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Ementa e Acórdão
EMENTA
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
RELATÓRIO
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Constituição Federal.
Informa, ato-contínuo, que o Decreto nº 118/90 veio a ser
anulado pelo Governador eleito do Estado, por meio do Decreto
nº 279, de 05 de junho de 1992, diante do rosário de ilegalidades
cometidos pelo seu predecessor (sic, fls. 18), por supostamente
eivado de nulidade insanável, passível de correção pela via
administrativa.
Tal anulação, contudo - ainda segundo a inicial, não se
mostrou suficiente para tranquilizar a população roraimense
quanto à situação fundiária do Estado, o que o obriga ao
ajuizamento de diversas ações para a reivindicação de imóveis
transferidos a sua titularidade com o ato de criação pela CF/88.
Daí o interesse no provimento judicial declaratório, a uma só
vez, de pertencerem ao ente federativo autor todas as terras
que compunham o ex-território federal de Roraima.
Regularmente citados, os réus contestaram o feito, tendo a
União pugnado pelo reconhecimento de sua ilegitimidade
passiva para a causa e da impossibilidade jurídica do pedido
deduzido. O Município de Boa Vista, por seu turno, arguiu, em
sede de preliminares, a carência da ação e a litispendência. No
mérito, aduziu que o objeto da presente lide constitui,
precipuamente, a base territorial do ente federativo municipal,
um de seus elementos constitutivos, visto não se poder falar de
município sem uma base territorial autônoma. Alega, na
sequência, que a Constituição foi clara ao determinar que os
novos Estados teriam sua criação e implantação procedidas sob
os mesmos critérios adotados quando da criação do Estado de
Rondônia, quais sejam, os postos na Lei Complementar nº 41,
de 22 de dezembro de 1981. Argumenta, por fim, que o atacado
Decreto nº 118/90 foi editado com estrita obediência à Lei
Complementar mencionada, bem como ratificado
expressamente pela Assembleia Legislativa do Estado de
Roraima, por meio do Decreto Legislativo nº 13/1992.
Às fls. 174-84, o Ministério Público Federal enfatiza a
abrangência do pedido deduzido, não limitado às terras
transferidas ao Município de Boa Vista, e sim a alcançar terras
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essas áreas.
Em seu parecer, o MPF arguiu a inépcia da inicial, ao
argumento de não decorrer, a conclusão pretendida,
logicamente da narração dos fatos articulados, e da
impossibilidade jurídica do pedido. Acresce que teria havido
alteração do pedido após a fase postulatória, o que é vedado
pela legislação processual.
Por fim, comparece o Estado de Roraima,
intempestivamente, apresentando suas considerações finais (fls.
334/370), nas quais pugna pelo não acolhimento dos
requerimentos de extinção do processo sem resolução do
mérito, especialmente a alegação de inépcia da petição inicial,
trazida pelo MPF em sua última manifestação. No ponto,
informa que tanto as partes passivas quanto o Ministério
Público retiram suas conclusões de interpretação equivocada do
pedido deduzido na exordial. Com efeito, esclarece, no esteio
do quanto ponderado pelo MPF na manifestação das fls. 174-84,
que a presente ação não possui como objeto apenas a gleba de
4.349,6094 ha alienada ao Município de Boa Vista. Este seria,
segundo alega, apenas um exemplo arrolado na inicial da
situação fundiária instalada, bem como da necessidade de se obter
um provimento judicial declaratório que se apresente como baliza,
para que outras questões semelhantes não venham a surgir (fls. 354).
O pedido deduzido se referiria, ao contrário, à totalidade de
terras anteriormente integrantes do domínio da União Federal
no ex-Território Federal de Roraima (fls. 253). Em outras
palavras, o provimento declaratório pretendido há de abranger
todo o território do Estado, excluídos, apenas, as áreas objeto de
direito de terceiros por título legítimo anterior à CF/88 e os bens
por esta Carta reservados à União, v.g. as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Quanto ao mérito, defende a procedência do pedido
declaratório, reiterando os termos da exordial.
Intimadas as partes intimadas a se manifestarem sobre a
possibilidade de remessa dos autos à Câmara de Conciliação e
Arbitragem da Administração Pública Federal - CCAF, vieram a
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Relatório
(...)
5. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp. 1106764/RJ, STJ, Primeira Turma Rel. Min.
Luiz Fux, j. 20/10/2009, Dje. 02/02/2010). (Grifos inovados)
Assim sendo, reitero, carece a parte autora do necessário
interesse processual, condição da ação, nos termos do art. 267,
VI, do Código de Processo Civil, diante do pedido de
declaração do que o autor entende seja o teor ou a interpretação
do art. 14 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Ademais, não fosse a parte autora carente de interesse
processual desde o nascedouro da presente demanda, forçoso
seria reconhecer a superveniência da perda de tal condição da
ação, haja vista que a declaração buscada nos autos foi
materializada pela da Lei nº 10.304, de 05 de novembro de
2001, a qual, segundo sua ementa, transfere ao domínio dos
Estados de Roraima e do Amapá terras pertencentes à União e dá
outras providências.
Dispõe o art. 1º da referida norma:
Art. 1º. As terras pertencentes à União
compreendidas nos Estados de Roraima e do Amapá
passam ao domínio desses Estados, mantidos seus atuais
limites e confrontações, nos termos do art. 14 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
O regulamento da lei referida veio em 2009, por meio do
Decreto nº 6.754, de 28 de janeiro, o qual dispôs:
Art. 1º. Ficam transferidas gratuitamente ao Estado
de Roraima as terras públicas situadas em seu território
que estejam arrecadadas e matriculadas em nome da
União, em cumprimento ao disposto no art. 1º da Lei nº
10.304, de 05 de novembro de 2001.
A evidente ausência de interesse processual se fortalece,
por qualquer ângulo, após a edição do diploma legal em
referência, ensejador em qualquer hipótese da perda do objeto
da demanda, de todo desnecessária a tutela jurisdicional.
Esclareça-se, por pertinente, que a edição pelo Poder
Legislativo Federal da referida Lei nº 10.304/2001 não implica o
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Relatório
competência para fazer a doação das terras referidas naquele decreto e ali
discriminadas, pois anterior à primeira composição da Assembleia
Legislativa, razão pela qual inexistente autorização legislativa para o ato,
portanto nulo de pleno direito.
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
VOTO
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Voto - MIN. ROSA WEBER
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Voto - MIN. ROSA WEBER
É como voto.
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Extrato de Ata - 21/08/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
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