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00 –
Introdução à
Física e à
cinemática
Medicina - FUVEST 2021
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 4
Conheça a instituição .................................................................................................................... 4
Como é o vestibular FUVEST? ........................................................................................................ 4
Quais as estatísticas mais relevantes do vestibular de medicina FUVEST? .................................... 5
Medicina – FMUSP – São Paulo ................................................................................................. 6
Medicina – FMRP – Ribeirão Preto ............................................................................................ 6
Medicina – FOB/USP – Bauru .................................................................................................... 6
Como é a prova de Física da FUVEST? ........................................................................................... 7
Metodologia do curso ................................................................................................................... 8
Cronograma de aulas .................................................................................................................... 9
Fórum de dúvidas........................................................................................................................ 11
Apresentação Pessoal ................................................................................................................. 12
1 - Considerações iniciais ................................................................................................................ 13
2 - Conceitos iniciais: uma introdução à Física ................................................................................ 13
2.1 - O Sistema Internacional de Unidades (SI) ............................................................................ 13
2.2 - Algarismos significativos ..................................................................................................... 17
2.2.1 – Arredondamentos ........................................................................................................ 18
2.3 - Notação científica e ordem de grandeza ............................................................................. 18
2.3.1 - A notação científica ...................................................................................................... 18
2.3.2 - A ordem de grandeza.................................................................................................... 18
3 – O estudo dos vetores................................................................................................................. 20
3.1 - Regra do Paralelogramo ..................................................................................................... 21
3.1.1 – A lei dos senos.............................................................................................................. 21
3.1.2 – A Lei dos cossenos ........................................................................................................ 21
4 - Movimento: deslocamento e velocidade .................................................................................... 24
4.1 - Conceitos importantes ........................................................................................................ 25
4.1.1 - Instante e intervalo de tempo ....................................................................................... 25
4.1.2 - Ponto material e corpo extenso .................................................................................... 25
4.1.3 - Referencial, movimento e repouso ................................................................................ 26
4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial ............................................................... 26
4.1.5 - Trajetória...................................................................................................................... 27
4.1.6 - Velocidade .................................................................................................................... 28
INTRODUÇÃO
Querido aluno, a finalidade deste curso é oferecer um curso extensivo para a resolução das
questões objetivas de física do vestibular FUVEST 2021. Espero que esse curso seja proveitoso para
que você consiga alcançar os seus objetivos.
O meu curso terá como foco a resolução do maior número possível de questões de
vestibulares anteriores, aliado a mapas mentais que facilitarão a memorização do conteúdo
teórico. Tudo isso para que o aprendizado seja rápido, direcionado e eficaz.
CONHEÇA A INSTITUIÇÃO
A FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) é responsável pelas provas para ingresso
na USP (Universidade de São Paulo) e é um dos vestibulares mais concorridos do Brasil.
No ano de 2018, o vestibular foi reestruturado e o processo seletivo passou a
permitir inscrições por modalidades de vagas, ou seja, ao escolher sua carreira e seu curso, o
vestibulando tem três opções:
Vagas de ação
Vagas de ampla Vagas de ação afirmativa
afirmativa escola
concorrência preto, pardo e índigena
pública
(AC) (PPI)
(EP)
Destinam-se aos
Destinam-se aos candidatos e
candidatos que, autodeclarados pretos,
Destinam-se a todos
independentemente da pardos e indígenas que,
os candidatos sem
renda, tenham cursado independentemente da
exigência de nenhum
integralmente o ensino renda, tenham cursado
pré-requisito
médio em escolas integralmente o ensino
públicas médio em escolas
públicas.
• A primeira fase é objetiva (fechada), composta por 90 questões e com 5 horas de duração;
• Os candidatos são convocados para a segunda fase em quantidade correspondente a 4 vezes
o número de vagas ofertada para a carreira de escolha.
• A segunda fase é constituída por duas provas discursivas: a primeira de Língua Portuguesa e
Redação, a segunda de conhecimentos específicos.
Em relação à concorrência, no ano de 2018 a carreira de Medicina foi a mais concorrida: foram
15.55 Em relação à concorrência, no ano de 2018 a carreira de Medicina foi a mais concorrida: foram
15.557 inscritos para 135 vagas, totalizando uma relação de 115,24 candidato/vaga, sendo o campus
de São Paulo o mais concorrido.
Num primeiro momento você pode pensar que é melhor tentar a FMUSP do que a FMRP por
causa da quantidade de vagas ofertadas, mas somente isso não é suficiente, a nota de corte e
número de inscritos também importam.
Abaixo, inseri a nota de corte para ampla concorrência de 2015 a 2018 e para o vestibular
2019 coloquei as notas de corte das três modalidades de entrada: ampla concorrência, candidato
escola pública e PPI.
60 58
55
50
2015 2016 2017 2018 2019
65
62
60
54
55
50
2015 2016 2017 2018 2019
Segundo o manual do candidato, especificamente para a disciplina de Física, foi esperado que
o candidato soubesse aplicar as relações teóricas aprendidas em situações do mundo
contemporâneo.
Dessa forma, o candidato não deve somente memorizar e aplicar as fórmulas neste curso
explicitadas. É necessário que se faça a compreensão das relações por elas expressas e que estas
sejam utilizadas como um instrumento para a compreensão do mundo que o cerca.
Pensando no seu preparo, dividi o conteúdo de Física segundo o esquema a seguir:
Eletricidade Aulas 15 e 16
Magnetismo Aulas 17 e 18
Física Moderna,
Radioatividade e Aula 19
outros assuntos.
Ondulatória
7%
Mecânica
41%
Óptica
10%
Termologia
11%
Eletricidade
18%
Mecânica Eletricidade Termologia Óptica Ondulatória Magnetismo Moderna Outros
METODOLOGIA DO CURSO
Com o intuito de facilitar a sua preparação, elaborei um material completo, ele foi dividido
da seguinte forma:
vamos estudar os mais importantes tópicos da TEORIA de Física, tanto nos Livros Eletrônicos
(aulas em .pdf) quanto em videoaulas
praticar o que foi aprendido em QUESTÕES de provas recentes e/ou inéditas elaboradas a
partir dos tópicos mais cobrados
Estimular a auto
preparação de resumos e
revisões peródicas
Aprovação!!!
CRONOGRAMA DE AULAS
FRENTE 1 - MECÂNICA
Dinâmica: as leis de Forças de ação e reação. Relação entre força e aceleração. Força
02 Newton e suas peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta. Inércia e sua
aplicações. relação com sistemas de referência. Composição de forças.
FRENTE 2 - TERMOLOGIA
Estudo dos gases. Propriedades dos Gases Ideais. Conservação da energia: equivalente
08
mecânico do calor, energia interna.
FRENTE 3 - ONDULATÓRIA
FRENTE 4 - ÓPTICA
Espelhos esféricos e Imagens obtidas por lentes e por espelhos esféricos: reflexão e
14 lentes. refração. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e
lentes corretivas).
FRENTE 5 - ELETROMAGNETISMO
FÓRUM DE DÚVIDAS
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Para os que não me conhecem, meu nome é Lucas Costa e sou bacharel em Engenharia
Química, formado pela Universidade Federal Fluminense (2016) – UFF. Nessa mesma instituição
obtive o grau de Mestre em Engenharia Química em 2018.
Em 2009 obtive êxito nos seguintes vestibulares:
• 1º lugar em Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca -CEFET-RJ
• 6º lugar em Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
• 3º lugar geral para engenharias através do ENEM na Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro (PUC-RJ)
• Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
• Engenharia Química na Universidade Federal Fluminense – UFF
• Engenharia Química na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Consegui esses resultados pelo uso de um material direcionado e alinhado com as provas
anteriores do vestibular pretendido, isso é a chave para a aprovação.
Conte comigo em sua caminhada, e para ficar sabendo de todas as notícias relativas aos mais
diversos vestibulares ocorrendo em nosso país, recomendo que você siga as mídias sociais do
Estratégia Vestibulares. Sinta-se também convidado a seguir o meu perfil, no qual trarei questões
resolvidas e mais dicas para sua preparação.
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula 00, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• O Sistema Internacional de Unidades, algarismos significativos e a notação científica.
• Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).
• Estudo dos vetores.
• Descrição de movimentos: movimento linear uniforme.
Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.
Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.
kg
cd m
mol
SI s
K A
Todas as outras grandezas decorrem das grandezas de base e são medidas a partir de
unidades derivadas. Seguem exemplos de algumas grandezas derivadas:
índice de refração 𝑛 um 1
permeabilidade relativa 𝜇𝑟 um 1
Tabela 00.2 – Principais grandezas derivadas e as suas respectivas unidades derivadas
Infelizmente, existem regiões do planeta que insistem em utilizar outros sistemas de medidas,
sendo o caso do Sistema Imperial, usado nos Estados Unidos da América, o caso mais emblemático.
Há também outras unidades que fazem parte do nosso cotidiano como minutos, horas,
toneladas, dias, litros etc. Essas unidades possuem equivalência com o SI, e sempre que essa
equivalência for relevante para fins de prova, elas serão trazidas explicitamente no material.
Algumas unidades pouco usuais costumam ter as suas equivalências expressas nas próprias
questões. Na tabela abaixo seguem exemplos das unidades não pertencentes ao SI:
Na primeira régua, um valor como 6,4 seria considerado uma medida correta. Isso acontece
porque o 6 é um algarismo efetivamente lido por meio do aparelho, ao passo que o 4 é um algarismo
duvidoso. Alguém poderia ter lido o valor como 6,5 e essa leitura também estaria correta.
Já na segunda régua, é esperada uma medida como 6,57. Nesse caso os algarismos 6 e 5 são
efetivamente lidos, ao passo que o 7 é um algarismo duvidoso.
Os algarismos significativos de uma medida são todos os algarismos efetivamente lidos por
uma pessoa utilizando algum aparelho como uma balança, régua ou qualquer outro instrumento de
aferição, acrescidos de mais um algarismo, denominado algarismo duvidoso, que vem ao final da
leitura.
Portanto, a leitura 6,4 é composta por um algarismo efetivamente lido e um duvidoso,
somando dois algarismos significativos. Por outro lado, a leitura 6,57 é composta por dois algarismos
efetivamente lidos e mais um duvidoso, sendo assim, ela é mais precisa em comparação à primeira
leitura.
A régua graduada nos milímetros tem uma precisão maior, isso nos permite
colher um número maior de algarismos significativos a cada leitura, quando comparada
à régua graduada nos centímetros.
Se uma medida é apresentada como 3,000 kg, dizemos que ela possui 4 algarismos
significativos e que a precisão do instrumento vai até o centigrama, pois o algarismo duvidoso está
na casa dos miligramas. Não confunda com 0,0030 kg: nesse caso os três primeiros zeros nada
aferiram, então não são considerados algarismos significativos.
Quando encontramos um valor como 4,45 ou 4,45 ∙ 104 , é fácil identificarmos que 3
algarismos significativos são fornecidos. O problema está em um valor como 4000 ou 2500. Nesses
casos, quantos algarismos significativos são fornecidos?
O mais usual é que se considerem os 4 como algarismos significativos. Porém, existem provas
que podem considerar somente um ou dois algarismos significativos nessas leituras. Para sanar
problemas como esse, é recomendado o uso da notação científica.
2.2.1 – Arredondamentos
Arredondamentos são muito úteis quando temos mais algarismos significativos do que
podemos representar.
Suponha que você tenha medido a massa de uma bolinha de gude com uma balança com 4
algarismos significativos e tenha encontrado o valor de 4,892 g. Como esse valor seria escrito com
3, 2 e 1 algarismo significativo, usando arredondamentos?
1 algarismo
significativo
3 algarismos
2 algarismos
significativos
significativos
4,89g 4,9 g 5g
2.3 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA
2,0 ∙ 105
A notação científica é útil para expressar valores muito grandes ou muito pequenos, facilitar
contas e eliminar dúvidas quanto ao número de algarismos significativos de uma medida.
Como descobrir o número a qual a potência de dez deve ser elevada?
Contando-se o número de casas decimais da posição onde ela deve parar até a última casa à
direita no valor original.
potência de 10 é mantida. Caso o valor anterior seja superior a √𝟏𝟎, então a potência de 10 é
acrescida de um em seu expoente.
A ordem de grandeza
Valor anterior à
será a potência de 10
potência de 10
acrescida de uma
maior que 3,16
unidade.
Notação científica
Valor anterior à A ordem de grandeza
potência de 10 será a própria
menor que 3,16 potência de 10.
Note que no exemplo abaixo o 7,6 é maior que 3,16. Por isso, a ordem de grandeza
proveniente de 7,6 ∙ 103 deverá ser 104 .
Por fim, vamos converter alguns valores em notação científica e depois em ordem de grandeza:
Número de algarismos
Valor original Notação científica Ordem de grandeza
significativos pretendido
Suponha uma partícula se deslocando em linha reta. Ela poderá somente andar em uma
direção. Já em relação ao sentido de seu movimento ela poderá se deslocar da direita para a
esquerda ou vice-versa. O módulo de sua velocidade é uma maneira de quantificar o quanto a
partícula se desloca com o tempo.
Expandindo esse raciocínio, no caso de uma partícula que se move em qualquer outra
trajetória, é necessário um vetor para indicar a direção e o sentido da partícula. Vamos nos recordar
como é feita a soma vetorial.
Caso os vetores compartilhem a mesma direção, então basta somar ou subtrair seus módulos,
conforme o sentido por eles indicado.
No caso de vetores perpendiculares, devemos utilizar a relação proposta por Pitágoras, já que
é possível formar um triângulo retângulo com os vetores a serem somados a⃗ e ⃗b como catetos e o
vetor resultante S⃗ como a hipotenusa.
A regra do paralelogramo é utilizada para calcular a soma de dois vetores quando o ângulo
entre eles é conhecido. Geralmente, quando usamos esse método utilizamos a lei dos cossenos para
determinarmos o módulo do vetor resultante.
Vamos nos recordar de duas leis importantes da geometria plana para um triângulo qualquer:
Perceba que o vetor resultante é dado pelo início de um dos vetores até o final do vetor
projetado, como mostrado na última figura, na qual o vetor 𝑏⃗ foi transladado até a posição superior.
Veja esse processo novamente, e tenha muito cuidado com a posição do ângulo 𝜃, que nos interessa
na soma vetorial.
O ângulo 𝜃, que deve ser usado na soma vetorial não é o ângulo entre os vetores, mas
sim o seu suplemento, ou seja, o quanto lhe falta até 180°. Lembre-se que o cosseno dos
ângulos no segundo quadrante, entre 90° e 180°, é sempre negativo.
A partir da lei dos cossenos e da regra do paralelogramo, quando o ângulo entre os dois vetores
não for de 90° e eles não forem colineares (de mesma direção) teremos que usar a lei dos cossenos
para determinar o módulo do vetor resultante.
Trarei novamente essa relação. Repare que precisaremos saber o módulo de cada um dos
vetores a ser somado e também o ângulo formado entre os dois vetores.
(2019/INÉDITA)
Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝑎 e 𝑏⃗ são representados logo abaixo.
Dados |𝑎 | = 5 e |𝑏⃗| = 10.
Comentários:
Inicialmente, encontraremos o vetor resultante 𝑠 = 𝑎 + 𝑏⃗ pela regra do paralelogramo, e
determinaremos seu módulo utilizando a lei dos cossenos:
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC, tendo o cuidado de lembrar que o ângulo 𝜃
fica posicionado entre o vetor 𝑏⃗ e a translação do vetor 𝑎 , logo, vale 180° − 60°, temos:
2
|𝑠|2 = |𝑎|2 + |𝑏⃗ | − 2|𝑎 |. |𝑏⃗ |. cos(180° − 60°)
1
|𝑠|2 = 52 + 102 + 2 ⋅ 5 ⋅ 10 ⋅ ( )
2
Gabarito: |𝒔
⃗ | = 𝟓√𝟕
(2019/INÉDITA)
Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝑎 , 𝑏⃗, 𝑐 e 𝑑 .
a) 𝑎 + 𝑏⃗ = 𝑐 + 𝑑 b) 𝑎 + 𝑐 = 𝑑 + 𝑏⃗ c) 𝑎 + 𝑑 = 𝑐 + 𝑏⃗
d) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 + 𝑑 = 0
⃗ e) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 = 𝑑
Comentários:
Ao fazermos a soma vetorial entre 𝑎 e 𝑑 , vemos que o vetor resultante é de mesmo módulo,
direção e sentido ao vetor 𝑐 + 𝑏⃗ . Podemos perceber isso pelo fato de 𝑎 e 𝑏⃗ compartilharem a mesma
origem, e 𝑐 e 𝑑 o mesmo destino.
Gabarito: “c”.
Também existem as grandezas que são conhecidamente vetoriais, tais como a força, a
aceleração, a velocidade e o deslocamento.
Tenha em mente: uma grandeza escalar pode ser definida apenas por seu módulo, ao passo
que uma grandeza vetorial necessita de módulo, direção e sentido.
Grandeza • Módulo
escalar
• Módulo
Grandeza • Direção
vetorial • Sentido
Vamos supor que um automóvel esteja em uma rodovia e seu velocímetro assinale 80 𝑘𝑚⁄ℎ.
A velocidade é uma grandeza vetorial, ele desenvolve 80 𝑘𝑚 a cada hora, mas em qual direção e em
qual sentido? Perceba que a informação se torna incompleta quando a direção e o sentido não são
fornecidos.
Fique atento a esses exemplos clássicos, pois a chance de que o examinador espere que você
resolva as questões considerando a natureza escalar ou vetorial deles é grande.
Vamos tomar como exemplo o Falcon Heavy, veículo de lançamento reutilizável operado pela
SpaceX. Quando calculado o seu tempo de viagem desde o lançamento até o seu destino em órbita,
as suas dimensões podem ser desprezadas, se comparadas com o tamanho de seu percurso, ou seja,
ele pode ser considerado um ponto material.
Por outro lado, quando o veículo é manobrado e transportado dentro de uma base de lançamento
as suas dimensões são cuidadosamente consideradas. Dessa forma, nesse cenário ele é considerado
um corpo extenso.
A distância pode ser aferida em quilômetros, decímetros, milhas, jardas, pés, dentro outros.
Porém a sua unidade padronizada no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o metro.
Vamos tomar um exemplo para ilustrar essa definição: um corpo vai de um posição 𝑺𝟏 =
𝟐𝟎 𝒌𝒎 até outra 𝑺𝟐 = 𝟖𝟎𝒌𝒎 e depois migra para 𝑺𝟑 = 𝟒𝟎𝒌𝒎, assim, temos que:
4.1.5 - Trajetória
A trajetória de um corpo é o caminho que ele percorre. Geralmente as questões abordam
trajetórias lineares (em linha reta) ou circulares.
A trajetória pode variar conforme o referencial. Imagine um garoto dentro de um ônibus que
solta uma bola. Para o rapaz, a bola faz uma simples trajetória vertical.
Imagine agora que uma pessoa num ponto de ônibus seja capaz de enxergar a trajetória
desenvolvida pela bola. Para essa pessoa, a bola descreve uma trajetória parabólica.
a) b) c) d)
Resolução:
Pelo referencial de Júlia, não existe movimento relativo na horizontal entre a moeda e a Júlia
andando de bicicleta, pois a moeda sai com a mesma velocidade horizontal que Júlia. Então, Júlia vê
a moeda cair na vertical.
Por outro lado, Tomás, parado na rua, vê a composição do movimento horizontal junto com
o movimento vertical da moeda. Ele vê a moeda indo “para a frente”, na direção do deslocamento
4.1.6 - Velocidade
Intuitivamente, a velocidade de um corpo está associada com a rapidez que ocorre o seu
deslocamento. Se um carro é capaz de atravessar uma ponte em 10 segundos a qual um ônibus
demora 20 segundos para atravessar, dizemos que o carro fez a travessia de maneira mais veloz.
Figura 00.10 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido crescente da marcação da quilometragem.
Figura 00.11 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido decrescente da marcação da quilometragem.
⃗
∆𝑺 Velocidade para o MRU
⃗ =
𝒗
∆𝒕
𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔 (𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔)
[𝒗
⃗ ]= (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐)
𝒔
É comum utilizarmos uma pequena seta acima da grandeza que queremos destacar. Caso
essa grandeza seja vetorial, então utilizamos a seta, caso seja escalar, a omitimos.
Note que durante este curso, sempre que uma nova equação for introduzida, as unidades das
grandezas envolvidas serão expressas. Destaca-se que a grandeza velocidade tem como unidade
padrão no SI o metro por segundo, ou [𝑚/𝑠].
A velocidade de um corpo pode definida pela razão entre sua distância percorrida e o
intervalo de tempo ou pela razão entre seu deslocamento e o intervalo de tempo. No primeiro
caso temos a chamada velocidade média, e no segundo simplesmente a velocidade.
Veja como como isso é cobrado:
(1998/PUC Campinas - Modificada)
Num bairro, onde todos os quarteirões são quadrados e as ruas paralelas distam 100 𝑚 uma
da outra, um transeunte faz o percurso de P a Q pela trajetória representada no esquema a
seguir.
a) Qual a distância percorrida pelo transeunte?
b) Qual o seu deslocamento vetorial?
c) Supondo que ele demorou 15 minutos para percorrer este percurso, qual a sua velocidade
média? E a sua velocidade considerando o deslocamento vetorial?
Comentários
Sabendo que cada quarteirão mede 100 𝑚 podemos pela figura deduzir que a distância total
percorrida é de 700 𝑚. Sabemos que 1 minuto equivale a 60 𝑠, portanto o tempo total de caminhada
foi de 900 𝑠.
Podemos escrever a razão entre a distância percorrida e o tempo total de caminhada para
determinarmos a velocidade média:
𝑑 = √25000 = 500 𝑚
(2019/Inédita)
Suponha que durante uma olhada rápida para a tela do celular para checar uma notificação,
um motorista pode ficar sem prestar atenção na via por até 2 𝑠. Se esse motorista estiver
dirigindo a 30 𝑚/𝑠 em uma rodovia, qual a distância que ele irá percorrer sem ter prestado
atenção à via?
Comentários
Podemos calcular a distância usando a relação da velocidade para o MRU:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
Ao isolarmos a distância nessa relação, temos:
∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡
∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡 = 30 ∙ 2 = 60 𝑚
Gabarito: ∆𝑺 = 𝟔𝟎 𝒎
∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆0 Variação da posição
Equação da posição em
𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡
função do tempo para o MRU
𝑘𝑚 1000 𝑚 1 𝑚 𝑚 𝑘𝑚
1 = = 𝑜𝑢 1 = 3,6
ℎ 3600 𝑠 3,6 𝑠 𝑠 ℎ
𝟏 𝒎/𝒔 = 𝟑, 𝟔 𝒌𝒎/𝒉
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 31
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92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021
Como a maioria das questões traz sempre valores múltiplos de 5 𝑚/𝑠, a seguinte tabela pode
lhe ajudar a economizar algum tempo com essa conversão de unidades:
𝒎/𝒔 𝒌𝒎/𝒉
5 18
10 36
15 54
20 72
30 108
40 144
Tabela 00.6 – Os principais valores para a velocidade usados em questões.
Como aplicação da relação aprendida anteriormente, quanto vale essa velocidade em 𝑚/𝑠?
(2019/Inédita)
Um veículo viaja em uma estrada retilínea por 80 km a 40 km/h. Em seguida, o automóvel
segue pela mesma estrada e percorre mais um trecho de 80 km e desta vez a 80 km/h pelo fato
de o trecho ter a pavimentação melhor.
a) Qual é a velocidade média do automóvel neste percurso de 160 km?
b) Caso o veículo fizesse uma pausa de meia hora durante os dois trechos para fazer um lanche,
qual seria a velocidade média do percurso total?
Comentários
Para calcularmos a velocidade média devemos utilizar a definição de velocidade do MRU:
∆𝑆 Definição de velocidade do MRU
𝑣=
∆𝑡
Primeiro precisamos calcular o tempo total, para isso aplicaremos a definição de velocidade
do MRU para cada um dos trechos, com o objetivo de obter o tempo gasto pelo veículo para
percorrer cada trecho.
Reescrevendo a definição da velocidade, explicitando o intervalo de tempo, temos:
∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
E para cada um dos trechos:
∆𝑆1 80
∆𝑡1 = = =2ℎ
𝑣1 40
∆𝑆2 80
∆𝑡2 = = =1ℎ
𝑣2 80
Finalmente, podemos calcular a velocidade média pela razão entre a distância total
percorrida e o tempo total gasto para fazê-lo:
∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = = 53, 3̅ ≅ 53 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3
Para o cálculo da nova velocidade média basta acrescentarmos o tempo que o veículo ficou
parado ao tempo total da viagem.
∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = ≅ 45,8 ≅ 46 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3,5
Sempre que o avaliador pedir a velocidade média devemos considerar todo o tempo da
viagem, mesmo que o veículo esteja parado por alguns momentos.
Gabarito: a) 𝒗𝒎 = 𝟓𝟑 𝒌𝒎/𝒉 b) 𝒗𝒎 = 𝟒𝟔 𝒌𝒎/𝒉
(2019/Inédita)
Um ciclista sobe uma ladeira com uma velocidade constante de 20 km/h e desce a mesma
ladeira com uma velocidade constante de 40 km/h. Calcule a velocidade escalar média da
viagem de ida e volta.
Comentários
Devemos usar a mesma definição de velocidade, e o tempo de cada trecho deve ser calculado
com o auxílio da mesma relação. Vamos chamar o comprimento da ladeira de 𝐿. Sendo o
comprimento da subida o mesmo da descida, podemos escrever:
∆𝑆𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + ∆𝑆𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝐿+𝐿
𝑣= =
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎
Podemos calcular cada tempo usando a relação da velocidade para o MRU, isolando o tempo:
∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 ∆𝑡: ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
Substituindo o intervalo de tempo, temos:
2𝐿 2𝐿 2𝐿
𝑣= = =
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿
+ + +
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 20 40 40 40
2𝐿 40 2𝐿 ⋅ 40 80
𝑣= = 2𝐿 ∙ = = ≅ 27 𝑘𝑚/ℎ
3𝐿 3𝐿 3𝐿 3
40
Ao contrário do que nossa intuição nos leva a crer, a velocidade média não é de 30 km/h,
conforme demonstrado acima.
Gabarito: 𝒗 = 𝟐𝟕 𝒌𝒎/𝒉
Por outro lado, caso a velocidade do móvel seja negativa, o espaço decresce com a variação
do tempo, o que gera uma curva descendente.
Num gráfico de posição em função do tempo, a tangente do ângulo que a curva faz com a
reta horizontal (tracejada), 𝛼 e 𝛽, respectivamente, é numericamente igual a velocidade do móvel.
𝑣 𝑁= 𝑡𝑔𝛼
Para o caso do movimento retrógrado, a 𝑡𝑔𝛽 𝑁=|𝑣|. Entretanto, temos que neste caso a
velocidade é negativa, então, devemos lembrar de colocar o sinal de menos após calcular
a tangente para de fato determinar a velocidade.
As questões costumam trazer situações nas quais em um mesmo gráfico os movimentos são
distintos.
(2018/Mackenzie/1ª FASE)
Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um
lanche, de acordo com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas desse
movimento é
Pela análise do gráfico temos que a distância percorrida é igual a área dos dois retângulos
destacados. Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto entre a sua base
e a sua altura.
∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚
6 - LISTA DE QUESTÕES
1. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de 30 𝑚𝑠 para
chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 𝑚𝑠. Da base do
tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média
do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos
membros inferiores e a altura de uma pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de
propagação do pulso nervoso desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o
cérebro são, respectivamente:
(A) 51 m/s e 51 m/s
(B) 51 m/s e 57 m/s
(C) 57 m/s e 57 m/s
(D) 57 m/s e 68 m/s
(E) 68 m/s e 68 m/s
2. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema Internacional de Unidades(SI)
passaram a ser definidas a partir de valores exatos de algumas constantes físicas. Entre elas,
está a constante de Planck ℎ, que relaciona a energia 𝐸 de um fóton (quantum de radiação
eletromagnética) coma sua frequência 𝑓 na forma 𝐸 = ℎ𝑓. A unidade da constante de Planck
em termos das unidades de base do SI (quilograma, metro e segundo) é:
(A) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠
(B) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2
(C) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔
(D) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚
(E) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3
3. (2016/FUVEST – 1ª FASE)
Uma gota de chuva se forma no alto de uma nuvem espessa. À medida que vai caindo dentro
da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incremento de massa ∆𝑚, em um pequeno
intervalo de tempo ∆𝑡, pode ser aproximado pela expressão: ∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡, em que 𝛼 é
uma constante, 𝑣 é a velocidade da gota, e 𝑆, a área de sua superfície. No sistema internacional
de unidades (SI), a constante 𝛼 é:
a) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚3
b) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
c) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 ∙ 𝑘𝑔−1
d) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 −1
e) adimensional
4. (2000/FUVEST – 1ª FASE)
Um motorista para em um posto e pede ao frentista para regular a pressão dos pneus de seu
carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra força por polegada quadrada” ou “𝑝𝑠𝑖”).
Essa unidade corresponde à pressão exercida por uma força igual ao peso da massa de 1 libra,
distribuída sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 0,5 𝑘𝑔 e 1 polegada a 25 ∙ 10−3 𝑚, aproximadamente. Como 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎 no SI (e 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ), aquelas 25 “libras” pedidas pelo
motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚
6. (2013/FUVEST/2ª FASE-MODIFICADA)
Antes do início dos Jogos Olímpicos de 2012, que aconteceram em Londres, a chama olímpica
percorreu todo o Reino Unido, pelas mãos de cerca de 8000 pessoas, que se revezaram nessa
tarefa. Cada pessoa correu durante 10 minutos e transferiu a chama de sua tocha para a mão
do próximo participante. Um determinado participante P do revezamento correu a uma
velocidade média de 2,5 𝑚/𝑠. Sua tocha se apagou no exato instante em que a chama foi
transferida para a tocha do participante que o sucedeu.
Calcule a distância, em metros, percorrida pelo participante P enquanto a chama de sua tocha
permaneceu acesa.
7. (2011/FUVEST/1ª FASE)
Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual
a 10,8 𝑘𝑚/ℎ, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a
menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de
movimento, solta a bola, que leva 0,5 𝑠 para atingir o solo. As distâncias 𝑠𝑚 e 𝑠𝑏 percorridas,
respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
menina soltou a bola (𝑡 = 0 𝑠) e o instante 𝑡 = 0,5 𝑠, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚
e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
Note e adote:
Desconsiderar os efeitos dissipativos.
8. (2010/FUVEST/1ª FASE)
Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea, está a 2,5 ∙ 106 anos-luz de
Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base nessa informação, estudantes em uma
sala de aula afirmaram o seguinte:
I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.
II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 km.
III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.
Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 3 ∙ 107 𝑠
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
9. (2009/FUVEST/1ª FASE)
Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de uma autoestrada plana, para
seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada, constatou que,
mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
combinado. No entanto, quando ela já estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que
Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero, pretendendo continuar
sua viagem a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível
que os dois amigos se encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de
a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60
Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma e que
o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 15 𝑘𝑚 de extensão, é possível
estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação Terminal,
leva aproximadamente:
a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min.
a chamada a pessoa atinge o andar térreo. Se não houve paradas intermediárias, e os tempos
de abertura e fechamento da porta do elevador e de entrada e saída do passageiro são
desprezíveis, podemos dizer que o andar X é o:
a) 9º. b) 11º. c) 16º. d) 18º. e) 19º.
1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.
2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?
3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 43
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4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s
5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:
a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3
6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente
7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.
A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:
𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2
8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.
a) I b) II c) III d) IV e) V
9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:
10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.
O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:
𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣
11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.
12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
13. (ITA)
Um avião voando horizontalmente a 4000 𝑚 de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto 𝐴 e depois por um ponto 𝐵 situado a 3000 𝑚 do
primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de 𝐵, começou a ouvir
o som do avião, emitido em 𝐴, 4,00 segundos antes de ouvir o som proveniente de 𝐵. Se a
velocidade do som no ar era de 320 𝑚/𝑠, qual era velocidade do avião?
𝑎) 960 𝑚/𝑠 𝑏) 750 𝑚/𝑠 𝑐) 390 𝑚/𝑠 𝑑) 421 𝑚/𝑠 𝑒) 292 𝑚/𝑠
14. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.
15. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.
A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32
16. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:
17. (1991/ITA)
A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas locomotivas a
vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de 50,4 𝑘𝑚/ℎ e
72 𝑘𝑚/ℎ, respectivamente. Uma vez que 𝐴𝐶 corresponde ao rastro da fumaça do trem 𝐴, 𝐵𝐶
ao rastro da fumaça do trem 𝐵 e que 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶 , determine a velocidade do vento. Despreze
a distância entre os trilhos de 𝐴 e 𝐵.
a) 5,00 m/s b) 4,00 m/s c) 17,5 m/s d) 18,0 m/s e) 14,4 m/s
18. (2013/ITA)
Ao passar pelo ponto 𝑂, um helicóptero segue na direção norte com velocidade 𝑣 constante.
Nesse momento, um avião passa pelo ponto 𝑃, a uma distância 𝛿 de 𝑂, e voa para o oeste, em
direção a 𝑂, com velocidade 𝑢 também constante, conforme mostra a figura. Considerando 𝑡
o instante em que a distância d entre o helicóptero e o avião for mínima, assinale a alternativa
correta.
𝛿𝑢
a) A distância percorrida pelo helicóptero no instante em que o avião alcança o ponto 𝑂 é .
𝑣
𝛿𝑣 2
b) A distância do helicóptero ao ponto O no instante 𝑡 é igual a .
𝑢2 +𝑣 2
𝛿𝑣 2
c) A distância do avião ao ponto O no instante t é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑣
d) O instante 𝑡 é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑢
e) A distância 𝑑 é igual a .
√𝑣 2 +𝑢2
19. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:
𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡
20. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:
21. (2007/ITA)
Considere que num tiro de revolver, a bala percorre trajetória retilínea com velocidade V
constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura abaixo, o aparelho 𝑀1
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho 𝑀2 . Sendo 𝑉𝑠 a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos 𝑀1 e 𝑀2 em relação ao alvo Q é:
𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉𝑠 − 𝑉 ) 𝑉 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 + 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
a) b) c) d) e)
𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉 2 + 𝑉𝑠2
22. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?
a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas
d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta
23. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?
24. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:
1. D 2. A 3. B
7. E 8. E 9. D
1. A 2. E 3. D
4. A 5. A 6. C
7. A 8. E 9. C
1. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de 30 𝑚𝑠 para
chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 𝑚𝑠. Da base do
tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média
do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos
membros inferiores e a altura de uma pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de
propagação do pulso nervoso desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o
cérebro são, respectivamente:
(A) 51 m/s e 51 m/s
(B) 51 m/s e 57 m/s
(C) 57 m/s e 57 m/s
(D) 57 m/s e 68 m/s
(E) 68 m/s e 68 m/s
Comentários
Devemos usar a equação da velocidade para o movimento uniforme, considerando os dados
fornecidos:
Se a razão média entre o comprimento dos membros inferiores e a altura da pessoa é de 0,6,
temos que os membros superiores terão razão de 0,4, já que os membros inferiores em conjuntos
com os superiores formam o corpo humano. Dessa forma:
0,68
𝑣𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = = 0,068 ⋅ 103 = 68 𝑚/𝑠
10 ⋅ 10−3
Gabarito: “d”
2. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema Internacional de Unidades(SI)
passaram a ser definidas a partir de valores exatos de algumas constantes físicas. Entre elas,
está a constante de Planck ℎ, que relaciona a energia 𝐸 de um fóton (quantum de radiação
eletromagnética) coma sua frequência 𝑓 na forma 𝐸 = ℎ𝑓. A unidade da constante de Planck
em termos das unidades de base do SI (quilograma, metro e segundo) é:
(A) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠
(B) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2
(C) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔
(D) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚
(E) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3
Comentários
Devemos fazer a análise dimensional da relação de Planck:
𝐸 = ℎ⋅𝑓
[𝐽] = ℎ ⋅ [𝐻𝑧]
ℎ = [𝐽]/[𝐻𝑧]
Devemos nos lembrar, por exemplo, que o trabalho de uma força, medido em J, é dado pelo
produto entre força e distância. Também devemos nos lembrar que o 𝐻𝑧 equivale ao inverso do
segundo:
ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜/[1/𝑠]
ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 ⋅ [𝑠]
ℎ = 𝐹 ⋅ 𝑑 ⋅ [𝑠 ]
ℎ = 𝐹 ⋅ [𝑚 ] ⋅ [𝑠 ]
Também convêm nos lembrarmos que a segunda lei de Newton diz que a força é dada pelo
produto entre massa e aceleração:
ℎ = 𝑚 ⋅ 𝑎 ⋅ [𝑚 ] ⋅ [𝑠 ]
𝑚
ℎ = [𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] ⋅ [𝑚] ⋅ [𝑠]
𝑠
𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
ℎ=[ ]
𝑠
Gabarito: “a”
3. (2016/FUVEST – 1ª FASE)
Uma gota de chuva se forma no alto de uma nuvem espessa. À medida que vai caindo dentro
da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incremento de massa ∆𝑚, em um pequeno
intervalo de tempo ∆𝑡, pode ser aproximado pela expressão: ∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡, em que 𝛼 é
uma constante, 𝑣 é a velocidade da gota, e 𝑆, a área de sua superfície. No sistema internacional
de unidades (SI), a constante 𝛼 é:
a) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚3
b) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
c) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 ∙ 𝑘𝑔−1
d) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 −1
e) adimensional
Comentários
Sabemos que a massa no SI é expressa em 𝑘𝑔, o tempo em 𝑠, a velocidade em 𝑚/𝑠 e a área
de uma superfície em 𝑚2 .
Portanto, se conseguirmos isolar a constante 𝛼 na expressão fornecida, iremos descobrir as
unidades nas quais ela é expressa.
Vamos começar pela expressão fornecida.
∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡
𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚
Agora podemos passar os termos, que não sejam o 𝛼, e que estejam à esquerda da igualdade
para o outro lado da expressão. Como o inverso da multiplicação é a divisão, esses termos irão para
o outro lado como a parte debaixo da fração:
𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚
∆𝑚
𝛼=
𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡
Já temos 𝛼 de forma isolada. Podemos substituir as unidades de cada um dos termos à direita
da igualdade:
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Professor Lucas Costa
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𝑘𝑔
𝛼=𝑚
∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
𝑠
Vamos simplificar o denominador da fração. Lembre-se que 𝑚 ∙ 𝑚2 = 𝑚3 , visto que no
produto de termos com uma mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
Também podemos cancelar o “𝑠” que está no numerador (parte de cima da fração) com que está no
denominador (parte debaixo da fração).
𝑚 𝑚1 ∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
∙ 𝑚2 ∙ 𝑠 = = 𝑚3
𝑠 𝑠
Agora podemos voltar à equação principal:
𝑘𝑔
𝛼=
𝑚3
Para finalizarmos a questão, lembre-se que um expoente negativo faz com que o termo
troque de posição entre o numerador e o denominador de uma fração, ou seja:
𝑘𝑔
𝛼= = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
𝑚3
Concluímos, portanto, que o gabarito é a letra B.
Gabarito: “b”.
4. (2000/FUVEST – 1ª FASE)
Um motorista para em um posto e pede ao frentista para regular a pressão dos pneus de seu
carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra força por polegada quadrada” ou “𝑝𝑠𝑖”).
Essa unidade corresponde à pressão exercida por uma força igual ao peso da massa de 1 libra,
distribuída sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 0,5 𝑘𝑔 e 1 polegada a 25 ∙ 10−3 𝑚, aproximadamente. Como 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎 no SI (e 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ), aquelas 25 “libras” pedidas pelo
motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚
Comentários
Essa questão é mais antiga, porém traz os conceitos que acabamos de estudar. Quer aprender
a resolver esse tipo de questão? Então vamos seguir passo a passo a partir do enunciado.
Partiremos da definição de libra trazida pelo examinador:
25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎
25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 = 25 psi =
1 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎2
Convertendo libras para Newtons, vamos usar a informação de que 1 libra equivale a 0,5 kg.
𝑘𝑔 𝑘𝑔
25 𝑙𝑓 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5 12,5 𝑘𝑔
𝑙𝑓 𝑙𝑓
= = =
1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2
Fique tranquilo nesse próximo passo, ele cobra um conceito que aprenderemos na aula que
aborda o estudo das forças. Como queremos chegar até a Força Peso, devemos multiplicar a massa
pela aceleração da gravidade (adotada como 𝑔 ≅ 10 𝑚/𝑠 2 ). Lembre-se que a unidade Newton [N]
equivale a [𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠 2 ]:
Agora precisamos converter a área de polegadas quadradas para metros quadrados. Não se
assuste com as operações utilizando notação científica, elas facilitam bastante os cálculos.
Se temos o fator de conversão de polegadas para metros, devemos elevá-lo ao quadrado para
obter a conversão de polegadas quadradas para metros quadrados:
125 𝑁 125 𝑁
=
𝑚2 𝑚2
1 𝑝𝑜𝑙 2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2 1 𝑝𝑜𝑙 2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2
𝑝𝑜𝑙 2 𝑝𝑜𝑙 2
125 𝑁
252 ∙ 10(−3)∙2 𝑚2
125 𝑁 125 6 6
𝑁
= ∙ 10 = 0,2 ∙ 10
625 ∙ 10−6 𝑚2 625 𝑚2
Usando a informação do enunciado de que 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ficamos com:
𝑁
0,2 ∙ 106 = 0,2 ∙ 106 𝑃𝑎
𝑚2
Contudo, esse valor não está respeitando as regras de uma notação científica. Devemos andar
com a vírgula uma casa para a direita e por isso o expoente foi diminuído em uma unidade.
Para finalizarmos, devemos usar a informação também trazida pelo enunciado de que 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎:
Gabarito: “a”.
3 ∙ 103 ∙ 103
8
3 ∙ 10 =
∆𝑡
3 ∙ 106
8
3 ∙ 10 =
∆𝑡
3 ∙ 106
∆𝑡 =
3 ∙ 108
∆𝑡 = 1 ∙ 10−2 = 0,01𝑠
Como a questão forneceu dois algarismos significativos a todo o momento, o mais indicado
seria a resposta da forma: ∆𝑡 = 1,0 ∙ 10−2 𝑠.
Gabarito: ∆𝒕 = 𝟏, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟐 𝒔
6. (2013/FUVEST/2ª FASE-MODIFICADA)
Antes do início dos Jogos Olímpicos de 2012, que aconteceram em Londres, a chama olímpica
percorreu todo o Reino Unido, pelas mãos de cerca de 8000 pessoas, que se revezaram nessa
tarefa. Cada pessoa correu durante 10 minutos e transferiu a chama de sua tocha para a mão
do próximo participante. Um determinado participante P do revezamento correu a uma
velocidade média de 2,5 𝑚/𝑠. Sua tocha se apagou no exato instante em que a chama foi
transferida para a tocha do participante que o sucedeu.
Calcule a distância, em metros, percorrida pelo participante P enquanto a chama de sua tocha
permaneceu acesa.
Comentários
a) Para determinarmos a distância podemos usar a relação da velocidade para o movimento
retilíneo e uniforme. Antes disso, precisamos converter o tempo para segundos.
𝑣 ⋅ ∆𝑡 = ∆𝑆
∆𝑆 = 𝑣 ⋅ ∆𝑡
∆𝑆 = 2,5 ⋅ 600
∆𝑆 = 1500 𝑚
Em notação científica:
∆𝑆 = 1,5 ⋅ 103 𝑚
Gabarito: ∆𝑺 = 𝟏, 𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟑 𝒎.
7. (2011/FUVEST/1ª FASE)
Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual
a 10,8 𝑘𝑚/ℎ, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a
menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de
movimento, solta a bola, que leva 0,5 𝑠 para atingir o solo. As distâncias 𝑠𝑚 e 𝑠𝑏 percorridas,
respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
menina soltou a bola (𝑡 = 0 𝑠) e o instante 𝑡 = 0,5 𝑠, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚
e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
Note e adote:
Desconsiderar os efeitos dissipativos.
Comentários
Desprezando os efeitos dissipativos, não haverá nenhuma aceleração horizontal atuando sob
a bola. Como ela foi abandonada pela menina, elas deverão ter a mesma velocidade horizontal. E
essa velocidade deverá ser uniforme, portanto, podemos usar a relação da velocidade no MRU para
determinar as distâncias pedidas, que são iguais. Lembre-se que devemos converter a velocidade
para 𝑚/𝑠 e, para isso, devemos dividi-la por 3,6:
∆𝑆
𝑣= ↔ ∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡
∆𝑡
10,8
𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = ∙ 0,5
3,6
𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
Gabarito: “e”
8. (2010/FUVEST/1ª FASE)
Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea, está a 2,5 ∙ 106 anos-luz de
Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base nessa informação, estudantes em uma
sala de aula afirmaram o seguinte:
I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.
II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 km.
III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.
Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 3 ∙ 107 𝑠
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
Comentários
I. Incorreta. A assertiva tenta confundir o candidato fazendo-o associar o ano luz à distância
proposta. Para que ela estivesse correta um ano luz deveria corresponder a um km. Um ano luz
corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo durante um ano. Como a luz percorre 299 792
458 metros em apenas um segundo, a assertiva está completamente equivocada.
II. Correta. Vamos efetuar os cálculos:
∆𝑆 Equação da velocidade para o MRU
𝑣=
∆𝑡
Vamos chamar a velocidade da luz de “c”. Primeiro vamos determinar qual a distância em km
que a luz percorre em um ano. Adotaremos que a velocidade da luz, no vácuo, é de,
aproximadamente, 3 ∙ 108 𝑚/𝑠.
∆𝑆 = 𝑐 ∙ ∆𝑡
∆𝑆 = 3 ∙ 108 ∙ 3 ∙ 107
∆𝑆 = 9 ∙ 1015 𝑚 = 9 ∙ 1012 𝑘𝑚
9. (2009/FUVEST/1ª FASE)
Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de uma autoestrada plana, para
seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada, constatou que,
mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
combinado. No entanto, quando ela já estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que
Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero, pretendendo continuar
sua viagem a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível
que os dois amigos se encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de
a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60
Comentários:
Podemos usar a equação da posição para o movimento uniforme e escrever a posição em
função de tempo para Marta e Pedro.
S𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 (t) = 10 + 80 ∙ 𝑡
{
S𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 (t) = 0 + 100 ∙ 𝑡
100 ⋅ 𝑡 = 10 + 80 ∙ 𝑡
20 ⋅ 𝑡 = 10
10
𝑡= = 0,5 ℎ𝑜𝑟𝑎
20
Sabendo o instante de tempo, podemos substitui-lo em qualquer uma das equações e
determinar a posição de encontro.
Gabarito: “d”.
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
60 =
1/4
1
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 60 ⋅
4
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 15 𝑘𝑚
Devemos agora calcular qual seria o tempo que o motorista levaria para se deslocar por
15 𝑘𝑚 na velocidade de tempo seco.
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
𝑣𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
15
90 =
Δt normal
15 1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = = ℎ
90 6
Como uma hora equivale a 60 minutos, temos que:
1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = ⋅ 60 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
6
Se normalmente o motorista demoraria 10 minutos, e levou 15 minutos, por ter reduzido a
velocidade, seu atraso será de 5 minutos.
Gabarito: “a”.
Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma e que
o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 15 𝑘𝑚 de extensão, é possível
estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação Terminal,
leva aproximadamente:
a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min.
Comentários:
Vamos calcular a velocidade média do trem, dado que, ele anda 2 𝑘𝑚 (de Vila Maria a
Felicidade) em 4 min, de acordo com a tabela. Usando a equação da velocidade para o MRU, sabendo
que 4 minutos equivalem a 4/60 ℎ:
2
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚 = = 30 𝑘𝑚/ℎ
4
60
Agora, podemos calcular o tempo gasto para o trem sair da Estação Bosque até a Estação
Terminal:
∆𝑆𝑏𝑜𝑠𝑞𝑢𝑒/𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
∆𝑡 =
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚
15
∆𝑡 = = 0,5 ℎ = 30 𝑚𝑖𝑛
30
Entretanto, devemos lembrar que o trem fica 1 𝑚𝑖𝑛 parado nas estações até chegar na
Terminal, isto é, ele gasta um minuto nas estações de São José até a Felicidade, ou seja, mais
5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠.
Então, o tempo total será de 35 minutos.
Gabarito: “d”.
𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
𝑣𝑚 =
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
20 5
𝑣𝑚 = = 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠/𝑠
36 9
O elevador gastou 39,6 segundos para chegar até o andar dele e voltar para o térreo. Como
o módulo da velocidade escalar do elevador é constante, podemos dizer que o mesmo tempo que
ele leva para subir ele leva para descer. Logo, o elevador levou metade do tempo para subir, isto é,
gastou 19,8 segundos.
Portanto, o número de andares que ele andou para subir foi:
5 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
= ⇒ 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠 = 11
9 19,8
Com isso, a pessoa estava no 11º andar.
Gabarito: “b”.
1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.
2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?
Comentários
A velocidade média da pessoa será dada pela soma da sua velocidade ao caminhar com a
velocidade da esteira. Essa velocidade será igual a razão entre a distância percorrida e o tempo,
conforme a equação da velocidade para o movimento retilíneo e uniforme:
Gabarito: “e”
3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.
d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Comentários
Não temos informações acerca da aceleração do carro, logo, não sabemos se a velocidade
instantânea tende a crescer ou decrescer. Podemos afirmar que a velocidade média entre os
instantes 𝑡1 e 𝑡2 é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Gabarito: “d”
4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s
Comentários
A análise dimensional resolve o problema. Sabemos que a vazão 𝑞 é medida em 𝑚3 /𝑠 e a
altura ℎ em 𝑚. Com isso:
ℎ = 𝑅∙𝑞
Isolando R
𝑅 = ℎ/𝑞
5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:
a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3
Comentários
Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRUV,
já que estamos diante de uma parábola (duas na verdade) e não uma reta. Também notamos que
tanto a posição inicial quanto a posição final são o ponto de posição 0. Como a velocidade média é
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 66
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92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021
calculada pela variação da posição pelo tempo, e a posição final e a inicial são a mesma, temos que
a variação da posição é nula, portanto, a velocidade média também é nula.
Gabarito: “a”
6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente
4∙𝑡
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) =
10
Ângela andou 15 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
velocidade de 15/50 ou 1,5/5, dobrando o numerador e o denominador, 3/10 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim
podemos escrever sua Equação Horária da Posição como:
3
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10
3∙𝑡
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) =
10
I) Se Tânia efetuou o telefonema 30 minutos depois do início do percurso, ela o fez a uma
distância de 12 km do ponto de onde largaram. Isso pode ser calculado da seguinte forma:
4 ∙ 30
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (30) = = 12 𝑘𝑚
10
Podemos determinar o tempo Ângela leva para percorrer os mesmos 12 km e,
consequentemente estar em frente à Igreja, da seguinte forma:
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 12
3∙𝑡
= 12
10
120
𝑡= = 40 minutos
3
Portanto é verdade que Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II) Já sabemos que Ângela passa pela igreja no momento t = 40 minutos, substituindo esse
tempo na equação horária de Tânia podemos determinar em que posição ela se encontra:
4 ∙ 40
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (40) = = 16 𝑘𝑚
10
Então, quando Ângela está na posição de 12km a partir do início, Tânia já está na posição de
16 km do início, Tânia de fato está 4 km à frente de Ângela.
As duas observações estão corretas.
Gabarito: “c”
7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.
A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:
𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2
Comentários:
A velocidade média de uma volta é dada por:
∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑣𝑚 =
𝑡𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎
A distância total de uma volta é dada pelo dobro da distância de cada reta, 𝟐𝑳, somado ao
dobro do comprimento de cada semicircunferência de raio 𝑹, o que equivale ao comprimento da
circunferência de raio 𝑹, que por sua vez, vale 𝟐 ⋅ 𝝅 ⋅ 𝑹.
O tempo total de uma volta, 𝒕𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂, é dado pela soma dos tempos necessários para cruzar
cada trecho da pista. Isolando-se o tempo na relação da velocidade do MRU, temos:
∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
Para os trechos retos, podemos escrever:
𝐿
∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 =
𝑣
E para cada semicircunferência:
𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3
Podemos rearranjar essa última relação. Lembre-se que a divisão de duas frações é
equivalente ao produto da fração do numerador pelo inverso da fração do denominador:
𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3
3
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 = 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅
2⋅𝑣
3⋅𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
Agora podemos voltar a expressão da velocidade média:
2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑆𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + ∆𝑆𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
𝐿+𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Devemos substituir a velocidade média fornecida pelo enunciado:
4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Podemos efetuar a multiplicação cruzada:
4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
4⋅𝑣⋅( + ) = 5 ⋅ (𝐿 + 𝜋 ⋅ 𝑅)
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝐿+2⋅3⋅𝜋⋅𝑅 = 5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
6⋅𝜋⋅𝑅−5⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿−4⋅𝐿
𝜋⋅𝑅 = 𝐿
𝐿 = 𝜋⋅𝑅
Gabarito: “a”.
8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.
A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um
observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:
a) I b) II c) III d) IV e) V
Comentários:
Ao ser abandonado do avião, o pacote não possui velocidade escalar na direção vertical,
entretanto, ele possui a mesma velocidade horizontal do avião, por isso, o pacote seguirá seu
movimento na horizontal ao mesmo tempo que está caindo. Portanto, sua trajetória será um arco
de parábola, semelhante ao caso do menino soltando a bola dentro do ônibus, na parte teórica.
Gabarito: “e”.
9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:
Comentários
Devemos aplicar a lei dos cossenos para efetuar essa soma vetorial e descobrirmos o valor do
ângulo 𝜃:
0 = −120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃 )
120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0
𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0
Lembre-se:
Arco em 𝝅 𝝅 𝝅 𝝅 𝟑𝝅
0 𝝅 𝟐𝝅
radianos 𝟔 𝟒 𝟑 𝟐 𝟐
Arco em
0 30° 45° 60° 90° 180° 270° 360°
graus
1 √2 √3
seno 0 1 0 -1 0
2 2 2
√3 √2 1
cosseno 1 0 -1 0 1
2 2 2
10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.
O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:
𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣
Comentários:
A escada inicialmente está fechada e vai abrir com velocidade constante na direção horizontal
até se tornar um triângulo equilátero.
Vamos analisar o ponto 𝑄. Precisamos lembrar que um triângulo equilátero possui todos os
lados iguais e o segmento 𝑂𝑀 divide o lado 𝑃𝑄 ao meio.
Dessa forma, se colocarmos a origem do movimento no ponto 𝑀, temos que seu 𝑠0 está em
𝐿
M e depois seu 𝑠1 estará a uma distância do ponto M, pois o triângulo se tornou um triângulo
2
equilátero.
𝐿
Logo, seu Δ𝑠 = . Assim, fazendo uso da equação da velocidade para o MRU, temos:
2
𝐿
Δ𝑠
𝑣= = 2
Δ𝑡 Δ𝑡
𝐿
Δ𝑡 =
2𝑣
Gabarito: “b”.
11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.
Comentários:
Vamos considerar como instante inicial o momento em que o atleta está exatamente abaixo
da lâmpada e um instante 𝑡, em que existe uma projeção da cabeça do atleta no solo.
12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
Comentários:
Considerando que o guarda começa seu movimento no instante em que o automóvel passa
por ele, podemos escrever o gráfico 𝑣 × 𝑡 relativo à situação e utilizar o conceito da área do gráfico
𝑣 × 𝑡 ser numericamente igual a variação do espaço.
Cuidado com as unidades! O enunciado traz as velocidades em 𝑘𝑚/ℎ e devemos transformá-
las em 𝑚/𝑠, como estão as respostas:
108
𝑣𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = = 30 𝑚/𝑠
3,6
90
𝑣𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = = 25 𝑚/𝑠
3,6
No instante 𝑡 em que o guarda alcança o motorista infrator, podemos escrever que suas
posições são iguais e ainda dizer que a distância percorrida foi a mesma, pois ambos têm a mesma
origem de espaço (momento em que o infrator passa pelo guarda):
𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎
𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑠0 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 − 𝑠0
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎
𝑡 + (𝑡 − 10)
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = ⋅ 30 = 15 ⋅ (2𝑡 − 10)
2
Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = 25. 𝑡
15 ⋅ (2𝑡 − 10) = 25 ⋅ 𝑡
𝑡 = 30 𝑠
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 25 ⋅ 30 = 750 𝑚
Gabarito: “d”.
13. (ITA)
Um avião voando horizontalmente a 4000 𝑚 de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto 𝐴 e depois por um ponto 𝐵 situado a 3000 𝑚 do
5000 125
∆𝑡𝐴 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8
De maneira análoga, para o som ir do ponto B até o observador, temos:
4000 100
∆𝑡𝐵 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8
Como o som vem do ponto 𝐴 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 antes de começar a vir do ponto B, temos:
125 100
+4 = + Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵
8 8
125 100 57
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 = +4− = 𝑠
8 8 8
Por fim, a velocidade do avião no trecho AB pode ser encontrada por:
Δ𝑠𝐴→𝐵 3000
𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 = = = 421,05 𝑚/𝑠
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 57
8
Gabarito: “d”.
14. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.
Comentários:
Em primeiro momento, muitos alunos pensam em fazer a média aritmética das velocidades,
mas veremos que a informação pedida não é a média aritmética das velocidades, e sim a média
harmônica.
Vamos considerar que todo o percurso seja de 2𝑑 (isso é um truque para evitar frações),
sendo que na primeira metade (𝑑) ele anda a uma velocidade 𝑣1 , gastando um tempo Δ𝑡1 . Na
segunda metade (d também) ele anda a uma velocidade 𝑣2 , gastando um tempo Δ𝑡2 .
Sendo assim, ele anda uma distância total 2𝑑 e cada trecho ele anda a uma velocidade, logo,
gastará tempos distintos, de maneira que o tempo total é a soma dos tempos.
Dessa forma, podemos escrever:
Δ𝑠 2𝑑
𝑣𝑚 = =
Δ𝑡 Δ𝑡1 + Δ𝑡2
Contudo, precisamos conhecer uma relação entre as distâncias e os tempos. Para isso, vamos
calcular quanto o móvel gasta em cada metade, já que ele está com velocidades distintas em cada
trecho.
Para a primeira metade, temos:
Δ𝑠1
𝑣1 =
Δ𝑡1
𝑑
Δ𝑡1 =
𝑣1
𝑑
Δ𝑡2 =
𝑣2
2𝑑 2𝑑 2
𝑣𝑚 = 𝑣𝑚 = =
𝑑 𝑑 1 1 1 1
+ 𝑑( + ) +
𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2
2 2 2 2
𝑣𝑚 = = = =
1 1 1 1 60 40 100
+ + +
𝑣1 𝑣2 40 60 40 ∙ 60 40 ∙ 60 40 ∙ 60
2 40 ⋅ 60 2 ⋅ 40 ⋅ 60
𝑣𝑚 = ∙ = = 48 𝑘𝑚/ℎ
1 100 100
Provamos, portanto, que um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais,
com velocidades diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.
Gabarito: 𝒗𝒎 = 𝟒𝟖 𝒌𝒎/𝒉.
15. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.
A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32
Comentários:
Como visto acima, se um móvel percorre distâncias iguais, com velocidades diferentes, a
velocidade média é dada pela média harmônica das velocidades, logo, temos que:
4
𝑣𝑚 = = 32 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1
+ + +
20 30 40 60
Gabarito: “e”.
16. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:
Comentários:
Sabemos que a velocidade média do percurso todo é:
2 2 1 2 1 𝑘
𝑣𝑚 = ⇒ 𝑘𝑣 = ⇒ = − ⇒ 𝑣2 = .𝑣
1 1 1 1 𝑣2 𝑘𝑣 𝑣 2−𝑘
+ +
𝑣1 𝑣2 𝑣 𝑣2
Assim, sabemos de imediato que as duas primeiras afirmações são falsas, e a informação (04)
é verdadeira, pois, para 𝒌 = 𝟐 não podemos definir 𝒗𝟐 , ela seria tão grande quanto queiramos,
quando k tende a 2. Vamos considerar que todo o caminho tenha uma distância igual a 𝟐𝒅, pois
assim evitamos as frações em nossos cálculos. Dessa forma, o intervalo de tempo para a primeira
metade será dado por:
𝑑
∆𝑡1 =
𝑣
E para a segunda metade do caminho:
𝑑
∆𝑡2 =
𝑘𝑣
2−𝑘
Portanto, a relação dos tempos é dado por:
∆𝑡2 2 − 𝑘
=
∆𝑡1 𝑘
Logo, as duas últimas afirmações estão erradas também e a única afirmativa correta é a 04.
Portanto, soma igual a 04.
Gabarito: 𝑺𝒐𝒎𝒂 = 𝟎𝟒.
17. (1991/ITA)
A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas locomotivas a
vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de 50,4 𝑘𝑚/ℎ e
72 𝑘𝑚/ℎ, respectivamente. Uma vez que 𝐴𝐶 corresponde ao rastro da fumaça do trem 𝐴, 𝐵𝐶
ao rastro da fumaça do trem 𝐵 e que 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶 , determine a velocidade do vento. Despreze
a distância entre os trilhos de 𝐴 e 𝐵.
a) 5,00 m/s b) 4,00 m/s c) 17,5 m/s d) 18,0 m/s e) 14,4 m/s
Comentários:
Vamos analisar o instante de tempos em que os trens se encontram:
Sabemos que o trem B é mais veloz que o trem A e, por isso, imaginamos o ponto de encontro
antes do ponto médio (𝑀) de 𝐴𝐵. Dessa forma, 𝐷𝐴 é a distância percorrida pelo trem 𝐴 e 𝐷𝐵 a
distância percorrida pelo trem 𝐵. Isso nos permite escrever que:
𝐴𝐷 + 𝐵𝐷 = 1360
𝑣𝐴 . 𝑡 + 𝑣𝐵 𝑡 = 1360
50,4 72
.𝑡 + . 𝑡 = 1360
3,6 3,6
𝑡 = 40 𝑠
Agora que sabemos o intervalo de tempo podemos calcular a distância percorrida por cada
um dos trens. Para a locomotiva A, temos;
50,4
𝐷𝐴 = . 40 = 560 𝑚
3,6
Pela geometria do problema, temos que:
𝐴𝑀 − 𝐴𝐷 = 𝐷𝑀
1360 50,4
𝐷𝑀 = − . 40 = 120 𝑚
2 3.6
Dessa forma, pelo teorema de Pitágoras no triângulo 𝑀𝐷𝐶, encontramos a distância 𝐷𝐶:
𝐷𝐶 2 = 𝑀𝐶 2 + 𝐷𝑀2
𝐷𝐶 2 = 1202 + 1602
𝐷𝐶 = 200 𝑚
𝐷𝐶 200
𝑣𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 = = = 5,00 𝑚/𝑠
Δ𝑡 40
Gabarito: “a”.
18. (2013/ITA)
Ao passar pelo ponto 𝑂, um helicóptero segue na direção norte com velocidade 𝑣 constante.
Nesse momento, um avião passa pelo ponto 𝑃, a uma distância 𝛿 de 𝑂, e voa para o oeste, em
direção a 𝑂, com velocidade 𝑢 também constante, conforme mostra a figura. Considerando 𝑡
o instante em que a distância d entre o helicóptero e o avião for mínima, assinale a alternativa
correta.
𝛿𝑢
a) A distância percorrida pelo helicóptero no instante em que o avião alcança o ponto 𝑂 é .
𝑣
𝛿𝑣 2
b) A distância do helicóptero ao ponto O no instante 𝑡 é igual a .
𝑢2 +𝑣 2
𝛿𝑣 2
c) A distância do avião ao ponto O no instante t é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑣
d) O instante 𝑡 é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑢
e) A distância 𝑑 é igual a .
√𝑣 2 +𝑢2
Comentários:
Vamos adotar o referencial no avião, dessa forma podemos escrever as seguintes velocidades
para o problema:
Notamos que ao adotar o avião como referencial, passamos a ver o helicóptero andar na
direção de 𝑥, com velocidade 𝑢 no sentido de 𝑂 para 𝑃. A trajetória do helicóptero neste referencial
será dada pela reta 𝑂𝑋.
No momento em que a distância é mínima, de acordo com a geometria plana, podemos dizer
que 𝑂𝑋 é perpendicular a 𝑃𝑋. Com isso, podemos dizer que:
𝑥
𝑐𝑜𝑠𝛽 =
𝛿
Ao somar os vetores 𝑢
⃗ 𝑒 𝑣 , temos que:
𝑢
cos 𝛽 =
√𝑢2 + 𝑣 2
Unindo as duas relações, chegamos a:
𝛿𝑢
𝑥=
√𝑢2 + 𝑣 2
No momento em que a distância é mínima, o tempo é dado por:
𝑥 𝛿𝑢
𝑡= =
√𝑢2 + 𝑣 2 𝑢2 + 𝑣 2
𝑑𝐴𝑂 = 𝛿 − 𝑢. 𝑡
𝛿𝑣 2
𝑑𝐴𝑂 = 2
𝑣 + 𝑢2
Portanto, a alternativa correta é a “c”. A alternativa “a” está incorreta, pois, a distância
percorrida pelo helicóptero é:
𝛿
𝑦 = 𝑣. Δ𝑡𝑎𝑣𝑖𝑎𝑜 = 𝑣.
𝑢
Gabarito: “c”.
19. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:
𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡
Comentários:
Existem, ao menos, dois métodos para a resolução dessa questão.
Primeiro método: pela posição horária. Vamos supor que a origem do espaço e do tempo são
definidas quando a frente do navio mais veloz está paralelamente a traseira do navio mais lento. O
final do movimento será quando a popa (traseira) do navio mais veloz está na frente da proa (parte
da frente) do outro navio.
Assim, vamos escrever a função horária do espaço para cada embarcação:
• Navio mais veloz: 𝑠1 = 0 + 𝑣1 ⋅ 𝑡
• Navio mais lento: 𝑠2 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡
Quando o navio mais veloz finaliza a ultrapassagem, dizemos que:
𝑠1 = 𝑠2 + 𝑑1
Logo:
𝑣1 ⋅ 𝑡 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡 + 𝑑1
𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
Segundo método: pela velocidade relativa dos dois móveis. Se adotarmos o referencial no
navio mais lento, teremos que a velocidade do navio mais rápido passa a ser a diferença das
velocidades. Assim, tudo se passa como o navio mais lento estivesse parado e o deslocamento do
navio mais rápido seria a frente a traseira dele passar pela frente do outro. Isto é, a distância relativa
percorrida seria de 𝑑1 + 𝑑2 .
Dessa forma:
𝑑𝑟𝑒𝑙
𝑣𝑟𝑒𝑙 =
Δ𝑡
𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
A segunda forma é mais rápida, entretanto, requer um raciocínio mais elaborado.
Gabarito: “b”.
20. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:
Comentários:
Considere que um primeiro carro vai do primeiro para o segundo semáforo com velocidade
de 45 km/h. Então, podemos dizer que a distância entre os semáforos será:
𝑑 = 45 ⋅ 𝑡
Um segundo carro, andando a 50 km/h passa pelo primeiro semáforo (indicação do painel) e
dentro de 8 segundos o painel alterará sua velocidade para 60 km/h.
8
Portanto, o segundo carro terá (𝑡 − ) para percorrer a mesma distância com velocidade
3600
de 50 𝑘𝑚/ℎ. Então, podemos escrever a distância percorrida pelo segundo carro:
8
𝑑 = 50 ⋅ (𝑡 − )
3600
Isolando 𝑡 na primeira equação e substituindo-se na segunda, temos:
𝑑 8
𝑑 = 50 ⋅ ( − )
45 3600
50 50.8
𝑑⋅ −𝑑 =
45 3600
5 50.8
𝑑⋅ =
45 3600
𝑑 = 1,0 𝑘𝑚
Gabarito: “d”.
21. (2007/ITA)
Considere que num tiro de revolver, a bala percorre trajetória retilínea com velocidade V
constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura abaixo, o aparelho 𝑀1
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho 𝑀2 . Sendo 𝑉𝑠 a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos 𝑀1 e 𝑀2 em relação ao alvo Q é:
𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉𝑠 − 𝑉 ) 𝑉 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 + 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
a) b) c) d) e)
𝑉 2 − 𝑉2𝑠 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉 2 + 𝑉𝑠2
Comentários:
Inicialmente, calculamos o intervalo de tempo que a bala leva para chegar até o alvo em Q.
̅̅̅̅
𝑃𝑄
Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎→𝑎𝑙𝑣𝑜 =
𝑉
Depois, vamos calcular o intervalo de tempo do som do disparo ir de P até 𝑀1 :
̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1
Δ𝑡𝑠𝑜𝑚→𝑀1 =
𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 𝑃𝑄 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 + ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 𝑉 + 𝑉𝑠
= + ⇒ = + ⇒ = (1)
𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 𝑉 − 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅2 ̅̅̅̅
𝑃𝑀 𝑃𝑄 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉
= + ̅̅̅̅̅̅2 = 𝑠 . ̅̅̅̅
⇒ 𝑃𝑀 𝑃𝑄 + ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2
𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 𝑉
̅̅̅̅̅̅2 )2 = (̅̅̅̅
E da geometria do problema, temos que: (𝑃𝑀 𝑃𝑄 )2 + (̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 )2 .
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2 2
( 𝑃𝑄 + 𝑄𝑀2 ) = (̅̅̅̅
𝑃𝑄) + (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 )
𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2 2
( 𝑃𝑄 + 𝑄𝑀2 ) − (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) = (̅̅̅̅
𝑃𝑄)
𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2
̅̅̅̅)2
( 𝑃𝑄) + 2 ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 + (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) − (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) = (𝑃𝑄
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 2
( 𝑃𝑄) + 2 ⋅ ̅̅̅̅
𝑃𝑄 ⋅ ̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 = (̅̅̅̅
𝑃𝑄)
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2
2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄) − ( 𝑃𝑄)
𝑉 𝑉
2
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 𝑉 𝑠 ̅̅̅̅)2 ]
̅̅̅̅) − [( ) ⋅ (𝑃𝑄
2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2 ⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑃𝑄 ⋅ − ( ) ]
[1
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2 ⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑃𝑄 ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉 + 𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ⋅ + 𝑄𝑀1 ) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉 + 𝑉𝑠 𝑉𝑠 2
2⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑄𝑀1 ⋅ ( + 1) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉
𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 + 𝑉𝑠 𝑉2
( + 1 ) ⋅ (1 − 𝑠2 )
𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉
𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 + 𝑉𝑠 − 𝑉 + 𝑉𝑠 ⋅ 𝑉𝑠2 + 1 − 𝑉𝑠2
𝑉 − 𝑉 𝑠 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉 2 𝑉2
𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 2 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
− + −
(𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉 2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 𝑉2 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 − (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 + (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 − 𝑉 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) − (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 + (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 + 𝑉 − 𝑉𝑠 ) − 𝑉𝑠2 (𝑉 + 𝑉𝑠 + 𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉) − 𝑉𝑠2 (𝑉 + 𝑉)
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ 2 ⋅ 𝑉 − 𝑉𝑠2 ⋅ 2 ⋅ 𝑉
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 2 ⋅ 𝑉 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 2 ⋅ 𝑉 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
̅̅̅̅̅̅̅
= 2 = 2 ⋅ 𝑉𝑠 ⋅
𝑄𝑀2 2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠2 ) 2 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 )
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 ⋅ (𝑉 − 𝑉 𝑠 )
̅̅̅̅̅̅̅
= 𝑉 𝑠 ⋅ =
𝑄𝑀2 (𝑉2 − 𝑉𝑠2 ) (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
Gabarito: “a”.
22. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?
a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas
d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta
Comentários:
A distância total é de 20 𝑘𝑚. Se o motorista viajar durante 15 𝑚𝑖𝑛 com velocidade de
40 𝑘𝑚/ℎ, ele deslocará:
𝑘𝑚 15
Δ𝑠1 = 40 . ℎ = 5,0 𝑘𝑚
ℎ 60
Assim, restarão 15 𝑘𝑚. No último trecho ele deverá andar a uma velocidade que compensará
o fato dele andar mais lento no primeiro, de forma que a velocidade escalar média (𝑣𝑚 ) dele nos
20 𝑘𝑚 seja 80 𝑘𝑚/ℎ. Então, vamos calcular 𝑣𝑚 :
Δ𝑠
𝑣𝑚 =
Δ𝑡
20
80 =
15
+ Δ𝑡2
60
15 20
+ Δ𝑡2 =
60 80
1 1
+ Δ𝑡2 =
4 4
Δ𝑡2 = 0
Se nenhum tempo restou para ser gasto no segundo trecho, temos que a velocidade média
almejada é impossível de ser estabelecida nas circunstâncias propostas.
Gabarito: “c”.
23. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?
Comentários:
A área do gráfico 𝑣 × 𝑡 representa, numericamente, a variação do espaço. Assim, devemos
calcular a área abaixo da curva de cada móvel:
a) Variação de espaço para o móvel 1:
30 ⋅ 6
Á𝑟𝑒𝑎1 = = 90 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠1 = 90 𝑚
30 ⋅ 10
Á𝑟𝑒𝑎2 = = 150 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠2 = 150 𝑚
12 ⋅ 40
Á𝑟𝑒𝑎3 = = 240 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠3 = 240 𝑚
Logo, os carros 2 e 3 terão variação de espaço maior que 140 m e ultrapassarão o segundo
farol.
Gabarito: “b”.
24. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:
2.4
Δ𝑠𝐴 = =4𝑚
2
Δ𝑠𝐵 = 0
E nos primeiros 3 𝑠:
Δ𝑠𝐴 = 4 + 4(3 − 2) = 8 𝑚
(−2)(3 − 2)
Δ𝑠𝐵 = 0 + = −1 𝑚
2
A distância entre os móveis é de:
9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”
Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas.
O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno,
no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque
pela opção “Fórum de Dúvidas”.
10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.
11 - VERSÃO DE AULA