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ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURITIBA
2020
ALEXANDER VICENTE DA SILVA
CAROLINE TEIDER KRAINSKI
JOÃO PEDRO BORGES FERREIRA
VANESSA ROSA
% Porcentagem
ANP Agência Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
B Vazão de fundo da destilação
BFD Diagrama de blocos
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BTX Mistura: Benzeno, tolueno e xileno
CEPCI Índices de Custo de Plantas Químicas
Cfb Clima oceânico temperado com Verão temperado
D Vazão de topo da destilação
DL50 Dose letal 50%
DNPM Departamento de Produção Mineral
E Eficiência
EUA Estados Unidos da América
EPI’s Equipamentos de Proteção Individual
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FLV Fator de fluxo de líquido-vapor
Ft pés
h hora
H Altura
HK componente chave pesada
HP horse-power
KWh Quilowatt-hora
L Largura
JECFA Comitê Conjunto FAO/OMS de Peritos em Aditivos Alimentares
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração. Informações e Análises da
Economia Mineral Brasileira
IDA Ingestão diária aceitável
IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry
ISS Imposto sobre Serviços
J Eficiência de solda
Kg Quilograma
Lb libras
LME Metais de Londres
LK componente chave leve
m² metro quadrado
m³ metro cúbico
Nmín Número mínimo de estágios
N Número de estágios
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul
MME Ministério de Mineração e Energia
P&ID Fluxograma de process
PIB Produto Interno Bruto
PFD Fluxograma de instrumentação e tubulação
PVC Policloreto de vinila
Q vazão
RH Recursos Humanos
R$ Real brasileiro
Rmín Razão de refluxo mínimo
Rop Razão de refluxo de operação
SAC Sistema de Amortização Constante
TI Tecnologia da Informação
TDI Diisocianato de Tolueno
Ton Tonelada
TSCA Toxic Substances Control Act
US$ Dólar americano
USGS United States Geolofical Survey
V volume
W Massa
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 22
2.1.2 Toxicidade
2.2 TOLUENO
2.2.1 Obtenção
2.2.2 Toxicidade
2.3 CATALISADOR
2.3.1 Cobalto
O cobalto é um metal que teve seu uso inicial como pigmento para vidros e
cerâmicas, suas propriedades físicas e mecânicas são variáveis de acordo com o
processo em que ele é transformado após sua extração. Ele é encontrado na natureza
disperso em pequenas quantidades, junto a outros metais e minérios, em rochas,
plantas e solo, pode ainda ser encontrado em nódulos marinhos junto ao manganês.
(ULLMANN, 1985)
De acordo com Ullman (1985), o cobalto tem um amplo uso como catalisador,
é eficaz em inúmeras reações dos mais variados processo. Este vasto uso se deve a
sua facilidade em formar complexos e mais ainda a variedade de ligantes nesses
complexos. As reações de oxidação e fase líquida seguem mecanismos de cadeias
de radicais clássicos, dessa forma evitando a formação de reações indesejadas. Os
sais de cobalto têm grande potencial em sistemas catalíticos homogêneos e são
usados na oxidação do tolueno para ácido benzoico.
!"#"$%&"'or
!7,8 + 1,5O2 → !7,6 O2 + ,2O Equação 1
Como um ácido mineral possui maior acidez que um ácido carboxílico, ao reagir
ácido sulfúrico e benzoato de sódio, forma-se um ácido carboxílico que corresponde
ao sal, o ácido benzoico, o processo é mostrado na Equação 7, que tem também como
produto o bissulfato de sódio (COSTA et al, 2003).
Quadro 3 – Vantagens e desvantagens dos processos para obtenção do Ácido Benzoico pela
oxidação do tolueno
Processo Vantagens Desvantagens
• Facilidade de
operação¹;
Livre de
• Processo ecológico¹; • Menor conversão².
Solventes
• Minimiza corrosão dos
equipamentos¹.
• Corrosão e alto custo de
equipamentos²;
Com
• Alta conversão¹. • Dificuldade de separação¹;
Solventes
• Necessita de grande
quantidade de energia².
Fonte: Adaptado de LI et al, 2006¹; ILYAS, SADIQ, 2015².
A rota de produção definida é pela oxidação do tolueno, que além de ser a rota
exclusiva utilizada atualmente na indústria, é a forma mais barata e eficiente de
produção do Ácido Benzoico, devido ao fato de utilizar matérias-primas baratas, que
são o tolueno e o ar, e ter um bom rendimento (ALVES et al., 2015).
Ao analisar o tipo de oxidação catalítica, optou-se pela rota isenta de solventes,
pois apesar de apresentar menor conversão, apresenta maior facilidade de operação
e menor risco de corrosão em equipamentos, o que diminui os custos com
manutenção (OLIVEIRA, 2017).
As rotas que obtém o Ácido Benzoico via outros tipos de reações são inviáveis
industrialmente, pois utilizam matérias-primas tóxicas, como o benzeno e seus
derivados (BRASKEM, 2017), possuem muitos subprodutos e não possuem dados
disponíveis sobre conversão, condições operacionais e rendimento.
Em relação ao catalisador, o escolhido é o acetato de cobalto, pois como todos
os catalisadores derivados deste metal, apresentam as condições operacionais
compatíveis com o processo em geral, não necessita de prévia preparação para
utilização e possui grande disponibilidade no mercado, o que será detalhado no item
3.
3 ANÁLISE DE MERCADO
3.2 TOLUENO
O Cobalto é uma matéria com aplicação bastante vasta, nos dias de hoje, sua
aplicação têm-se renovado aumentando demandas de produção. Sua utilização é
altamente ligada à produção de diversos tipos de baterias, ferramentas de corte,
materiais magnéticos, catalisador petroquímico, produtos farmacêuticos, materiais de
esmalte e super ligas. Usado como liga, o Cobalto apresenta melhor resistência a altas
temperaturas e corrosão (HEIDER, 2018).
De acordo com a demanda 50% do cobalto produzido é voltado para baterias,
18% em super ligas, 8% metais pesados, 5% em materiais cerâmicos e 19% dentre
outras utilizações (HEIDER, 2008).
Há uma mensuração crescente de vendas de veículos elétricos a bateria,
produtos que estão chegando ao mercado para diminuir o impacto da queima dos
combustíveis fosseis e petroquímica, isso ocasionou uma procura maior pelo cobalto
aumentando o valor agregado do produto (HEIDER, 2018).
3.3.1 Mercado Internacional
10
8
Toneladas
6
6 5
4 4
4
2 1 1
1 0
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano
3300
3100
2890
2900
2700
2500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano
Para suprir a demanda de produção, a indústria irá operar nos três turnos, de
segunda a domingo, de modo que os dias trabalhados por ano sejam 350, sendo que
a programação é que no máximo 15 dias sejam destinados à manutenção de
equipamentos, limpezas ou ainda algum imprevisto.
De forma geral, a empresa será dividida entre cargos administrativos e de
operação. Colaboradores administrativos e gerência irão trabalhar 40 h semanais, das
8 h às 17 h de segunda a sexta-feira, tendo a possibilidade de realizar horas extras
aos sábados a fim de acumular horas para o banco de horas. Colaboradores de
operação irão trabalhar em turnos, sendo eles das 6 h às 14 h, das 14 h às 22 h e das
22 h às 6 h, sob escala programada.
4 LOCALIZAÇÃO DA PLANTA
30%
60%
De acordo com o site Imóvel Web, o valor médio do metro quadrado da região
de Itu está em de 220 reais, sendo assim, o gasto aproximado para a compra do
terreno será de 44 milhões de reais.
Segundo a prefeitura de Itu, o município possui um território de 642 m2 numa
altitude de 583 m e uma população estimada em 163.882 (IBGE/2013). Com setores
industrial e comercial amplamente desenvolvidos além de se destacar também como
Estância Turística e atrair visitantes durante o ano todo. O Clima é Tropical com
temperatura anual de 20°C sendo o verão quente e chuvoso, e o inverno frio e seco.
O bioma é de Mata Atlântica, seu relevo varia entre o planalto cristalino e o sedimentar.
Possui vestígios de cidade arqueozoica. Relevo de colina suave e nas regiões
limítrofes algumas altitudes. Banhada pelo Rio Tietê e alguns outros de menor
extensão como o Itaim Mirim, Itaim Guaçu e Braiaiá.
O salário médio mensal dos trabalhadores formais em 2018, de 2.9 salários
mínimos, e com um PIB per capita de 2017 de 44.504,91 reais.
Segundo Weather Spark “Em Itu, o verão é longo, morno, abafado, com
precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase
sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 30 °C e
raramente é inferior a 10 °C ou superior a 33 °C.” Com relação às chuvas, Itu possui
variação sazonal extrema na precipitação anual. A Figura 7 mostra a variação de
temperatura no decorrer de 2018 juntamente com a quantidade de precipitação da
chuva.
Figura 7 - Tabela de temperatura média, mínima e máxima juntamente com precipitação de chuva no
ano de 2018.
É interessante ainda destacar o gasto com energia elétrica nessa região, já que
o estado de São Paulo possui um gasto mensal de energia elétrica abaixo da média,
apresentando 417, 59 R$/MWh. A Figura 8 mostra a relação de gastos mensais com
energia elétrica nos estados brasileiros.
Figura 8- Médio do gasto mensal com energia elétrica no Brasil
1.
Fonte: Os autores, 2020
gT g' g# 0,5
a = g" gh1,5c0,5 Equação 14
Substituindo a relação da Equação 15 e 16 na Equação 14, tem-se a
expressão em função do grau de avanço apresentada na Equação 17.
g "$%kXg#"çãd−g Xne%$íh?%d
j = Equação 15
g "$%kXg#"çãd
Pressão x Xa
0,78
0,76
0,74
0,72
Conversão Xa
0,7
0,68
Xa
0,66
0,64
0,62
0,6
0 2 4 6 8 10 12
Pressão (bar)
^1∗!"∗!h1,5−^∗!T
−?" = !h 1,5
Equação 18
^4 ^2
^ = Equação 19
^3
S
^ = ^0 X − `Y Equação 20
Onde k é a constante de Arrhenius, k0 é o fator de frequência ou fator pré-
exponencial da reação, E é a energia de ativação (J/mol), T é a temperatura absoluta
(K) e R é a constante dos gases.
A partir desses dados, é possível analisar o comportamento da taxa de
velocidade em função da temperatura no gráfico ilustrado na Figura 17 levando em
consideração a constante de velocidade k1 que, segundo o estudo de Gisli et al.
(2007), tem variação com a temperatura.
Figura 17 - Gráfico de relação entre taxa de velocidade e temperatura
25
20
15
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Temperatura (°C)
Conversão x Temperatura
1
0,9
0,8
0,7
Conversão (%)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 50 100 150 200 250 300
Temperatura (ºC)
v j" #
= = Equação 21
w"d −?" !"d
A partir dos dados alcançados pelo método de Euler foi possível dispor o gráfico
da conversão de tolueno em relação ao tempo, mostrado na Figura 19. Neste gráfico
é possível observar que a conversão aumenta significativamente até 1,5 h, a partir
disso, há um aumento mínimo desta variável.
Figura 19 – Gráfico de relação entre a conversão e o tempo
Conversão x Tempo
0,9
0,8
0,7
Conversão (%)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
Concentração x Tempo
2,5
Concentração (mol/L) 2
1,5
0,5
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)
No F-101 ocorre uma alimentação pela corrente 14, vinda do CR-101 e outra,
contendo tolueno para lavagem vinda do F-102 pela corrente 21. Nesta operação tem-
se duas saídas, a contendo a torta segue via corrente 15 para o DS-101 e a corrente
com o filtrado e licor de lavagem contendo tolueno e ácido benzoico, segue para o M-
101 via corrente 16.
Figura 9 – Filtro (F-101)
Fonte: Os autores, 2020.
kd$
V18 ∗ ,X + V18, ∗ ,T?%&#"$%~"çãd = V&19 ∗ ,& + VT"k%&" Eq.30
ℎ
16
FFC
Pfd 3/4 EQUIPAMENTOS
F- 101
1 VC-04 1
27
B – Bomba Centrífuga
Catalisador da Área
de Estocagem M - Misturador
R – Reator CSTR
V - Válvula Redutora de
Pressão
24 Cond. CP – Compressor
2 2
Pfd 4/4 FFC Água ref. out TC – Trocador de calor
LC
C - 101 M-101 2
TQ – Tanque de mistura
0
VC - Válvula de controle
VC-02 FC VC-06
Tolueno da Área
VC-03 TC
TC-101 VF – Vaso Flash
De Tancagem 3 5
VC-01 B- 102 Vap.
3 1
Vapor para LEGENDA
ETE 3
FC PC VC-10
TC
Vap. – Vapor da área de
VC-07 utilidades
TQ-101 B-101 25
Cond. – Condensado
25 Água ref. in
Pfd 3/4 Água ref. in - Água de
DS-101 R-101 refrigeração - entrada
26
4
4 B-109 Água ref. out
LC
Água ref. out - Água de 4
refrigeração - saída
Pfd 3/4
B-110 F-102 TC-106 V - 01
VC-05
FC Controle de Fluxo
TC
Ar atmosférico FFC Controle de Proporção de Fluxo
VC-08
LC
Vap VC-11 Água ref. in
6 LC Controle de Nível
VF-101 Pfd 2/4
5 FC 5
VC-12 PC Controle de Pressão
CT-101
Vap VC- 09
CP-101 TC Controle de Temperatura
B-103
CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)
2 11 TQ – Tanque de estocagem 2
B-105 VC - Válvula de controle
Efluente para ETE
VC - 18 VR – Vaso de refluxo
FC
CT-101
8 LEGENDA
VC - 13
Catalisador
recuperado Vap. – Vapor da área de utilidades
LC
Água ref. in
5 5
Pfd 3/4
BV-101 F-101
CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)
25
FC
Pfd 1/4
EQUIPAMENTOS
Vácuo do Ejetor
21 22
TQ-101
1 FC VC-20 1
B – Bomba
F – Filtro
VC – 19 14 15 CR – Cristalizador
Pfd 2/4 DS – Dissolutor
CR-101 TC – Trocador de calor
TC Cond.
BV-102
2 16 F-101 LC
LEGENDA 2
18 Vap. VC-21
TC
B-108
5 5
CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)
EQUIPAMENTOS
C – Condensador
1 1
20 E – Esteira
29 BR – Barril
Pfd 3/4
F-102 SE – Secador
Vácuo do Ejetor T – Triturador
TC – Trocador de Calor
LEGENDA
2 2
Água quente
23
Vap. – Vapor da área de
24
utilidades
Pfd 1/4
TQ-101 Cond. – Condensado
C-101 Água ref. in - Água de
refrigeração - entrada
VC-26
3 SE- 101 TC Água ref. out - Água de 3
refrigeração - saída
Água fria
4 PC Controle de Pressão 4
E-102
TC Controle de Temperatura
CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)