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AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE LINGUA PORTUGUESA Nota:

Disciplina: Português
PROFA Mª Carolina

Série: 8º ano Bimestre: 3º Data: 28/09/2021


Aluno: Katherine Mariscal Markevicius
Nº: 06

Leia atentamente o texto

Da utilidade dos animais

Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram


animais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso
que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso
são muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente? Cachorro faz
muita falta. Mas não é só ele não. A galinha, o peixe, a vaca... Todos ajudam.
__ Aquele cabeludo ali, professora, também ajuda?
__ Aquele? É o iaque, um boi da Ásia Central. Aquele serve de montaria e de burro
de carga. De pelo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que é gostosa.
__ Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele?
__ Bem, primeiro serve para uma coisa, depois para outra. Vamos adiante. Este é o
texugo. Se vocês quiserem pintar a parede do quarto, escolham um pincel de texugo.
Parece que é ótimo.
__ Ele faz pincel, professora?
__ Quem, o texugo? Não, só fornece o pelo. Para pincel de barba também, que o
Arturzinho vai usar quando crescer.
Arturzinho objetou que pretende usar barbeador elétrico. Além do mais, não
gostaria de pelar o texugo, uma vez que devemos gostar dele, mas a professora já
explicava a utilidade do canguru:
__ Bolsas, malas, maletas, tudo isso o couro do canguru dá pra gente. Não falando
da carne. Canguru é utilíssimo.
__ Vivo, fessora?
__ A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz... produz é maneira de dizer, ela
fornece, ou por outra, com o pelo dela nós preparamos ponchos, mantas, cobertores etc.
__ Depois a gente como a vicunha, né, fessora?
__ Daniel, não é preciso comer todos os animais. Basta retirar a lã da vicunha, que
torna a crescer...
__ E a gente torna a cortar? Ela não tem sossego, tadinha.
__ Vejam agora como a zebra é camarada. Trabalha no circo, e seu couro listrado
serve para forro de cadeira, de almofada e para tapete. Também se aproveita a carne,
sabem?
__ A carne também é listrada? __ pergunta que desencadeia riso geral.
__ Não riam da Betty, ela é uma garota que quer saber direito as coisas. Querida,
eu nunca vi carne de zebra no açougue, mas posso garantir que não é listrada. Se fosse,
não deixaria de ser comestível por causa disto. Ah, o pinguim? Estes vocês já conhecem
da praia do Leblon, onde costuma aparecer, trazido pela correnteza. Pensam que só
serve para brincar? Estão enganados. Vocês devem respeitar o bichinho. O excremento –
não sabem o que é? O cocô do pinguim é um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato.
O óleo feito com a gordura do pinguim...
__ A senhora disse que a gente deve respeitar.
__ Claro. Mas o óleo é bom.
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__ Do javali, professora,duvido que a gente lucre alguma coisa.
__ Pois lucra. O pelo dá escovas de ótima qualidade.
__ E o castor?
__ Pois quando voltar a moda do chapéu para homens, o castor vai prestar muito
serviço. Aliás, já presta, com a pele usada para agasalhos. É o que se pode chamar de
um bom exemplo.
__ Eu, hem?
__ Dos chifres do rinoceronte, Belá, você pode encomendar um vaso raro para o
living de sua casa. Do couro da girafa, Luis Gabriel pode tirar um escudo de verdade,
deixando os pelos da cauda para Teresa fazer um bracelete genial. A tartaruga-marinha,
meu Deus, é de uma utilidade que vocês não calculam. Comem-se os ovos e toma-se a
sopa: uma de- li- cia. O casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa.... O
biguá é engraçado.
__ Engraçado, como?
__ Apanha peixe pra gente.
__ Apanha e entrega, professora?
__ Não é bem assim. Você bota um anel no pescoço dele, e o biguá pega o peixe
mas não pode engolir. Então você tira o peixo da goela do biguá.
__ Bobo que ele é.
__ Não. É útil. Ai de nós se não fossem os animais que nos ajudam de todas as
maneiras. Por isso que eu digo: devemos amar os animais, e não maltratá- los de jeito
nenhum. Entendeu, Ricardo?
__ Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar
bem o pelo, o couro e os ossos.

Carlos D. De Andrade - Crônicas

QUESTÕES( 0,5 cada questão)

1) Quais são as personagens, onde se passa a história e quando?

A história se passa no terceiro dia de aula desta turma, eles estão na escola falando com
a professora. Os personagens são os alunos e a professora.

2) Há contradição entre o que a professora diz sobre os animais no início do texto e no


decorrer dele. Que contradição é essa?

No começo a professora fala que não devemos judiar dos animais, que eles tem direito à
vida como nós e etc. Só que, ao desenrolar da história ela começa a falar da utilidade dos
animais, que servem para fazer objetos com a pele e com os ossos, e que a carne deles é
boa.

3) O objetivo principal do autor é mostrar:

a) a utilidade dos animais para os homens.


b) a contradição entre o que se fala e o que se faz.
c) a importância de amar e respeitar os animais.

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d) a destruição das espécies animais pelo homem.
e) a preservação dos animais pelo homem.

4) Do texto podemos concluir que os homens:

a) utilizam os animais em proveito próprio.


b) têm os animais como amigos.
c) dependem dos animais para tudo.
d) gostam apenas dos animais úteis.
e) não gostam muito dos animais.

5) Assinale a alternativa em que o verbo em destaque tenha o sentido de fornecer.


a) “ Do pelo se fazem perucas bacaninhas”
b) “ O pelo dá escovas de qualidade”.
c) “ O casco serve para fabricar pentes...”
d) “ Ele faz pincel, professora?”
e) “ __ A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz ...”

6) “ Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o
pelo, o couro e os ossos”.

Entre as ações enumeradas acima estabelece- se uma relação de:

a) explicação
b) conclusão
c) contradição
d) repetição
e) confirmação.

Leia o texto abaixo e responda as questões de 7 ao 10

MACACOS NÃO ME MORDAM

Manter animais silvestres em casa é atitude antiecológica e perigosa.


Em todo o Brasil, as pessoas de diferentes camadas sociais capturam ou compram
animais, em especial papagaios e macacos, levando-os para as cidades e criando-os
como animais de estimação. Essa prática, prejudicial à ecologia, é também uma séria
ameaça à saúde tanto das espécies mantidas em cativeiro quanto dos humanos que
convivem com elas, já que tais “ mascotes” carregam e transmitem vírus e bactérias às
vezes fatais. Um exemplo é a transmissão da raiva por micos e sagüis criados em
residências: ao contrário do que se pode imaginar, vacinar esses animais não previne o
contágio, como acontece com cães e gatos.
Os animais silvestres mais encontrados em residências são os papagaios e alguns
macacos de pequeno porte; como sagüis, micos e o macaco prego. A proximidade
evolutiva com o ser humano faz com que os primatas sejam apreciados como animais de
estimação, mas isso agrava o risco para a saúde, já que esses animais são portadores de

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inúmeros vírus e bactérias nocivas ao homem.
O comércio de animais silvestres, assim como a caça e a criação não autorizadas,
são definidas como crimes inafiançáveis pela lei federal n°.5.197, de 03 de janeiro de
1967. Apesar da fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), a existência de compradores, desavisados ou não, estimula
a captura ilegal, que leva ao desequilíbrio ecológico e pode acarretar, infelizmente, a
extinção da fauna selvagem.
( Márcia Cristina Ribeiro Andrade - Ciência Hoje, Rio de Janeiro)

7) O artigo tem como tema:

a) as atribuições do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.


b) as bactérias e vírus nocivos ao homem.
c) o comércio e criação de animais silvestres.
d) os cuidados para evitar mordida de macaco.
e) as vacinas contra raiva nos macacos

8) Segundo o artigo, manter animais silvestres em casa é perigoso e ilegal porque:

a) não são domesticáveis.


b) gostam de ficar soltos em casa.
c) não podem tomar vacinas.
d) transmitem vírus e bactérias.
e) podem morder os desavisados.

9) “ O comércio de animais silvestres, assim como a caça e a criação não- autorizadas,


são definidos como crimes inafiançáveis pela Lei federal n°. 5.197, de 03 de janeiro de
l967”.

A referência ao texto legal é utilizada pelo autor para:

a) alertar os leitores sobre a possibilidade de punição.


b) explicar o sentido do termo antiecológico.
c) mostrar que tem conhecimento de legislação.
d) solicitar das autoridades a criação de novas leis sobre o assunto.
e) explicar que essa lei é variável e pode ser mudada.

10) A preocupação do autor com o destino dos animais silvestres, é expressa no


fragmento:

a) “ vacinar esses animais não previne o contágio..”


b) “ são definidos como crimes inafiançáveis...”
c) “ e pode acarretar, infelizmente, a extinção da fauna selvagem.”
d) “ esses animais são portadores de inúmeros vírus...”
e) “mas isso agrava o risco para a saúde.”

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GRAMÁTICA

1- Nas orações:

I- Ele não entrou no restaurante.


II- Após três meses, os montanhistas retornaram cansados.
III- Está chovendo.

Assinale a correta classificação do predicado das orações acima.

a) nominal, verbo- nominal, nominal.


b) verbal, verbo-nominal, verbal.
c) nominal, verbo- nominal, verbal.
d) verbal, verbal, verbal.
e) nominal, nominal, verbo- nominal.

2- Analise os adjuntos adverbiais nas frases. Em seguida, assinale a


alternativa que contenha a correta e respectiva classificação:

I – O orador apresentou muito bem sua turma.


II- Permanecerei aqui o tempo que for necessário.
III- Talvez eles não voltem logo.

a) intensidade/ modo; lugar; dúvida/ negação/ tempo.


b) intensidade/ intensidade; tempo; negação/ negação/ modo.
c) intensidade/ tempo; lugar; negação/ negação/ modo.
d) modo/ modo; lugar; dúvida/ negação/ lugar.
e) lugar/ tempo; modo; dúvida/ lugar/ modo.

3) Assinale a correta análise dos termos destacados:

“ Formigas passeavam no sofá “.

a) Predicado, adjunto adverbial de lugar.


b) Sujeito, adjunto adverbial de intensidade.
c) Sujeito, adjunto adverbial de lugar.
d) Objeto direto, adjunto adverbial de lugar.
e) Objeto direto, sujeito.

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4) Em todas as alternativas há dois ou mais adjuntos adverbiais.

Assinale a alternativa em que haja apenas um adjunto adverbial e


sublinhe.

a) Ela sempre fala calma e sabiamente.

b) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.

c) Amanhã, não iremos ao cinema.

d) Eles sempre permanecem aqui.

e) Hoje estavam ansiosos.

5) Indique a função dos termos destacados, conforme o código:

( 1 ) adjunto adverbial
( 2 ) objeto indireto

a) Guardava com carinho ( 2 ) os livros.

b) Este rapaz necessita de emprego. ( 2 )

c) No céu ( 2 ) voavam velozes andorinhas.

d)) Não ( 2 ) duvidei de você. ( 1 )

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