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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

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03/11/2022 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO


1.389.864 R IO DE JANEIRO

RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA


EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE AGUAS E ESGOTOS
CEDAE
ADV.(A/S) : JAYME SOARES DA ROCHA FILHO
EMBDO.(A/S) : COHARIO - COOPERATIVA HABITACIONAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : ROGERIO TRINDADE PESSOA DA SILVA
INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO


REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. SANEAMENTO BÁSICO.
INTERVENÇÃO EXCEPCIONAL DO PODER JUDICIÁRIO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: POSSIBILIDADE.
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGADA
OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES.
INOCORRÊNCIA.. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. IMPOSSIBILIDADE DE
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
REJEITADOS.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do

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ARE 1389864 AGR-ED / RJ

Supremo Tribunal Federal, em Sessão da Primeira Turma, na


conformidade da ata de julgamento, por unanimidade, rejeitar os
embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Sessão Virtual
de 21.10.2022 a 28.10.2022.

Brasília, 3 de novembro de 2022.

Ministra CÁRMEN LÚCIA


Relatora

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03/11/2022 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO


1.389.864 R IO DE JANEIRO

RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA


EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE AGUAS E ESGOTOS
CEDAE
ADV.(A/S) : JAYME SOARES DA ROCHA FILHO
EMBDO.(A/S) : COHARIO - COOPERATIVA HABITACIONAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : ROGERIO TRINDADE PESSOA DA SILVA
INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO

RELATÓRIO

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):

1. Na sessão virtual de 9.9.2022 a 16.9.2022, a Primeira Turma deste


Supremo Tribunal negou provimento aos agravos regimentais interpostos
pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Município do Rio de Janeiro, nestes
termos:
“AGRAVOS REGIMENTAIS NOS RECURSOS
EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVOS. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. SANEAMENTO BÁSICO.
INTERVENÇÃO EXCEPCIONAL DO PODER JUDICIÁRIO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS:
POSSIBILIDADE. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA

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SEPARAÇÃO DOS PODERES. INOCORRÊNCIA. REEXAME


DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVOS REGIMENTAIS
DESPROVIDOS” (e-doc. 133).

2. Intimado desse acórdão em 20.9.2022 (e-doc. 134), o Município do


Rio de Janeiro opôs tempestivos embargos de declaração em 4.10.2022 (e-
doc. 138).

3. O embargante alega que “a r. decisão embargada deixou de se


pronunciar acerca da ilegitimidade da Fazenda Municipal para figurar na polo
passivo da ação” (fl. 2, e-doc. 137).

Assevera que “não escapa ao mais elementar filtro de constitucionalidade


os termos da disciplina normativa instituída pela Lei Complementar nº 87/1997
– e não por outra razão foi ajuizada a ADI 1842, que tinha por objeto exatamente
os dispositivos indicados, que operavam a transferência da competência nos
serviços de esgotamento sanitário em favor do Estado do Rio de Janeiro. Na ADI
supracitada, o E. Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade
Lei Complementar estadual nº 87/97” (fls. 2-3, e-doc. 137).

Ressalta que “não há como se admitir, nem mesmo em tese, a condenação


do Município do Rio de Janeiro pelos danos ambientais que ocorreram durante o
período de vigência (e eficácia) da Lei Complementar 87/97” (fl. 4, e-doc. 137).

Argumenta que “torna-se ainda mais grave a referida interferência do


poder judiciário na atividade do poder administrativo, tendo em vista se tratar de
um condomínio particular. O Acórdão recorrido determinou ao Recorrente que
execute obras em um condomínio particular, ou seja, verbas públicas deverão ser
utilizadas para pagar uma obrigação que é de particulares” (fl. 9, e-doc. 137).

Assinala que “o Recurso Extraordinário não está em dissonância com a


jurisprudência do STF, e sim, o acórdão que fora debatido no Recurso

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Extraordinário é que se encontra em desacordo com a Constituição. Portanto,


não há que se falar em aplicação da Súmula 279 no caso sob análise” (fl. 10, fl.
137).

Pede “sejam conhecidos e providos os presentes embargos de declaração”


(fl. 11, e-doc. 137).

É o relatório.

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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA

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EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO


1.389.864 R IO DE JANEIRO

VOTO

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):

1. Razão jurídica não assiste ao embargante.

2. Não foi aberto prazo para contrarrazões, em observância ao


princípio da razoável duração do processo. Assim têm procedido os
Ministros deste Supremo Tribunal em casos nos quais não há prejuízo
para a parte embargada (ARE n. 999.021-ED-AgR-ED, Relator o Ministro
Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 7.2.2018; RE n. 597.064-ED-terceiros-ED-
ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 2.6.2021; e Rcl n.
46.317-ED-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.9.2021).

3. Diferente do alegado pelo embargante, o acórdão embargado está


adequadamente fundamentado, tendo sido enfrentados os pontos
necessários ao deslinde da controvérsia. Na espécie vertente, o
embargante limitou-se a repetir os argumentos antes trazidos, não
demostrando omissão, contradição, obscuridade ou erro material,
inclusive quanto à aplicação do decidido na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 1.842/RJ.

Não há omissão nesse item, como se constata no voto por mim


proferido no acórdão embargado:

“(...) o acórdão recorrido não destoou do entendimento firmado


na ADI n. 1.842/RJ. Neste julgado, o Plenário deste Supremo
Tribunal Federal assentou ser de competência material comum da
União, dos Estados e dos Municípios a promoção de melhorias das
condições de saneamento básico para atender adequadamente às
exigências de higiene e saúde pública” (fl. 10, e-doc. 133).

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4. Como assentado no julgado embargado, a possibilidade de


intervenção do Poder Judiciário para garantir direitos constitucionais
fundamentais foi julgada com fundamento em jurisprudência deste
Supremo Tribunal sobre a matéria.

Este Supremo Tribunal assentou que “é firme o entendimento deste


Tribunal no sentido de que o Poder Judiciário pode, em situações excepcionais,
determinar que a Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos
constitucionalmente reconhecidos como essenciais, como é o caso de saneamento
básico e de preservação do meio ambiente, sem que isso configure violação ao
princípio da separação de poderes, uma vez que não se trata de ingerência
ilegítima de um Poder na esfera de outro” (ARE n. 1.279.910-AgR, Relator o
Ministro Edson Fachhin, Segunda Turma, DJe 24.5.2021).

Na mesma linha são os julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SISTEMA DE ESGOTO.
INTERVENÇÃO EXCEPCIONAL DO PODER JUDICIÁRIO NA
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS:
POSSIBILIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE n. 1.336.514-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 7.10.2021).

“DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL.


AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
MEIO AMBIENTE. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO
AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. 1. O Supremo
Tribunal Federal já assentou ser possível ao Judiciário, em situações

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excepcionais, determinar ao Poder Executivo a implementação de


políticas públicas para garantir direitos constitucionalmente
assegurados, sem que isso implique ofensa ao princípio da separação
dos Poderes. Precedentes. 2. O acórdão do Tribunal de origem está
devidamente fundamentado, embora em sentido contrário aos
interesses da parte agravante. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI n. 682.541-AgR, Relator o Ministro Roberto
Barroso, Primeira Turma, DJe 21.9.2015).

5. A legitimidade do Município embargante e a configuração da


responsabilidade pelo dano ambiental foram afastadas em decisão
unânime desta Primeira Turma, por haver óbices intransponíveis ao
processamento do recurso extraordinário: ausência de ofensa
constitucional direta e incidência da Súmula n. 279 deste Supremo
Tribunal.

6. Os fundamentos da decisão embargada são suficientes para a


negativa de provimento do agravo regimental interposto pelo
embargante.

Este Supremo Tribunal firmou jurisprudência no sentido de que “o


magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela
parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar
a decisão” (ARE n. 660.463-AgR-segundo-ED-EDv-AgR-ED, Relator o
Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 28.4.2016). Assim, por exemplo:

“Inexiste violação do art. 93, IX, da Constituição Federal. A


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o
referido dispositivo constitucional exige a explicitação, pelo órgão
jurisdicional, das razões do seu convencimento. Enfrentadas todas as
causas de pedir veiculadas pela parte capazes de, em tese, influenciar o
resultado da demanda, fica dispensado o exame detalhado de cada
argumento suscitado, considerada a compatibilidade entre o que
alegado e o entendimento fixado pelo órgão julgador” (ARE n.
1.265.427-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira

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Turma, DJe 26.8.2020).

7. O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se


pretender provocar o esclarecimento de qualquer ponto obscuro, omisso
ou contraditório ou corrigir erro material, mas apenas modificar o
conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do embargante.

É pacífico o entendimento de os embargos de declaração não se


prestarem para provocar a reforma de decisão embargada, salvo no ponto
em que tenha sido omissa, contraditória ou obscura ou para corrigir erro
material, o que não se tem na espécie.

8. A pretensão do embargante é rediscutir a matéria. O Supremo


Tribunal Federal assentou serem incabíveis os embargos de declaração
quando, “a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade,
omissão ou contradição, [a parte] vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o
julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa” (RTJ 191/694-695,
Relator o Ministro Celso de Mello).

Confiram-se os seguintes julgados:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO


REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL.
IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS” (RE n.
1.254.242-AgR-ED, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe
30.11.2020).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO SEGUNDO


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. REDISCUSSÃO DA

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ARE 1389864 AGR-ED / RJ

MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE.


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS, COM
APLICAÇÃO DE MULTA. I – Ausência dos pressupostos do art.
1.022 do novo Código de Processo Civil. II – Os embargos de
declaração não constituem meio processual adequado para a reforma
do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo
se existentes os vícios elencados no art. 1.022 do novo CPC. III –
Embargos de declaração rejeitados, com aplicação de multa” (ARE n.
1.249.338-AgR-segundo-ED, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 30.11.2020).

9. Pelo exposto, rejeito os embargos de declaração.

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Extrato de Ata - 03/11/2022

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO


1.389.864
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE AGUAS E ESGOTOS CEDAE
ADV.(A/S) : JAYME SOARES DA ROCHA FILHO (51175/GO, 081852/RJ)
EMBDO.(A/S) : COHARIO - COOPERATIVA HABITACIONAL DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
ADV.(A/S) : ROGERIO TRINDADE PESSOA DA SILVA (081345/RJ)
INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de


declaração, nos termos do voto da Relatora. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 21.10.2022 a 28.10.2022.

Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Dias Toffoli,


Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Luiz Gustavo Silva Almeida


Secretário da Primeira Turma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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