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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

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03/11/2022 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.297


GOIÁS

RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES


AGTE.(S) : COMPANHIA ULTRAGAZ S A
ADV.(A/S) : RODRIGO ALEXANDRE LAZARO PINTO
ADV.(A/S) : EDUARDO SIMOES FLEURY
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO
GERAL. INSUFICIÊNCIA. MATÉRIA DE ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL. EXAME DE DIREITO LOCAL.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. REAPRECIAÇÃO DE PROVAS.
INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF.
1. Os Recursos Extraordinários somente serão conhecidos e julgados,
quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem
analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de
interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão
geral, que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a
existência de acentuado interesse geral na solução das questões
constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa
puramente de interesses subjetivos e particulares.
2. A obrigação do recorrente em apresentar formal e motivadamente
a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão
constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa,
conforme exigência constitucional e legal (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art.
1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações
desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o tema
controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância
para o cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não
interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos

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ainda divagações de que a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras de
igual patamar argumentativo.
3. A questão controvertida foi solucionada com base na legislação
infraconstitucional federal (Lei Complementar 87/1996) e local (Lei
Estadual 11.651/1991 e Regulamento do Código Tributário Estadual).
Logo, inviável a interposição do presente apelo extremo, pois eventual
violação à Constituição da República deu-se de maneira indireta ou
reflexa. Incide, na hipótese, o óbice da Súmula 280 do STF (Por ofensa a
direito local não cabe recurso extraordinário).
4. O Tribunal de origem concluiu, com fundamento nos fatos e
provas constantes dos autos, que a parte ora agravante não faz jus ao
creditamento do ICMS relativo às operações de transporte de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP). Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 do
STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário).
5. Agravo Interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021,
§§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação
unânime, fica condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um
por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser
condição para a interposição de qualquer outro recurso (à exceção da
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o
pagamento ao final).
AC ÓRDÃ O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo


Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Primeira Turma, sob a Presidência
da Senhora Ministra CÁRMEN LÚCIA, em conformidade com a certidão
de julgamento, por unanimidade, acordam em negar provimento ao
agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo
Civil de 2015, condenar a parte agravante a pagar à parte agravada multa
de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa
a ser condição para a interposição de qualquer outro recurso (à exceção
da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o

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pagamento ao final), nos termos do voto do Relator.

Brasília, 3 de novembro de 2022.

Ministro ALEXANDRE DE MORAES


Relator

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RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES


AGTE.(S) : COMPANHIA ULTRAGAZ S A
ADV.(A/S) : RODRIGO ALEXANDRE LAZARO PINTO
ADV.(A/S) : EDUARDO SIMOES FLEURY
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):


Trata-se de Agravo Interno contra decisão que negou seguimento ao
Recurso Extraordinário com Agravo, sob os argumentos de que (a)
deficiente a fundamentação a respeito da existência de Repercussão Geral
da matéria; (b) trata-se de matéria índole infraconstitucional; (c) inviável
o exame de direito local, incidindo a Súmula 280/STF; e (d) inadmissível a
reapreciação de fatos e provas, conforme disposto na Súmula 279 do STF.

No Agravo Interno, a parte agravante sustenta (a) a existência de


repercussão geral da matéria constitucional; (b) violação direta à
Constituição Federal, sendo inaplicável o óbice da Súmula 280; e (c) ser
desnecessária a análise dos fatos e provas constantes dos autos.

É o relatório.

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VOTO

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):


Eis a decisão ora agravada:

“Decisão

Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto


em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, assim ementado (Vol. 63, fl. 11):

“EMENTA: Apelação cível. Ação anulatória de


débito fiscal.
I - Nulidade das autuações. Não há que falar em
nulidade das autuações, porquanto os créditos tributários
foram devidamente identificados nas planilhas levadas à
análise da Auditoria Básica do ICMS, sendo possível
compreender suficientemente os elementos de apuração
do débito, tanto que viabilizou o exercício da ampla defesa
e do contraditório durante o trâmite do processo
administrativo tributário.
II - Aproveitamento de crédito. Operação não
tributada. Princípio da não cumulatividade. A
Constituição Federal, no artigo 155, § 2º, inciso X, alínea
'b', estatui que o ICMS não incidirá sobre operações que
destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados. Embora seja a não-cumulatividade do ICMS
princípio constitucional consubstanciado no direito
subjetivo à compensação de seus valores, a própria
Constituição Federal o excepciona no art. 155, §2º, II, “a”,
quando prevê que a isenção, salvo determinação em
contrário da legislação, não implicará crédito para

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compensação com o montante devido nas operações ou


prestações seguintes.
III - Creditamento do ICMS sobre os serviços de
transporte interestadual. Cláusula FOB. Não prospera a
tese do direito ao creditamento do ICMS sobre os serviços
de transporte interestadual, ao argumento de que o frete
foi contratado sob a cláusula FOB (free on board), pois o
direito ao crédito de tais valores, nos termos previstos no
art. 46, inciso II, 'b', do RCTE, está condicionado a que a
prestação do serviço esteja vinculada à operação tributada,
não havendo que falar em ofensa ao princípio da não-
cumulatividade.
IV – Bis in idem na aplicação das multas.
Inexistência. Não há que se falar em bis in idem na
aplicação das multas, tendo em vista que as penalidades
foram aplicadas sobre fatos geradores distintos.
V- Multa. Caráter confiscatório. A multa imposta não
apresenta caráter confiscatório, tampouco afronta os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
porquanto o percentual constante do artigo 71, inciso IV,
alínea “a”, do CTE, encontra-se em sintonia com o
entendimento do excelso Supremo Tribunal Federal no
sentido de que as multas que não ultrapassem o limite de
100% do valor do tributo não são consideradas
confiscatórias.
Apelação cível conhecida e desprovida”.

Opostos Embargos de Declaração (Vol. 66), foram


rejeitados (Vol. 68).

No Recurso Extraordinário (Vol. 71), interposto com


amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a CIA
ULTRAGAZ S/A alega que o acórdão recorrido violou o 155, §
2º, II, CF/1988 e o art. 1022 do CPC, sustentando, em síntese,
que (Vol. 71, fl. 10):

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“[...] o GLP [Gás Liquefeito de Petróleo] é objeto de


tributação pelo ICMS-ST e a regra de imunidade nas
operações interestaduais não é um benefício fiscal ou uma
vantagem ao contribuinte distribuidor ou consumidor do
GLP, mas uma mera técnica de garantia para que o ICMS
incida apenas uma vez e o respectivo produto da
arrecadação seja exclusivamente em favor do estado de
destino.
[…]
Assim, a recorrente envia o GLP (tributado pelo
ICMS -ST) para suas filiais goianas para atender o
mercado consumidor ali localizado. Na remessa
interestadual, como vimos acima, não há incidência do
ICMS sobre o GLP (já tributado), mas há a cobrança de
ICMS sobre o serviço de transporte dessa mercadoria (no
caso, o GLP).
Nesse particular, como se não bastasse o fato de ter
arcado com o ICMS devido relativo ao serviço de
transporte, cujo valor do imposto é destacado no
documento de transporte – CT-e, e assumido o ônus fiscal
do ICMS-ST recolhido pela refinaria, é de clareza solar que
o crédito fiscal sobre o transporte devido deve ser
apropriado em face do princípio da não cumulatividade,
eis que a mercadoria transportada (GLP) é objeto de
tributação pelo ICMS -ST .
[…]
Nesse giro, a recorrente faz jus ao crédito do ICMS
sobre o frete suportado na operação interestadual de
transporte do GLP, considerando que a operação em
questão é tributada pelo ICMS”.
[…]
Dessa forma, conforme argumentos citados no tópico
anterior, devemos ter como premissa o princípio da não
cumulatividade, sobretudo pelo fato de a empresa ter
efetivamente arcado com impostos – ICMS-ST na operação
com GLP, e ICMS na operação de transporte.

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Nessa esteira de ideias, é notório que sobre as


operações realizadas com o GLP incide o ICMS-ST,
cobrado antecipadamente pela fonte retentora, sob o
regime da SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, nos termos do
Convênio ICMS nº 110 de 28.09.2007, que definitivamente
não poderia nem de longe ser comparado aos institutos da
isenção ou não -incidência.
[…]
Dessa maneira, é imperioso concluir pela
possibilidade de utilização do crédito pela Recorrente,
visto que a mesma foi quem suportou o ônus do serviço
de transporte, arcando com o pagamento do ICMS sobre o
frete, seja CIF (embutida no preço) ou FOB (destacada em
nota e recolhida diretamente pela autora), sendo
impossível proibi-la de creditar-se do valor pago, haja
vista que o ICMS é imposto que respeita o Princípio da
Não-Cumulatividade, previsto pelo art. 155, II, §2°, I, II,
"a" e "b" da Constituição Federal de 1988, de tal forma que
o valor obtido nas operações anteriores é abatido na forma
de crédito nas operações subsequentes”.

Ao final, requer “seja reconhecida a possibilidade de


creditamento de ICMS relativo às operações de transporte de
GLP, sobretudo pelo fato de restar comprovado que não se trata
de operações isentas ou não tributadas, já que sofrem
recolhimento de ICMS-ST e ICMS sobre o serviço de
transporte” (Vol. 71, fl. 17).

O Tribunal de origem não admitiu o RE, aos fundamentos


de que (a) é inadmissível sua interposição por violação à
legislação infraconstitucional; e (b) incide o óbice da Súmula
280 do STF, uma vez que a matéria foi solucionada com
fundamento na Lei Estadual 11.651/1991 (Vol. 80).

No Agravo (Vol. 86), a parte defendeu a inaplicabilidade


da Súmula 280/STF ao caso.

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Ato contínuo, a Presidência desta SUPREMA CORTE


negou seguimento ao apelo extremo ao fundamento de que fora
interposto extemporaneamente (Vol. 112).

Opostos Embargos de Declaração (Vol. 113), houve a


reconsideração da decisão agravada e posterior distribuição do
processo (Vol. 119).

É o relatório. Decido.

Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e


julgados, quando essenciais e relevantes as questões
constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao
recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a
apresentação formal e motivada da repercussão geral que
demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a
existência de acentuado interesse geral na solução das questões
constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa
puramente de interesses subjetivos e particulares.
A obrigação do recorrente de apresentar, formal e
motivadamente, a repercussão geral que demonstre, sob o
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a
relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os
interesses subjetivos da causa, conforme exigência
constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art.
1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se
confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos
fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso
concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla
repercussão e de suma importância para o cenário econômico,
político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e
simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c)
a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é
incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras

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alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR,


Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de
25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR,
Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI
717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
DJe de 13/8/2012).
No caso concreto, foram os seguintes os fundamentos da
parte recorrente para sustentar a repercussão geral da matéria
(Vol. 71, fl. 5):

“12. Um dos requisitos para a admissão do Recurso


Extraordinário é que esteja presente a repercussão geral,
requisito este previsto no artigo 102, inciso III, §3º, que
preleciona o seguinte:
(…)
13. Requisito este que está presente no Recurso em
tela, visto que a decisão recorrida incorreu em violação ao
ordenamento tributário constitucional ao restringir o
direito constitucional da Recorrente em tomar créditos
sobre o ICMS, em contrariedade ao art. 155, §2º, II, da
Constituição Federal. O presente Recurso Extraordinário
visa esclarecer a abrangência da norma constitucional
citada.
14. Utiliza-se, portanto do presente Recurso
Extraordinário para sanar a questão acima aludida, logo
presente o requisito da repercussão geral, pois faz -se
necessária a análise da problemática em tela com vistas a
conferir segurança ao sistema tributário. Se o Supremo
Tribunal Federal é o guardião da Constituição Federal,
cabe a este respeitável órgão o poder/dever de assegurar
que os direitos e garantias fundamentais sejam
cumpridos.”

Não havendo demonstração fundamentada da presença


de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso

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Extraordinário.

Além disso, eis os fundamentos do acórdão recorrido para


manter a sentença que julgou improcedente ação anulatória de
débito fiscal referente ao imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e serviços de comunicação - ICMS, referente aos
exercícios de 2010 a 2013 (Vol. 63, fl. 2):

“Ao que emerge dos autos, a empresa


autora/Apelante atua no ramo de distribuição de Gás
Liquefeito de Petróleo – GLP, tendo sido autuada por
aproveitamento indevido de créditos de ICMS incidente
sobre serviços de transporte de GLP, operações
beneficiadas com isenção ou não tributação do ICMS (PAT
nº 4011401051436), no período de 01/01/2010 a 31/12/2013,
e por deixar de estornar crédito de ICMS sobre esses
serviços de transporte rodoviário de cargas, relativo às
operações isentas ou não tributadas de entradas e saídas
(PAT 4011401409845), no mesmo período.
[...]
A questão controversa prende-se a possibilidade de
aproveitamento do crédito do ICMS incidente sobre o
transporte rodoviário de cargas – gás liquefeito de
petróleo (GLP), operações acobertadas pela imunidade
tributária.
Convém registrar, que as operações interestaduais
com derivados de petróleo, inclusive combustíveis
líquidos e gasosos deles derivados, não estão sujeitas à
incidência de ICMS, consoante dispõe o art. 155, § 2º, X,
“b”, da Constituição Federal, o art. 3º, III, da Lei
Complementar nº 87/96 e o art. 37, I, “b”, do Código
Tributário Estadual.
Por outro lado, o mesmo art. 155, § 2º, em seu inciso
II, alínea “a”, da CF, estabelece que a isenção ou não
incidência do ICMS, salvo determinação em contrário, não

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implica crédito para compensação com o montante devido


nas operações ou prestações seguintes.
Por sua vez, a Lei Complementar nº 87/96, em seus
arts. 19, 20, § 1º, e 21, inciso I, assim estabelece:

Art. 19. O imposto é não-cumulativo,


compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.
Art. 20. Para a compensação a que se refere o
artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo o
direito de creditar-se do imposto anteriormente
cobrado em operações de que tenha resultado a
entrada de mercadoria, real ou simbólica, no
estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou
consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento
de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal ou de comunicação. § 1º Não dão
direito a crédito as entradas de mercadorias ou
utilização de serviços resultantes de operações ou
prestações isentas ou não tributadas, ou que se
refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade
do estabelecimento.
Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o
estorno do imposto de que se tiver creditado sempre
que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento: I - for objeto de saída ou prestação
de serviço não tributada ou isenta, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da
mercadoria ou da utilização do serviço.

No âmbito estadual, o Código Tributário Estadual


(Lei 11.651/91) em seus artigos 60 e 61, assim dispõe:

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Art. 60. Não implicará crédito, para


compensação com o montante do imposto devido
nas operações ou prestações seguintes: I - as entradas
de mercadorias ou bens ou utilização de serviços: a)
resultantes de operações ou prestações isentas ou
não tributadas;
Art. 61. O sujeito passivo deverá efetuar o
estorno do imposto de que se tiver creditado, sempre
que o serviço tomado, a mercadoria ou bem entrados
no estabelecimento, quando: I - imprevisível a
ocorrência das circunstâncias seguintes, na data da
entrada da mercadoria ou da utilização do serviço
que: a) for objeto de saída ou prestação de serviço
correspondente isenta ou não tributada.

Também o Regulamento do Código Tributário


Estadual, em seu art. 57, estatui:

Art. 57 do RCTE: Não implica crédito (Lei n°


11.651/91, art. 60): 1 - a entrada de mercadoria, bem
ou utilização de serviço: a) resultante de operação ou
prestação isentas ou não tributadas; § 1º A vedação
do crédito prevista neste artigo estende-se ao
imposto incidente sobre serviço de transporte ou de
comunicação vinculado com a mercadoria objeto da
operação.

Nesse contexto, embora seja a não-cumulatividade


do ICMS princípio constitucional consubstanciado no
direito subjetivo à compensação de seus valores, a própria
Constituição o excepciona no art. 155, §2º, II, “a”, quando
prevê que a isenção, salvo determinação em contrário da
legislação, não implicará crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações seguintes.
Bem por isso, o contribuinte deve promover o
estorno do tributo sempre que o serviço ou a mercadoria

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que deu entrada no estabelecimento for objeto de saída ou


prestação de serviço não tributada ou isenta.
[...]
Dessarte, não sendo a operação tributada pelo ICMS,
não há direito ao aproveitamento do crédito. Portanto, não
prospera a tese defendida pela recorrente do direito ao
creditamento do ICMS sobre os serviços de transporte
interestadual, ao argumento de que o frete foi contratado
sob a cláusula FOB (free on board), pois o direito ao
crédito está condicionado a que a prestação do serviço
esteja vinculada à operação tributada, não havendo que
falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade.
[...]
Por conseguinte, com bem pontuou o juiz
sentenciante o lançamento dos tributos seguiu
estritamente a legislação de regência da matéria,
porquanto se as operações interestaduais com derivados
de petróleo não sofrem tributação, não há que se falar em
direito de aproveitar o crédito do ICMS incidente sobre o
transporte de tais mercadorias”.

Verifica-se, portanto, que a questão controvertida foi


solucionada com base na legislação infraconstitucional federal
(Lei Complementar 87/1996) e local (Lei Estadual 11.651/1991 e
Regulamento do Código Tributário Estadual). Logo, inviável a
interposição do presente apelo extremo, pois eventual violação
à Constituição da República deu-se de maneira indireta ou
reflexa.
Incide, na hipótese, o óbice da Súmula 280 do STF (Por
ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário).

Por outro lado, o Tribunal de origem concluiu, com


fundamento nos fatos e provas constantes dos autos, que a
parte ora agravante não faz jus ao creditamento do ICMS
relativo às operações de transporte de Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP). Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 do STF

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(Para simples reexame de prova não cabe recurso


extraordinário).

Nesse sentido, cito os seguintes precedentes:

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO
TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO. SERVIÇOS DE
TRANSPORTE VINCULADOS A OPERAÇÕES NÃO
TRIBUTADAS. FRETE. LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. FATOS
E PROVAS. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. O recurso extraordinário é instrumento de
impugnação de decisão judicial inadequado para a análise
de matéria infraconstitucional, bem como para a valoração
e exame minucioso do acervo fático-probatório
engendrado nos autos (Súmula 279 do STF).
2. Agravo interno desprovido, com imposição de
multa de 1% (um por cento) do valor atualizado da causa
(artigo 1.021, § 4º, do CPC), caso seja unânime a votação.
3. Honorários advocatícios majorados ao máximo
legal em desfavor da parte recorrente, caso as instâncias
de origem os tenham fixado, nos termos do artigo 85, § 11,
do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§
2º e 3º e a eventual concessão de justiça gratuita.” (ARE
1.390.108-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe
de 13/9/2022)

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO
TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE ISS OU ICMS.
CREDITAMENTO. CONTRATO DE EMPREITADA.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
REFLEXA. FATOS E PROVAS. REEXAME.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

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1. O recurso extraordinário não se presta à análise de


matéria infraconstitucional, tampouco ao reexame dos
fatos e das provas constantes dos autos (Súmula 279 do
STF).
2. Agravo interno desprovido, com imposição de
multa de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da
causa (artigo 1.021, § 4º, do CPC), caso seja unânime a
votação.
3. Honorários advocatícios majorados ao máximo
legal em desfavor da parte recorrente, caso as instâncias
de origem os tenham fixado, nos termos do artigo 85, § 11,
do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§
2º e 3º e a eventual concessão de justiça gratuita.” (ARE
1.390.546-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe
de 13/9/2022)

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE
MERCADORIAS DESTINADAS À EXPORTAÇÃO.
ISENÇÃO. CREDITAMENTO. LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. FATOS
E PROVAS. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. Não se presta o recurso extraordinário para a
análise de matéria infraconstitucional, tampouco para o
reexame dos fatos e das provas constantes dos autos
(Súmula 279/STF).
2. Agravo interno desprovido, com imposição de
multa de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da
causa (artigo 1.021, § 4º, do CPC), caso seja unânime a
votação.
3. Honorários advocatícios majorados ao máximo
legal em desfavor da parte recorrente, caso as instâncias
de origem os tenham fixado, nos termos do artigo 85, § 11,
do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§

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2º e 3º e a eventual concessão de justiça gratuita.” (RE


1.380.116-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe
de 9/9/2022)

Por fim, a alegada violação ao art. 1022 do Código de


Processo Civil não pode ser analisada nesta via extraordinária.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento


Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO
AO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes


a 10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas
instâncias ordinárias (Código de Processo Civil de 2015, art. 85,
§ 11).

Ficam AMBAS AS PARTES advertidas de que:

- a interposição de recursos manifestamente inadmissíveis


ou improcedentes, ou meramente protelatórios, acarretará a
imposição das sanções cabíveis;

- decorridos 15 (quinze) dias úteis da intimação de cada


parte sem a apresentação de recursos, será certificado o trânsito
em julgado e dada baixa dos autos ao Juízo de origem.

Publique-se.

Não há reparo a fazer no entendimento aplicado, pois o agravo


regimental não apresentou qualquer argumento apto a desconstituir os
óbices apontados.
A rigor, a presente impugnação mostra-se manifestamente
improcedente: sua fundamentação limita-se ao mínimo para se credenciar
ao conhecimento e não revela qualquer esforço real e efetivo em reverter
o ato atacado.

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Além do mais, conforme consta ao final da decisão acima transcrita,


a parte foi advertida de que recursos incabíveis ou protelatórios
receberiam as sanções pertinentes.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO AO AGRAVO INTERNO. Na


forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em
caso de votação unânime, condeno o agravante a pagar ao agravado
multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio
passa a ser condição para a interposição de qualquer outro recurso (à
exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça,
que farão o pagamento ao final).

É o voto.

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Extrato de Ata - 03/11/2022

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.297


PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : COMPANHIA ULTRAGAZ S A
ADV.(A/S) : RODRIGO ALEXANDRE LAZARO PINTO (235177/SP)
ADV.(A/S) : EDUARDO SIMOES FLEURY (273434/SP)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo


interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de
Processo Civil de 2015, condenou a parte agravante a pagar à parte
agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo
depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao
final), nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 21.10.2022 a 28.10.2022.

Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Dias Toffoli,


Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Luiz Gustavo Silva Almeida


Secretário da Primeira Turma

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