Você está na página 1de 92

Livro

AulaDigital
00 –
Introdução à
Física e à
cinemática
Medicina - FUVEST 2021

Professor Lucas Costa


Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 4
Conheça a instituição .................................................................................................................... 4
Como é o vestibular FUVEST? ........................................................................................................ 4
Quais as estatísticas mais relevantes do vestibular de medicina FUVEST? .................................... 5
Medicina – FMUSP – São Paulo ................................................................................................. 6
Medicina – FMRP – Ribeirão Preto ............................................................................................ 6
Medicina – FOB/USP – Bauru .................................................................................................... 6
Como é a prova de Física da FUVEST? ........................................................................................... 7
Metodologia do curso ................................................................................................................... 8
Cronograma de aulas .................................................................................................................... 9
Fórum de dúvidas........................................................................................................................ 11
Apresentação Pessoal ................................................................................................................. 12
1 - Considerações iniciais ................................................................................................................ 13
2 - Conceitos iniciais: uma introdução à Física ................................................................................ 13
2.1 - O Sistema Internacional de Unidades (SI) ............................................................................ 13
2.2 - Algarismos significativos ..................................................................................................... 17
2.2.1 – Arredondamentos ........................................................................................................ 18
2.3 - Notação científica e ordem de grandeza ............................................................................. 18
2.3.1 - A notação científica ...................................................................................................... 18
2.3.2 - A ordem de grandeza.................................................................................................... 18
3 – O estudo dos vetores................................................................................................................. 20
3.1 - Regra do Paralelogramo ..................................................................................................... 21
3.1.1 – A lei dos senos.............................................................................................................. 21
3.1.2 – A Lei dos cossenos ........................................................................................................ 21
4 - Movimento: deslocamento e velocidade .................................................................................... 24
4.1 - Conceitos importantes ........................................................................................................ 25
4.1.1 - Instante e intervalo de tempo ....................................................................................... 25
4.1.2 - Ponto material e corpo extenso .................................................................................... 25
4.1.3 - Referencial, movimento e repouso ................................................................................ 26
4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial ............................................................... 26
4.1.5 - Trajetória...................................................................................................................... 27
4.1.6 - Velocidade .................................................................................................................... 28

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 2


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4.1.7 - Tipos de movimento ..................................................................................................... 28


4.2 O movimento retilíneo e uniforme ......................................................................................... 28
4.2.1 - A velocidade para o MRU ............................................................................................. 29
4.2.2 - A equação horária do movimento uniforme: ................................................................ 31
4.2.3 - A relação entre 𝑘𝑚/ℎ e 𝑚/𝑠: ....................................................................................... 31
4.2.4 - A velocidade escalar média........................................................................................... 32
4.2.5 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniforme ............................................................ 35
5 - Resumo da aula em mapas mentais .......................................................................................... 38
6 - Lista de questões ....................................................................................................................... 39
6.1 - Já caiu na FUVEST ............................................................................................................... 39
6.2 - Já caiu nos principais vestibulares ....................................................................................... 43
7 - Gabarito das questões sem comentários ................................................................................... 51
7.1 - Já caiu na FUVEST ............................................................................................................... 51
7.2 - Já caiu nos principais vestibulares ....................................................................................... 51
8 - Questões resolvidas e comentadas ............................................................................................ 52
8.1 - Já caiu na FUVEST ............................................................................................................... 52
8.2 - Já caiu nos principais vestibulares ....................................................................................... 64
9 - Considerações finais .................................................................................................................. 92
10 - Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 92
11 - Versão de Aula ......................................................................................................................... 92

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 3


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

INTRODUÇÃO

Querido aluno, a finalidade deste curso é oferecer um curso extensivo para a resolução das
questões objetivas de física do vestibular FUVEST 2021. Espero que esse curso seja proveitoso para
que você consiga alcançar os seus objetivos.
O meu curso terá como foco a resolução do maior número possível de questões de
vestibulares anteriores, aliado a mapas mentais que facilitarão a memorização do conteúdo
teórico. Tudo isso para que o aprendizado seja rápido, direcionado e eficaz.

CONHEÇA A INSTITUIÇÃO

A FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) é responsável pelas provas para ingresso
na USP (Universidade de São Paulo) e é um dos vestibulares mais concorridos do Brasil.
No ano de 2018, o vestibular foi reestruturado e o processo seletivo passou a
permitir inscrições por modalidades de vagas, ou seja, ao escolher sua carreira e seu curso, o
vestibulando tem três opções:
Vagas de ação
Vagas de ampla Vagas de ação afirmativa
afirmativa escola
concorrência preto, pardo e índigena
pública
(AC) (PPI)
(EP)

Destinam-se aos
Destinam-se aos candidatos e
candidatos que, autodeclarados pretos,
Destinam-se a todos
independentemente da pardos e indígenas que,
os candidatos sem
renda, tenham cursado independentemente da
exigência de nenhum
integralmente o ensino renda, tenham cursado
pré-requisito
médio em escolas integralmente o ensino
públicas médio em escolas
públicas.

COMO É O VESTIBULAR FUVEST?

• A primeira fase é objetiva (fechada), composta por 90 questões e com 5 horas de duração;
• Os candidatos são convocados para a segunda fase em quantidade correspondente a 4 vezes
o número de vagas ofertada para a carreira de escolha.
• A segunda fase é constituída por duas provas discursivas: a primeira de Língua Portuguesa e
Redação, a segunda de conhecimentos específicos.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 4


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

As disciplinas específicas da segunda prova da 2ª fase para medicina foram:

Vestibular Disciplinas específicas

Medicina – São Paulo Física, Química e Biologia (4 questões por disciplina)

Medicina – Bauru Geografia, Química e Biologia (4 questões por disciplina)

Medicina – Ribeirão Preto Geografia, Química, Biologia e Física (3 questões por


disciplina)

QUAIS AS ESTATÍSTICAS MAIS RELEVANTES DO VESTIBULAR DE MEDICINA FUVEST?

Nos últimos cinco anos, as vagas ofertadas pelas faculdados foram:

Em relação à concorrência, no ano de 2018 a carreira de Medicina foi a mais concorrida: foram
15.55 Em relação à concorrência, no ano de 2018 a carreira de Medicina foi a mais concorrida: foram
15.557 inscritos para 135 vagas, totalizando uma relação de 115,24 candidato/vaga, sendo o campus
de São Paulo o mais concorrido.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 5


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Num primeiro momento você pode pensar que é melhor tentar a FMUSP do que a FMRP por
causa da quantidade de vagas ofertadas, mas somente isso não é suficiente, a nota de corte e
número de inscritos também importam.
Abaixo, inseri a nota de corte para ampla concorrência de 2015 a 2018 e para o vestibular
2019 coloquei as notas de corte das três modalidades de entrada: ampla concorrência, candidato
escola pública e PPI.

Medicina – FMUSP – São Paulo

FMUSP - Notas de Corte


80
76
75 73 73
72
69
70
65
65

60 58

55

50
2015 2016 2017 2018 2019

Ampla Concorrência Candidatos Escola Pública PPI

Medicina – FMRP – Ribeirão Preto

FMRP - Notas de Corte


75
72 72 72
70
69
70

65
62

60

54
55

50
2015 2016 2017 2018 2019

Ampla Concorrência Candidatos Escola Pública PPI

Medicina – FOB/USP – Bauru


O vestibular da FOB/USP é recente e apresenta poucos dados para elaboração de um gráfico.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 6


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

COMO É A PROVA DE FÍSICA DA FUVEST?

Segundo o manual do candidato, especificamente para a disciplina de Física, foi esperado que
o candidato soubesse aplicar as relações teóricas aprendidas em situações do mundo
contemporâneo.
Dessa forma, o candidato não deve somente memorizar e aplicar as fórmulas neste curso
explicitadas. É necessário que se faça a compreensão das relações por elas expressas e que estas
sejam utilizadas como um instrumento para a compreensão do mundo que o cerca.
Pensando no seu preparo, dividi o conteúdo de Física segundo o esquema a seguir:

Aulas 00, 01, 02,


Mecânica
03, 04, 05 e 06

Termologia Aulas 07, 08 e 09

Ondulatória Aulas 10, 11 e 12

Física Óptica Aula 13 e 14

Eletricidade Aulas 15 e 16

Magnetismo Aulas 17 e 18

Física Moderna,
Radioatividade e Aula 19
outros assuntos.

Achou 7 aulas um número grande de aulas de Mecânica?


O vestibular da FUVEST cobrou um total de 490 conteúdos da disciplina Física desde 1999,
dos quais 202 eram algum conceito relacionado à Mecânica.
Quando você estiver estudando um dos 7 tópicos expostos abaixo é sugerido que você siga a
sequência das aulas. Por exemplo: estude a Mecânica na sequência da Aula 00 até a Aula 06. Isso é
importante pois as questões abordadas na Aula 01 exigirão conceitos vistos na Aula 00, e assim
sucessivamente.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 7


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Conteúdos de Física/FUVEST desde 1999


Outros
Moderna
3%
3%
Magnetismo
7%

Ondulatória
7%

Mecânica
41%

Óptica
10%

Termologia
11%

Eletricidade
18%
Mecânica Eletricidade Termologia Óptica Ondulatória Magnetismo Moderna Outros

METODOLOGIA DO CURSO

Com o intuito de facilitar a sua preparação, elaborei um material completo, ele foi dividido
da seguinte forma:

vamos estudar os mais importantes tópicos da TEORIA de Física, tanto nos Livros Eletrônicos
(aulas em .pdf) quanto em videoaulas

depois revisar o conteúdo teórico por meio MAPAS MENTAIS

praticar o que foi aprendido em QUESTÕES de provas recentes e/ou inéditas elaboradas a
partir dos tópicos mais cobrados

e nos aprimorar com SIMULADOS elaborados com questões inéditas

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 8


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Teoria com linguagem Referência às questões


METODOLOGIA
direta e objetiva mais cobradas em prova

Resolução e comentários Fixação através de


Resolução e comentários
em questões de provas resumos em formato de
em questões de fixação
anteriores mapas mentais

Estimular a auto
preparação de resumos e
revisões peródicas
Aprovação!!!

CRONOGRAMA DE AULAS

Acompanhe o cronograma de lançamento das aulas de Física na área do aluno, no site do


Estratégia Vestibulares. Quanto à divisão por conteúdos, elaborei o seguinte planejamento:

Aula Título Descrição do conteúdo

FRENTE 1 - MECÂNICA

Introdução à Física e Conceitos iniciais da Física: O Sistema Internacional de Unidades,


à cinemática. notação científica e ordem de grandeza. Estudo dos vetores.
00
Movimento: deslocamento e velocidade. Descrição de movimentos:
movimento linear uniforme.

Movimento Descrição de movimentos: movimento uniformemente variado;


uniformemente movimento bidimensional (composição de movimentos);
01 variado, movimento circular.
bidimensional e
circular.

Dinâmica: as leis de Forças de ação e reação. Relação entre força e aceleração. Força
02 Newton e suas peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta. Inércia e sua
aplicações. relação com sistemas de referência. Composição de forças.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 9


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Energia mecânica: Energia cinética. Trabalho e variação de energia cinética. Sistemas


trabalho, potência e conservativos: energia potencial, conservação de energia mecânica.
03
conservação. Trabalho de uma força. Potência. Sistemas dissipativos: conservação
da energia total.

O equilíbrio de Condições de equilíbrio, centro de massa. Momento de força e


corpos extensos. máquinas simples. Forças modificando movimentos: variação da
04
Forças modificando quantidade de movimento, impulso de uma força, colisões.
movimentos. Conservação da quantidade de movimento (escalar e vetorial).

A gravitação. O Sistema Solar: evolução histórica de seus modelos. O surgimento


do Universo e sua evolução. Lei da Gravitação Universal. Campo
05
gravitacional. Significado de g. Movimento dos corpos celestes,
satélites e naves no espaço.

Hidroestática e Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos. Pressão em


06 fluidodinamica: o gases. Pressão atmosférica. Empuxo e condições de equilíbrio em
estudo dos fluidos. fluidos. Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.

FRENTE 2 - TERMOLOGIA

Termologia. Calor, temperatura e equilíbrio térmico. Interpretação cinética da


temperatura e escala absoluta de temperatura. Propriedades
07 térmicas dos materiais: calor específico (sensível), dilatação térmica,
condutividade térmica, calor latente (mudanças de fase). Processos
de transferência de calor.

Estudo dos gases. Propriedades dos Gases Ideais. Conservação da energia: equivalente
08
mecânico do calor, energia interna.

Noções de Irreversibilidade e limitações em processos de conversão


09
Termodinâmica. calor/trabalho. Máquinas térmicas e seu rendimento.

FRENTE 3 - ONDULATÓRIA

O estudo das ondas. Ondas e suas características. Ondas mecânicas: propagação,


10 superposição e outras características. Reflexão, refração, difração e
interferência de ondas. Som: propagação e outras características.

Ondas estacionárias. Superposição de pulsos. Ondas estacionárias em cordas. Ondas


11
estacionárias em tubos sonoros.

Ondas Luz: natureza eletromagnética, cor, dispersão. Luz: propagação,


12 eletromagnéticas. trajetória e outras características. Ondas eletromagnéticas: fontes,
características e usos das diversas faixas do espectro
eletromagnético. Modelo qualitativo para transmissão e recepção de

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 10


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

ondas eletromagnéticas. Descrição qualitativa do funcionamento de


comunicadores (rádios, televisores, telefones). Óptica geométrica.

FRENTE 4 - ÓPTICA

13 Refração e Reflexão. Imagens obtidas por espelhos planos: reflexão e refração

Espelhos esféricos e Imagens obtidas por lentes e por espelhos esféricos: reflexão e
14 lentes. refração. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e
lentes corretivas).

FRENTE 5 - ELETROMAGNETISMO

Eletrostática. Carga elétrica: quantização e conservação. Campo e potencial


15 elétrico. Interação entre cargas: força e energia potencial elétrica.
Eletrização; indução eletrostática.

Eletrodinâmica. Corrente Elétrica: abordagem macroscópica e modelo microscópico.


Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade;
16 condutores e isolantes. Dissipação de energia em resistores.
Potência elétrica. Relação entre corrente e diferença de potencial
(materiais ôhmicos e não ôhmicos). Circuitos simples.

Magnetismo I Campos magnéticos e ímãs. Campo magnético terrestre. Modelo


17
microscópico para ímãs e propriedades magnéticas dos materiais.

Magnetismo II Correntes gerando campos magnéticos (fios e bobinas). Ação de


campos magnéticos: força sobre cargas e correntes. Indução
18 eletromagnética. Princípio de funcionamento de eletroímãs,
transformadores e motores. Noção de corrente alternada. Fontes de
energia elétrica: pilhas, baterias, geradores.

FRENTE 6 – FÍSICA MODERNA

Física moderna. Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de


intensidades e alcances. Estrutura da matéria. Modelo atômico: sua
utilização na explicação da interação da luz com diferentes meios.
Conceito de fóton. Fontes de luz. Estrutura nuclear: constituição dos
19
núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade, fissão e
fusão. Energia nuclear. Riscos, benefícios e procedimentos
adequados para o uso de radiações. Fontes de energia, seus usos
sociais e eventuais impactos ambientais.

FÓRUM DE DÚVIDAS

O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o


esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno,

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 11


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque


pela opção “Fórum de Dúvidas” dentro de área do aluno.

APRESENTAÇÃO PESSOAL

Para os que não me conhecem, meu nome é Lucas Costa e sou bacharel em Engenharia
Química, formado pela Universidade Federal Fluminense (2016) – UFF. Nessa mesma instituição
obtive o grau de Mestre em Engenharia Química em 2018.
Em 2009 obtive êxito nos seguintes vestibulares:
• 1º lugar em Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca -CEFET-RJ
• 6º lugar em Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
• 3º lugar geral para engenharias através do ENEM na Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro (PUC-RJ)
• Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
• Engenharia Química na Universidade Federal Fluminense – UFF
• Engenharia Química na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Consegui esses resultados pelo uso de um material direcionado e alinhado com as provas
anteriores do vestibular pretendido, isso é a chave para a aprovação.
Conte comigo em sua caminhada, e para ficar sabendo de todas as notícias relativas aos mais
diversos vestibulares ocorrendo em nosso país, recomendo que você siga as mídias sociais do
Estratégia Vestibulares. Sinta-se também convidado a seguir o meu perfil, no qual trarei questões
resolvidas e mais dicas para sua preparação.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 12


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula 00, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• O Sistema Internacional de Unidades, algarismos significativos e a notação científica.
• Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).
• Estudo dos vetores.
• Descrição de movimentos: movimento linear uniforme.
Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.

Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.

2 - CONCEITOS INICIAIS: UMA INTRODUÇÃO À FÍSICA


Querido aluno, este pequeno capítulo é essencial para a correta resolução de, praticamente,
todas as questões da disciplina de Física do seu vestibular. Você já se deparou com algum colega
incapaz de conseguir gabaritar uma questão de Física, mesmo sabendo resolvê-la? Ele
provavelmente se esqueceu de algum dos pequenos conceitos aqui abordados.
Tenha a atenção redobrada neste tópico, que apesar de trazer conceitos simples, é capaz de
ser o diferencial necessário para a sua aprovação.

2.1 - O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)

Em provas objetivas, as alternativas costumam apresentar a unidade correta para a resposta


desejada. Já em provas discursivas, a sua resposta numérica deve vir acompanhada de alguma
unidade de medida em todas as questões de Física, com exceção das grandezas adimensionais.
Apesar de acreditar que o bom aluno será capaz de absorver naturalmente a informação
durante a resolução das questões, é recomendado ao estudante que decore estas unidades, pois a
maioria das questões cobra que as respostas sejam dadas segundo esse padrão. As sete unidades
base do SI são apresentadas a seguir:

kg
cd m

mol
SI s

K A

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 13


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

De forma mais detalhada, temos:

Grandeza Unidade de base Símbolo

comprimento metro [m]

massa quilograma [kg]

tempo, duração segundo [s]

corrente elétrica ampere [A]

temperatura kelvin [K]


termodinâmica

quantidade de mol [mol]


substância

intensidade luminosa candela [cd]


Tabela 00.1 – Grandezas de base a suas respectivas unidades do SI

Todas as outras grandezas decorrem das grandezas de base e são medidas a partir de
unidades derivadas. Seguem exemplos de algumas grandezas derivadas:

Grandeza derivada Símbolo Unidade derivada Símbolo

área 𝐴 metro quadrado m2

volume 𝑉 metro cúbico m3

velocidade 𝑣 metro por segundo m/s

aceleração 𝑎 metro por segundo ao quadrado m/s2

número de ondas 𝜎, 𝑣̃ inverso do metro m-1

massa específica 𝜌 quilograma por metro cúbico kg/m3

campo magnético 𝐻 ampere por metro A/m

concentração 𝑐 mol por metro cúbico mol/m3

concentração de massa 𝜌, 𝛾 quilograma por metro cúbico kg/m3

índice de refração 𝑛 um 1

permeabilidade relativa 𝜇𝑟 um 1
Tabela 00.2 – Principais grandezas derivadas e as suas respectivas unidades derivadas

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 14


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Existem grandezas adimensionais, as quais possuem como unidade para o SI o número 1.


Essa unidade não deve ser representada para fins de prova.
Algumas unidades derivadas recebem nomenclaturas especiais, seja como forma de
homenagear o pesquisador que tenha trabalhado no tema relacionado à unidade, seja para
simplificar uma unidade que ficaria muito extensa.

Nome escolhido para Expressão em termos


Grandeza derivada Símbolo
a Unidade derivada de outras unidades

ângulo plano 𝑟𝑎𝑑 radiano m/m = 1

frequência 𝐻𝑧 hertz s-1

força 𝑁 newton m kg s-2

pressão, tensão 𝑃𝑎 pascal N/m2 = m-1 kg s-2

energia, trabalho, quantidade de


𝐽 joule N m = m2 kg s-2
calor

potência, fluxo de energia 𝑊 watt J/s = m2 kg s-3

carga elétrica, quantidade de


𝐶 coulomb sA
eletricidade

diferença de potencial elétrico 𝑉 volt W/A = m2 kg s-3 A-1

resistência elétrica 𝛺 ohm V/A = m2 kg s-3 A-2

indução magnética 𝑇 tesla Wb/m2 = kg s-2 A-1


Tabela 00.3 – Grandezas derivadas de nomenclatura especial e o nome atribuído a unidade derivada

Infelizmente, existem regiões do planeta que insistem em utilizar outros sistemas de medidas,
sendo o caso do Sistema Imperial, usado nos Estados Unidos da América, o caso mais emblemático.
Há também outras unidades que fazem parte do nosso cotidiano como minutos, horas,
toneladas, dias, litros etc. Essas unidades possuem equivalência com o SI, e sempre que essa
equivalência for relevante para fins de prova, elas serão trazidas explicitamente no material.
Algumas unidades pouco usuais costumam ter as suas equivalências expressas nas próprias
questões. Na tabela abaixo seguem exemplos das unidades não pertencentes ao SI:

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI

tempo minuto min 1 min = 60 s

tempo hora h 1 h = 3600 s

tempo dia d 1 d = 86400 s

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 15


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

volume litro L ou l 1 L = 1 dm3

massa tonelada t 1 t = 1000 kg

pressão bar bar 1 bar = 100 kPa

pressão milímetro de mercúrio mmHg 1 mmHg ≅ 133,3 Pa

comprimento angstrom2 Å 1 Å = 10-10 m

comprimento milha náutica M 1 M = 1852 m

força dina dyn 1 dyn = 10-5 N


Tabela 00.4 – Unidades usuais e não pertencentes ao SI

Finalmente, os prefixos do SI são um conjunto de múltiplos e submúltiplos das unidades do


SI. Eles são usados para representar valores muito maiores ou muito menores do que a unidade do
SI usada sem o prefixo.
Alguns desses prefixos são tão usuais que muitos pensam ser uma unidade de fato, como é o
caso do quilômetro. O quilômetro [km] nada mais é que a unidade de comprimento metro [m]
acrescida do prefixo quilo, que equivale a 1000, ou 103. Desse modo, um quilômetro corresponde a
1000 metros.
Alguns dos outros prefixos do SI são trazidos na tabela a seguir:

Símbolo Nome Fator Fator Nome Símbolo

d deci 10-1 101 deca da

c centi 10-2 102 hecto h

m mili 10-3 103 quilo k

µ micro 10-6 106 mega M

n nano 10-9 109 giga G

p pico 10-12 1012 tera T

f femto 10-15 1015 peta P

a atto 10-18 1018 exa E

z zepto 10-21 1021 zetta Z

y yocto 10-24 1024 yotta Y

Tabela 00.5 – Os prefixos do SI

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 16


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

2.2 - ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Vamos fazer a leitura do comprimento de um objeto representado pelo traço de cor


vermelha. Suponha que você tenha à sua disposição duas réguas: uma graduada nos centímetros e
outra nos milímetros. Qual seria a leitura que você faria em cada caso?

Na primeira régua, um valor como 6,4 seria considerado uma medida correta. Isso acontece
porque o 6 é um algarismo efetivamente lido por meio do aparelho, ao passo que o 4 é um algarismo
duvidoso. Alguém poderia ter lido o valor como 6,5 e essa leitura também estaria correta.
Já na segunda régua, é esperada uma medida como 6,57. Nesse caso os algarismos 6 e 5 são
efetivamente lidos, ao passo que o 7 é um algarismo duvidoso.
Os algarismos significativos de uma medida são todos os algarismos efetivamente lidos por
uma pessoa utilizando algum aparelho como uma balança, régua ou qualquer outro instrumento de
aferição, acrescidos de mais um algarismo, denominado algarismo duvidoso, que vem ao final da
leitura.
Portanto, a leitura 6,4 é composta por um algarismo efetivamente lido e um duvidoso,
somando dois algarismos significativos. Por outro lado, a leitura 6,57 é composta por dois algarismos
efetivamente lidos e mais um duvidoso, sendo assim, ela é mais precisa em comparação à primeira
leitura.

A régua graduada nos milímetros tem uma precisão maior, isso nos permite
colher um número maior de algarismos significativos a cada leitura, quando comparada
à régua graduada nos centímetros.

Se uma medida é apresentada como 3,000 kg, dizemos que ela possui 4 algarismos
significativos e que a precisão do instrumento vai até o centigrama, pois o algarismo duvidoso está
na casa dos miligramas. Não confunda com 0,0030 kg: nesse caso os três primeiros zeros nada
aferiram, então não são considerados algarismos significativos.
Quando encontramos um valor como 4,45 ou 4,45 ∙ 104 , é fácil identificarmos que 3
algarismos significativos são fornecidos. O problema está em um valor como 4000 ou 2500. Nesses
casos, quantos algarismos significativos são fornecidos?

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 17


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

O mais usual é que se considerem os 4 como algarismos significativos. Porém, existem provas
que podem considerar somente um ou dois algarismos significativos nessas leituras. Para sanar
problemas como esse, é recomendado o uso da notação científica.

2.2.1 – Arredondamentos
Arredondamentos são muito úteis quando temos mais algarismos significativos do que
podemos representar.
Suponha que você tenha medido a massa de uma bolinha de gude com uma balança com 4
algarismos significativos e tenha encontrado o valor de 4,892 g. Como esse valor seria escrito com
3, 2 e 1 algarismo significativo, usando arredondamentos?

1 algarismo
significativo
3 algarismos

2 algarismos
significativos

significativos

4,89g 4,9 g 5g
2.3 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA

2.3.1 - A notação científica


A notação científica nada mais é do que a escrita de valores utilizando potências de 10. Ela
deve ser composta por dois termos, o primeiro sempre superior ao número 1 e inferior ao número
10, e o outro uma potência de 10. Tal como no exemplo abaixo:

2,0 ∙ 105

A notação científica é útil para expressar valores muito grandes ou muito pequenos, facilitar
contas e eliminar dúvidas quanto ao número de algarismos significativos de uma medida.
Como descobrir o número a qual a potência de dez deve ser elevada?
Contando-se o número de casas decimais da posição onde ela deve parar até a última casa à
direita no valor original.

7600 7,6,0,0, 7,6 . 103


No exemplo anterior foram usados dois algarismos significativos. Isso não decorreu de
nenhuma regra, foi somente uma preferência pessoal.

2.3.2 - A ordem de grandeza


A ordem de grandeza é uma estimativa usada quando não se tem certeza quanto a um valor
e busca-se somente um guia, um valor próximo ao real.
Uma ordem de grandeza é retirada de uma notação científica: caso o valor anterior a
potência de 10 na notação científica seja inferior a √𝟏𝟎, aproximadamente 3,16, então somente a
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 18
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

potência de 10 é mantida. Caso o valor anterior seja superior a √𝟏𝟎, então a potência de 10 é
acrescida de um em seu expoente.

A ordem de grandeza
Valor anterior à
será a potência de 10
potência de 10
acrescida de uma
maior que 3,16
unidade.
Notação científica
Valor anterior à A ordem de grandeza
potência de 10 será a própria
menor que 3,16 potência de 10.

Note que no exemplo abaixo o 7,6 é maior que 3,16. Por isso, a ordem de grandeza
proveniente de 7,6 ∙ 103 deverá ser 104 .

7600 7,6 . 103 104


(leitura (notação (ordem de
bruta) científica) grandeza)
Existem autores que adotam a referência no valor 5,00, ao invés de √10. Com isso, teremos
um problema na região entre 3,16 e 5,00: devemos acrescer um algarismo à potência de dez nesses
casos?
Os elaboradores de provas costumam evitar que as respostas finais fiquem nesse intervalo.
Outra tática das bancas é pedir para o candidato responder “o valor mais próximo” ou invés da
ordem de grandeza. Nesse caso, use o 5 no lugar de √10, como valor referência para acrescer ou
não a casa extra na potência de 10.
De qualquer forma, dentro do mundo acadêmico a forma mais aceita é que a ordem de
grandeza proveniente da notação científica deverá ser a potência de 10 acrescida de uma unidade
quando o valor a frente é superior a √10.

O valor √𝟏𝟎 não é escolhido de forma aleatória.


Perceba que a ordem de grandeza representa uma potência de base 10. Portanto, é
razoável que a metade entre 102 e 103 , por exemplo, seja 102,5.
Dessa forma, o limiar entre uma ordem de grandeza e a seguinte deverá ser 100,5, que
é equivalente a 101/2, ou √10.

Por fim, vamos converter alguns valores em notação científica e depois em ordem de grandeza:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 19


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Número de algarismos
Valor original Notação científica Ordem de grandeza
significativos pretendido

3100 2 3,1 ∙ 103 103

8389 2 8,4 ∙ 103 104

0,00008389 2 8,4 ∙ 10−5 10−4

0,00002 4 2,000 ∙ 10−5 10−5

1009,84 3 1,01 ∙ 103 103

5 2 5,0 ∙ 100 101

3 – O ESTUDO DOS VETORES

Figura 00.01 – Um móvel se deslocando em uma trajetória retilínea.

Suponha uma partícula se deslocando em linha reta. Ela poderá somente andar em uma
direção. Já em relação ao sentido de seu movimento ela poderá se deslocar da direita para a
esquerda ou vice-versa. O módulo de sua velocidade é uma maneira de quantificar o quanto a
partícula se desloca com o tempo.
Expandindo esse raciocínio, no caso de uma partícula que se move em qualquer outra
trajetória, é necessário um vetor para indicar a direção e o sentido da partícula. Vamos nos recordar
como é feita a soma vetorial.
Caso os vetores compartilhem a mesma direção, então basta somar ou subtrair seus módulos,
conforme o sentido por eles indicado.

Figura 00.02 – Soma de vetores que compartilham a mesma direção.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 20


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

No caso de vetores perpendiculares, devemos utilizar a relação proposta por Pitágoras, já que
é possível formar um triângulo retângulo com os vetores a serem somados a⃗ e ⃗b como catetos e o
vetor resultante S⃗ como a hipotenusa.

Figura 00.03 – Soma de vetores perpendiculares entre si.

𝟐 𝟐 Soma de vetores perpendiculares entre si


|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛|

3.1 - REGRA DO PARALELOGRAMO

A regra do paralelogramo é utilizada para calcular a soma de dois vetores quando o ângulo
entre eles é conhecido. Geralmente, quando usamos esse método utilizamos a lei dos cossenos para
determinarmos o módulo do vetor resultante.
Vamos nos recordar de duas leis importantes da geometria plana para um triângulo qualquer:

Figura 00.04 – Um triângulo qualquer.

3.1.1 – A lei dos senos


𝑎 𝑏 𝑐
= =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾
3.1.2 – A Lei dos cossenos
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛼)
𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2. 𝑎. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛽 )
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2 − 2. 𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠(𝛾)

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 21


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Para aplicarmos a regra do paralelogramo, podemos seguir um passo a passo:


• Colocamos os dois vetores com origem em comum (ponto O) e construirmos um
paralelogramo, fazendo linhas tracejadas paralelas aos vetores, passando pelas extremidades
dos operandos.
• Em seguida, ligamos a origem dos vetores (ponto O) ao encontro das linhas tracejadas (ponto
⃗⃗⃗⃗⃗ , conforme figura abaixo:
C), determinando o vetor resultante 𝑠 = 𝑂𝐶

Figura 00.05 - Processo de soma de vetores pela regra do paralelogramo.

Perceba que o vetor resultante é dado pelo início de um dos vetores até o final do vetor
projetado, como mostrado na última figura, na qual o vetor 𝑏⃗ foi transladado até a posição superior.
Veja esse processo novamente, e tenha muito cuidado com a posição do ângulo 𝜃, que nos interessa
na soma vetorial.

⃗ para formação do vetor resultante 𝒔


Figura 00.06 - A translação do vetor 𝒂 ⃗.

O ângulo 𝜃, que deve ser usado na soma vetorial não é o ângulo entre os vetores, mas
sim o seu suplemento, ou seja, o quanto lhe falta até 180°. Lembre-se que o cosseno dos
ângulos no segundo quadrante, entre 90° e 180°, é sempre negativo.

Infelizmente, o método do paralelogramo é limitado à soma de dois vetores apenas. Para


somar mais vetores, precisaríamos aplicar a regra do paralelogramo para dois vetores, a partir do
resultante aplicar novamente a regra e assim sucessivamente. Isso torna o método nada prático para
o caso da soma de 𝑛 vetores.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 22


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

A partir da lei dos cossenos e da regra do paralelogramo, quando o ângulo entre os dois vetores
não for de 90° e eles não forem colineares (de mesma direção) teremos que usar a lei dos cossenos
para determinar o módulo do vetor resultante.
Trarei novamente essa relação. Repare que precisaremos saber o módulo de cada um dos
vetores a ser somado e também o ângulo formado entre os dois vetores.

Figura 00.07 – Soma de vetores com um ângulo 𝜶 qualquer entre si.

𝟐 𝟐 Soma de vetores com


|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛| − 𝟐 ∙ |𝐚⃗| ∙ |𝐛| ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽
um ângulo 𝜽 entre si

(2019/INÉDITA)
Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝑎 e 𝑏⃗ são representados logo abaixo.
Dados |𝑎 | = 5 e |𝑏⃗| = 10.

Comentários:
Inicialmente, encontraremos o vetor resultante 𝑠 = 𝑎 + 𝑏⃗ pela regra do paralelogramo, e
determinaremos seu módulo utilizando a lei dos cossenos:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 23


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC, tendo o cuidado de lembrar que o ângulo 𝜃
fica posicionado entre o vetor 𝑏⃗ e a translação do vetor 𝑎 , logo, vale 180° − 60°, temos:
2
|𝑠|2 = |𝑎|2 + |𝑏⃗ | − 2|𝑎 |. |𝑏⃗ |. cos(180° − 60°)

1
|𝑠|2 = 52 + 102 + 2 ⋅ 5 ⋅ 10 ⋅ ( )
2

|𝑠| = √175 = 5√7

Gabarito: |𝒔
⃗ | = 𝟓√𝟕

(2019/INÉDITA)
Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝑎 , 𝑏⃗, 𝑐 e 𝑑 .

a) 𝑎 + 𝑏⃗ = 𝑐 + 𝑑 b) 𝑎 + 𝑐 = 𝑑 + 𝑏⃗ c) 𝑎 + 𝑑 = 𝑐 + 𝑏⃗
d) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 + 𝑑 = 0
⃗ e) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 = 𝑑
Comentários:
Ao fazermos a soma vetorial entre 𝑎 e 𝑑 , vemos que o vetor resultante é de mesmo módulo,
direção e sentido ao vetor 𝑐 + 𝑏⃗ . Podemos perceber isso pelo fato de 𝑎 e 𝑏⃗ compartilharem a mesma
origem, e 𝑐 e 𝑑 o mesmo destino.
Gabarito: “c”.

4 - MOVIMENTO: DESLOCAMENTO E VELOCIDADE


A parte da Física responsável por estudar os movimentos é denominada Cinemática. Quando
estudamos o movimento de uma grandeza escalar estaremos tratando da Cinemática Escalar. Por
outro lado, a Cinemática Vetorial trata do movimento de grandezas vetoriais. Grandezas escalares
não possuem direção e nem sentido, por esse motivo, podem ser definidas somente pelo seu
módulo.
Mas qual a diferença prática entre uma grandeza vetorial e uma escalar?
Nunca podemos tomar algo como uma verdade absoluta, sobretudo na Física. Contudo,
existem grandezas que são conhecidas por apresentar natureza escalar, são elas o tempo, a
temperatura, a massa, o trabalho de uma Força, o volume de um corpo, dentre outras.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 24


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Também existem as grandezas que são conhecidamente vetoriais, tais como a força, a
aceleração, a velocidade e o deslocamento.
Tenha em mente: uma grandeza escalar pode ser definida apenas por seu módulo, ao passo
que uma grandeza vetorial necessita de módulo, direção e sentido.

Grandeza • Módulo
escalar

• Módulo
Grandeza • Direção
vetorial • Sentido

Vamos supor que um automóvel esteja em uma rodovia e seu velocímetro assinale 80 𝑘𝑚⁄ℎ.
A velocidade é uma grandeza vetorial, ele desenvolve 80 𝑘𝑚 a cada hora, mas em qual direção e em
qual sentido? Perceba que a informação se torna incompleta quando a direção e o sentido não são
fornecidos.
Fique atento a esses exemplos clássicos, pois a chance de que o examinador espere que você
resolva as questões considerando a natureza escalar ou vetorial deles é grande.

4.1 - CONCEITOS IMPORTANTES

Nesse subtópico trarei os principais conceitos necessários para o entendimento do


movimento do ponto de vista da disciplina de Física.

4.1.1 - Instante e intervalo de tempo


O instante de tempo é o momento na qual o tempo é registrado. O instante na qual o tempo
inicial está associado, 𝑡0 , costuma ser chamado de origem dos tempos.
Já o intervalo de tempo é aquele marcado por um cronômetro entre o início e o fim de um evento,
seja ele o movimento de um corpo ou o período de duração de uma aula. Ele é normalmente
marcado em minutos, horas ou segundos, sendo esse último a sua unidade padronizada no SI.

4.1.2 - Ponto material e corpo extenso


Quando as dimensões de um determinado ponto são desprezíveis no estudo de um
determinado fenômeno, denomina-se esse um ponto material. Por outro lado, quando as
dimensões do corpo devem ser consideradas, esse será um corpo extenso.

Um mesmo corpo pode ser considerado um ponto material ou um corpo extenso,


dependendo da situação estudada.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 25


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Vamos tomar como exemplo o Falcon Heavy, veículo de lançamento reutilizável operado pela
SpaceX. Quando calculado o seu tempo de viagem desde o lançamento até o seu destino em órbita,
as suas dimensões podem ser desprezadas, se comparadas com o tamanho de seu percurso, ou seja,
ele pode ser considerado um ponto material.
Por outro lado, quando o veículo é manobrado e transportado dentro de uma base de lançamento
as suas dimensões são cuidadosamente consideradas. Dessa forma, nesse cenário ele é considerado
um corpo extenso.

4.1.3 - Referencial, movimento e repouso


Imagine-se dentro de um ônibus em movimento. No velocímetro do veículo lê-se 50 𝑘𝑚⁄ℎ.
Você está em movimento em relação ao ônibus? O ônibus está em movimento em relação a via?
Você está em movimento em relação a via?
Logicamente, estando sentado em seu assento, você não estará em movimento em relação
ao ônibus, porém, esse estará em movimento em relação à via. E você também estará em
movimento em relação à via.
Dizemos que um corpo está em repouso (parado) se sua posição não varia com o passar do
tempo. Caso sua posição se altere com o passar do tempo dizemos que o corpo está em movimento.
Contudo, é possível que um corpo esteja em repouso em relação a um determinado referencial e
em movimento em relação a outro.

4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial

Esses dois conceitos são amplamente confundidos. Imagine um carro percorrendo um


trajeto entre uma cidade A e outra cidade B. O quanto o hodômetro (instrumento que
marca a quilometragem) do carro aferir dentre uma cidade e outra é a distância
percorrida. Agora imagine um helicóptero fazendo um trajeto retilíneo (em linha reta)
entre as cidades A e B: essa seria o deslocamento vetorial entre as duas cidades.

A distância pode ser aferida em quilômetros, decímetros, milhas, jardas, pés, dentro outros.
Porém a sua unidade padronizada no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o metro.
Vamos tomar um exemplo para ilustrar essa definição: um corpo vai de um posição 𝑺𝟏 =
𝟐𝟎 𝒌𝒎 até outra 𝑺𝟐 = 𝟖𝟎𝒌𝒎 e depois migra para 𝑺𝟑 = 𝟒𝟎𝒌𝒎, assim, temos que:

A distância percorrida será de 60 𝑘𝑚 + 40 𝑘𝑚 = 100 𝑘𝑚. Note que de 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 até 𝑆2 =


80 𝑘𝑚 temos a distância percorrida de 60 𝑘𝑚 e de 𝑆2 = 80 𝑘𝑚 até 𝑆3 = 40 𝑘𝑚 a distância
percorrida é de 40 𝑘𝑚.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 26


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Já o deslocamento vetorial será de 20 𝑘𝑚, visto que do ponto inicial 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 ao ponto


final do percurso 𝑆3 = 40 𝑘𝑚, temos o deslocamento de 20 𝑘𝑚.

4.1.5 - Trajetória
A trajetória de um corpo é o caminho que ele percorre. Geralmente as questões abordam
trajetórias lineares (em linha reta) ou circulares.
A trajetória pode variar conforme o referencial. Imagine um garoto dentro de um ônibus que
solta uma bola. Para o rapaz, a bola faz uma simples trajetória vertical.

Figura 00.08 – A trajetória vertical da bola, tomando o rapaz como referencial.

Imagine agora que uma pessoa num ponto de ônibus seja capaz de enxergar a trajetória
desenvolvida pela bola. Para essa pessoa, a bola descreve uma trajetória parabólica.

Figura 00.09 – A trajetória parabólica da bola, tomando um referencial externo.

Esse conceito já foi cobrado:


(2000/UFMG)
Julia está andando de bicicleta, com velocidade constante, quando deixa cair uma moeda.
Tomás está parado na rua e vê a moeda cair. Assinale a alternativa em que melhor estão
representadas as trajetórias da moeda, como observadas por Júlia e por Tomás.

a) b) c) d)
Resolução:
Pelo referencial de Júlia, não existe movimento relativo na horizontal entre a moeda e a Júlia
andando de bicicleta, pois a moeda sai com a mesma velocidade horizontal que Júlia. Então, Júlia vê
a moeda cair na vertical.
Por outro lado, Tomás, parado na rua, vê a composição do movimento horizontal junto com
o movimento vertical da moeda. Ele vê a moeda indo “para a frente”, na direção do deslocamento

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 27


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

de Júlia, e, ao mesmo tempo, vê a moeda caindo na vertical. Essa composição de movimento


descreve uma trajetória curva, formando um arco de parábola.
Gabarito: “c”.

4.1.6 - Velocidade
Intuitivamente, a velocidade de um corpo está associada com a rapidez que ocorre o seu
deslocamento. Se um carro é capaz de atravessar uma ponte em 10 segundos a qual um ônibus
demora 20 segundos para atravessar, dizemos que o carro fez a travessia de maneira mais veloz.

4.1.7 - Tipos de movimento


No movimento progressivo o móvel se desloca no mesmo sentido de orientação do eixo da
trajetória. Isso implica variação da posição positiva ∆𝑆 > 0 e, por consequência, velocidade positiva
𝑉 > 0.

Figura 00.10 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido crescente da marcação da quilometragem.

De maneira contrária, no movimento retrógrado o móvel se desloca no sentido oposto ao de


orientação do eixo da trajetória. Isso implica variação da posição negativa ∆𝑆 < 0 e, por
consequência, velocidade negativa 𝑣 < 0.

Figura 00.11 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido decrescente da marcação da quilometragem.

4.2 O MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME

O movimento retilíneo e uniforme (MRU) se caracteriza pelo deslocamento de um corpo em


uma trajetória retilínea (em linha reta) e com velocidade constante (uniforme). A única equação,
de fato, utilizada em questões desse conteúdo é a da velocidade.
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 28
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4.2.1 - A velocidade para o MRU


A velocidade, para o movimento retilíneo e uniforme, se caracteriza pela razão entre a
variação da posição, ou deslocamento, e o tempo gasto durante esse movimento.


∆𝑺 Velocidade para o MRU
⃗ =
𝒗
∆𝒕
𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔 (𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔)
[𝒗
⃗ ]= (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐)
𝒔
É comum utilizarmos uma pequena seta acima da grandeza que queremos destacar. Caso
essa grandeza seja vetorial, então utilizamos a seta, caso seja escalar, a omitimos.
Note que durante este curso, sempre que uma nova equação for introduzida, as unidades das
grandezas envolvidas serão expressas. Destaca-se que a grandeza velocidade tem como unidade
padrão no SI o metro por segundo, ou [𝑚/𝑠].
A velocidade de um corpo pode definida pela razão entre sua distância percorrida e o
intervalo de tempo ou pela razão entre seu deslocamento e o intervalo de tempo. No primeiro
caso temos a chamada velocidade média, e no segundo simplesmente a velocidade.
Veja como como isso é cobrado:
(1998/PUC Campinas - Modificada)
Num bairro, onde todos os quarteirões são quadrados e as ruas paralelas distam 100 𝑚 uma
da outra, um transeunte faz o percurso de P a Q pela trajetória representada no esquema a
seguir.
a) Qual a distância percorrida pelo transeunte?
b) Qual o seu deslocamento vetorial?
c) Supondo que ele demorou 15 minutos para percorrer este percurso, qual a sua velocidade
média? E a sua velocidade considerando o deslocamento vetorial?
Comentários
Sabendo que cada quarteirão mede 100 𝑚 podemos pela figura deduzir que a distância total
percorrida é de 700 𝑚. Sabemos que 1 minuto equivale a 60 𝑠, portanto o tempo total de caminhada
foi de 900 𝑠.
Podemos escrever a razão entre a distância percorrida e o tempo total de caminhada para
determinarmos a velocidade média:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 29


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

∆𝑆 700 Velocidade escalar


𝑣= = ≅ 0,78 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900

Para determinarmos o deslocamento vetorial é preciso calcular a menor distância entre os


pontos P e Q. Para isso podemos traçar uma linha reta na figura. Com isso percebe-se que é possível
calcular a distância d através do cálculo da hipotenusa do triângulo retângulo destacado.
Aplicando o Teorema de Pitágoras temos que:

𝑑 2 = 3002 + 4002 Deslocamento vetorial

𝑑 2 = 9000 + 16000 = 25000

𝑑 = √25000 = 500 𝑚

E, por fim, podemos calcular a velocidade vetorial da seguinte maneira:

∆𝑆 500 Velocidade vetorial


𝑣= = ≅ 0,56 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900
Gabarito: a) ∆𝑺 = 𝟕𝟎𝟎 𝐦 b) 𝒅 = 𝟓𝟎𝟎 𝐦 c) 𝒗 ≅ 𝟎, 𝟕𝟖 𝒎⁄𝒔 d) 𝒗
⃗ ≅ 𝟎, 𝟓𝟔 𝒎⁄𝒔.

(2019/Inédita)
Suponha que durante uma olhada rápida para a tela do celular para checar uma notificação,
um motorista pode ficar sem prestar atenção na via por até 2 𝑠. Se esse motorista estiver
dirigindo a 30 𝑚/𝑠 em uma rodovia, qual a distância que ele irá percorrer sem ter prestado
atenção à via?
Comentários
Podemos calcular a distância usando a relação da velocidade para o MRU:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
Ao isolarmos a distância nessa relação, temos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡

Por fim, substituindo-se os valores fornecidos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡 = 30 ∙ 2 = 60 𝑚

Gabarito: ∆𝑺 = 𝟔𝟎 𝒎

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 30


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4.2.2 - A equação horária do movimento uniforme:


A equação horaria do movimento uniforme relaciona a posição ocupada por um corpo no
espaço com a sua velocidade 𝑉 e a posição inicial por ele ocupada 𝑆0.

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição para o MRU


𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕 ] = 𝒔
[𝒗
⃗ ]=
𝒔

A definição da velocidade e a equação da posição para o MRU trazem a mesma ideia?


Sabemos que a quarta letra do alfabeto grego ∆ (delta) traz, para a Física, o significado de
variação. Logo, ∆𝑆 significa a posição final 𝑆 subtraída da posição inicial 𝑆0:

∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆0 Variação da posição

Ao substituirmos a variação da posição na definição da velocidade, encontraremos:


𝑆 − 𝑆0
𝑣=
∆𝑡
𝑣 ∙ ∆𝑡 = 𝑆 − 𝑆0

Finalmente, podemos passar 𝑆0 para o outro lado da igualdade e, sabendo que ∆𝑡 e 𝑡 na


prática significam um intervalo de tempo, e, portanto, podem ser escritas uma no lugar da outra:

Equação da posição em
𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡
função do tempo para o MRU

Escrever 𝑆(𝑡) ao invés de 𝑆 também pouco difere, de forma prática. Normalmente


encontramos a equação escrita da primeira maneira para que fique claro que a posição 𝑆 depende
do tempo 𝑡. Daí o nome equação horária do movimento uniforme.

4.2.3 - A relação entre 𝒌𝒎/𝒉 e 𝒎/𝒔:


A unidade mais usual para a velocidade, durante o nosso cotidiano, é o 𝑘𝑚/ℎ. Entretanto,
para o Sistema Internacional de Unidades essa grandeza deve ser expressa em 𝑚/𝑠. Essa mistura de
unidades é bastante explorada em provas de vestibular.
Sabemos que 1 𝑘𝑚 = 1000 𝑚. Temos também que 1ℎ = 3600 𝑠. A partir dessas duas
relações, podemos encontrar a relação entre 𝑘𝑚/ℎ e 𝑚/𝑠:

𝑘𝑚 1000 𝑚 1 𝑚 𝑚 𝑘𝑚
1 = = 𝑜𝑢 1 = 3,6
ℎ 3600 𝑠 3,6 𝑠 𝑠 ℎ

𝟏 𝒎/𝒔 = 𝟑, 𝟔 𝒌𝒎/𝒉
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 31
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Como a maioria das questões traz sempre valores múltiplos de 5 𝑚/𝑠, a seguinte tabela pode
lhe ajudar a economizar algum tempo com essa conversão de unidades:

𝒎/𝒔 𝒌𝒎/𝒉

5 18

10 36

15 54

20 72

30 108

40 144
Tabela 00.6 – Os principais valores para a velocidade usados em questões.

4.2.4 - A velocidade escalar média


Suponha que uma família decida fazer uma viagem do Rio de Janeiro até São Paulo, fazendo
uma parada na divisa entre os dois estados para tirar algumas fotos, e outra em São José dos Campos
para almoçar na casa do professor Toni.

Figura 00.12 - Representação da trajetória de São Paulo ao Rio de Janeiro no espaço.

Vamos fazer algumas suposições:


• A distância entre o centro do Rio de Janeiro e o centro de São Paulo é de 500 𝑘𝑚, passando
pela casa do professor Toni em São José dos Campos.
• O tempo levado no percurso do centro do Rio de Janeiro até a divisa RJ/SP foi de 4 horas.
• A família ficou tirando fotos durante meia hora.
• O tempo levado no percurso da divisa RJ/SP até São José dos Campos foi de 2 horas.
• O almoço demorou 1 hora e 30 minutos.
• O percurso final, da casa do professor Toni, em São José dos Campos, até o São Paulo também
foi de 2 horas.
Nessas condições, qual a velocidade média durante a viagem?
A primeira dúvida que esse tipo de cálculo costuma suscitar é: o tempo que o carro ficou
parado, durantes as fotos e posteriormente durante o almoço, deve entrar no cálculo? SIM !

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 32


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

A velocidade média de um percurso é definida pela razão entre a variação de espaço e o


tempo total do trajeto, inclusive paradas e afins. Dessa forma, para a viagem em questão, temos:
∆𝑆
𝑣𝑚 =
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
500 500
𝑣𝑚 = = = 50 𝑘𝑚/ℎ
4 + 0,5 + 2 + 1,5 + 2 10

Como aplicação da relação aprendida anteriormente, quanto vale essa velocidade em 𝑚/𝑠?

𝑣𝑚 = 50 𝑘𝑚/ℎ = 50 ÷ 3,6 𝑚/𝑠 ≅ 14 𝑚/𝑠

(2019/Inédita)
Um veículo viaja em uma estrada retilínea por 80 km a 40 km/h. Em seguida, o automóvel
segue pela mesma estrada e percorre mais um trecho de 80 km e desta vez a 80 km/h pelo fato
de o trecho ter a pavimentação melhor.
a) Qual é a velocidade média do automóvel neste percurso de 160 km?
b) Caso o veículo fizesse uma pausa de meia hora durante os dois trechos para fazer um lanche,
qual seria a velocidade média do percurso total?
Comentários
Para calcularmos a velocidade média devemos utilizar a definição de velocidade do MRU:
∆𝑆 Definição de velocidade do MRU
𝑣=
∆𝑡
Primeiro precisamos calcular o tempo total, para isso aplicaremos a definição de velocidade
do MRU para cada um dos trechos, com o objetivo de obter o tempo gasto pelo veículo para
percorrer cada trecho.
Reescrevendo a definição da velocidade, explicitando o intervalo de tempo, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
E para cada um dos trechos:
∆𝑆1 80
∆𝑡1 = = =2ℎ
𝑣1 40
∆𝑆2 80
∆𝑡2 = = =1ℎ
𝑣2 80

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2 = 2 + 1 = 3ℎ

Finalmente, podemos calcular a velocidade média pela razão entre a distância total
percorrida e o tempo total gasto para fazê-lo:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 33


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = = 53, 3̅ ≅ 53 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3

Para o cálculo da nova velocidade média basta acrescentarmos o tempo que o veículo ficou
parado ao tempo total da viagem.
∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = ≅ 45,8 ≅ 46 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3,5

Sempre que o avaliador pedir a velocidade média devemos considerar todo o tempo da
viagem, mesmo que o veículo esteja parado por alguns momentos.
Gabarito: a) 𝒗𝒎 = 𝟓𝟑 𝒌𝒎/𝒉 b) 𝒗𝒎 = 𝟒𝟔 𝒌𝒎/𝒉

(2019/Inédita)
Um ciclista sobe uma ladeira com uma velocidade constante de 20 km/h e desce a mesma
ladeira com uma velocidade constante de 40 km/h. Calcule a velocidade escalar média da
viagem de ida e volta.
Comentários
Devemos usar a mesma definição de velocidade, e o tempo de cada trecho deve ser calculado
com o auxílio da mesma relação. Vamos chamar o comprimento da ladeira de 𝐿. Sendo o
comprimento da subida o mesmo da descida, podemos escrever:
∆𝑆𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + ∆𝑆𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝐿+𝐿
𝑣= =
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

Podemos calcular cada tempo usando a relação da velocidade para o MRU, isolando o tempo:
∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 ∆𝑡: ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
Substituindo o intervalo de tempo, temos:
2𝐿 2𝐿 2𝐿
𝑣= = =
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿
+ + +
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 20 40 40 40
2𝐿 40 2𝐿 ⋅ 40 80
𝑣= = 2𝐿 ∙ = = ≅ 27 𝑘𝑚/ℎ
3𝐿 3𝐿 3𝐿 3
40
Ao contrário do que nossa intuição nos leva a crer, a velocidade média não é de 30 km/h,
conforme demonstrado acima.
Gabarito: 𝒗 = 𝟐𝟕 𝒌𝒎/𝒉

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 34


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4.2.5 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniforme


Ao compararmos a Equação da posição em função do tempo para o MRU com uma equação
de um polinômio do primeiro grau genérica, percebemos que a posição varia linearmente em função
do tempo 𝑺(𝒕), logo, teremos o gráfico na forma de uma reta.

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição em função do tempo para o MRU

𝒚(𝒙) = 𝑨 + 𝑩 ∙ 𝒙 Equação de um polinômio do 1º grau.

Perceba que A e B, assim como a Posição Inicial 𝑺𝟎 e a Velocidade V, são constantes. Se a


velocidade for positiva, o espaço cresce com a variação do tempo, o que gera uma curva ascendente:

Figura 00.13 – A posição de um móvel em movimento progressivo em função do tempo.

Por outro lado, caso a velocidade do móvel seja negativa, o espaço decresce com a variação
do tempo, o que gera uma curva descendente.

Figura 00.14 – A posição de um móvel em movimento retrógrado em função do tempo.

Num gráfico de posição em função do tempo, a tangente do ângulo que a curva faz com a
reta horizontal (tracejada), 𝛼 e 𝛽, respectivamente, é numericamente igual a velocidade do móvel.

𝑣 𝑁= 𝑡𝑔𝛼

Para o caso do movimento retrógrado, a 𝑡𝑔𝛽 𝑁=|𝑣|. Entretanto, temos que neste caso a
velocidade é negativa, então, devemos lembrar de colocar o sinal de menos após calcular
a tangente para de fato determinar a velocidade.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 35


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

As questões costumam trazer situações nas quais em um mesmo gráfico os movimentos são
distintos.

Figura 00.15 – A posição de um móvel em função do tempo

No gráfico acima, podemos observar três situações distintas: entre 𝑡 = 0 a 𝑡 = 2 𝑠 temos um


movimento progressivo, ou seja, velocidade maior que zero, evidenciado pela reta crescente. Já
entre 𝑡 = 2 𝑠 e 𝑡 = 4 𝑠 a velocidade é nula, fato evidenciado pela reta constante, de inclinação zero.
Por fim, entre 𝑡 = 4 𝑠 e 𝑡 = 5 𝑠 sabemos que o movimento é retrógrado, ou seja, a
velocidade é negativa. Isso fica claro pela inclinação da reta, que é decrescente.
O comportamento do gráfico que ilustra a velocidade 𝑣 em função do Tempo 𝑡 apresentará,
para o MRU, sempre o caráter de uma reta constante. Isso evidencia que o valor da velocidade é
sempre constante nesse tipo de movimento.
No exemplo abaixo a velocidade do móvel é de 7 𝒎⁄𝒔.

Figura 00.16 – A velocidade de um móvel em MRU em função do tempo

Em um gráfico que relaciona a velocidade e o tempo, a área abaixo da curva é


numericamente igual ao deslocamento realizado pelo móvel.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 36


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

(2018/Mackenzie/1ª FASE)
Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um
lanche, de acordo com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas desse
movimento é

a) 10 km/h b) 12 km/h c) 15 km/h d) 30 km/h e) 60 km/h


Comentários
Em um gráfico de velocidade em função do tempo podemos facilmente calcular a distância
percorrida pela área abaixo da curva, pois ela é numericamente igual à distância percorrida.

Pela análise do gráfico temos que a distância percorrida é igual a área dos dois retângulos
destacados. Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto entre a sua base
e a sua altura.

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚

Podemos determinar a velocidade média através da equação da velocidade para o MRU.


Lembre-se que todo o tempo deve ser incluído no cálculo, inclusive o tempo de uma hora
durante o qual a pessoa ficou parada lanchando.
∆𝑆 (Equação da velocidade para o MRU)
𝑣=
∆𝑡
Substituindo as informações obtidas:
60
𝑣𝑚 = = 12 𝑘𝑚/ℎ
5
Gabarito: “b”.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 37


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

5 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Atenção: use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para
consulta durante a resolução das questões, não tente decorar as fórmulas específicas para
cada situação, ao invés disso entenda como deduzi-las.
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do
que um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte
superior direita, e siga em sentido horário.
O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf na sua área do aluno.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 38


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

6 - LISTA DE QUESTÕES

6.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de 30 𝑚𝑠 para
chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 𝑚𝑠. Da base do
tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média
do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos
membros inferiores e a altura de uma pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de
propagação do pulso nervoso desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o
cérebro são, respectivamente:
(A) 51 m/s e 51 m/s
(B) 51 m/s e 57 m/s
(C) 57 m/s e 57 m/s
(D) 57 m/s e 68 m/s
(E) 68 m/s e 68 m/s

2. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema Internacional de Unidades(SI)
passaram a ser definidas a partir de valores exatos de algumas constantes físicas. Entre elas,
está a constante de Planck ℎ, que relaciona a energia 𝐸 de um fóton (quantum de radiação
eletromagnética) coma sua frequência 𝑓 na forma 𝐸 = ℎ𝑓. A unidade da constante de Planck
em termos das unidades de base do SI (quilograma, metro e segundo) é:
(A) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠
(B) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2
(C) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔
(D) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚
(E) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 39


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

3. (2016/FUVEST – 1ª FASE)
Uma gota de chuva se forma no alto de uma nuvem espessa. À medida que vai caindo dentro
da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incremento de massa ∆𝑚, em um pequeno
intervalo de tempo ∆𝑡, pode ser aproximado pela expressão: ∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡, em que 𝛼 é
uma constante, 𝑣 é a velocidade da gota, e 𝑆, a área de sua superfície. No sistema internacional
de unidades (SI), a constante 𝛼 é:
a) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚3
b) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
c) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 ∙ 𝑘𝑔−1
d) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 −1
e) adimensional

4. (2000/FUVEST – 1ª FASE)
Um motorista para em um posto e pede ao frentista para regular a pressão dos pneus de seu
carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra força por polegada quadrada” ou “𝑝𝑠𝑖”).
Essa unidade corresponde à pressão exercida por uma força igual ao peso da massa de 1 libra,
distribuída sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 0,5 𝑘𝑔 e 1 polegada a 25 ∙ 10−3 𝑚, aproximadamente. Como 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎 no SI (e 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ), aquelas 25 “libras” pedidas pelo
motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚

5. (2018/FUVEST/2ª FASE - MODIFICADA)


O prêmio Nobel de Física de 2017 foi conferido aos três cientistas que lideraram a colaboração
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), responsável pela primeira
detecção direta de ondas gravitacionais, ocorrida em 14 de setembro de 2015. O LIGO é
constituído por dois detectores na superfície da Terra, distantes 3000 quilômetros entre si. Os
sinais detectados eram compatíveis com os produzidos pela fusão de dois buracos negros de
massas aproximadamente iguais a 36 e 29 massas solares. Essa fusão resultou em um único
buraco negro de 62 massas solares a uma distância de 1,34 bilhão de anos-luz da Terra.
A detecção foi considerada legítima porque os sinais foram registrados com diferença de
tempo compatível com a distância entre os detectores. Considerando que as ondas
gravitacionais se propaguem com a velocidade da luz, obtenha a maior diferença de tempo ∆𝑡,
que pode ser aceita entre esses registros para que os sinais ainda sejam considerados
coincidentes.
Note e adote:
Distância Terra-Sol: 1,5 ∙ 1011 𝑚
Velocidade da luz: 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 40


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

6. (2013/FUVEST/2ª FASE-MODIFICADA)
Antes do início dos Jogos Olímpicos de 2012, que aconteceram em Londres, a chama olímpica
percorreu todo o Reino Unido, pelas mãos de cerca de 8000 pessoas, que se revezaram nessa
tarefa. Cada pessoa correu durante 10 minutos e transferiu a chama de sua tocha para a mão
do próximo participante. Um determinado participante P do revezamento correu a uma
velocidade média de 2,5 𝑚/𝑠. Sua tocha se apagou no exato instante em que a chama foi
transferida para a tocha do participante que o sucedeu.
Calcule a distância, em metros, percorrida pelo participante P enquanto a chama de sua tocha
permaneceu acesa.

7. (2011/FUVEST/1ª FASE)
Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual
a 10,8 𝑘𝑚/ℎ, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a
menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de
movimento, solta a bola, que leva 0,5 𝑠 para atingir o solo. As distâncias 𝑠𝑚 e 𝑠𝑏 percorridas,
respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
menina soltou a bola (𝑡 = 0 𝑠) e o instante 𝑡 = 0,5 𝑠, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚
e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
Note e adote:
Desconsiderar os efeitos dissipativos.

8. (2010/FUVEST/1ª FASE)
Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea, está a 2,5 ∙ 106 anos-luz de
Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base nessa informação, estudantes em uma
sala de aula afirmaram o seguinte:
I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.
II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 km.
III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.
Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 3 ∙ 107 𝑠
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 41


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

9. (2009/FUVEST/1ª FASE)
Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de uma autoestrada plana, para
seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada, constatou que,
mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
combinado. No entanto, quando ela já estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que
Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero, pretendendo continuar
sua viagem a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível
que os dois amigos se encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de
a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60

10. (2008/FUVEST/1ª FASE)


Dirigindo-se a uma cidade próxima, por uma autoestrada plana, um motorista estima seu
tempo de viagem, considerando que consiga manter uma velocidade média de 90𝑘𝑚/ℎ. Ao
ser surpreendido pela chuva, decide reduzir sua velocidade média para 60𝐾𝑚/ℎ,
permanecendo assim até a chuva parar, quinze minutos mais tarde, quando retoma sua
velocidade média inicial. Essa redução temporária aumenta seu tempo de viagem, com relação
à estimativa inicial, em:
a) 5 min b) 7,5 min c) 10 min d) 15 min e) 30 min

11. (2007/FUVEST/1ª FASE)


Um passageiro, viajando de metrô, fez o registro de tempo entre duas estacoes e obteve os
valores indicados na tabela.

Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma e que
o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 15 𝑘𝑚 de extensão, é possível
estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação Terminal,
leva aproximadamente:
a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min.

12. (1992/FUVEST/1ª FASE)


Em um prédio de 20 andares (além do térreo) o elevador leva 36 s para ir do térreo ao 20º
andar. Uma pessoa no andar X chama o elevador, que está inicialmente no térreo, e 39,6 s após

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 42


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

a chamada a pessoa atinge o andar térreo. Se não houve paradas intermediárias, e os tempos
de abertura e fechamento da porta do elevador e de entrada e saída do passageiro são
desprezíveis, podemos dizer que o andar X é o:
a) 9º. b) 11º. c) 16º. d) 18º. e) 19º.

6.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝑚/𝑠, corresponde a:


a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.

3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 43
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.


d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.

4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s

5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:

a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3

6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 44


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que


a) apenas a observação I está certa.
b) apenas a observação II está certa.
c) ambas as observações estão certas.
d) nenhuma das duas observações está certa.

7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.

A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:

𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2

8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 45


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um


observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

a) I b) II c) III d) IV e) V
9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:

𝑎) 0° 𝑏) 45° 𝑐) 90° 𝑑) 180°

10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.

O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:

𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣

11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 46


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.

13. (ITA)
Um avião voando horizontalmente a 4000 𝑚 de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto 𝐴 e depois por um ponto 𝐵 situado a 3000 𝑚 do
primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de 𝐵, começou a ouvir
o som do avião, emitido em 𝐴, 4,00 segundos antes de ouvir o som proveniente de 𝐵. Se a
velocidade do som no ar era de 320 𝑚/𝑠, qual era velocidade do avião?
𝑎) 960 𝑚/𝑠 𝑏) 750 𝑚/𝑠 𝑐) 390 𝑚/𝑠 𝑑) 421 𝑚/𝑠 𝑒) 292 𝑚/𝑠

14. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.

15. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 47


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32

16. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:
17. (1991/ITA)
A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas locomotivas a
vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de 50,4 𝑘𝑚/ℎ e
72 𝑘𝑚/ℎ, respectivamente. Uma vez que 𝐴𝐶 corresponde ao rastro da fumaça do trem 𝐴, 𝐵𝐶
ao rastro da fumaça do trem 𝐵 e que 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶 , determine a velocidade do vento. Despreze
a distância entre os trilhos de 𝐴 e 𝐵.

a) 5,00 m/s b) 4,00 m/s c) 17,5 m/s d) 18,0 m/s e) 14,4 m/s

18. (2013/ITA)
Ao passar pelo ponto 𝑂, um helicóptero segue na direção norte com velocidade 𝑣 constante.
Nesse momento, um avião passa pelo ponto 𝑃, a uma distância 𝛿 de 𝑂, e voa para o oeste, em
direção a 𝑂, com velocidade 𝑢 também constante, conforme mostra a figura. Considerando 𝑡
o instante em que a distância d entre o helicóptero e o avião for mínima, assinale a alternativa
correta.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 48


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝛿𝑢
a) A distância percorrida pelo helicóptero no instante em que o avião alcança o ponto 𝑂 é .
𝑣
𝛿𝑣 2
b) A distância do helicóptero ao ponto O no instante 𝑡 é igual a .
𝑢2 +𝑣 2
𝛿𝑣 2
c) A distância do avião ao ponto O no instante t é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑣
d) O instante 𝑡 é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑢
e) A distância 𝑑 é igual a .
√𝑣 2 +𝑢2
19. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:

𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡

20. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚.

d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 49


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

21. (2007/ITA)
Considere que num tiro de revolver, a bala percorre trajetória retilínea com velocidade V
constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura abaixo, o aparelho 𝑀1
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho 𝑀2 . Sendo 𝑉𝑠 a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos 𝑀1 e 𝑀2 em relação ao alvo Q é:

𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉𝑠 − 𝑉 ) 𝑉 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 + 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
a) b) c) d) e)
𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉 2 + 𝑉𝑠2

22. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?
a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas
d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta

23. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2. d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 50


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

24. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:

a) 3, 11, 13, 20, 30. b) 4, 7, 9, 20, 13. c) 4, 9, 15, 20, 24.


d) 4, 6, 9, 10, 13. e) 3, 7, 9, 10, 13.

7 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

7.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. D 2. A 3. B

4. A 5. ∆𝑡 = 1,0 ∙ 10−2 𝑠 6. ∆𝑆 = 1,5 ⋅ 103 𝑚

7. E 8. E 9. D

10. A 11. D 12. B

7.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. A 2. E 3. D

4. A 5. A 6. C

7. A 8. E 9. C

10. B 11. 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 = 𝑣 ⋅ 𝐻/(𝐻 − ℎ) 12. D

13. D 14. 𝑣𝑚 = 48 𝑘𝑚/ℎ 15. E

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 51


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

16. Soma = 04. 17. A 18. C

19. B 20. D 21. A

22. C 23. B 24. C

8 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

8.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de 30 𝑚𝑠 para
chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 𝑚𝑠. Da base do
tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média
do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos
membros inferiores e a altura de uma pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de
propagação do pulso nervoso desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o
cérebro são, respectivamente:
(A) 51 m/s e 51 m/s
(B) 51 m/s e 57 m/s
(C) 57 m/s e 57 m/s
(D) 57 m/s e 68 m/s
(E) 68 m/s e 68 m/s
Comentários
Devemos usar a equação da velocidade para o movimento uniforme, considerando os dados
fornecidos:

∆𝑆𝑑𝑒𝑑𝑜 1,7 1,7 ⋅ 103 1700 170


𝑣𝑑𝑒𝑑𝑜 = = = = = ≅ 57 𝑚/𝑠
∆𝑡𝑑𝑒𝑑𝑜 30 ⋅ 10−3 30 30 3

Se a razão média entre o comprimento dos membros inferiores e a altura da pessoa é de 0,6,
temos que os membros superiores terão razão de 0,4, já que os membros inferiores em conjuntos
com os superiores formam o corpo humano. Dessa forma:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 52


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

∆𝑆𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 1,7 ⋅ 0,4


𝑣𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = =
∆𝑡𝑑𝑒𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑐é𝑏𝑟𝑜 − ∆𝑡𝑝é𝑠 𝑎𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 30 ⋅ 10−3 − 20 ⋅ 10−3

0,68
𝑣𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = = 0,068 ⋅ 103 = 68 𝑚/𝑠
10 ⋅ 10−3
Gabarito: “d”

2. (2020/FUVEST – 1ª FASE)
Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema Internacional de Unidades(SI)
passaram a ser definidas a partir de valores exatos de algumas constantes físicas. Entre elas,
está a constante de Planck ℎ, que relaciona a energia 𝐸 de um fóton (quantum de radiação
eletromagnética) coma sua frequência 𝑓 na forma 𝐸 = ℎ𝑓. A unidade da constante de Planck
em termos das unidades de base do SI (quilograma, metro e segundo) é:
(A) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠
(B) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2
(C) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔
(D) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚
(E) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3
Comentários
Devemos fazer a análise dimensional da relação de Planck:

𝐸 = ℎ⋅𝑓

[𝐽] = ℎ ⋅ [𝐻𝑧]

ℎ = [𝐽]/[𝐻𝑧]

Devemos nos lembrar, por exemplo, que o trabalho de uma força, medido em J, é dado pelo
produto entre força e distância. Também devemos nos lembrar que o 𝐻𝑧 equivale ao inverso do
segundo:

ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜/[1/𝑠]

ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 ⋅ [𝑠]

ℎ = 𝐹 ⋅ 𝑑 ⋅ [𝑠 ]

ℎ = 𝐹 ⋅ [𝑚 ] ⋅ [𝑠 ]

Também convêm nos lembrarmos que a segunda lei de Newton diz que a força é dada pelo
produto entre massa e aceleração:

ℎ = 𝑚 ⋅ 𝑎 ⋅ [𝑚 ] ⋅ [𝑠 ]

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 53


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑚
ℎ = [𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] ⋅ [𝑚] ⋅ [𝑠]
𝑠
𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
ℎ=[ ]
𝑠

Gabarito: “a”

3. (2016/FUVEST – 1ª FASE)
Uma gota de chuva se forma no alto de uma nuvem espessa. À medida que vai caindo dentro
da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incremento de massa ∆𝑚, em um pequeno
intervalo de tempo ∆𝑡, pode ser aproximado pela expressão: ∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡, em que 𝛼 é
uma constante, 𝑣 é a velocidade da gota, e 𝑆, a área de sua superfície. No sistema internacional
de unidades (SI), a constante 𝛼 é:
a) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚3
b) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
c) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 ∙ 𝑘𝑔−1
d) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 −1
e) adimensional
Comentários
Sabemos que a massa no SI é expressa em 𝑘𝑔, o tempo em 𝑠, a velocidade em 𝑚/𝑠 e a área
de uma superfície em 𝑚2 .
Portanto, se conseguirmos isolar a constante 𝛼 na expressão fornecida, iremos descobrir as
unidades nas quais ela é expressa.
Vamos começar pela expressão fornecida.

∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 Expressão fornecida no enunciado

Vamos começar invertendo a equação fornecida no enunciado:

∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡

𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚

Agora podemos passar os termos, que não sejam o 𝛼, e que estejam à esquerda da igualdade
para o outro lado da expressão. Como o inverso da multiplicação é a divisão, esses termos irão para
o outro lado como a parte debaixo da fração:

𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚
∆𝑚
𝛼=
𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡
Já temos 𝛼 de forma isolada. Podemos substituir as unidades de cada um dos termos à direita
da igualdade:
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 54
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑘𝑔
𝛼=𝑚
∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
𝑠
Vamos simplificar o denominador da fração. Lembre-se que 𝑚 ∙ 𝑚2 = 𝑚3 , visto que no
produto de termos com uma mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
Também podemos cancelar o “𝑠” que está no numerador (parte de cima da fração) com que está no
denominador (parte debaixo da fração).

𝑚 𝑚1 ∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
∙ 𝑚2 ∙ 𝑠 = = 𝑚3
𝑠 𝑠
Agora podemos voltar à equação principal:

𝑘𝑔
𝛼=
𝑚3
Para finalizarmos a questão, lembre-se que um expoente negativo faz com que o termo
troque de posição entre o numerador e o denominador de uma fração, ou seja:

𝑘𝑔
𝛼= = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 −3
𝑚3
Concluímos, portanto, que o gabarito é a letra B.
Gabarito: “b”.

4. (2000/FUVEST – 1ª FASE)
Um motorista para em um posto e pede ao frentista para regular a pressão dos pneus de seu
carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra força por polegada quadrada” ou “𝑝𝑠𝑖”).
Essa unidade corresponde à pressão exercida por uma força igual ao peso da massa de 1 libra,
distribuída sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 0,5 𝑘𝑔 e 1 polegada a 25 ∙ 10−3 𝑚, aproximadamente. Como 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎 no SI (e 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ), aquelas 25 “libras” pedidas pelo
motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚
Comentários
Essa questão é mais antiga, porém traz os conceitos que acabamos de estudar. Quer aprender
a resolver esse tipo de questão? Então vamos seguir passo a passo a partir do enunciado.
Partiremos da definição de libra trazida pelo examinador:

25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎
25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 = 25 psi =
1 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎2

Convertendo libras para Newtons, vamos usar a informação de que 1 libra equivale a 0,5 kg.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 55


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑘𝑔 𝑘𝑔
25 𝑙𝑓 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5 12,5 𝑘𝑔
𝑙𝑓 𝑙𝑓
= = =
1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2

Fique tranquilo nesse próximo passo, ele cobra um conceito que aprenderemos na aula que
aborda o estudo das forças. Como queremos chegar até a Força Peso, devemos multiplicar a massa
pela aceleração da gravidade (adotada como 𝑔 ≅ 10 𝑚/𝑠 2 ). Lembre-se que a unidade Newton [N]
equivale a [𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠 2 ]:

𝑃⃗ = 𝑚 ∙ 𝑔 Relação a força peso e a


massa de uma partícula

12,5 𝑘𝑔 Massa por área


1 𝑝𝑜𝑙 2
𝑚 Força Peso por área
12,5 𝑘𝑔 ∙ 10
𝑠2
1 𝑝𝑜𝑙 2
𝑚
125 𝑘𝑔 ∙
𝑠 2 = 125 𝑁
1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙 2

Agora precisamos converter a área de polegadas quadradas para metros quadrados. Não se
assuste com as operações utilizando notação científica, elas facilitam bastante os cálculos.
Se temos o fator de conversão de polegadas para metros, devemos elevá-lo ao quadrado para
obter a conversão de polegadas quadradas para metros quadrados:

125 𝑁 125 𝑁
=
𝑚2 𝑚2
1 𝑝𝑜𝑙 2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2 1 𝑝𝑜𝑙 2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2
𝑝𝑜𝑙 2 𝑝𝑜𝑙 2
125 𝑁
252 ∙ 10(−3)∙2 𝑚2
125 𝑁 125 6 6
𝑁
= ∙ 10 = 0,2 ∙ 10
625 ∙ 10−6 𝑚2 625 𝑚2
Usando a informação do enunciado de que 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ficamos com:

𝑁
0,2 ∙ 106 = 0,2 ∙ 106 𝑃𝑎
𝑚2
Contudo, esse valor não está respeitando as regras de uma notação científica. Devemos andar
com a vírgula uma casa para a direita e por isso o expoente foi diminuído em uma unidade.

0,2 ∙ 106 𝑃𝑎 = 2,0 ∙ 105 𝑃𝑎

Para finalizarmos, devemos usar a informação também trazida pelo enunciado de que 1 𝑎𝑡𝑚
corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 56


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

2,0 ∙ 105 𝑃𝑎 = 2 𝑎𝑡𝑚

Gabarito: “a”.

5. (2018/FUVEST/2ª FASE - MODIFICADA)


O prêmio Nobel de Física de 2017 foi conferido aos três cientistas que lideraram a colaboração
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), responsável pela primeira
detecção direta de ondas gravitacionais, ocorrida em 14 de setembro de 2015. O LIGO é
constituído por dois detectores na superfície da Terra, distantes 3000 quilômetros entre si. Os
sinais detectados eram compatíveis com os produzidos pela fusão de dois buracos negros de
massas aproximadamente iguais a 36 e 29 massas solares. Essa fusão resultou em um único
buraco negro de 62 massas solares a uma distância de 1,34 bilhão de anos-luz da Terra.
A detecção foi considerada legítima porque os sinais foram registrados com diferença de
tempo compatível com a distância entre os detectores. Considerando que as ondas
gravitacionais se propaguem com a velocidade da luz, obtenha a maior diferença de tempo ∆𝑡,
que pode ser aceita entre esses registros para que os sinais ainda sejam considerados
coincidentes.
Note e adote:
Distância Terra-Sol: 1,5 ∙ 1011 𝑚
Velocidade da luz: 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠
Comentários
Para calcularmos o tempo aceitável devemos utilizar a definição de velocidade do MRU:
∆𝑆 Definição de velocidade do MRU
𝑣=
∆𝑡
Perceba que nesse caso todas as unidades já estão no SI e que precisamos da distância entre
os detectores, e não a distância entre a Terra e o Sol. Substituindo os valores fornecidos
encontramos:

∆𝑆 = 3000 𝑘𝑚 = 3000 ⋅ 103 𝑚 = 3 ⋅ 103 ⋅ 103 𝑚

3 ∙ 103 ∙ 103
8
3 ∙ 10 =
∆𝑡
3 ∙ 106
8
3 ∙ 10 =
∆𝑡
3 ∙ 106
∆𝑡 =
3 ∙ 108
∆𝑡 = 1 ∙ 10−2 = 0,01𝑠

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 57


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Como a questão forneceu dois algarismos significativos a todo o momento, o mais indicado
seria a resposta da forma: ∆𝑡 = 1,0 ∙ 10−2 𝑠.
Gabarito: ∆𝒕 = 𝟏, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟐 𝒔

6. (2013/FUVEST/2ª FASE-MODIFICADA)
Antes do início dos Jogos Olímpicos de 2012, que aconteceram em Londres, a chama olímpica
percorreu todo o Reino Unido, pelas mãos de cerca de 8000 pessoas, que se revezaram nessa
tarefa. Cada pessoa correu durante 10 minutos e transferiu a chama de sua tocha para a mão
do próximo participante. Um determinado participante P do revezamento correu a uma
velocidade média de 2,5 𝑚/𝑠. Sua tocha se apagou no exato instante em que a chama foi
transferida para a tocha do participante que o sucedeu.
Calcule a distância, em metros, percorrida pelo participante P enquanto a chama de sua tocha
permaneceu acesa.
Comentários
a) Para determinarmos a distância podemos usar a relação da velocidade para o movimento
retilíneo e uniforme. Antes disso, precisamos converter o tempo para segundos.

∆𝑡 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 = 10 ⋅ 60 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 = 600 𝑠

A definição da velocidade, para o MRU, é:


∆𝑆 Definição de velocidade do MRU
𝑣=
∆𝑡
Isolando o deslocamento nessa relação, temos:

𝑣 ⋅ ∆𝑡 = ∆𝑆

∆𝑆 = 𝑣 ⋅ ∆𝑡

Substituindo-se as informações fornecidas, temos:

∆𝑆 = 2,5 ⋅ 600

∆𝑆 = 1500 𝑚

Em notação científica:

∆𝑆 = 1,5 ⋅ 103 𝑚

Gabarito: ∆𝑺 = 𝟏, 𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟑 𝒎.

7. (2011/FUVEST/1ª FASE)
Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual
a 10,8 𝑘𝑚/ℎ, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a
menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de
movimento, solta a bola, que leva 0,5 𝑠 para atingir o solo. As distâncias 𝑠𝑚 e 𝑠𝑏 percorridas,

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 58


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
menina soltou a bola (𝑡 = 0 𝑠) e o instante 𝑡 = 0,5 𝑠, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚
e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
Note e adote:
Desconsiderar os efeitos dissipativos.
Comentários
Desprezando os efeitos dissipativos, não haverá nenhuma aceleração horizontal atuando sob
a bola. Como ela foi abandonada pela menina, elas deverão ter a mesma velocidade horizontal. E
essa velocidade deverá ser uniforme, portanto, podemos usar a relação da velocidade no MRU para
determinar as distâncias pedidas, que são iguais. Lembre-se que devemos converter a velocidade
para 𝑚/𝑠 e, para isso, devemos dividi-la por 3,6:
∆𝑆
𝑣= ↔ ∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡
∆𝑡
10,8
𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = ∙ 0,5
3,6

𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚

Gabarito: “e”

8. (2010/FUVEST/1ª FASE)
Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea, está a 2,5 ∙ 106 anos-luz de
Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base nessa informação, estudantes em uma
sala de aula afirmaram o seguinte:
I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.
II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 km.
III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.
Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 3 ∙ 107 𝑠
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
Comentários
I. Incorreta. A assertiva tenta confundir o candidato fazendo-o associar o ano luz à distância
proposta. Para que ela estivesse correta um ano luz deveria corresponder a um km. Um ano luz

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 59


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo durante um ano. Como a luz percorre 299 792
458 metros em apenas um segundo, a assertiva está completamente equivocada.
II. Correta. Vamos efetuar os cálculos:
∆𝑆 Equação da velocidade para o MRU
𝑣=
∆𝑡
Vamos chamar a velocidade da luz de “c”. Primeiro vamos determinar qual a distância em km
que a luz percorre em um ano. Adotaremos que a velocidade da luz, no vácuo, é de,
aproximadamente, 3 ∙ 108 𝑚/𝑠.

∆𝑆 = 𝑐 ∙ ∆𝑡

∆𝑆 = 3 ∙ 108 ∙ 3 ∙ 107

∆𝑆 = 9 ∙ 1015 𝑚 = 9 ∙ 1012 𝑘𝑚

Portanto, um ano-luz corresponde, aproximadamente, a 9 ∙ 1012 𝑘𝑚. Vamos determinar a


quantos km correspondem 2,5 ∙ 106 anos-luz:

∆𝑆 = 9 ∙ 1012 ∙ 2,5 ∙ 106

∆𝑆 = 22,5 ∙ 1018 = 2,3 ∙ 1019 𝑘𝑚

Então a distância entre a via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 𝑘𝑚


III. Correta. Vamos voltar à sua definição: um ano luz corresponde a distância percorrida, no
vácuo, pela luz durante um ano. Se Andrômeda está a 2,5 ∙ 106 anos-luz da Via Láctea, isso significa
que a luz proveniente daquela galáxia leva 2,5 ∙ 106 = 2,5 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 de anos para chega na nossa
galáxia.
Gabarito: “e”

9. (2009/FUVEST/1ª FASE)
Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de uma autoestrada plana, para
seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada, constatou que,
mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
combinado. No entanto, quando ela já estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que
Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero, pretendendo continuar
sua viagem a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível
que os dois amigos se encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de
a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60
Comentários:
Podemos usar a equação da posição para o movimento uniforme e escrever a posição em
função de tempo para Marta e Pedro.

𝑆(t) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡 Equação Horária da Posição

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 60


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Substituindo-se os seus respectivos valores:

S𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 (t) = 10 + 80 ∙ 𝑡
{
S𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 (t) = 0 + 100 ∙ 𝑡

Igualando as duas equações determinaremos o instante de tempo no qual ocorrerá o


encontro entre os dois viajantes.

100 ⋅ 𝑡 = 10 + 80 ∙ 𝑡

20 ⋅ 𝑡 = 10
10
𝑡= = 0,5 ℎ𝑜𝑟𝑎
20
Sabendo o instante de tempo, podemos substitui-lo em qualquer uma das equações e
determinar a posição de encontro.

S𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 (0,5) = 10 + 80 ∙ 0,5 = 50 𝑘𝑚


{
S𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 (0,5) = 0 + 100 ∙ 0,5 = 50 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

10. (2008/FUVEST/1ª FASE)


Dirigindo-se a uma cidade próxima, por uma autoestrada plana, um motorista estima seu
tempo de viagem, considerando que consiga manter uma velocidade média de 90𝑘𝑚/ℎ. Ao
ser surpreendido pela chuva, decide reduzir sua velocidade média para 60𝐾𝑚/ℎ,
permanecendo assim até a chuva parar, quinze minutos mais tarde, quando retoma sua
velocidade média inicial. Essa redução temporária aumenta seu tempo de viagem, com relação
à estimativa inicial, em:
a) 5 min b) 7,5 min c) 10 min d) 15 min e) 30 min
Comentários:
Inicialmente, o móvel iria a 90𝑘𝑚/ℎ. Contudo, durante um intervalo de tempo de 15 min
(que corresponde a ¼ de hora), ele anda a 60 𝑘𝑚/ℎ por causa da chuva.
Para determinarmos a diferença de tempo causado por essa variação de velocidade, basta
vermos o quanto ele andou durante esse tempo e calcular quanto seria o tempo gasto caso ele não
tivesse esse imprevisto.
O deslocamento durante o intervalo de chuva pode ser calculado usando a equação da
velocidade para o MRU:
∆𝑆 Equação da velocidade para o MRU
𝑣=
∆𝑡
Substituindo-se os valores que nos foram fornecidos temos:
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
𝑣𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 =
Δ𝑡𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 61


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
60 =
1/4
1
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 60 ⋅
4
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 15 𝑘𝑚

Devemos agora calcular qual seria o tempo que o motorista levaria para se deslocar por
15 𝑘𝑚 na velocidade de tempo seco.
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
𝑣𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
15
90 =
Δt normal
15 1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = = ℎ
90 6
Como uma hora equivale a 60 minutos, temos que:
1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = ⋅ 60 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
6
Se normalmente o motorista demoraria 10 minutos, e levou 15 minutos, por ter reduzido a
velocidade, seu atraso será de 5 minutos.
Gabarito: “a”.

11. (2007/FUVEST/1ª FASE)


Um passageiro, viajando de metrô, fez o registro de tempo entre duas estacoes e obteve os
valores indicados na tabela.

Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma e que
o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 15 𝑘𝑚 de extensão, é possível
estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação Terminal,
leva aproximadamente:
a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 62


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Comentários:
Vamos calcular a velocidade média do trem, dado que, ele anda 2 𝑘𝑚 (de Vila Maria a
Felicidade) em 4 min, de acordo com a tabela. Usando a equação da velocidade para o MRU, sabendo
que 4 minutos equivalem a 4/60 ℎ:
2
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚 = = 30 𝑘𝑚/ℎ
4
60
Agora, podemos calcular o tempo gasto para o trem sair da Estação Bosque até a Estação
Terminal:

∆𝑆𝑏𝑜𝑠𝑞𝑢𝑒/𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
∆𝑡 =
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚
15
∆𝑡 = = 0,5 ℎ = 30 𝑚𝑖𝑛
30
Entretanto, devemos lembrar que o trem fica 1 𝑚𝑖𝑛 parado nas estações até chegar na
Terminal, isto é, ele gasta um minuto nas estações de São José até a Felicidade, ou seja, mais
5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠.
Então, o tempo total será de 35 minutos.
Gabarito: “d”.

12. (1992/FUVEST/1ª FASE)


Em um prédio de 20 andares (além do térreo) o elevador leva 36 s para ir do térreo ao 20º
andar. Uma pessoa no andar X chama o elevador, que está inicialmente no térreo, e 39,6 s após
a chamada a pessoa atinge o andar térreo. Se não houve paradas intermediárias, e os tempos
de abertura e fechamento da porta do elevador e de entrada e saída do passageiro são
desprezíveis, podemos dizer que o andar X é o:
a) 9º. b) 11º. c) 16º. d) 18º. e) 19º.
Comentários:
Podemos definir a velocidade do elevador como sendo a razão entre o número de andares
pelo tempo:

𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
𝑣𝑚 =
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

A velocidade escalar média desse elevador será:

20 5
𝑣𝑚 = = 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠/𝑠
36 9
O elevador gastou 39,6 segundos para chegar até o andar dele e voltar para o térreo. Como
o módulo da velocidade escalar do elevador é constante, podemos dizer que o mesmo tempo que

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 63


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

ele leva para subir ele leva para descer. Logo, o elevador levou metade do tempo para subir, isto é,
gastou 19,8 segundos.
Portanto, o número de andares que ele andou para subir foi:

5 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
= ⇒ 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠 = 11
9 19,8
Com isso, a pessoa estava no 11º andar.
Gabarito: “b”.

8.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝑚/𝑠, corresponde a:


a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários
Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRU, já
que estamos diante de uma reta. Podemos calcular a velocidade média pela variação da posição
pelo tempo.
Precisamos escolher dois pontos para fazer a nossa estimativa:
Quando 𝑡 = 12 𝑠, 𝑆12 ≅ 16 𝑚. E para 𝑡 = 0, 𝑆0 ≅ 4 𝑚. Daí:
∆S 𝑆12 − 𝑆0
v= =
∆𝑡 𝑡12 − 𝑡0
16 − 4 12
𝑣= = = 1 𝑚/𝑠
12 − 0 12
Gabarito: “a”

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 64


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.

Comentários
A velocidade média da pessoa será dada pela soma da sua velocidade ao caminhar com a
velocidade da esteira. Essa velocidade será igual a razão entre a distância percorrida e o tempo,
conforme a equação da velocidade para o movimento retilíneo e uniforme:

∆𝑆 (Equação da velocidade para o MRU)


𝑣=
∆𝑡
Para a situação em questão, temos:
∆𝑆𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 𝑣𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 =
∆𝑡
48
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 =
30
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 = 1,6

𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 = 0,6 𝑚/𝑠

Gabarito: “e”

3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.
d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Comentários
Não temos informações acerca da aceleração do carro, logo, não sabemos se a velocidade
instantânea tende a crescer ou decrescer. Podemos afirmar que a velocidade média entre os
instantes 𝑡1 e 𝑡2 é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Gabarito: “d”

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 65


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s
Comentários
A análise dimensional resolve o problema. Sabemos que a vazão 𝑞 é medida em 𝑚3 /𝑠 e a
altura ℎ em 𝑚. Com isso:

ℎ = 𝑅∙𝑞

Isolando R

𝑅 = ℎ/𝑞

Agora basta substituir as respectivas unidades de h e q:


𝑚 𝑠 𝑠 𝑠
𝑅= = 𝑚 ∙ = 𝑚 ∙ =
𝑚3 𝑚3 𝑚3 𝑚2
s
Gabarito: “a”

5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:

a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3
Comentários
Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRUV,
já que estamos diante de uma parábola (duas na verdade) e não uma reta. Também notamos que
tanto a posição inicial quanto a posição final são o ponto de posição 0. Como a velocidade média é
Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 66
www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

calculada pela variação da posição pelo tempo, e a posição final e a inicial são a mesma, temos que
a variação da posição é nula, portanto, a velocidade média também é nula.
Gabarito: “a”

6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que


a) apenas a observação I está certa.
b) apenas a observação II está certa.
c) ambas as observações estão certas.
d) nenhuma das duas observações está certa.
Comentários
Pelo gráfico de distância em função do tempo de ambas as moças serem retas constantes
podemos afirmar que ambas desenvolvem velocidades constantes. Tomando os pontos iniciais e o
os pontos finais para cada uma é possível determinar a velocidade de cada uma delas:
Tânia andou 20 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
20 2 4
velocidade de ou , que equivale a 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim podemos escrever sua Equação Horária
50 5 10
da Posição como:

𝑆(t) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡 Equação Horária da Posição

Substituindo os seus valores:


4
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 67


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

4∙𝑡
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) =
10
Ângela andou 15 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
velocidade de 15/50 ou 1,5/5, dobrando o numerador e o denominador, 3/10 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim
podemos escrever sua Equação Horária da Posição como:
3
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10
3∙𝑡
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) =
10
I) Se Tânia efetuou o telefonema 30 minutos depois do início do percurso, ela o fez a uma
distância de 12 km do ponto de onde largaram. Isso pode ser calculado da seguinte forma:
4 ∙ 30
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (30) = = 12 𝑘𝑚
10
Podemos determinar o tempo Ângela leva para percorrer os mesmos 12 km e,
consequentemente estar em frente à Igreja, da seguinte forma:

SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 12

3∙𝑡
= 12
10
120
𝑡= = 40 minutos
3
Portanto é verdade que Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II) Já sabemos que Ângela passa pela igreja no momento t = 40 minutos, substituindo esse
tempo na equação horária de Tânia podemos determinar em que posição ela se encontra:
4 ∙ 40
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (40) = = 16 𝑘𝑚
10
Então, quando Ângela está na posição de 12km a partir do início, Tânia já está na posição de
16 km do início, Tânia de fato está 4 km à frente de Ângela.
As duas observações estão corretas.
Gabarito: “c”

7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 68


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:

𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2
Comentários:
A velocidade média de uma volta é dada por:
∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑣𝑚 =
𝑡𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎

A distância total de uma volta é dada pelo dobro da distância de cada reta, 𝟐𝑳, somado ao
dobro do comprimento de cada semicircunferência de raio 𝑹, o que equivale ao comprimento da
circunferência de raio 𝑹, que por sua vez, vale 𝟐 ⋅ 𝝅 ⋅ 𝑹.
O tempo total de uma volta, 𝒕𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂, é dado pela soma dos tempos necessários para cruzar
cada trecho da pista. Isolando-se o tempo na relação da velocidade do MRU, temos:
∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
Para os trechos retos, podemos escrever:
𝐿
∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 =
𝑣
E para cada semicircunferência:
𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3
Podemos rearranjar essa última relação. Lembre-se que a divisão de duas frações é
equivalente ao produto da fração do numerador pelo inverso da fração do denominador:
𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 69


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

3
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 = 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅
2⋅𝑣
3⋅𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
Agora podemos voltar a expressão da velocidade média:
2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑆𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + ∆𝑆𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
𝐿+𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Devemos substituir a velocidade média fornecida pelo enunciado:
4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Podemos efetuar a multiplicação cruzada:
4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
4⋅𝑣⋅( + ) = 5 ⋅ (𝐿 + 𝜋 ⋅ 𝑅)
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝐿+2⋅3⋅𝜋⋅𝑅 = 5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅

6⋅𝜋⋅𝑅−5⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿−4⋅𝐿

𝜋⋅𝑅 = 𝐿

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 70


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝐿 = 𝜋⋅𝑅

Gabarito: “a”.

8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.
A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um
observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

a) I b) II c) III d) IV e) V
Comentários:
Ao ser abandonado do avião, o pacote não possui velocidade escalar na direção vertical,
entretanto, ele possui a mesma velocidade horizontal do avião, por isso, o pacote seguirá seu
movimento na horizontal ao mesmo tempo que está caindo. Portanto, sua trajetória será um arco
de parábola, semelhante ao caso do menino soltando a bola dentro do ônibus, na parte teórica.
Gabarito: “e”.

9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:

𝑎) 0° 𝑏) 45° 𝑐) 90° 𝑑) 180°

Comentários

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 71


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Devemos aplicar a lei dos cossenos para efetuar essa soma vetorial e descobrirmos o valor do
ângulo 𝜃:

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛼) Lei dos cossenos: soma de vetores


com um ângulo qualquer

Substituindo-se os valores da situação em questão:

132 = 122 + 52 − 2 ∙ 12 ∙ 5 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 144 + 25 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 169 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

0 = −120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃 )

120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

Lembre-se:

Arco em 𝝅 𝝅 𝝅 𝝅 𝟑𝝅
0 𝝅 𝟐𝝅
radianos 𝟔 𝟒 𝟑 𝟐 𝟐

Arco em
0 30° 45° 60° 90° 180° 270° 360°
graus

1 √2 √3
seno 0 1 0 -1 0
2 2 2

√3 √2 1
cosseno 1 0 -1 0 1
2 2 2

Se cos(90°) = 0, então: 180° − 𝜃 = 90°, logo 𝜃 = 90° .


Gabarito: “c”.

10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 72


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:

𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣

Comentários:
A escada inicialmente está fechada e vai abrir com velocidade constante na direção horizontal
até se tornar um triângulo equilátero.
Vamos analisar o ponto 𝑄. Precisamos lembrar que um triângulo equilátero possui todos os
lados iguais e o segmento 𝑂𝑀 divide o lado 𝑃𝑄 ao meio.
Dessa forma, se colocarmos a origem do movimento no ponto 𝑀, temos que seu 𝑠0 está em
𝐿
M e depois seu 𝑠1 estará a uma distância do ponto M, pois o triângulo se tornou um triângulo
2
equilátero.
𝐿
Logo, seu Δ𝑠 = . Assim, fazendo uso da equação da velocidade para o MRU, temos:
2

𝐿
Δ𝑠
𝑣= = 2
Δ𝑡 Δ𝑡
𝐿
Δ𝑡 =
2𝑣
Gabarito: “b”.

11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

Comentários:
Vamos considerar como instante inicial o momento em que o atleta está exatamente abaixo
da lâmpada e um instante 𝑡, em que existe uma projeção da cabeça do atleta no solo.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 73


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

O triângulo 𝐴𝐵𝐶 é semelhante ao triângulo 𝐷𝐸𝐶, portanto:


𝐻 Δ𝑠𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎
=
𝐻−ℎ Δ𝑠𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎
𝐻 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 ⋅ 𝑡
=
𝐻−ℎ 𝑣𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝑡
𝑣⋅𝐻
𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 =
𝐻−ℎ
Gabarito: 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 = 𝒗 ⋅ 𝑯/(𝑯 − 𝒉)

12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
Comentários:
Considerando que o guarda começa seu movimento no instante em que o automóvel passa
por ele, podemos escrever o gráfico 𝑣 × 𝑡 relativo à situação e utilizar o conceito da área do gráfico
𝑣 × 𝑡 ser numericamente igual a variação do espaço.
Cuidado com as unidades! O enunciado traz as velocidades em 𝑘𝑚/ℎ e devemos transformá-
las em 𝑚/𝑠, como estão as respostas:
108
𝑣𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = = 30 𝑚/𝑠
3,6

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 74


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

90
𝑣𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = = 25 𝑚/𝑠
3,6

No instante 𝑡 em que o guarda alcança o motorista infrator, podemos escrever que suas
posições são iguais e ainda dizer que a distância percorrida foi a mesma, pois ambos têm a mesma
origem de espaço (momento em que o infrator passa pelo guarda):

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑠0 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 − 𝑠0

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

Calculando a área abaixo de cada figura até o instante 𝑡, temos que:

𝑡 + (𝑡 − 10)
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = ⋅ 30 = 15 ⋅ (2𝑡 − 10)
2
Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = 25. 𝑡

Igualando as duas relações, temos:

15 ⋅ (2𝑡 − 10) = 25 ⋅ 𝑡

𝑡 = 30 𝑠

Dessa forma, o deslocamento do guarda é dado por:

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 25 ⋅ 30 = 750 𝑚

Gabarito: “d”.

13. (ITA)
Um avião voando horizontalmente a 4000 𝑚 de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto 𝐴 e depois por um ponto 𝐵 situado a 3000 𝑚 do

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 75


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de 𝐵, começou a ouvir


o som do avião, emitido em 𝐴, 4,00 segundos antes de ouvir o som proveniente de 𝐵. Se a
velocidade do som no ar era de 320 𝑚/𝑠, qual era velocidade do avião?
𝑎) 960 𝑚/𝑠 𝑏) 750 𝑚/𝑠 𝑐) 390 𝑚/𝑠 𝑑) 421 𝑚/𝑠 𝑒) 292 𝑚/𝑠
Comentários:

Pela observação do triângulo, notamos se tratar do pitagórico, cujas dimensões são 3, 4 e 5,


multiplicado por 1000. Isso nos permite concluir que a distância do observador ao ponto A vale
5000 𝑚.
Podemos isolar o tempo na relação da velocidade para o MRU para determinarmos o tempo
para o som ir do ponto A ao observador:
∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣𝑠𝑜𝑚

Substituindo‐se os valores fornecidos:

5000 125
∆𝑡𝐴 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8
De maneira análoga, para o som ir do ponto B até o observador, temos:
4000 100
∆𝑡𝐵 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8
Como o som vem do ponto 𝐴 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 antes de começar a vir do ponto B, temos:

∆𝑡𝐴 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 + 4 𝑠 = ∆𝑡𝐵 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 + Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵

125 100
+4 = + Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵
8 8

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 76


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

125 100 57
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 = +4− = 𝑠
8 8 8
Por fim, a velocidade do avião no trecho AB pode ser encontrada por:

Δ𝑠𝐴→𝐵 3000
𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 = = = 421,05 𝑚/𝑠
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 57
8
Gabarito: “d”.

14. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.
Comentários:
Em primeiro momento, muitos alunos pensam em fazer a média aritmética das velocidades,
mas veremos que a informação pedida não é a média aritmética das velocidades, e sim a média
harmônica.
Vamos considerar que todo o percurso seja de 2𝑑 (isso é um truque para evitar frações),
sendo que na primeira metade (𝑑) ele anda a uma velocidade 𝑣1 , gastando um tempo Δ𝑡1 . Na
segunda metade (d também) ele anda a uma velocidade 𝑣2 , gastando um tempo Δ𝑡2 .
Sendo assim, ele anda uma distância total 2𝑑 e cada trecho ele anda a uma velocidade, logo,
gastará tempos distintos, de maneira que o tempo total é a soma dos tempos.
Dessa forma, podemos escrever:

Δ𝑠 2𝑑
𝑣𝑚 = =
Δ𝑡 Δ𝑡1 + Δ𝑡2

Contudo, precisamos conhecer uma relação entre as distâncias e os tempos. Para isso, vamos
calcular quanto o móvel gasta em cada metade, já que ele está com velocidades distintas em cada
trecho.
Para a primeira metade, temos:

Δ𝑠1
𝑣1 =
Δ𝑡1
𝑑
Δ𝑡1 =
𝑣1

E para a segunda metade:


Δ𝑠2
𝑣2 =
Δ𝑡2

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 77


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑑
Δ𝑡2 =
𝑣2

Agora podemos substituir os tempos na equação da velocidade média:

2𝑑 2𝑑 2
𝑣𝑚 = 𝑣𝑚 = =
𝑑 𝑑 1 1 1 1
+ 𝑑( + ) +
𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2

Substituindo-se os valores fornecidos:

2 2 2 2
𝑣𝑚 = = = =
1 1 1 1 60 40 100
+ + +
𝑣1 𝑣2 40 60 40 ∙ 60 40 ∙ 60 40 ∙ 60
2 40 ⋅ 60 2 ⋅ 40 ⋅ 60
𝑣𝑚 = ∙ = = 48 𝑘𝑚/ℎ
1 100 100
Provamos, portanto, que um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais,
com velocidades diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.
Gabarito: 𝒗𝒎 = 𝟒𝟖 𝒌𝒎/𝒉.

Um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais, com velocidades


diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.
A média harmônica de 𝑛 termos é dada por:
𝑛
𝑀𝐻 = 1 1 1
+ +⋯+
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛

15. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.
A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32
Comentários:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 78


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Como visto acima, se um móvel percorre distâncias iguais, com velocidades diferentes, a
velocidade média é dada pela média harmônica das velocidades, logo, temos que:
4
𝑣𝑚 = = 32 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1
+ + +
20 30 40 60
Gabarito: “e”.

16. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:
Comentários:
Sabemos que a velocidade média do percurso todo é:

2 2 1 2 1 𝑘
𝑣𝑚 = ⇒ 𝑘𝑣 = ⇒ = − ⇒ 𝑣2 = .𝑣
1 1 1 1 𝑣2 𝑘𝑣 𝑣 2−𝑘
+ +
𝑣1 𝑣2 𝑣 𝑣2

Assim, sabemos de imediato que as duas primeiras afirmações são falsas, e a informação (04)
é verdadeira, pois, para 𝒌 = 𝟐 não podemos definir 𝒗𝟐 , ela seria tão grande quanto queiramos,
quando k tende a 2. Vamos considerar que todo o caminho tenha uma distância igual a 𝟐𝒅, pois
assim evitamos as frações em nossos cálculos. Dessa forma, o intervalo de tempo para a primeira
metade será dado por:

𝑑
∆𝑡1 =
𝑣
E para a segunda metade do caminho:

𝑑
∆𝑡2 =
𝑘𝑣
2−𝑘
Portanto, a relação dos tempos é dado por:

∆𝑡2 2 − 𝑘
=
∆𝑡1 𝑘

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 79


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Logo, as duas últimas afirmações estão erradas também e a única afirmativa correta é a 04.
Portanto, soma igual a 04.
Gabarito: 𝑺𝒐𝒎𝒂 = 𝟎𝟒.

17. (1991/ITA)
A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas locomotivas a
vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de 50,4 𝑘𝑚/ℎ e
72 𝑘𝑚/ℎ, respectivamente. Uma vez que 𝐴𝐶 corresponde ao rastro da fumaça do trem 𝐴, 𝐵𝐶
ao rastro da fumaça do trem 𝐵 e que 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶 , determine a velocidade do vento. Despreze
a distância entre os trilhos de 𝐴 e 𝐵.

a) 5,00 m/s b) 4,00 m/s c) 17,5 m/s d) 18,0 m/s e) 14,4 m/s

Comentários:
Vamos analisar o instante de tempos em que os trens se encontram:

Sabemos que o trem B é mais veloz que o trem A e, por isso, imaginamos o ponto de encontro
antes do ponto médio (𝑀) de 𝐴𝐵. Dessa forma, 𝐷𝐴 é a distância percorrida pelo trem 𝐴 e 𝐷𝐵 a
distância percorrida pelo trem 𝐵. Isso nos permite escrever que:

𝐴𝐷 + 𝐵𝐷 = 1360

𝑣𝐴 . 𝑡 + 𝑣𝐵 𝑡 = 1360

50,4 72
.𝑡 + . 𝑡 = 1360
3,6 3,6

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 80


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑡 = 40 𝑠

Agora que sabemos o intervalo de tempo podemos calcular a distância percorrida por cada
um dos trens. Para a locomotiva A, temos;

50,4
𝐷𝐴 = . 40 = 560 𝑚
3,6
Pela geometria do problema, temos que:

𝐴𝑀 − 𝐴𝐷 = 𝐷𝑀

1360 50,4
𝐷𝑀 = − . 40 = 120 𝑚
2 3.6
Dessa forma, pelo teorema de Pitágoras no triângulo 𝑀𝐷𝐶, encontramos a distância 𝐷𝐶:

𝐷𝐶 2 = 𝑀𝐶 2 + 𝐷𝑀2

𝐷𝐶 2 = 1202 + 1602

𝐷𝐶 = 200 𝑚

Logo, a velocidade do vento será dada por:

𝐷𝐶 200
𝑣𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 = = = 5,00 𝑚/𝑠
Δ𝑡 40
Gabarito: “a”.

18. (2013/ITA)
Ao passar pelo ponto 𝑂, um helicóptero segue na direção norte com velocidade 𝑣 constante.
Nesse momento, um avião passa pelo ponto 𝑃, a uma distância 𝛿 de 𝑂, e voa para o oeste, em
direção a 𝑂, com velocidade 𝑢 também constante, conforme mostra a figura. Considerando 𝑡
o instante em que a distância d entre o helicóptero e o avião for mínima, assinale a alternativa
correta.

𝛿𝑢
a) A distância percorrida pelo helicóptero no instante em que o avião alcança o ponto 𝑂 é .
𝑣
𝛿𝑣 2
b) A distância do helicóptero ao ponto O no instante 𝑡 é igual a .
𝑢2 +𝑣 2

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 81


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝛿𝑣 2
c) A distância do avião ao ponto O no instante t é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑣
d) O instante 𝑡 é igual a .
𝑣 2 +𝑢2
𝛿𝑢
e) A distância 𝑑 é igual a .
√𝑣 2 +𝑢2
Comentários:
Vamos adotar o referencial no avião, dessa forma podemos escrever as seguintes velocidades
para o problema:

Notamos que ao adotar o avião como referencial, passamos a ver o helicóptero andar na
direção de 𝑥, com velocidade 𝑢 no sentido de 𝑂 para 𝑃. A trajetória do helicóptero neste referencial
será dada pela reta 𝑂𝑋.
No momento em que a distância é mínima, de acordo com a geometria plana, podemos dizer
que 𝑂𝑋 é perpendicular a 𝑃𝑋. Com isso, podemos dizer que:
𝑥
𝑐𝑜𝑠𝛽 =
𝛿
Ao somar os vetores 𝑢
⃗ 𝑒 𝑣 , temos que:
𝑢
cos 𝛽 =
√𝑢2 + 𝑣 2
Unindo as duas relações, chegamos a:

𝛿𝑢
𝑥=
√𝑢2 + 𝑣 2
No momento em que a distância é mínima, o tempo é dado por:

𝑥 𝛿𝑢
𝑡= =
√𝑢2 + 𝑣 2 𝑢2 + 𝑣 2

Para calcularmos a distância do avião ao ponto O no instante 𝑡, basta voltarmos ao referencial


inicial da questão:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 82


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑑𝐴𝑂 = 𝛿 − 𝑢. 𝑡

𝛿𝑣 2
𝑑𝐴𝑂 = 2
𝑣 + 𝑢2
Portanto, a alternativa correta é a “c”. A alternativa “a” está incorreta, pois, a distância
percorrida pelo helicóptero é:

𝛿
𝑦 = 𝑣. Δ𝑡𝑎𝑣𝑖𝑎𝑜 = 𝑣.
𝑢
Gabarito: “c”.

19. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:

𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡
Comentários:
Existem, ao menos, dois métodos para a resolução dessa questão.
Primeiro método: pela posição horária. Vamos supor que a origem do espaço e do tempo são
definidas quando a frente do navio mais veloz está paralelamente a traseira do navio mais lento. O
final do movimento será quando a popa (traseira) do navio mais veloz está na frente da proa (parte
da frente) do outro navio.
Assim, vamos escrever a função horária do espaço para cada embarcação:
• Navio mais veloz: 𝑠1 = 0 + 𝑣1 ⋅ 𝑡
• Navio mais lento: 𝑠2 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡
Quando o navio mais veloz finaliza a ultrapassagem, dizemos que:

𝑠1 = 𝑠2 + 𝑑1

Logo:

𝑣1 ⋅ 𝑡 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡 + 𝑑1

𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
Segundo método: pela velocidade relativa dos dois móveis. Se adotarmos o referencial no
navio mais lento, teremos que a velocidade do navio mais rápido passa a ser a diferença das

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 83


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

velocidades. Assim, tudo se passa como o navio mais lento estivesse parado e o deslocamento do
navio mais rápido seria a frente a traseira dele passar pela frente do outro. Isto é, a distância relativa
percorrida seria de 𝑑1 + 𝑑2 .
Dessa forma:

𝑑𝑟𝑒𝑙
𝑣𝑟𝑒𝑙 =
Δ𝑡
𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
A segunda forma é mais rápida, entretanto, requer um raciocínio mais elaborado.
Gabarito: “b”.

20. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚.

d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

Comentários:
Considere que um primeiro carro vai do primeiro para o segundo semáforo com velocidade
de 45 km/h. Então, podemos dizer que a distância entre os semáforos será:

𝑑 = 45 ⋅ 𝑡

Um segundo carro, andando a 50 km/h passa pelo primeiro semáforo (indicação do painel) e
dentro de 8 segundos o painel alterará sua velocidade para 60 km/h.
8
Portanto, o segundo carro terá (𝑡 − ) para percorrer a mesma distância com velocidade
3600
de 50 𝑘𝑚/ℎ. Então, podemos escrever a distância percorrida pelo segundo carro:
8
𝑑 = 50 ⋅ (𝑡 − )
3600
Isolando 𝑡 na primeira equação e substituindo-se na segunda, temos:

𝑑 8
𝑑 = 50 ⋅ ( − )
45 3600

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 84


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

50 50.8
𝑑⋅ −𝑑 =
45 3600
5 50.8
𝑑⋅ =
45 3600
𝑑 = 1,0 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

21. (2007/ITA)
Considere que num tiro de revolver, a bala percorre trajetória retilínea com velocidade V
constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura abaixo, o aparelho 𝑀1
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho 𝑀2 . Sendo 𝑉𝑠 a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos 𝑀1 e 𝑀2 em relação ao alvo Q é:

𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉𝑠 − 𝑉 ) 𝑉 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 + 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
a) b) c) d) e)
𝑉 2 − 𝑉2𝑠 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉𝑠2 − 𝑉 2 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 𝑉 2 + 𝑉𝑠2

Comentários:
Inicialmente, calculamos o intervalo de tempo que a bala leva para chegar até o alvo em Q.
̅̅̅̅
𝑃𝑄
Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎→𝑎𝑙𝑣𝑜 =
𝑉
Depois, vamos calcular o intervalo de tempo do som do disparo ir de P até 𝑀1 :
̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1
Δ𝑡𝑠𝑜𝑚→𝑀1 =
𝑉𝑠

E o intervalo de tempo para o som do chegar em 𝑀1 após o impacto em Q:


̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1
Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑄→𝑀1 =
𝑉𝑠

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 85


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

Do enunciado, o intervalo de tempo para som ir de P até 𝑀1 é igual ao ao intervalo de tempo


da bala chegar ao alvo mais o intervalo de tempo do som do impacto chegar ao 𝑀1 , isto é:

Δ𝑡𝑠𝑜𝑚→𝑀1 = Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎→𝑎𝑙𝑣𝑜 + Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑄→𝑀1

̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 𝑃𝑄 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 + ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 𝑉 + 𝑉𝑠
= + ⇒ = + ⇒ = (1)
𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 𝑉 − 𝑉𝑠

Para o segundo sensor, 𝑀2 , o tempo para o som do disparo chegar em 𝑀2 será:


̅̅̅̅̅̅2
𝑃𝑀
Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑃→𝑀2 =
𝑉𝑠

Tempo para o som do impacto no alvo chegar em 𝑀2 :


̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2
Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑄→𝑀2 =
𝑉𝑠

Analogamente ao primeiro sensor, temos que:

Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑃→𝑀2 = Δ𝑡𝑏𝑎𝑙𝑎→𝑎𝑙𝑣𝑜 + Δ𝑡𝑠𝑜𝑚 𝑄→𝑀2

̅̅̅̅̅̅2 ̅̅̅̅
𝑃𝑀 𝑃𝑄 ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉
= + ̅̅̅̅̅̅2 = 𝑠 . ̅̅̅̅
⇒ 𝑃𝑀 𝑃𝑄 + ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2
𝑉𝑠 𝑉 𝑉𝑠 𝑉
̅̅̅̅̅̅2 )2 = (̅̅̅̅
E da geometria do problema, temos que: (𝑃𝑀 𝑃𝑄 )2 + (̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 )2 .

𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2 2
( 𝑃𝑄 + 𝑄𝑀2 ) = (̅̅̅̅
𝑃𝑄) + (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 )
𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2 2
( 𝑃𝑄 + 𝑄𝑀2 ) − (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) = (̅̅̅̅
𝑃𝑄)
𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 2
̅̅̅̅)2
( 𝑃𝑄) + 2 ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 + (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) − (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 ) = (𝑃𝑄
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 2
( 𝑃𝑄) + 2 ⋅ ̅̅̅̅
𝑃𝑄 ⋅ ̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 = (̅̅̅̅
𝑃𝑄)
𝑉 𝑉
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 ̅̅̅̅ 2
2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄) − ( 𝑃𝑄)
𝑉 𝑉
2
𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 2 𝑉 𝑠 ̅̅̅̅)2 ]
̅̅̅̅) − [( ) ⋅ (𝑃𝑄
2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄
𝑉 𝑉

𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 2


2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 86


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑉𝑠 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 2 𝑉𝑠 2


2⋅ ⋅ 𝑃𝑄 ⋅ 𝑄𝑀2 = (𝑃𝑄) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉

𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2 ⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑃𝑄 ⋅ − ( ) ]
[1
𝑉 𝑉

Do problema, sabemos que ̅̅̅̅


𝑃𝑄 = ̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 + ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1

𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2 ⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑃𝑄 ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉

𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅


𝑉𝑠 2
2⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑃𝑀1 + 𝑄𝑀1 ⋅ − ( ) ]
( ) [1
𝑉 𝑉

Da relação (1), temos que:


̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 𝑉 + 𝑉𝑠
=
̅̅̅̅̅̅1 𝑉 − 𝑉𝑠
𝑄𝑀
𝑉 + 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑃𝑀1 = ̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ⋅
𝑉 − 𝑉𝑠

Voltando à expressão anterior:

𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉 + 𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉𝑠 2
2⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = (̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 ⋅ + 𝑄𝑀1 ) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉

Podemos colocar ̅̅̅̅̅̅


𝑄𝑀1 em evidência no primeiro termo à direita da igualdade:

𝑉𝑠 ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ 𝑉 + 𝑉𝑠 𝑉𝑠 2
2⋅ ⋅ 𝑄𝑀2 = 𝑄𝑀1 ⋅ ( + 1) ⋅ [1 − ( ) ]
𝑉 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉

Finalmente, podemos isolar a razão pedida:


𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 + 𝑉𝑠 𝑉 2
( + 1 ) ⋅ [1 − ( 𝑠 ) ]
𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉

𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 + 𝑉𝑠 𝑉2
( + 1 ) ⋅ (1 − 𝑠2 )
𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉

𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 + 𝑉𝑠 − 𝑉 + 𝑉𝑠 ⋅ 𝑉𝑠2 + 1 − 𝑉𝑠2
𝑉 − 𝑉 𝑠 𝑉 − 𝑉𝑠 𝑉 2 𝑉2

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 87


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2⋅
= 2 𝑉
̅̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
− + −
(𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉 2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 𝑉2 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 − (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 + (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 − 𝑉 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 ) − (𝑉 + 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉𝑠2 + (𝑉 − 𝑉𝑠 ) ⋅ 𝑉 2 − 𝑉𝑠2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉𝑠 + 𝑉 − 𝑉𝑠 ) − 𝑉𝑠2 (𝑉 + 𝑉𝑠 + 𝑉 − 𝑉𝑠 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ (𝑉 + 𝑉) − 𝑉𝑠2 (𝑉 + 𝑉)
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
= 2
𝑄𝑀2 𝑉 ⋅ 2 ⋅ 𝑉 − 𝑉𝑠2 ⋅ 2 ⋅ 𝑉
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 2 ⋅ 𝑉 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠
̅̅̅̅̅̅̅
=
𝑄𝑀2 2 ⋅ 𝑉 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 ) ⋅ 𝑉

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 2 ⋅ 𝑉𝑠 (𝑉 − 𝑉𝑠 )
̅̅̅̅̅̅̅
= 2 = 2 ⋅ 𝑉𝑠 ⋅
𝑄𝑀2 2 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝑠2 ) 2 ⋅ (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )
(𝑉 − 𝑉 𝑠 )

̅̅̅̅̅̅
𝑄𝑀1 (𝑉 − 𝑉𝑠 ) 𝑉𝑠 ⋅ (𝑉 − 𝑉 𝑠 )
̅̅̅̅̅̅̅
= 𝑉 𝑠 ⋅ =
𝑄𝑀2 (𝑉2 − 𝑉𝑠2 ) (𝑉2 − 𝑉𝑠2 )

Gabarito: “a”.

22. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 88


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas
d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta
Comentários:
A distância total é de 20 𝑘𝑚. Se o motorista viajar durante 15 𝑚𝑖𝑛 com velocidade de
40 𝑘𝑚/ℎ, ele deslocará:

𝑘𝑚 15
Δ𝑠1 = 40 . ℎ = 5,0 𝑘𝑚
ℎ 60
Assim, restarão 15 𝑘𝑚. No último trecho ele deverá andar a uma velocidade que compensará
o fato dele andar mais lento no primeiro, de forma que a velocidade escalar média (𝑣𝑚 ) dele nos
20 𝑘𝑚 seja 80 𝑘𝑚/ℎ. Então, vamos calcular 𝑣𝑚 :
Δ𝑠
𝑣𝑚 =
Δ𝑡
20
80 =
15
+ Δ𝑡2
60
15 20
+ Δ𝑡2 =
60 80
1 1
+ Δ𝑡2 =
4 4
Δ𝑡2 = 0

Se nenhum tempo restou para ser gasto no segundo trecho, temos que a velocidade média
almejada é impossível de ser estabelecida nas circunstâncias propostas.
Gabarito: “c”.

23. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 89


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2. d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.

Comentários:
A área do gráfico 𝑣 × 𝑡 representa, numericamente, a variação do espaço. Assim, devemos
calcular a área abaixo da curva de cada móvel:
a) Variação de espaço para o móvel 1:
30 ⋅ 6
Á𝑟𝑒𝑎1 = = 90 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠1 = 90 𝑚

b) Variação de espaço para o móvel 2:

30 ⋅ 10
Á𝑟𝑒𝑎2 = = 150 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠2 = 150 𝑚

c) Variação de espaço para o móvel 3:

12 ⋅ 40
Á𝑟𝑒𝑎3 = = 240 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠3 = 240 𝑚

Logo, os carros 2 e 3 terão variação de espaço maior que 140 m e ultrapassarão o segundo
farol.
Gabarito: “b”.

24. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 90


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

a) 3, 11, 13, 20, 30.


b) 4, 7, 9, 20, 13.
c) 4, 9, 15, 20, 24.
d) 4, 6, 9, 10, 13.
e) 3, 7, 9, 10, 13.
Comentários:
Nos primeiros 2 s, temos as seguintes variações de espaço:

2.4
Δ𝑠𝐴 = =4𝑚
2
Δ𝑠𝐵 = 0

E nos primeiros 3 𝑠:

Δ𝑠𝐴 = 4 + 4(3 − 2) = 8 𝑚

(−2)(3 − 2)
Δ𝑠𝐵 = 0 + = −1 𝑚
2
A distância entre os móveis é de:

Δ𝑠𝐴 − Δ𝑠𝐵 = 8 − (−1) = 9 𝑚

Dessa forma, a opção correta é a alternativa “c”.


Gabarito: “c”.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 91


www.estrategiavestibulares.com.br
92
Professor Lucas Costa
Aula 00 – Medicina -FUVEST 2021

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas.
O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno,
no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque
pela opção “Fórum de Dúvidas”.

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.

11 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 29/11/2019 Primeira versão do texto.

1.1 16/03/2020 Correções diversas.

1.2 06/05/2020 Otimização das questões resolvidas.

Aula 00 – Introdução à Física e à cinemática. 92


www.estrategiavestibulares.com.br
92

Você também pode gostar