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Apostila Completa Caci Revisado Grieco 24-Janeiro 2019
Apostila Completa Caci Revisado Grieco 24-Janeiro 2019
Pag.49
CONTROLE DE
CAPÍTULO 1
OPERAÇÕES A
BORDO
Grande parte do trabalho desenvolvido em uma unidade marítima envolve risco, tanto
ao trabalhador quanto à própria unidade. É dever conjunto da empresa e dos profissionais
que executam as diversas tarefas a bordo zelarem pela segurança das operações.
Destes dois conceitos, deriva um terceiro, que é Função Segurança, a qual consiste
em realizar um conjunto de ações, permanentes e contínuas, visando prevenir, reduzir ou
eliminar perdas ou danos a pessoas, instalações e ao meio ambiente decorrentes de
acidentes.
A busca pela melhoria contínua dos Indicadores de Segurança deve ter como
referência os melhores padrões internacionais, que exigem atitudes que levem a resultados
efetivos como:
Por fim, cabe destacar que, em matéria de prevenção e combate a incêndios a bordo,
a Organização Marítima Internacional, por intermédio da Convenção Internacional para a
Salvaguarda da Vida Humana no Mar (Solas), estabeleceu objetivos de segurança contra
incêndio que podemos traduzir como verdadeiros princípios. São eles:
- reduzir os riscos de danos causados ao navio, à sua carga e ao meio ambiente por
incêndios;
Áreas de manutenção;
Módulos de acomodações;
Helipontos; e
Área de montagem.
Heliponto Offloading
Flare
Produção
Processo
0Plant
Acomodações
Offloading
Virtualmente, os incêndios que ocorrem a bordo das unidades marítimas têm como
principais causas as seguintes:
- fumo a bordo
- reações químicas
- equipamentos elétricos
- armazenagem
- operações a quente
- abalroamentos / colisões
A construção das unidades segundo esses critérios não seria possível sem o trabalho
de identificação das áreas potenciais de risco de forma prévia.
Para que se possam tomar atitudes preventivas contra incêndios a bordo de navios ou
plataformas, é necessário, primeiramente, que se identifiquem as principais causas de
incêndio nestes ambientes. Podemos citar as seguintes:
Identificadas as causas potenciais que podem contribuir para o incêndio a bordo, cabe
ao gerenciamento de segurança estabelecer procedimentos de trabalho seguro para reduzir
os riscos do sinistro.
Durante este processo, deve-se ter extremo cuidado diante da presença de produtos
decorrentes da destilação, sendo algumas substâncias inflamáveis, explosivas e alguns
ácidos. Assim, é fundamental estabelecer como rotina de trabalho o controle contínuo do
processo e dos produtos gerados pela destilação seca.
Seja a bordo de navios ou plataformas, em nosso dia a dia de labor, iremos nos
deparar sempre com motores a diesel que trabalham como geradores de energia ou outros
equipamentos.
Esses motores são providos de coletores de descargas, que nada mais são do que
coletores de gases que, quando furados ou danificados, deixam escapar uma mistura de
gases de escape com combustível pulverizado, apresentando assim grande risco de
incêndio.
Como esses gases provenientes das queimas estão em alta temperatura, com a
presença de combustível pulverizado em sua composição, quando espaçam dos coletores e
entram em contato com o ar atmosférico (com a presença do comburente universal, o
oxigênio), o risco de incêndio é evidente.
e) Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.
O fato de terem como combustível o óleo pesado, sendo que o maior risco está
presente no momento de seu acendimento, pois deverá ser precedido de uma boa
ventilação, para eliminar qualquer resquício de gás existente no interior da fornalha.
Outro grande risco que poderá se apresentar é quando o nível máximo de água no
seu interior que não pode ser ultrapassado.
A água utilizada nas caldeiras deverá sofrer tratamento a fim de evitar a formação de
“água dura” (depósito de carbonato de cálcio) que vai se acumulando até dar-se um grande
entupimento e em conseqüência uma forte explosão.
Incêndio é o fogo que foge do controle do ser humano, com tendência a se alastrar e
causar danos.
Desta forma, modernamente, o fogo está representado não mais pelo “triângulo do
fogo” e sim pelo “tetraedro do fogo”.
1
Manual de Combate a Incêndio - Diretoria de Portos e Costas.
2
Manual de Combate a Incêndio - Diretoria de Portos e Costas.
3
Manual de Combate a Incêndio - Diretoria de Portos e Costas.
4
Manual de Combate a Incêndio - Diretoria de Portos e Costas, com adaptações.
Por sua vez, a NFPA 10 (National Fire Protection Association) - 2013, associação dos
Estados Unidos responsável pelo estabelecimento de normas técnicas sobre incêndio,
estabeleceu uma quinta classe de incêndio em virtude das especificidades e dificuldades no
combate. Trata-se da Classe K.
CLASSE “A”
CLASSE “B”
CLASSE “C”
CLASSE “D”
Os incêndios da Classe D são aqueles que ocorrem em metais pirofóricos, tais como:
sódio, potássio, magnésio, pó de alumínio, etc. Para combater este tipo de incêndio, é
necessário o emprego de extintores especiais ou areia.
CLASSE “K”
A NFPA entende que os estes incêndios diferem dos incêndios da Classe B. Para
combater este tipo de incêndio, é necessário o emprego de extintores especiais que geram
um efeito denominado “saponificação”.
ATENÇÃO:
Assim, um incêndio pode ser extinto por quatro métodos: 1) redução de sua
temperatura; 2) eliminação do combustível disponível; 3) exclusão do oxigênio; 4)
interrupção ou inibição da reação em cadeia.
ISOLAMENTO
Outro método de isolamento é permitir que o combustível queime até ele ser
integralmente consumido. Logicamente, este método tem seu emprego, já que permitir o
prosseguimento da combustão, mesmo que confinada, pode gerar risco de propagação do
calor por condução, convecção ou irradiação.
Remoção do
Combustível
Alguns autores fazem explicam que o fogo em materiais inflamáveis, que são solúveis
em água, poderá ser extinto por diluição e emulsionamento.
DILUIÇÃO
SAPONIFICAÇÃO
• Ignição
• Elevação gradativa da temperatura
• Flashover
• Completo desenvolvimento do fogo
• Prebackdraft
• Backdraft ou extinção do incêndio
Ataque Direto
Ataque Indireto
Os homens podem ter acesso ao compartimento, mas não alcançam à base do fogo
devido à presença de obstáculos, ou as condições do incêndio não permitem aos homens a
entrada no compartimento, impossibilitando o ataque direto ao fogo. Isso ocorre, por
exemplo, quando o incêndio atinge seu estágio de pleno desenvolvimento, com intensa
liberação de calor, inviabilizando a aproximação da equipe de combate até a proximidade do
foco principal.
Ataque Indireto
Nesse tipo de ataque, pode-se também prever situações onde seja necessário forçar
o ataque através da abertura de acessório ou fazer aberturas no teto e anteparas. Assim
torna-se possível a aplicação indireta de água para a redução da temperatura. Após a
melhora das condições, passa-se para o ataque direto.
Desta forma, pode ser necessário descomprimir um compartimento, para permitir que
as elevadas temperaturas baixem para níveis menores e que se reduza a quantidade de
fumaça e gases, permitindo à equipe avançar, para promover a aplicação direta ou indireta
Instituto de Ciências Náuticas – ICN www.cienciasnauticas.org.br 25
do agente extintor.
Se for necessário fazer um furo cortando-se a chapa, deve-se ter em mente que
quanto maior o furo mais rápido a redução da temperatura ocorrerá.
faina de descompressão
No entanto, deve-se tomar cuidado para não direcionar a água da contenção superior
para a abertura.
(b)
(a)
Figura 11: ataque indireto (a); cuidado para não jogar água na abertura
feita para descompressão (b)
CURSO AVANÇADO DE COMBATE A INCÊNDIO – ADVANCED FIRE FIGHITING – AFF 26
Em qualquer das situações citadas, o pessoal deverá estar vestido com roupa de
aproximação para combate a incêndio, pois ao ser feita essa abertura, fogo, fumaça e vapor
vão sair pela mesma.
Devido ao grande risco que representa, a maioria dos compartimentos onde existe
grande quantidade de combustíveis, tintas, graxas, etc. são servidos por sistemas fixos de
extinção de incêndio do tipo borrifo de espuma ou água, ou alagamento por CO2.
Obs.: As cozinhas e copas devem possuir mantas de material resistente a fogo, em local de
fácil visualização.
Em relação ao PQS, este deixará resíduos que podem ser de difícil remoção, ou
podem até mesmo danificar relés ou componentes elétricos delicados. Portanto, o uso de pó
químico seco em aparelhos elétricos / eletrônicos
sensíveis deve ser ponderado, sob o risco de se
perder por completo os equipamentos mais
delicados.
A reação forma uma espuma “ensaboada” que age por abafamento, além de conter
os vapores inflamáveis e o combustível aquecido. Ambos os agentes, de base alcalina,
causam a mesma reação, cozimento e abaixar de temperatura, tornando-se mais eficiente.
Cabe destacar que os extintores à base de água, devido ao seu forte jato, têm o
potencial de espalharem o combustível, ampliando o perigo do incêndio.
Agentes extintores são compostos químicos (ou materiais) que, aplicados ao fogo,
conseguem sua extinção por um dos métodos anteriormente vistos (abafamento,
resfriamento, reação em cadeia ou isolamento).
- vapor d’água
- gás inerte
LÍQUIDO - água
- espuma
SÓLIDO - pó químico seco (PQS)
- areia
Os agentes extintores podem ser classificados quanto ao seu estado físico (gasoso,
líquido ou sólido). Comumente, se faz referência ao agente extintor pela própria sua
denominação: água, pó químico seco, composto halogenado, dióxido de carbono.
1.7.1 ÁGUA
A água tem sua melhor indicação sob a forma de jato compacto para incêndios classe
"A" e sob a forma de jatos de neblina ou pulverizados para incêndios classe "B", e o vapor
uma vez que é difícil a sua produção em quantidade suficiente para extinção só é utilizado
em indústrias e principalmente navios como agente extintor.
A água age principalmente por resfriamento e por abafamento, podendo agir também
por emulsificação e por diluição, dependendo das características do combustível.
Esse tipo de extinção está relacionado a uma mudança do estado físico da água, ou
seja, passa do estado líquido para o estado gasoso (vapor).
Não é empregada em líquido que possua alta pressão de vapor devido a pouca
eficiência. Cuidado especial deve ser tomado quando a água é usada com essa finalidade,
pois aumenta o volume do líquido contido em um recipiente, podendo resultar no
transbordamento.
A diluição pode ser usada com sucesso em incêndios envolvendo líquidos polares
(miscíveis com a água) que permitem uma adequada mistura. Para o álcool etílico, teste em
laboratório mostra que a proporção mínima é de 4 litros de água por litro de álcool.
1.7.2 ESPUMA
A rigor, a espuma seria uma das formas de aplicação de água, pois ela se constitui de
um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) formadas de películas de água. Para que se
formem as películas, é necessária a mistura de um agente espumante com água. O objetivo
da formação desta espuma é tornar a água mais leve gaseificando-a, pois desta maneira
poderá flutuar sobre os líquidos mais pesados que a água.
A espuma como agente extintor, apaga o fogo por abafamento, entretanto devido à
presença de água que a compõe tem também uma ação secundária por resfriamento. A sua
aplicabilidade é para incêndios do tipo classe "B", entretanto incêndios em álcool, acetona,
etc. exigem um tipo especial de espuma, pois este tipo de espuma é dissolvido e age como
água provocando transbordamentos. É importante lembrar que a espuma por ser um
composto aquoso não deve ser aplicado em incêndios da classe "C" sob risco de
eletrocussão do usuário do extintor.
Existe uma grande variedade de tipos de pó, mas o tipo mais comum em uso consiste
de um pó à base de bicarbonato de sódio, finamente pulverizado. A sua ação sobre o
incêndio se baseia principalmente no abafamento que é reforçado pela produção de CO2 e
vapor d'água resultantes da queima do bicarbonato, tendo uma ação secundária de
resfriamento. Por outro lado, atua de forma eficiente ao combinar-se com os radicais livres
da combustão interrompendo o processo de reação em cadeia e a conseqüente
retroalimentação da combustão.
O PQS pode ser utilizado nas classes "A", "B" e "C", sendo, entretanto, sua eficiência
mais significativa obtida nas classes "B" e "C". É de extrema importância ter-se em conta
que o PQS não deve ser aplicado sobre equipamentos elétricos, eletrônicos de pequenos
componentes, como por exemplo, computadores, nem em motores mecânicos,
principalmente em carburadores, onde sua penetrabilidade associada ao alto poder
corrosivo do bicarbonato de sódio tornarão o equipamento definitivamente inoperante.
Este é um gás mais pesado que o ar, sem cor, sem cheiro e inerte à eletricidade.
Quando comprimido a cerca de 60 atmosferas se liquefaz e é então armazenado em
cilindros; por sua vez quando aliviado desta compressão, o líquido se vaporiza e sua rápida
expansão abaixa violentamente a temperatura que alcança -70ºC e parte do gás se solidifica
em pequenas partículas, formando uma neve carbônica conhecida como "gelo seco".
O CO2, não é um gás venenoso, mas, do mesmo modo que não suporta a
combustão, também não suporta a vida humana, sendo sufocante. Devido a sua alta
densidade ocupa as partes mais baixas do recinto prejudicando a visão. O CO2 é um
extintor que deve ser aplicado nos seguintes tipos de incêndios:
b) equipamentos elétricos;
O CO2 não deve ser usado na extinção dos seguintes tipos de incêndios:
c) Hidratos metálicos.
Contudo, o seu emprego requer cuidados e atenção por parte da tripulação. Deve-se
ter bastante atenção durante a utilização de água, sobretudo através do sistema de rede fixa
Esse peso extra embarcado irá agir nos pontos notáveis da estabilidade (centro de
gravidade, metacentro e centro de carena), alterando a altura metacêntrica, tornando a
embarcação instável, gerando o risco, nas condições mais adversas, de emborcamento.
Portanto, esses dois efeitos, peso acrescido e superfície livre, irão afetar de
forma drástica a situação de estabilidade estável da unidade, além de diminuir as reservas
de flutuabilidade da embarcação.
Por conseguinte, a utilização de água como agente extintor a bordo deve sempre
seguir duas premissas:
2.1 – utilizar água com precaução em compartimentos que, devido às suas dimensões
e/ou posicionamento, mesmo alagados não coloquem em risco a estabilidade e a
flutuabilidade da embarcação;
• O comprometimento da Estabilidade;
• O acréscimo de Peso; e,
• Mudança no Centro de Gravidade.
ATENÇÃO!
Ademais, esse controle contínuo por parte do coordenador da faina permite que este
avalie a evolução da emergência, inclusive para determinar a evacuação / abandono do
navio ou da unidade quando a situação fugir ao controle da capacidade de resposta da
tripulação.
A comunicação, então, se faz presente como uma importante via para o adequado
enfrentamento da emergência e o sucesso da faina. É por intermédio dos meios de
comunicação que se planejam e se realizam as ações que vão se desenvolver durante o
combate ao incêndio.
Os estudos de incêndios com vitimas têm revelado que uma das principais causas de
óbito nessa espécie de sinistro é a inalação de fumaça por parte da pessoa que se encontra
exposta aos produtos da combustão. Dependendo do combustível que esteja queimando, há
possibilidade de desprendimento de substâncias tóxicas que podem ser absorvidas pelo
organismo pelas vias aéreas ou até mesmo pela pele.
Logicamente que esse procedimento deve ser realizado com cautela, sobretudo para
não fornecer comburente (oxigênio) ao fogo, reavivando-o.
Fumaça sendo
retirada
Ar
É por esse e outros motivos que, a bordo, deve-se diminuir ao máximo os riscos de
incêndio. Isso significa agir de forma a evitar possíveis riscos que possibilitem iniciar um
incêndio, e esses procedimentos são denominados ações corretivas.
Essas ações não esgotam o elenco de ações corretivas que devem ser adotadas a
bordo para diminuir os riscos de incêndio.
Mas não basta o acondicionamento correto da carga para prevenir o incêndio. Outro
fator que deve ser observado pela tripulação é a questão da limpeza dos compartimentos.
Afirmamos que a limpeza é fundamental para a prevenção de incêndios e explosões. Assim,
a tripulação não deve deixar trapos embebidos em tintas ou solventes jogados no convés ou
sobre equipamentos da praça de máquinas. Segundo a política de segurança que a maioria
das empresas adota, esses produtos devem ser descartados após o uso em recipientes
Os incêndios são emergências que têm alto potencial de causar danos às pessoas,
quer pela exposição ao calor e chamas, quer pela inalação dos produtos resultantes da
combustão. As equipes de emergência devem estar cientes dessa realidade e, SEMPRE
preparadas para procederem ao resgate de alguma vítima que tenha sido atingida pelo
incêndio.
Agressão;
Ambiente confinado com baixo teor de oxigênio;
Ambiente com alta concentração de gases tóxicos;
Contaminação química;
Desabamento;
Desmoronamento;
Eletrocução;
Explosão;
Gases tóxicos;
Somente após ter certeza da sua segurança é que se deve começar o atendimento
das vítimas.
Essas precauções preliminares são fundamentais para evitar que o socorrista se torne
também uma nova vítima, exigindo, ele mesmo, o resgate, além de não resgatar a vítima
originária.
Resgate de Acidentado
Ao lidar com uma pessoa pesada, o resgatador deve deitar o chão ao lado do
corpo, se posicionar em cima de suas costas e depois, lentamente, levantar até
ficar de pé.
Retirar a pessoa arrastando o corpo caso seja particularmente pesada, caso esteja
inconsciente.
Uma boa maneira de arrastar é virá-Ia de costas no chão, amarrar seus pulsos
com um lenço ou braçadeira e ficar de joelhos em cima dela.
Para descer escadas com acidentado inconsciente deite a pessoa de costas com
a cabeça apontando para baixo, segurando-a por debaixo das axilas e deixe que
ela escorregue suavemente.
Coordenação de Emergência
O coordenador deve avaliar bem a situação real do incêndio, bem como a evolução
das ações de combate, de forma a decidir acerca da evacuação dos tripulantes que não
sejam empregados diretamente na faina de controle da emergência. Melhor explicando: as
plataformas de petróleo apresentam um número significativo de pessoas trabalhando a
bordo. Em uma eventual ordem de abandono da unidade pelo fato de o incêndio ter saído do
controle das equipes de emergência, o procedimento de abandono pode ser dificultado pela
possibilidade de pânico entre as pessoas, mesmo que elas estejam treinadas.
ORGANIZAÇÃO E
APÍTULO 2
TREINAMENTO DE
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EQUIPES DE COMBATE
2.1 - Plano de Contingência contra incêndios
Esses procedimentos devem ser bem especificados e escritos de uma maneira clara,
de fácil entendimento, de modo a não criar interpretações ambíguas ou dar margem para
qualquer dúvida na execução das ações descritas no documento.
O Plano de Contingência
Nome do tripulante;
Função a bordo;
Número do Camarote
Número do Beliche;
Função na Emergência.
Ressaltamos que o plano de contingências não deve ser confundido com a tabela
mestra. Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a tabela mestra é um resumo do
plano de contingência em seus aspectos essenciais mínimos.
A formação do profissional que irá exercer funções a bordo exige que o mesmo seja
instruído com conhecimentos básicos de procedimentos de emergências. Assim, todos os
tripulantes embarcados passaram por um treinamento básico de segurança composto por
aulas de segurança do trabalho, primeiros socorros, salvatagem e combate a incêndio,
inclusive com treinamentos práticos.
Todo trabalhador que exerce função a bordo de unidade marítima deve ter passado
por treinamento básico de segurança e conhecer os sistemas e equipamentos de
combate a incêndio e de salvatagem, sua localização e a forma de utilizá-los
corretamente.
- Equipe do Passadiço;
- Equipe de Ação;
Equipe da Praça de Máquinas – liderada pelo chefe de máquinas e tem como principal
atribuição disponibilizar os equipamentos da praça de máquinas requeridos para o combate
à emergência. Cabe destacar que há unidades marítimas empregadas na indústria do
petróleo e gás que não possuem praça de máquinas.
Grupo de Comunicação
Operador de Rádio
Mestre de Cabotagem
Timoneiro
Coordenador
Contramestre de Movimentação de Carga
Guindasteiro
Homem de área
Técnico de Enfermagem
Socorristas
Coordenador da brigada
Líder da brigada.
É o responsável pelas ações na área do sinistro. Quando soa o alarme o mesmo vai
para o local, a fim de avaliar a situação e reportá-la ao coordenador da brigada; determina
qual o agente extintor, o método e a direção do ataque ao fogo. Estabelece os limites de
incêndio e determina a realização de contenções entre outras.
Mestre de Cabotagem
Piloto
Tripulantes de Apoio
CURSO AVANÇADO DE COMBATE A INCÊNDIO – ADVANCED FIRE FIGHITING – AFF 56
Operador do Turco
Grupo de Assessoramento
Para isso, entende-se que os conceitos abaixo são essenciais nessa tarefa hercúlea do
gerente da plataforma.
.2 a partida de uma bomba de incêndio, utilizando pelo menos os dois jatos de água
exigidos, para demonstrar que o sistema está em bom estado de funcionamento;
Cabe destacar que todos os membros da tripulação deverão receber instruções, que
deverão incluir os seguintes aspectos, mas não necessariamente se limitar a eles:
São planos que visam a estabelecer procedimentos para o controle de incêndios que
venham a surgir a bordo. Poderão ser estabelecidos, então, diversos procedimentos, de
modo a evitar o surgimento de focos de incêndio e também facilitar seu combate, se vierem
a surgir. O plano de controle deve:
• Dificuldade de acesso;
• Espaços reduzidos/confinados;
• Inventário elevado de hidrocarbonetos;
• Multiplicidade de operações;
• Investimentos elevados.
Assim, cada unidade marítima deverá ter o seu plano de controle de incêndio
elaborado com vistas a atender as especificidades daquela embarcação, sempre de acordo
com os equipamentos e sistemas que realmente são encontrados a bordo.
O plano de controle de incêndio pode ser composto por um livreto, devendo estar
disponível aos tripulantes, que deverão estar familiarizados com as informações dadas no
referido documento.
Evacuação = consiste na reunião das pessoas que não estarão diretamente envolvidas
no controle da emergência existente a bordo no ponto de reunião, onde receberão dos
coordenadores instruções mais específicas, sendo a retirada ordenada da unidade uma
medida de gerenciamento de segurança.
Abandono = consiste na retirada definitiva de todas as pessoas de bordo, inclusive do
grupo de ação de enfrentamento da emergência tendo em vista que a unidade não mais
oferece condições de permanência de pessoas, segundo a avaliação do encarregado da
faina.
Lembrar que a velocidade a ser considerada deve ser sempre a do mais lento, pois ele é
que dita o ritmo de uma evacuação.
O abandono da unidade, para fins didáticos, pode ser dividido em três fases, quais
sejam:
2) Fase durante o abandono desde que se decida pelo abandono até o momento em
que todas as pessoas tenham deixado a unidade. Nesta fase o fundamental é manter a
calma e executar os procedimentos de abandono da forma mais proficiente possível. Os
visitantes devem ter uma atenção especial, pois podem entrar em pânico, o qual pode
contagiar as demais pessoas.
Tal divisão pode parecer simplista, contudo, procura revelar que o abandono da
unidade deve ser realizado com a máxima proficiência, sem pânico, por meio da execução
de procedimentos adequadamente previstos no plano de contingência, descritos na tabela
mestra e treinados periodicamente nos exercícios exigidos pela legislação.
Desta forma, o OIM / Comandante só deve decidir pelo abandono da unidade quando
não restar outra alternativa para proteger as vidas humanas que se encontram a bordo.
Existe um princípio tradicional na vida no mar de que o navio é o local mais seguro (desde
que não comprometa a integridade física das pessoas).
Assim, o OIM / Comandante deve ter em mente que, na maioria das vezes, a própria
unidade é a melhor embarcação salva-vidas.
Alarme Geral
Alarme de Incêndio
Nas unidades marítimas devem ser instalados sistemas que permitam detectar, em
tempo hábil, a ocorrência de incêndios e o acúmulo de vapores inflamáveis e tóxicos em
concentrações perigosas, de forma a permitir ações no sentido de proteger a integridade das
pessoas, do meio ambiente e do patrimônio.
No caso de gás e/ou incêndio confirmados, deve ser feita também a anunciação
sonora em toda a unidade (alarme de emergência). Para áreas com nível de pressão sonora
acima de 90 dB(A), deve ser considerado, adicionalmente, uma anunciação visual.
Detectores de Fumaça
Detectores de Chama
Detectores de Temperatura
• O tipo de detector para cada área deve ser escolhido em função do combustível
presente e das condições ambientais, tais como vento, temperatura, umidade,
salinidade e poeira.
Tipos de detectores
A seleção dos tipos de detectores, em função da área, deve obedecer aos critérios
estabelecidos na TABELA 1.
Notas:
1) Ambientes com área menor que 2 m², tais como sanitários, vestiários, depósitos (exceto
quando for de produtos químicos inflamáveis ou tóxicos), despensas e lavanderias (estas
quando não houver guarda de roupas), não necessitam de detecção automática.
Painel de Controle
de Incêndio
integrado
Atuadores manuais
c) ventilação do local;
- Redes de Incêndio
- Sistema de Borrifo
- Sistema Fixo de Espuma
- Sistema Fixo de Dióxido de Carbono
- Sistema Fixo de Gás Inerte
- Sistema Fixo de Pó Químico Seco
Rede de Incêndio
Quando o navio se encontra atracado, a rede pode ser conectada com as redes de
incêndio de terra por intermédio da conexão internacional de terra. Segundo a Regra 10,
parágrafo 2.1.7 do Capítulo II-2, Parte C, da Convenção SOLAS, os navios de 500 toneladas
de arqueação bruta ou mais deverão estar dotados de, pelo menos, de uma conexão
internacional para terra que atenda ao disposto no Código de Sistemas de Segurança
Contra Incêndio (Capítulo 2 do Código FSS).
O número e a localização das tomadas de incêndio deverão ser tais que pelo menos
dois jatos de água não provenientes da mesma tomada de incêndio, um dos quais deverá
ser proveniente de uma única seção de mangueira, possam atingir qualquer parte do navio
que normalmente seja acessível aos passageiros ou à tripulação enquanto o navio estiver
em viagem. Além disto, estas tomadas de incêndio deverão estar localizadas perto dos
acessos aos compartimentos protegidos.
Posto de
Incêndio
Tomada
de
Incêndio
Os sistemas fixos de CO2 são instalações a bordo com a finalidade de saturar com
esse gás a atmosfera no interior dos compartimentos que, normalmente, apresentem maior
risco de incêndio (Manual de Combate a Incêndio - Centro de Adestramento Almirante
Marques de Leão). Como visto na parte referente à Teoria Básica do Fogo, a extinção do
incêndio se dá por abafamento. A sua utilização a bordo se dá quando o incêndio for
considerado fora de controle da tripulação.
São equipamentos fixos que utilizam uma grande quantidade de ampolas de CO2,
cuja capacidade permite encher o compartimento com este agente extintor, através de
difusores, extinguindo o incêndio por abafamento.
Um sistema fixo de CO2 em uma embarcação pode ser um dos mais importantes e
confiáveis sistemas de segurança contra incêndio. Devidamente mantido e operado poderá
prover os meios para um controle rápido do incêndio, em questão de segundos, bem como o
ultimo recurso para salvar vidas e a própria embarcação. Embora existam muitas vantagens
no uso do sistema fixo de CO2 na indústria naval, é importante que se reconheça uma séria
desvantagem: as pessoas podem sufocar em um ambiente que contenha CO2. Por esta
razão, o CO2 deve ser usado apropriadamente para que seja eficaz.
Falhas humanas podem ser atribuídas à maioria dos acidentes com vitimas,
associados ao uso de sistemas de fixos de CO2. Seja por falta de comunicação, falta de
familiaridade com os dispositivos operacionais do sistema, falta de conhecimento por parte
da tripulação ou ainda por pânico durante uma emergência; qualquer um destes fatores
isolados ou mesmo todos em conjunto podem levar a consequências fatais. Por estas
razões, é igualmente importante, para aqueles que possam precisar usar um sistema fixo de
CO2, que entendam a assistência técnica básica e as checagens de operação.
Comentários:
Isto é necessário para que o acionamento manual nas garrafas possa ser feito sem a
necessidade de se entrar em espaços em chamas para acionar o sistema. Mantendo as
garrafas do lado de fora, também se reduz o potencial de falhas no sistema por exposição
ao fogo bem como o rompimento das garrafas pela expansão excessiva provocada pelo
calor. As garrafas devem estar protegidas numa área que não esteja sujeita a temperaturas
maiores do que 55ºC. Cada garrafa deve possuir um sistema de segurança (disco de
ruptura) na ocorrência de pressão excessiva. O dispositivo de segurança permite que a
pressão seja aliviada de um único cilindro, deixando o resto das garrafas ainda aptas para
suprir o sistema caso seja necessário. Existe uma exceção na qual se coloca um sistema
fixo de CO2 em um espaço protegido: um sistema de 300 libras ou menos com um sistema
automático de acionamento.
Pode representar uma situação crítica o fato de uma pessoa encontrar-se num
ambiente quando o sistema é disparado. O aumento da pressão em um espaço, proveniente
da descarga de CO2 pode ser suficiente para manter fechada uma porta ou um fechamento
que abra internamente em um espaço. Isto pode, efetivamente, trancar uma pessoa em um
espaço ou atrasar a entrada do pessoal do resgate no espaço.
Este deve ser o mesmo procedimento aplicado ao teste das garrafas. A estação de
manutenção autorizada deve prover a requerida documentação para comprovar que o teste
foi completado. A mangueira é usualmente testada a pressão mínima de 1000psi.
6) Conectar mangueiras que não estejam rachadas ou gastas. Não deve ser
dobrada além de 90 graus.
Em qualquer lugar onde o sistema possa ser acionado, devem existir instruções de
acionamento e operação. As instruções devem ser claramente visíveis e legíveis. Embora
este possa parecer um item simples, instruções de operação ausentes no local, é uma das
discrepâncias mais comuns e podem ser responsáveis pela maioria das descargas
acidentais.
15) Utilize extintor portátil de CO2 para checar a tubulação do sistema e a descarga
do difusor.
(devem ser recarregadas se a carga estiver menor do que 90%). Garrafas grandes de
CO2, não possuem manômetros visuais para verificar o conteúdo das garrafas. Estas
garrafas grandes devem ser pesadas ou checadas com um manômetro líquido. As garrafas
devem estar dentro dos 10% de seus pesos de carga total. Se o peso das garrafas estiver
abaixo do fator de 10% do peso de suas cargas totais, então elas devem ser recarregadas.
O manômetro líquido é um instrumento que, quando colocado à volta da garrafa, indicará
onde o nível de líquido de CO2 encontra-se na garrafa. Manômetros líquidos são menos
precisos e se torna necessário, para que haja precisão na medida, que a medição seja feita
por pessoa com experiência e bem treinada. Ao observar a medição de um manômetro
líquido, constata-se que uma garrafa completamente cheia indica 2/3 a 3/4 de seu volume
total.
Nota: Em climas quentes, garrafas de sistema fixo de CO2 que possam ser expostas a
temperaturas maiores que 130º F, devem ser cheias somente até 80% de sua capacidade
máxima, a fim de permitir a expansão do agente CO2 e evitar excessivo acréscimo de
pressão.
O sistema fixo de PQS utiliza uma grande quantidade de pó químico, agente extintor
extremamente eficaz para o combate a incêndios da Classe B, extinguindo o fogo por
abafamento e pela interrupção da reação em cadeia.
Tal sistema é composto de: depósito de PQS, filtro (para a entrada do gás inerte),
agente propelente - gás inerte (geralmente nitrogênio) e mecanismo de descarga.
O sistema fixo de gás inerte é um sistema que utiliza gases como o nitrogênio, dióxido
de carbono e outros, podendo ser obtido por meio de um gerador de gás inerte ou
acondicionados em várias ampolas.
Observação 1) Deverão ser proibidos os sistemas fixos de extinção de incêndio que utilizam
Halon 1211, 1301 e 2402 e perfluorcarbonos.
Dispositivo manual
de acionamento da
bomba de incêndio
Tipos:
Voluta: o rotor descarrega fluido num canal de área de seção reta contínua e crescente.
Aumentando a área, a velocidade diminui, reduzindo assim a formação de turbilhões.
Difusor: são alertas estacionárias que oferecem ao fluido um canal de área crescente desde
o rotor até a carcaça.
Manutenção
Define-se mangueira de incêndio como sendo um duto flexível que conduz água em
grande quantidade, normalmente a uma pressão relativamente alta para permitir um bom
alcance de jato.
Este duto normalmente é constituído por um tubo de tecido de pontos bem fechados,
revestidos internamente por outro tubo de borracha, ambos sem emendas, possuindo
conexões de latão nas duas extremidades.
A menos que haja uma mangueira e um esguicho para cada tomada de incêndio no
navio, os acoplamentos das mangueiras e os esguichos deverão ser totalmente
intercambiáveis. Esta regra é de extrema importância para evitar a utilização de mangueiras
e esguichos incompatíveis.
Cabe observar que o número e diâmetro das mangueiras a serem guarnecidas nas
unidades serão definidos pela Administração.
- DURANTE O USO
- INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
• Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a incêndio), deve ser
inspecionada a cada 3 (três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 (doze)
meses, conforme a norma NBR 12779. Estes serviços devem ser realizados por
profissional ou empresa especializada.
• Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e escova macia.
• Secar a mangueira à sombra, utilizando um plano inclinado ou posicionando-a na
vertical; nunca diretamente ao sol.
• Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5.2.5, com
profissional ou empresa especializada.
• O usuário deve identificar individualmente as mangueiras sob sua responsabilidade
e manter registros históricos de sua vida útil. Recomendamos o uso da Ficha de
controle individual para Mangueira de Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR
12779, para manutenção do presente Certificado de Garantia.
MANGUEIRA PRESSÃO DE
APLICAÇÃO
TIPO TRABALHO
3.4.3 HIDRANTES
Manutenção
Importante deixar consignado que o emprego do aparelho extintor portátil, bem como
do semiportátil, é limitado já que se destina, exclusivamente, ao enfrentamento de princípios
de incêndio. A quantidade reduzida de agente extintor no interior do equipamento irá limitar o
seu emprego em incêndios de pequena expressão. Note que, mesmo nos pequenos
incêndios, o aparelho extintor pode não ser suficiente para o enfrentamento, controle e
extinção. E realmente assim deve ser considerado, pois o emprego incorreto dos meios de
combate a incêndio pode ocasionar a perda de controle do sinistro.
1) Classe A - fogo em materiais sólidos que deixam resíduos. Exemplo: madeira, papel,
almofadas, fibra de vidro, borracha e plásticos. Somente nessa classe de incêndio a água
pode ser usada com segurança;
Exemplo: 2-A:20-B:C
2) Carga de espuma mecânica: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A:10-
B;
Existem diversos tipos de extintores portáteis, mas nessa matéria citaremos apenas
os mais utilizados a bordo das unidades marítimas, ou seja, os de água pressurizada e água
gás, o de PQS, o de CO2 e o de espuma.
Mangotinho
Mangotinho
Lacre
Pino de
Segurança Alça para
Transporte
Manômetro
Recipiente
Selo do
Inmetro
Ficha Técnica
Conteúdo 10 litros
Carga Pó químico
Conteúdo 12 Kg
• Pó Químico (PQS)
Pode ser utilizado em equipamentos energizados pois não conduz corrente elétrica e
não é tóxico, mas sua ingestão em excesso provoca asfixia e contamina o ambiente
sujando-o, podendo danificar inclusive equipamentos eletrônicos mais sensíveis. Desta
forma, deve-se evitar sua utilização em ambiente que possua estes equipamentos no seu
interior.
Ficha Técnica
Extintor de CO2
Ficha Técnica
Carga Dióxido de carbono
Conteúdo 6 quilos
Modelo Alta pressão
Pressurização Direta por CO²
não se admite o jateamento de água, mas sim a sua pulverização sob a forma de
neblina.
Ficha técnica
Por fim, importante deixar consignado que a localização dos aparelhos extintores a
bordo deve obedecer aos seguintes princípios:
São usadas nas fainas de combate a incêndio, com grande calor irradiado e quando o
risco do homem entrar em contato direto com o fogo é alto. É confeccionada em fibra de
vidro, podendo, ainda, ter a sua superfície aluminizada, o que proporciona maior proteção,
uma vez que diminui a absorção do calor irradiante.
Equipamento
de Uso Pessoal
ROUPA DE
BOMBEIRO
Aparelho de
Respiração
.1 roupa de proteção, de um material que proteja a pele contra o calor irradiado pelo
fogo e contra queimaduras causadas pelo fogo e pelo vapor. A superfície externa deverá ser
resistente à água;
Aparelho de Respiração
Importante chamar a atenção que os EEBD não deverão ser utilizados para combater
incêndios, para entrar em espaços vazios ou em tanques onde haja deficiência de oxigênio,
nem ser usado pelo pessoal que combate incêndios. Nestes casos deverá ser utilizado um
aparelho de respiração autônomo que seja especificamente adequado para aqueles
empregos.
Entende-se por atmosfera perigosa aquela que seja instantaneamente perigosa para
a vida ou para a saúde.
Os EEBD deverão ter uma capacidade de funcionar pelo menos durante 10 minutos.
Deverão conter um capuz, ou uma peça que cubra todo o rosto, como for adequado, para
proteger os olhos, o nariz e a boca durante o escape. Os capuzes e as peças de rosto
deverão ser confeccionados com materiais resistentes a chamas e ter um visor que dê uma
boa visibilidade.
Para permitir melhor mobilidade do tripulante, o Código FSS dispõe que um EEBD
que não estiver em uso deverá poder ser levado sem que seja preciso levá-lo na mão.
Instituto de Ciências Náuticas – ICN www.cienciasnauticas.org.br 107
Deverá haver instruções sucintas, ou diagramas, mostrando a sua utilização,
claramente estampadas nos EEBD. Os procedimentos para vesti-los devem ser rápidos e
fáceis, para levar em consideração situações em que haja pouco tempo para procurar
segurança estando numa atmosfera perigosa.
Equipamento constituído por um tambor gerador que funciona por ação química,
produzindo oxigênio e retendo o gás carbônico e o vapor d’água exalados pela respiração.
Cabe ressaltar que qualquer sistema de borrifamento automático deverá ser capaz de
entrar imediatamente em funcionamento, a qualquer momento, não sendo necessária
qualquer ação por parte da tripulação para colocá-lo em funcionamento. A princípio, o
sistema deverá ser do tipo de canalização cheia.
3.6.1 Sprinkler
57 ºC (bulbo laranja);
68 ºC (bulbo vermelho);
79 ºC (bulbo amarelo);
93 ºC (bulbo verde/azul)
Inspeção e vistoria
(b) Uma Administração que nomeie vistoriadores, ou que reconheça organizações para
realizar inspeções e vistorias como disposto no parágrafo (a), deverá dar poderes a qualquer
vistoriador designado, ou a qualquer organização reconhecida, para, no mínimo:
A vistoria inicial deverá abranger uma inspeção completa nos sistemas e equipamentos de
segurança contra incêndio.
A inspeção consiste em uma visita a bordo de um navio para verificar a validade dos
certificados pertinentes e de outros documentos, e a condição geral do navio, seu
equipamento e sua tripulação.
Claros indícios, por sua vez, é a evidência que o navio, seu equipamento, ou sua
tripulação não correspondem substancialmente com as exigências das convenções
pertinentes ou que o comandante ou a tripulação não estão familiarizados com os
procedimentos essenciais de bordo relacionados à segurança de navios ou à prevenção da
poluição.
3) evidência que a documentação exigida pelas Convenções não está a bordo, está
incompleta, não é mantida ou é falsamente mantida;
Cabe ressaltar que essas normas são aplicadas a acidentes ou fatos da navegação
envolvendo, entre outras hipóteses:
Essa participação é incentivada pelo Instituto de Ciências Náuticas por considerar que
o compartilhamento de experiências entre os profissionais é uma forma de aperfeiçoar o
conhecimento pessoal.
Data da ocorrência
• 30 de julho de 2003.
Descrição da ocorrência
CONTROLE DE
AVARIAS
Centro de
Gravidade
Centro de
Carena
Metacentro (M)
Alagamentos
Causados por danos provocados por água proveniente do combate a incêndio a
bordo, avaria nos sistemas de armazenamento e transferência de líquidos, aberturas do
casco provenientes de colisão, encalhe ou qualquer outra eventualidade que possibilite o
embarque de água na parte estanque do casco. O alagamento de grandes espaços, tais
como praça de máquinas, porão de carga potencializam a perda do navio por dois motivos:
- Perda da reserva de flutuabilidade, causando uma diminuição da borda-livre e consequente
afundamento; e
Superfície Livre
- tamanho do espaço invadido pela água, ou seja, quanto maior o espaço invadido,
maior a possibilidade do efeito da superfície livre levar a uma situação de banda permanente
(ou seja, a embarcação não retorna à sua posição inicial de equilíbrio); e
Após sofrer uma avaria no casco, na altura da linha d’água, e permitir o alagamento
em compartimentos situados abaixo do plano longitudinal onde ocorreu aavaria, além dos
efeitos decorrentes do alagamento e da superfície-livre, vistos anteriormente, teremos o
efeito da água entrando e saindo do navio conforme o movimento de balanço lateral. Tão
logo ocorra a avaria, o navio adernará, tomando uma inclinação inicial. À medida que esta
inclinação se forma, uma maior quantidade de água entrará a bordo devido à diferença de
nível existente entre o plano de flutuação do navio e o piso do compartimento afetado. Essa
quantidade de água adicional causará uma maior inclinação, até que o nível da água no
compartimento afetado se eleve, provocando uma menor diferença de altura para com o
nível do mar e uma diminuição na razão de formação dos braços inclinadores.
Esse processo continuará até que, então, o navio tomará uma posição de equilíbrio,
onde o nível de simulação da condição de estabilidade após avarias água no interior do
compartimento terá encontrado o nível externo através da avaria no casco. Ao estabilizar-se
num determinado ângulo de inclinação, denominado de banda, e ter o casco rompido
estabelecendo uma comunicação franca com o mar, o movimento de balanço lateral fará
com que a quantidade de água a bordo do compartimento varie conforme o bordo e os
CURSO AVANÇADO DE COMBATE A INCÊNDIO – ADVANCED FIRE FIGHITING – AFF 122
ângulos de inclinação formados após a atuação das causas perturbadoras. O efeito de água
aberta provoca uma redução das características de estabilidade dos navios e somente pode
ser eliminado por meio do tamponamento do casco, de forma que a água não possa fluir
livremente do interior do navio para o mar ou vice-versa.
Comprimento Total
Comprimento Total
Linha de flutuação de
carga máxima
Boca
Boca
Obras mortas.
Pontal
Calado
Calado
Borda Livre
É uma faixa pintada no casco dos navios, de proa a popa; seu limite inferior é a linha
de flutuação leve e o superior é a linha de flutuação em plena carga.
TRIM
BANDA
Caverna - Peças curvas que são fixadas na quilha perpendicularmente e servem para dar
forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. É como se fossem as "costelas'" do
navio.
Planos de Formas
Longarinas - Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as
entre si.
Pés de carneiro - Colunas que suportam os vaus para aumentar a resistência da estrutura.
Quilha - Peça disposta na parte mais baixa do navio, longitudinalmente, da proa até a popa.
É a "espinha dorsal” do navio.
A carga a bordo deve ser estivada segundo alguns critérios, por exemplo, de acordo
com sua natureza, embalagens e demais características, dimensões das escotilhas,
capacidade dos aparelhos de movimentação de carga, etc.
A peação da carga é um fator essencial para a segurança da embarcação já que seu
objetivo é evitar que a carga corra (se desloque) em decorrência dos movimentos do navio.
A estivagem (acondicionamento com segurança) de qualquer material a bordo deve
seguir parâmetros bem definidos, conforme a seguir explicado:
1 – Primeiro – estrutura de convés ou coberta (piso) que suporte o peso do material a ser
estivado – esses dados de m² por peso estão normalmente especificados no Manual da
Unidade;
I – Tanques e compartimentos que detenham gases inflamáveis ou tóxicos devem ter suas
atmosferas controladas, ou seja, o escape de gases inerentes a esses produtos devem ser
controlado e dissipado em atmosferas seguras, como bujão de gás, garrafas de nitrogênio,
espaços com No³.
II – Todo o trabalho em espaços confinados, ou seja, com atmosfera não totalmente segura
deve ser monitorado e analisado antes de qualquer permissão para o trabalho, seguindo
todos os trâmites de PTA. Cabe ainda observar que, mesmo sendo constatada atmosfera
segura no compartimento, a própria execução do trabalho poderá impingir uma atmosfera
insegura para esse local, como é o caso da solda com acetileno, cozinhas industriais etc.
Neste caso, devem-se tomar todas as precauções de ventilação e uso de equipamentos
especiais de monitoramento.
Água aberta
A situação de água aberta é muito séria em uma embarcação. O volume de água
embarcado por uma pequena abertura pode levar a unidade a perder sua reserva de
flutuabilidade e, dependendo da posição do furo, levar a uma banda permanente e em
seguida, à perda de estabilidade, podendo emborcar.
Uma unidade marítima pode fazer água através de muitos tipos de abertura,
provocados pelos mais diferentes acontecimentos. Muitos, em geral, relacionados à
ocorrência de emergências, como abalroamento (colisão entre embarcações), encalhe,
explosão, colisão etc. Porém, também pode ocorrer água aberta através de válvulas de
fundo, eixos que tenham contato com o meio externo etc.
Devemos ter muito cuidado com a manutenção dos equipamentos que possam
causar esses tipos de vazamentos, fazendo manutenções periódicas e inspeções
freqüentes, evitando-se, por exemplo, vazamento em tubulações.
Tamponamento
Cavilhamento utiliza-
utiliza-se para pequenas
aberturas lineares (fissuras e rachaduras).
Emprega-
Emprega-se cunhas ou cavilhas, macete, panos e
massas de vedação resistentes à água.
Percintagem utiliza-
utiliza-se para avarias em tubulações.
tubulações. Pode
ser mecânica (material para junta, arame, braçadeira e
cabos finos) ou plástica
plástica (adesivos de epóxi).
epóxi).
Encaixotamento utiliza-
utiliza-se para
avarias que apresentem furos
e/ou rombos de um tamanho tal
que o reparo não pode ser feito
pelas técnicas anteriores.
Emprega-
Emprega-se caixotes.
caixotes.
RF = COMPARTIMENTAGEM + ESTANQUEIDADE
Estanqueidade ao óleo.
Estanqueidade à água.
Estanqueidade ao ar.
Estanqueidade á fumaça.
Estanqueidade às chamas.
Água de Lastro
Material usado para fazer peso e equilibríbrio, nos navios serve para controlar a
submersão e a estabilidade. Originalmente, o lastro era sólido (areia, pedra, metal).
Modernamente, as embarcações utilizam água.
Lastro
Bombas
Válvula esfera
Válvula de retenção
Guindaste
Secundária:
Preservar os destroços para subsidiar a investigação do acidente; e
Desinterdição do local de pouso.
Categorias de Helipontos
Em função do comprimento máximo (D) do maior helicóptero que irá operar, os
helipontos serão assim classificados:
I - Primeira etapa
Os homens com roupas especiais deverão aproximar-se da aeronave, levando em
mãos um machado de CAV e um instrumento cortante (faca) e executarão os seguintes
procedimentos:
Retirar portas e janelas (mecanismos de alijamento);
Cortar o combustível;
Desligar bateria; e
Frear o rotor.
II - Segunda etapa
A equipe médica avaliará a conveniência de iniciar o atendimento ainda no interior da
aeronave ou efetuar a imediata remoção.
O melhor trajeto para o local de atendimento após a remoção deverá estar previamente
determinado e ser de conhecimento de todos os envolvidos nessa etapa.
O salvamento das vítimas tem prioridade sobre a necessidade de preservação de
indícios para a investigação do acidente, no entanto, deve ser enfatizada essa necessidade
sempre que ela não interferir com o socorro.
Não importa quantas vezes você já realizou o mesmo trabalho, lembre-se sempre de
analisar, com cuidado, cada tarefa antes. Dedique tempo para poder realizá-la de forma
apropriada e segura!
e) Gewich, Ben C. Construction of Marine and Offshore Structures, 3rd Edition, London:
CRC Press, 2007.
g) Damage Control – Naval Ships Technical Manuals – WA- Forslyp, USA, 2003.
i) Future Naval Concepts Crew Reductions through Improved Damage Control (FNC-
CRIDCC), Management and Technical Survive, Virginia, USA, 2007.
j) Fonseca, Maurílio Magalhães- Arte Naval, 6ª ed, Rio de Janeiro: Serviço de Docu-
mentação da Marinha, 2002. 2v.: il.