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ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS MATERIAIS E
PATRIMONIAIS
gRADUAÇÃO
gESTÃO PúblICA
MARINgÁ-PR
2013
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHUTTERSTOCK.COM”.
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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos.
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos
nossos fará grande diferença no futuro.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação
continuada.
A administração é uma ciência social que para ser perfeita precisa se apoiar em um tripé
harmonioso, sendo recursos financeiros, materiais e humanos. A interdependência destes
fatores torna a gestão de empresas, tanto públicas quanto privadas, mais produtivas.
Não se constrói nada sem capital ou os recursos financeiros. Sem os recursos materiais,
os equipamentos, matérias-primas, peças e etc., juntamente com os recursos humanos, as
pessoas, a Administração não acontece.
Segundo Martins (2000), das muitas mudanças que ocorreram no pensamento gerencial nos
últimos 10 anos, talvez a mais significativa tenha sido a ênfase dada à procura de estratégias
que proporcionassem um valor superior aos olhos do cliente. A vantagem competitiva não pode
ser compreendida olhando para uma empresa como um todo. Ela deriva das muitas atividades
discretas que uma organização desempenha projetando, produzindo, comercializando,
entregando e apoiando seu produto. Cada uma dessas atividades pode contribuir para a
posição de custo relativo da empresa e criar a base para a diferenciação. A cadeia de valor
desdobra a empresa em suas atividades estrategicamente relevantes, para compreender
o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação existentes ou potenciais. Uma
organização ganha vantagem competitiva executando estas atividades estrategicamente
importantes de maneira mais barata ou melhor do que seus concorrentes.
Neste livro abordaremos o conceito e a aplicação dos recursos materiais e patrimoniais das
O autor afirma ainda que administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista,
pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável
a todos que dela participam.
O controle desses materiais se faz por meio da administração patrimonial através do registro,
conservação, e controle do acervo de bens permanentes, nesse caso, de um órgão público.
Abordaremos assim a gestão patrimonial, envolvendo conscientização dos usuários para
conservação do bem público; a classificação e codificação desses bens bem como os
balanços físicos.
Desejamos desde já uma leitura proveitosa e que os conceitos apresentados neste livro
possam ser assimilados de forma tal que possam ser aplicados de forma eficiente na gestão
pública.
UNIDADE I
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................15
UNIDADE II
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................39
UNIDADE III
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................67
UNIDADE IV
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................91
UNIDADE V
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................121
CONCLUSÃO ........................................................................................................................144
REFERêNCIAS .....................................................................................................................146
UNIDADE I
EVOlUÇÃO E CONCEITOS DE
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Objetivos de Aprendizagem
• Visualizar o que vem a ser uma cadeia de suprimentos e sua importância para os
resultados.
Plano de Estudo
Prezado aluno, nesta unidade você aprenderá os conceitos de Administração de Materiais, sua
importância e seus objetivos. Antes, porém, é interessante para sua formação, e como gestor
público, saber um pouco da história dessa ciência.
A relação do indivíduo com a atividade material é antiga, desde as civilizações mais remotas,
onde para satisfazer as necessidades, trocavam-se caças e objetos. A Revolução Industrial
modernizou esse cenário com os conceitos de concorrência e valorização de mercadorias
e estoques, contribuindo diretamente para evolução dos meios e processos de fabricação e
estocagem. A produção, qualquer que seja o ramo, assume matizes tecnológicos e dá impulso
a administração de materiais, que tem sua importância como ciência ressaltada nos momentos
de guerra, em que abastecimento, suprimento e disponibilidade de munições, equipamentos e
alimentos, por exemplo, se constituem como elementos vitais se disponíveis no local e tempo
certo.
Depois de uma breve alusão histórica, torna-se mais fácil aprender conceitos. Sendo assim, a
Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas
dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas
unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições.
Tais atividades abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive compras, o
recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância 15
requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques. Neste último caso, auxiliando
o gestor/administrador na definição do seu estoque ótimo para o desempenho de suas funções
de produção, sendo capaz de apontar o nível de estoque mínimo, máximo e de segurança.
Costin (2010, p.183) reforça que a administração de materiais é uma área da gestão que visa
assegurar que a organização disponha de modo contínuo, dos insumos necessários para
suas atividades e elenca cinco (5) elementos fundamentais para gestão de recursos materiais:
(1) qualidade do material; (2) quantidade necessária; (3) prazo de entrega; (4) preço e (5)
condições de pagamento.
Para um prefeito, por exemplo, cabe a ele a gestão municipal de todos os setores e secretarias
de modo que com o menor custo possível possa entregar à sua cidade os serviços de que ela
necessita.
Dias (2006) diz que “um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a
previsão de vendas, passando pelo planejamento de programa-mestre de produção, até a
entrega do produto final”. Ainda cabe à gestão do acondicionamento de matérias-primas e
insumos que serão como mão de obra e equipamentos necessários para a execução. Logo,
um bom gestor público, precisa de planejamento, alicerçando seu mandato como base em
bons projetos, fundamentados na melhoria da qualidade de vida da população, sendo descritos
os problemas, os objetivos, os custos e os insumos necessários para a realização do mesmo.
Chiavenato (2005, p. 38) completa dizendo que “refere-se à totalidade das funções relacionadas
com os materiais”, programação, compra, estocagem e distribuição. Logo, o controle da
entrada, manutenção e saída.
Sabendo-se que nem sempre o volume do capital é o esperado, devido à busca de recursos
que por vezes não é recebido no prazo ou na quantia necessária, a utilização de um sistema
integrado visando à operacionalização das necessidades reais adaptando-se a variações e
restrições faz-se necessária.
Uma tradicional organização de sistema de materiais pode ser dividida conforme Dias (2006)
em:
Na condição de gestor público, é importante que você, aluno, conheça alguns dos obje-
tivos de compra, elencados, conforme Batista e Maldonado (2008) em: suprir a organi-
zação com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender as suas necessidades;
garantir a continuidade de fornecimento ou para manter relacionamentos efetivos com
fontes existentes, ou para atender as necessidades emergentes ou planejadas; comprar
de forma eficiente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; administrar
estoques, proporcionando a melhor prestação de serviço ao menor custo; manter relacio-
namentos cooperativos com outros departamentos, fornecendo informações necessárias
garantindo o desenvolvimento de atividades eficazes na organização e desenvolver fun-
cionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos
previstos.
PROCEDIMENTO ESClARECIMENTO
Implica a especificação de compra, que
O que deve ser comprado
traduz as necessidades da empresa
Revela o procedimento melhor
Como deve ser comprado
recomendável
Quando deve ser comprado Identifica a melhor época
Implica o conhecimento dos melhores
Onde deve ser comprado
segmentosde mercado
Implica o conhecimentodos fornecedores da
De quem deve ser comprado
empresa
Estabelece a quantidade ideal, por meio da
Por que preço deve ser comprado
qual haja economia na compra
Fonte: Viana (1999, p.40)
Fica claro que a Administração de materiais compreende as certezas que a empresa precisa
ter para continuar produzindo seus bens e serviços, ligadas aos insumos necessários para a
produção contínua. Na esfera pública, a A.M. reflete as compras, armazenamento e distribuição
de materiais para que o setor não pare e continue operando de forma contínua e eficiente.
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Quando falamos em gerenciamento de materiais, é fundamental que você, caro aluno, entenda
que estamos falando de cadeia de suprimentos, que nada mais é que o conjunto de processos
requeridos para aquisição de materiais e fornecimento na data e local desejado. Assim,
conforme Christopher (2010) menciona, o gerenciamento da cadeia de suprimentos propicia
a criação de vínculos e coordenação entre fornecedores e clientes e a organização. O foco
De forma sucinta a você, nosso aluno, o gestor desta cadeia de suprimento deve ter em
mente a diminuição de custos e desperdícios, maximização de lucros, criando um diferencial
competitivo, armazenamento, transportes e controles.
No setor público, não se compra algo, necessariamente, mas para que seu filho possa receber
a merenda escolar, ela passa por um processo desde o plantio da semente do arroz, que
cresce, é colhida, beneficiada por uma empresa que irá selar (dar um nome, uma marca),
vai participar do processo de licitação, ser a empresa vencedora por atender aos requisitos,
entregar os sacos de arroz na data e local predeterminados e este arroz no município será
encaminhado até a escola e de lá para o prato do aluno.
• Um cliente pode ser também um fornecedor de outro cliente, de modo que a cadeia total
possua muitas relações do tipo fornecedor-cliente.
Neste caso temos uma ampla cadeia se movimentando para que o produto chegue ao seu
destino.
Pensando nisso e transportando para área pública, podemos pensar, e creio que vocês
concordem comigo, dificilmente, ou em raras situações, a esfera pública vai produzir um bem,
porque estamos mais acostumados a receber serviços, e a merenda escolar, os remédios
distribuídos nos posto de saúde, nos hospitais, não são produzidos e sim comprados por meio
de licitação, logo essa cadeia integrada de suprimentos, está mais voltada a área privada que
efetivamente cria, desenvolve produtos, e a área pública não se preocupa com a produção,
mas sim com a compra, armazenagem e distribuição destes bens aos usuários cidadãos.
Contudo isso não significa que não possamos adotar, ou que não é importante conhecer este
conceito, pois, é de extrema importância que saibamos, como agentes públicos, a efetuar a
parte que nos cabe neste emaranhado de fases que compõem esta cadeia.
Esses objetivos podem ser adaptados e interpretados diante do setor público onde os serviços
à população precisam ser entregues, pois esta é a função dos governantes; os processos de
licitação são justamente, dentre outras, uma forma de obter produtos e serviços de qualidade
por um preço satisfatório; sendo comprados somente suprimentos necessários à gestão de
determinado setor ou projeto e a entrega ao cidadão, pode ser feito o mais direto possível.
É possível que tais objetivos criem conflitos entre os departamentos de uma empresa tanto
quanto entre as secretarias municiais, pois cada qual sabe da sua necessidade específica,
porém é preciso lembrar que o bem total é conseguido quando há sinergia entre as partes,
ou seja, o maior beneficiado precisa ser o morador, o estudante, o doente que depende da
boa gestão dos materiais desde a percepção da necessidade de um material ou serviço, a
aquisição e entrega do mesmo.
Além dos propostos por Arnold (2008), abordaremos no próximo tópico nove objetivos para
que você, nosso aluno, aumente ainda mais seus conhecimentos sobre a importante área que
é a gestão de materiais.
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
A administração de materiais é como uma subespecialidade da administração que apresenta
uma preocupação constante de procurar medir seu desempenho. E como todo setor da
administração, também falamos em objetivos a serem alcançados, afinal se nos dedicamos
tanto a uma atividade é porque esperamos algo dela não é mesmo?
Como nós já sabemos que a ARMP existe para não deixar que o produto ou serviço falte
ao consumidor final é preciso que o departamento, os gestores, os responsáveis pensem
mercadologicamente também para que, analisando alguns itens ou critérios, possam fazer o
melhor com o dinheiro que possuem, com o tempo que possuem e ainda com a demanda que
bate a sua porta.
a) Preço baixo: Pensando em maximizar os lucros, este é o objetivo mais óbvio e, pos-
b) Alto giro de Estoques: Não deixar estoques parados no armazém, está ligado na me-
lhor utilização do capital (dinheiro público), aumentando o retorno sobre os investimentos
e reduzindo o valor do capital de giro. No caso da Administração pública não se corre o
risco de estragar matéria-prima antes de ser destruída.
f) Despesas com Recurso Humanos: Às vezes compensa investir mais em pessoal por-
que se pode alcançar com isto outros objetivos, propiciando maior benefício com relação
aos custos. No caso da gestão pública as pessoas são contratadas por meio de testes
seletivos ou concursos, logo as atribuições também estarão contidas no contrato de tra-
balho. O que em muitos casos acontece (não generalizando) é a falta de atitude imediata
de servidores por contarem com sua estabilidade no emprego, isso pode por vezes atra-
sar o processo de compra e entrega.
i) Fazer Registros: Anotar todos os detalhes, fazer registro de preço, quantidade, datas,
são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Adminis-
tração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta. Esses
registros podem ser posteriormente observados em caso de processos administrativos.
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal planejados,
além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de
quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os
atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros
maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque
Viana (2000) traz à tona as técnicas de administração japonesas estão sendo assimiladas
por empresas brasileiras pelo seu alto teor de inovação referente à produtividade, qualidade e
envolvimento participativo. Esta técnica é denominada “perda zero”, fundamentada no sentido
de que havendo perda há aumento de custo desnecessário, devendo então manter uma
produção sem perdas com melhor qualidade e sem aumento de custos.
Surge então a Toyota com o sistema Kanban para atender a dois quesitos:
Corroborando com o modelo de produção Just in Time, temos ainda um ciclo de verificações
contínuas, que auxilia no controle e planejamento dos recursos materiais e patrimoniais das
organizações. Este ciclo tem como pressupostos básicos o planejamento (plan), execução
(do), verificação (check) e ação (action). Assim como mencionado anteriormente, várias
ferramentas de gestão e controle são utilizadas tanto nas empresas de capital privado, quanto
nas empresas públicas.
A seguir, apresentamos o ciclo de Deming em forma de figura para uma melhor visualização
e entendimento.
• Sem atributos de qualidade – acarreta custos maiores oportunidades de lucros não rea-
lizados.
É claro que determinar o tempo na esfera pública é mais complicado do que na iniciativa
privada, pois após o processo de identificar a necessidade, a escolha do fornecedor passa pelo
processo de licitação, o que pode demorar mais do que o esperado, por isso a necessidade de
um planejamento mais apurado quanto aos níveis de insumos em estoque para que possa ser
aberto o edital o quanto antes não prejudicando a compra desses materiais.
Por exemplo, nada mais chato do que em plena semana de provas em uma instituição de
ensino pública os professores pereçam com a falta de papel A4, ou toner de impressão. Fruto
da má utilização dos recursos públicos ou da falta de gestão no setor de compras.
d) Controlar os estoques.
CONSIDERAÇõES FINAIS
Fica claro então que o objetivo primordial da Administração de Materiais é determinar o que,
quando e quanto adquirir para estocar ou já distribuir aos subsetores que farão uso destes
insumos. A área de materiais é indispensável no sentido de alcance de fins para proporcionar
os resultados esperados pelo poder público, pois a compra e entrega destes insumos, destes
materiais fará uma grande diferença na manutenção desta gestão e no bom andamento dos
subsetores como saúde, educação, saneamento e etc., sem contar que a reputação do gestor
estará vinculada a boa manutenção deste processo.
Sem dúvida é necessário que o gestor de materiais faça uma administração eficaz dos
sistemas otimizando o capital disponível, ou seja, o dinheiro público e os materiais adquiridos.
Ainda se faz necessário balancear os objetivos distintos dos subsetores e coordenar os fluxos
assegurando que o local certo receberá o material correto no tempo exato.
Na próxima unidade abordaremos o controle do patrimônio público, que deve ser feito com a
máxima eficácia. Estudaremos a classificação e a codificação dos bens públicos e a confecção
de inventários.
Pensando um pouquinho a nossa obrigação, como gestores de materiais, devemos nos preocupar
com todo o processo, ou participar de todo o processo desde a elaboração do edital a ser publicado
chamando a participação das empresas fornecedoras; observar critérios como os preços praticados
pelo mercado, a índole ou o histórico desses fornecedores; sempre trabalhar com pessoas interessa-
das (utopia possível) e isso tudo para quê?
Pensando no bem estar do cidadão que no nosso caso é o consumidor i nal. Ele é quem precisa
ser um benei ciado de todo esse processo, nosso maior objetivo como gestor público é o bem estar
dessas pessoas que muitas vezes dependem da nossa competência para receberem assistência em
hospitais, escolas, creches, praças, asfalto e etc. Imaginem um senhor da melhor idade que não pode
mais caminhar na rua de sua casa devido ao estado deplorável do asfalto que ali se encontra? Tentem
imaginar como resolver esse problema levando em consideração os objetivos da ARMP.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Em fevereiro de 1995, a Motorola Inc. concluiu que suas estimativas de ganhos para o ano
anterior apresentavam um quadro exageradamente otimista de sua posição financeira. A
Motorola relatou ganhos recordes no quarto trimestre, de US$ 515 milhões sobre vendas
de US$ 6,45 bilhões. As altas estimativas de lucros provinham de pedidos superestimados
de telefones celulares por parte de distribuidores varejistas. O ímpeto nas vendas durante
a temporada de férias de final de ano pode ter vindo graças a suas vendas para a primeira
metade do ano anterior (1994). Novos pedidos de telefones celulares declinaram neste período.
Esperando não repetir o erro, as unidades de celulares da Bells fizeram pedidos mais cedo e
com maior frequência, duplicando-os. Os distribuidores não avisaram à Motorola para diminuir
sua produção a tempo em razão desse fato.
A Motorola Inc. não defrontou com um sério problema financeiro por causa desses
supercarregamentos de produtos (elevados estoques), pois a alta administração prefere que
os distribuidores não enfrentem problemas de estocagem.
Todavia é um problema para os acionistas, já que o preço das ações caiu 10% devido ao
elevado estoque.
FONTE: POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística.
QUESTõES:
2. Como a Motorola poderia agir para que os pedidos exagerados não ocorram novamente?
3. Que conselho sobre administração de estoques você daria aos distribuidores da Motorola?
EVOlUÇÃO E CONCEITOS DE
ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAl
Professor Me. Victor Biazon
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Balanços físicos
INTRODUÇÃO
E historicamente a origem da repartição pública que zela e controla o patrimônio estatal vem
de longa data iniciando na descoberta do Brasil em 22 de abril de 1500, e em 1530 quando
Portugal pensou em povoar e colonizar nossas terras.
A partir de 1531, a ocupação do solo, com a adoção do sistema das Capitanias Hereditárias.
Dai os problemas fundiários, inicialmente, afetos aos donatários, responsáveis pela distribuição
de sesmarias, bem como a fiscalização do uso da terra.
O sistema fundiário seguiu no curso do tempo sem grandes alterações, de forma mais ou
menos desordenada, até a Independência do Brasil, em 1822.
Naquela época, diante da situação fundiária, totalmente tumultuada e até caótica, adotou-
se pouco antes da independência uma solução drástica, por intermédio da Resolução de 17
de julho de 1822, quando suspenderam-se todas as concessões de terras, até que uma lei
especial regulasse, por completo, a matéria.
Possui, também, a referida lei, outra particularidade interessante: dela se originou a primeira
repartição pública, especificamente incumbida do problema fundiário, denominada “Repartição-
Geral de Terras Públicas”, criada no seu art. 21 e regulamentada pelo Decreto nº 1.318, de 30
de janeiro de 1854.
Já após a promulgação da República, pela Lei nº 2.083, de 30 de julho de 1909, criou-se novo
órgão, para cuidar das terras públicas, denominado Diretoria do Patrimônio Nacional.
1
Texto disponível no portal do governo federal www.planejamento.gov.br
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Caro aluno, na unidade anterior estudamos a administração de recursos materiais e a
importância que o fluxo de material tem, principalmente no setor público, para que o produto
ou serviço esteja no local certo, no momento certo e com a quantidade necessária. Dando
sequência ao nosso plano de trabalho, nessa unidade trabalharemos sobre Gestão Patrimonial
e sua relação com a Administração de Materiais.
O controle patrimonial é uma atividade administrativa que visa à preservação e defesa deste
acervo. Este controle consiste no registro (tombamento), na identificação da utilização e do
estado da conservação dos bens e na sua localização no espaço físico da organização ou
fora dela. Consiste também na retirada (baixa) do bem do acervo. O patrimônio ou acervo
patrimonial de uma organização é normalmente representado pelo conjunto de seus bens
imóveis e permanentes móveis.
Podemos simplificar dizendo que o patrimônio público não tem um titular individualizado ou
individualizável – é de toda a sociedade.
Assim é que o patrimônio público abrange não só os bens materiais e imateriais pertencentes
às entidades da administração pública (os bens públicos referidos pelo Código Civil, como
imóveis, os móveis, a imagem etc.), mas também aqueles bens materiais e imateriais que
pertencem a todos, de uma maneira geral, como o patrimônio cultural, o patrimônio ambiental
e o patrimônio moral.
Recursos patrimoniais, conforme Martins; Alt (2005) é a sequência de operações que, assim
como a administração dos recursos materiais tem início na identificação do fornecedor,
passando pela compra e recebimento do bem para depois lidar com sua conservação,
manutenção e ainda alienação (quando for o caso).
2
Procuradora Regional da República, mestre em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da USP, autora do
livro “Responsabilidade do Agente Público” (Fórum, 2004).
Ainda abrangendo o conceito de Patrimônio, de acordo com Martins; Alt (2005, p. 6), este se
apresenta como “um conjunto de bens, valores, direitos e obrigações de uma pessoa física ou
jurídica que possa ser avaliado pecuniariamente e que seja utilizado na consecução de seus
objetivos sociais”.
Mas então, caro aluno, você deve estar se perguntando, especificamente o que é um patrimônio
público, ou qual a caracterização dele?
O artigo 1º, parágrafo 1º da Lei da Ação Popular (Lei 4.717, de 29.6.65) define patrimônio
público, como o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou
turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta.
Ainda conforme a referida lei, o que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer ele
a um ente público – em nível federal, estadual ou municipal, uma autarquia ou uma empresa
pública, por exemplo. Considera-se que o patrimônio público é formado pelos bens públicos,
definidos no Código Civil como sendo os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno, diferençando-os, portanto, dos bens particulares (artigo 98).
Garcia (2004) nos responde que de acordo com o Código Civil, são, entre outros, os rios,
mares, estradas, ruas e praças (bens de uso comum do povo), edifícios ou terrenos destinados
a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias (bens de uso especial) e outros bens pertencentes a cada um
dos entes públicos (bens dominicais).
Pública ou privada a gestão deste patrimônio é indispensável, Correia (2009) fala sobre esta
importância inclusive juridicamente, e que necessita ter à frente um profissional capacitado e
com conhecimento dos principais pontos da legislação que regulamenta a área.
III - Lavrar, com força de escritura pública, os contratos de aquisição, alienação, locação,
arrendamento, aforamento, cessão e demais atos relativos a imóveis da União e providenciar
os registros e as averbações junto aos cartórios competentes.
VII - Formular e propor a política de gestão do patrimônio das autarquias e das fundações
públicas federais.
VIII - Integrar a Política Nacional de Gestão do Patrimônio da União com as demais políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: www.planejamento.gov.br
Pelo quadro podemos ver como os preceitos da administração geral estão se fazendo valer
pelo governo federal, onde cabe a SPU planejar, organizar, dirigir e controlar os bens imóveis
zelando pela sua integridade.
Mas ainda precisamos saber como os bens podem ser classificados até para que possamos
entender de quem é a responsabilidade pela gestão deles. No próximo tópico veremos as
classificações destes bens para esclarecer ainda mais nossas dúvidas e ampliar nossos
conceitos.
Uma das atividades mais importantes na administração dos recursos patrimoniais é registrar e
controlar todos os bens patrimoniais da empresa. Para que essa ação possa desenvolver-se
com melhor acuracidade e perfeito controle, torna-se necessário classificar e codificar todos
os bens pertencentes à empresa.
3
s/d – sem data.
• Ter seu prazo de vida útil superior a 02 (dois) anos conforme o artigo 15, parágrafo 2º, da
Lei nº 4.320/64.
São assim considerados: móveis e utensílios, equipamentos, livros, máquinas, mapas, veículos
etc.
Os Bens Públicos são todos aqueles que estão incorporados ao patrimônio da Administração
Pública, de forma direta ou indireta, por sua vez, todos os demais bens são considerados
particulares.
De acordo com o Código Civil, artigo 98, “são públicos os bens de domínio nacional pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora
pessoa a que pertencerem”. Todavia, as empresas públicas e as sociedades de economia,
mesmo que sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as pessoas jurídicas de direito
público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos.
Conforme preconizado pelo artigo 99 do Código Civil, a destinação do bem é utilizada para a
classificação dos bens públicos, conforme demonstrado a seguir:
• bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex:
Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC).
• bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Biblio-
tecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral (art. 99, II
do CC).
• bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma
especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
MATÉRIA
• Incorpóreos: são os bens não constituídos de matéria, não possuem corpo ou forma
(como direito de uso de marca, fórmula, imagem).
• Imateriais: os que não possuem matéria (como registros de jazidas, e projetos de pro-
dutos).
• Intangíveis: são os que não possuem substância ou massa (como patentes e direitos
autorais).
MOBILIDADE
• Móveis: quando podem ser deslocados sem alteração de sua forma física (móveis e
utensílios, máquinas e veículos).
• Imóveis: quando não podem ser deslocados sem perder sua forma física (prédios, pon-
tes) ou não podem ser locomovidos (terrenos).
DIVISIBILIDADE
• Divisíveis: quando podem ser divididos sem que as partes percam sua característica
inicial (terrenos, lotes, fazendas).
• Indivisíveis: quando não tem possibilidade de divisão, constituindo uma unidade (auto-
móvel).
• Fungíveis: podem ser substituídos por outro da mesma natureza (commodities: trigo,
algodão, arroz e ouro).
Ainda temos outras denominações como bens numerários que são bens em forma de dinheiro
ou títulos de liquidez imediata; semoventes, constituídos por animais domésticos como bovinos,
equinos e suínos e ainda os dominicais, bens do poder público como praça, ruas e rios e de
domínio publico.
Falamos até aqui de bens, equipamentos, terrenos e construções, porém Garcia (2004)
apresenta outros tipos de Patrimônio como o cultural, ambiental e também o moral:
Assim como cuidamos das nossas coisas lá na nossa casa, na faculdade, porque sabemos
que se nós não cuidarmos, nossos pertences serão degradados, assim também acontece com
o patrimônio público, alguém precisa ser responsável pelo cuidado, pelo acompanhamento. E
este cuidado é compartilhado, pois há diversas entidades que dividem estas responsabilidades.
4
Fonte: www.planejamento.gov.br
5
O contribuinte propõe para regularização da dívida bens móveis ou imóveis que se encontrem livres de ónus ou
encargos ou em outras palavraasa extinção de uma obrigação consistente no pagamento da dívida mediante
a entrega de um objeto diverso daquele convencionado. Nesses termos, o devedor transfere ao credor da
obrigação um bem imóvel que é de sua propriedade.
Cabem aos departamentos específicos atividades que lhe competem com a finalidade de
preservar o patrimônio público. A isto podemos chamar de Gestão Patrimonial, cuidar, zelar,
gerir ou então administrar o que temos.
A título de exemplificação, podemos dizer que a gestão patrimonial está sujeita a leis gerais
(constitucional), porém, os estados da federação podem usufruir de uma legislação mais
específica como é o caso do Decreto Nº 16.109, de 1º de Dezembro de 1994 que disciplina a
Administração e o controle dos bens patrimoniais do Distrito Federal, e dá outras providências.
Garcia (2004) ainda nos fala que sendo o patrimônio público pertencente a todo o povo, cabe
também a nós todos zelar, preservando e defendendo. Quando o patrimônio estiver vinculado a
um determinado ente, a ele cabe, em primeiro lugar, adotar todas as providências necessárias
à sua preservação e conservação.
A autora ainda afirma que às vezes, são os próprios dirigentes e representantes que atacam e
ofendem o patrimônio. Quanto ao patrimônio público difuso – como o meio ambiente, a cultura,
a moralidade administrativa – não se pode atribuir apenas ao cidadão, individualmente, que
promova ações em sua defesa, ainda que seja, também, titular desse patrimônio. É que essas
ações são, na maior parte das vezes, especializadas e demandam um conhecimento técnico
de que o cidadão comum nem sempre dispõe.
O Ministério Público Federal (MPF) utiliza diversos recursos para defender o patrimônio público
e social brasileiro. A ação civil pública por improbidade administrativa é um meio muito
usado. Em alguns casos, como a dispensa ilegal de licitação, os fatos levam a instituição a
propor também uma ação criminal, o que possibilita sanções nas duas áreas6.
As ações integradas do MPF nas áreas cível e criminal já resultaram em condenação judicial
de agentes políticos, servidores públicos e outros por: formação de quadrilha; fraudes em
licitação, em benefícios previdenciários do INSS e bancárias; desvio de recursos públicos;
contratação irregular de mão de obra; quebra de sigilo; irregularidades em desapropriações
para reforma agrária.
E como vimos no decorrer do tópico, não apenas os terrenos, imóveis fazem parte do patrimônio
público. Os equipamentos que usamos no dia a dia de nosso trabalho em repartições públicas,
as mesas, as cadeiras também foram incorporadas ao patrimônio e precisam ser zelados, por
cada usuário.
Uma forma de garantir um maior e melhor controle sobre cada item é colocar códigos para
que sejam facilmente localizados. Este é o assunto que veremos a seguir com a codificação
de bens.
6
Ministério Público federal – Procuradoria da República em Roraima. Disponível em <http://www.prrr.mpf.gov.br/
areas-de-atuacao/patrimonio-publico>
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
A codificação de um bem é o processo de numeração do mesmo, dando um registro
sequenciado único para o mesmo. Esta gestão de ativo imobilizado é feita em sua maior parte
por uma unidade organizacional denominada controle de ativo fixo ou imobilizado.
Usando como exemplo Conselho Federal de Psicologia, a identificação é feita pela Plaqueta de
Identificação, metálica e padronizada, com número sequencial, afixada em local determinado,
para o reconhecimento do bem e controle patrimonial. A plaqueta fixada não pode ser retirada,
alterada ou reutilizada, permanecendo afixada pelo tempo de vida do material permanente.
Dentre os critérios para se identificar um bem vale trabalhar com uma estrutura padrão:
Após a definição desta codificação, o bem deverá ser incorporado à relação geral de bens do
órgão, com a posterior destinação à unidade setorial detentora de sua guarda.
A tecnologia permite que as repartições públicas possam3 ter a chapa com o número do
código de barras que facilita a leitura e o controle do patrimônio imobilizado. Cabe lembrar
A depreciação de um bem nada mais é do que a perda do seu valor devido ao uso, deterioração
ou obsolescência tecnológica. É comum vermos em repartições públicas os móveis e
eletrônicos com idade avançada, destoando em beleza e agilidade, da iniciativa privada. Neste
caso, podemos dizer que este bem está em grande estágio de depreciação.
A forma como a depreciação de um bem será calculada define a perda que cada item sofrerá
no decorrer do tempo e como esses critérios de avaliação e a vida deste bem impactam no
resultado no resultado operacional da empresa, ambos, são regulados pela Receita Federal
por meio de instruções normativas.
A depreciação está atrelada à contabilidade junto aos ativos da empresa e por isso, até para
efeito de imposto de renda, se faz necessário o cálculo da depreciação. A maioria dos bens
do Imobilizado, com exceção de terrenos, tem vida útil limitada. Em função disso, os princípios
contábeis exigem que os gastos incorridos com sua aquisição sejam apropriados às despesas
(depreciação) nos exercícios contábeis relacionados com sua utilização.
7
Decreto n°9617 de 1966 - Legislação referente a material PERMANENTE disponível em <http://www.
planejamento.mg.gov.br/governo/gestao_logistica/leg_mat/legislacao_tema.asp?op=view&txtOrigem=NaoTem
a&txtTipo=E&txtVerLegNum=9617&txtVerLegAno=1966&txtVerNtrCod=1&txtVerTipCod=8> Acesso em 26 nov
2012.
• Edifícios 25 anos.
• Máquinas 10 anos.
• Instalações 10 anos.
• Veículos 5 anos.
Para Martins; Alt (2009) o critério aceito pelos órgãos da Receita Federal é o Linear, ou de linha
reta, onde se depreciam em partes iguais durante toda a vida útil do bem. Como vimos, a vida
útil de um bem é fixada em função de sua natureza e podemos calcular da seguinte forma:
Dt = P –VR / N
Exemplo: Calcular a depreciação física anual de um veículo que custou R$ 25.000,00 e que
terá uma vida útil de 5 anos. Sua taxa anual de depreciação é de 20%. Temos:
P = R$ 25.000,00
N = 5 anos
Sendo assim, sabendo que os bens como equipamentos, veículos e etc. se desgastam com
o uso, acabam precisando de manutenções, logo espera-se que os custos operacionais
8
Disponível em <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/arbitragem/22.htm>
Caro aluno, a arte de fiscalizar precisa ser constante, e depois de codificados os bens, é
preciso de tempos em tempos saber se ele ainda está lá, independente da sua idade ou
depreciação. Isso é o que fazemos com os balanços físicos.
bAlANÇOS FÍSICOS
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Paoleschi (2008, p. 16) cita que “a empresa a realizar o balanço físico anual terá que fazer um
inventário anual conforme determina a lei, demonstrando aos fiscais ou órgão responsáveis o
real valor desse patrimônio”. E que grandes partes desses balanços são realizadas no final
do ano, porque no Brasil o ano fiscal inicie se em 1 (um) de janeiro e termina 31 de dezembro.
O autor ainda diz que conforme tais procedimentos sejam efetuados o responsável pelo
inventário deve observar se os resultados obtidos expressão a verdades dos fatos, ou seja,
se o controle de estoque está correto e se os saldos são verdadeiros através da acuracidade,
controle preciso, do inventário (ativo fixo).
O inventário dos bens permanentes apurará a existência física dos mesmos e os respectivos
valores monetários, em confronto com as informações registradas no sistema de administração
de material e ou patrimonial próprio, e deverão:
Os bens móveis com estrutura de madeira considerados inservíveis e irrecuperáveis que não
apresentarem valor econômico poderão ser incinerados em local seguro, após vistoria e
autorização por escrito do setor competente.
Por meio do inventário físico, segundo Correia (2009), confirmamos a localização e atribuição
da carga de cada material permanente permitindo a atualização dos registros dos bens
permanentes bem como o levantamento da situação dos equipamentos e materiais em uso,
apurando a ocorrência de dano, extravio ou qualquer outra irregularidade além de verificar
as necessidades de manutenção e reparo e constatação de possíveis ociosidades de bens
móveis possibilitando maior racionalização e minimização de custos.
O autor ainda complementa que para realização do inventário físico anual será criado o comitê
de inventário de responsabilidade do setor contábil para discutir as normas que conduzirão o
inventário.
Anual – com a finalidade de comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo
de cada Unidade Gestora, existente em 31 de dezembro.
Inicial – quando da criação de uma unidade, para identificação e registro dos bens sob sua
responsabilidade.
Eventual – realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade ou por iniciativa
do órgão de fiscalização.
A segunda via é preenchida e enviada ao comitê depois de o item ser contado. A terceira via
será usada quando for necessário efetuar uma nova contagem. A quarta via é de uso exclusivo
dos auditores.
As fichas devem ser separadas por setores do almoxarifado ou armazém, nas quais devem
constar os dados do item. Depois de realizada a primeira contagem, as fichas são enviadas
para o comitê (com exceção da primeira via que fica no estoque contado) e os auditores
confrontam os números encontrados fisicamente com os dos registros contábil constantes na
lista do inventário.
Todos os casos devem ser decididos até o final do lançamento do inventário para fins do
balanço.
O Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público - CAOPP, criado no Estado de Minas Ge-
rais pela Resolução nº 064/2001 publicada no D.O.MG. de 14/9/2001, tem como função fundamental,
no âmbito interno, promover a articulação, integração e intercâmbio dos órgãos de execução do Minis-
tério Público, prestando aos Promotores de Justiça com atuação perante as Promotorias de Defesa do
Patrimônio Público todo o auxílio material e jurídico para que possam desempenhar, satisfatoriamente,
as funções institucionais identii cadas pela garantia de efetivo respeito da probidade e legalidade ad-
ministrativas e da proteção do patrimônio público e social. Disponível em <http://www.mp.mg.gov.br/
portal/public/interno/index/id/19>
Portal do Patrimônio da Prefeitura de Ouro Preto, Minas Gerais. É possível encontrar conceitos,
listas de bens inventariados, composição e objetivos do inventário. Um excelente case prático
disponível em <http://www.ouropreto.mg.gov.br/patrimonio/index/secao.php?id=4>
Veja mais detalhes sobre como é feita a codii cação dos recursos por meio deste estudo. CODIFI-
CAÇÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS. Disponível em <http://www.ans.gov.br/portal/upload/per-
i l_operadoras/informacoescadastraisoperadora/planosdecontas/planosdecontas_baixar_arquivos/
cod_planodecontas_RN136.pdf>
CONSIDERAÇõES FINAIS
Podemos dizer então que contabilmente falando, o patrimônio das entidades, sejam elas
públicas ou privadas, compreende o conjunto de seus bens, direitos e obrigações, avaliado
em moeda corrente, destinado à realização de seus fins. E ainda de acordo com o art. 98
da Constituição Federal “são públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a
que pertencerem”.
O controle do patrimônio público, ou a gestão deste patrimônio também deve ser feito com a
máxima eficácia como se fossem os bens que possuímos em nossa casa, devemos zelar pelo
que temos, para que a maior quantidade possível de pessoas, cidadãos possam fazer uso
destes bens.
Uma atividade importante desta gestão é a codificação destes bens para que possa ser feitos
inventários de tempos em tempos e localizados todos os bens que foram adquiridos para a
gestão.
ATIVIDADE E AUTOESTUDO
3. O que é a depreciação e qual a diferença entre vida útil e vida econômica de um bem
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS
Professor Me. Victor Vinicius Biazon
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Endereçamento de itens
• Curva A, B, C
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
A armazenagem está se tornando mais e mais uma atividade crítica na cadeia de abastecimento
para superar concorrentes no serviço ao cliente, prazos de entrega e custos.
Se armazenagem é uma fonte de vantagem competitiva, é fato que uma boa armazenagem
de materiais contribui para o processo de qualidade total, porém para direcionar esta atividade
alguns passos básicos precisam ser seguidos e respeitados para uma correta manutenção
dos estoques da empresa.
Quem não guarda direito, não pode distribuir direito, portanto o almoxarifado, não só guarda
Executar esta fase corretamente por meio do espaço físico disponível no armazém de forma
organizada e eficiente, possibilitando a correta movimentação destes materiais dentro do
almoxarifado com os devidos cuidados evitando estragos.
Os autores dizem ainda que o objetivo principal deste processo é garantir o atendimento
dos pedidos efetuados pelas demandas, garantindo assim uma boa execução das políticas
públicas e das atividades cotidianas dos órgãos/entidades, não bastando meramente uma boa
atividade de compra, devendo também possuir um bom controle e rastreamento das atividades
inerentes a movimentação destas mercadorias dentro do armazém de guarda e distribuição.
Acredita-se que agindo dentro dos padrões disponíveis é possível garantir a boa aplicação dos
recursos públicos, uma vez que se prioriza a armazenagem (posicionamento e identificação
dos materiais) e a movimentação adequadas dos itens, reduzindo assim as perdas por guarda
Tão importante quanto decisões de o que comprar, quando comprar e onde comprar, acontece
assim que os materiais chegam à fase de armazenamento. Para que os recursos materiais
tenham maior garantia de não perder qualidade.
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Normalmente, antes de serem armazenados, os itens devem ter sua estrutura de armazenagem
definida (palete, blocado, prateleira etc.). Para estabelecer qual item deve ser armazenado em
determinada estrutura, devem ser levados em consideração os seguintes aspectos:
O layout é uma estrutura que já foi bastante ignorada por seus administradores, sendo
considerado secundário nos seus planejamentos. Hoje, o meio empresarial concebe que
não se pode obter eficiência nas operações logísticas, sem que haja um arranjo físico bem
planejado da área do armazém, mas para o Setor Público, essa concepção ainda não é bem
evidente, pois em muitos deles, o layout do armazém não possui projeto de instalação para ser
um armazém, e são apenas prédios adaptados para tal função.
a) A carga e a descarga de materiais devem ser sempre feitas de forma segura e ágil, por
isso é necessário que os veículos transportadores (empilhadeiras, guindastes, carregado-
res etc.) e os responsáveis pelo armazenamento estejam sempre disponíveis.
b) As entradas e as saídas dos materiais não devem possuir bloqueios e devem ser suficien-
temente compatíveis com a dimensão dos produtos em circulação.
c) A altura do Almoxarifado deve ser compatível com o tipo de produto a ser estocado, assim
como as portas de entrada e saída.
e) A largura, o comprimento, a altura, o volume etc. dos materiais que serão transportados
em veículos são importantes fatores que deverão compor o planejamento do LAYOUT do
Almoxarifado.
Freitas (2006) afirma ainda que o almoxarifado é um “motor” para qualquer organização, por
guardar os materiais que sustentam o funcionamento delas. Desta forma, o almoxarifado
precisa ter condições para assegurar que o material correto, na quantidade correta, estarão
disponíveis na localização adequada, no momento oportuno seguindo as normas que objetivam
resguardar, além de preservar a qualidade e as exatas quantidades.
As passagens dos corredores devem ser retas e não devem conter obstruções causadas
por empilhamento de materiais ou colunas, de forma a permitir a direta comunicação entre
as portas e todos os setores do Almoxarifado, que devem estar devidamente identificados e
divididos por critérios de conveniência (cores, números etc.).
Cabe lembrar que os materiais devem ser armazenados de acordo com sua frequência de
saída. Os que tiverem mais saída devem ser deixados próximos a porta de saída já aqueles
que têm pouca saída, podem ser armazenados mais próximo da entrada.
Para fechar, o Portal da Educação (2012) apresenta outros itens importantes para a busca da
qualidade e agilidade que é a proposta da organização do almoxarifado:
• Localização dos materiais a fim de que os maiores, mais pesados e de difícil manuseio
sejam dispostos próximos à entrada e saída do ambiente.
• Acepção da saída dos itens materiais. Por via de regra, o primeiro item a entrar no es-
toque, deve ser o primeiro a sair. Este princípio é inquestionável, principalmente para os
itens considerados perecíveis (PEPS).
Para que haja essa eficiência interna, a averiguação do espaço físico é importante. Assim
como verificar se os recursos disponíveis (mão de obra e equipamentos de movimentação) são
suficientes para atender prontamente as operações logísticas.
Todo processo de armazenagem deve ser planejado e os equipamentos utilizados devem ser
simples, flexíveis e de baixo custo, neste sentido busque utilizar:
Para que possa atender melhor a população e ter garantias da qualidade dos materiais, o
armazenamento precisa ser feito de forma adequada e segura.
Outro item importante que precisa ser pensado e realizado é o endereçamento dos materiais.
Cada item, cada corredor (chamado também de rua) tem uma identificação singular para
facilitar a localização dos itens.
Endereçamento de Itens
• Itens que têm maior volume de saída devem ficar em posições próximas à área de sepa-
ração.
• Itens de maior peso ou volume devem ficar nas posições mais baixas dos paletes.
• Os itens devem ser organizados conforme a data de vencimento, os quais os mais antigos
devem estar nas posições de mais fácil acesso.
Rua A
Prateleira 2
Desta forma cada repartição da RUA A terá o andar dos paletes e ainda outra repartição
horizontal.
Autores apresentam outras formas de se identificar materiais nos almoxarifados separando por
horizontal e vertical como na figura 09:
Sobre a tipologia dos estoques, estes podem ser mencionados como os estoques de produtos
acabados, em processamento, de materiais comprados e armazenados para distribuição.
Neste último, podemos salientar um dos tipos mais utilizados pelas empresas públicas, como
exemplo o armazenamento, distribuição e/ou dispensar dispensação de medicamentos de
uma secretaria de saúde.
Fonte: www.ima.sp.gov.br
Ainda segundo o autor, o lote econômico é uma das ferramentas que mais auxilia no controle e
manutenção do estoque. A este respeito, estes podem ser considerados como sendo a busca
por uma faixa econômica que colabora consideravelmente para a minimização dos custos de
gerenciamento e contenção dos problemas oriundos das complexidades de manutenção dos
materiais nas organizações, públicas ou privadas.
Atualmente, as empresas precisam operar cada vez mais com lotes econômicos menores,
desta forma, esta alcançará maior agilidade e, por consequência, eficácia na gestão de
armazenagens.
Curva A, b, C
O método de controle de estoque e de materiais foi desenvolvido por Wilfredo Pareto, logo
após a Segunda Guerra Mundial, em seu estudo, ele pode identificar que 20% da população
detinham cerca de 80% da riqueza de uma nação, dados estes percentuais este método também
foi identificado como modelo 80-20. Trazendo seus estudos para o aspecto organizacional,
podemos perceber que nas empresas, de um modo generalista, cerca de 20 % dos estoques
impactam diretamente sobre 80% das compras e movimentação dos estoques.
Categoria B: refere-se aos materiais que estão na intersecção entre as categorias A e B e que
Categoria C: concentra 70% dos itens estocados e que agrupados perfazem apenas 20% das
compras efetuadas em valor financeiro.
Quadro 2: Curva A, b, C
Valor
Valor Percentual
Item Consumo por Ordem Percentual Categoria
total Acumulado
unidade
1 250 120 30000,00 1 46,70 46,70 A
Valor
- - 64.221,10 - - 100,00 -
Total
Fonte: www.cff.org.br
Dado este fato, um sistema de informações bastante difundido em empresas privadas também
passa a fazer parte da empresa pública, a este respeito estamos nos referindo ao sistema
WMS (Warehouse Management System), que busca otimizar a armazenagem de materiais
nos estoques, bem como promover o melhor arranjo físico dos layouts dos armazéns.
Como pregam Silva e Kinoshita (2011) esse processo de guarda e localização dos itens
adquiridos tem relação com as estruturas de armazenagens disponíveis. Dessa forma,
dependendo dos tipos de estruturas (palete, blocado, prateleira, contêiner etc.) constantes no
almoxarifado e definidas para os itens, é possível organizar adequadamente o layout interno
para determinação das posições dos materiais de acordo com necessidades específicas de
certos itens (refrigerados, produtos químicos, grandes volumes) e da própria capacidade
operacional do almoxarifado.
gESTÃO DE ESTOQUES
Autores: Antônio De Pádua Salmeron Ayres, Cezar Sucupira,
Felipe Accioly
Editora: FGV
Uma característica essencial da atividade do gestor de estoques
é o pragmatismo. Gerir estoques é uma atividade que exige re-
sultados efetivos, passíveis de mensuração e informe periódi-
cos, aliando teoria à prática. Este livro analisa a sequência de
implantação de um processo de gestão de estoques. Iniciando
pela classii cação e codii cação dos materiais, planejamento e
gestão da demanda, inclui técnicas para dimensionamento de
lotes e estoques de segurança, medição de desempenho e téc-
nicas de controle da operação de estoques. Finaliza com o planejamento orçamentário e a avaliação
de desempenho da gestão.
1. Dentro que você leu, qual a real finalidade do bom armazenamento ou acondicionamento
de materiais? Como isso pode contribuir para uma melhor gestão?
2. O endereçamento de itens pode ser feito de diversas maneiras, dentro do seu conhecimento,
há como sugerir uma maneira mais eficaz do que as apresentadas neste unidade?
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Licitação sustentável
INTRODUÇÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Caro aluno, nesta unidade você verá que o poder de compra do setor público pode ser
elemento indutor de mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade rumo à
sustentabilidade. De acordo com Tosini (2008) as compras do setor público - nos âmbitos
federal, estadual e municipal, movimentam cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB)
nacional. E, como gestores públicos, precisamos saber fazer o uso correto desses recursos,
independente no cargo que ocupamos. Não somente o uso, mas tendo em vista a importância
dos recursos e bens públicos, como o dinheiro investido, remédios, merenda escolar, mudas
de arvore para revitalização de praças públicas, devemos, igualmente, valorizar o processo de
aquisição.
André Trigueiro, da Globo News, explica que o setor de compras públicas brasileiro mobiliza
setores importantes da economia ajustados à demanda já previstas nos editais de licitação.
Existem técnicas para que bens e patrimônios sejam adquiridos, é preciso compreender as
modernidades desse setor (público) e aplicarmos, regidos pela legislação, tais técnicas em
nossa atividade no meio público.
As licitações, que também fazem parte da ementa no curso de Gestão Pública, aqui serão
vistas particularmente abordando a modalidade sustentável. Como poderemos, enquanto
gestores, melhorar nossa imagem perante a sociedade com práticas que não agridam o meio
ambiente e nem ferem a constituição.
FONTES DE FORNECIMENTO
Dentro do processo de compra de materiais, uma ação que também deve ser planejada é a
fonte de fornecimento, ou seja, de onde virão os bens que o poder público utilizará em sua
De acordo com Arnold (2008) o objetivo da função de compras é conseguir tudo ao mesmo
tempo: qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Uma vez tomada à decisão sobre
o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom
fornecedor é aquele que tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem
a capacidade de produzir as quantidades necessárias e pode administrar seu negócio com
eficiência suficiente para ter lucros e ainda assim vender um produto a preços competitivos.
Falando em fornecedores, conforme Dias (2008) toda empresa está interessada em suprir
necessidades de outra empresa em termos de matéria-prima, serviços e mão de obra.
Podemos dizer que passamos por uma evolução neste relacionamento cliente x fornecedor.
Um termo moderno que se usa para designar o ápice da qualidade nesta relação cliente-
fornecedor é comakership que significa que foi atingido um excelente grau de confiança e
entendimento entre ambos.
Trazendo a discussão para o campo dos atributos, sabemos que é muito importante determinar
alguns itens, algumas características como quantidade, serviço e preço. Esses elementos
definem o que se espera do fornecedor, e forma uma base para a seleção e avaliação.
Considerando isso, há vários fatores que influem na seleção de um fornecedor como diz
Arnold (2008):
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Serviço pós-vendas: Alguns produtos precisam de peças de reposição ou apoio técnico, por
isso a necessidade do bom atendimento também após o fornecimento do produto.
Zanon (2008) tem a mesma opinião e complementa que esta “não dependência” gera maior
segurança na reposição, maior liberdade de negociação e maior possibilidade de intercâmbio
com produtos e fornecedores.
Em empresas privadas são feitos cadastros de fornecedor por tipo de produto ou serviços
para a realização de orçamentos. Cada uma estabelece critérios para selecionar e avaliar
(recursos, corpo técnico, equipamentos, knowhow, conceito no mercado e grau de interesse)
esses fornecedores.
• Catálogos.
b) Preço objetivo: a força, a competitividade dos fornecedores onde os preços reais favore-
cem a argumentação para o comprador.
c) Duas ou mais aprovações: não se decide sozinho pelo fornecedor, as compras ficam su-
jeitas a um assessoramento e/ou supervisão. Pessoas se comprometem com as grandes
questões prioritárias (orçamento, fluxo de caixa, disponibilidade).
Como o comprador público normalmente lida com grandes somas de dinheiro, o contato com
os fornecedores e compradores tendem a ser mais estreitos devido ao tempo de convivência.
Há a necessidade do comprador se manter distante dos interesses dos fornecedores. O
comprador, durante a avaliação de um processo de compra de determinado material ou de
contratação de serviço, deve manter-se equidistante de todos os fornecedores, evitando
que aspectos pessoais e subjetivos interfiram nas suas decisões, beneficiando um único
Os compradores públicos têm como responsabilidades éticas, não permitir que fornecedores
coloquem à sua disposição qualquer tipo de favor, sendo esses monetários ou em forma de
presente, é recomendável que esse tipo de relação seja mantido em bases iguais (equivalentes).
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Vamos falar agora sobre as modalidades de compra no setor público. A maneira de adquirir ou
contratar como já sabemos, diz respeito à maneira como o fornecedor será selecionado e no
setor público acontece de maneira diferente das empresas particulares.
Conforme Martins e Alt (2009) a aquisição dos bens produtivos ou não (se incorporam ou não
ao produto final) é tratada pelas empresas privadas de forma simples por meio de seu setor de
compras. Esses recursos materiais, entendidos como os itens ou componentes utilizados pela
empresa nas operações do dia a dia, com o qual formamos os estoques e fabricamos nossos
produtos, possuem uma classificação conforme quadro abaixo:
Esses materiais precisam ser monitorados para que possam ser adquiridos o mais rápido
possível, de acordo com o sistema utilizado pela empresa, a fim de não faltarem quando forem
ser utilizados na produção.
O Sinal da demanda é uma forma utilizada para saber quando é a hora de comprar, seja um
material ou um patrimônio. “Já no caso de obras públicas, ele (o patrimônio) pode ser resultado,
entre outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais” (MARTINS e ALT, 2009,
p. 117).
Conforme Silva (2008, p.34) “os procedimentos para essa escolha são regulamentados pela
Lei de Licitações e Contratos (Lei nº. 8.666/93)”. Essa é a melhor fonte de pesquisa para que
saibamos onde buscar respostas, “todas as modalidades de compras no setor público são
regulamentadas pela Lei nº. 8.666/93” e dentro desta lei apresentam-se alguns mecanismos
para realizar essa aquisição, conforme veremos nos próximos tópicos.
Esta é a modalidade mais conhecida para que produtos e serviços sejam adquiridos pelo
poder público e se destina a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia1
e a seleção da proposta mais interessante para a administração pública. Esta proposta será
processada e julgada de acordo com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,
1
Isonomia: diz a respeito de lei, igualdade, utilizando os mesmos critérios a todos.
100 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório (edital), do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatados.
Santos (2008) ainda nos explica que existem regras gerais para compras (ou contratação de
serviços) sendo a seleção do fornecedor mediante licitação pré-estabelecida. Assim sendo,
verificaremos algumas modalidades previstas na referida Lei de Licitações:
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
a) Concorrência: modalidade de licitação que se realiza com ampla publicidade, para que
todos que preencham os pré-requisitos dispostos no edital possam participar igualmente.
É apropriada para os contratos de grande valor, não sendo exigido registro prévio ou cadastro
dos interessados, deve-se apenas cumprir o edital nas seguintes situações:
2) Alienações de bens imóveis para as quais não tenha sido adotada a modalidade leilão.
4) Licitações internacionais.
Costumeiramente utilizada nas contratações de obras, serviços e compras dentro dos limites
de valor estabelecidos em lei e corrigidos por ato administrativo competente.
O que a difere da concorrência é o fato de haver habilitação prévia dos licitantes, através dos
registros cadastrais (registros de fornecedores de bens/obras/serviços que já se inscreveram e
foram mantidos por órgãos e entidades administrativas que frequentemente realizam licitações).
Sua duração leva de duas a três semanas (do encaminhamento do convite até o resultado).
Não exige publicação de edital uma vez que a convocação já é feita por escrito obedecendo a
uma antecedência legal de cinco dias úteis, por meio da carta-convite.
Normalmente é utilizado na seleção de projetos nos quais se busca a melhor técnica e não o
menor preço. É considerado especial porque mesmo sendo regido pela publicidade e princípios
constitucionais, dispensa as formalidades específicas da concorrência.
e) leilão: ocorre entre todo e qualquer interessado para a venda de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, de bens móveis que não servem para a administração pública
Existem dois tipos: comum - privativo do leiloeiro oficial e é regido pela legislação federal
pertinente, podendo a Administração estabelecer as condições específicas; e administrativo
realizado por servidor público.
f) Pregão: uma modalidade de licitação regida pela Lei nº. 10.520 de 17 de julho de 2002 com
o objetivo de adquirir bens e serviços comuns podendo ser adotada por todas as esferas do
poder público sendo aplicada onde a disputa pelo fornecimento de bens ou pela prestação de
serviços comuns é feita por meio de proposta de preços escrita e lances verbais sucessivos
em sessão pública.
Silva (2008) fala sobre os casos que a própria lei de licitações dispensa a licitação.
Frequentemente compras e contratação de serviços (não vinculados à engenharia) com valor
inferior a R$8.000,00.
2
Alienação: transferência de domínio de uma coisa, de um para outro.
3
Advém do direito sendo um ato que concede a posse de determinados bens.
Modalidade de compra usada somente para despesas pequenas e emergenciais (no máximo
R$100,00), não sendo permitida a compra de bens de capital (móveis, equipamentos, livros
etc.).
Martins e Alt (2009) falam ainda sobre a aquisição de bens patrimoniais como equipamentos,
que merecem atenção especial, pois é difícil criar um critério para hierarquizar os concorrentes.
Faz-se necessário predeterminar uma série de critérios para que possa ser elencado o melhor
fornecedor dentre os proponentes, como por exemplo, prazo para o equipamento atingir o
desempenho especificado; garantia; peças sobressalentes; manutenção e serviço pós-venda;
manuais de operação; treinamento; dentre outros.
Por fim, Batista e Maldonado (2008) dizem que os compradores públicos devem estar cientes
de que, para realização das compras, se torna necessário a especificação completa do bem, a
definição das unidades e das quantidades. Além de garantir a perfeita aquisição dos bens ou
serviços necessários, permite clareza e exatidão por parte de quem está cotando os preços,
no caso, o fornecedor.
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM
Neste tópico poderemos perceber conforme Biderman et. al. (s/d4) que historicamente a noção
de sustentabilidade está vinculada ao “imperativo de se garantir a disponibilidade dos recursos
da Terra para nossos descendentes, por meio de uma gestão que contemple a proteção
ambiental, a justiça social e o desenvolvimento sadio da economia em nossas sociedades”.
Logo, é interessante que o próprio poder público apresente uma conduta sustentável em suas
compras, buscando fontes de fornecimento que estejam “limpas” neste quesito.
Os autores ainda afirmam que sempre que uma compra ou contratação pública é realizada
(serviços ou produtos) os recursos públicos são gastos, e tal ação causa impacto, sendo que
(1) é necessário avaliar a real necessidade de aquisição do(s) produto(s); (2) tomar decisão de
4
Sem data. Publicação disponível em: <http://www.cqgp.sp.gov.br/gt_licitacoes/publicacoes/Guia-de-compras-
publicas-sustent%C3%A1veis.pdf>
André Trigueiro, da Globo News, questiona a possibilidade das compras públicas influenciarem
de forma positiva a ampliação do mercado de produtos e serviços que causam menos impacto
ao meio ambiente e ainda um sistema de descarte ecologicamente correto (reciclagem).
Para ele é importante considerar a escala das compras governamentais e o efeito cascata
que uma licitação produz sobre os fornecedores, multiplicando investimentos na direção da
sustentabilidade.
O jornalista fala a respeito de experiências que comprovam que a licitação sustentável é uma
prática que se dissemina rapidamente pelo mundo e já inspira algumas ações de governo no
Brasil.
Podemos citar aqui a legislação que coíbe a compra de madeira clandestina ou ainda produtos
que colaborem para a destruição da camada de ozônio, combustíveis que prejudiquem menos,
reaproveitamento de água e etc.
Tosini (2008) nos fala ainda da grande resistência na adoção de critérios socioambientais e
de sustentabilidade na decisão das compra. O principal argumento é a Lei de Licitações e
Contratos da Administração Pública, Lei nº 8.666, de 1993, que privilegia o menor preço no
ato da compra.
A Agenda Ambiental na Administração Pública pode ser considerada como o marco indutor de
De acordo com Biderman et. al. (s.d) as compras sustentáveis possuem, dentre outras,
algumas condições legais que precisam ser levadas em consideração como o fato de compras
sustentáveis não poderem permitir gastos adicionais significativos; e que a sustentabilidade
será mais facilmente alcançada se muitos considerarem apenas alguns critérios ao invés de
poucos avaliarem muitos critérios ao tomar as decisões de compras e contratações.
Alguns produtos são certificados no Brasil. Ainda são poucas as iniciativas, mas já bastante
relevantes. O programa mais conhecido e que mais avançou é o de certificação florestal,
que busca contribuir para o uso responsável dos recursos naturais, atestando que um
empreendimento florestal (empresa, produtor ou comunidade) obtém seus produtos de forma
ambientalmente correta, socialmente benéfica e economicamente viável.
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Portal de Contratações Sustentáveis do Governo Federal - http://cpsustentaveis.planejamento.gov.br/
A licitação sustentável nas palavras de Biderman et. al. (s.d) pode ser vista como solução “para
integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e
contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde
humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos”.
Uma vez reconhecida a importância de se fazer uso correto dos recursos públicos, a
Constituição Federal de 1988 trouxe no inciso XXI, do art. 37, a previsão legal obrigando
que as obras, serviços, compras e alienações públicas sejam feitos por meio de processo
licitatório, assegurando igualdade de condições a todos os concorrentes.
A partir desta determinação legal elaboraram-se normas gerais sobre licitações e contratos
com a administração pública descritas na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. A legislação
foi atualizada pelas leis nº 8.883, de 8 de junho de 1994; nº 9.032 de 28 de abril de 1995; nº
9.648 de 27 de maio de 1998 e, mais recentemente, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002,
que instituiu a sexta modalidade de licitação denominada pregão.
Conforme Biderman et. al. (s.d, p. 35) a Constituição Federal de 1988 tem, entre os princípios
que regem a atividade econômica, a busca pela defesa do meio ambiente e a livre concorrência.
“Ambos encontram-se descritos no mesmo art. 170 a demonstrar a preocupação do nosso
Estado pelo denominado desenvolvimento sustentável”. Uma vez que a Constituição Federal é
a norma maior na hierarquia e prevalência das demais normas, “a interpretação das leis por ela
recepcionadas e que a seguiram deve estar em consonância com os seus princípios e ordens”.
Com base em dispositivos legais, como a Lei nº 8.666, sobre licitação, podemos entender que
seria um despropósito o próprio Poder Público adquirir produtos que provocassem danos ao
meio ambiente, flagrantemente contrariando princípios constitucionais (TOSINI, 2008).
Como vemos, as leis existem tanto advindas da própria constituição quanto de melhorias
posteriores, e em suma, em função da interpretação dos artigos 23, VI; 37, XXI; 170, VI, e 225
da Constituição Federal. A Administração Pública deve procurar compatibilizar os bens
e serviços a serem contratados com exigências relativas à proteção do meio ambiente
(TOSINI, 2008).
Dentro desse processo de compra, não se pode negar que os consumidores têm uma grande
influência na economia. Devemos entender esse consumidor como os cidadãos que querem,
precisam ou desejam produtos e serviços de seus governantes.
Por outro lado, se consumidores requisitarem produtos levando em conta a qualidade, alto
desempenho e cuja produção aconteça sob circunstâncias justas e com menores impactos
ambientais, os fornecedores competirão com base na sustentabilidade, e não somente
baseado no menor preço.
O projeto de três anos do Iclei intitulado “Relief” (Environmental Relief Potential of Urban
Inclusive, de acordo com Biderman et. al. (s.d) o projeto Relief provou que as compras
sustentáveis na esfera pública poderiam ocupar um papel-chave no cumprimento da legislação
ambiental.
Tosini (2008) trás a discussão a Lei nº 9.605, de 1998, Lei de Crimes ambientais, sancionada
depois da Lei de Licitações, e estabelece como sanção para infratores de normas ambientais
a impossibilidade de contratar com a Administração Pública pelo período de até três anos (art.
72, §8º, V). Logo, praticar compras social e ambientalmente corretas, é desejável. E não estar
atentos a tais critérios poderia colocar o agente público responsável pela licitação em situação
de irregularidade.
Entendendo a legislação, o município e o estado de São Paulo, bem como outras cidades
brasileiras, vêm adotando políticas de compras de produtos ambientalmente mais eficientes.
6
Eutrofização: proliferação de matéria orgânica em meio hibrido, e que resulta na multiplicação de matéria
vegetal que por decomposição, provoca a diminuição do oxigênio necessário à vida animal.
Muitos países como México, Japão, Itália, Suécia efetuam compras públicas pensando na
sustentabilidade.
Discutimos alguns pontos suficientes sobre os benefícios da licitação sustentável, mas para
nosso conhecimento e efeito didático/prático precisamos também conhecer quais recompensas
teremos, como autoridades públicas, uma vez que nos comprometemos com a modalidade de
compra.
- Melhorar sua imagem política — Uma autoridade pública pode melhorar sua imagem política
informando os objetivos do programa de licitação sustentável à comunidade local, empregados
e fornecedores, e ampliando seus impactos pela mídia. Implantar a licitação sustentável significa
que uma autoridade pública está se comprometendo com a proteção ambiental, melhoria da
qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável em ações concretas significativas.
- Melhorar a eficiência — A licitação é um dos instrumentos mais importantes à
disposição de uma autoridade pública e é estrategicamente importante para melhorar
Alguns avanços, mesmo que modestos, podem ser verificados em nível nacional como o
fornecimento de materiais e contratação de serviços pensados na sustentabilidade dos
negócios. Um exemplo que consta em Biderman et. al. (s.d, p. 75) é que “O Ministério do Meio
Ambiente estuda encaminhar proposta de alteração da Lei de Licitações ao Congresso (Lei
nº 8.666), para inclusão de critérios de sustentabilidade ambiental nas contratações públicas”.
Para fechar o assunto, os autores sugerem uma maneira de iniciar o processo para legalizar o
fornecimento, ou a abertura do processo de fornecimento de produtos/serviços sustentáveis,
onde o ideal é que se aprove um documento de política pública que contenha descrição de
objetivos e princípios orientadores da política de licitação sustentável.
Esse documento tem o objetivo de aumentar a percepção e educar o público em
geral. Deve delinear os princípios-chave, como: o comprometimento com o consumo
sustentável e as metas da campanha; a incorporação de considerações éticas
e ambientais na política de compras; o estímulo a fornecedores ambientalmente
conscientes, que tenham uma política ambiental ou que tenham um sistema de gestão
ambiental já instalado e o comprometimento de levar em conta os custos do ciclo de
vida dos produtos, sempre que viável (BIDERMAN et. at. (s/d, p. 92).
Poderiam também ser indicados os grupos de produtos não cobertos pelos objetivos
estabelecidos, dando preferência aos que preencham requisitos de certificações publicamente
controladas. Além de expressar o comprometimento de abrir as comunicações a fornecedores,
aumentando a conscientização ambiental entre os consumidores finais, trabalhar em parceria
com outras organizações de compras e participantes da campanha.
Esta modalidade de fornecimento pode ser uma excelente forma de se obter cada vez mais
fornecedores cujos produtos e serviços sejam de alta qualidade, com preços competitivos
e publicamente bem aceitos, melhorando o processo público de compra e fomentando os
processos licitatórios.
Como diz Tosini (2008) a adoção de critérios de sustentabilidade ambiental nas compras
públicas possui importante efeito indutor para que o mercado venha adotar padrões de
produção lastreados em protocolos ambientais. Assim, o Estado, como importante consumidor
CONSIDERAÇõES FINAIS
É importante sabermos quem serão os responsáveis pelas compras, bem como determinar os
critérios que serão utilizados para a confecção do edital que possibilitará abrir concorrência no
processo de licitação.
Aspectos legais como os contidos na Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e o art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal, instituem normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências que precisam ser levadas em conta durante a confecção
deste edital.
O que diz respeito às licitações sustentáveis, algo relativamente novo a ser discutido, mas
já previsto na Constituição, possibilita que as empresas sejam fornecedoras de materiais e
de patrimônio público sem que prejudiquem o ambiente em que vivemos, contribuindo para
melhora da imagem pública com a utilização destes meios.
Os benefícios das licitações públicas sustentáveis são muitos e alcançam a todos. Além das
vantagens ambientais, insita um processo fabril mais competitivo e responsável e produz
efeitos positivos na economia local.
1. O que são recursos materiais e no que difere seu sistema de compras em relação às
compras de bens patrimoniais?
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Tombamento
• Patrimônio Natural
INTRODUÇÃO
Há quem diga que quem tem passado tem história e quem não tem história não existe. E
talvez pensando nisso é que procuramos deixar registros de nossa passagem por aqui para
que outros saibam que aqui estivemos e que fomos responsáveis para o registro da história
de um povo.
Mas de fato, como será possível deixar registro de uma nação, de uma época, de cultura
existente, de construções magníficas? Como permitir que futuras gerações possam vislumbrar
uma história de um lugar, de uma cidade, de um país? A resposta, evidentemente não é fácil,
nem tampouco permeada em argumentos superficiais. Precisaremos, antes de mais nada, de
comprometimento e conhecimento da legislação e de exemplos de sucesso na preservação e
manutenção de nossa história.
Para Funari e Carvalho (2005), as expressões de herança paterna ou outros fazem menção
a moneo, que em latim significa “levar a pensar”. Portanto, as noções de patrimônio cultural
mantêm-se vinculadas às de lembrança e de memória — uma categoria basal na esfera das
ações patrimonialistas, uma vez que os bens culturais são preservados em função dos sentidos
que despertam e dos vínculos que mantêm com as identidades culturais.
Este passou a abarcar também as maneiras de o ser humano existir, pensar e se expressar,
bem como as manifestações simbólicas dos seus saberes, práticas artísticas e cerimoniais,
sistemas de valores e tradições. Essa noção de cultura, fomentada desde o início da década
de 1980 nas convenções internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura — UNESCO, adquiriu maior magnitude em 1985, por
ocasião da “Declaração do México”. A caracterização ampliada da cultura, apresentada nesse
documento, definiu o patrimônio como produções de “artistas, arquitetos, músicos, escritores
e sábios”, “criações anônimas surgidas da alma popular” e “valores que dão sentido à vida”.
Art.3 - A conservação e o restauro dos monumentos têm como objetivo salvaguardar tanto a
A Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (UNESCO), criou em 1972 a
Convenção do Patrimônio Mundial, tendo como princípio básico a preservação de bens que
sejam considerados de extrema relevância em termos mundiais, a este respeito, citamos os
patrimônios culturais (materiais e imateriais) e naturais.
Fonte: http://www.altodapraiahotel.com.br
Ouro Preto, município mineiro fundado em 1698 e uma das antigas capitais do estado.
Fonte: http://brasilportuguesecultura.blogspot.com.br
• Missões Jesuíticas Guarani – Ruínas de São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul)
Fonte:http://ailisor-literaturabrasileira.blogspot.com.br
Município localizado na região de fronteira entre o Paraguai e Argentina e que preserva uma
das maiores riquezas jesuíticas do Brasil.
Fonte: http://www.une.org.br
A definição de patrimônio cultural pode ser entendida em dois conceitos, o material, que são
os bens considerados de grande significado para a cultura material brasileira e imateriais,
relevantes para o encontro da identidade nacional.
O Brasil conta com o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde lhe
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância 127
são atribuídas as tarefas de preservação e manutenção do patrimônio histórico nacional, de
ordem material e imaterial.
Sobre o IPHAN:
O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi criado em 13 de janeiro de
1937 pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas. Já em 1936, o então Ministro da
Educação e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do patrimônio
cultural brasileiro, pediu a Mário de Andrade a elaboração de um anteprojeto de Lei
para salvaguarda desses bens. Em seguida, confiou a Rodrigo Melo Franco de Andrade
a tarefa de implantar o Serviço do Patrimônio. Posteriormente, em 30 de novembro
de 1937, foi promulgado o Decreto-Lei nº 25, que organiza a “proteção do patrimônio
histórico e artístico nacional”. O Iphan está hoje vinculado ao Ministério da Cultura.
Rodrigo Melo Franco de Andrade contou com a colaboração de outros brasileiros ilustres
como Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Afonso Arinos, Lúcio Costa e Carlos
Drummond de Andrade. Técnicos foram preparados e tombamentos, restaurações e
revitalizações foram realizadas, assegurando a permanência da maior parte do acervo
arquitetônico e urbanístico brasileiro, assim como do acervo documental e etnográfico,
das obras de arte integradas e dos bens móveis.
A próxima etapa consistiu na proteção dos acidentes geográficos notáveis e paisagens
agenciadas pelo homem. Há mais de 75 anos, o Iphan vem realizando um trabalho
permanente de identificação, documentação, proteção e promoção do patrimônio
cultural brasileiro. (portal.iphan.gov.br)
• Patrimônios culturais materiais: são aqueles identificados como bens culturais conforme
sua característica paisagística, arqueológica, histórica e artes aplicadas, podendo ser
subdivididos em bens imóveis, como centros urbanos, sítios arqueológicos, conforme já
exemplificados anteriormente (Patrimônio Mundial Cultural) e os bens móveis, tais como
os acervos de museus, música, vídeos, fotografias, dentre outros.
Tombamento
Este pode ser realizado sobre os bens móveis e imóveis, sendo feito pela União, intermediado
pelo IPHAN, pelos Governos Estaduais ou pelos Governos Municipais, pautados em legislação
específica.
Vale ressaltar que o tombamento não se refere à desapropriação do bem ou seu usufruto, na
verdade, ele vem resguardar a sua integridade e proteção.
O bem tombado, desde que continue sendo preservado e que seja comprovada a sua proteção,
não haverá impedimento legal para a sua venda, contanto que seja previamente comunicada
esta intenção ao órgão/instituição que procedeu a seu tombamento.
Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo,
nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:
3. No Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira.
4. No Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes
aplicadas, nacionais ou estrangeiras.
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se fará de
ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas deverá
ser notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada, a fim
de produzir os necessários efeitos.
1. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por seu órgão competente, noti-
ficará o proprietário para anuir ao tombamento, dentro do prazo de quinze dias, a contar
do recebimento da notificação, ou para, si o quiser impugnar, oferecer dentro do mesmo
prazo as razões de sua impugnação.
2. No caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado, que é fatal, o diretor do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará por simples despacho que
se proceda à inscrição da coisa no competente Livro do Tombo.
3. Se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado, far-se-á vista da mesma, dentro
de outros quinze dias fatais, ao órgão de que houver emanado a iniciativa do tombamento,
afim de sustentá-la. Em seguida, independentemente de custas, será o processo remeti-
do ao Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que
proferirá decisão a respeito, dentro do prazo de sessenta dias, a contar do seu recebi-
mento. Dessa decisão não caberá recurso.
Art. 10. O tombamento dos bens, a que se refere o art. 6º desta lei, será considerado provisório
ou definitivo, conforme esteja o respectivo processo iniciado pela notificação ou concluído pela
inscrição dos referidos bens no competente Livro do Tombo.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, salvo a disposição do art. 13 desta lei, o tombamento
provisório se equiparará ao definitivo [...].
Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos Municípios,
inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à outra das referidas entidades.
Art. 12. A alienabilidade das obras históricas ou artísticas tombadas, de propriedade de pessoas
naturais ou jurídicas de direito privado sofrerá as restrições constantes da presente lei.
Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de propriedade particular será, por iniciativa do
órgão competente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, transcrito para os
devidos efeitos em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da
transcrição do domínio.
§ 1º No caso de transferência de propriedade dos bens de que trata este artigo, deverá
o adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de multa de dez por cento sobre o
respectivo valor, fazê-la constar do registro, ainda que se trate de transmissão judicial ou
causa mortis.
Art. 14. A. coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem transferência
de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo anterior, a exportação, para fora do país,
da coisa tombada, será esta sequestrada pela União ou pelo Estado em que se encontrar.
§ 3º A pessoa que tentar a exportação de coisa tombada, além de incidir na multa a que se
referem os parágrafos anteriores, incorrerá, nas penas cominadas no Código Penal para o
crime de contrabando.
Art. 16. No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o respectivo proprietário
deverá dar conhecimento do fato ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
dentro do prazo de cinco dias, sob pena de multa de dez por cento sobre o valor da coisa.
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou
mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de cinquenta por cento
do dano causado.
Parágrafo único. Tratando-se de bens pertencentes á União, aos Estados ou aos municípios,
a autoridade responsável pela infração do presente artigo incorrerá pessoalmente na multa.
Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não
se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a
visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra
ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de cinquenta por cento do valor do mesmo
objeto.
Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras
de conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras, sob pena de
multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma
§ 3º Uma vez que verifique haver urgência na realização de obras e conservação ou reparação
em qualquer coisa tombada, poderá o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
tomar a iniciativa de projetá-las e executá-las, a expensas da União, independentemente da
comunicação a que alude este artigo, por parte do proprietário.
Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre que for julgado conveniente,
não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob
pena de multa de cem mil réis, elevada ao dobro em caso de reincidência.
Art. 21. Os atentados cometidos contra os bens de que trata o art. 1º desta lei são equiparados
aos cometidos contra o patrimônio nacional.
Patrimônio Natural
Fonte: http://www.portalangels.com
Situado no oeste paranaense, fazendo divisa com a Argentina, é detentor de uma das maiores
reservas florestais da América Latina. Nela podemos encontrar um imenso patrimônio de
espécies animais e vegetais, sendo ainda o berço das Cataratas do Iguaçu, eleita no ano de
2012, como uma das Sete Maravilhas da Natureza.
Fonte: http://portoseguropasseios.blogspot.com.br
Uma das maiores regiões contínuas da Mata Atlântica, está situada na costa do descobrimento,
em Porto Seguro (Bahia).
Situa-se entre o sudoeste do Mato Grosso e noroeste do Mato Grosso do Sul, sendo
considerada a maior área pantaneira do mundo, abrigando em seu interior várias espécies de
animais ameaçados de extinção.
Fonte: www.ecodebate.com.br
Vale destacar ainda, que a preservação do patrimônio natural ainda é objeto de grande
discussão e opiniões antagônicas entre seus principais atores.
Atualmente, a preservação ambiental deixou de ser apenas o apoio a uma causa, a um lema,
e sim uma necessidade para a manutenção e sustentação da vida em todos os seus sentidos,
cabendo ao setor público o acompanhamento e a fiscalização das medidas implantadas para
o seu desenvolvimento.
A este respeito, trazemos à luz um exemplo da Estrada do Colono. Trata-se de uma estrada
(de chão) de 17,6 km., aberta em 1950, que cortava o Parque Nacional do Iguaçu, entre os
municípios de Capanema, Serranópolis do Iguaçu e Medianeira, no estado do Paraná, sendo
o principal portal de acesso do sudoeste paranaense e o oeste da região sul do Brasil à Foz
do Iguaçu uma região rica de flora brasileira regional e conta ainda com diversas espécies de
animais que dali retiram seu sustento
A estrada foi pela primeira vez fechada em 1986 devido aos fortes movimentos ambientais,
alegando a intensa degradação ambiental e a vitimização de várias espécies de animais que
habitavam o parque.
Pelo fato deste haver sido considerado Patrimônio Natural da Humanidade, e somado aos
vários argumentos contra a manutenção da estrada, a UNESCO no ano de 1999, inscreveu
o parque como sendo um patrimônio em perigo, onde várias ações, inclusive ilegais de
reabertura, assim como a ocorrida em 1997, trouxeram inquietude aos ambientalistas e políticos
contra a sua manutenção, sendo somente com a ação do Exército Brasileiro, Polícia Federal
e Ibama, no ano de 2001, fazendo cumprir determinação judicial para o fechamento definitivo
Fonte: http://molinacuritiba.blogspot.com.br
Mesmo com todos os argumentos contra, várias lideranças políticas locais estão tentando
viabilizar a reabertura, como sendo uma estrada ecologicamente correta, sem pavimentação,
transformando-a em estrada parque. O projeto de lei, encaminhado para apreciação e votação
na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Este exemplo reflete o fundamental papel do setor público no balizar de leis que regulamentem
a proteção e manutenção do patrimônio natural. Observamos que mesmo na esfera pública,
há vários argumentos pró e contra, cabendo a esta a determinação legal para sua deliberação
favorável ou contra.
Pelo que aprendemos até aqui o tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder
Público, onde por meio de legislação tem com o objetivo a preservação de bens de valor
histórico, cultural, arquitetônico, ambiental, afim de que não venham ser destruídos ou
descaracterizados.
O Livro do Tombo é subdivido em partes como Histórico, Belas Artes, Artes Aplicadas que por
sua vez possuem itens que se enquadram nas categorias para que os tombamentos possam
ser devidamente registrados.
O patrimônio a ser tombado pertence à União, Estado ou Municípios será feito por meio
de ofício ordenado pelo diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. E
no caso do tombamento de algo pertence à pessoa jurídica de iniciativa provada será feito
voluntariamente ou por compulsório.
Pudemos ainda compreender, que o bem tombado, não poderá ser impedido de ser vendido,
comercializado, negociado, uma vez que respeite as condições imperiosas de preservação do
bem e sua proteção contra a descaracterização ou destruição.
É importante que o poder público esteja ciente da história nacional e das belezas que aqui
Este vídeo cujo título é Curso de gestão de Estoque e Materiais para Concurso Público abor-
da todos os conceito trazido neste livro. Pode ser uma excelente forma de assimillar, compreender
com outra linguagem a gestão material e patrimonial, focando concurso público. Um vídeocarente
de recursos visuais diversii cadoss, mas interessante. Disponível em <http://www.youtube.com/
watch?v=ut6JPDdrrWk>.
Este outro vídeo é um compilado curto que aborda rapidamente a gestão de estoques e sua impor-
tância para as empresas. Serve como um bom lembrete, um resumo! Disponível em < http://www.
youtube.com/watch?v=EsL-cxNR33I >
Abordamos aqui temas como o just in time, Kanban e este vídeo ilustra de forma interessan-
te e resumida como esses processos funcionam. Disponível em < http://www.youtube.com/
watch?v=GXxkX4eCZgE>
Agora já que nós aprendemos vários conceitos e pudemos visualizar claramente os preceitos
da administração de materiais e patrimoniais, tanto privada como na área pública (nosso foco),
creio que facilmente poderemos dizer que o objetivo primordial da Administração de Materiais
é determinar a movimentação do que é necessário para a entrega de um bem, ou um serviço.
De forma geral podemos dizer que a administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
possuem funções básicas e também auxiliares conforme quadro abaixo:
Conhecer esta área da gestão pública é indispensável para buscarmos alcançar os objetivos e
resultados esperados pelo poder público e principalmente pelo cidadão.
Uma gestão patrimonial, sendo a responsável pelos bens, terrenos, prédios, instalações
veículos e etc torna-se importante para todos no sentido de durabilidade destes bens e
par servindo a todos os usuários/cidadãos pela maior quantidade de tempo possível e de
preferência com qualidade. Este controle precisa ser feito com a máxima eficácia.
Segundo Batista e Maldonado (2008), a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei de Licitações
e Contratos Administrativos (Brasil, 1993), conceitua “compra como toda aquisição remunerada
de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”. E agora já sabemos também
que é necessário que alguém responda pela aquisição dos materiais e também do patrimônio
144 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS | Educação a Distância
público para que cada vez com mais perfeição saiba-se determinar os critérios que serão
utilizados para a confecção do edital que possibilitará abrir concorrência no processo de
licitação.
A administração dos materiais e do patrimônio público é uma boa maneira de se evitar gastos
desnecessários e é muito importante que todos os cidadãos estejam atentos para que não
sejam enganados, roubados e também para que tenham suas necessidades básica regidas
pela constituição sanadas.
Esperamos que este livro tenha sido útil para o seu aprendizado e que possam ser cada vez
mais competentes em suas funções de agentes públicos.
BATISTA, Marco Antonio Cavalcanti; MALDONADO, José Manuel Santos de Varge. O papel do
comprador no processo de compras em instituições públicas de ciência e tecnologia em saúde
(C&T/S). Rev. Adm. Pública vol.42 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2008. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122008000400003&script=sci_arttext>. Acesso em
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BIDERMAN, Rachel; MACEDO, Laura Silvia Valente De; MONZONI, Mario; MAZON, Rubens.
guia de compras públicas sustentáveis: Uso do poder de compra do governo para a
promoção do desenvolvimento sustentável. (s/d). Disponível em: <http://www.cqgp.sp.gov.br/
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controle interno. Aracaju, 2009.
FREITAS, Felipe Fonseca Tavares de; NASCIMENTO, Kelly Sales Corrêa do; PELAES, Thiago
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