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Fichamento

Gustavo Ferreira Silva

CHASSOT, Attico. Século XX: a ciência faz maravilhas. CHASSOT, Attico. ...e
agora, século XXI. In: CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. 2 ed.
Reform. – São Paulo: Modern, 2004. p. 228 - 263

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba


Curso: Química
Disciplina: Metodologia do Trabalho Científico
Docente: Marcia Gardênia Lustosa Pires
Discente: Gustavo Ferreira Silva, 3ºA Data: 16/05/2022

CHASSOT, Attico. Século XX: a ciência faz maravilhas. CHASSOT, Attico. ...e
agora, século XXI. In: CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. 2 ed.
Reform. – São Paulo: Modern, 2004. p. 228 - 263

“Um dos acontecimentos mais espetaculares de nossos dias é produto da


acumulação de conhecimentos [...]. Ocorreu no dia 16 de julho de 1969: o homem
caminhou na Lua. Se considerarmos que quando começou o nosso século o avião
ainda era uma ficção, constatamos a aceleração do progresso científico nos últimos
anos.”
“Vimos que a explicação encontrada por Rutherford para a radioatividade era a
transmutação nuclear que na verdade se assemelha muita às tentativas perseguidas
pelos alquimistas de mudar um elemento em outro [...]. Comprovou-se assim a lei de
Soddy sobre o deslocamento radioativo. Os raios X, através dos estudos de H. G. J.
Moseley* (1887-1915) consagrados na lei de Moseley, são fundamentais na
determinação do número atômico.”
“A realização desses experimentos levou a equipe de Rutherford a uma descoberta
notável, nas últimas semanas de 1910: o núcleo atômico. [...] O modelo de átomo
proposto por J. J. Thompson – “um pudim com carga elétrica positiva, com elétrons,
à semelhança de passas” – não era mais uma explicação adequada para as
diferentes evidências decorrentes das observações. Em sua proposta de um átomo
nuclear, em 1911, Rutherford citou um artigo de 19904, do físico japonês H.
Nagaoka, que propôs, com nome de sistema saturniano, um modelo de átomo com

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uma partícula central carregada positivamente, rodeada por elétrons girando com
uma velocidade angular comum. [...] Houve propostas quase simultâneas para um
modelo com átomo nuclear. Em um artigo de fevereiro de 1914, “A estrutura do
átomo”, Rutherford tratava da dispersão de partículas α e β e da dimensão e
constituição do núcleo.”
“J. J. Thompson, ao final da Primeira Guerra Mundial, aposentou-se do cargo de
diretor do Laboratório Cavendish. Rutherford candidatou-se para a linha de
sucessão [...]. As buscas de propostas adequadas para um modelo de átomo
continuavam intensas entro os membros da equipe de Rutherford, quase todos
experimentalistas. [...] Houve, então, uma revolução teórica, desencadeado por um
dinamarquês, que, graças ao incentivo do pai, eminente fisiologista, desde a escola
primária tivera despertado seu interesse pela física: Niels Bohr (1885-1962).”
“Bohr chegou a Manchester em março de 1912, pois em Cambridge não houve
muito interesse por sua tese sobre a teoria eletrônica escrita em Copenhague [...].
Para Bohr, um teórico, não fazia parte da tradição inglesa a valorização as
interferências lógicas [...].”
“O trabalho produzido por Bohr nos quatro primeiros meses em Manchester foi
impressionante. Passava grande parte de dia realizando experiências sugeridas por
Rutherford. Nas cartas á noiva, relatava como o trabalho progredia. [...]”
“Uma decisiva contribuição de Bohr para esclarecer o modelo atômico ocorreu no
início de 1913, quando um estudante lhe perguntou qual a relação de seu modelo
com os estudos dos espectros. Quando ele disse que não havia nenhuma relação, o
aluno o aconselhou a olhar a fórmula de Balmer. Muitos anos mais tarde diria Bohr:
“Logo que vi a fórmula de Balmer, tudo se tornou claro para mim”.”
“J. J. Balmer (1825-1898), um professor secundário suíço interessado em
numerologia, tinha observado uma espantosa regularidade nas frequências das
linhas espectrais do hidrogênio e estabelecido, empiricamente, uma reação com o
modelo de Bohr. [...]”
“Einstein deu uma contribuição decisiva ao modelo quando, em 1917, introduziu o
conceito de probabilidade. Após os trabalhos de Bohr, átomos e moléculas
passaram a ser o centro da atenção dos físicos, tanto teóricos quanto experimentais.
[...] Mesmo que os estudos iniciais de Bohr fossem apenas para o átomo de
hidrogênio, desde o começo se buscavam explicações para átomos com mais de um
elétron. A. Sommerfeld (1868-1951) e W. Pauli (1900-1951) prestaram contribuições
ao modelo, o que lhes valeu o Prêmio Nobel de Física em 1922.”
“1932 foi um ano maravilhoso: o nêutron, o pósitron, o deutério e outras coisas
descobertas aconteceram então. [...].”

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“Há, na história da ciência, uma outra data que merece ser recordada. No dia 2 de
dezembro de 1942, A. H. Compton fez uma comunicação telefônica a J. B. Cannant:
“O navegador italiano chegou ao novo mundo”. O navegador italiano era Enrico
Fermi (1901-1954), Prêmio Nobel de Física em 1938, devido à produção de
elemento artificiais por bombardeamento com nêutrons, realizada em Roma. Porém,
em consequência do nazismo e do fascismo, Fermi era mais um dos muitos
cientistas que tinham migrado para a América. [...]”
“Passada a guerra, o átomo continuou a ser ainda mais desvendado e o bombardeio
de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção de elementos com
número atômico mais que 92. [...] Esses novos elementos foram produzidos em sua
maioria em Berkeley, na Califórnia, em instalações gigantescas destinadas a
acelerar as partículas que são atiradas dentro dos núcleos. [...]”
“Os grandes avanços que comentamos, e que na área da física produziram tantas
inovações tecnológicas neste século, tiveram enorme influência em outras áreas da
ciência, principalmente na química. [...]”
“A biologia neste século se aproximou cada vez mais da química, e a biologia
molecular trouxe as mais significativas contribuições para explicar, preservar e
prolongar a vida. Os estudos da fotossíntese contêm lances empolgantes da história
da ciência, sendo estas uma das áreas mais laureadas com o Prêmio Nobel. [...]”
“Hoje, por causa de Freud, as pessoas se vêem de uma maneira diferentes. Há
certos conceitos freudianos, como a influência do inconsciente sobre o consciente, a
base sexual das neuroses, a existência e a importância da sexualidade infantil, a
função dos sonhos, a repressão, a resistência, a transferência, que já fazem parte
da cultura ocidental. [...] Assim, não é raro ouvirmos, de pessoas se nenhuma
formação em psicanálise “Isto só Freud explica”. Entretanto, se atualmente suas
ideias se popularizavam, os preconceitos que Freud teve de enfrentar ao disseminar
sua doutrina foram ainda mais intensos que os enfrentado por Copérnico ou por
Darwin.”
“A contribuição de Freud para a psiquiatria e a compreensão das doenças mentais é
enorme. Até a consolidação de sua influência, a psiquiatria se ocupava
exclusivamente de sintomas de insanidade, tais como a esquizofrenia e a psicose
maníaco-depressiva, considerando como único recurso terapêutico a isolamento dos
pacientes em manicômios, submetendo-os a eletrochoques, terapias
medicamentosas e até mesmo, nos casos considerados crônicos, à lobotomia. [...]
Freud mostrou que esses conflitos e sintomas não se restringiam aos pacientes
psiquiátricos, pois também estavam presentes em pessoas bem-ajustadas, e que as
neuroses não eram doenças no sentido consagrado do termo, mas sim estados
psicológicos. [...]”
“Em outubro de cada ano, alguns cientistas podem, quase repentinamente, tornar-se
1 milhão de dólares mais ricos. É quando são anunciados os prêmios Nobel. Os
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prêmios de Química e de Física são anunciados pela Academia Real de Ciência da


Suécia, e o de Medicina e Fisiologia, pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo. [...] Há
ainda distribuição de prêmios de Literatura, da Paz e, desde 1969, é também
outorgado o Nobel de Economia, mediante a doação de um banco sueco. [...] O
prêmio pode ser ganho individualmente ou repartido entre várias pessoas. A
cerimônia solene de premiação ocorre sempre em 10 de dezembro [...] em
Estocolmo, na presença do rei, devendo o laureado discursar sobre a
representatividade de sua contribuição para a humanidade. [...]”
“[...] já houve prêmios polêmicos com arrependimento posterior, como por exemplo o
Nobel de Medicina e Fisiologia concedido em 1949 ao português Abreu Freire Egas
Moniz pelo desenvolvimento da lobotomia (incisão no cérebro) no tratamento da
esquizofrenia e da paranoia, considerado hoje um método bárbaro. [...]”
“Ter um Prêmio Nobel no quadro de professor é considerado uma das melhores
estratégias de marketing de universidades americanas. Amplamente divulgado em
folhetas promocionais, atrai, além de prestígio, mais alunos e maiores facilidades na
obtenção de verbas. [...]”
“Os casos de dupla premiação são apenas três: [...] Marie Curie, em Física e em
Química. O norte-americano Linus Pauling recebeu o Prêmio de Química em 1954,
por seus estudos sobre as ligações químicas, e da Paz, em 1962. O norte-
americano John Bardeen ganhou duas vezes em Física (1956 e 1972), mas nas
duas oportunidades repartiu com mais dois colegas: em 1956 pelo desenvolvimento
do transistor e em 1972 por seus trabalhos em supercondutividade.”
“[...] A religião, mesmo que se diga que é o elo de ligação do homem com Deus, às
vezes não parece ligar o homem no mundo, pois, na sua assepsia, vê o mundo
como um lugar sujo. Também a ciência sofre desse viés. Mesmo tirando o seu
reconhecimento (ou a explicação desse conhecimento) do mundo, trata de purifica-
lo. Como a religião Católica, que durante muito tempo usou em seus cultos uma
língua que não era a do povo, também a ciência é hermética em sua linguagem: só
os iniciados conseguem entende-la.”
“Nossa ciência é ainda a de um país de população em sua maioria pobre, mas as
principais pesquisas de nossas universidades são de alta qualidade e usam rótulos
de país rico, e raramente são dirigidas aqueles que mereciam ser beneficiados pelos
resultados das investigações, pois até as sustentam com seus impostos [...]”
“[...] a ciência não se distingue pela aplicação rigorosa de um método científico
único, formado por um corpo de regras que os cientistas aplicaram de modo
uniforme, procurando validar teorias cada vez mais precisas. Aquele que tiver a
pretensão de agir, prescrever ou decidir em nome da verdade absoluta será um
pensador medíocre. [...]”

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