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Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
24/10/2022 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 51.820 MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA

AGTE.(S) : GABRIEL MOREIRA BRAGA
ADV.(A/S) : GABRIEL MOREIRA BRAGA
ADV.(A/S) : GABRIEL MARQUES FERREIRA
AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JUIZ DE FORA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DO GRUPO
JURISDICIONAL DE JUIZ DE FORA
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ADIs Nº

2.872/PI E Nº 5.003/SC. ADERÊNCIA ESTRITA: AUSÊNCIA. TEMA RG
Nº 485 (RE Nº 632.853-RG/CE): OBSERVÂNCIA.
1. Não há relação de pertinência entre a decisão reclamada e o
julgado apontado como paradigma, revelando-se inviável o uso da
reclamação, a qual requer estrita aderência entre as decisões
confrontadas.
2. No caso vertente, os paradigmas apontados (ADIs nº 2.872/PI e nº
5.003/SC) nada versam sobre o tema aqui debatido, qual seja, intervenção
do Poder Judiciário nos critérios de correção de banca examinadora de
concurso público.
3. A decisão reclamada alinha-se à tese da mínima intervenção
judicial, exatamente como definido por esta Corte no Tema RG nº 485,
reforçando os fundamentos que deságuam na inviabilidade da via
reclamatória.
4. As alegações apresentadas demonstram mero inconformismo com
a decisão proferida. Busca o agravante rediscutir o tema adequadamente
enfrentado na decisão agravada, a qual se revela em consonância com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
5. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 2E48-AAAA-19B5-2E5F e senha 5639-7D2B-745B-2E48
Ementa e Acórdão
RCL 51820 AGR / MG
Vistos, relatados e discutidos estes autos, na Sessão Virtual

de 14 a 21 de outubro de 2022, acordam os Ministros da Segunda Turma
do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 24 de outubro de 2022.
Ministro ANDRÉ MENDONÇA

Presidente e Relator
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Relatório

ADV.(A/S) : GABRIEL MOREIRA BRAGA
ADV.(A/S) : GABRIEL MARQUES FERREIRA
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DO GRUPO
JURISDICIONAL DE JUIZ DE FORA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO ANDRÉ MENDONÇA:
1. Trata-se de agravo regimental interposto por Gabriel Moreira

Braga contra decisão pela qual neguei seguimento à reclamação, sob os
fundamentos de que, além de constatada a ausência de estrita aderência
entre os julgamentos apontados como paradigmas (ADIs nº 2.872/PI e nº
5.003/SC), é correta a decisão reclamada, no que tange à aplicação do
Tema RG nº 485 do ementário da Repercussão Geral (RE nº 632.853-
RG/CE).
2. O agravante reitera os argumentos da inicial, destacando que no

caso em tela houve erros grosseiros na atribuição da pontuação em
certame público, o que autorizaria a intervenção do Poder Judiciário.
Requer seja reconsiderada a decisão recorrida e, sucessivamente, seja o
presente agravo regimental conhecido e aos quais seja dado provimento,
para reformar a decisão.
3. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo não

provimento do agravo regimental, sob os seguintes termos:
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código B2AD-24F1-D98B-2968 e senha 5BD4-4F0B-72C0-8D8F
Relatório
RCL 51820 AGR / MG
“8. O agravo é manifestamente improcedente eis que não

traz argumento capaz de infirmar o entendimento adotado no
decisum impugnado pretendendo, na verdade, ver reapreciada
pretensão exaurida por decisão suficientemente fundamentada
e amparada na jurisprudência da Suprema Corte.
9. A propósito, o Supremo Tribunal Federal já decidiu

inúmeras vezes que ‘O agravo interno deve impugnar
especificadamente os fundamentos da decisão agravada, sob
pena de não conhecimento’.
10. No tocante aos julgados invocados, conforme bem

assinalou a decisão enfrentada, "no julgamento da ADI 2.872/PI,
esta Corte afastou dispositivo da Constituição do Estado do
Piauí que, em desacordo com o princípio da simetria, fixou a
espécie normativa lei complementar para tratar de matéria que,
de acordo com a Constituição Federal, bastaria lei ordinária. E
no julgamento da ADI 5.003/SC, o STF reafirmou esse
posicionamento, desta feita em relação a dispositivos da
Constituição do Estado de Santa Catarina" (fl. 508).
11. No caso, não ficou devidamente demonstrada em que

medida tais decisões teriam sido desrespeitadas pela banca
examinadora e, posteriormente, pela própria decisão judicial
que rejeitou as alegações do concursando.
12. Por outro lado, no que tange à alegada aplicação

equivocada do Tema 485 ao caso, não é isto o que se verifica. De
acordo com o entendimento ali firmado, ‘Não compete ao Poder
Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o
conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados,
salvo ocorrência de ilegalidade ou de inconstitucionalidade’.
13. Ainda para a correta compreensão do tema, mister

reproduzir excertos da decisão que deu ensejo à fixação da tese
inscrita no Tema 485 da Repercussão Geral, a saber, o RE
Relatório
RCL 51820 AGR / MG
632.853/CE, de relatoria do Min. Gilmar Mendes:
‘Na espécie, o acórdão recorrido divergiu desse

entendimento ao entrar no mérito do ato administrativo e
substituir a banca examinadora para renovar a correção de
questões de concurso público, violando o princípio da
separação dos poderes e a própria reserva de
administração (Verwaltungsvorbehalt).
Não se trata de controle de conteúdo das provas ante
os limites expressos no edital, admitido pela
jurisprudência do STF nas controvérsias judiciais sobre
concurso público. Ao contrário, o acórdão recorrido,
expressamente, substituiu a banca do certame, de forma a
proceder à nova correção das questões.
Tanto a sentença quanto o aresto recorrido
reavaliaram as respostas apresentadas pelos candidatos
para determinar quais seriam os itens corretos e falsos de
acordo com a doutrina e a literatura técnica em
enfermagem. Com base nessa literatura especializada, o
acórdão recorrido infirmou o entendimento da banca e
identificou mais de um item correto em determinadas
questões do certame, extrapolando o controle de
legalidade e constitucionalidade, para realizar análise
doutrinária das respostas.
Em outras palavras, os juízos ordinários não se
limitaram a controlar a pertinência do exame aplicado ao
conteúdo discriminado no edital, mas foram além para
apreciar os critérios de avaliação e a própria correção
técnica do gabarito oficial.
Assim, houve indevido ingresso do Poder Judiciário
na correção de provas de concurso público, em flagrante
violação à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.’
14. Conforme se pode perceber, o desprovimento do RE

632.853 foi considerado conflitante com a jurisprudência do STF
sobre o tema exatamente por imiscuir-se no mérito das
Relatório
RCL 51820 AGR / MG
questões, analisando-as "de acordo com a doutrina e a literatura

técnica em enfermagem". Não houve, naquele caso, um mero
cotejo do conteúdo da questão com os lindes do edital, o que,
conforme ficou ali esclarecido, seria possível.
15. É cediço que ao Poder Judiciário, em subserviência à

separação dos poderes e à consequente limitação da intervenção
judicial sobre os atos administrativos, não é dado imiscuir-se no
mérito de questões de concursos públicos, na esteira do
entendimento firmado na Tese 485.
16. In casu, a Tese 485 encontra adequação, haja vista

pretender a parte a indevida ingerência do Poder Judiciário no
mérito das questões, tecendo análise aprofundada acerca de
entendimentos adotados.
17. Não há razões, portanto, para a reforma da decisão

agravada.
18. Ante o exposto, manifesta-se o Ministério Público

Federal pelo desprovimento do agravo interno." (e-doc. 58).
4. O agravado, Município de Juiz de Fora/MG, em contrarrazões,

pugna pela manutenção da decisão agravada. Ressalta que o real fim do
agravante é ver o Judiciário substituir a banca examinadora de concurso
público, o que ocorre apenas em situações excepcionais de
incompatibilidade do conteúdo das questões do certame, com o exigido
no edital.
É o relatório.

Relator
Voto - MIN. ANDRÉ MENDONÇA
VOTO
O SENHOR MINISTRO ANDRÉ MENDONÇA (RELATOR):
1. Os argumentos do agravante não merecem prosperar.
2. Pela decisão agravada, neguei seguimento à reclamação nos

seguintes termos:
“(...) 8. Em sede infraconstitucional, encontra regulação

nos artigos 988 a 993 do Código de Processo Civil e,
especificamente no âmbito deste Tribunal, nos artigos 156 a 162
do Regimento Interno.
9. No caso em tela, a alegação é de que o juízo reclamado
deixou de observar decisões deste Supremo Tribunal Federal,
exaradas nas ADI’s 2.872 e 5.003, ao tempo em que teria
aplicado indevidamente a decisão resultante no Tema 485 da
repercussão geral.
10. Sem razão a parte reclamante.
11. Os julgados mencionados, conquanto possuam caráter
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário,
nos termos do art. 102, § 2º, da Constituição da República, não
guardam pertinência estrita e direta com a questão versada na
decisão reclamada.
12. Com efeito, no julgamento da ADI 2.872/PI, esta Corte
afastou dispositivo da Constituição do Estado do Piauí que, em
desacordo com o princípio da simetria, fixou a espécie
normativa lei complementar para tratar de matéria que, de
acordo com a Constituição Federal, bastaria lei ordinária. E no
julgamento da ADI 5.003/SC, o STF reafirmou esse
posicionamento, desta feita em relação a dispositivos da
Constituição do Estado de Santa Catarina.
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 21E5-6BAF-A283-7580 e senha F464-A524-9BAC-CB92
RCL 51820 AGR / MG
13. Ora, nenhum desses julgamentos socorre a parte

reclamante para os fins desta reclamação, já que nada versam
sobre o tema aqui debatido, qual seja, intervenção do Poder
Judiciário nos critérios de correção de banca examinadora de
concurso público.
14. Não havendo relação de pertinência direta entre a
decisão reclamada e o(s) julgado(s) apontado(s) como
paradigma(s), é claramente inviável o uso da reclamação, ação
constitucional de natureza singular que, conforme ampla e
remansosa jurisprudência desta Corte, requer, primo ictu oculi,
estrita aderência entre as decisões confrontadas.
15. Dentre os abundantes julgados nesse sentido, de
ambas as Turmas do STF, cito:
EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
INTERNO EM RECLAMAÇÃO. ERRO GROSSEIRO NA
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO À DECISÃO PROFERIDA NO TEMA 784 DA
REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE ADERÊNCIA
ESTRITA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Nos termos do art. 1.030, § 2º, do CPC/2015, o
agravo interno é recurso próprio à impugnação de decisão
que aplica entendimento firmado em regime de
repercussão geral, o que não ocorreu no presente caso. A
interposição de agravo interno contra decisão que
inadmitiu recurso extraordinário por fundamento que dá
ensejo ao agravo do art. 1042 do CPC caracteriza erro
grosseiro da parte.
2. Reclamação em que se impugna decisão que
inadmitiu o recurso extraordinário por ausência de
requisitos processuais para seu conhecimento. Ausência
de aderência estrita com a tese firmada no Tema 784 da
repercussão geral, que trata de “Direito à nomeação de
candidatos aprovados fora do número de vagas previstas
no edital de concurso público no caso de surgimento de
novas vagas durante o prazo de validade do certame”.
3. Agravo interno desprovido.
RCL 51820 AGR / MG
(Ag.Reg. na Reclamação 37.252/DF, Primeira Turma,

Relator Ministro Roberto Barroso, Sessão Virtual 15 a 21
de maio de 2020)
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA
RECLAMAÇÃO. VIOLAÇÃO À SÚMULA
VINCULANTE 44. NÃO OCORRÊNCIA. TEMAS 338 E
485 DA REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE
ADERÊNCIA ESTRITA AOS PARADIGMAS
INDICADOS. UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO COMO
SUCEDÂNEO RECURSAL. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
I - O agravante não aduz argumentos capazes de
afastar as razões lançadas no decisum atacado, devendo
este, portanto, ser mantido por seus próprios
fundamentos.
II - O Juízo de origem limitou-se a interpretar de
modo razoável as regras editalícias, não ficando
demonstrada, portanto, violação de decisões de caráter
vinculante desta Corte.
III - É notória a ausência de aderência estrita entre os
fundamentos do ato reclamado e os entendimentos que o
STF consolidou nos Temas 338 e 485 da Repercussão Geral
e na Súmula Vinculante 44.
IV - Impossibilidade de utilização do instrumento
processual da reclamação como sucedâneo recursal.
V - Agravo regimental a que se nega provimento.
(Ag.Reg. na Reclamação 47.889/SC, Segunda Turma,
Relator Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 04/11/2021)
16. De todo modo, ainda que fosse o caso de adentrar na
matéria de fundo, o que, repita-se, não se afigura viável na
estreita via reclamatória, o julgamento do RE nº 632.853 RG,
que resultou na fixação do Tema 485 do ementário de
repercussão geral do STF, consolidou reiterada jurisprudência
desta Corte no sentido de que, em relação a concursos públicos
e critérios de correção, deve imperar o minimalismo judicial.
17. É o que se extrai cristalinamente da ementa daquele
RCL 51820 AGR / MG
julgado:
Recurso extraordinário com repercussão geral. 2.
Concurso público. Correção de prova. Não compete ao
Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir
banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos
candidatos e notas a elas atribuídas. Precedentes. 3.
Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de
compatibilidade do conteúdo das questões do concurso
com o previsto no edital do certame. Precedentes. 4.
Recurso extraordinário provido.
(RE 632.853/CE, Plenário, Relator Ministro Gilmar
Mendes, DJe 29/06/2015)
18. No caso vertente, além da ausência de estrita aderência
aos julgamentos apontados como paradigmas (ADI’s 2.872 e
5.003), a decisão reclamada alinha-se à tese da mínima
intervenção judicial, exatamente como definido pelo STF no
Tema 485, reforçando os fundamentos que desaguam na
manifesta inviabilidade da via reclamatória.
19. Não se desconhece que a tese resultante desse
julgamento, em caráter excepcionalíssimo, reconheceu a
possibilidade de o Poder Judiciário aferir a “compatibilidade do
conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital do
certame”. Referida exceção, porém, não comporta
conhecimento na estreita via da reclamação.
20. Ante o exposto, com espeque no art. 21, § 1º, c/c o art.
161, parágrafo único, ambos do RISTF, nego seguimento à
presente reclamação, prejudicado o pedido de tutela provisória
incidental”.
3. Ainda que o agravante insista em afirmar afronta ao decidido por

esta Suprema Corte nas ADIs nº 2.872/PI e nº 5.003/SC, essas alegações
não merecem prosperar, pois a situação narrada nos autos não está
abrigada pelas hipóteses previstas no paradigma suscitado.
4. Conforme assentado no pronunciamento agravado, o objeto dos

paradigmas apontados diz respeito ao afastamento de dispositivo de
RCL 51820 AGR / MG
constituição estadual em desacordo com o princípio da simetria e em

nada versam sobre a matéria debatida nesta medida, qual seja,
intervenção do Poder Judiciário nos critérios de correção de banca
examinadora de concurso público.
5. Assim, in casu, fica afastada qualquer alegação no sentido de que

houve desrespeito à autoridade do entendimento deste Supremo Tribunal
nas ADIs nº 2.872/PI e nº 5.003/SC, pois a jurisprudência pacífica da Corte
exige aderência estrita entre o ato reclamado e o conteúdo do paradigma
apontado como violado.
6. Não havendo estrita aderência entre o conteúdo do ato reclamado

e o objeto do paradigma, é incabível o manejo da ação reclamatória.
7. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem

de mero inconformismo com a decisão proferida, não havendo
argumentos suficientes a invalidá-la. Assim, pretende-se apenas a
rediscussão da matéria.
8. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.

Relator
Extrato de Ata - 24/10/2022
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 51.820

PROCED. : MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : GABRIEL MOREIRA BRAGA (158129/MG)
ADV.(A/S) : GABRIEL MARQUES FERREIRA (159597/MG)
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DO GRUPO JURISDICIONAL DE
JUIZ DE FORA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo

regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 14.10.2022 a 21.10.2022.
Composição: Ministros André Mendonça (Presidente), Gilmar

Mendes, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Nunes Marques.
Hannah Gevartosky
Secretária
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código B2A0-06FC-2B2E-D556 e senha 3C35-AEC2-EC35-E340

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24/10/2022 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 51.820 MINAS GERAIS

RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ADIs Nº

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RCL 51820 AGR / MG

Vistos, relatados e discutidos estes autos, na Sessão Virtual

Brasília, 24 de outubro de 2022.

Ministro ANDRÉ MENDONÇA

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24/10/2022 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 51.820 MINAS GERAIS

RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA

O SENHOR MINISTRO ANDRÉ MENDONÇA:

1. Trata-se de agravo regimental interposto por Gabriel Moreira

2. O agravante reitera os argumentos da inicial, destacando que no

3. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo não

Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12

RCL 51820 AGR / MG

“8. O agravo é manifestamente improcedente eis que não

9. A propósito, o Supremo Tribunal Federal já decidiu

10. No tocante aos julgados invocados, conforme bem

11. No caso, não ficou devidamente demonstrada em que

12. Por outro lado, no que tange à alegada aplicação

13. Ainda para a correta compreensão do tema, mister

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RCL 51820 AGR / MG

632.853/CE, de relatoria do Min. Gilmar Mendes:

‘Na espécie, o acórdão recorrido divergiu desse

14. Conforme se pode perceber, o desprovimento do RE

Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12

RCL 51820 AGR / MG

questões, analisando-as "de acordo com a doutrina e a literatura

15. É cediço que ao Poder Judiciário, em subserviência à

16. In casu, a Tese 485 encontra adequação, haja vista

17. Não há razões, portanto, para a reforma da decisão

18. Ante o exposto, manifesta-se o Ministério Público

4. O agravado, Município de Juiz de Fora/MG, em contrarrazões,

Ministro ANDRÉ MENDONÇA

Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12

24/10/2022 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 51.820 MINAS GERAIS

O SENHOR MINISTRO ANDRÉ MENDONÇA (RELATOR):

1. Os argumentos do agravante não merecem prosperar.

2. Pela decisão agravada, neguei seguimento à reclamação nos

“(...) 8. Em sede infraconstitucional, encontra regulação

Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12

RCL 51820 AGR / MG

13. Ora, nenhum desses julgamentos socorre a parte

Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12

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(Ag.Reg. na Reclamação 37.252/DF, Primeira Turma,

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RCL 51820 AGR / MG

3. Ainda que o agravante insista em afirmar afronta ao decidido por

4. Conforme assentado no pronunciamento agravado, o objeto dos

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RCL 51820 AGR / MG

constituição estadual em desacordo com o princípio da simetria e em

5. Assim, in casu, fica afastada qualquer alegação no sentido de que