Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A massa atômica é a forma padrão para medir a massa dos átomos, expressa em
unidade de massa atômica (u).
Os químicos resolveram tomar como base o carbono, por isso diz-se que a massa
atômica é relativa. Foi determinado que uma unidade de massa atômica equivale a
1,66 x 10-24 g, o mesmo que 1/12 da massa do carbono-12.
As massas dos átomos são comparadas com esse padrão de 1u, o que quer dizer
que a massa atômica indica quantas vezes um átomo pesa mais do que 1/12 do
carbono.
2
Vejamos alguns exemplos de massa atômica:
3
Portanto, a massa atômica de um elemento X, cujas massas dos isótopos são 22 e
36 e abundância de 40% e 60%, respectivamente, é de 30,4 u.
H: 2 x 1 u = 2 u
O: 1 x 16 u = 16 u
H2O = 2 u + 16 u = 18 u
A massa molar, por sua vez, é a massa expressa em gramas por mol. O mol é uma
unidade utilizada como padrão para medir a quantidade de matéria. Essa unidade
tem o valor absoluto de 6,02 x 1023 átomos, íons ou moléculas de uma substância.
4
A massa molecular e a massa molar têm o mesmo valor numérico, mas são
apresentadas em unidades diferentes. Sendo assim, a molécula de água tem massa
molecular de 18 u e massa molar de 18 g/mol.
O que é mol?
O mol corresponde ao número de espécies elementares em determinada massa de
uma substância. Um mol tem um valor absoluto de 6,02 x 1023.
Essa constante é importante para realizar cálculos químicos, pois nos permite obter
uma proporção entre a escala atômica e uma escala possível de mensurar.
Como a massa molecular da água é 18u, entende-se que a massa molar da água é
18 g/mol, ou seja, 1 mol de água possui 18 g de massa.
É um termo muito importante na química, uma vez que na indústria, por exemplo,
não se trabalha com poucas moléculas e sim com grandes quantidades de
substâncias.
5
Quando se usa o termo mol está se referindo a um amontoado de partículas que
correspondem a 6,02 x 1023. Desse modo, se falarmos em 1 mol de átomos de
cálcio, teremos 6,02 x 1023 átomos de cálcio.
Lei de Avogadro
A Lei de Avogadro, também conhecida como Constante de Avogadro, é um princípio
estabelecido em 1811 pelo químico italiano Amedeo Avogadro (1776-1856).
Ela indica que "volumes iguais de dois gases quaisquer nas mesmas condições de
pressão e temperatura contêm o mesmo número de mols de moléculas de gás." É
representada pelo símbolo NA (ou L).
● V é o volume do gás
● n é a quantidade de substâncias do gás
● k é uma constante de proporcionalidade.
6
importante da Lei de Avogadro é a constante do gás ideal e tem o mesmo valor para
todos os gases.
Onde:
● P é a pressão do gás
● t é a temperatura do gás
● c é a constante
Exercícios Resolvidos
Exemplo 1: Como calcular a massa de um átomo de carbono (C)?
Passo 1: Procurar a massa atômica do carbono na tabela periódica
A massa atômica do elemento químico carbono é = 12.01 u
Resposta:
Massa de C = 1,9994 x 10-23 g
7
Como os flocos de neve são feitos de H20, para obter a massa de 1 molécula de
água é preciso determinar as massas atômicas do hidrogênio e do oxigênio. Isso é
feito a partir da tabela periódica.
Condensação
8
A condensação representa a passagem do estado gasoso para o líquido.
9
O sorvete é um exemplo de uso da solidificação no cotidiano
Fusão
A fusão é a passagem do estado sólido para o líquido.
10
Gelo derretendo. O ponto de fusão da água ocorre a 0 °C
Vaporização
A vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso. Isso pode ocorrer de
duas maneiras:
11
Um exemplo de vaporização muito utilizado é a secagem de roupas num varal, a
roupa seca por conta da evaporação da água
Sublimação
A sublimação é a passagem do estado sólido para o gasoso e do estado gasoso
para o sólido (ressublimação).
12
O gelo seco (CO2 sólido) sofre sublimação em condições ambientes
Estados físicos da água
A água é facilmente encontrada em seus três estados físicos: sólido, líquido e
gasoso.
13
As diferentes mudanças de estado da água
Cada estado físico da água é possível de acordo com as variações de temperatura
e pressão.
Cada uma delas contribuiu para os estudos sobre os gases e suas propriedades, a
saber: volume, pressão e temperatura.
14
Isso ocorre porque as moléculas dos gases, diferente dos sólidos, estão separadas
umas das outras.
Gases Ideais
Os chamados “Gases Ideais” ou “Gases Perfeitos” são modelos idealizados,
utilizados para facilitar o estudo dos gases, uma vez que a maioria deles se
comportam como um "gás ideal".
Importante ressaltar que as três leis dos gases expõem o comportamento dos gases
perfeitos, na medida que uma das grandezas, seja pressão, temperatura ou volume
é constante, enquanto outras duas são variáveis.
Lei de Boyle
A Lei de Boyle-Mariotte foi proposta pelo químico e físico irlandês Robert Boyle
(1627-1691).
Onde,
15
p: pressão da amostra
V: volume
Lei de Gay-Lussac
A Lei de Gay-Lussac foi proposta pelo físico e químico francês, Joseph Louis Gay-
Lussac (1778-1850).
Onde,
V: volume do gás
T: temperatura
Lei de Charles
A Lei de Charles foi proposta pelo físico e químico francês Jacques Alexandre Cesar
Charles (1746-1823).
16
A fórmula que expressa a lei de Charles é:
Onde,
P: pressão
T: temperatura
Equação de Clapeyron
A Equação de Clapeyron foi formulada pelo físico-químico francês Benoit Paul Émile
Clapeyron (1799-1864). Essa equação consiste na união das três leis dos gases, na
qual relaciona as propriedades dos gases entre: volume, pressão e temperatura
absoluta.
Onde,
P: pressão
V: volume
n: número de mols
T: Temperatura
17
Equação Geral dos Gases Perfeitos
A Equação Geral dos Gases Perfeitos é utilizada para os gases que possuem
massa constante (número de mols) e variação de alguma das grandezas: pressão,
volume e a temperatura.
Onde,
P: pressão
V: volume
T: temperatura
K: constante molar
18
A estequiometria
19
As soluções químicas estão presentes em nosso cotidiano
Quantidade de soluto
De acordo com a quantidade de soluto que possuem, as soluções químicas podem
ser:
20
● Soluções insaturadas: também chamada de não saturada, esse tipo de
solução contém menor quantidade de soluto.
● Soluções supersaturadas: são soluções instáveis, nas quais a quantidade
de soluto excede a capacidade de solubilidade do solvente.
Estado físico
As soluções também podem ser classificadas de acordo com o seu estado físico:
21
Natureza do soluto
Além disso, segundo a natureza do soluto, as soluções químicas são classificadas
em:
● O que é molécula?
● Íon, cátion e ânion
Coeficiente de solubilidade
Solubilidade é a propriedade física das substâncias de se dissolverem, ou não, em
um determinado solvente.
22
Quando temos uma solução concentrada, podemos notar que o soluto não se
dissolve completamente no solvente, o que leva a presença de um corpo de fundo.
Onde:
Onde:
C: concentração
m: massa do soluto
V: volume da solução
23
Fique atento!
Como resultado, passamos de uma solução mais concentrada para uma solução
mais diluída.
24
É importante ressaltar que a mudança ocorre no volume da solução e não na massa
do soluto.
C = m/V
Onde,
C: concentração comum;
m: massa do soluto;
V: volume da solução.
A unidade mais utilizada para concentração comum é g/L, pois a massa de soluto é
calculada em gramas (g) e o volume de solução em litros (L).
25
Como calcular a concentração comum?
Uma solução é uma mistura homogênea formada por uma substância em menor
quantidade, chamada de soluto, dissolvida em um solvente, que está em maior
quantidade.
Portanto, em uma solução 2,6 g/L de iodeto de prata existem 2,6 g de soluto em
cada 1 litro de solução.
26
Sendo assim, ao evaporar o solvente da solução com concentração 6 g/L, foi obtido
3 g de soluto.
Onde,
d: densidade
m: massa
v: volume
27
Estrutura química da água e do gelo
O gelo é menos denso do que a água líquida, pois as moléculas da água em estado
gasoso estão mais afastadas do que quando se encontram em estado líquido. Ou
seja, nesse caso, além da temperatura, a pressão interfere na densidade da água.
É por isso que o gelo flutua em um copo com água. O mesmo acontece com os
icebergs.
Mas, por que o gelo afunda num copo com uma bebida alcoólica, por exemplo?
Porque os líquidos têm densidades diferentes. A densidade do álcool é 0,79 g/cm3,
ou seja, menor do que a do gelo que, por sua vez, é menor do que a da água em
estado líquido.
28
Composição da água salgada
A densidade da água salgada pode variar entre 1,017 e 1,030 g/cm3, o que decorre
da presença dos sais minerais (salinidade). Assim, é mais fácil boiar na água do mar
do que num lago.
Faça a experiência!
Para comprovar a diferença da densidade entre a água com sal e a água sem sal,
faça a experiência!
Coloque um ovo dentro de um recipiente com água. Você já sabe, o ovo afundará,
tal como acontece quando você quer fazer um ovo cozido e o coloca na panela.
Feito esse teste inicial, agora acrescente sal aos poucos e misture bem. O ovo
começará a subir.
29
Experiência da densidade da água
30
Popularmente chamada de molaridade, a concentração molar (M) é a razão
entre a quantidade de matéria de um soluto (em mol) e o volume de solução
(em litros). Sendo assim, é expressa em mol/L. É utilizado “mol” como
quantidade, ao invés de massa em gramas, por exemplo, para universalizar e
padronizar as unidades de medida e facilitar na hora de fazer cálculos.
Relacionadas
Massa molar
Mol
Número de mol
31
Fórmula da concentração molar
Equações
para o cálculo de concentração molar
32
Veja dois exemplos de como realizar o cálculo de molaridade de soluções.
Exemplo 1
Resolução: o valor de n é igual a 0,5 mol. Porém, como o volume não está em
litro, é preciso converter o valor
M= n
M= 0,5
0,25
M = 2,0 mol/L
33
Exemplo 2
Questão: Qual a concentração molar (M) de uma solução cujo volume é 0,350
L e contém 73,5 g de bicarbonato de sódio (NaHCO3)?
Na = 23 u
H=1u
C = 12 u
O = 16 u
M= m1
MMNaHCO3.V
M= 73,5
34
84 . 0,350
M= 73,5
29,4
M = 2,5 mol/L
35
Visto que tanto no denominador, como no numerador, está se tratando da mesma
unidade (a unidade de massa é o grama – g), o Título não possui nenhuma unidade
e é menor que 1.
Desse modo, se dissermos que o título de determinada solução é 0,4, isso significa
que para cada unidade de massa da solução, 0,4 corresponde à massa do soluto.
Porém, muitas vezes o Título é expresso em porcentagem. Para tal, basta
multiplicar o valor encontrado por 100%. Nesse caso é chamado de Porcentagem
em Massa (T%) *
Nesse caso, significa que em cada 100 g ou 100 unidades dessa solução, há 0,9 g
ou 0,9% de soluto, isto é, do cloreto de sódio (NaCl – sal de cozinha).
36
O Título pode ser dado também em porcentagem de volume. Nesse caso, a única
diferença é que no lugar de relacionar a massa do soluto com a massa da solução;
relaciona-se o volume do soluto com o volume da solução, segundo a fórmula a
seguir:
37
Na gasolina, o teor de etanol deve ser em torno de 25%
38
Para determinar o título em volume de uma determinada solução, basta utilizar a
seguinte expressão matemática:
T = V1
● T = Título
● V1 = Volume do soluto
● V = Volume da solução
Sabe-se que o volume da solução é a somatória entre o volume do solvente (V2) e o
volume do soluto (V1):
V = V2 + V1
Vale salientar que, quando trabalhamos o título em volume, não devemos levar
em consideração esse dado porque, ao misturar dois materiais líquidos, não
significa que teremos como volume final a somatória dos dois volumes utilizados,
pois pode ser que ocorra um aumento ou uma contração (diminuição) do volume.
P = T. 100
39
1º) Sabe-se que um litro de vinagre (solução aquosa de ácido acético - C2H4O2)
apresenta 55 mL de ácido acético. Calcule o título em volume e a porcentagem em
volume do ácido acético no vinagre.
Dados do exercício:
Volume do soluto = 55 mL
T=?
P=?
T = V1
T = 55
1000
T = 0,055
P = T.100
P = 0,055. 100
P = 5,5%
Dados do exercício:
Volume do solvente = 96 mL
Volume do soluto = 4 mL
40
Como o exercício pediu para desprezar qualquer variação de volume, podemos
realizar a soma e chegar ao volume da solução.
V = V2 + V1
V = 96 + 4
V = 100 mL
T=?
P=?
T = V1
T=4
100
T = 0,04
P = T.100
P = 0,04. 100
P=4%
41
Existem várias formas de se
calcular e determinar as concentrações das soluções químicas
Existem vários tipos de concentração das soluções químicas, entre eles, temos:
·Concentração Comum
·Concentração em mol/L
·Densidade
É importante lembrar que o índice 1 indica que a grandeza se refere ao soluto, índice 2 se
refere ao solvente e quando não há índice, trata-se da solução. Por exemplo:
m1 = massa do soluto;
m2 = massa do solvente;
Podemos relacionar esses tipos de concentração das soluções e, dessa forma, chegar a
novas fórmulas que podem ser usadas quando conveniente. Veja algumas dessas relações:
42
C = m1 → m1 = C . V
T = m1 → m1 = T . m
C.V=T.m
C = T . m (I)
d=m
C=T.d
É importante lembrar que a concentração comum (C) e a densidade devem estar nas
mesmas unidades. Não pode acontecer, por exemplo, de a densidade estar em g/L e a
concentração em g/cm3.
Agora temos uma nova fórmula que relaciona concentração comum, título e densidade.
Veja um exemplo de exercício em que podemos usar essa relação:
Exemplo:
“Numa estação de tratamento de água, adicionou-se cloro até 0,4% de massa. A densidade
da solução final era de 1,0 g/mL. Qual será a concentração de cloro nessa solução em g/L?”
Resolução:
Dados:
d = 1,0 g/mL
T = 0,4 %= 0,004
C = ? g/L
A primeira coisa que temos que fazer é igualar as unidades, passando a densidade de g/mL
para g/L:
1000 mL = 1 L
1,0 g ---------- 1 mL
x -------------- 1000 mL
43
x = 1000 g → d = 1000 g/L
C=T.d
C = 4 g/L
C = m1 → m1 = C . V
M = n1 → M = ___m1___ → m1 = MM1 . V . M
V MM1 . V
C . V = MM1 . V . M
C = MM1 . V . M
C = MM1 . M
Em que:
C = Concentração comum;
Exemplo:
Resolução:
Dados:
m1 = 30g
V=5L
MM1 = 60 g/mol
C = ? g/L
44
M = ? mol/L
C = m1
C = 30g
5L
C = 6 g/L
Agora podemos usar a relação abaixo para encontrar o valor da concentração em mol/L:
C = MM1 . M
M = __C__
MM1
M = __6 g/L __
60 g/mol
M = 0,1 mol/L
C = MM1 . M
C=T.d
MM1 . M = T . d
Exemplo:
45
Resolução:
Dados:
d = 1,84 g/cm3
T = 95% = 0,95
MM1 = 98 g/mol
M = ? mol/L
Primeiro temos que passar a densidade para g/L. Se 1 cm3 = 1 mL e 1000 mL = 1 L, então:
1000 cm3 = 1 L:
MM1 . M = T . d
M=T.d
MM1
98 g/mol
M = 1748 g/L
98 g/mol
M = 17,8 mol/L
Diluição de soluções
A diluição consiste em adicionar solvente a uma solução, sem modificar a
quantidade de soluto.
46
Lembre-se que a solução é uma mistura homogênea formada por solvente e soluto.
● Concentração inicial: Ci = m1 / Vi
● Concentração final: Cf = m1 / Vf
Onde:
m1 = massa de soluto
47
Exercícios Resolvidos
1. Ao diluir 100 mL de uma solução de concentração igual a 15g/L ao volume final
de 150 mL, a nova concentração será?
Resolução:
Ci . Vi = Cf . Vf
15 . 100 = Cf . 150
Cf = 1500/150
Cf = 10g/L
C1 . V1 + C2 . V2 = Cf . Vf
Cf = 96 g/L
48
Quando uma reação libera calor, ela é classificada como exotérmica. A absorção de
calor em uma reação, faz com que ela seja endotérmica.
Termoquímica e calor
Nas reações químicas pode haver absorção ou liberação de energia. Essa
transferência de calor é feita a partir do corpo que tem a temperatura mais alta para
aquele que possui a temperatura mais baixa.
49
Já a reação exotérmica é o inverso. Trata-se da liberação de calor e, assim, a
sensação é de aquecimento.
Entalpia
Entalpia (H) é a energia trocada nas reações de absorção e de liberação de energia,
respectivamente, endotérmica e exotérmica.
Não existe um aparelho que seja capaz de medir a entalpia. Por esse motivo, mede-
se a sua variação (ΔH), o que é feito considerando a entalpia do reagente (energia
inicial) e a entalpia do produto (energia final).
50
Entalpia de Energia liberada que resulta na queima de 1 mol de
Combustão substância.
Lei de Hess
Germain Henry Hess estabeleceu que:
A variação de entalpia (ΔH) em uma reação química depende apenas dos estados
inicial e final da reação, independente do número de reações.
ΔH = Hf – Hi
Onde,
51
(C) 3O2(g) → 2O3(g) ΔH = + 426,9 kj
Cinética Química
52
O que determina a rapidez com que ocorre uma reação química é o tempo em que
os reagentes são consumidos para formar produtos. Assim, a velocidade de uma
reação pode ser representada tanto pelo consumo de um reagente, quanto pela
geração de um produto.
53
Exemplo: uma reação química genérica pode ser representada pela equação:
Onde,
A e B são os reagentes
C e D são os produtos
Consumo Formação
54
● Reações moderadas levam de minutos a horas para serem finalizadas. Um
exemplo é a queima do papel.
● Reações lentas podem durar séculos, porque os reagentes combinam-se
lentamente. Um exemplo é a formação do petróleo.
Entretanto, apenas isso não garante que a reação ocorra. Também é preciso que as
colisões sejam efetivas (orientadas). Isso garantirá que as moléculas adquiram
energia suficiente, a energia de ativação.
Energia de ativação
A energia de ativação (Ea) é a energia mínima necessária para a formação do
complexo ativado e efetiva realização da reação.
As reações mais rápidas são aquelas que apresentam a menor energia de ativação.
Um exemplo de energia de ativação no nosso dia a dia é a energia obtida pelo atrito
para acender um fósforo.
55
Os principais fatores que afetam a velocidade das reações são:
Concentração de Reagentes
Quando a concentração dos reagentes aumenta, a frequência de choques entre as
moléculas também aumenta, acelerando a reação. Quanto maior a concentração
dos reagentes, maior a velocidade da reação.
Superfície de Contato
Essa condição afeta apenas reações entre os sólidos. A superfície de contato é a
área de um reagente que fica exposta aos demais reagentes. Como as reações
precisam de contato entre os reagentes, concluímos que: Quanto maior a superfície
de contato, maior a velocidade da reação.
Pressão
Essa condição afeta apenas reações com gases. Com o aumento da pressão, o
espaço entre as moléculas diminui, fazendo com que tenham mais colisões,
aumentando a velocidade da reação. Quanto maior a pressão, maior a velocidade
da reação.
Temperatura
Temperatura é uma medida de energia cinética, que corresponde ao grau de
agitação das partículas. Quando a temperatura é alta, as moléculas estão mais
agitadas, aumentando a velocidade da reação. Quanto maior a temperatura, maior a
velocidade da reação.
Catalisadores
O catalisador é uma substância capaz de acelerar uma reação química, sem ser
consumida ao final da reação. As enzimas são catalisadores biológicos. A presença
de um catalisador aumenta a velocidade da reação.
Equilíbrio Químico
O equilíbrio químico é um fenômeno que acontece nas reações químicas reversíveis
entre reagentes e produtos.
56
Quando uma reação é direta, está transformando reagentes em produtos. Já
quando ela ocorre de maneira inversa, os produtos estão se transformando em
reagentes.
Ele pode ser alterado quando ocorrem mudanças de: concentração, temperatura,
pressão e uso de catalisadores.
Em uma reação reversível ela pode ocorrer nos dois sentidos (representado por ):
57
Assim, nas reações diretas os reagentes formam produtos (reagentes → produtos). Já nas
reações inversas, os produtos formam reagentes (produtos → reagentes).
Velocidade x tempo
Observamos que v1 vai diminuindo à medida que os reagentes se transformam em
produtos. Já o v2 aumenta quando os produtos estão sendo formados.
Concentração x tempo
Observamos que a concentração dos reagentes é máxima e diminui porque eles
estão sendo transformados em produtos. Já a concentração dos produtos parte do
zero (porque no início da reação só haviam reagentes) e vai crescendo à medida
que estão sendo criados.
58
Quando o equilíbrio químico é atingido, a concentração das substâncias presentes
na reação é constante, mas não necessariamente iguais.
Sistemas gasosos
Soluções
Sistemas heterogêneos
Os componentes da reação, reagentes e produtos, estão em mais de uma fase.
59
A constante de equilíbrio (Kc) é uma grandeza que caracteriza o equilíbrio químico
levando em consideração os aspectos cinéticos das reações químicas e as soluções
em equilíbrio dinâmico.
Sendo que:
● [ ] é a concentração em mol/L
● a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos
Exemplo:
60
[N2] = 0,20 mol/L
61
Equações químicas Constante de equilíbrio Kp
Relação entre Kc e Kp
Sendo que:
Exemplo:
Grau de Equilíbrio
O grau de equilíbrio corresponde ao rendimento de uma reação química por meio da
relação entre o reagente e a quantidade de mols desse reagente.
62
Dessa forma, o grau de equilíbrio indica a porcentagem em mols de uma substância
até atingir o equilíbrio químico.
Note que quanto maior for o grau de equilíbrio, maior a chance da reação atingir o
equilíbrio.
Exemplo:
Supondo que a reação inicia com 100 mols de A. Se, ao chegarmos ao equilíbrio,
ainda houver 20 mols de A sem reagir, qual o grau de equilíbrio ele relação ao
reagente A?
●
●
Quanto maior o valor de α, maior é o caminho percorrido pela reação até chegar o
equilíbrio.
63
A previsão de como o equilíbrio químico é estabelecido foi determinada em 1864
pelos cientistas noruegueses Cato Maximilian Guldberg e Peter Waage. Após
observar os aspectos cinéticos das reações reversíveis, eles concluíram que:
Princípio de Le Chatelier
O químico francês Henry Louis Le Chatelier, em 1884, observando as alterações
das propriedades físicas e químicas de um equilíbrio químico fez a seguinte
generalização:
64
O deslocamento de equilíbrio corresponde a uma alteração da velocidade de uma
reação direta ou inversa. Como enuncia o princípio de Le Chatelier, sempre que
uma alteração ocorrer no equilíbrio ele se desloca a fim de minimizar essa
perturbação.
Influência da concentração
Quando aumentamos a quantidade de uma substância (reagente ou produto) em
uma reação, o equilíbrio se desloca para ser restabelecido, transformando essa
substância.
Influência da temperatura
65
Quando se diminui a temperatura de um sistema, desloca-se o equilíbrio liberando
mais energia, ou seja, a reação exotérmica é favorecida.
Influência da pressão
O aumento da pressão total faz com que o equilíbrio se desloque para o sentido de
menor volume.
Exemplo:
66
● Temperatura: aumentando a temperatura, o equilíbrio se desloca para
esquerda, favorecendo a reação endotérmica (absorvendo energia) e
formando mais reagentes.
● Pressão: aumentando a pressão, o equilíbrio se desloca para direita, que
tem menor volume (número de mols).
Influência do catalisador
Quando adicionamos um catalisador ao sistema, essa substância aumentará a
velocidade das reações direta e inversa, diminuindo então o tempo necessário para
que o equilíbrio químico seja atingido, mas não altera a concentração das
substâncias.
O que é pH?
O pH corresponde ao potencial hidrogeniônico de uma solução. Ele é determinado
pela concentração de íons de hidrogênio (H+) e serve para medir o grau de acidez,
neutralidade ou alcalinidade de determinada solução.
Escala de pH
67
Representação da escala de pH
O pH é representado numa escala que varia de 0 a 14. Ela mede a acidez e
basicidade de uma solução.
Sendo assim, o pH 7 representa uma solução neutra (por exemplo, a água pura). Já
os que estão antes dele são consideradas soluções ácidas (pH ácido), e os que
estão após o 7 são as soluções básicas (pH alcalino).
68
Exemplos
Soluções Ácidas
Solução pH
Vinagre 3,0
Café 5,0
Soluções Básicas
Solução pH
Alvejante 12,5
Como calcular o pH?
Em 1909, o químico dinamarquês Soren Sörensen (1868-1939) propôs que a acidez
das soluções, medida em termos das concentrações de íons H +, tivesse seus
valores transformados utilizando logaritmos para facilitar a compreensão.
69
Através dessa expressão, podemos obter o valor correspondente de uma escala em
outra através da subtração.
Indicador ácido-base
Os chamados indicadores ácidos-bases são utilizados para medir o pH de uma
solução. Eles são substâncias que mudam de cor indicando o caráter da solução.
Os indicadores mais utilizados são: o tornassol e a fenolftaleína.
Indicador de pH
Peagâmetro
70
Além dos indicadores, o pH de uma solução pode ser medida através de um
instrumento chamado de peagâmetro. Esse aparelho eletrônico mede a
condutividade elétrica da solução e converte para a escala dos valores de pH.
pHmetro digital
Podemos observar exemplos desse tipo de reação no dia a dia, com a combustão, a
fotossíntese e a formação da ferrugem.
Ao mesmo tempo que um elemento cede elétrons, outro irá recebê-los. Assim, o
número total de elétrons recebidos é igual ao total de elétrons perdidos.
71
Conforme o elemento que recebe ou doa os elétrons temos as seguintes
denominações:
Agente redutor: aquele que sofre oxidação, provoca a redução e aumenta o seu
número de nox. É o que perde elétrons.
Agente oxidante: aquele que sofre redução, provoca a oxidação e diminui o seu
número de nox. É o que ganha elétrons.
No exemplo dado, o zinco (Zn) sofre oxidação e perdeu 2 elétrons. Por isso, seu nox
aumentou e passou de 0 para +2. O cobre (Cu) sofreu uma redução e ganhou 2
elétrons. Portanto, seu nox diminuiu e passou de +2 para 0.
72
O zinco é um agente redutor porque doou elétrons para o cobre e, assim, promoveu
a sua redução. Já o cobre participou da reação como agente oxidante porque ao
receber os elétrons do zinco fez com que o metal se oxidasse.
Exemplos de oxirredução
1. No primeiro exemplo, a reação entre o ferro e o cloro ocorre mudança do número
de oxidação. O cloro por ser mais eletronegativo ganha elétrons e sofre redução,
enquanto o ferro doa elétrons e oxida.
73
O número de oxidação (nox) corresponde à carga elétrica dos átomos ou íons, ou
seja, é o número que identifica os elétrons que a espécie química perdeu ou ganhou
ao estabelecer uma ligação química. Os elementos tendem a ganhar, compartilhar
ou perder elétrons com o objetivo de se tornarem estáveis.
Tabela de nox
74
Metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs e Fr) +1
Prata (Ag) +1
Zinco (Zn) +2
Alumínio (Al) +3
Hidrogênio (H) +1
(ligado a ametais)
Oxigênio (O) -2
(em substâncias
compostas)
Essas informações são úteis para determinar o número de oxidação dos átomos de
outros elementos.
75
Exemplos: Fe, Zn, Au, H2, O2. Todos esses elementos possuem nox igual a 0.
76
Exemplo: Cr2O72-
Cr2 O7
2.x 7 . (-2)
2x -14
2x + (-14) = -2
2x -14 = -2
2x = 14 - 2
2x = 12
x = 12/2
x=6
Sendo assim, o íon dicromato (Cr2O72-) apresenta nox -2. No composto, o cromo
apresenta nox +6 e o oxigênio -2
Eletroquímica
Reações de Oxirredução
77
Na eletroquímica, as reações estudadas são as de oxirredução. Elas são
caracterizadas pela perda e ganho de elétrons. Isso quer dizer que ocorre a
transferência de elétrons de uma espécie para outra.
Entretanto, para saber quem ganha e quem perde elétrons, deve-se conhecer os
números de oxidação dos elementos. Veja esse exemplo de oxirredução:
O íon (H+) ganha um elétron, sofrendo redução. Com isso, provocou a oxidação do
zinco. É o agente oxidante.
Pilhas e Eletrólise
O estudo da eletroquímica compreende as pilhas e a eletrólise. A diferença entre os
dois processos é a transformação de energia.
Pilhas
78
A pilha, também chamada de célula eletroquímica, é um sistema onde ocorre a
reação de oxirredução. Ela é composta por dois eletrodos e um eletrólito, que em
conjunto produzem energia elétrica. Se conectarmos duas ou mais pilhas, forma-se
uma bateria.
Os elétrons são liberados no ânodo e seguem por um fio condutor até o catodo,
onde ocorre a redução. Assim, o fluxo de elétrons segue de ânodo para o catodo.
Em 1836, John Fredric Daniell construiu um sistema que ficou conhecido como Pilha
de Daniell. Ele interligou, com um fio metálico, dois eletrodos.
O outro eletrodo consistia em uma placa de cobre metálico (Cu), imerso em uma
solução de sulfato de cobre (CuSO4), representava o catodo.
79
Eletrólise
A eletrólise é a reação de oxirredução que ocorre de modo não espontâneo,
provocada pela passagem de corrente elétrica vinda de fonte externa.
Aplicações
A eletroquímica é bastante presente em nosso cotidiano. Alguns exemplos são:
A ferrugem dos metais é formada pela oxidação do ferro metálico (Fe) a cátion ferro
(Fe2+), quando na presença de ar e água. Podemos considerar a ferrugem como
um tipo de corrosão eletroquímica. O revestimento com zinco metálico, pelo
processo de galvanoplastia, impede o contato do ferro com o ar.
Radioatividade
80
Uma reação nuclear é diferente de uma reação química. Em transformações
nucleares o núcleo do átomo sofre alterações, já as reações químicas ocorrem na
eletrosfera do átomo.
Tipos de Radioatividade
A radioatividade das partículas Alfa, Beta e das ondas Gama são as mais comuns.
O tipo de radiação determina o poder de penetração na matéria, que são,
respectivamente, baixa, média e alta.
81
Emissões Alfa
São partículas pesadas de carga positiva, que possuem carga elétrica +2 e massa
igual a 4.
Possui pequeno poder de penetração, e por isso a sua radioatividade pode ser
impedida por uma folha de papel.
Emissões Beta
São partículas leves, de carga negativa e que não contêm massa. O elétron da
partícula é produzido por reações nucleares a partir de um nêutron e possui alta
velocidade.
Emissões Gama
São ondas eletromagnéticas de altíssima frequência e que não possuem massa e
carga elétrica.
A sua capacidade de penetração é superior aos raios-X e faz com que a sua
radioatividade passe tanto pelo papel como pelo metal.
A radiação gama é bem mais penetrante que os outros dois tipos devido o seu
comprimento de onda ser bem menor, podendo facilmente atravessar todo o nosso
organismo.
82
O tempo que essa desintegração do elemento leva para reduzir a sua massa pela
metade é chamado de meia-vida ou período de semi desintegração.
Leis da Radioatividade
Os estudos sobre as emissões radioativas contribuíram para criação de duas leis
sobre as desintegrações que ocorrem em núcleos atômicos.
Um átomo instável emite uma partícula alfa (α), diminui o número atômico (Z) em
duas unidades, ao passo que o número de massa (A) diminui em quatro unidades.
Assim: 24α
Segundo essa lei, um novo elemento químico pode ser formado com número
atômico com duas unidades a menos que o elemento inicial.
Exemplo:
O urânio-238 ao emitir uma partícula alfa gera o elemento tório. Da mesma maneira,
o tório pode emitir uma partícula alfa e levar à formação do elemento rádio.
Emissões Alfa
Em 1913, Frederick Soddy, Kasimir Fajans e Smith Russell criaram a Segunda Lei
da Radioatividade, também conhecida como Lei de Soddy, Fajans e Russell:
83
Um átomo instável emite uma partícula beta (β), aumenta o número atômico (Z) em
uma unidade, ao passo que o número de massa (A) permanece o mesmo. Assim: -
10β
De acordo com essa lei, o elemento criado é isóbaro do elemento inicial, pois
possuem mesma massa atômica e números atômicos com diferença de uma
unidade.
Exemplo:
Emissões Beta
Elementos Radioativos
A radioatividade pode ser natural, encontrada em elementos que estão dispostos na
natureza ou artificial, pela criação de elementos radioativos em laboratório.
Decaimento radioativo
À medida que a radiação é emitida, o átomo se desintegra, o que resulta na sua
transformação, pois é o número atômico que determina o elemento químico.
84
No decaimento radioativo há a diminuição da atividade radioativa e o tempo que
essa desintegração do elemento leva para reduzir a sua massa pela metade é
chamado de meia vida ou período de semi desintegração.
Descoberta da radioatividade
A radioatividade foi descoberta em 1896 por Henri Becquerel, ao investigar a
fosforescência natural das substâncias.
Aplicações da radioatividade
Radioatividade na medicina
A radioatividade na medicina é utilizada através dos exames de raio-x, cuja radiação
atravessa os tecidos com o objetivo de mostrar internamente o corpo humano.
85
Carbono-12 abundância de 98,9%
Com a mesma velocidade que o carbono-14 se forma, ele se desintegra por meio de
decaimento beta.
Usina nuclear
Nesse sistema, as reações nucleares são manipuladas de forma controlada para a
produção de energia na forma de calor.
86
Devido ao crescimento populacional e a busca para diversificação da matriz
energética, hoje a energia nuclear é responsável por 17% da geração de energia
elétrica no mundo.
Lixo Radioativo
A poluição radioativa é um dos problemas do uso da radioatividade.
Diversas áreas (medicina, engenharia, antropologia, entre tantas outras) fazem uso
de materiais que contém radioatividade.
Assim, os cuidados com os resíduos são indispensáveis para que esse tipo de lixo
não contamine o ambiente ou, ainda, resulte em acidentes nucleares.
87
Química Orgânica
A Teoria da Força Vital postulava que as substâncias orgânicas não poderiam ser
sintetizadas em laboratório, pois apenas os organismos vivos possuíam a energia
necessária para isso.
88
ele demonstrou que nem sempre os compostos orgânicos são originários de
organismos vivos.
Características do Carbono
O carbono é o elemento químico principal que forma todos os compostos orgânicos.
Ele é um ametal e conforme a tabela periódica, possui as seguintes características:
Cadeias carbônicas
A cadeia carbônica representa o conjunto de todos os carbonos e demais elementos
presentes em um composto orgânico.
89
● Cadeias carbônicas abertas, acíclicas ou alifáticas: são aquelas que
possuem duas ou mais extremidades livres.
● Cadeias carbônicas fechadas, cíclicas ou alicíclicas: são aquelas em que
não há extremidades livres, ou seja, forma-se um ciclo.
● Cadeias carbônicas mistas: são aquelas que possuem uma porção com
extremidade livre e outra porção fechada.
Funções Orgânicas
A função química representa um grupo de compostos com propriedades químicas
semelhantes. Eles são identificados por meio dos chamados grupos funcionais.
90
● Funções Hidrogenadas: Composto formado por carbono e hidrogênio, os
chamados por hidrocarbonetos (Alcanos, Alcenos, Alcinos, Alcadienos,
Cicloalcanos, Cicloalcenos).
Hidrocarbonetos
91
simples.
● Média: compostos de cadeia aberta e ligações
duplas.
● Alta: compostos cíclicos de 3 à 5 carbonos.
Hidrocarbonetos alifáticos
Formados por cadeias carbônicas abertas ou acíclicas, as quais possuem carbonos
terminais.
● Alcanos
● Alcenos
● Alcinos
● Alcadienos
Exemplo:
2,2,4-trimetilpentano
Hidrocarbonetos cíclicos
Formados por cadeia carbônica fechada ou cíclica as quais não possuem carbonos
terminais.
● Ciclanos
● Ciclenos
● Ciclinos
92
● Aromáticos
Exemplos:
Quanto às ligações das cadeias carbônicas, sejam elas simples, duplas ou triplas:
Hidrocarbonetos saturados
Os compostos são formados por ligações simples entre os átomos de carbono e
hidrogênio.
● Alcanos
● Ciclanos
Exemplo:
Metilciclopentano
Hidrocarbonetos insaturados
Os compostos formados possuem ligações duplas ou triplas entre os átomos de
carbono e hidrogênio.
93
● Alcenos
● Alcinos
● Alcadienos
● Ciclenos
● Ciclinos
● Aromáticos
●
Álcoois
Álcoois são compostos formados por hidroxilas ligadas a átomos de carbono
saturados. Os principais álcoois são o etanol e o metanol.
Nomenclatura
A nomenclatura dos álcoois segue a regra da IUPAC (União Internacional de
Química Pura e Aplicada, em português).
Os nomes dos álcoois são formados por prefixo, uma palavra intermediária e um
sufixo, da seguinte forma:
94
● sufixo - indica a função orgânica. Neste caso, é o sufixo para os álcoois.
O etanol ou álcool etílico (fórmula molecular C2H6O) é o tipo de álcool utilizado nas
bebidas alcoólicas e nos combustíveis.
Ele tende a substituir o lugar da gasolina. Isso porque ele é mais econômico e não
produz dióxido de enxofre (SO2), ou seja, é menos poluente.
Depois dos Estados Unidos, o Brasil lidera a produção de etanol a nível mundial. No
nosso país, a sua principal matéria-prima é a cana de açúcar.
É altamente tóxico, motivo pelo qual a sua ingestão pode provocar graves danos e
até mesmo a morte.
Classificação
Mediante a posição da hidroxila, os álcoois podem ser:
95
A partir da oxidação dos álcoois primários são obtidos os aldeídos, os quais podem
ser encontrados nas flores e nas frutas, por exemplo.
Propriedades
● Ácido
● Cheiro característico
● Densidade mais baixa do que da água
● Incolor
● Inflamável
● Líquido, quando têm até 11 carbonos. Sólido, acima de 11 carbonos
● Molécula polar
● Ponto de ebulição alto
● Tóxico
Isomeria
Isomeria química é um fenômeno observado quando duas ou mais substâncias
orgânicas têm a mesma fórmula molecular, mas estrutura molecular e propriedades
diferentes.
O termo deriva das palavras gregas iso = igual e meros = partes, ou seja, partes
iguais.
96
● Isomeria plana: Os compostos são identificados através das fórmulas
estruturais planas. Divide-se em isomeria de cadeia, isomeria de função,
isomeria de posição, isomeria de compensação e isomeria de tautomeria.
● Isomeria espacial: A estrutura molecular dos compostos apresenta
diferentes estruturas espaciais. Divide-se em isomeria geométrica e
isomeria óptica.
Isomeria plana
Na isomeria plana ou isomeria constitucional, a estrutura molecular das substâncias
orgânicas é plana.
Isomeria de cadeia
A isomeria de cadeia acontece quando os átomos de carbono apresentam cadeias
diferentes e a mesma função química.
Exemplos:
97
Aldeído: Propanal C3H6O
Exemplos:
Os dois compostos
diferenciam-se pela posição da ramificação
Isomeria de compensação
A isomeria de compensação ou metameria ocorre em compostos com a mesma
função química que diferenciam-se pela posição dos heteroátomos.
Exemplos:
98
Estrutura molecular de etil-propilamina C5H13N
Exemplos:
Isomeria geométrica
A isomeria geométrica ou cis-trans ocorre em cadeias abertas insaturadas e
também em compostos cíclicos. Para tanto, os ligantes do carbono têm de ser
diferentes.
99
Forma molecular de cis-dicloroeteno C2H2Cl2
Isso acontece porque Z é a primeira letra da palavra alemã zusammen, que significa
"juntos". E é a primeira letra da palavra alemã entegegen, que significa "opostos".
Isomeria óptica
A isomeria óptica é demonstrada pelos compostos que são opticamente ativos. Ela
acontece quando uma substância é provocada pelo desvio angular no plano de luz
polarizada.
Uma substância pode existir, ainda, em duas formas que são opticamente ativas,
dextogira e levogira. Nesse caso, ela é chamada de enantiômero.
100
Para que um composto de carbono seja opticamente ativo, deve ser quiral. Isso
quer dizer que os seus ligantes não podem se sobrepor, sendo assimétricos.
Reações Orgânicas
● Reação de adição
● Reação de substituição
● Reação de eliminação
● Reação de oxidação
Reação de Substituição
A reação de substituição acontece quando há átomos (ou um grupo) ligantes que
são substituídos por outros.
101
A nitração de um alcano produz um nitrocomposto.
Reação de Eliminação
A reação de eliminação acontece quando um ligante de carbono é eliminado da
molécula orgânica.
102
Exemplo 3: eliminação de halogenidreto
Reação de Oxidação
A reação de oxidação, também chamada de oxirredução, acontece quando há
ganho ou perda de elétrons.
103
A oxidação enérgica de um álcool primário produz ácido carboxílico e água.
Reação de Adição
A reação de adição acontece quando as ligações da molécula orgânica se rompem
e à ela é adicionado um reagente.
104
A hidrogenação de um alceno produz um alcano.
105