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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

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18/10/2022 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.397.743 PIAUÍ

RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES


AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
AGDO.(A/S) : JANETE MADEIRA BARBOSA
ADV.(A/S) : KALLY DA COSTA DUARTE

EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM AGRAVO. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO
PREVIDENCIÁRIA. EMPREGADO DO EXTINTO BANCO DO ESTADO
DO PIAUÍ. LEI ESTADUAL 4.612/1993. ACÓRDÃO RECORRIDO EM
CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STF.
1. A jurisprudência desta SUPREMA CORTE é firme no sentido de
que as disposições constantes do art. 40 da Constituição Federal, na
redação dada pelas EC 20/1998 e 43/2001, restringem-se aos servidores
públicos titulares de cargos efetivos, sendo inaplicáveis, portanto, aos
pensionistas de empregados públicos.
2. Agravo Interno a que se nega provimento.
AC ÓRDÃ O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo


Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Primeira Turma, sob a Presidência
da Senhora Ministra CÁRMEN LÚCIA, em conformidade com a ata de
julgamento e as notas taquigráficas, por unanimidade, acordam em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.

Brasília, 18 de outubro de 2022.

Ministro ALEXANDRE DE MORAES


Relator

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.397.743 PIAUÍ

RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES


AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
AGDO.(A/S) : JANETE MADEIRA BARBOSA
ADV.(A/S) : KALLY DA COSTA DUARTE

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):


Trata-se de Agravo Interno contra decisão que negou seguimento ao
Agravo em Recurso Extraordinário, ao fundamento de que a
jurisprudência desta SUPREMA CORTE é firme no sentido de que as
disposições constantes do art. 40 da Constituição Federal, na redação
dada pelas EC 20/1998 e 43/2001, restringem-se aos servidores públicos
titulares de cargos efetivos, sendo inaplicáveis, portanto, aos pensionistas
de empregados público.

A parte agravante sustenta que (a) “remanesce uma questão que não foi
enfrentada na decisão recorrida, sendo devidamente prequestionada pelo Estado
recorrente, alusiva a que , ainda que as disposições introduzidas pela EC n.
20/1998 ao art. 40 da CF não se aplicassem à empregados públicos, o benefício
criado pelas Leis estaduais n. 4.612/1993 e n. 5.776/2008 seriam
inconstitucionais, vez que o Estado do Piauí não pode legislar sobre benefício
previdenciário devido à não servidor efetivo, tampouco pode criar benefício
distinto daqueles previstos na Lei n. 8.213/91” (Vol. 92, fl. 4); (b) “a Lei
Estadual n. 4.612/199 não previu qualquer contribuição dos ex-funcionários do
Banco do Estado do Piauí — BEP como fonte de custeio da complementação de
aposentadoria por ela instituída, de modo que com a entrada em vigor da Emenda
Constitucional n. 41/2003, o que também ocorreu antes do falecimento do
instituidor do benefício em debate, a lei tornou-se incompatível com o artigo 149
da Constituição Federal, não podendo ser aplicada, portanto, à recorrida” (Vol
92, fl. 5); e (c) “a jurisprudência deste Colendo STF , que já se firmou no sentido

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de que entre os princípios de observância obrigatória pela Constituição e leis dos


Estados-Membros, se encontram os contidos no art. 40 da Carta Magna
Federal”, assim “não pode a norma infraconstitucional estadual dispor sobre a
inclusão de servidores públicos que não detêm cargo efetivo em regime
previdenciário próprio de servidores públicos estaduais stricto sensu” (Vol. 92, fl.
6).

É o relatório.

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VOTO

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):


Eis a decisão ora agravada:

“Decisão

Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto


em face de acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça,
cuja ementa possui o seguinte cabeçalho (Vol. 27):

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA,
EMPREGADO DO EXTINTO BANCO DO ESTADO DO
PIAUÍ - BEP. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO
ATRIBUÍDA AO ESTADO DO PIAUÍ. LEI ESTADUAL N.
4.612/1993 E ALTERAÇÕES. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DE PENSÃO POR MORTE. UNIÃO
ESTÁVEL. DIREITO À COMPLEMENTAÇÃO
ASSEGURADO PELA LEI LOCAL. EMENDAS
CONSTITUCIONAIS NS. 20/1998 E 41/2003.
INAPLICABILIDADE AOS EMPREGADOS PÚBLICOS.
PRECEDENTE.

Opostos Embargos de Declaração (Vol. 32), foram


rejeitados (Vol. 40).

No Recurso Extraordinário (Vol. 46), interposto com


amparo no art. 102, III, a, da Constituição Federal, o ESTADO
DO PIAUÍ aduz que acórdão recorrido violou os arts. 18; 24,
XII, e §§ 1º a 4º; 25, § 1º; 40; 93, IX; e 149, da CF/1988, uma vez
que, ainda que as disposições introduzidas pela EC n. 20/1998
ao art. 40 da CF não se aplicassem à empregados públicos, o
benefício criado pelas Leis estaduais n. 4.612/1993 e n.

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5.776/2008 seriam inconstitucionais, vez que o Estado do Piauí


não pode legislar sobre benefício previdenciário devido à não
servidor efetivo, tampouco pode criar benefício distinto
daqueles previstos na Lei n. 8.213/91 (Vol. 46, fl. 4).
Em relação ao art. 93, IX, da Constituição, afirma que não
foram enfrentados todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador
(Vol. 46, fl. 5).

Quanto ao mais, alegou o seguinte (Vol. 46, fl. 13):

A Lei do Estado do Piauí n. 4.612/93, em seu artigo


1º, determinava que o Poder Público Estadual
complementasse as pensões recebidas da Previdência
Social pelos ex-funcionários do Banco do Estado do Piauí
BEP, cujo vínculo empregatício para com o referido banco
tenha se iniciado até 31/12/1972.

In casu, o companheiro da recorrida foi admitido em


1964, ou seja, antes da referida data, de modo que fazia jus
à percepção da complementação em tela e a recebeu até a
data de seu falecimento, em 8/4/2013.

E, nos termos do artigo 4° da Lei Estadual n°


4.613/93, o óbito do instituidor da pensão fazia surgir para
o cônjuge sobrevivente o direito de perceber integralmente
a complementação previdenciária que era devida ao de
cujus.

Ocorre que, após a vigência da Emenda


Constitucional n. 20/98, já não se pode mais falar em
aplicabilidade da Lei Estadual n. 4.612/93, porquanto
materialmente incompatível com o texto Constitucional.

Em termos de concessão de benefício previdenciário


prevalece no Direito brasileiro o princípio do tempus regit

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actum , segundo o qual deve ser aplicada a lei da época


em que o beneficiário alcança os requisitos para o
recebimento do benefício, e no presente caso, tal marco é o
falecimento do instituidor, ocorrido em, repita-se,
8/4/2013.

Assim, defende que, diversamente do apontado pelo


Tribunal de origem, deve ser aplicado o art. 40 da Constituição
Federal, na redação dada pela EC 20/1998, uma vez que não é
possível o pagamento de aposentadoria, pensão (ou
complemento de aposentadoria e pensão) a quem não pertence
ao quadro de aposentados do Estado do Piauí, como quis a Lei
Estadual n. 4.612/1993, pois aposentadoria e pensão, na
Administração Direta, só se dão pelo regime próprio de
previdência (Vol. 46, fl. 14).

Destaca que a referida Lei estadual, aplicada pelo Superior


Tribunal Federal no acórdão recorrido, ao abarcar no regime
próprio do Estado do Piauí pessoas que só poderiam estar no
regime geral, invade a competência da União em matéria de
previdência social, violando, dentre outros, os artigos 18 (pacto
federativo) e 25, § 1º, da Constituição Federal (Vol. 46, fl. 14).

Em juízo de admissibilidade, o STJ negou seguimento ao


RE quanto à alegada violação ao artigo 93, IX, da CF/1988, por
incidir o óbice do Tema 339 da repercussão geral. No mais,
inadmitiu o recurso ao fundamento de que o acórdão recorrido
encontra-se em conformidade com a jurisprudência desta
SUPREMA CORTE, no sentido de que o art. 40 da CF/1988 não
se aplicaria à empregados públicos (Vol. 56).

Interposto Agravo Interno quanto ao Tema 339/STF (Vol.


61), foi desprovido (Vol. 76).

No Agravo em Recurso Extraordinário, a parte agravante


sustentou a discrepância do acórdão recorrido com a

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jurisprudência desta CORTE (Vol. 63).

É o relatório. Decido.

No caso concreto, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


deu provimento ao Recurso Ordinário interposto por JANETE
MADEIRA BARBOSA para reformar acórdão do Tribunal de
Justiça do Estado do Piauí, aos fundamentos de que a Lei
Estadual 4.612/1993 é aplicável ao caso concreto, pois
diversamente do apontado pelo Tribunal Estadual, não foi
revogada pela Emenda Constitucional 20/1998. Vejam-se os
seguintes trechos do acórdão recorrido (Vol. 27):

I - Na origem foi impetrado mandado de segurança


contra ato do Secretário de Administração do Estado do
Piauí e do Governador Estadual, consubstanciado no
indeferimento da pretensão de recebimento de benefício
previdenciário em decorrência do falecimento de seu
companheiro, aposentado do Banco do Estado do Piauí -
BEP, fundada na Lei Estadual n. 4.612/1993.

II - Não há controvérsia nos autos sobre a união


estável entre o de cujos e a impetrante.

III - O Tribunal de Justiça Estadual, entendeu que,


ainda que as obrigações do Banco do Estado do Piauí,
decorrentes de contratos de trabalho, tenham sido
assumidas integralmente pelo Banco do Brasil, a
pretendida complementação seria devida pelo Poder
Executivo Estadual, afastando a negativa do ato em
decorrência da sustentada legitimidade.

III - Ordem denegada, no entanto, sob o fundamento


de que a Lei Estadual, n. 4.612/1993 foi materialmente
revogada pela Emenda Constitucional n. 20/1998, estando
com ela incompatível.

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IV - O direito à complementação de pensão


previdenciária assegurado aos empregados do extinto BEP
pela Lei Estadual, continua a vigorar, na medida em que
não se verifica incompatibilidade entre a legislação
estadual e as Emendas Constitucionais ns. 20/1998 e
41/2013, porquanto se tratam de normas relativas aos
regimes próprios de previdência social destinadas aos
servidores públicos titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, não se
aplicando aos empregos públicos.

V - Precedente: RMS 58.912/PI, Rel. Ministra


REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 05/11/2019, DJe 07/11/2019.

VI - Recurso ordinário provido, com a consequente


concessão da ordem.

O acórdão não merece reparos.

A jurisprudência desta SUPREMA CORTE é firme no


sentido de que as disposições constantes do art. 40 da
Constituição Federal, na redação dada pelas EC 20/1998 e
43/2001, restringem-se aos servidores públicos titulares de
cargos efetivos, sendo inaplicáveis, portanto, aos pensionistas
de empregados públicos. Nesse sentido, cito os seguintes
precedentes:

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal


entende que o art. 40, § 5º, da Constituição Federal não se
aplica a ex empregados públicos, submetidos ao regime da
CLT. Controvérsia que deve ser decidida à luz da
legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Agravo
regimental a que se nega provimento. (RE 262.748-AgR,
Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de

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6/3/2015)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EMPREGADO
PÚBLICO. APOSENTADORIA CONCEDIDA QUANDO
O VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO ERA REGIDO
PELA CLT. PENSÃO DECORRENTE DE SEU
FALECIMENTO. ART. 40, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO
(REDAÇÃO ANTERIOR À EMENDA
CONSTITUCIONAL 20/1998). INAPLICABILIDADE.
AGRAVO IMPROVIDO.
I Conforme assentado pela Corte de origem, o
falecido esposo da recorrente, no momento em que a ele
foi concedida aposentadoria, possuía vínculo com a Caixa
Econômica do Estado de São Paulo regido pela CLT, não
ostentando, à época, a qualidade de servidor público.
Dessa forma, nos termos da jurisprudência desta Corte,
inaplicável à pensão devida à recorrente, o disposto no art.
40, § 5º, da Constituição (redação anterior à EC 20/1998).
II Agravo regimental improvido. (ARE 694512 AgR,
Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma,
DJe. 25/02/2013).

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR
MORTE. 1. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. LEIS
ESTADUAIS N. 1.386/1951 E N. 4.819/1958 E LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 200/1974: SÚMULA N.
280 DO SUPREMO TRIBUNAL. 2) ART. 40, § 5º (NORMA
ORIGINÁRIA), DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:
INAPLICABILIDADE A EMPREGADOS PÚBLICOS.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. (AI 778.286 AgR, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA, Primeira Turma, DJe. 22/08/2012)

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ARE 1397743 AGR / PI

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento


Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO
AO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil


de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários
advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se.”

Não há reparo a fazer no entendimento aplicado, pois o agravo


regimental não apresentou qualquer argumento apto a desconstituir o
óbice apontado.

Diante do exposto, nego provimento ao Agravo Interno.

É o voto.

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Extrato de Ata - 18/10/2022

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.397.743


PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
AGDO.(A/S) : JANETE MADEIRA BARBOSA
ADV.(A/S) : KALLY DA COSTA DUARTE (9874/PI)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo


regimental, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 7.10.2022 a 17.10.2022.

Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Dias Toffoli,


Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Disponibilizou processo para esta Sessão o Ministro André


Mendonça, não tendo participado do julgamento desse feito a
Ministra Cármen Lúcia.

Luiz Gustavo Silva Almeida


Secretário da Primeira Turma

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