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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR (continuação)������������������������2
CAPÍTULO IV�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
DO EXERCÍCIO DE COMÉRCIO�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR


E O DEVER MILITAR (continuação)
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Modalidade culposa
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Retenção indevida
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, objeto,
plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui segredo relativo
à segurança nacional:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Omissão de eficiência da força
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:
Pena – suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
Omissão de providências para evitar danos
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar perda, destruição ou
inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em perigo:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Omissão de providências para salvar comandados
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou outro perigo se-
melhante, de tomar todas as providências adequadas para salvar os seus comandados e minorar as conse-
quências do sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel ou sede militar
sob seu comando:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Omissão de socorro
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional ou
estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro:
Pena – suspensão do exercício do posto, de um a três anos ou reforma.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Embriaguez em serviço
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Comentários:
Alberto Silva Franco disserta que a embriaguez é uma intoxicação aguda provocada pelo álcool,
ou por qualquer outra substância inebriante, sobre o sistema nervoso e que tem o caráter transitório,
posto que cessa à medida que o álcool ou a substância equivalente sejam eliminados do organismo
humano. A embriaguez apresenta três fases: a) a da excitação; b) a da depressão e c) a do sono. A em-
briaguez incompleta corresponde à primeira fase; a completa, às duas últimas. (FRANCO, Alberto
Silva Franco e outros. Código Penal e sua interpretação jurisprudencial, Vol. 1 Parte Geral, 7ª Ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p. 467).
Se este mesmo ato for cometido por servidor público civil, não será considerado crime, mas mera
infração disciplinar.
O militar em serviço que se apresentar alcoolizado comete crime, para que seja garantida a segu-
rança da unidade militar.
De acordo com a Constituição Federal, é lícito ao sujeito ativo se negar a fornecer sangue para o
exame de alcoolemia. Ocorre que, para este crime, tal exame pode ser suprido por outras provas.
Neste sentido, o TJM/SP emitiu a seguinte ementa, referente à Apelação Criminal nº 005198/03,
Relator Paulo Prazak: “Na impossibilidade de realização do exame de dosagem alcoólica, a condena-
ção deve ser embasada na prova testemunhal indicativa da condição do policial militar na ocasião,
além da própria admissão de seu estado de embriaguez. A falta de revista ou preleção à equipe, apesar
de destoar da prática profissional costumeira, não caracteriza omissão do superior hierárquico e nem
ilide a conduta praticada pelo agente.”
Dormir em serviço
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação equiva-
lente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em
qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Tal dispositivo legal encontra críticas da doutrina, uma vez que o sono é uma condição fisiológi-
ca do corpo humano, e que não existe sentido para punir tal situação.
Na verdade, não se pune o sono especificamente, mas a quebra do dever militar, ao se deixar
dormir de forma dolosa.
Nesse sentido: “Pratica o crime de sono aquele que procura acomodar-se, deixando-se surpreender
pelo sono e é encontrado dormindo.” (Acórdão do STM, de 25-11-35).

CAPÍTULO IV
DO EXERCÍCIO DE COMÉRCIO
Exercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comer-
cial, ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas
de responsabilidade limitada:
Pena – suspensão do exercício do posto, de seis meses a dois anos, ou reforma.
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EXERCICIOS
01. Sobre o crime de embriaguez em serviço:
a) Podem figurar como agentes tanto o militar quanto o funcionário da Justiça Militar.
b) Só comete o fato aquele que se apresenta para o serviço embriagado, e não aquele que se
embriaga durante tal serviço.
c) A embriaguez pode ocorrer por ingestão de bebidas alcoólicas ou substâncias de efeitos
análogos como, por exemplo, entorpecentes.
d) A embriaguez deverá ser obrigatoriamente constatada por médico, não podendo tal fato ser
suprido por prova testemunhal inequívoca.
e) Comete o crime o militar que, logo após o fim de seu serviço, ainda fardado, embriaga-se
num bar, durante o trajeto de volta a sua residência.
02. A conduta de comerciar, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial,
constitui a prática de crime punível com suspensão do exercício do posto, ou reforma.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - C
02 - CERTO

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