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ROBÔ INDUSTRIAL

Parte 2 – Acionamentos (motores e transmissão)

MECATRÔNICA
Robótica
SENAI - 6.01

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Introdução:
• No corpo humano são os músculos que
‘acionam’ as várias partes do braço.
• Os robôs também necessitam de unidades
de acionamentos que proporcionem os
movimentos das juntas nos braços
mecânicos.
• De acordo com seu torque e momento o
Robô poderá mover cargas de massa
maior ou menor, com velocidades
variáveis. 2
Tipos de acionamento:

• Pode-se dividir os acionamentos em


dois tipos:
– eletromagnéticos (motores) e
– hidropneumáticos (cilindros).

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Acionadores eletromagnéticos
• Os motores elétricos estão presentes em
todos os lugares;
• Os mais comumente usados em braços
mecânicos são:
– Motores CC;
– Motores de passo;
– Servo Motores CC ou CA.
• Estes tipos de motores são os que
apresentam a melhor relação custo/benefício.
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Motores CC
(com escovas)

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Partes constituintes:

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Partes de um motor CC:

• Os motores de CC são constituídos por:


• Um rotor com uma bobina (armadura);
• Um anel comutador preso no rotor;
• Escovas;
• Um eixo onde está preso o rotor;
• Um campo magnético (principal ou
excitatriz) que está no estator e pode ser
um imã permanente ou uma bobina
alimentada por CC;
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O motor CC

8
O motor CC

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Estator ou Campo

• É a parte fixa do motor;


• É onde está o campo magnético
principal ou excitatriz que envolve o
rotor, e que normalmente é um ímã
permanente preso à carcaça do motor e
que produz um campo magnético
constante e permanente.

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Rotor ou Armadura
• É o elemento móvel, girante, constituído
por um núcleo de chapas de ferro
laminado onde são enroladas muitas
voltas de fio condutor esmaltado.
• Suas extremidades são ligadas às duas
metades do comutador.
• O rotor gira sobre um eixo onde deve ser
conectada a carga a ser rotacionada.
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O comutador

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Comutador
• Também conhecido Coletor.
• São elementos de contato elétrico que
conduzem a alimentação de tensão
contínua externa, fornecida pelas
escovas, aos enrolamentos do rotor,
alternando a polaridade enquanto o
motor estiver girando.

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Escovas
• Também conhecidas como carvões (2).
• São os elementos de contato elétrico
que conduzem a alimentação externa,
de tensão contínua, ao comutador, que
vai alimentar os enrolamentos do rotor,
alternando a polaridade enquanto o
motor estiver girando.

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Na robótica, os motores CC
precisam apresentar
características especiais:
• Operar em diferentes velocidades sempre
com a mesma precisão;
• Acelerar e desacelerar numa taxa precisa;
• Gerar o torque necessário para manter
velocidade e/ou posição mesmo com
mudanças na carga;
• Executar paradas e mudanças de direção
repentinas.
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Resumindo, na robótica:

O controle de velocidade
e posicionamento do motor CC devem garantir:

Grande torque na partida Frenagem rápida Baixa inércia

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Tipos de controle do motor CC:
• Recordando: os motores de CC variam
sua velocidade linearmente à tensão de
alimentação da bobina do rotor
(armadura);
• Assim temos dois modos de acionamento:
– Analógico (também chamado de Linear ou
Contínuo) e
– Digital (também conhecido como PWM ou por
“Duty Cycle”).
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Modo linear

• A tensão ajustada no potenciômetro é


amplificada em potência (tensão e/ou
corrente) e então alimenta o motor.
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Na robótica:

• O controle não é manual, mas automático e


programável.
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Modo digital (PWM):
(“Pulse Width Modulation”)
• No modo analógico, o amplificador dissipa muita potência e
se aquece demais (perdas altas);
• No modo digital, os transistores operam como chave aberta
ou fechada (0 e 1), e por isso não se aquecem tanto.

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• Para girar o motor numa certa velocidade, o
interruptor A e o B são abertos ou fechados
em uma freqüência de aproximadamente 40
kHz.
• Se a duração (tempo) que um interruptor
ficar fechado, for maior que o outro, então a
tensão média aplicada ao motor será
diferente de zero, produzindo uma corrente
resultante em um sentido.
• Isto fará com o motor gire em um sentido,
com uma rotação que dependerá da tensão
média. 21
Ciclo de trabalho
(“Duty cycle”)

• O ciclo de trabalho pode ser calculado por:


D = Tp
T
– onde T é o período total e,
– Tp é a duração do pulso positivo

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Servo-motores CC
• Existem motores CC que são construídos
especialmente para facilitar o seu controle
de velocidade e posicionamento.
• Estes motores trazem embutidos sensores de
velocidade (tacômetros ou tacogeradores)
e/ou de posição (encoders, potenciômetros
sem fim de curso, etc...).
• O seu sistema de acionamento é especial,
automático e programável.
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Motores de passo:
• São motores especiais, muito utilizados em
periféricos de computadores, como drives
de HD, impressoras, etc..
• Esses motores movimentam em ângulos
pré-definidos, denominado de “passo”;
• O sistema de acionamento geralmente
recebe pulsos e aciona bobinas, de tal forma
que para cada pulso, temos o movimento de
um passo.
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O motor de passo

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• O rotor é
constituído
geralmente de
imãs;
• O estator é
constituído por
várias bobinas
que são
acionadas por
chaves
(transistores)
em uma
determinada
combinação
para cada
passo. 26
Características:
• Aplicações em serviços leves, como por
exemplo, em órgãos terminais e sistemas de
malha aberta;
• O torque máximo se obtém quando os pólos
estão alinhados e é conhecido como “torque de
retenção”;
• Dependendo da necessidade, pode-se aumentar
a resolução utilizando-se do acionamento de
meio passo (posição intermediária  reduz o
torque).
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Estator e rotor:

Rotor

 = 360o/(Nr.NF.p)
 - gráus por passo
Nr.- no. de dentes do rotor;
NF.- no de fases
p - no de pares de pólos/fase
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Acionando as bobinas:
Passo inteiro ou completo Meio Passo ou micropasso
A B C D A B C D
0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 1 0 0 0 1 1
0 1 0 0 0 0 1 0
1 0 0 0 0 1 1 0
0 1 0 0
1 1 0 0
1 0 0 0
1 0 0 1

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Controle do motor de passo:

• Se os enrolamentos forem acionados muito rapidamente, e


dependendo da carga, pode acontecer do motor “perder o
passo”
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Resumindo:

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Controle do motor de passo em
robótica:

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Acionadores
hidropneumáticos

• São acionadores que se movimentam


devido à pressão de um fluido.
– Acionadores hidráulicos (liquido)
– Acionadores pneumáticos (gás)

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Cilindro
• É um atuador geralmente linear.
Bucha de
vedação do Bucha de
êmbolo vedação da
Êmbolo haste

Tampa Haste
Traseira Corpo Tampa
frontal

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Símbolos e tipos de cilindros:
Cilindro de ação única Cilindro de ação única com mola
de retorno

Cilindro de ação dupla com eixo Cilindro de ação dupla com eixo
único duplo

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Válvula Direcional de duas
posições e duas conexões

A A
P P 
A

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Válvula proporcional:
• Ao contrário da válvula direcional que abre
ou fecha o fluxo, a válvula proporcional
permite o controle do fluxo de fluído;
• Quando o seu controle é feito de forma
analógica utilizam-se os controladores
PID.

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Sistemas de transmissão:
Correias:
• Utilizadas para transmitir movimento de
rotação a um ponto distante do atuador
rotativo.

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• São cintas de borracha, acopladas às
polias. Geralmente são planas, trapezoidais
ou dentadas.
• As correia em “V” ou
trapezoidal, é maciça,
feita de borracha
revestida de lona, com
fios cordonéis vulcani-
zados para aumentar a
sua resistência à
tração.
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Trapezoidal x Plana

• As trapezoidais:
– Possuem baixo deslizamento;
– Permite o uso de polias bem próximas;
– Elimina os ruídos e os choques típicos das
correias emendadas.

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Correia dentada:
• Utilizadas quando não se pode ter nenhum
deslizamento.

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Relações de transmissão:

D2/D1 = n1/n2
• Quanto maior for D2, menor será sua rotação.
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Correntes:

• Semelhante às
correias;
• A transmissão
ocorre por meio
do acoplamento
dos elos;
• Maior oscilação;
• Maior tração.

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Correntes:
dentes e elos

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Não é aconselhável sua utilização em órgãos
terminais por não possuírem deslizamento.

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Engrenagens:
• Rodas com dentes
padronizados que
servem para
transmitir movimento
e força entre 2 eixos;
• A engrenagem maior
chama-se coroa e a
menor pinhão;
• Também são usadas
para variar a rotação
e o sentido de
movimento.
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Cilíndricas com dentes retos:

• Servem para
transmitir
rotação entre
eixos
paralelos.

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Cilíndricas com dentes
helicoidais:
• Servem para
transmitir rotação
entre eixos
paralelos e
reversos;
• Produzem menos
ruído em relação
aos de dentes
retos.
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Cônicas:
Transmitem rotação entre eixos concorrentes.

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Exemplo de aplicação:

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Cremalheira:

• Barra provida de dentes,


destinada à engrenar uma
roda dentada;
• O sistema transforma
movimentos de rotação
em retilíneos e vice-versa.
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Barras:
• Barra de metal fixada
entre dois pontos e que
permite a transmissão
de movimento de um
ponto ao outro;
• Muito utilizada em
robôs do tipo articulado
(revoluto), poi possui
alta capacidade de
tração e manutenção
muito simples.
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