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COMARCA DE CAMPINAS/SP
Na Petição Inicial a Autora alega que o Réu lhe proferiu palavras que feriram sua imagem
enquanto estavam na fila de um banco na cidade de Campinas/SP, em meio à muitas pessoas
que estavam no local.
Que a discussão ocorreu em razão do Réu não ter observado o estado gravídico da Autora,
onde lhe foi questionada do fato da mesma estar em fila preferencial, em meio a ofensas durante
vários minutos, onde se sentiu constrangida, e requer a reparação no valor de R$ 20.000,00
(vinte mil reais).
O fato é que o Réu não esteve na cidade de Campinas/SP durante a data informada nos
autos pela Autora, ou seja, 10 de abril de 2015.
Que o Réu na data dos fatos estava como testemunhas em um processo que ocorreu na 02ª
Vara Cível da Comarca da Capital de São Paulo, onde recebeu a citação no dia seguinte ao
falecimento de sua esposa, Maria Vitória, como consta comprovante nas fls. XXX.
Também é importante mencionar que o Réu já responde outra ação, sob os mesmos
fundamentos desta, envolvendo a mesma Autora, que tramita na 03ª Vara Cível da Comarca da
Capital de São Paulo.
2 - PRELIMINARES
I – DA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Ver-se no caso relatado, que é relativamente incompetente o foro ao qual tramita esta
lide, tendo em vista que a Autora outrora já havia ajuizado ação pela mesma fundamentação,
que tramita na 03ª Vara Cível da Comarca Da Capital de São Paulo, que poderiam gerar
decisões conflitantes ou contraditórias, afirmação que se encontra positivada no art. 54 do
NCPC:
Mais especificamente no seu art. 55, §1°, que nos traz o seguinte:
II – DA COISA JULGADA
Desse modo, o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, com fulcro no art.
337, VII, do NCPC, “in verbis”:
(...)
(...)
VIII - conexão;
(...)
III – DA RECONVENÇÃO
Não há de se negar que a imputação de fato criminoso a quem se sabe inocente constitui
crime de calúnia, atingindo não só a honra subjetiva do imputado, como também a objetiva.
Por essa razão enseja-se dano moral compensável, cujo valor deve ser arbitrado por Vossa
Excelência, devendo-se acomodar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, de sorte
a constituir um valor que sirva de balsamo à honra atingida.
Que se tenha caráter punitivo e reeducativo a Autora que realizou tal façanha ofensiva.
II – MÉRITO
Traz a PARTE AUTORA o assunto injúria para dar-se danos morais, entretanto tal
denunciação é caluniosa, de forma imprudente, e conforme o art.186 do Código Civil:
VII - Condenação da autora ao pagamento de danos morais compensáveis ao réu pela falsa
acusação conforme Reconvenção, art. 343, CPC.
4 - PROVAS
Campinas/SP, 20/04/2015.
OAB XXXX/SP