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Professora Titular de História Moderna da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Pesquisadora do CNPq; Cientista do Nosso Estado FAPERJ; Coordenadora principal do Pronex
(FAPERJ/CNPq) Dimensões e Fronteiras e Dimensões do Estado brasileiro no século XIX (2010-
2912).
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opinião e polêmica. Desse modo, eles constroem a história de um tempo, constituindo-
se, portanto, como memórias que, ao apresentar visões distintas de um mesmo fato,
servem para repensar a História. Nesse caso, para reconsiderar a conjuntura política que
moldou a Independência do Brasil e o novo Estado a ser implantado. Este, frente, às
polêmicas e discussões daquela época, não mais poderia se fazer sem a elaboração de
uma Constituição, ainda que outorgada, por meio de uma divisão de poderes, que
respeitasse a participação dos cidadãos.
* * *
Desde fins do ano de 1820, notíciais pormenorizadas sobre o sucesso da
revolução liberal em Portugal chegaram ao Brasil. A proposta fundamental do
movimento era "uma reforma de abusos e uma nova ordem de coisas", substituindo as
práticas do Antigo Regime pelas do liberalismo, embora sob a ótica das mitigadas
Luzes ibéricas (A Regeneração, 1821: 3). Com a propagação das novas idéias e a
explosão de um clima de agitação que tomara conta de diversas províncias, em especial,
aquelas do norte e nordeste do Brasil, o governo de D. João não mais podia ignorar
aquela situação, devendo se posicionar acerca da convocação de Cortes pelos revoltosos
portugueses (SILVA, 1978-79: 1-52; PROENÇA, 1990; ALEXANDRE, 1993: 261-
286; 387-440; NEVES, 2003: 231-246). Além disso, os próprios acontecimentos no
lado de cá do Atlântico passaram a pressionar o governo a tomar decisões. Em 1o de
janeiro de 1821, o Grão-Pará foi a primeira província a manifestar a adesão ao
movimento liberal português: “no dia 1o de janeiro do corrente, o clero, o povo, as
tropas e todas as autoridades constituídas desta capital aclamaram e solenemente
juraram obediência a El-rei, ao Senhor D. João VI e à augusta Casa de Bragança, às
Cortes nacionais e à Constituição, que por elas for estabelecida, mantida a religião
católica” (O PREGOEIRO, 1821: 103).1
1
Ofício de 5 de fevereiro de 1821. Apud O Pregoeiro Lusitano, 1821, p. 103. Ver também Diário
das Cortes Sessão 27 março 1821, p. 369.
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A Bahia é a nossa pátria [...] Nós somos os salvadores do nosso país; a demora é
prejudicial, o despotismo e a traição do Rio de Janeiro maquinam entre nós, não
devemos consentir que o Brasil fique nos ferros da escravidão. Soldados!
Ganheis a glória de destruir a tirania [...], libertemos a nossa aflita pátria,
ganhemos este imortal troféu e proclamemos: Viva a nossa religião. Viva a
Constituição e Cortes na Bahia e Brasil. Viva El-Rei D. João 6º, nosso soberano
pela Constituição!
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As baionetas, que, no sistema do florentino Maquiavel, eram as últimas razões dos
tiranos, são hoje as últimas razões do povo. Do povo, tornamos a repetir, do povo,
que antes de servir das baionetas, se serviu de lágrimas e humildes representações,
que nem chegavam aos ouvidos do mais amável dos soberanos (Idade d’Ouro. nº
13, 13 de fevereiro de 1821).
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Se os condutores do movimento – negociantes, bacharéis, oficiais e soldados –
agiam com prudência, uma vez que iniciaram um movimento, em que prestavam
juramento à futura Constituição a ser elaborada pelo Congresso de Lisboa, também
proclamavam obediência ao soberano, à dinastia e à “conservação da santa religião”,
uma linguagem mais enfática começava a circular nas ruas da cidade de Salvador, por
meio de panfletos manuscritos. Estes incitavam o povo a aderir ao movimento
constitucionalista português:
Às armas Cidadãos: é tempo! Às Armas
Nem um momento mais perder deveis
Se à força da razão, os Reis não cedem
Das armas ao poder cederão os reis
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Eia pois ó Brasileiros! Levantai o grito da Liberdade e logo do Amazonas até o
Prata haverá Congresso Nacional, haverá Constituição que, tirando-nos do
aviltamento da escravidão, nos faça um Povo Livre e Representativo. Não vos
fascineis da fanática idéia do crime: ela é impostura do despotismo para acanhar o
brio dos homens. [...] Assumi pois a energia que vos caracteriza e mostrando ao
Mundo que partilhais da glória, exigi do Bom Rei, que nos rege, representação
política e Nacional (AHI – Coleções Especiais – capitania da Bahia –
Documentação do Ministério anterior a 1822. Lata 195, maço 1, pasta 7).
A situação tornava-se mais complexa: não apenas se pedia, mas já se exigia que
o soberano aceitasse a Constituição a ser elaborada em Portugal. Encontravam-se, ainda,
conselhos a D. João para assinar a Constituição, insistindo-se na crítica a seus ministros,
como Tomás Vilanova Portugal, que além de ministro de Estado, era homem de
confiança de D. João VI. Espírito ilustrado, embora defensor das estruturas do Antigo
Regime, se opôs radicalmente à Revolução Liberal do Porto de 1820 e às Cortes de
Lisboa:
Se queres ainda reinar
Olha beato João
Deves ir a Portugal
E assinar a Constituição
Se tu depressa não vais
Para o teu país natal
Ó João, olha que perdes
O Brazil e Portugal
[...]
Não te fies no malvado
No pérfido Tomás Antonio
Olha que quando te fala
Por ele fala o demônio.
[...]
Assina a Constituição
Não te faças singular,
Olha que a teus vizinhos
Já se tem feito assinar.
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Ao Povo, portanto, legislar compete,
Se a este aviso o Rei não cede
As Armas cederá o seu poder inerte
Da Nação, o Rei não é mais que Chefe
Para executar a Lei por ela imposta
Como é possível, então, que o rei a dite
Não, não! Cidadãos eis a resposta.
Viva o rei que jurar a sábia Constituição
Que pelas Cortes for dada.
Da Portuguesa Nação (AHI – Coleção Especiais - Documentação do Ministério
anterior a 1822. Lata 195, maço 6, pasta 13, panfleto 22/23).
O texto, feito para ser lido, apresentava uma retórica em que a linguagem constitucional
já se fazia presente, embora possa ser levantada a hipótese de que o poder dado ao rei
pelo povo representava ainda uma perspectiva das antigas teorias corporativas de poder
(HESPANHA, 2004). De qualquer forma, as idéias liberais e constitucionais chegavam
ao Brasil.
Naquele contexto, era preciso ainda instruir o cidadão, que passava a ter um novo
espaço em uma sociedade constitucional. Ele devia votar adequadamente nas eleições
para a escolha dos deputados nas Cortes de Lisboa e saber desempenhar com eficiência
os cargos públicos. Nesse sentido, o Semanário Cívico usou uma forma de discurso
muito comum na época: o catecismo político, a fim de explicar aos novos cidadãos o
que eram Cortes e quais eram as características de um governo constitucional. Por meio
das tradicionais perguntas e respostas, definia a essência do governo constitucional.
Do Governo Constitucional:
P: Qual é o governo constitucional?
R: É aquele no qual um rei governa, segundo as leis fundamentais estabelecidas
pelo Congresso da nação, a que chamam Cortes.
P: Por que dizeis que esta forma de governo é a melhor?
R: Porque se acham divididos os três poderes, e seguros. O povo como soberano
por meio de seus deputados em Cortes faz as leis, conhece das suas necessidades, e
marca os remédios precisos. Os juízes segundo as leis da nação, e o rei, por assim
dizer, não tem outro ofício senão o de fazer manter em vigor estas mesmas leis, a
que todos estão sujeitos, de modo que nestas circunstâncias o rei pode fazer o bem,
privando-o de fazer mal (Semanário Cívico. nº 10, 3 de maio de 1821).
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boas leis, fundadas na natureza dos homens, nas suas precisões e tendo por alvo final a
sua felicidade” (nº 22, 24 de fevereiro de 1821; cf. SILVA, 2005: 303-320). As Cortes
eram identificadas como “uma representação nacional, pela qual só se pode regular
invariavelmente os destinos do povo e fixar para sempre a constância da sua felicidade”
(nº 24, 27 de fevereiro de 1821). Em relação ao conceito de liberdade, o redator alertava
que “a população francesa [fizera] um terrível abuso” da “palavra liberdade”, sendo seu
dever explicar as várias significações que o termo apresentava. Iniciava sua explicação
por uma conotação religiosa – um “sentimento religioso, que nos livra da tirania das
paixões e das ilusões e do demônio”. Em seguida, descrevia a definição dos políticos,
afirmando que “nos governos constitucionais esta Liberdade é a mãe dos bons
costumes”. Terminava seu artigo, anunciando que a liberdade civil era “o terror dos
perversos e a consolação dos justos”. Era o “mesmo que verdade e justiça” não se
devendo confundir “a Liberdade com a licença e desenvoltura”. Era, portanto, uma idéia
moderada da palavra, que se incorporava na maneira de sentir e pensar dos membros
das elites políticas e intelectuais, que aceitavam os princípios liberais, mas sem admitir
a perspectiva de uma democracia (nº 19, 21 de fevereiro de 1821).
Nesse sentido, nos primeiros meses de 1821, os escritos de circunstância
indicavam um debate político acerca da construção dos princípios da cultura política do
constitucionalismo e do liberalismo. A Bahia fora a segunda província a aderir ao
movimento liberal do Porto, sendo, entretanto, a primeira a formalizar seu desligamento
do Rio de Janeiro, no tocante à subordinação política e econômica, em ofícios às Cortes
de Lisboa, datado de junho de 1821. Justificava sua atitude por considerar arbitrária a
política do governo fluminense de manter sob seu controle as provinciais brasileiras.
Para a junta da Bahia, o decreto de 22 de abril de 1821, ainda de autoria do soberano D.
João VI, que anulava a vigência da Constituição gaditana no Brasil e estabelecia os
poderes da Regência e Governo provisório, confiado a D. Pedro, era abusivo, sendo
considerado um “monstro em política” e um desejo “mal coberto de semear a cizânia e
gerar divisões entre portugueses dos dois hemisférios”. Começavam a ficar evidentes as
tendências da Bahia em unir-se às Cortes de Lisboa, afastando-se, posteriormente, da
Regência de D. Pedro, na qual tendia a ver apenas a administração de mais uma
província da nação portuguesa.
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A posição radical da Bahia contra o Rio de Janeiro não deve, contudo, ser
explicada por uma visão simplista de uma postura contrária ao sistema constitucional ou
de oposição às propostas de autonomia do governo do Rio de Janeiro em relação a
Portugal. Para a Bahia, a mais importante ligação comercial continuava a ser feita com
Portugal. Daí, o papel dos negociantes que sempre se mostraram contrários aos tratados
de 1810, assinados entre a Corte fluminense e a Inglaterra. Uma proclamação
manuscrita a esse segmento demonstrava com clareza tal situação:
Negociantes da Bahia! Vós que sois o nervo do Estado; Vós sobre quem o
despotismo tem mais pesado e cujos interesses têm sido menos protegidos, que
fazeis !!!
Os vossos Irmãos e associados da Europa têm aberto a estrada da glória.
Segui-os, pois, e entoai com eles o canto saudável da Liberdade no Brasil = Viva a
Constituição e o Justo Rei, que não contravirá. (AHI – Coleções Especiais –
capitania da Bahia – Documentação do Miistério anterior a 1822. Lata 195, maço
1, pasta 7)
2
Para a análise da situação econômica e financeira de Portugal, ao longo de 1808 a 1820, cf. M.
Valentim Alexandre. Os sentidos do Império: a questão nacional e a questão colonial na crise do
Antigo Regime. Porto: Afrontamento, 1993, p. 261-286 e 387-440; Armando Castro. As finanças
públicas na economia portuguesa da primeira metade do século XIX. In: M. Halpern Pereira et al.
(coords.). O liberalismo na Península Ibérica na primeira metade do século XIX. v. 2, Lisboa: Sá da
Costa, 1982, p. 189-199.
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alguma prática política. Em suas andanças pelas ruas, “envolto nas massas do povo”,
identificava o partido “europeu”, que desejava manter a união com Portugal. O segundo,
que denominava de “aristocrata”, um partido “muito novo” no Brasil, era composto “de
alguns senhores de engenho, alguns empregados públicos e de mui poucos
eclesiásticos”. Seus membros encontravam-se “nos Tribunais Superiores e no corpo de
negociantes falidos, porém fidalgos do Rio de Janeiro”. Queria um “governo [...]
independente de Portugal”, com uma “Constituição e duas Câmaras”. O terceiro
almejava “governos provinciais independentes” e era um “partido democrata”. Nele,
incluía a maior parte do clero; os empregados públicos, que “ambicionavam os restos da
fortuna dos europeus”; e também a maioria dos senhores de engenho, “porque é o
partido das revoluções e com elas se vêem livres dos seus credores”(MARISCAL, 1931:
62-63). Este último era também chamado de partido “felisbertino”, liderado por
Felisberto Caldeira Brant Pontes, senhor de engenho, futuro marquês de Barbacena.
Uma curiosa carta, datada de 1º de março, destinada a importante personagem do
governo da Corte, a fim de que este entregasse a missiva ao soberano, apregoava que o
ministério do Rio de Janeiro estava vendido ao partido revolucionário, cujo cabeça era
Felisberto. Afirmava ainda que todos sabiam que a Capitania da Bahia estava a ponto de
fazer uma revolução, trabalhando para tal fim dia e noite. Descrevia o governador da
Bahia como um “tolo”, que não sabia de nada. Quando desejavam realizar coisas “muito
violentas para fazer desesperar o povo”; quando queriam fazer suas maldades
costumadas, convidavam o Conde para um jantar e “depois de estar borracho”, como
costumava, assinava tudo quanto eles queriam e “zombavam dele como de um menino
perdido” (AHI – Coleções Especiais – capitania da Bahia – Documentação do Miistério
anterior a 1822. Lata 195, maço 1, pasta 7).
O ano de 1821, portanto, marcou, sobretudo, o surgimento de escritos diversos
que demonstravam em verdade um debate que trazia à tona os novos valores das
linguagens políticas do liberalismo e do constitucionalismo. Jornais, folhetos impressos
e panfletos manuscritos não discutiam a questão de uma possível separação, mas a
adesão da Bahia ao regime constitucional português, opondo-se cada vez mais ao
governo do Rio de Janeiro. A polêmica acirrou-se no ano seguinte, opondo-se um
partido absolutista, favorável às Cortes a um partido brasileiro, defensor da causa
nacional. Em verdade, por detrás desses rótulos, outros elementos encontravam-se em
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disputa, não se devendo ainda esquecer de um fato primordial, muitas vezes, usado
como uma espécie de temor social – a escravidão africana. O principal argumento
aventado no Rio de Janeiro para não seguir os constitucionais de Portugal voltava-se
para a questão dos escravos, cuja disputa já existia desde o momento do Congresso de
Viena, em 1815. Neste, os plenipotenciários portugueses preocuparam-se muito mais
em reformular as condições do tratado de comércio de 1810, que arrasara a economia do
reino continental, e, em seguida, recuperar o território fronteiriço de Olivença, tomado
pelos espanhóis em 1801, do que preservar o tráfico negreiro, base da economia no
Novo Mundo.
* * *
Em síntese, alguns pontos podem ser destacados a partir dessa rápida análise
sobre os movimentos políticos de 1821/1822 na Bahia. Em primeiro lugar, pode-se
afirmar que tais anos foram marcados por uma inédita e ampla discussão política no
Brasil Reino. Incorporavam-se as linguagens do constitucionalismo e do liberalismo
ainda que a política não se encontrasse totalmente desvinculada da moral religiosa. De
qualquer forma, nos espaços públicos (GUERRA, LEMPÉRIÈRE et al., 1998), a
política começava a ser discutida, esboçando uma incipiente opinião pública (MOREL,
2005; NEVES, 2009: 1011-1023), em que, de um lado, os dirigentes viam-se na
contingência de fazer proclamações aos povos, informando-os das decisões realizadas;
de outro, manifestos, representações e libelos eram elaborados pelos habitantes que
tomavam posição em relação aos acontecimentos.
Em segundo, verifica-se, por meio dos conteúdos dos textos impressos e
manuscritos publicados naquela época, que a interpretação simplificadora, dominante
por algum tempo na historiografia, de um partido português versus um partido
brasileiro, era bem mais complexa, envolvendo questões políticas, econômicas, sociais
(Cf. RIBEIRO, 2002), além de valores distintos que iam muito além de uma suposta
identidade, pois muitos ainda se auto-proclamavam luso-brasileiros.
Verifica-se ainda que a oposição ao governo centralizado do Rio de Janeiro
signifcava uma proposta das elites locais de se organizaram com ampla autonomia nos
negócios internos e transformaram-se, em expressão de R. Barman, no governo de
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“pequenas pátrias” (BARMAN, 1988: 77-79) que contribuiu para ampliar a influência
local na administração e nos assuntos fiscais das províncias, característica funamental
da estrutura política do Brasil no Império.
Toda essa literatura de circunstância possibilitou, portanto, o início da entrada do
Brasil na via da política moderna, ainda que mesclada à política antiga (GUERRA,
1993). Ficava claro, entretanto, que o novo Estado a ser implantado, a partir de 1822,
não mais poderia fazer-se sem a elaboração de uma Constituição, ainda que outorgada,
mas aprovada pelas Câmaras Municipais, e que estabelecia uma divisão de poderes,
respeitando os direitos daqueles que eram considerados, naquela época, como cidadãos.
FONTES E BIBLIOGRAFIA:
Fontes Manuscritas
Coleção Especiais - Documentação do Ministério anterior a 1822. Lata 195, maço 6, pasta 13.
Dl. 345.17. Emílio Joaquim da Silva Maia. Estudos Históricos sobre Portugal e Brasil. Estudo
décimo oitavo. Relação dos successos effetuados na Bahia no dia 10 de fevereiro de 1821.
S.L.S.D.
Fontes Impressas
Lembranças úteis tendentes a melhor reforma que o Brasil procura pela Constituição. Bahia,
Tip. da Viúva Serva & Carvalho, [1821]
Pernicioso poder dos perfidos validos conselheiros dos reis destruído pela Constituição.
Reimpresso no Rio de Janeiro, Imp. Régia, 1821.
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A Regeneração constitucional ou a guerra entre os corcundas e os constitucionais. Rio de
Janeiro, Imp. Régia, 1821.
SIERRA Y MARISCAL. Ideas Geraes sobre a revolução do Brasil, e suas conseqüências. Anais
da Biblioteca Nacional. (v. 53-54). Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1931.
SILVA, Antonio de Moraes Silva. Dicionário da Língua Portuguesa. (v. 2). Lisboa, Tip.
Lacerdina, 1813.
SILVA, Antonio de Moraes Silva. Dicionário da Língua Portuguesa. (v. 2). Lisboa, Tip. de M.
P. de Lacerda, 1823.
Bibliografia
BARMAN, Roderick. Brazil: the forging of a nation (1798-1852), Stanford, University Press,
1988.
FERNÁNDEZ SEBASTIÁIN, Javier. Algumas notas sobre história conceitual e sobre sua
aplicação ao espaço atlântico ibero-americano. Ler História, Lisboa, 55: 5-15, 2008.
HESPANHA, António Manuel Hespanha. Guiando a mão invisível. Direitos, Estado e Lei no
liberalismo monárquico português. Braga, Almedina, 2004.
NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e Constitucionais: a cultura política da
Independência (1820-1822). Rio de Janeiro, Revan/FAPERJ, 2003.
NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira das. “Opinión Publica – Brasil”. In: Javier Fernandez
Sebastián (org.). Diccionario político y social del mundo iberoamericano. La era de las
revoluciones, 1750-1850. Iberconceptos – I. 1ª ed. Madrid, Fundación Carolina, Sociedad
Estatal de Conmemoraciones Culturales, Centro de Estudios Políticos, 2009, p. 1011-1023.
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RIBEIRO, Gladys S.. A liberdade em construção. Identidade nacional e conflitos antilusitanos
no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro, FAPERJ/Relume Dumará, 2002.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A primeira Gazeta da Bahia: Idade d’Ouro do Brazil. 2ª
edição ver. e ampliada. Salvador: Ed. da Universidade Federal da Bahia, 2005.
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