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AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos – Sistemas Regionais .......................................2
Sistema Interamericano ....................................................................................................................................................2
Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica. ...................................................2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Sistema Internacional de Proteção dos Direitos


Humanos – Sistemas Regionais
Sistema Interamericano
Organização regional: Organização dos Estados Americanos (OEA).
Surgiu com a Carta da OEA e com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem –
1948.
Principal documento: Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa
Rica. Assinado em 1969, entrou em vigor em 1978.
→ Outros documentos de proteção do Sistema americano:
a) Carta da Organização dos Estados Americanos
b) Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a tortura – 1985
c) Protocolo de San Salvador – adicional à Convenção Americana de DH. – 1988
d) Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a mulher –
1994

Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de San José da


Costa Rica.
˃ MARCO FUNDAMENTAL: Aprovada em 1969.
˃ BRASIL aderiu em 1992.
˃ Na primeira parte elenca direitos civis e políticos, semelhante ao Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos (ONU)
˃ Não elenca direitos econômicos, sociais e culturais, apenas menciona o compromisso dos
Estados de adotar medidas PROGRESSIVAS para implementação desses direitos.
Atenção: posteriormente, tivemos o protocolo adicional, Protocolo de San Salvador que
estabeleceu esses direitos.
˃ Cria obrigações de caráter positivo e negativo, na medida em que o Estado deve RESPEITAR os
direitos (negativo) e ASSEGURAR o exercício desses mesmos direitos (positivo).
A Convenção criou duas instituições de monitoramento e implementação dos Direitos Humanos,
(i) Comissão Interamericana de Direitos Humanos; (ii) Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
A Comissão representa todos os Membros da Organização dos Estados Americanos.
→ COMPOSIÇÃO:
˃ Sete membros.
˃ Alta autoridade e reconhecido saber em matéria de Direitos Humanos.
˃ Nacionais de qualquer Estado-Membro.
˃ Eleitos a título pessoal pela Assembleia da OEA (todos os membros signatários ou não da con-
venção).
˃ Mandato de 4 anos, podendo ser reeleitos por igual período.
˃ Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional do mesmo país.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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FUNÇÕES – previstas nos artigos 41, 42 e 43 – LEITURA OBRIGATÓRIA!!


˃ Promover, fiscalizar e proteger os DH das Américas.
˃ Fazer recomendações aos Estados-membros.
˃ Preparar estudos e relatórios.
˃ Requisitar Informações aos Governos.
Mecanismos de Controle E Monitoramento: petições individuais e comunicações interestatais.
→ Comissão tem competência para examinar as PETIÇÕES encaminhadas por:
˃ *indivíduos;
˃ *grupo de indivíduos;
˃ *entidade não governamental.
De denúncias ou queixas de violação da convenção por qualquer Estado-Membro.
Artigo 44 – Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente reconhe-
cida em um ou mais Estados-membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que conte-
nham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-Parte.
˃ O Estado ao se tornar parte da Convenção, automaticamente aceita a competência da Comissão
para a análise das petições, não necessitando de Declaração específica para isso.
Atenção para as COMUNICAÇÕES INTERESTATAIS, é preciso que haja declaração expressa
do Estado parte que pretenda fazer a comunicação reconhecendo a competência da Comissão.
IMPORTANTE: o sistema de petições individuais foi instituído de maneira obrigatória, mas o
de comunicações interestatais foi instituído de maneira facultativa.
→ Requisitos da PETIÇÃO – Art. 46:
a) Esgotamento dos Recursos Internos; Exceção: demora injustificada e ausência do devido
processo legal.
b) Inexistência de Litispendência Internacional, não pode ter outro processo sobre a mesma
questão em outra instância internacional.
c) Apresentado em um prazo de 6 meses contados da data que teve conhecimento da decisão de-
finitiva.
d) Identificação e qualificação dos peticionantes.
Processo – Art. 48
1. Ao receber a petição a Comissão faz juízo de admissibilidade, levando em conta os requisitos
da petição.
2. Se estiver de acordo a petição, a Comissão solicita informações ao Governo denunciado.
3. Após a prestação das informações a Comissão analisa se há mesmo fundamento na petição,
achando que não: arquiva.
4. Se subsistente a petição a Comissão fará um exame mais profundo do caso e se preciso reali-
zará investigação dos fatos.
5. Busca de solução amistosa entre as partes – Denunciante e o Estado.
Se alcançada a solução, a Comissão fará um relatório com a exposição dos fatos e a solução
alcançada, mandando para o peticionário, Estados-Partes; Secretaria da Organização dos Estados
Americanos.

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Se NÃO alcançada a solução, a Comissão deve redigir um relatório dizendo os fatos e as conclu-
sões pertinentes e eventuais recomendações.
O relatório é encaminhado ao Estado-Parte que tem 3 meses para dar cumprimento às reco-
mendações.
Se não for solucionado o caso pelas partes e também não for submetido o caso à Corte, a
Comissão, por maioria absoluta, pode emitir opinião e conclusão sobre o assunto.
O processo pode ser submetido à CORTE INTERAMERICANA.
Corte Interamericana De Direitos Humanos – ART. 52 e seguintes
Órgão jurisdicional do sistema interamericano.
→ Composição:
˃ Sete juízes nacionais de Estados membros da OEA.
˃ Eleitos pelos Estados-Partes da Convenção e não pela Assembleia da OEA.
˃ Mandato de 6 anos, podendo se reeleger uma vez.
ESTADOS devem expressamente declarar a competência da Corte, cláusula facultativa.
Para um caso ser submetido à Corte tem que passar antes pelo processo na Comissão.
A Comissão deve comparecer em TODOS os casos submetidos à Corte.
FUNÇÕES: consultiva e contenciosa.
CONSULTIVA: solicitar parecer da Corte sobre a interpretação da Convenção ou de outro
tratado na esfera do sistema americano.
→ CONTENCIOSA:
Legitimados: Comissão Interamericana e Estados-Partes.
NÃO SE ADMITEM PETIÇÕES INDIVIDUAIS PARA A CORTE!
A decisão da corte tem força vinculante e obrigatória, cabendo aos Estados seu imediato cumpri-
mento.
→ Pode determinar:
˃ Que se assegure ao prejudicado o direito ou liberdade violados.
˃ Reparação das consequências da violação desses direitos, podendo fixar indenização.
EXERCÍCIOS
→ Assinale certo ou errado:
01. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos representa todos os Estados-Partes que
integram a OEA, mesmo aqueles que não reconhecem a jurisdição da Corte Interamericana de
Direitos Humanos.
Certo ( ) Errado ( )
02. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos não está autorizada a aceitar petições de
caráter individual.
Certo ( ) Errado ( )
03. Para que uma petição seja admitida pela Comissão Interamericana, entre outros requisitos,
tem de ser apresentada dentro do prazo de seis meses da data em que a pessoa prejudicada foi
notificada de uma decisão definitiva no plano interno.
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Certo ( ) Errado ( )
04. Corte Interamericana de Direitos Humanos possui competência para decidir se houve violação
de um direito protegido na Convenção, mas não para determinar o pagamento de indenização
à parte lesada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 – CERTO
02 –ERRADO
03 – CERTO
04 – ERRADO.
Referências Bibliográficas
BARRETTO, Rafael. Direitos Humanos. 2ª edição, rev., ampl. e atual., Salvador: JusPodivm, 2012.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direitos Humanos & Cidadania: à luz do novo Direito Internacional. Campinas: Minelli, 2002.
MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais: teoria geral, comentários aos Arts. 1º a 5º da Constituição da Repúbli-
ca Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência. – 3. ed. São Paulo : Atlas, 2000,. 19-58 p.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. – 12. ed. São Paulo : Saraiva, 2011.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. – 14. ed. São Paulo : Saraiva, 2012.
BRASIL. Constituição Federal.

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