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GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS


2° COLÉGIO MILITAR DA POLÍCIA MILITAR
Aluno (a):
Professor (a): Averone Carvalho Lago Nº
Comandante: MAJOR QOPM Alisson Henriques
Série/Ano: Turma: Nota:
Data: Turno:

INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE AVALIATIVA:


1­ Preencha corretamente o cabeçalho antes de iniciar a prova.
2­ Leia com atenção as questões antes de respondê­las.
3­ Utilize caneta azul ou preta para responder às questões.
4­ As resoluções das questões deverão ser feitas a caneta, não serão consideradas a lápis.
5­ As questões rasuradas serão automaticamente anuladas.
6­ Não é permitido o uso de corretivo.
7­ Usar de meios ilícitos (cola) para a resolução da prova é considerado transgressão disciplinar grave. Considera­se nessa
situação o aluno que portar (ainda que não use) material de estudo não permitido para consulta, bem como os alunos que
estiverem conversando durante a aplicação da prova.
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VERIFICAÇÃO DE ESTUDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA 3º TRIMESTRE/ 2022 (10,0 pontos)

SAS, Aulas 22 e 23 – Interpretação Textual 1 e Aulas 23 e 24 – Interpretação Textual II.


1. O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se
mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso
Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em:
a. “Onde morri, existo”.
b. “E das peles que visto / muitas há que não vi”.
c. “Desisto / de tudo quanto é misto / e que odiei ou senti”.
d. “à deusa que se ri / deste nosso oaristo”.
e. “mas não sou eu, nem isto”.

2. Entre os versos de Gilberto Gil transcritos a seguir, podemos identificar uma relação paradoxal em:
a. “Sou viramundo virado / pelo mundo do sertão.”
b. “Louvo a luta repetida / da vida pra não morrer.”
c. “De dia, Diadorim, / de noite, estrela sem fim.”
d. “Toda saudade é presença / da ausência de alguém.”
e. “Tramaram tudo / De forma perfeita.”

3. Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
PRADO, Adélia.  Exausto . Disponível em: http://byluleoa­
tecendopalavras.blogspot.com.br/. Acesso em: 31 jul. 2017.
O vocábulo raízes, presente no último verso, contrapõe­se a
a. semente.
b. palha de um pequeno sonho.
c. horas a fio.
d. licença.
e. perdão.

4. Assinale a alternativa que exemplifica corretamente a figura de linguagem.


a. “O calor do sol está dizendo aos homens que vão descansar e dormir” – personificação.
b. “A frescura relativa da noite é a verdadeira estação em que se deve viver” – eufemismo.
c. “Trocar o dia pela noite, dizia Luís Soares, é restaurar o império da natureza corrigindo a obra da
sociedade” – gradação.
d. “Olhava para todas as grandes cousas com a mesma cara com que via uma mulher feia” –
pleonasmo.
e. “Podia vir a ser um grande perverso; até então era apenas uma grande inutilidade” – paradoxo.

5. Considere as proposições a seguir.


I. O Rio Doce entrou em agonia, após o desastre que poluiu suas águas com lama.
II. Suas águas, claras, estão agora escuras, de mãos irresponsáveis que as sujaram.
Nas frases há, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a. eufemismo e silepse.
b. personificação e antítese.
c. antítese e prosopopeia.
d. eufemismo e antítese.
e. antítese e silepse.

6. Pátria minha
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um  libertas quae sera tamen *
Que um dia traduzi num exame escrito:
“Libertas que será também”
E repito!
Vinicius de Moraes
*A frase, em latim, é comumente traduzida como “liberdade ainda que tardia”.
Considere as seguintes afirmações:
I. O diálogo com outros textos é procedimento central na composição da estrofe.
II. O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor à pátria expressado não é oficial
nem conformista.
III. O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia­se na escolha de um verso latino como
núcleo da estrofe.
Está correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. II, apenas.
c. I e II, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.

7. A intertextualidade é um aspecto da textualidade que possibilita a elaboração de um texto com base em outro
já existente, proporcionando um diálogo entre eles. Com base nesse conceito, marque a opção correta.
a. O autor de “Quadrilha da sujeira”, texto 2, faz uma análise do texto de Carlos Drummond de Andrade,
destacando apenas seus aspectos sentimentais.
b. Ao abordar o tema central do texto de Carlos Drummond de Andrade, Ricardo Azevedo preocupa­se apenas
em destacar os relacionamentos de curta duração.
c. Ricardo Azevedo, em “Quadrilha da sujeira”, texto 2, baseia­se em “Quadrilha”, texto 1, de Carlos
Drummond de Andrade, fazendo uma releitura do texto para abordar um problema comum na sociedade atual.
d. Ricardo Azevedo trata do amor não correspondido em seu texto.
e. Carlos Drummond tenta criticar o descaso das pessoas com as outras em seu texto, enquanto Ricardo Azevedo
faz uma referência a uma dança popular, a quadrilha.

8. Medo da própria sombra


A expressão nasceu de um fato bem literal: um cavalo que tinha medo da própria sombra. Mas não era
um cavalo qualquer – era o animal que Alexandre, o Grande, queria comprar.
Por volta de 340 a.C., o pai de Alexandre, Filipe II, rei da Macedônia, disse para o dono de um cavalo
nervoso que estava à venda que aquele animal não servia para nada, já que ninguém podia montá­lo. Alexandre,
aos 15 anos, retrucou: “Eu posso montá­lo”. Filipe II brigou com o filho, mas Alexandrinho insistia. Até que o
rei, enfezado, disse que se o filho subisse no cavalo ele compraria o bicho.
O rapaz percebeu que o animal se agitava quando via sua sombra. Colocou­o de frente para o Sol. Com
a sombra para trás, o cavalo se acalmou. Alexandre o montou, ganhou o bicho e o batizou de Bucéfalo. Desde
então, diz­se que alguém bastante covarde é como Bucéfalo: tem medo da própria sombra.
Aventuras na História , São Paulo, ago. 2005. p. 19.
A inserção no sistema linguístico de construções do tipo “medo da própria sombra” é favorecida pela
a. variação de significados originados com base em contextos linguísticos distintos.
b. associação de conteúdos que demonstram reflexão sobre fatos históricos.
c. comparação de ideias aproximadas que levam à cristalização da expressão.
d. projeção de eventos do mundo real para descrever situações fictícias.
e. representação de conceitos oriundos de uma língua estrangeira.

9. (ENEM) Em uma reportagem a respeito da utilização do computador, um jornalista posicionou­se da seguinte


forma: a humanidade viveu milhares de anos sem o computador e conseguiu se virar. Um escritor brasileiro
disse com orgulho que ainda escreve à máquina ou à mão; que precisa do contato físico com o papel. Um
profissional liberal refletiu que o computador não mudou apenas a vida de algumas pessoas, ampliando a oferta
de pesquisa e correspondência, mudou a carreira de todo mundo. Um professor arrematou que todas as
disciplinas hoje não podem ser imaginadas sem os recursos da computação e, para um físico, ele é
imprescindível para, por exemplo, investigar a natureza subatômica.
Como era a vida antes do computador?  OceanAir em Revista , n. 1, 2007. (adaptado)
Entre as diferentes estratégias argumentativas utilizadas na construção de textos, no fragmento, está presente
a. a comparação entre elementos.
b. a reduplicação de informações.
c. o confronto de pontos de vista.
d. a repetição de conceitos.
e. a citação de autoridade.

10. Araripe, chapada do tempo em que os continentes da América do Sul e África se separaram. Fundo do mar,
laguna onde os peixes de água salgada, hoje fósseis, são encontrados apenas no sertão do Nordeste e na costa do
Gabão. Chapada de arenitos avermelhados e vegetação verde no vale em que o mar virou sertão. Sertão mágico,
com nascentes de água, fósseis de pterossauros e libélulas.
TURINO, Célio.  Ponto de cultura : o Brasil de baixo para cima. São Paulo: Anita Garibaldi.
O texto pictórico e poético de Célio Turino guarda uma profunda semelhança semântica com o seguinte
fragmento da canção “Meu Araripe”, de João Silva e Luiz Gonzaga:
a. “Meu Araripe, meu relicário
Eu vim aqui rever meu pé de serra
Beijar a minha terra
Festejar seu centenário”
b. “Sejam bem­vindos
Os filhos de Januário
Pro centenário do Araripe festejar”
c. “E a nossa festa
Não vai ser de candeia
Já tem luz que alumeia
Que os homem mandou dar”
d. “Quero louvar
Os grandes desse lugar
Luiz Pereira, Dona Bárbara de Alencar
E o Barão que não sai da lembrança
Que mandou buscar na França
São João e Baltazar”
e. “Cadê Seu Aires, Cadê Madrinha Nenê
Dona e Donana, nova santa lá em Bahia
Cadê, Seu sete
Sinharinha dos Canário
Pra cantar com Januário
São João com alegria”

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