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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ALEXANDER VICENTE DA SILVA


CAROLINE TEIDER KRAINSKI
JOÃO PEDRO BORGES FERREIRA
VANESSA ROSA

PRODUÇÃO DE ÁCIDO BENZOICO PELA OXIDAÇÃO DO TOLUENO

CURITIBA
2020
ALEXANDER VICENTE DA SILVA
CAROLINE TEIDER KRAINSKI
JOÃO PEDRO BORGES FERREIRA
VANESSA ROSA

PRODUÇÃO DE ÁCIDO BENZÓICO PELA OXIDAÇÃO DO TOLUENO

Projeto apresentado na disciplina de


Fundamentos de Projeto no curso de
Graduação em Engenharia Química
da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná como forma parcial de
avaliação para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Química.

Orientadores: Prof. Álvaro Cesar


Camargo do Amarante
Prof. Nara Maria
Patias

Curitiba, novembro de 2020


AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaríamos de agradecer a Deus pela determinação que


nos deu para não desistirmos diante deste trabalho. Aos nossos familiares, pais,
irmãos, namorados, filhos e amigos, que estiveram conosco durante todo este
tempo de desafios e dedicação, por entenderem as ausências e dar-nos todo o
apoio necessário nesta caminhada.
Aos professores do Curso de Engenharia Química da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná e a todos os professores que passaram por
nossas vidas, pelos ensinamentos, conselhos e paciência, pois sem isso jamais
poderíamos ter chegado tão longe. Em especial, agradecemos ao professor
Álvaro do Amarante que nos orientou durante este trabalho, pela atenção e
dedicação.
À professora Nara Patias, que sempre acreditou em nossa competência,
nos desafiou e exigiu que déssemos nosso melhor, somos gratos por toda a
paciência e atenção.
Enfim, somos gratos a todos que de alguma forma nos ajudaram e
participaram, de maneira direta ou indireta para que este projeto fosse concluído.
RESUMO

O ácido benzoico é um importante composto da indústria química obtido


exclusivamente pela oxidação do tolueno. No Brasil existe somente um produtor
nacional, o que faz com que o mercado deste produto suscetível à expansão. O
projeto é uma proposta de instalação de uma planta de produção de ácido
benzoico na cidade de Itu, no estado de São Paulo, com capacidade de produção
de noventa e oito mil toneladas ao ano. Este trabalho contempla a análise de
mercado geral, construção de um projeto industrial que inclui fluxogramas de
processo, estudo da reação, plano diretor, layout, dimensionamento das
operações unitárias e análise de viabilidade econômica. O estudo econômico
permitiu verificar a inviabilidade do projeto, devido aos altos custos para a
produção, porém, uma análise de sensibilidade econômica mostrou que em
condições específicas de custos de matéria-prima e preço de venda, o projeto
pode alcançar uma viabilidade considerável.
Palavras-chave: Ácido benzoico, Tolueno, Oxidação.
ABSTRACT

Benzoic acid is an important compound in the chemical industry included


exclusively by the oxidation of toluene. In Brazil there is only one national
producer, which makes the market for this product susceptible to expansion. The
project is a proposal to install a benzoic acid production plant in the city of Itu, in
the state of São Paulo, with a production capacity of ninety-eight thousand tons
per year. This work includes an analysis of the general market, construction of an
industrial project that includes process flowcharts, reaction study, master plan,
layout, dimensioning of unit operations and economic feasibility analysis. The
economic study value verifying the infeasibility of the project, due to the high
sensitivity costs for the production, however, an economic sensitivity analysis that
appears in the specific conditions of raw material cost and sales price, the project
can reach an adjusted viability.
Keywords: Benzoic acid, Toluene, Oxidation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS

% Porcentagem
ANP Agência Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
B Vazão de fundo da destilação
BFD Diagrama de blocos
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BTX Mistura: Benzeno, tolueno e xileno
CEPCI Índices de Custo de Plantas Químicas
Cfb Clima oceânico temperado com Verão temperado
D Vazão de topo da destilação
DL50 Dose letal 50%
DNPM Departamento de Produção Mineral
E Eficiência
EUA Estados Unidos da América
EPI’s Equipamentos de Proteção Individual
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FLV Fator de fluxo de líquido-vapor
Ft pés
h hora
H Altura
HK componente chave pesada
HP horse-power
KWh Quilowatt-hora
L Largura
JECFA Comitê Conjunto FAO/OMS de Peritos em Aditivos Alimentares
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração. Informações e Análises da
Economia Mineral Brasileira
IDA Ingestão diária aceitável
IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry
ISS Imposto sobre Serviços
J Eficiência de solda
Kg Quilograma
Lb libras
LME Metais de Londres
LK componente chave leve
m² metro quadrado
m³ metro cúbico
Nmín Número mínimo de estágios
N Número de estágios
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul
MME Ministério de Mineração e Energia
P&ID Fluxograma de process
PIB Produto Interno Bruto
PFD Fluxograma de instrumentação e tubulação
PVC Policloreto de vinila
Q vazão
RH Recursos Humanos
R$ Real brasileiro
Rmín Razão de refluxo mínimo
Rop Razão de refluxo de operação
SAC Sistema de Amortização Constante
TI Tecnologia da Informação
TDI Diisocianato de Tolueno
Ton Tonelada
TSCA Toxic Substances Control Act
US$ Dólar americano
USGS United States Geolofical Survey
V volume
W Massa
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 22

1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 22


1.1.1 Objetivos Específicos .......................................................................... 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 24

2.1 ÁCIDO BENZOICO .................................................................................... 24


2.1.1 Aplicações do Ácido Benzoico ........................................................... 25
2.1.2 Toxicidade ............................................................................................ 25
2.2 TOLUENO .................................................................................................. 26
2.2.1 Obtenção............................................................................................... 28
2.2.2 Toxicidade ............................................................................................ 28
2.3 CATALISADOR .......................................................................................... 29
2.3.1 Cobalto .................................................................................................. 29
2.3.1.1 Acetato de Cobalto............................................................................... 30
2.4 ROTAS DE PRODUÇÃO DO ÁCIDO BENZOICO ................................... 30
2.4.1 Catalisadores de cobalto ..................................................................... 30
2.4.2 Catalisadores de manganês ................................................................ 31
2.4.3 Reações de obtenção de Ácido Benzoico ......................................... 31
2.4.3.1 Reação de Benzeno com Cloreto de Metanoíla ................................... 31
2.4.3.2 Carbonatação do Bromobenzeno ........................................................ 32
2.4.3.3 Acidificação de Benzoato de Sódio ...................................................... 32
2.4.4 Justificativa da rota adotada ............................................................... 32
3 ANÁLISE DE MERCADO ............................................................................ 34

3.1 ÁCIDO BENZOICO .................................................................................... 34


3.1.1 Mercado Internacional ......................................................................... 35
3.1.2 Mercado Nacional ................................................................................ 37
3.2 TOLUENO .................................................................................................. 37
3.2.1 Mercado Internacional ......................................................................... 38
3.2.2 Mercado Nacional ................................................................................ 38
3.3 ACETATO DE COBALTO .......................................................................... 39
3.3.1 Mercado Internacional ......................................................................... 40
3.3.2 Mercado Nacional ................................................................................ 40
3.4 CAPACIDADE PRODUTIVA DA PLANTA ................................................. 42
3.5 JORNADA DE TRABALHO ........................................................................ 43
4 LOCALIZAÇÃO DA PLANTA ...................................................................... 44

5 DESCRIÇÃO DO PROCESSO .................................................................... 48

6 BALANÇO DE MASSA E BALANÇO DE ENERGIA .................................. 52

6.1 TANQUE (TQ-101) ..................................................................................... 52


6.1.1 Balanço de massa (TQ-101) ................................................................ 53
6.1.2 Balanço de energia (TQ-101) ............................................................... 53
6.2 MISTURADOR (M-101).............................................................................. 54
6.2.1 Balanço de massa (M-101) .................................................................. 54
6.2.2 Balanço de energia (M-101) ................................................................. 54
6.3 REATOR (R-101) ....................................................................................... 55
6.3.1 Balanço de massa (R-101) ................................................................... 55
6.3.2 Cinética (R-101) .................................................................................... 56
6.3.3 Balanço de energia (R-101) ................................................................. 63
6.4 VASO FLASH (VF-101).............................................................................. 63
6.4.1 Balanço de massa (VF-101) ................................................................. 64
6.4.2 Balanço de energia (VF-101) ............................................................... 65
6.5 CENTRÍFUGA (CT-101)............................................................................. 65
6.5.1 Balanço de massa (CT-101)................................................................. 65
6.5.2 Balanço de energia (CT-101) ............................................................... 66
6.6 COLUNA DE DESTILAÇÃO (CD-101) ....................................................... 66
6.6.1 Balanço de massa (CD-101) ................................................................ 67
6.6.2 Balanço de energia (CD-101)............................................................... 67
6.7 CRISTALIZADOR (CR-101) ....................................................................... 69
6.7.1 Balanço de massa (CR-101) ................................................................ 69
6.7.2 Balanço de energia (CR-101)............................................................... 70
6.8 FILTRO (F-101) .......................................................................................... 70
6.8.1 Balanço de massa (F-101) ................................................................... 71
6.8.2 Balanço de energia (F-101).................................................................. 71
6.9 DISSOLUTOR (DS-101)............................................................................. 71
6.9.1 Balanço de massa (DS-101) ................................................................ 72
6.9.2 Balanço de energia (DS-101) ............................................................... 72
6.10 CRISTALIZADOR (CR-102).......................................................... 73
6.10.1 Balanço de massa (CR-102) ................................................................ 73
6.10.2 Balanço de energia (CR-102)............................................................... 73
6.11 FILTRO (F-102)............................................................................. 74
6.11.1 Balanço de massa (F-102) ................................................................... 74
6.11.2 Balanço de energia (F-102).................................................................. 75
6.12 SECADOR (SE-101) ..................................................................... 75
6.12.1 Balanço de massa (SE-101)................................................................. 75
6.12.2 Balanço de energia (SE-101) ............................................................... 76
APÊNDICE V - PFD .............................................................................................
1 INTRODUÇÃO

Apesar de uma parte da produção de Ácido Benzoico ter como destino a


obtenção de benzoato de sódio para a produção de conservantes alimentícios, grande
parte é utilizada para a utilização como matéria prima na produção de plastificantes
de resinas de impregnação. A indústria farmacêutica e cosmética também tem
ampliado seu uso como produto final, esse será um de nossos focos de
comercialização. Nosso produto também será destinado como matéria prima na
produção de fenol, caprolactama e plastificantes.
Atualmente no Brasil, a importação de Ácido Benzoico supera
significativamente sua exportação, já que o país conta com apenas um produtor
nacional. Esse fator traz expectativas positivas quanto à expansão deste mercado
com o projeto de instalação de uma unidade de produção que seja viável tanto do
ponto de vista econômico quanto técnico e ambiental.
Neste trabalho é apresentada uma proposta de projeto de uma unidade de
produção de Ácido Benzoico a partir da oxidação do tolueno, na cidade de Itu, situada
no estado de São Paulo, que supra as necessidades do país reduzindo custos de
importação e atenda uma demanda internacional de grande consumo, com foco na
exportação para os Estados Unidos. A capacidade de produção de Ácido Benzoico
será de 98 mil toneladas por ano.

1.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar um projeto industrial para a produção de Ácido Benzoico a partir da


oxidação do tolueno.

1.1.1 Objetivos Específicos

• Elaborar uma revisão bibliográfica sobre o tema;


• Apresentar informações referentes ao produto e às matérias primas,
como aplicações, propriedades físico-químicas e toxicologia;
• Analisar as rotas de produção existentes e justificar a escolha da rota
adotada;
• Analisar o mercado nacional e mundial do produto;
• Estabelecer a capacidade da unidade industrial;
• Definir a localização da planta;
• Descrever o processo e apresentar os diagramas de blocos e de fluxo
do processo (PFD);
• Descrever os equipamentos utilizados no processo;
• Realizar os balanços de massa e energia e estudo cinético;
• Efetuar o dimensionamento de equipamentos;
• Realizar o projeto de instrumentação e controle do processo;
• Mostrar as utilidades, tubulações e as tancagens do projeto da planta;
• Elaborar o layout e o plano diretor do projeto;
• Realizar uma análise ambiental;
• Efetuar a análise de viabilidade econômica do projeto;
• Expor as considerações finais sobre o projeto.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ÁCIDO BENZOICO

O Ácido Benzoico é um composto pertencente ao grupo dos ácidos


carboxílicos, é o ácido carboxílico aromático mais simples existente. De acordo com
sua fórmula estrutural, C7H6O2, seu nome, segundo a União Internacional de Química
Pura e Aplicada (IUPAC), é Ácido Benzeno carboxílico ou Ácido Benzoico.
Usualmente também é conhecido como Ácido Fenil Fórmico, Ácido Dracílico ou
Carboxi Benzeno e pode ser encontrado naturalmente em maçãs, uvas, extratos de
amoras silvestres, tomates frescos, alguns tipos de cogumelos, queijos, iogurte,
cerveja, vinhos entre outros (OLIVEIRA e REIS, 2017). A Tabela 1 apresenta as
propriedades físico químicas do Ácido Benzoico.

Tabela 1 - Propriedades físico químicas do Ácido Benzoico


Propriedades físico químicas do Ácido Benzoico
Aparência Flocos brancos de odor típico
pH a 20°C 3,1
Ponto de ebulição 249ºC
Ponto de fusão 122°C
Ponto de fulgor 121°C
Temperatura de autoignição 674°C
Massa específica 700 kg/m³
Solubilidade em água 2,9 g/L em água, a 25°C
Pressão de vapor 0,001 hPa em 20 °C 1,3 hPa em 96 °C
Densidade relativa do vapor 4,21
Viscosidade 1,26 Cp
Fonte: Adaptado de Kalium, 2010.

Segundo Ullmann (1985), o Ácido Benzoico, encontrado naturalmente na


árvore Benjoeiro característica da região entre Bahia e Minas Gerais, pode chegar a
15m de altura, possui folhas alternas e flores brancas. Foi descoberto em 1608 por
Blaise de Vigenere, um criptografo e diplomata francês, mais conhecido por descrever
uma cifra autokey que ficou conhecida como cifra de Vigenere. Porém foi Carl Wilhelm
Scheele, um farmacêutico alemão membro da Academia Real de Ciências da Suécia,
quem publicou seu método de obtenção em 1755 através da resina dessa árvore e
descobriu também a obtenção através da urina de bois e cavalos. A urina dos animais
herbívoros contém Ácido Hipúrico (C9H9NO3), que é decomposto em glicina e Ácido
Benzoico através da putrefação ou ao se ferver a urina com ácido ou base. A
purificação é realizada pela adição de cloreto de cálcio e cristalização.
Sua composição só foi definida em 1832 pelos químicos alemães Justus von
Liebig e Friedrich Wöhler. Hoje em dia é pouco produzido o ácido através da resina
do Benjoeiro, a maior parte é obtida industrialmente pela oxidação do tolueno. Seu
uso como conservante foi descoberto por Hugo Fleck, médico e microbiologista
polonês, em 1875. Mas sua utilização com esse propósito só foi possível após
descoberta sua síntese em escala industrial no início do século XX, quando seu uso
passou a ser possível na conservação de alimentos, cosméticos e medicamentos
(ULLMANN, 1985).

2.1.1 Aplicações do Ácido Benzoico

O Ácido Benzoico é muito utilizado industrialmente, além de sua utilização


como conservante na área de alimentos, cosméticos e fármacos, sua aplicação
também se dá na fabricação do fenol; da caprolactama que é um composto
intermediário na fabricação do nylon; do benzoato de sódio, através da reação de
neutralização com sua respectiva base, comumente utilizado hidróxido de sódio ou
potássio, o benzoato também é muito utilizado como conservante alimentício. É
utilizado para produção de ésteres como os dibenzoatos glicólicos para fabricação de
plastificantes (OLIVEIRA; REIS, 2017).
Ele é um ácido comum de ser encontrado em laboratórios químicos. Por esse
e outros motivos é muito utilizado em sínteses e em reações de substituição
eletrofílica, esse composto funciona como retirador de elétrons. Pode ser utilizado na
reação de outros ácidos, como na reação de nitração; a ser reagido com álcool forma
ésteres. É um produto intermediário em vários processos de fármacos (OLIVEIRA;
REIS, 2017).

2.1.2 Toxicidade

Segundo o Chemical book (2019), sua toxicidade é:


• DL50 por via oral no coelho: 1700 mg / kg.
• DL50 dérmico Coelho> 5000 mg / kg.
DL50 é a abreviação de dose letal 50% ou dose letal média e expressa o grau
de toxicidade de uma substância química. O 50% significa que essa quantidade mata
metade dos animais utilizados em um experimento. É registrado no TSCA (A Lei de
Controle de Substâncias Tóxicas) que é um inventário de substâncias químicas
tóxicas dos Estados Unidos da América. As declarações de perigo estão classificadas
de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 - Declarações de perigo do Ácido Benzoico


Código Declaração de perigo Categoria
H302 Perigoso se ingerido Categoria 4
H315 Causa irritação na pele Categoria 2
H318 Causa danos oculares graves Categoria 1
H319 Causa irritação ocular grave Categoria 2A
H335 Pode causar irritação respiratória Categoria 3
H351 Suspeita de causar câncer Categoria 2
Causa danos aos órgãos por prolongamento ou
H372 Categoria 1
exposição repetida
Pode causar danos aos órgãos através de exposição
H373 Categoria 2
prolongada ou repetida
Fonte: Adaptado Chemical book, 2019.

Segundo Wibbertmann et al (2000), o Ácido Benzoico tem uma toxicidade baixa


nos seres humanos, pode causar irritação na pele e nos olhos e, em algumas pessoas
pode causar reações alérgicas como urticárias e ataques de asma, porém em seus
estudos não foram encontrados indícios de efeitos sensibilizantes. Por absorção oral
ele é naturalmente digerido pelo sistema digestivo e metabolizado pelo fígado por
conjugação com glicina, resultando em ácido hipúrico, substância excretada pela
urina. Por ser facilmente assimilado não ocorre acúmulo dele no organismo. Devido a
esses fatos há um limite de ingestão do ácido benzoico de 5 mg/peso corporal
(WIBBERTMANN et al., 2005).

2.2 TOLUENO

O tolueno, matéria prima para a produção de Ácido Benzoico, é encontrado


naturalmente em algumas jazidas de extração de petróleo, sendo obtido através de
sua separação. Alguns locais onde é possível se obter tolueno, a partir do Petróleo,
são Índia, Rússia, Pensilvânia, Califórnia, entre outros. Foi descoberto por Pierre-
Joseph Pelletier e P. Walter, químicos e farmacêuticos franceses, em 1837 como
produto do condensado da destilação do gás de iluminação e chamaram de refinafta.
Outra descoberta em sua forma natural foi na árvore de Tolu na forma de resina, por
Henri-Étienne Sainte-Claire Deville, pesquisadora química, também francesa, que
inventou o primeiro processo econômico para a produção de alumínio. Em 1840, ela
descobriu um composto que denominou de metilbenzeno, o qual é seu nome original.
(ULLMANN, 1985).
Classificado como hidrocarboneto aromático, seu nome segundo a União
Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) é metilbenzeno, mas pode ser
encontrado também como fenilmetano ou toluol. É um derivado do benzeno e pode
conter até 0,01% desse produto em condições puras. Comercialmente é encontrado
até 25% de benzeno. Material volátil, produz vapor irritante e inflamável, causa danos
à saúde e comportamentais se ingerido ou inalado. Seu principal uso tem sido como
matéria prima industrial, utilizado como solvente, na fabricação de tintas, diluentes,
vernizes, lacas, adesivos e borracha e em alguns processos de impressão e
curtimento de couro, além da fabricação de Ácido Benzoico, fenol, caprolactama,
nitrobenzeno e cloreto de benzila. Ele também é acrescentado à gasolina com o
propósito de agir como impulsionador de octanagem, a octanagem é o índice que
mede o poder de ignição do combustível. É adicionado misturado ao benzeno e xileno
que juntos compõem a mistura BTX. BTX é a sigla para a composição de
hidrocarbonetos benzênicos: benzeno, tolueno e xileno, essas substâncias químicas
apresentam índices de octanagem elevados, constituindo uma fração importante
da gasolina. Os BTX são também compostos de base para a química orgânica
(CETESB, 2017).
A Tabela 2 apresenta as propriedades físico químicas do Tolueno.

Tabela 2 - Propriedades físico químicas do Tolueno


Propriedades físico químicas do Tolueno
Aparência Líquido incolor com odor aromático
Ponto de ebulição 111°C
Ponto de fusão -95°C
Ponto de fulgor 4,4°C
Temperatura de autoignição 480°C
Massa específica 866 kg/m3
Solubilidade em água 0,5 g/L
Pressão de vapor 3,8 kPa a 25°C
Densidade relativa do vapor 3,2
Viscosidade 1,165 cP
Fonte: Adaptado Chemical book, 2019.

2.2.1 Obtenção

Sua principal produção se dá via reforma catalítica da nafta proveniente do


petróleo. Para obter o tolueno, é necessário que a faixa de destilação esteja entre
65°C e 150°C. Esse procedimento é utilizado para obtenção do tolueno na mistura
BTX, explicada no item 2.2, utilizada na gasolina, 72% da produção é realizada dessa
maneira. Outro método de produção é pela desidrogenação catalítica do n-heptano
com catalisador de óxido de crômio (MELO, 2015).

2.2.2 Toxicidade

O tolueno é capaz de causar danos ao sistema nervoso central ao ser inalado.


Essa substância está presente nas colas de sapateiro, que é utilizada por
dependentes químicos, pois pode levar a dependência. Quando há exposição em
baixas concentrações pode ocasionar sonolência, confusão mental, fraqueza, perda
de memória, náusea e perda de apetite, o efeito cessa após o fim da exposição à
substância. O uso frequente pode provocar dificuldades duradouras na função
intelectual, dificuldades de coordenação e perda de audição, a utilização prolongada
acarreta irritação nas vias aéreas, garganta e olhos (CETESB, 2017).
Em usuários de “cola de sapateiro” os danos são mais graves, há chances de
ocorrer perda de consciência, coma, danos cerebrais permanentes, problemas de
coração, rim, fígado e até morte. Em usuárias grávidas foi observado defeitos de
nascimento, infertilidade e riscos de aborto (PUBCHEM, 2018). As declarações de
perigo estão apresentadas no Quadro 2

Quadro 2 - Declarações de perigo do Tolueno


Código Declaração de perigo Categoria
H225 Líquido e vapor altamente inflamáveis Categoria 2
H304 Pode ser fatal se ingerido e entrar nas vias aéreas Categoria 1
H315 Causa irritação na pele Categoria 2
H302 Perigoso se ingerido Categoria 4
H333 Pode ser prejudicial se inalado Categoria 5
H336 Pode causar sonolência ou tontura. Categoria 3
H361 Suspeita-se de danificar o feto Categoria 2
H373 Pode causar danos aos órgãos através de exposição Categoria 2
prolongada ou repetida
Fonte: Adaptado Chemical book, 2019.

2.3 CATALISADOR

Catalisadores são substâncias que aceleram a reação, eles diminuem a energia


de ativação necessária. Isso é possível através de um novo caminho reacional para
se atingir o equilíbrio químico (SILVA, 2011).
Em reações de oxirredução os óxidos de cobalto e manganês são comumente
os mais usados. Ambos possuem um estado de oxidação variável o que proporciona
uma melhor troca de elétrons entre os cátions formados (MEIRA e VIEIRA, 2016).
Para a produção de Ácido Benzoico pela oxidação do tolueno será utilizado o
acetato de cobalto, sua escolha se deve a fatores que serão explicados nos itens 2.4
e 3.3.

2.3.1 Cobalto

O cobalto é um metal que teve seu uso inicial como pigmento para vidros e
cerâmicas, suas propriedades físicas e mecânicas são variáveis de acordo com o
processo em que ele é transformado após sua extração. Ele é encontrado na natureza
disperso em pequenas quantidades, junto a outros metais e minérios, em rochas,
plantas e solo, pode ainda ser encontrado em nódulos marinhos junto ao manganês.
(ULLMANN, 1985)
De acordo com Ullman (1985), o cobalto tem um amplo uso como catalisador,
é eficaz em inúmeras reações dos mais variados processo. Este vasto uso se deve a
sua facilidade em formar complexos e mais ainda a variedade de ligantes nesses
complexos. As reações de oxidação e fase líquida seguem mecanismos de cadeias
de radicais clássicos, dessa forma evitando a formação de reações indesejadas. Os
sais de cobalto têm grande potencial em sistemas catalíticos homogêneos e são
usados na oxidação do tolueno para ácido benzoico.

2.3.1.1 Acetato de Cobalto

O acetato de cobalto Acetato de cobalto (II) é um cristalino rosa malva e é


preparado concentrando soluções de hidróxido de cobalto ou carbonato em ácido
acético. O composto é solúvel em água, álcoois, ácidos inorgânicos e orgânicos,
incluindo ácido acético. É usado na fabricação de agentes de secagem para tintas e
vernizes, catalisadores, e pigmentos, bem como na anodização e indústrias agrícolas.
Suas propriedades apresentam-se na Tabela 3.

Tabela 3 - Propridades físico química do acetato de cobalto


Propriedades físico químicas do Tolueno
Aparência Solido vermelho com odor de ácido acético
Ponto de fusão 140°C
Massa específica 850 kg/m3
Solubilidade em água 348 g/L
Fonte: Adaptado Merck, 2020.

2.4 ROTAS DE PRODUÇÃO DO ÁCIDO BENZOICO

O Ácido Benzoico é produzido industrialmente exclusivamente pela rota de


oxidação do tolueno em fase líquida (WIBBERTMANN et al, 2000). Neste processo,
que ocorre basicamente conforme a Equação 1, o Tolueno é oxidado na presença de
um catalisador metálico, resultando no Ácido Benzoico (COSTA et al, 2003). A
diferença entre os processos da rota industrial se deve ao tipo de catalisador utilizado
e se ocorre ou não na presença de um solvente, esses fatores definem quais serão
os subprodutos, conversões e as condições operacionais ótimas do processo.

!"#"$%&"'or
!7,8 + 1,5O2 → !7,6 O2 + ,2O Equação 1

2.4.1 Catalisadores de cobalto

Para a catálise da reação de oxidação do tolueno os sais de cobalto são uns


dos mais utilizados. Naftenato, acetato e estearato de cobalto são alguns dos
possíveis catalisadores, que ocorrem em condições de operação semelhantes, de 140
a 160 ºC e de 2 a 4 atm. A conversão alcançada com a utilização deste metal
catalisador, sem a consideração de reciclos, é cerca de 50% (ULLMANN, 1985, GIZLI,
2008).
A utilização do estearato de cobalto está vinculada inicialmente à uma
preparação do catalisador a partir da reação entre o hidróxido de cobalto e o ácido
esteárico, conforme a Equação 2, a uma temperatura de 230 ºC, assim que a água
presente na mistura evapora, tem-se um catalisador sólido, que deve ser peneirado
para sua utilização. Esse catalisador deve ser diluído no tolueno antes de entrar no
reator.
!o(OH)2 + 2!17,35!OO, → !o(!17,35!OO,)2 + 2,2O Equação 2.

2.4.2 Catalisadores de manganês

Os catalisadores de manganês também podem ser utilizados na oxidação do


tolueno, segundo Ullmann (1985) eles agem como os sais de cobalto, porém são
menos eficazes para este processo.

2.4.3 Reações de obtenção de Ácido Benzoico

Além da oxidação do tolueno, outras reações também podem obter como


produto o Ácido Benzoico, estas rotas são apresentadas na sequência.

2.4.3.1 Reação de Benzeno com Cloreto de Metanoíla

A partir desta rota de produção, inicialmente obtém-se o benzaldeído e o ácido


clorídrico, que é formado a partir da adição de um catalisador, cloreto de cobre ou de
alumínio, mostrado na Equação 3 (ALVES et al., 2015).

!6,6 + ,!!$ → !6,6O + HCl Equação 3

Posteriormente ocorre a oxidação do benzaldeído, originando o ácido benzoico


e água como produtos, conforme a Equação 4 (ALVES et al., 2015).
!6,5!,O + 3O → !6,5!OOH + ,2O Equação 4.

2.4.3.2 Carbonatação do Bromobenzeno

Este processo parte da carbonatação do brometo de fenilmagnésio, que é


mostrada na Equação 5 e posterior conversão do Bromobenzeno em Ácido Benzoico
e Cloreto de brometo de magnésio, formado na Equação (ALVES et al., 2015).

!6,5<=>? + !O2 → !6,5!O2<=>? Equação 5.


!6,5<=>? + ,!$ → !6,5!OOH + <=>?!$ Equação 6.

2.4.3.3 Acidificação de Benzoato de Sódio

Como um ácido mineral possui maior acidez que um ácido carboxílico, ao reagir
ácido sulfúrico e benzoato de sódio, forma-se um ácido carboxílico que corresponde
ao sal, o ácido benzoico, o processo é mostrado na Equação 7, que tem também como
produto o bissulfato de sódio (COSTA et al, 2003).

!6,5!O2@" + ,2AO4 ↔ !6,5!OOH + NaHSO4 Equação 7.

2.4.4 Justificativa da rota adotada

A oxidação catalítica é uma tecnologia muito importante tanto industrialmente,


quanto economicamente (ILYAS, SADIQ, 2015). Atualmente, a produção de Ácido
Benzoico via oxidação do tolueno pode utilizar catalisadores de cobalto ou manganês
em solução aquosa, solventes como o ácido acético e promotores de brometo. Esse
processo alcança alta conversão, mas o uso de solventes e promotores dificulta a
separação e recuperação do catalisador, aumentam a corrosão nos equipamentos e
produzem resíduos ácidos (LI et al, 2006). Outros fatores negativos deste processo
são o custo e a preocupação com a segurança dos equipamentos, e a quantidade de
energia necessária para a operação (ILYAS, SADIQ, 2015).
A utilização de catalisadores sem o uso de solventes, minimiza a dificuldade
de separação do catalisador e os riscos de corrosão nos equipamentos (LI et al, 2006).
No Quadro 3, são mostradas as vantagens e desvantagens dos processos de
oxidação do tolueno com e sem a utilização de solventes.

Quadro 3 – Vantagens e desvantagens dos processos para obtenção do Ácido Benzoico pela
oxidação do tolueno
Processo Vantagens Desvantagens
• Facilidade de
operação¹;
Livre de
• Processo ecológico¹; • Menor conversão².
Solventes
• Minimiza corrosão dos
equipamentos¹.
• Corrosão e alto custo de
equipamentos²;
Com
• Alta conversão¹. • Dificuldade de separação¹;
Solventes
• Necessita de grande
quantidade de energia².
Fonte: Adaptado de LI et al, 2006¹; ILYAS, SADIQ, 2015².

A rota de produção definida é pela oxidação do tolueno, que além de ser a rota
exclusiva utilizada atualmente na indústria, é a forma mais barata e eficiente de
produção do Ácido Benzoico, devido ao fato de utilizar matérias-primas baratas, que
são o tolueno e o ar, e ter um bom rendimento (ALVES et al., 2015).
Ao analisar o tipo de oxidação catalítica, optou-se pela rota isenta de solventes,
pois apesar de apresentar menor conversão, apresenta maior facilidade de operação
e menor risco de corrosão em equipamentos, o que diminui os custos com
manutenção (OLIVEIRA, 2017).
As rotas que obtém o Ácido Benzoico via outros tipos de reações são inviáveis
industrialmente, pois utilizam matérias-primas tóxicas, como o benzeno e seus
derivados (BRASKEM, 2017), possuem muitos subprodutos e não possuem dados
disponíveis sobre conversão, condições operacionais e rendimento.
Em relação ao catalisador, o escolhido é o acetato de cobalto, pois como todos
os catalisadores derivados deste metal, apresentam as condições operacionais
compatíveis com o processo em geral, não necessita de prévia preparação para
utilização e possui grande disponibilidade no mercado, o que será detalhado no item
3.
3 ANÁLISE DE MERCADO

3.1 ÁCIDO BENZOICO

O Ácido Benzoico é um dos principais ácidos carboxílicos utilizados na indústria


alimentícia. A aplicação deste produto vem aumentando devido ao crescimento
populacional e a necessidade de produzir manufaturas para suprir a alimentação
mundial. É um conservante muito utilizado em comidas e bebidas com características
ácidas, pois além de conservar auxilia no controle de pH, porém seus níveis devem
ser controlados pela empresa segundo normativas que determinar a faixa de
concentração de conservantes em alimentos brasileiros.
Segundo JECFA (Comitê Conjunto FAO/OMS de Peritos em Aditivos
Alimentares) alguns alimentos não podem conter Ácido Benzoico devido a toxicidade
do produto, e a concentração vigente para bebidas é de 500 a 200 mg/L. A segurança
de uso de um produto aditivo é estabelecida pela ingestão diária aceitável (IDA) que
é a quantidade que pode ser consumida sem risco apreciável a saúde, expressa em
mg.kg de peso corporal, para o Ácido Benzoico estabeleceu-se 0,25 mg.kg-1. De
acordo com um analista da empresa Technavio, “Na APAC (região Ásia Pacífico) o
Ácido Benzoico é amplamente utilizado nas indústrias de alimentos e bebidas,
farmacêutica, adesiva e selante, de revestimento e química. Na região, o Ácido
benzoico e seus derivados são cruciais para a fabricação de plastificantes não ftalatos
usados em adesivos, selantes e revestimentos. Pesados investimentos na indústria
de construção pela China, Índia, Vietnã, Coréia do Sul e Japão influenciarão a
demanda por plastificantes não ftalatos à base de Ácido Benzoico nesses países”.
Na indústria química segue com considerável participação de mercado, tendo
aplicações ampliadas como solventes, adesivos, selantes. Tem tido um grande
avanço na área de plastificantes em substituição dos ftalatos por plastificantes não
ftalatos nas regiões da Europa e América do Norte. Estes são usados na indústria de
construção na forma de fios e cabos e revestimentos de pisos e paredes, porém, nos
últimos anos, pesquisas apontaram que plastificantes de ftalato causam graves danos
à saúde humana, resultando em câncer de mama, problemas de
neurodesenvolvimento, etc. Assim, há uma demanda crescente por plastificantes sem
ftalato.
Na indústria cosmética e farmacêutica o Ácido Benzoico é muito eficaz na
prevenção da infecção bacteriana, é usado como conservante antimicrobiano, agente
antifúngico e como lubrificante para comprimidos e cápsulas. o crescimento dessas
indústrias de uso final, tem impulsionado a demanda de ácido benzoico. No Brasil e
na União Europeia existem restrições de uso: para produtos enxaguáveis, exceto oral
care, de uma concentração máxima de 2,5%; produtos oral care com concentração
máxima de 1,7%; produtos não enxaguáveis concentração máxima 0,5%; proibido em
sistemas pulverizáveis (como aerossóis e sprays) quando a concentração for maior
que 0,5%. (MARKETSANDMARKETS, 2018)

3.1.1 Mercado Internacional

Em 2017, estima-se que 33% da produção de Ácido Benzoico foi destinado à


produção de benzoato de sódio, um conservante muito usual na indústria de bebidas,
alimentos, cosméticos e de higiene pessoal, além de ser aplicado na fabricação de
plastificantes de benzoato, resinas alquídicas, cloreto de benzoílo e ração animal.
Devido aumento da demanda de produtos manufaturados prevê-se que consumo
mundial de Ácido benzoico cresça a taxa anual de 5,5% durante período de 2017 a
2022 (IHS MARKET, 2017).
A China se destaca sendo o país que mais consome e produz ácido benzoico
como mostra o gráfico da Figura 1, posteriormente tem-se Europa Ocidental e América
do Norte. A taxa de consumo de ácido benzoico na Ásia aumentou significativamente
devido a alguns fatores, tais como crescimento na industrialização, urbanização e
melhoria da qualidade de vida, segurança alimentar e conveniência (IHS MARKET,
2017).
Figura 1 – Consumação global de Ácido Benzoico

Fonte: IHS Market, 2017.

Nos Estados unidos a capacidade produtiva segundo a The Chemical Company


é de 139 mil toneladas por ano. Dados de mercado dos EUA mostram um perfil de
importação e exportação conforme Figura 2 em que se percebe que não há quase
exportação e as importações são em média 2,5 milhões de dólares, resultando em
cerca de 137 mil toneladas por ano, que vêm a maior parte da Europa (DATAMYNE,
2020).
Figura 2 - Importação de ácido benzoico pelos EUA

Fonte: Datamyne, 2020.


Na região da Europa Ocidental e América do Norte questões reguladoras e
legislações ambientais mostraram a necessidade de substituir plastificantes de ftalato
em resinas e PVC por plastificantes de benzoato. Assim, o consumo mundial de Ácido
Benzoico para este fim, pode crescer 3,6 % por ano (IHS MARKET, 2017)
Estima-se que o consumo de Ácido Benzoico cresça de forma ampla a uma
taxa anual de 3% até o ano de 2018. Em 2016, obteve-se resultados estatísticos que
comprovaram sua vasta utilização, o valor no mercado global é de 3,03 trilhões de
dólares (OLIVEIRA, 2017).
Devido à inovação de políticas ambientais, a produção de resinas alquídicas
vem perdendo forças em países desenvolvidos mediantes emissões poluidoras de
compostos orgânicos voláteis, portanto os revestimentos alquídicos foram
substituídos por látex acrílico, uretanos, poliésteres como solução de revestimento.
Porém em países onde as regulamentações ambientais são mais flexíveis, é utilizado
fortemente pela China, Índia, Turquia e Brasil, cujos países estão em desenvolvimento
industrial emergente (IHS MARKET, 2017).
Entre as principais empresas que operam no mercado mundial de Ácido
Benzoico estão: Emerald Performance Materials (EUA); Wuhan Youji Industries Co.
(China); Tianjin Dongda Chemical Group (China). (MARKETSANDMARKETS,2018)

3.1.2 Mercado Nacional

Em relação à produção de Ácido Benzoico no Brasil, existe apenas uma


empresa localizada em Cubatão, sendo esta, a empresa Liquid Química S. A. ela é a
única produtora nacional. A produção fornecida é de 4400 toneladas de Ácido
Benzoico por ano (OLIVEIRA, 2017).

3.2 TOLUENO

O tolueno (C7H8) é amplamente usado na indústria na produção de diversos


compostos orgânicos, tais como: ácido benzoico, benzeno, para-xileno, cloreto de
benzila, caprolactama, fenol, Diisocianato de Tolueno (TDI), usado na fabricação de
espumas de poliuretano, entre outros. Outra aplicabilidade bem usual é como
solvente, geralmente usado em grandes quantidades em formulações de
revestimento, tintas, vernizes, adesivos e setor farmacêutico (ADELAIDE, 2007).
O principal uso químico do tolueno é na produção de benzeno e xilenos e
unidades aromáticas. A produção destes produtos abrange 50% do uso do tolueno,
os outros 40% são destinados a processos onde funciona como solvente e aplicado à
refinaria como booster de octanagem. Os outros 5% são referentes a fabricação de
usos químicos como o produto de interesse: o ácido benzoico (QUÍMICA E
DERIVADOS, 2016).

3.2.1 Mercado Internacional

Segundo Adelaide (2007), os principais produtores globais de tolueno em 2006


eram as empresas Basf, Bayer, BP, Dupont, Exxon Mobil, Mitsubishi Oil, Sumitomo.
Estima-se que até o ano de 2020, o consumo mundial de tolueno seja de
29,8 milhões de toneladas para suprir demandas de processos, além das inovações
produtivas como o processo de tintas (PELLICI, 2013). Segundo Pellici (2013), o Ácido
Benzoico é responsável por 1% da demanda mundial de tolueno, 19% para solventes,
20% gasolina, 0,2% de caprolactama, e sua maioria é voltada para fabricação de tintas
e adesivos.

3.2.2 Mercado Nacional

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgou


dados de capacidade de produção de tolueno no Brasil, 195 mil toneladas por ano são
processadas na Braskem, 78 mil pela Petrobras (RPBC) e 7 mil pela Unigel,
totalizando 280 mil toneladas por ano (BNDES, 2014).
A Agência Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgou informações perante volume
e produção. Os principais fornecedores presentes nesta divulgação: Braskem,
Petrobras, Refinaria Riograndense, Refinaria de Manguinhos, DaxOil e Univen (ANP,
2018).

Tabela 4 - Controle de venda e revenda em relação ao volume de produção de tolueno no Brasil


Agente Econômico Tolueno (kg/mês)
Brasken S.A 11450
Petrobras 106
Bandeirante Química S.A 814
Brenntag Química Brasil LTDA 268
Carbono Química 313
Hoenka Comercial LTDA 264
Petrobras Distribuidora 2375
Quantig Distribuidora 1379
Verquímica Industria e Comércio de Embalagens e 76
Produtos Químicos
Akzo Nobel LTDA 29
Amazonas Produto para Calçados 270
Anjo Química 389
Coim Brasil 29
Elekeiroz S.A 29
Farben S.A Indústria Química 420
FCC – Indústria Química 79
Tintas Iquim LTDA 79
Estoque Inicial 7105
Produção 19542
Exportação 125
Consumo Próprio 11556
Vendas para distribuidoras 5489
Vendas para consumidores industriais de solventes 1324
Estoque Final 8153
Fonte: Adaptado de ANP, 2018.

3.3 ACETATO DE COBALTO

O Cobalto é uma matéria com aplicação bastante vasta, nos dias de hoje, sua
aplicação têm-se renovado aumentando demandas de produção. Sua utilização é
altamente ligada à produção de diversos tipos de baterias, ferramentas de corte,
materiais magnéticos, catalisador petroquímico, produtos farmacêuticos, materiais de
esmalte e super ligas. Usado como liga, o Cobalto apresenta melhor resistência a altas
temperaturas e corrosão (HEIDER, 2018).
De acordo com a demanda 50% do cobalto produzido é voltado para baterias,
18% em super ligas, 8% metais pesados, 5% em materiais cerâmicos e 19% dentre
outras utilizações (HEIDER, 2008).
Há uma mensuração crescente de vendas de veículos elétricos a bateria,
produtos que estão chegando ao mercado para diminuir o impacto da queima dos
combustíveis fosseis e petroquímica, isso ocasionou uma procura maior pelo cobalto
aumentando o valor agregado do produto (HEIDER, 2018).
3.3.1 Mercado Internacional

Segundo dados do USGS (United States Geolofical Survey), a produção de


concentrado de Cobalto sofreu um aumento significativo de 16%. A produção mundial
foi de 120.000 toneladas, o maior produtor é a República Democrática do Congo, onde
está produção é destinada a China, maior refinador de Cobalto do mundo. O Brasil
minera e refina o minério, apesar da baixa porcentagem de participação de produção
global que pode ser observado na Tabela 5 (DNPM, 2014).

Tabela 5 - Reservas e produção mundial de Cobalto


Países Reservas (t) Produção (t) %
Brasil 77.500 3.500 2,9
República Democrática do Congo 3.400.000 57.000 47,5
Canadá 260.000 80.000 6,7
China 80.000 7.100 5,9
Rússia 250.000 6.700 5,6
Austrália 1.200.000 6.500 5,4
Zâmbia 270.000 5.200 4,3
Cuba 500.000 4.300 3,6
Nova Caledônia 200.000 3.300 2,8
Marrocos 18.000 2.100 1,8
Outros Países 1.100.000 16.300 13,6
TOTAL 7.200.000 1.200.000 100
Fonte: Adaptado de DNPM, 2014.

Na bolsa de Metais de Londres (LME), o cobalto sofreu um aumento no valor


no dia 21 de novembro de 2017 de US$ 60,5 mil para US$ 68 mil por toneladas, depois
acarretou uma queda US$ 65 mil, devido instabilidade no comércio mundial
(MINERAÇÃO, 2017).

3.3.2 Mercado Nacional

O Cobalto produzido no Brasil advém de três jazidas: localizadas nos


municípios de Niquelândia-GO, Americano do Brasil- GO e Fortaleza de Minas-MG.
Estas jazidas produziram 3.500 toneladas de cobalto no ano de 2013. No final do ano,
Fortaleza de Minas sofreu paralização da atividade extrativa, contudo o país começará
a produzir apenas cobalto metálico. A empresa Votorantim Metais é líder no mercado
brasileiro (DNMP, 2014).
A importação de Cobalto no Brasil obedece a pauta NCM 81052010, em 2013
descreve importação de 2.413 toneladas no ano de 2013, a origem do cobalto de
formas bruta pelos países: República Democrática do Congo (44%), Marrocos (22%),
Países Baixos (19%); Zâmbia (12%) e Bélgica (1%) (DNMP, 2014).
O cobalto pode ser utilizado como catalisador no processo de oxidação do
Ácido Benzoico a partir do acetato de cobalto. Apesar do custo de mercado ser
superior aos sais de mangânes, devido as características do cobalto como catalisador
torna-se mais vantajoso, pois é um material mais resistente a corrosão e suporta
grandes temperaturas e pressões (OLIVEIRA, 2017).
A exportação do Cobalto é restrita a pauta NCM 81052010 - Cobalto de Formas
Brutas, essa pauta apresenta exportação de 1.434 toneladas. O país que mais se
comprou cobalto brasileiro foi a Bélgica (58%), Estados Unidos (27%), Países Baixos
(11%), Japão (2%), e França (1%). As exportações geraram divisas de US$ 30
milhões, muito promissor perante os de anos 2011 (US$ 7.701) e 2012 (US$ 11.155)
(DNMP, 2014).
O fornecimento de acetato de cobalto será realizado pela Resimapi, indústria
de produtos químicos que fabrica este catalisador e está localizada no estado de São
Paulo (RESIMAPI).
3.4 CAPACIDADE PRODUTIVA DA PLANTA

Para se estimar a capacidade de produção da planta, analisou-se a quantidade


de importação e exportação no Brasil. As Figura 3 e Figura 4 mostram dados de
exportação e importação de Ácido Benzoico, respectivamente.

Figura 3 - Exportação de ácido benzoico no Brasil

Exportação do Ácido Benzóico


12 11

10

8
Toneladas

6
6 5
4 4
4

2 1 1
1 0
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano

Fonte: Adaptado de Comex, 2019.

Figura 4 - Importação do ácido benzóico

Importação do ácido benzóico


3900
3732 3678 3717 3684 3638
3700
3463 3459
3500
3224
Toneladas

3300

3100
2890
2900

2700

2500
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ano

Fonte: Adaptado de Comex, 2019.

O preço do Ácido Benzoico é muito variável de acordo com a aplicação


desejada. A sua maior aplicação é para o ramo de fenol com um valor entre US$
1,80/kg a US$ 3,00/kg. Considerando que em 2018 o Brasil importou mais de cinco
milhões de dólares do Ácido Benzoico, totalizando cerca de 3638 toneladas (COMEX,
2019) e a produtora nacional Liquid Química S. A. possui uma produção de 4400
toneladas de Ácido Benzoico por ano (OLIVEIRA, 2017), e com base nas projeções
de crescimento da demanda do produto para os próximos anos, disposta no item 3.1,
a planta industrial visará suprir a demanda de importação, produzindo 100% da
demanda obtida em 2018. Dados de uma das maiores fabricantes de ácido benzoico
do mundo, a Emerald Kalama Chemical, mostram a crescente demanda na fabricação
desse produto, em 2013 fizeram uma ampliação em sua capacidade produtiva em 75
mil toneladas por ano, e em 2016 finalizaram outra ampliação de 100 mil toneladas
por ano. Esta empresa é líder global na fabricação de ácido benzoico e seus derivados
para os mais diversos ramos, seu produto fornece qualidade e pureza de classe
mundial em aplicações de conservantes, protegendo a qualidade de alimentos,
bebidas, produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais. (EMERALD KALAMA
CHEMICAL, 2020)
Diante dessas informações, a capacidade incluirá o mercado de exportação,
principalmente para os EUA que possuem uma alta demanda de importação e
importam na sua maioria de países da Europa, visando conseguir 70% do total da sua
importação de 137 mil toneladas por ano, juntamente com a demanda de distribuição
nacional, sendo assim, aproximadamente 98 mil toneladas por ano de Ácido benzoico.

3.5 JORNADA DE TRABALHO

Para suprir a demanda de produção, a indústria irá operar nos três turnos, de
segunda a domingo, de modo que os dias trabalhados por ano sejam 350, sendo que
a programação é que no máximo 15 dias sejam destinados à manutenção de
equipamentos, limpezas ou ainda algum imprevisto.
De forma geral, a empresa será dividida entre cargos administrativos e de
operação. Colaboradores administrativos e gerência irão trabalhar 40 h semanais, das
8 h às 17 h de segunda a sexta-feira, tendo a possibilidade de realizar horas extras
aos sábados a fim de acumular horas para o banco de horas. Colaboradores de
operação irão trabalhar em turnos, sendo eles das 6 h às 14 h, das 14 h às 22 h e das
22 h às 6 h, sob escala programada.
4 LOCALIZAÇÃO DA PLANTA

A escolha do local para a localização da planta industrial é importante para que


se possa obter melhor aproveitamento dos recursos e assim minimizar custos com
transporte de matéria prima, alcançar a demanda de produção do produto a ser
fabricado e também facilitar a distribuição deste (PARAVIDINO et al. 2011).
Deve-se levar em consideração o custo da matéria prima, combustíveis,
energia elétrica, mão de obra operária, água, além de verificar a possibilidade de
lançamentos de resíduos industriais e poluição atmosférica (BUHRER, 1977).
De acordo com WIBBERTMANN et al. (2000), em um estudo de mercado na
Europa em 1988, constatou-se que o maior consumo de ácido benzoico foi para a
produção de fenol e caprolactama. A Figura 5 mostra as distribuições de consumo do
Ácido Benzoico na Europa.

Figura 5 - Consumo de ácido Benzoico na Europa

Consumo de Ácido Benzoico


2%
3%
5%

30%

60%

Fenol Caprolactama Benzoatos Cloreto de benzoíla Outros

Fonte: Adaptado de Wibbertmann et al, 2005.

Como a maior parte da produção se destina na produção de fenol,


caprolactama e plastificantes, a indústria de Ácido Benzoico se voltará para as
empresas desse ramo. O Quadro 4 mostra a localização das principais empresas que
irão se beneficiar da produção.

Quadro 4 - Empresas que consomem Ácido Benzoico


Empresa Produzem Localização Distancia (Km)
Rhodia Fenol Paulínia - SP 163
Basf Fenol São Paulo - SP 20
Inspec Ethylene Oxide
Fenol Araçariguama -SP 72
Specialities (INEOS)
BAYER Fenol Campinas -SP 130
General Electric Fenol São Paulo - SP 37
DuPont Caprolactama São Paulo - SP 45
Honeywell Caprolactama São Paulo - SP 43
Eastman Chemical Company Plastificantes Tenesse - EUA 178 (Porto)
Velsicol Chemical
Plastificantes Rosemont - EUA 178 (Porto)
Corporation
Innospec Active Chemicals Polímeros Colorado - EUA 178 (Porto)
Superior oil Company Plastificantes Indiana - EUA 178 (Porto)
Fonte: Oliveira,2015; Adaptado Datamyne, 2020.

Além disso, é necessário verificar a disponibilidade de matéria prima para a


produção de Ácido benzoico. O Quadro 5 apresenta as maiores produtoras de tolueno
e as suas localizações.
Quadro 5 - Fabricantes de tolueno
Empresa Localização Distância (Km)
Braskem São Paulo – SP 26
Petrobras Rio de Janeiro – RJ 466
UNIGEL São Paulo – SP 22
Fonte: ABIQUIM,2019.

Como a maior parte de disponibilidade de matéria prima na produção do ácido


e grande parte de seus consumidores estão no estado de São Paulo, a planta de Ácido
Benzoico será instalada no município de Itu na Vila Martins, no estado de São Paulo,
podendo ser acessada pela Rodovia Waldomiro Correa Camargo 2882, conhecida
também como Rodovia Itu - Sorocaba (Sp 075), com várias outras empresas
localizadas na região. Essa localização reúne diversos pontos favoráveis, ficando
próximo de fornecedores e de consumidores. O tamanho do terreno será de
aproximadamente 200.000 m2. (IMOVEL WEB, 2019)
A Figura 6 mostra a região onde será instalada a planta industrial de ácido
benzoico.
Figura 6 - Região escolhida para a planta industrial

Fonte: Imóvel Web, 2019.

De acordo com o site Imóvel Web, o valor médio do metro quadrado da região
de Itu está em de 220 reais, sendo assim, o gasto aproximado para a compra do
terreno será de 44 milhões de reais.
Segundo a prefeitura de Itu, o município possui um território de 642 m2 numa
altitude de 583 m e uma população estimada em 163.882 (IBGE/2013). Com setores
industrial e comercial amplamente desenvolvidos além de se destacar também como
Estância Turística e atrair visitantes durante o ano todo. O Clima é Tropical com
temperatura anual de 20°C sendo o verão quente e chuvoso, e o inverno frio e seco.
O bioma é de Mata Atlântica, seu relevo varia entre o planalto cristalino e o sedimentar.
Possui vestígios de cidade arqueozoica. Relevo de colina suave e nas regiões
limítrofes algumas altitudes. Banhada pelo Rio Tietê e alguns outros de menor
extensão como o Itaim Mirim, Itaim Guaçu e Braiaiá.
O salário médio mensal dos trabalhadores formais em 2018, de 2.9 salários
mínimos, e com um PIB per capita de 2017 de 44.504,91 reais.
Segundo Weather Spark “Em Itu, o verão é longo, morno, abafado, com
precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável e de céu quase
sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 30 °C e
raramente é inferior a 10 °C ou superior a 33 °C.” Com relação às chuvas, Itu possui
variação sazonal extrema na precipitação anual. A Figura 7 mostra a variação de
temperatura no decorrer de 2018 juntamente com a quantidade de precipitação da
chuva.
Figura 7 - Tabela de temperatura média, mínima e máxima juntamente com precipitação de chuva no
ano de 2018.

Fonte: Climate, 2019.

É interessante ainda destacar o gasto com energia elétrica nessa região, já que
o estado de São Paulo possui um gasto mensal de energia elétrica abaixo da média,
apresentando 417, 59 R$/MWh. A Figura 8 mostra a relação de gastos mensais com
energia elétrica nos estados brasileiros.
Figura 8- Médio do gasto mensal com energia elétrica no Brasil

Fonte: Climate, 2019.


5 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

A oxidação em fase líquida do tolueno com ar em um reator agitado contínuo


tornou-se a principal tecnologia na produção de ácido benzoico. O processo exige
grande controle instrumental na área da reação, pois sua reação é altamente
exotérmica, contudo, é primordial manter um controle de operação estável,
assegurando-se a qualidade do produto (HANGZHOU et.al, 2009).
A oxidação catalítica do tolueno com oxigênio pode ser convertida em produtos
como, álcool benzílico, benzaldeído e ácido benzoico, porém o uso do catalisador,
pressão, temperatura e tempo de reação certos, favorecem a seletividade total do
ácido benzoico. A oxidação de tolueno é feita na fase líquida com presença de
catalisadores homogêneos, em geral, este processo industrial é utilizado por
empresas multinacionais como: Rhodia, Dow e Snia-Biscosa, entre outras. A oxidação
de tolueno é feita na fase líquida com presença de catalisadores de metais pesados,
como: acetato de cobalto, octoato de cobalto, benzoato de cobalto, naftalato de
cobalto, acetato de manganês, octoato de manganês e também pode-se utilizar outros
metais (JIN et.al, 2008) e pode ser observada na Figura 9. Neste projeto foi escolhido
o catalisador acetato de cobalto conforme estudo de viabilidade econômica realizada
no item 3.
Figura 9 – Reação de formação de Ácido Benzoico

Fonte: Schoeters, 2017.

O processo se inicia com adição de tolueno (C7H8) fresco vindo da área de


tancagem, no tanque (TQ-101) ele se mistura a corrente 16, vinda do C-101 com o
reciclo do tolueno e pela corrente 1 é bombeado (B-101) até o misturador (M-101). No
M-101 há a entrada da corrente 16 proveniente do filtro F-101, com uma fração de
ácido benzoico (C6H5COOH), essa adição é realizada pois a presença de ácido
benzoico auxilia no período de indução e assim não é necessário a adição de agentes
promotores, como o brometo, para o início da reação. O catalisador acetato de
cobalto, pré dissolvido em tolueno, é introduzido ao misturador pela corrente 27, a
corrente de saída do M-101, C-02, é conduzida ao reator (R-101) com auxílio de uma
bomba centrífuga (B-102) em seguida passa por um trocador de calor (TC-101) para
aquecimento prévio da mistura. (OLIVEIRA, 2010)
O reator de oxidação R-101 opera em pressão de 4 bar, a uma temperatura de
158ºC, a síntese de oxidação reage muito rápida com a presença de O2, o tempo de
residência no reator é de 1,5h. O ar é inserido ao reator pela corrente 3 após ser
comprimido no compressor CP-101. (OLIVEIRA,2010).
A mistura reacional contendo água, ácido benzoico e demais reagentes não
convertidos, é removida do R - 101 pela corrente 4, passa pelo TC-106, por uma
válvula redutora de pressão (V–01) e segue para o vaso flash (VF – 101) onde há a
formação de vapor flash e a formação de um condensado a baixa pressão. A pressão
em que o vapor é produzido controla a temperatura do processo de maneira indireta,
já o controle de pressão é feito mecanicamente (PRADO et al, 2012).
O vapor flash gerado no topo do VF – 101 que contém água em estado gasoso
e gases inertes provenientes do ar, é enviado via corrente 5 para ETE, e o produto de
fundo, contendo ácido benzoico, tolueno e uma pequena quantidade de água líquida
é bombeado via B-103 pela corrente 6 e segue para o processo de separação do
catalisador na centrífuga CT-101.
Segundo Burney, Liao e Forest (1960), a recuperação de catalisador em uma
reação de oxidação é feita preferencialmente bombeando (B-106) pelo fundo do VF-
101 para centrífuga (CT-101). Para funcionamento ideal, a corrente de fundo deve
apresentar compostos aromáticos solúveis e a quantidade de solvente e a
temperatura de centrifugação precisa ser suficiente para proporcionar quantidade de
remoção desejada. A recuperação do catalisador é obtida pela corrente 8, o tempo de
separação deve ser de 1 a 20 minutos, a mistura reacional da corrente 7 se encaminha
para a destiladora (CD-101) por meio da bomba B-104. (BURNEY; LIAO; FOREST,
1960).
A CD – 101 é uma coluna de pratos que opera a 140 ºC. A coluna de destilação
possui um refervedor (TC – 102) que recircula o fluído na parte inferior da coluna. O
produto de fundo da coluna é o ácido benzoico e uma fração de tolueno, o primeiro
possui uma temperatura de ebulição de 249 ºC (MERCK, 2020) sendo o componente
menos volátil, os componentes são bombeados pela B-106 para o cristalizador (CR–
101) através da corrente 13.
Nos estágios seguintes da destilação ocorre a separação de tolueno e água,
com pontos de ebulição iguais a 110,6 ºC (MERCK, 2020) e 100°C respectivamente.
A água e o tolueno saem no topo, passando por um condensador (TC–103), e em
seguida pelo VR - 101 (vaso de refluxo), a corrente de água efluente se divide e parte
é bombeada de volta à coluna, o restante sai como produto de topo e segue para ETE
pela corrente 11 com auxílio da bomba B-105.
O ácido benzoico dissolvido em tolueno passa pelo trocador de calor (TC-104)
para atingir a temperatura de 48°C é transportado para o cristalizador de resfriamento
CR-101 que possui uma agitação interna para evitar o acúmulo dos cristais nas
paredes e agitar a solução auxiliando no transporte dos cristais formados, possui
também uma circulação forçada e um arrefecimento externo realizado por um trocador
de calor resfriado com água, a solução é resfriado a uma temperatura de 30 °C e
pressão atmosférica (ESPINEL, 2006). A suspensão que sai da corrente 14 com o
soluto cristalizado é bombeada pela bomba vácuo compressor de palhetas BV-101
para um filtro de tambor rotativo F-101 (OLIVEIRA, 2010). O tambor do filtro gira
devagar e continuamente enquanto ele realiza a filtragem do ácido benzoico utilizando
a corrente 21 que vem do F-102 para realização da lavagem da torta. Dentro do
tambor há lâminas que realizam a raspagem do filtrado com auxílio de ar comprimido
sendo soprado na tela filtrante, sempre deixando uma fina camada para não rasgar a
tela e não perder o vácuo formado por um ejetor de jato líquido (SPIRANDELI et al.,
2016). Uma válvula automática no centro do tambor ativa o ciclo de filtração, secagem,
lavagem e retirada da torta, o filtrado contendo tolueno e ácido sai pela corrente 16 e
vai para o misturador para reciclo no reator, a torta sai pela corrente 15, sendo
conduzida ao dissolutor DS-101 pela bomba por BV-102 (OLIVEIRA, 2010).
No DS-101, o bolo de ácido benzóico é redissolvido para que ocorra a
purificação dos cristais, é adicionado tolueno do tanque de tolueno (TQ-101) para
redissolver a solução através da corrente C25(OLIVEIRA, 2010). O tanque de
dissolução irá operar a uma temperatura de 121,7 °C sendo aquecido por uma camisa
até alcançar esta temperatura, ótima para se dissolver 100 kg de Ácido Benzoico em
100 litros de tolueno (CHIPMAN,1924).
Depois do DS-101, a solução é transferida pela corrente C18, passando através
do TC-105 para realização de uma segunda cristalização no CR-102 com a mesma
configuração do CR-101, porém este possui temperatura de entrada a 70 °C e é
resfriado a temperatura de 58°C e se mantém a pressão atmosférica. O precipitado é
bombeado pela bomba vácuo BV-103 de forma fluida para o sistema de filtração
rotativo (F-102) através da corrente 19. O filtro F-102 possui as mesmas configurações
e características do F-101, a lavagem é realizada com tolueno vindo do TQ-101 na
corrente C26, a torta é levada pela corrente 20 para o secador a vácuo (SE-101) e o
filtrado ao M-101 (OLIVEIRA, 2010).
O produto final é removido de forma contínua, porém ainda contém 14,5% de
tolueno presente na composição. Utiliza-se um secador a vácuo (SE-101) com esteira
onde o produto é transportado, numa temperatura de 150 ºC e pressão atmosférica,
para remover o tolueno. O tolueno removido passa por um condensador (C-101) e é
enviado para TQ-101 (OLIVEIRA, 2010).
Ao sair do (SE-101), o produto encontra-se seco e passa por um triturador de
bolas T-101, para diminuir o diâmetro das partículas formando um produto final
cristalizado e fino com grau de pureza 99% (OLIVEIRA, 2010). O ácido benzoico é
armazenado em barris de polietileno vedados (50, 100 e 200 litros). Estes serão
estocados em ambiente com boa ventilação, deixando o produto ao abrigo do calor,
fogo e umidade, longe de fontes de ignição, sendo a temperatura do ambiente entre
10 e 30 °C.
6 BALANÇO DE MASSA E BALANÇO DE ENERGIA

A partir da produção final de Ácido benzoico definida pelo estudo de mercado


como 11760 kg/h, foi possível determinar as vazões de todas as etapas do processo,
bem como a energia necessária para essa produção. A quantidade de matéria prima
necessária encontrada foi de 12081 kg/h de tolueno e 3050 kg/h de oxigênio.
O balanço de massa é baseado no princípio de conservação de massa, que diz
que a massa não pode ser perdida nem criada, ou seja, por mais que haja reações
químicas e separações a massa total não é modificada, ela é conservada dentro do
processo. Para a realização do balanço de massa utilizou-se a Equação 8.

(ENTRADA) − (SAÍDA) = (ACÚMULO) Equação 8

O balanço de energia, assim como o de massa segue a lei da conservação de


energia. Para os cálculos do balanço de energia foram utilizados parâmetros
termodinâmicos e as Equações 9 e 10, para assim encontrar a entalpia nas etapas do
processo, os parâmetros são apresentados na Tabela 6 - Parâmetros
termodinâmicosTabela 6. Considerou-se que as energias cinética e potencial e
trabalho de eixo são desprezíveis.

∆ST + ∆SU + ∆, = V + WX Equação 9


Y
, = [ + > ∗ Y + ! ∗ Y2 + ] ∗ Y3 + S ∗ Y4
∫ Y?XZ Equação 10

Tabela 6 - Parâmetros termodinâmicos


Substância A B C D E
AcB (l) - 2,3735 -0,00483 3,6876E-06 -
157,517
AcB (s) 5,773 0,55931 -0,00022 - -
Tol (l) 83,703 0,5167 -0,00149 1,9725E-06 -
Tol (g) -24,097 0,52187 -0,00029827 6,122E-08 1,2576E-12
Água (l) 92,053 -0,03995 -0,00021103 5,3469E-07 -
Água (g) 33, 933 -0,00842 0,000029906 -1,7825E-08 3,6934E-12
Oxigênio 3,639 5,06E-04 - -2,27E+04 -
Nitrogênio 3,28 5, 93E-04 - 4,00E+03 -
Fonte: Adaptado Yaws, 2020.

6.1 TANQUE (TQ-101)


O TQ-101, mostrado na Figura 1, contém a matéria prima vinda da área de
tancagem pela corrente 0 para a produção de ácido benzoico, o tolueno. Este
recipiente também recebe uma vazão de reciclo, vindo pela corrente 24 que provém
do C-101. As correntes efluentes do TQ-101 seguem para o processo por meio das
correntes 1, 25 e 26, indo para o misturador (M-101), dissolutor (DS-101) e filtro (F-
102) respectivamente como representado na Figura 10.

Figura 10 - Tanque (TQ-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.1.1 Balanço de massa (TQ-101)

Na Tabela 7 são apresentados os dados de entrada e saída do TQ-101.

Tabela 7 - Balanço de massa do Tanque TQ-101


Componente C0 (kg/h) C24 (kg/h) C1 (kg/h) C25 (kg/h) C26 (kg/h)
Tolueno 9075, 98 2227,74 6637,74 692,39 3973,58
Fonte: Os autores,2020.

6.1.2 Balanço de energia (TQ-101)

Para o balanço de energia no TQ-101, foram utilizados os dados das vazões


mássicas da Tabela 7 e os parâmetros termodinâmicos da Tabela 1, assim foram
calculados as entalpias e o calor de cada corrente. As informações do balanço de
energia constam na Tabela 8.

Tabela 8 - Balanço de energia do Tanque TQ-101.


Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C0 122,68 -550,6 -67548 21,5
C24 24,18 10941,8 264572,7 92
C1 72,04 -236,2 -39665 23,5
C25 87,51 -236,2 -1774,95 23,5
C26 53,12 -236,2 -70069,6 23,5
Fonte: Os autores, 2020

6.2 MISTURADOR (M-101)

O M-101, visto na Figura 11 promove a homogeneização do tolueno que vem


do TQ-101 pela corrente 1, dos reciclos de tolueno vindos do filtro F-101 pela corrente
16 e do catalisador, que é adicionado à mistura via corrente 27. A corrente 2 efluente
do M-101, segue para o reator de oxidação.

Figura 11 - Misturador (M-101)

1.
Fonte: Os autores, 2020

6.2.1 Balanço de massa (M-101)

Os dados das vazões de entrada e saída do misturador M-101 estão


apresentados na Tabela 9.

Tabela 9 - Balanço de Massa do Misturador M-101.


Componente C1 Fração C27 Fração C16 Fração C2 Fração
(kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica
Ácido 0 0 0 0 1281,37 0,1905 1281,37 0,0912
Benzoico
Tolueno 6637,74 1 0 0 5409,85 0,8085 12047,6 0,8577
Catalisador 0 0 718 1 0 0 718 0,0511
Total 6637,74 1 718 1 6691,22 1 14047 1
Fonte: Os autores, 2020

6.2.2 Balanço de energia (M-101)


Para o balanço de energia no misturador (M-101) foram utilizados os dados das
vazões mássicas da Tabela 9 e os parâmetros termodinâmicos da Tabela 1, assim
foram calculadas as entalpias e calor de cada componente. As informações do
balanço de energia constam na Tabela 10.
Tabela 10 - Balanço de energia do Misturador M-101.
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C2 142,0 2348,54 333507 30,0
C1 72,04 -349,56 -25182,3 23,5
C16 69,2 435,16 301542 39,0
C27 5,88 - - 21,5
Fonte: Os autores, 2020

6.3 REATOR (R-101)

O Reator R-101 é alimentado por duas correntes, a corrente 2 contém tolueno


e ácido vindo do M-101 e catalisador dissolvido na própria corrente. A corrente 3 é
proveniente do compressor de ar CP-101, que contém o oxigênio necessário para
realizar a oxidação de tolueno. A corrente 4 efluente do R-101 vai para o vaso flash
V-101 e contém o produto, ácido benzoico, o subproduto água, o tolueno e o oxigênio
que não reagiram e o nitrogênio, gás inerte proveniente do ar de oxidação. A
configuração do R-101 é apresentada na Figura 12.

Figura 12 - Reator (R–101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.3.1 Balanço de massa (R-101)


A partir do estudo cinético apresentado no item 6.3.2, encontrou-se uma
conversão no reator de 73%, os dados do balanço de massa do R-101 estão
apresentados na Tabela 11.

Tabela 11 - Balanço de massa do reator R-101


Componente C2 (kg/h) Fração C3 (kg/h) Fração Q4(kg/h) Fração
Mássica Mássica Mássica
Ácido 1281,4 0,0912 0 0 12921,23 0,3096
Benzoico
Tolueno 12047,6 0,8577 0 0 3248,25 0,0778
Água 0 0 0 0 1734,6 0,0416
Catalisador 718 0,0511 0 0 718 0,0172
Oxigênio 0 0 5815,89 0,21 1420 0,034
Nitrogênio 0 0 21878,82 0,79 21878,82 0,5241
Total 14047 1 27694,71 1 41741,67 1
Fonte: Os autores, 2020

6.3.2 Cinética (R-101)

A reação para a formação do Ácido Benzoico ocorre na fase líquida, sendo


exotérmica e espontânea. Gizli et al. (2007) aponta que uma baixa concentração de
oxigênio e temperaturas relativamente altas podem favorecer a formação de
benzaldeído, um possível subproduto, enquanto o excesso de oxigênio e baixas
temperaturas tendem favorecer a produção de Ácido Benzoico. Quanto à pressão,
Guo et al. (2004), explica que o aumento da pressão no sistema de reação propicia
maior conversão do tolueno à Ácido Benzoico, isso ocorre porque quanto maior a
pressão do ar, maior a solubilidade do dioxigênio na fase líquida, fazendo com que a
seletividade ao Ácido Benzoico aumente. A Figura 13 apresenta a reação de formação
do Ácido Benzoico.

Figura 13 - Reação de oxidação do tolueno

Fonte: SCHOETERS, 2017.

Na Tabela 12 são apresentados os dados utilizados para realizar o estudo


cinético da reação de oxidação do tolueno. Assim, pôde-se confirmar a exotermicidade
(ΔH < 0) e espontaneidade da reação (ΔG < 0).
Tabela 12 - Dados para o estudo cinético da reação de oxidação do tolueno
Parâmetros Cinéticos
Entalpia da reação (ΔH) -65845 J/mol
Energia livre de Gibbs (ΔG) -496029 J/mol
Fator pré-exponencial (k0) 227000
Energia de ativação (Ea) 43108,09 J/mol.K
Constante dos gases 8,314 J/mol.K
Constante de velocidade (k1) ^1=2,27_105.exp(−43108,09/`∗Y)
Constante de velocidade (k) 0,00019
Fonte: Adaptado de Gizli et al. (2007) e Yaws (2008).

Em reações exotérmicas, ao se aumentar a temperatura, inicialmente, tem-se


aumento na velocidade da reação e consumo do reagente limitante, e à medida que
a reação continua, está atinge um ponto máximo e começa a diminuir até que se atinja
um equilíbrio (SILVEIRA, 2015).
As Equações 11, 12 e 13 mostram as simplificações realizadas para encontrar
a relação da constante de equilíbrio em função da temperatura apresentada na
Equação 14. Sendo que, para melhor compreensão A, B, C e D são tolueno, oxigênio,
Ácido Benzoico e água, respectivamente.
[c?d'e#d&]∗c
a = [?X"=Xg#X&]∗c Equação 11
gT g'
c∗ c
g# g#
a = g"c∗( gh 1,5
c)
Equação 12
g# g#
g'
gT∗ c
a = g"∗(ghg# c) 1,5 Equação 13
g#

gT g' g# 0,5
a = g" gh1,5c0,5 Equação 14
Substituindo a relação da Equação 15 e 16 na Equação 14, tem-se a
expressão em função do grau de avanço apresentada na Equação 17.

g "$%kXg#"çãd−g Xne%$íh?%d
j = Equação 15
g "$%kXg#"çãd

g Xne%$íh?%d = g "$%kXg#"çãd ± ∝ ∗ gºX&#Xne%dké#?%Td Equação 16



t2(_+u−0,5t)0,5
a = Equação 17
c 0,5(_−t)(u−1,5t) 0,5

Sendo K a constante de equilíbrio, P a pressão (bar), x e y o número de mols


alimentados de tolueno e oxigênio, respectivamente.
Como a Equação 17 possui um polinômio de grau maior que 2, o grau de
avanço foi determinado a partir do método da bissecção. Assim foi possível encontrar
a conversão (conforme relações das Equações 16 e 17) em cada valor de pressão e
com isso analisou-se a influência da pressão no sistema reacional.
A Figura 14 mostra o gráfico em que a conversão foi analisada elevando-se a
pressão, mostrando maior conversão do tolueno à Ácido Benzoico em altas pressões.
Figura 14 - Gráfico de relação entre pressão e conversão de tolueno

Pressão x Xa
0,78
0,76
0,74
0,72
Conversão Xa

0,7
0,68
Xa
0,66
0,64
0,62
0,6
0 2 4 6 8 10 12
Pressão (bar)

Fonte: Os autores, 2020.

Nota-se que a maior conversão alcançada neste intervalo de pressão é


aproximadamente 75%. Como a partir de 4 bar não há um aumento significativo nos
valores de conversão e segundo o estudo de Gizli (2007), que adotou essa como
pressão ideal, aumentando mais a pressão observa-se a formação de subprodutos
indesejáveis, portanto a pressão adotada para o reator será de 4 bar.
Com o objetivo de se obter a melhor conversão na produção de Ácido Benzoico,
Gizli et al. (2007) propôs um estudo com dados experimentais variando os parâmetros
de processo combinado ao estudo cinético da reação. Através desse estudo, Gizli et
al. (2007) testou 3 modelos cinéticos, o primeiro considerando apenas a concentração
de tolueno, o segundo considerando também a concentração de oxigênio, e o terceiro,
que considerou ainda a concentração de Ácido Benzoico, como mostra a Figura 15.
Figura 15 - Modelos de estudo cinético

Fonte: Gizli et al., 2007.

Os modelos 1 e 2 não tiveram um resultado satisfatório no estudo, assim, a


cinética foi baseada no terceiro modelo, que resultou na equação de taxa de
velocidade representada na Equação 18 e na relação da Equação 19, levando em
conta o mecanismo apresentado na Figura 16. O mecanismo apresentado por Gizli et
al. (2007) mostra um radical como produto intermediário, porém ele não é identificado
como produto ao final da reação.

^1∗!"∗!h1,5−^∗!T
−?" = !h 1,5
Equação 18

^4 ^2
^ = Equação 19
^3

Figura 16 - Mecanismo de Reação

Fonte: Gizli et al., 2007.

Para se analisar o comportamento da velocidade da reação em função da


temperatura, foi utilizada a equação proposta pelo químico sueco Svante Arrhenius
conhecida como Equação de Arrhenius, apresentada na Equação 20.

S
^ = ^0 X − `Y Equação 20
Onde k é a constante de Arrhenius, k0 é o fator de frequência ou fator pré-
exponencial da reação, E é a energia de ativação (J/mol), T é a temperatura absoluta
(K) e R é a constante dos gases.
A partir desses dados, é possível analisar o comportamento da taxa de
velocidade em função da temperatura no gráfico ilustrado na Figura 17 levando em
consideração a constante de velocidade k1 que, segundo o estudo de Gisli et al.
(2007), tem variação com a temperatura.
Figura 17 - Gráfico de relação entre taxa de velocidade e temperatura

Taxa de velocidade (k1) x Temperatura


30
Constante de velocidade (k1)

25

20

15

10

0
0 50 100 150 200 250 300 350
Temperatura (°C)

Fonte: Os autores, 2020.

Analisando também a variação da conversão em relação ao aumento da


temperatura, observando o gráfico da Figura 18, nota-se que a conversão aumenta
com o aumento da temperatura, tendo um aumento significativo até 200 ºC
aproximadamente. Segundo Gizli et al. (2007), a temperatura ótima para que haja uma
retenção de ácido no reator e consequentemente melhor indução da reação, é 158
ºC, que será a temperatura utilizada no reator.
Figura 18 - Gráfico de relação entre conversão e temperatura

Conversão x Temperatura
1
0,9
0,8
0,7
Conversão (%)

0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 50 100 150 200 250 300
Temperatura (ºC)

Fonte: Os autores, 2020.

Para encontrar o tempo ótimo de reação e as concentrações dos reagentes e


produtos ao longo do tempo, visto que a equação da taxa de velocidade é complexa,
utilizou-se o método de Euler, considerando a equação de desempenho de um reator
CSTR, demonstrada na Equação 21, Onde, Fa0 é a vazão molar de entrada do
reagente limitante (tolueno), V o volume em litros, -ra a taxa de reação, Xa a conversão
do limitante, Ca0 a concentração inicial de tolueno e t a variação de tempo.

v j" #

= = Equação 21
w"d −?" !"d

Para implementação da modelagem são obtidos perfis de concentração através


das relações para cada componente da reação de interesse, mostrada na Figura 20
Conforme Gizli et al. (2007), considerou-se excesso de O2 de 0,5 mol para
melhor conversão, pois o fluxo de oxigênio possui grande influência em relação a este
fator.
A partir dos parâmetros cinéticos coletados, desenvolveu-se balanço de massa
para cada componente e substituíram-se os termos desconhecidos por expressões
cinéticas conhecidas. Assim, pode-se obter as Equações 22-25 e inseri-las no método
numérico de Euler para obtenção de resultados.

x!" = !TX−!T + ^1 ∗ !" ∗ !h² − ^ ∗ !T ∗ !' Equação 22


x# #
x!h = !hd−!h − (^1 ∗ !" ∗ !h2 − ^ ∗ !T ∗ !') Equação 23
x# #
x!T = !Td−!T
+ (^1 ∗ !" ∗ !h2 − ^ ∗ !T ∗ !') Equação 24
x# #
x!' = (^1 ∗ !" ∗ !h2 − ^ ∗ !T ∗ !') − !' Equação 25
x# #

A partir dos dados alcançados pelo método de Euler foi possível dispor o gráfico
da conversão de tolueno em relação ao tempo, mostrado na Figura 19. Neste gráfico
é possível observar que a conversão aumenta significativamente até 1,5 h, a partir
disso, há um aumento mínimo desta variável.
Figura 19 – Gráfico de relação entre a conversão e o tempo

Conversão x Tempo
0,9
0,8
0,7
Conversão (%)

0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)

Fonte: Os autores, 2020.

Na Figura 20 está ilustrado o gráfico das concentrações em relação ao tempo,


o qual também mostra que a partir de 1,5 h há um aumento pouco significativo nas
concentrações dos produtos.
Figura 20 - Gráfico de relação entre a concentração dos componentes e o tempo

Concentração x Tempo
2,5
Concentração (mol/L) 2

1,5

0,5

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo (h)

Tolueno Oxigênio Ácido Benzóico Água

Fonte: Os autores, 2020.

Analisando ambos os gráficos, definiu-se o tempo de reação de 1,5 h, a fim de


otimizar o tempo, visto que não há muita mudança na concentração após esse
período, alcançando assim uma conversão de 73%.

6.3.3 Balanço de energia (R-101)

A partir dos valores encontrados no balanço de massa, e dos dados


termodinâmicos de cada reagente e produto da reação de oxidação, conforme Tabela
1, pôde-se calcular o calor de reação e o calor total que está envolvido nesta etapa do
processo. A Tabela 13 apresenta os resultados calculados.

Tabela 13 - Balanço de energia do reator R-101

Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)


C4 1915,75 -1,24E+14 -2,38E+17 158
C3 963,13 1,7E+12 1,64E+15 21,5
C2 142,0 35544,1 5047467 100
ΔH reação - -27173022 -2,52E+17 25
Total 3020, 9 -4,89E+17 -
Fonte: Os autores, 2020

6.4 VASO FLASH (VF-101)


O VF-101 promove a formação de vapor flash e a formação de um condensado
a baixa pressão contendo vapor d’água, oxigênio e nitrogênio, que são descartados
na atmosfera. A corrente 4, que entra no VF-101 provém do R-101, o vapor gerado no
topo do vaso sai pela corrente 5, é enviado para sistema de tratamento e o produto
de fundo, que contém Ácido benzoico, tolueno e água é retirado pela corrente 6 e
segue para a centrífuga (CT-101) para realizar a recuperação do catalisador. A Figura
21 ilustra a configuração do VF-101.

Figura 21 - Vaso Flash (VF-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.4.1 Balanço de massa (VF-101)

O balanço de massa do vaso flash considerando a entrada e as saídas estão


apresentados na Tabela 14.

Tabela 14 - Balanço de massa do VF-101


Componente C4(kg/h) Fração C5(kg/h) Fração C6(kg/h) Fração
Mássica Mássica Mássica
Ácido 12921,23 0,3096 0 0 12921,23 0,315
Benzoico
Tolueno 3248,25 0,0778 0 0 3248,25 0,684
Água 1734,6 0,0416 1381,91 0,056 173,46 0,001
Catalisador 718 0,0172 0 0 718 0,0421
Oxigênio 1420 0,034 1420 0,0575 0 0
Nitrogênio 21878,82 0,5241 21878,82 0,8865 0 0
Total 41741,67 1 24680,73 1 18183,61 1
Fonte: Os autores, 2020
6.4.2 Balanço de energia (VF-101)

Para o balanço de energia do VF-101 foram considerados os parâmetros e


entalpias de todos os componentes. Esses resultados estão apresentados na Tabela
15.
Tabela 15 - Balanço de energia do VF-101.
Corrente kmol/h Entalpia Calor (kJ/h) T (°C)
(kJ/mol)
C4 1049,4 -5,37E+13 -5,63E+16 100
C5 890,9 -5,37E+13 -4,78E+16 100
C6 150,7 35544 5356027 100
Fonte: Os autores, 2020

6.5 CENTRÍFUGA (CT-101)

Na CT-101 ocorre a separação da solução resultante da reação e o catalisador.


A Figura 22 apresenta a configuração da centrífuga (CT-101). A corrente 6 alimenta a
centrífuga e vem do vaso flash (VF-101), as correntes efluentes são 8 e 7, que contém
o catalisador recuperado e o restante da solução, respectivamente.
Figura 22 - Centrífuga (CT-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.5.1 Balanço de massa (CT-101)

O balanço de massa da centrífuga é apresentado na Tabela 16. Os valores de


massa dos componentes da mistura reacional são iguais na entrada e na saída, visto
que esta operação visa apenas a separação do catalisador, que é sólido.
Tabela 16 - Balanço de massa do CT-101
Componente C6(kg/h) Fração C7(kg/h) Fração C8(kg/h) Fração
Mássica Mássica Mássica
Ácido 12921,23 0,7573 12921,23 0,7906 0 0
Benzoico
Tolueno 3248,25 0,1904 3248,25 0,1988 0 0
Água 173,46 0,0102 173,46 0,0106 0 0
Catalisador 718 0,0421 0 0 718 1
Total 17060, 94 1 16342, 94 1 718 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.5.2 Balanço de energia (CT-101)

Os resultados do balanço de energia da CT-101 estão apresentados na Tabela


17.
Tabela 17 - Balanço de energia do CT-101
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C6 183,2 35544 6511638 100
C7 157,3 35544 5591355 100
C8 5,88 - - 100
Fonte: Os autores, 2020.

6.6 COLUNA DE DESTILAÇÃO (CD-101)

A corrente 7 alimenta a CD-101, esta provém da CT-101 e contém Ácido


benzoico, tolueno e água. Esta operação tem o objetivo de fazer a separação entre
estes componentes devido à diferença do ponto de ebulição. A coluna opera a 140ºC
e 1 atm. A corrente 9 contém o produto de topo, tolueno e água e segue para o vaso
de refluxo (VR-101), onde os produtos são condensados e enviados para ETE pela
corrente 11. O produto de fundo contém Ácido benzoico e tolueno não evaporado. A
Figura 23 representa a configuração da CD-101.
Figura 23 - Coluna de Destilação (CD-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.6.1 Balanço de massa (CD-101)

Na realização do balanço de massa da CD-101 foram consideradas as vazões


de alimentação, refluxo, topo e fundo. Os resultados estão apresentados na Tabela
18.
Tabela 18 - Balanço de massa da CD-101
Componente C7(kg/h) Fração C11(kg/h) Fração C13 (kg/h) Fração
Mássica Mássica Mássica
Ácido 12921,23 0,7906 0 0 12921,23 0,8128
Benzoico
Tolueno 3248,25 0,1988 272,85 0,6113 2975,41 0,1872
Água 173,46 0,0106 173,46 0,3887 0 0
Total 16342, 94 1 446,31 1 15896,63 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.6.2 Balanço de energia (CD-101)

Conforme previsto no dimensionamento o projeto de destilação possui números


de estágios igual a 7, com razão de refluxo 0,3027 e alimentação de Kg/h. Após
verificação desses dados pode-se analisar o balanço de energia na coluna de
destilação. Considerou-se a energia cinética e potencial como desprezíveis no
processo de separação. A equação 26 apresenta o balanço global do sistema.

w ∗ ℎZ + n?XZ = v. ,| + } ∗ ,$ + nTdg' Equação 26


Na equação 27, os termos à esquerda são referentes a entrada e o cálculo do
refervedor igualados a energia na corrente de topo da coluna, energia na corrente de
fundo de coluna e calor do condensador (MCCABE, 2001).
Agora ao utilizar o volume de controle da condensação (topo da coluna),
considera-se que a temperatura da razão de refluxo e a do destilado são iguais, sendo
assim possível calcular a entalpia do condensador localizado no topo da coluna.

v ∗ ,u = }. ,_ + ]. ,' + VTdg' Equação 27

O cálculo na seção de stripping é realizado mediante dados de volume de


controle do fundo da coluna, podendo calcular o calor do refervedor, conforme
Equação 28:
v ∗ ,u = }. , − >. ,h + V?XZ Equação 28

Para determina as entalpias buscou-se dados via software Chemcad©


referente as temperaturas de entrada, conforme Tabela 19.

Tabela 19 - Temperaturas de Entrada na Coluna de Destilação CD -101


Descrição Temperatura (°C)
Alimentação 100
Corrente de Fundo 127,6
Corrente de Topo 67,3
Fontes: Os autores, 2020.

A partir desses dados foi possível calcular as entalpias de cada termo


apresentado acima, utilizando os parâmetros termodinâmicos, respeitando dados de
temperatura de entrada e frações mássicas ou molares. A Tabela 20 apresenta dados
da energia na etapa de condensação.
Tabela 20 - Dados energéticos da coluna de destilação
CORRENTE Vazão (Kg/h) Entalpia Calor (KJ/h)
F 16342,182 2349777
L 15896,635 125248
V 446,31 71223,5
D 12587,2 50806
Qcondensação 640185663
Fonte: Os Autores, 2020.

A potência do condensador TC-102 será de 177,829 kW.


Foi possível calcular as entalpias de cada termo apresentado acima, utilizando
os parâmetros termodinâmicos, respeitando dados de temperatura de entrada e
frações mássicas ou molares. A Tabela 21 apresenta dados da energia na etapa de
condensação.

Tabela 21 - Dados energéticos da coluna de destilação CD-101


CORRENTE Vazão (Kg/h) Entalpia Calor (KJ/h)
L 15896,635 2259012,89
V 446,31 2224517,66
B 138099,89 3009490,85
Qrefervedor 4,156.10^11
Fonte: Os Autores, 2020.

A potência do condensador TC-102 será de 115445,996 kW. A entalpia de


evaporação da destiladora calculada pela Equação 26 foi de 3,31.10^10 KJ/mol.

6.7 CRISTALIZADOR (CR-101)

No CR-101 ocorre a cristalização do Ácido benzoico por refrigeração, a


alimentação é feita através da corrente 13 e o produto cristalizado sai pela corrente
14, que segue no processo indo para o filtro (F-101). A Figura 24 - Cristalizador (CR-
101)Figura 24 representa a configuração do CR-101.
Figura 24 - Cristalizador (CR-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.7.1 Balanço de massa (CR-101)

Os resultados do balanço de massa do CR-101 são apresentados na Tabela


22.
Tabela 22 - Balanço de massa CR-101
Componente C13 (kg/h) Fração Mássica C14 kg/h) Fração Mássica
Ácido Benzoico 12921,23 0,8128 12921,23 0,8128
Tolueno 2975,41 0,1872 2975,41 0,1872
Total 15896,63 1 15896,63 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.7.2 Balanço de energia (CR-101)

Para o balanço de energia do cristalizador CR-101 considerou-se a energia


cinética e potencial como desprezíveis no processo de cristalização. A entalpia de
cristalização foi tabelada a partir de entalpia de cristalização apresenta por Yaws
(2001). As entalpias de entrada e saída foram calculadas a partir dos parâmetros
termodinâmicos A, B, C e D da Tabela 6. A equação 29 apresenta o balanço global
do sistema CR-101.
kd$
V13 ∗ ,X + V13( ) ∗ ,T?%&#"$%~"çãd = V&14 ∗ ,& + VT"k%&" Equação 29


A Tabela 23 a seguir apresenta dados no cálculo energético do cristalizador.

Tabela 23 - Dados energéticos do cristalizador CR-101


Corrente Vazão (Kg/h) Entalpia Calor (KJ/h)
Q13(entrada) 15896,63 7297,25 1007757,43
Q14 (saída) 15896,63 1560,077
2115448,1749
Q cristalização 132,989 2114076,93
Q camisa 1321767,68
Fonte: Os Autores, 2020.

6.8 FILTRO (F-101)

No F-101 ocorre uma alimentação pela corrente 14, vinda do CR-101 e outra,
contendo tolueno para lavagem vinda do F-102 pela corrente 21. Nesta operação tem-
se duas saídas, a contendo a torta segue via corrente 15 para o DS-101 e a corrente
com o filtrado e licor de lavagem contendo tolueno e ácido benzoico, segue para o M-
101 via corrente 16.
Figura 9 – Filtro (F-101)
Fonte: Os autores, 2020.

6.8.1 Balanço de massa (F-101)

O balanço de massa no F-101 considera a separação de tolueno e Ácido


benzoico e está apresentado na Tabela 24.
Tabela 24 - Balanço de massa F-101
Compon C14 Fração C21 Fração C15 Fração C16 Fração
ente (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica
Ácido 12921,23 0,8128 1982,26 0,22 13625,4 0,748 1281,4 0,1915
Benzoico
Tolueno 2975,41 0,1872 7028,03 0,78 4590,36 0,252 5409,8 0,8085
Total 15896,63 1 9010,29 1 18215,7 1 6691,2 1
Fonte: Os Autores, 2020.

6.8.2 Balanço de energia (F-101)

A partir dos parâmetros de cada componente, calculou-se o balanço de energia


do F-101, os resultados constam na Tabela 25.
Tabela 25 - Balanço de energia F-101
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C16 233,23 4357,16 1016250,7 38,8
C15 899,57 4357,16 3919581,7 38,8
C21 92,51 4516,55 417815,8 39
C14 305,22 1560,1 476181,3 30
Fonte: Os Autores, 2020.

6.9 DISSOLUTOR (DS-101)


No dissolutor ocorre a dissolução do Ácido benzoico presente na corrente 15
que vem do F-101 com tolueno, que vem do TQ-101 pela corrente 25. A corrente 18
sai do DS-101 e vai para o segundo cristalizador (CR-102). A Figura 25 apresenta a
configuração das correntes do DS-101.
Figura 25 - Dissolutor (DS-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.9.1 Balanço de massa (DS-101)

O balanço de massa no DS-101 está apresentado na Tabela 26.


Tabela 26 - Balanço de massa do DS-101
Componente C15 (kg/h) Fração C25 Fração C18 Fração
Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica
Ácido 13625,35 0,748 0 0 13625,35 0,7206
Benzoico
Tolueno 4590,36 0,252 692,39 1 5282,75 0,2794
Total 18215,7 1 692,39 1 18908,09 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.9.2 Balanço de energia (DS-101)

A partir dos parâmetros de cada componente, pôde-se calcular o balanço de


energia do DS-101, os resultados são apresentados na Tabela 27.
Tabela 27 - Balanço de energia do DS-101
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C15 161,4 4357,16 703214 38,8
C25 7,51 -550,6 -4137,53 21,5
C18 168,9 32739,52 5529537,2 121,5
Fonte: Os autores, 2020.
6.10 CRISTALIZADOR (CR-102)

O segundo cristalizador (CR-102) tem a mesma função do CR-101 com o intuito


de aumentar a conversão global do processo. A corrente 18 vem do DS-101 e alimenta
o cristalizador, já a corrente efluente vai para o F-102 pela corrente 19. A Figura 26
mostra a configuração do CR-102.
Figura 26 - Cristalizador (CR-102)

Fonte: Os autores, 2020.

6.10.1 Balanço de massa (CR-102)

Os resultados do balanço de massa do CR-102 são apresentados na Tabela


28.

Tabela 28 - Balanço de massa CR-102


Componente C18 (kg/h) Fração Mássica C19 (kg/h) Fração Mássica
Ácido Benzoico 13625,35 0,7206 13625,35 0,7206
Tolueno 5282,75 0,2794 5282,75 0,2794
Total 18908,09 1 18908,09 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.10.2 Balanço de energia (CR-102)

A equação 30 apresenta o balanço global do sistema CR-102.

kd$
V18 ∗ ,X + V18, ∗ ,T?%&#"$%~"çãd = V&19 ∗ ,& + VT"k%&" Eq.30


O cálculo energético do cristalizador CR-102 foi análogo ao procedimento


realizado pelo cristalizador CR-101 no iem 6.7.2. A Tabela 29 a seguir apresenta
dados no cálculo energético do cristalizador CR-102.
Tabela 29 - Dados energéticos do cristalizador CR-102.
Corrente Vazão (Kg/h) Entalpia Calor (KJ/h)
Q18(entrada) 15896,63 14568,47 2460433,69
Q19 (saída) 15896,63 10566,78 1784674,29
Q cristalização 132,989 2514567,98
Q camisa 1838732,13
Fonte: Os Autores, 2020.

6.11 FILTRO (F-102)

O F-102 tem a mesma função do F-101, com o objetivo separar o ácido


benzoico cristalizado. Nele são alimentadas a corrente 19, vinda do CR-102 e outra
contendo tolueno para lavagem vinda do TQ-101 pela corrente 26. Nesta operação
tem-se duas saídas, a contendo a torta que segue via corrente 20 para o SE-101 e a
corrente do filtrado junto com o licor de lavagem contendo tolueno segue como reciclo
para o F-101 via corrente 21 como se pode observar na Figura 27.
Figura 27 - Filtro (F-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.11.1 Balanço de massa (F-102)

O balanço de massa no F-102 considera a separação de tolueno e Ácido


benzoico e está apresentado na Tabela 30.
Tabela 30 - Balanço de massa F-102
Compon C19 Fracão C26 Fracão C20 Fracão C21 Fracão
ente (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica
Ácido 13625,4 0,7206 0 0 11643,1 0,8394 1982,26 0,22
Benzoico
Tolueno 5282,75 0,2794 3973,6 1 2228,3 0,1606 7028,03 0,78
Total 18908,1 1 3973,6 1 13871,4 1 9010,09 1
Fonte: Os autores, 2020.
6.11.2 Balanço de energia (F-102)

A partir dos parâmetros de cada componente, calculou-se o balanço de energia


do F-101, os resultados constam na Tabela 31.
Tabela 31 - Balanço de energia F-102
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T (°C)
C20 119,5 4516,6 539735,4 38,8
C21 181,5 4516,6 819686,9 38,8
C19 169 10566,8 1786111,8 58
C26 43,12 -1083,4 -46721,7 21,5
Fonte: Os autores, 2020.

6.12 SECADOR (SE-101)

Como última etapa de processo, o SE-101 representado na Figura 28 tem a


função de secar o Ácido benzoico para que este seja comercializado na forma sólida.
Nele são alimentadas a corrente 20, vinda do F-102 e outra, contendo ar seco para
realizar a secagem. Nesta operação tem-se duas saídas, a contendo o Ácido benzoico
sólido que segue via esteira E-101 para o armazenamento e a corrente de ar úmido
23, contendo ar e tolueno, que segue via corrente 24 após passar pelo condensador
C-101 e via para o TQ-101.
Figura 28 - Secador (SE-101)

Fonte: Os autores, 2020.

6.12.1 Balanço de massa (SE-101)

O balanço de massa no SE-101 considera a secagem de Ácido benzoico e está


apresentado na Tabela 32.
Tabela 32 - Balanço de massa SE-101
Componente C20 Fração C23 Fração E-101 Fração
(kg/h) Mássica (kg/h) Mássica (kg/h) Mássica
Ácido Benzoico 11642,2 0,8394 0 0 11760,7 1
Tolueno 2227,74 0,1606 2227,74 1 0 0
Total 13871,38 1 2227,74 1 11760,7 1
Fonte: Os autores, 2020.

6.12.2 Balanço de energia (SE-101)

A partir dos parâmetros de cada componente, calculou-se o balanço de energia


do SE-101, os resultados constam na Tabela 33.
Tabela 33 - Balanço de energia SE-101
Corrente kmol/h Entalpia (kJ/mol) Calor (kJ/h) T °C)
C23 22,9 393,18 637593,77 92
C20 119,53 46327,93 254997,56 39
E-101 101,9 51135,39 236536,34 100
Fonte: Os autores, 2020.
9 INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE

O Quadro 7 apresenta resumo das malhas de controle encontradas no PFD e


P&ID.
Quadro 7 - Malhas de controle
Malha Variável Controlada Variável Manipulada Motivo

101 Fluxo da corrente de Vazão de tolueno Assegurar vazão


TQ-101 tolueno da água de alimentado no tanque volumétrica correta
FC tancagem TQ 101 de tolueno no tanque
TQ - 101
102 Fluxo da corrente Vazão da corrente que Assegurar vazão
TQ-101 efluente do vem do cristalizador C- volumétrica correta
cristalizador C-101 101 para o tanque TQ- de mistura no tanque
FC 101 TQ - 101
103 Fluxo da corrente de Vazão da corrente do Assegurar proporção
M-101 catalisador catalisador estequiométrica
correta no misturador
FFC M-101
104 Fluxo da corrente do Vazão de corrente Assegurar proporção
M-101 filtro F-101 advinda do filtro F-101 estequiométrica
correta no misturador
FFC M-101
105 Nível do interior do Vazão de duas Controlar tempo de
M-101 Misturador M-101 entradas em relação residência no
ao nível do tanque misturador M-101
LC
106 Temperatura no Vazão de vapor d’agua Controlar a
TC-101 interior do trocador no trocador de calor temperatura do TC-
de calo TC-101 TC-101 101 antes de entrar
TC no reator
107 Temperatura no Vazão de vapor no Controlar a
CP-101 interior do compressor do reator temperatura do CP-
compressor CP-101 CP-101 101
TC
108 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
R-101 interior do reator R- refrigeração na camisa temperatura do reator
101 do reator R-101 R-101 durante a
TC reação.
109 Nível do interior do Vazão de saída do Controlar tempo de
R-101 reator R-101 reator R-101 para o residência do reator
trocador de calor TC- R-101
LC 106
110 Pressão no interior Vazão de gases de Alívio de pressão no
R-101 do reator R-101 reação saída do reator interior do vaso em
R-101 caso de elevado
PC acúmulo gasoso.
109 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
TC-106 interior do trocador resfriamento no temperatura do TC-
de calo TC-106 trocador de calor TC- 106 antes de entrar
TC 106 no vaso flash VF-101
110 Pressão no interior Vazão de gases de Alívio de pressão no
VF-101 do reator VF-101 reação saída do reator interior do vaso em
VF-101 caso de elevado
PC acúmulo gasoso.
111 Nível do interior do Vazão de saída do Controlar tempo de
VF-101 reator R-101 reator R-101 para o residência do reator
trocador de calor TC- R-101
LC 106
112 Fluxo da corrente Vazão da corrente que Assegurar vazão
CT-101 efluente do vaso flash sai da centrifuga CT- volumétrica correta
VF-101 101 e vai para coluna de mistura na coluna
FC de destilação CD-101 de destilação CD-101
113 Temperatura no Vazão de vapor d’água Controlar a
TC-102 interior do trocador no trocador de calor temperatura do
de calo TC-102 TC-102 reboiler TC-102 antes
TC de entrar na coluna
de destilação CD-101
114 Nível do interior Da Vazão de saída da Controlar tempo de
CD-101 coluna de destilação coluna de destilação residência da coluna
CD-101 CD-101 para o de destilação CD-101
LC cristalizador CR-101
115 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
TC-103 interior do trocador resfriamento no temperatura do TC-
de calo TC-103 trocador de calor TC- 103 antes retornar a
TC 103 coluna CD-101
116 Nível do interior do Vazão de saída do Controlar tempo de
CD-101 vaso de refluxo VR- vaso de refluxo VR- residência do vaso de
101 101 para ETE refluxo VR-101
LC
117 Fluxo da corrente do Vazão da corrente que Assegurar vazão
CD-101 vaso refluxo que retorna para coluna de volumétrica correta
retorna a coluna de destilação CD-101 de mistura na coluna
FC destilação de destilação CD-101
CD-101
118 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
TC-104 interior do trocador refrigeração no temperatura do
de calo TC-104 trocador de calor TC- condensador TC-104
TC 104 antes de entrar na
cristalizadora CR-101
119 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
CR-101 interior do refrigeração na camisa temperatura do
cristalizador CR-101 do cristalizador CR- cristalizador CR-101
TC 101 durante a
cristalização.
120 Fluxo da corrente que Vazão da corrente de Assegurar vazão
CR-101 vem do filtro F-102 saída que vai pro filtro volumétrica correta
F-101 de mistura no filtro F-
FC 101
121 Temperatura no Vazão de vapor d’agua Controlar a
DS-101 interior do dissolutor na camisa do temperatura do
DS-101 dissolutor DS-101 dissolutor DS-101
TC durante a
cristalização.
122 Nível do interior do Vazão de saída do Controlar tempo de
DS-101 dissolutor DS-101 dissolutor DS-101 para residência do
cristalizadora CR-102 dissolutor DS-101
LC
123 Fluxo da corrente que Vazão da corrente de Assegurar vazão
DS-101 vem do tanque TQ- entrada que vai pro volumétrica correta
101 dissolutor DS-101 de mistura no
FC dissolutor DS-101
124 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
TC-105 interior do trocador refrigeração no temperatura do
de calo TC-105 trocador de calor TC- condensador TC-105
TC 105 antes de entrar na
cristalizadora CR-102
125 Temperatura no Vazão de água de Controlar a
CR-102 interior do refrigeração na camisa temperatura do
cristalizador CR-102 do cristalizador CR- cristalizador CR-102
TC 102 durante a
cristalização.
REFERÊNCIAS

ABIQUIM, Associação Brasileira da Industria Química. Produtos químicos


brasileiros. Disponível em: < http://canais.abiquim.org.br/braz_new/Produto_
Detalhes.aspx?seq=0&produto=T005&tipo=1&lang=br&descricao=Tolueno&busca_p
or=produtos> . Acesso em 03 de set. 2019.

ALVES, Ana Catarina et al., Ácido Benzoico. Projeto FEUP – Faculdade de


Engenharia da Universidade do Porto (Mestrado Integrado em Engenharia Química),
2015.

ANIDROL. Ficha de informações de segurança de produtos químicos – Tolueno.


Diadema- SP. Abril de 2004. Disponível em:
<http://www.anidrol.com.br/fispq/TOLUENO%20(TOLUOL)%20PA%20ACS%20A-
8458.pdf>. Acesso em 14 ago de 2020.

ANP: Agência Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo,


Gás Natural e Biocombustíveis. Homologação de Volume Comercializado:
Solventes. Disponível em:
<http://www.anp.gov.br/images/DISTRIBUICAO_E_REVENDA/Distribuidor/Solventes
/Homologacao-volume-comercializado/201802-
Publicacao_mensal_Portaria_ANP_72-1998.pdf>. Acesso em: 13 set. 2019.

ANTUNES, A, SANTOS, A, et. al; Setores da Indústria Química Orgânica. Editora


E-Paper, Rio de Janeiro, 2007. 85 p.

ARAÚJO, Lívia de Sá. DESENVOLVIMENTO DE UM SECADOR ROTATIVO PARA


GRÃOS DE SORGO. 2017. UnB - Brasília, DF.. Disponível em:
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/20278/1/2017_LiviaDeSaAraujo_tcc.pdf. Acesso
em: 26 out. 2020.

BAPTISTA, Marisa Santos Carvalho Pais; ROSEIRO, Catarina Isabel dos


Santos. Dimensionamento de uma Unidade de Produção de Leveduras para
Panificação. 2014. Instituto Politécnico Pomar. Disponível em:
https://docplayer.com.br/7297148-Dimensionamento-de-uma-unidade-de-producao-
de-leveduras-para-a-panificacao.html. Acesso em: 26 out. 2020.
APÊNDICE V - PFD
A B C D E F G H

16
FFC
Pfd 3/4 EQUIPAMENTOS
F- 101
1 VC-04 1
27
B – Bomba Centrífuga
Catalisador da Área
de Estocagem M - Misturador
R – Reator CSTR
V - Válvula Redutora de
Pressão
24 Cond. CP – Compressor
2 2
Pfd 4/4 FFC Água ref. out TC – Trocador de calor
LC
C - 101 M-101 2
TQ – Tanque de mistura
0
VC - Válvula de controle
VC-02 FC VC-06
Tolueno da Área
VC-03 TC
TC-101 VF – Vaso Flash
De Tancagem 3 5
VC-01 B- 102 Vap.
3 1
Vapor para LEGENDA
ETE 3

FC PC VC-10
TC
Vap. – Vapor da área de
VC-07 utilidades
TQ-101 B-101 25
Cond. – Condensado
25 Água ref. in
Pfd 3/4 Água ref. in - Água de
DS-101 R-101 refrigeração - entrada
26

4
4 B-109 Água ref. out
LC
Água ref. out - Água de 4

refrigeração - saída
Pfd 3/4
B-110 F-102 TC-106 V - 01
VC-05
FC Controle de Fluxo
TC
Ar atmosférico FFC Controle de Proporção de Fluxo
VC-08
LC
Vap VC-11 Água ref. in
6 LC Controle de Nível
VF-101 Pfd 2/4
5 FC 5
VC-12 PC Controle de Pressão
CT-101
Vap VC- 09
CP-101 TC Controle de Temperatura
B-103

CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS (PFD)


COMPOSIÇÃO
MOLAR

Data de revisão: 06/11/2020 PFD: 1/4


ABNT A3
420 X 297 MM E XT .
A B C D E F G H
388 X 283 MM IN T.
A B C D E F G H

Água ref. out


9
EQUIPAMENTOS
1 6 1
TC- 103
B – Bomba Centrífuga
Pfd 1/4
VF-101 Água ref. in
VC-15
TC CD- Coluna de destilação
LC
CR – Cristalizador
7 FC 10
VR - 101 CT - Centrífuga
TC – Trocador de calor
VC-16

2 11 TQ – Tanque de estocagem 2
B-105 VC - Válvula de controle
Efluente para ETE
VC - 18 VR – Vaso de refluxo
FC

CT-101
8 LEGENDA
VC - 13
Catalisador
recuperado Vap. – Vapor da área de utilidades
LC

3 B-104 Cond. – Condensado 3

12 Água ref. in - Água de refrigeração


Água ref. out - entrada
TC
Água ref. in Água ref. out - Água de
13 VC-17
Cond. refrigeração - saída
TC CD-101
FC Controle de Fluxo
4 VC-16
FFC Controle de Proporção de Fluxo 4
TC-102 TC-104
VC-14

Vap. LC Controle de Nível


B-106 CR-101
TC PC Controle de Pressão
VC-15 14
TC Controle de Temperatura
Água ref. out

Água ref. in
5 5

Pfd 3/4
BV-101 F-101

CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS (PFD)


COMPOSIÇÃO
MOLAR

Data de revisão: 06/11/2020 PFD: 2/4


ABNT A3
420 X 297 MM E XT .
A B C D E F G H
388 X 283 MM IN T.
A B C D E F G H

25
FC

Pfd 1/4
EQUIPAMENTOS
Vácuo do Ejetor
21 22
TQ-101
1 FC VC-20 1
B – Bomba
F – Filtro
VC – 19 14 15 CR – Cristalizador
Pfd 2/4 DS – Dissolutor
CR-101 TC – Trocador de calor
TC Cond.
BV-102
2 16 F-101 LC
LEGENDA 2
18 Vap. VC-21

TC

Pfd 1/4 DS-101 Água ref. in Vap. – Vapor da área de utilidades


M-101 B-111
VC-24 Cond. – Condensado
Água ref. out Água ref. in - Água de refrigeração
26 28 - entrada
17
Pfd 1/4
Água ref. out - Água de
Vácuo do Ejetor refrigeração - saída
TQ-101
3 Purga B-107 3
TC-105
19
TC FC Controle de Fluxo

Água ref. in FFC Controle de Proporção de Fluxo


FC
VC-23 CR-102
LC Controle de Nível
BV-103
VC-25
Água ref. out PC Controle de Pressão
BV-104
4 TC Controle de Temperatura 4
20
F-102
Pfd 4/4
SE-101

B-108

5 5

CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS (PFD)


COMPOSIÇÃO
MOLAR

Data de revisão: 06/11/2020 PFD:3/4


ABNT A3
420 X 297 MM E XT .
A B C D E F G H
388 X 283 MM IN T.
A B C D E F G H

EQUIPAMENTOS
C – Condensador
1 1
20 E – Esteira
29 BR – Barril
Pfd 3/4
F-102 SE – Secador
Vácuo do Ejetor T – Triturador
TC – Trocador de Calor

LEGENDA
2 2
Água quente

23
Vap. – Vapor da área de
24
utilidades
Pfd 1/4
TQ-101 Cond. – Condensado
C-101 Água ref. in - Água de
refrigeração - entrada
VC-26
3 SE- 101 TC Água ref. out - Água de 3
refrigeração - saída
Água fria

E-101 FC Controle de Fluxo

FFC Controle de Proporção de Fluxo


T- 101 LC Controle de Nível

4 PC Controle de Pressão 4

E-102
TC Controle de Temperatura

BR-101 Ácido Benzóico


99%
5 5

CORRENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Unidades de Produção de Ácido Benzoico
TEMPERATURA (ºC)
Engenheiros Químicos Responsáveis:
PRESSÃO (kPa)
VAZÃO (kg/h)
Alexander Vicente da Silva, Caroline Teider Krainski, João Pedro
VAZÃO (m3/h) Borges Ferreira, Vanessa Rosa
6 6
VAZÃO (mol/h)

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS (PFD)


COMPOSIÇÃO
MOLAR

Data de revisão: 06/11/2020 PFD: 4/4


ABNT A3
420 X 297 MM E XT .
A B C D E F G H
388 X 283 MM IN T.

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