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“O que merecia ficar no museu de feição mais tradicional era, em geral, o objeto da elite: a farda do
general, o retrato do governante, a cadeira do político, a caneta do escritor, o anel de um bispo .... Tudo isso
compunha o discurso figurativo de glorificação da história de heróis e indivíduos de destaque” (RAMOS,
p.19)
“Concebidos dentro do “espírito nacional”, esses museus nasciam imbuídos de uma ambição pedagógica —
formar o cidadão, através do conhecimento do passado — participando de maneira decisiva do processo de
construção das nacionalidades. Conferiam um sentido de antiguidade à nação, legitimando simbolicamente
os Estados nacionais emergentes.” (JULIÃO, p.21)
A memória, essa operação coletiva dos acontecimentos e das interpretações do passado que se quer
salvaguardar, se integra, como vimos, em tentativas mais ou menos conscientes de definir e de reforçar
sentimentos de pertencimento e fronteiras sociais entre coletividades de tamanhos diferentes: partidos,
sindicatos, igrejas, aldeias, regiões, clãs, famílias, nações etc. A referência ao passado serve para manter a
coesão dos grupos e das instituições que compõem uma sociedade, para definir seu lugar respectivo, sua
complementariedade, mas também as oposições irredutíveis. (POLLAK, 1989, p.8)
Partindo dos debates dos textos realizados em sala de aula, da leitura das citações supracitadas e
do texto jornalístico da Prefeitura de Porto Alegre, disserte sobre a relação entre memória,
identidades e o papel desempenhado pelas instituições museológicas. Corrobore sua reflexão
com exemplos, especialmente aqueles apresentados nos textos discutidos em sala de aula.