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Máquinas Síncronas:

Introdução
Prof. Marcel Parentoni

ELE606 - Conversão Eletromecânica de Energia II


Considerações sobre Geração de Energia

Aplicações

Tópicos Aspectos Construtivos

Sistemas de Excitação

Definições e Conceitos Básicos


Considerações sobre
Geração de Energia
Matriz Energética

Matriz Elétrica

Empresa de Pesquisa Energética, 2020 (Dados de 2018)


Matriz Elétrica Brasileira, ANEEL
http://www.ons.org.br/paginas/
Dados da Geração, ONS energia-agora/carga-e-geracao
Utilização de
Máquinas Síncronas
na Geração de
Energia Elétrica no
Brasil

Percentual de Máquinas Síncronas ? Polos Lisos versus Polos Salientes ?


Utilização de
Máquinas Síncronas Percentual de Máquinas Síncronas ? Polos Lisos versus Polos Salientes ?
na Geração de
Energia Elétrica no
Brasil
Aplicações
São máquinas rotativas que podem operar como Gerador e Motor

Geradores Síncronos:
• a principal máquina da geração
• amplamente empregados
Máquinas
Síncronas • polos lisos ou polos salientes
Motores Síncronos:
• características construtivas e de funcionamento que os
destacam como opção para várias aplicações
• velocidade constante
• condensador síncrono
• Imã-permanente; SRM; SynRM

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Geradores de Polos Lisos e Polos Salientes

Polos Lisos usados nas termelétricas e Polos Salientes usados nas hidrelétricas.
Como exemplo, podemos falar um pouco da geração hidrelétrica...
Geração Hidrelétrica

Energia potencial Energia mecânica


Energia elétrica

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Geração Hidrelétrica

Seleção de Turbinas
e Geradores

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Geração
Hidrelétrica
Seleção de Turbinas e Geradores

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Geração Hidrelétrica

Turbinas Pelton

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Geração Hidrelétrica

Turbinas Francis

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Geração
Hidrelétrica

• Turbinas Kaplan

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Aspectos Construtivos
Aspectos Construtivos

23
Aspectos Construtivos

24
Aspectos Construtivos

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Suporte para:
• cruzeta superior;
• plataforma;
• trocador de calor ;
• núcleo do estator enrolado.

Carcaça Transmitir esforços para as


fundações:
• Torque nominal e transitórios;
• Dilatação térmica;
• Curto-circuito;

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• Parte ativa do gerador
• Alojar o enrolamento do estator
Núcleo do • Núcleo do fluxo magnético,
Estator •

baixas perdas e baixa excitação
Refrigerar o enrolamento do
estator

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Circuito Eletromagnético
do Estator

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Circuito Eletromagnético
do Estator

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Enrolamentos do
Estator

Os enrolamentos podem ser:

• Ondulados: são mais empregados em máquinas


com um número maior de polos
• Imbricados: são geralmente empregados em
máquinas com menor número de polos.

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Enrolamento do Estator
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Enrolamento do Estator
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Enrolamento
do Estator

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Enrolamento do Estator
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Cruzetas e Mancais
Estrutura das cruzetas:
• Suporte para os mancais.
• Dispositivo de levantamento para o
estator.

Mancais:
• Estabilidade da linha do eixo.
• Fixação axial do rotor.

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Cruzetas e Mancais
Rotor

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Polo
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Bobina do polo

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Enrolamento Amortecedor
Circulação de corrente, principalmente, durante de falha
de sincronização, curto-circuito ou carga desbalanceada:
• Acelera a máquina se a rotação diminuir;
• Freia a máquina se a rotação aumentar.
• Torque de partida em motores e compensadores
síncronos.
• Partida similar ao motor de indução
• Facilitar a obtenção do sincronismo (“hunting”).
• Amortecer oscilações (curtos-circuitos, manobras,
etc.).
• Fornecer torque de aceleração ou de frenagem
durante uma falha simétrica ou e assimétrica (reduz a
variação de velocidade durante a falha).
• Reduzir o “stress” da isolação enrolamento de
excitação durante surtos no enrolamento de
armadura.

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Meio de circulação do fluxo magnético
Coroa Magnética
Mantém os polos fixos ao rotor
Coroa Magnética

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Cubo, Aranha e Coroa

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Eixo
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Eixo
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Escovas e
Anéis
Coletores

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Sistema de
Resfriamento

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• Quanto ao número de fases;

• Quanto a posição do rotor;


Classificação
dos Geradores • Quanto ao tipo do rotor;

• Quanto ao tipo de excitação

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Classificação dos Geradores

Quanto a posição do rotor: Gerador de Eixo Vertical 49


Classificação dos Geradores

Quanto a posição do rotor: Gerador de Eixo Horizontal 50


Classificação dos Geradores

Quanto ao tipo do rotor: Polos Lisos e Polos Salientes 51


Classificação dos Geradores

Quanto ao tipo do rotor: Polos Lisos 52


Classificação dos Geradores

Quanto ao tipo do rotor: Polos Lisos 53


Classificação dos Geradores

Quanto ao tipo do rotor: Polos Salientes 54


Classificação dos Geradores

Quanto ao tipo de excitação:

a) Excitatriz Rotativa: Em geral, um gerador de corrente contínua acionado pelo eixo do próprio
gerador. Neste caso tem-se “excitação própria”;

b) Excitatriz Brushless (sem escovas): composta por um alternador de polos fixos e armadura
girante e uma ponte retificadora;

c) Auto-Regulado: a corrente de campo é proporcional à corrente fornecida pelo alternador. Para


que isto seja possível, utiliza-se de transformadores de corrente e ponte retificadora externa à
maquina.

d) Excitatriz Estática: A tensão de alimentação do campo provém de uma fonte independente do


alternador, sendo retificada por conversores estáticos;

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Sistemas de Excitação
Do Chapman
As excitatrizes rotativas são geradores de corrente contínua
(dínamos) auto-excitados shunt ou compound, em geral
Excitatriz rotativa montados sobre o próprio eixo da máquina (excitatriz ponta
de eixo). Necessita de escovas para alimentação de campo.

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Uma excitatriz sem escovas é um pequeno gerador CA
Excitatriz “Brushless” com seu circuito de campo montado no estator e seu
circuito de armadura montado no eixo do rotor.

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Excitatriz “Brushless”

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Excitatriz “Brushless” A excitatriz auxiliar (piloto) possui polos compostos por
barras axiais montadas nas sapatas polares do gerador
com excitatriz piloto principal (imãs permanentes).

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Excitatriz “Brushless”
com excitatriz piloto

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Excitatriz “Brushless”

VANTAGENS DESVANTAGENS

• Não utiliza escovas, porta-escovas e anéis; • O sistema brushless possui resposta mais lenta que o sistema
• Não introduz interferência devido ao mau contato das escovas; estático, devido ao campo do excitador. Assim, para a partida de
motores de indução em um sistema de geração isolado,
• Causa uma interferência menor devido ao chaveamento dos normalmente a queda de tensão para geradores brushless é
tiristores do regulador comparado com os dos tiristores da maior que a causada quando se utiliza a excitatriz estática;
excitatriz estática;
• Manutenção reduzida, solicitando cuidados apenas na lubrificação
dos mancais; • A pesquisa de defeitos no sistema brushless é mais trabalhosa.
• O sistema brushless admite com facilidade o controle manual,
através do uso de um reostato ligado em série com o enrolamento
da excitatriz, por exemplo.

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A corrente de campo é proporcional à corrente
Geradores Auto- fornecida pelo alternador. Para que isso seja possível,
Regulados utiliza-se de transformadores de corrente e ponte
retificadora externa à máquina. Necessita de escovas.

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A excitatriz estática não utiliza geradores de corrente contínua
e o regulador de tensão é, normalmente, montado em
conjunto com os componentes da excitatriz estática. A tensão
Excitatriz Estática de alimentação do campo provém de uma fonte
independente do alternador, sendo retificada por conversores
estáticos. A alimentação do campo é feita através de escovas.

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Definições e Conceitos
Básicos
Do Fitzgerald
Do Chapman
MÁQUINA DE INDUÇÃO MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA MÁQUINA SÍNCRONA
Possui alimentação
Corrente alternada Tem excitação
CMG Corrente contínua
ESTATOR Induz tensão no rotor CAMPO
INDUTOR INDUTOR

Possui alimentação
Não tem excitação Corrente contínua
ROTOR Tensão é induzida pelo Estator Tensão de reação de armadura
INDUZIDO ARMADURA
INDUZIDO

ALIMENTAÇÕES Excitação simples em CA Excitação dupla em CC


MÁQUINA DE INDUÇÃO MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA MÁQUINA SÍNCRONA
Possui alimentação Possui alimentação
Corrente alternada Tem excitação Corrente alternada
CMG Corrente contínua Induz tensão de reação de armadura,
ESTATOR Induz tensão no rotor CAMPO porém não no rotor
INDUTOR INDUTOR ARMADURA
INDUZIDO
Tem excitação
Possui alimentação
Corrente contínua
Não tem excitação Corrente contínua
Eletroímã
ROTOR Tensão é induzida pelo Estator Tensão de reação de armadura
Induz tensão no estator (Ef)
INDUZIDO ARMADURA
CAMPO
INDUZIDO
INDUTOR
ALIMENTAÇÕES Excitação simples em CA Excitação dupla em CC Excitação dupla: CA e CC
Circuitos Magneticamente Acoplados
𝐹𝑀𝑀 ⅆ∅
∅= 𝐸 = −𝑁
𝐹𝑀𝑀 = 𝑁𝐼 𝑅𝑒 ⅆ𝑡
ROTOR CAMPO
INDUTOR
𝐼𝐹 𝐹𝑀𝑀𝑅𝑜𝑡 𝜙𝑅𝑜𝑡 𝐸𝐹
Campo Tensão induzida
Corrente
Magnético Movimento
Contínua no estator
Contínuo

ESTATOR ARMADURA
INDUZIDO
𝐼𝐴 𝐹𝑀𝑀𝐴𝑟𝑚 𝜙𝑅𝐴 𝐸𝑅𝐴
Campo Tensão
Corrente induzida, mas
Magnético
Alternada não no rotor*
Alternado

Tensão Terminal é a composição da 𝑉𝑇 = 𝐸𝐹 − 𝐸𝑅𝐴 Assim, a Tensão de Reação Reatância Síncrona


tensão induzida pelo rotor no estator de Armadura tem que ser no circuito da
e da tensão de reação de armadura 𝑉𝑇 = 𝐸𝐹 + 𝐸𝑅𝐴 induzida em algum lugar Armadura

Grandezas Fasoriais

*Como a velocidade do rotor é a mesma do campo magnético girante, não há escorregamento. Dessa forma não há tensão induzida no rotor!
TRANSFORMADOR MÁQUINA DE INDUÇÃO MÁQUINA SÍNCRONA

CIRCUITO ELÉTRICO
EQUIVALENTE

OBSERVAÇÕES Primário em corrente alternada Primário em corrente alternada Primário (Excitação) em corrente contínua
Circuito Elétrico Equivalente
Polos Salientes
Polos Salientes

ROTOR CAMPO
INDUTOR
𝐼𝐹 𝐹𝑀𝑀𝑅𝑜𝑡 𝜙𝑅𝑜𝑡 𝐸𝐹
Campo Tensão induzida
Corrente
Magnético Movimento
Contínua no estator
Contínuo

Entreferro Relutância Fluxo + Tensão


Saliências
variável variável variável Induzida

𝐹𝑀𝑀 ⅆ∅
∅= 𝐸 = −𝑁
𝑅𝑒 ⅆ𝑡
OPERAÇÃO ISOLADA OPERAÇÃO EM PARALELO

Controles do
Gerador
Controles do Gerador

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Referências
• CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. AMGH Editora, 2013.
• Umans, Stephen D. Máquinas Elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7 edição. 2014.
• Apostila de Máquinas Síncronas, Prof. Antônio Tadeu Lyrio de Almeida, 2000.
• Curso de geradores ALSTON.
• Curso de regulador de tensão da VOITH.

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