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Nesta aula, continuaremos o estudo do Código de Ética da Contabilidade, iniciando o estudo da aplica-
ção da pena disciplinar ao contador infrator.
Em outras palavras, o profissional que cometer uma infração disciplinar ou desrespeitar uma norma
contida no Código de Ética, bem como no Decreto-Lei nº 9295/46, que regulamenta a atividade do conta-
dor, poderá responder ao processo ético-disciplinar.
Vimos que se o profissional for considerado culpado, a ele será imposta uma penalidade administrativa.
As sanções estão disciplinadas no Código de Ética, bem como na Resolução nº 1603/2016, expedida
pelo Conselho Federal de Contabilidade.
a) advertência reservada;
b) censura reservada;
c) censura pública.
A advertência reservada é a pena mais branda e representa um aviso confidencial ao infrator, geralmen-
te através de uma correspondência.
A censura reservada e a censura pública já são recriminações, ou seja, penas mais graves. A reservada
difere-se da pública em razão exatamente da publicidade que contém a segunda opção. Será publicada a
pena no Diário Oficial da União, bem como no site do Conselho Regional.
a) multa;
Essas penas representam uma gravidade maior. A multa equivale ao pagamento de valor pecuniário.
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Por fim, a cassação do exercício profissional é a pena mais grave de todas e implica na exclusão do
infrator dos quadros da profissão.
O artigo 27 do Decreto-Lei 9295/46, dispõe sobre as regras de fixação das penas disciplinares, nos
seguintes termos:
a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos infratores dos arts.
12 e 26 do Decreto-Lei;
b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos profissionais e de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o valor da anuida-
de do exercício em curso às empresas ou a quaisquer organizações contábeis, quando se tratar de infração
dos arts. 15 e 20 e seus respectivos parágrafos;
c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos infratores de dispo-
sitivos não mencionados nas alíneas “a” e “b” ou para os quais não haja indicação de penalidade especial;
d) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 (dois) anos, aos profissionais que, dentro
do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de
documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar as
rendas públicas;
e) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ao profissional com
comprovada incapacidade técnica no desempenho de suas funções, a critério do Conselho Regional de
Contabilidade a que estiver sujeito, facultada, porém, ao interessado a mais ampla defesa;
Veja-se que as alíneas “a”, “b” e “c”, envolvem as regras para a pena de multa.
As alíneas “d” e “e”, referem-se aos parâmetros que devem ser levados em conta em se tratando da pena
de suspensão, sendo o mínimo legal o prazo de seis meses e o máximo de dois anos.
Já a alínea “f” traz as regras para a aplicação da pena mais severa: cassação do registro.
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Para que o profissional seja excluído dos quadros profissionais, deve cometer uma infração que envolva
a prática de um crime. A exclusão deverá ser deliberada por, no mínimo, 2/3 dos membros que compõem
o Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina.
A fixação da pena envolve a análise de circunstâncias que podem atenuar ou agravar a sanção.
d) aplicação de salvaguardas.
Por outro lado, também há circunstâncias que agravam a pena. São, portanto, circunstâncias agravan-
tes:
c) gravidade da infração.
Sendo assim, o Código de Ética, o Decreto-Lei nº 9295/46 e a Resolução nº 1603/2016, expedida pelo
Conselho Federal de Contabilidade, trazem as regras relacionadas às penas disciplinares e sua fixação.
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