enredo.
(D)um conto, pois é uma narrativa curta, que pode acontecer na vida das personagens, porém não é
comum que ocorra com qualquer um.
Gabarito: A
8ª AULA

Gênero textual: Reportagem


Leitura, oralidade, análise linguística e produção de texto
Pesquisa na WEB sobre o gênero reportagem ou a reportagem impressa
Após a leitura, o estudo oral e discursivo do gênero, propor que pesquisem na WEB reportagens
sobre outros acidentes ambientais no Brasil, destaquem o Lead ou Lide, bem como as informações
principais e apresentem para a turma. É importante lembrar que um bom lead responde as questões
básicas: Quem? Por quê? Como? Onde? Quando? O que?
Esse trabalho poderá ser realizado em duplas, com o objetivo de estimular discussões, a troca ideias
e o respeito às ideias diferentes.
Observação.: O trabalho de pesquisa estimula no estudante o protagonismo. Um estudante mais
autônomo, que busca construir o próprio conhecimento, consequentemente, obterá mais criticidade
para intervir na realidade que o cerca.
Outra opção para desenvolver essa atividade, caso não haja disponibilidade de internet na escola,
seria trabalhar com reportagens impressas sobre impactos ambientais no Brasil. Para tanto, sugere-se
alguns temas:
1 - O rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais (2019);
2- Acidente radioativo em Goiânia (1987) - consequências;
3 - Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (2000);
4 - Vazamentos de petróleo no Nordeste (as manchas de óleo no litoral – 2019);
5 – Desastres ambientais no Brasil; e outros temas semelhantes, o importante é continuarem a
discussão, mantendo o interesse do estudante.
Os estudantes, em duplas, realizarão o trabalho semelhante ao proposto anteriormente, com a
Web, suprimindo a pesquisa, ou seja, destacarão o Lead ou Lide dessa reportagem, bem como as
informações principais e apresentarão para a turma.
Os temas são apenas sugestões, o professor tem a liberdade de sugerir outros, conforme interesse
do estudante e a linha de pesquisa que quiser desenvolver.
Outra opção é trabalhar com reportagem partindo suporte jornal
Levar diferentes jornais para a sala de aula.
Fazer um breve diagnóstico sobre o que os estudantes sabem sobre a organização dos jornais.
Dividir os estudantes em grupos, distribuir um jornal para cada grupo e solicitar que desenvolvam as
seguintes tarefas:
1º - manuseiem, observem e registrem o assunto de cada caderno do jornal;
2º - escolham uma reportagem, leiam, destaquem as informações centrais do texto;
3º - apresentem oralmente o trabalho ao grande grupo;
Nesse caso, muitos outros temas poderiam surgir, e outros assuntos para a discussão.
Disponibilizar tempo para que os estudantes façam as apresentações.
Observação: O mais importante, nessa atividade, é que os estudantes, durante a pesquisa, leiam,
interpretem o texto e reconheçam algumas características do gênero. Portanto, não é importante se
prenderem em atividades como, definir os tipos de reportagem: se é opinativa, expositiva ou
interpretativa, visto que, mesmo os profissionais da área têm dúvidas a esse respeito. As aprendizagens
do estudante, neste momento, devem ser as essenciais quanto ao gênero: reconhecimento, leitura,
interpretação e escrita.
9º AULA
Gênero textual: Cartum
Oralidade
Conversar com os estudantes sobre a poluição do meio ambiente.
Despertar reflexão acerca da poluição do meio ambiente e suas graves consequências.
Dialogar sobre como é possível preservar a natureza.
Problematizar: como o ser humano tem visto a natureza? Será que os recursos naturais são
inesgotáveis? Quais são as consequências da ação humana na natureza? O desmatamento de um local
traz consequências apenas para aquele local?
Oralidade e Leitura
Apresentar um exemplo de cartum cuja temática seja “Meio Ambiente” (sugestão: cartum I).
Explicar que cartuns possuem elementos como: linguagem verbal e não verbal, crítica, humor,
atemporalidade, e que, geralmente, tratam de um tema geral (que interessa a todos).
Diferenciar o gênero cartum de outros gêneros similares (charge, tirinha etc.).
Considerar a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a
finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o
portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema.
Leitura e análise linguística/semiótica
Analisar o cartum I, considerando seus aspectos linguístico-discursivos e semióticos;
Analisar o uso da pontuação no cartum e os efeitos de sentido (humor e crítica social).
Analisar o uso da linguagem verbal e não verbal e o sentido ambíguo das palavras.
Em “ONTEM FOI O DIA DO MEIO-AMBIENTE... SÓ COMEMORARAM O “MEIO”?”, a palavra “meio”
tem sentido literal? Dialogar sobre o uso das aspas na palavra meio, e o uso das reticências após meio-
ambiente. Dialogar sobre o efeito de sentido produzido pela pontuação.
Conversar sobre os elementos que produzem: crítica/humor. Que elementos
demonstram/denunciam um problema social, nesse cartum?
Permitir que os estudantes proponham leituras diversas.
Observação: cartum é um texto humorístico ou de caricatura, que pode utilizar somente imagens
ou imagens e material linguístico. Explicar que os Cartuns geralmente são destinados à publicação
jornalística e que esse gênero tem como função provocar humor e/ou crítica social. Informar aos
estudantes que há outros gêneros que também utilizam imagens, cores, como por exemplo: memes,
charges, tirinhas etc. Porém, cada um possui características específicas que os distinguem.
Explicar que a principal característica dos cartuns é que não criticam um fato do dia a dia, mas um
comportamento humano. Dizer que eles são atemporais, ou seja, as críticas servem não somente para
uma data específica.
Cartum 1

Atividades
Cartum II

http://www.apoioescolar24horas.com.br/portugues/interpretacao/interpretacao.cfm?
idTexto=83&refaz=sim&cont=0&sNivelEduca=efai
01 – A finalidade do gênero cartum é
(A) criticar comportamentos humanos e provocar humor.
(B) criticar o comportamento dos filhos e provocar humor.
(C) criticar o plantio de árvores próximo aos centros urbanos.
(D) criticar o comportamento dos pássaros e provocar humor.
Gabarito (A)
02 – O cartum é um gênero textual
(A) temporal.
(B) de tempo.
(C) atemporal.
(D) do dia a dia.
Gabarito (C)
03 – No cartum II, pode-se afirmar que a crítica advém
(A) do comportamento irracional dos seres humanos.
(B) da atribuição de características humanas aos pássaros.
(C) do comportamento estranho e irracional dos pássaros.
(D) do fato de animais se preocuparem com o meio ambiente.
Gabarito (A)
04- Em “Tá...Só não entendi por que são chamados de “racionais...”, é possível afirmar que
(A) a linguagem é formal e a intenção é elogiar.
(B) a linguagem é informal e a intenção é criticar.
(C) a linguagem é coloquial e a intenção é bajulação.
(D) a linguagem é formal e o sentido é acusação.
Gabarito (B)
05–No cartum II, primeiro balão, o pronome “Eles” refere-se a
(A) aos seres humanos que prejudicam que cuidam do meio ambiente.
(B) aos homens que amam a vida e preservam o meio ambiente.
(C) aos seres humanos que prejudicam o meio ambiente.
(D) aos homens que denunciam o desmatamento.
Gabarito (C)
10ª AULA
Gênero textual: Cartum
Oralidade e produção textual
Retomar as discussões da aula anterior sobre cartum.
Retomar o diálogo sobre a preservação do meio ambiente.
 Problematizar: quais são as consequências da ação humana na natureza?
 Reforçar as características principais do cartum;
 Diferenciar o gênero textual cartum de outros gêneros similares (charge, tirinha etc.);
 Explicar que o cartum é atemporal, enquanto a charge remete a acontecimentos do dia a dia.
 Propor ao estudante a produção de um texto do gênero cartum com o tema: “meio ambiente”,
relembrar que o texto deve conter palavras e imagens.
 Relembrar outros elementos que devem conter no cartum: linguagem verbal e não verbal, crítica,
humor, atemporalidade, e que esse, em específico, é com o tema “Meio Ambiente”.
 Explicar que a linguagem não-verbal pode ser constituída por meio de desenhos ou imagens
retiradas da internet. Falar da importância das fontes, cores etc.
 Falar dos aspectos semióticos: imagens, cores, signos, leitura corporal (expressão do olhar, posição
das mãos etc).
 Planejar a produção: pesquisar a imagem ou desenhar (lembrar da atemporalidade), pensar nos
efeitos imagéticos e linguísticos, listar os elementos contidos nos cartuns, etc.
 Socializar com a turma as produções. Nesse momento: ouvir opinião dos colegas e do(a)
professor(a), estar atento aos elementos linguísticos (léxico, ortografia, pontuação, etc), revisar o texto,
se necessário.
 Depois da revisão, expor os textos na sala ou em um espaço visível na escola.
 Publicar na WEB as produções que desejarem.

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