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ALOTROPIA:
É a propriedade que tem um mesmo elemento químico de formar duas
ou mais substâncias simples diferentes.
Exemplos:
FENÔMENO FÍSICO
É todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação de novas
substâncias.
São fenômenos físicos: a queda de um corpo, a reflexão da luz em um
espelho, a dilatação dos corpos, a evaporação do álcool, a fusão do gelo,
etc.
As mudanças de estado físico sofridas pelas substâncias são fenômenos
físicos.
3
Fusão Vaporização
Liberação de calor
FENÔMENO QUIÍMICO
Representação
Toda equação química possui dois membros separados por uma seta.
No primeiro membro encontram-se as substâncias REAGENTES e
no segundo membro, os PRODUTOS DA REAÇÃO.
Exemplos:
a) Combustão do etanol ou álcool comum:
b) Fotossíntese:
O ATOMO
Como você já sabe as substâncias são formadas por partículas
denominadas moléculas, e estas, por sua vez, são constituídas por partículas
menores, denominadas átomos.
Há muito tempo, cerca de 30 anos antes de Cristo, o filósofo grego
Demócrito já afirmava que a matéria era formada por partículas muito pequenas,
às quais ele chamou de átomos. Entretanto o conceito de átomo desse filósofo
é bem diferente do conceito admitido hoje pelos cientistas.
Segundo Demócrito essa partícula não pode ser dividida. Por isso, ele lhe
deu o nome de “átomo” que no grego, significa “indivisível”.
Atualmente após de muitos estudos e experiências, os cientistas afirmam
que o átomo é formado por várias partículas e que elas estão dispostas de tal
forma que o átomo pode ser dividido em partes: o núcleo e a eletrosfera.
O núcleo e a eletrosfera
O núcleo é a parte central do átomo. É formado por dois tipos diferentes
de partícula: os prótons (p) e os neutrons (n).
A eletrosfera, também conhecida por coroa, é constituída pelas
partículas que circundam o núcleo.
Essas partículas recebem o nome de elétrons (e) e são menores que os
prótons e os nêutrons.
Como você pode perceber, o átomo é muito parecido com o Sistema
Solar. No Sistema Solar, o sol fica no centro e ao redor dele giram os planetas.
No átomo, de um modo semelhante, os eletrons giram em torno do núcleo, em
órbitas dispostas em planos diferentes.
Num átomo, o número de prótons é igual ao de elétrons. Mas o número
de nêutrons pode ser diferente do de elétrons e de prótons.
Massa atômica
Como você sabe, o átomo é tão pequeno que é impossível vê-lo até
mesmo com o auxílio de microscópios potentes. Logo é impossível medir sua
massa ultilizando uma balança e as unidades usuais de massa, como grama,
quilograma, etc.
Para determinar a massa atômica, os cientistas precisavam de algo que
pudesse ser usado como padrão. Assim, em 1961, eles adotaram o átomo-
padrão o átomo do carbono com o número atômico igual a 6 e o número da
massa igual a 12. A seguir imaginaram esse átomo dividido em 12 partes iguais
e consideraram uma dessas partes como a unidade de massa atômica.
Imagine você também o átomo de carbono sendo dividido em doze partes
iguais. A unidade de massa atômica corresponde à massa de ½ do carbono 12.
Quando dizemos, por exemplo, que a massa atômica do hélio é 4,
queremos dizer que sua massa é 4 vezes maior que 1/12 da massa do carbono
12.
Camadas eletrônicas
Um átomo pode ter no máximo 7 camadas eletrônicas. Cada uma é
designada por uma letra. A mais próxima do núcleo é designada pela letra K, a
segunda pela letra L, a terceira pela letra M e assim por diante.
Cada uma das camadas eletrônicas tem um número máximo de elétrons.
Veja qual é esse número no quadro que segue:
Tabela de distribuição de elétrons
Camada eletronica Número máximo
de elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2
Note que o átomo de hélio tem apenas uma camada eletrônica, a camada k,
com 2 elétrons. Observe também que esse é o número máximo de elétrons
desta primeira camada.
O átomo
História
A idéia simples e parecia consistente: se a matéria podia ser dividida em
pedaços cada vez menores, devia haver um ponto que chegasse a mínima
fração possível.
Foi assim que os antigos filósofos gregos conceberam o átomo
(indivisível). A doutrina deve ter-se originado por outra do século V ªC. e seus
principais representantes foram Lucipo e Demócrito.
Do primeiro quase nada se sabe. O segundo discípulo daquele, nasceu
na Croácia, em torno do ano 460 a.C. Dono de uma curiosidade enciclopédica
realizou observações no terreno da Zoologia, dos quais só restaram fragmentos.
Além de indivisíveis, devido a sua pequena massa, e só se distinguiam
um dos outros por seu tamanho e por sua forma.
As diferentes formas é que davam às diversas substâncias suas
propriedades. Os líquidos, por exemplo, deviam sua fluidez ao fato de serem
construídos por átomos esféricos, deslizavam perfeitamente uns sobre os
outros.
O atomismo foi das primeiras tentativas de descobrir uma explicação
racional para a multiplicidade de seres da natureza. Abandonada durante a
idade Média cristã, a idéia foi preservada no mundo muçulmano.
O poeta místico persa do século XIII Djalau Ud-Din Rumi chegou a
afirmar que os átomos eram indivisíveis ( 700 anos antes da física moderna ). O
século XVII assistiu a uma retomada do interesse pelos átomos: O principal
representante do atomismo dessa época foi Pierre Gassendi (1592 - 1655),
professor no Collége Royal, de Paris. Ele procurou sintetizar as filosofias dos
antigos gregos com o cristianismo.
No século XIX, a partir das teorias sobre gases do inglês John Dalton e
do italiano Amadeo Avogrado, o atomismo deixou o terreno da filosofia para
entrar no da ciência.
Número atômico
O número de prótons, que não varia, recebe o nome de número atômico
e serve para identificar o elemento químico.
Cada número atômico é exclusivo de um determinado elemento químico.
O número atômico do hidrogênio é 1, pois o átomo de hidrogênio possui
apenas um próton.
Número de massa
A soma do número de prótons com o número de nêutrons é o número de
massa do átomo.
AZUL ULTRAMAR
Introdução
Claro - Na6Al6Si6O24S2
Médio - Na7Al6Si6O24S3
Escuro - Na8Al6Si6O24S4
Al (17.6 a 18.5)
H (0.2 a 0.2 )
Na (10.5 a 15.2)
O (41.7 a 44.2)
S ( 7.0 a 7.3)
Si (18.3 a 19.3)
História
A fonte mineral do ultramar é derivado do *Lasuli lápis “ Uma pedra semi preciosa
encontrada na china pérsia e tibe, foi trazida para a Europa no tempo medieval do
Afeganistão, sem dúvida entrou na Europa pelo porto de Veneza, um grande centro de
comércio oriental, o nome ultramar é derivado de * azurro ultramarino “ , azul além do
oceano. O ultramar apareceu como pigmento na região ao redor do Afeganistão onde foi
usado no século VI e VII para pintar as paredes do templo bamiyan.
Um processo para refinar o azul foi desenvolvido por Cemini na Itália no século VII e
VIII. Cemini, amassou uma pasta de lápis azule, cera de abelha, rezina, e óleo lencide, em
uma solução alcalina diluída neste processo a matéria estrangeira (calcita e a perita) é retirada
pela fase do olho em quanto as boas partículas do azul são cobertas pelo settiling, esse
processo aumenta o brilho do azul para o grau maior. Em 1432 o ultramar natural foi usado
por Jum Van, em sua pintura Santa Barbara, continuou a ser usado em manuscritos até o
ultramar azul sintético ser desenvolvido.
Em 1824 a Sociedade de Encorajamento da Pobre Industria Nacional da França,
ofereceu um prémio de 6.000 francos para a primeira pessoa que sintetizasse o ultramar com
um custo de 300 francos por quilo. Isso foi realizado quatro anos mais tarde por Guimet em
Tulise na França , um pouco mais tarde Cristian da Alemanha, descobriu um processo
similar. Em poucos anos fabricas para produzir o ultramar foram abertas na França,
Inglaterra, Bélgica, Estados Unidos. O azul sintético é idêntico em composição e estrutura em
comparação ao natural.
Produção do Pigmento
¯
Lavagem e Moagem Lavagem
¬ ¬
Decantação Úmida
¯
Moagem
Fórmula típica para a produção de três sombras desta cor, são dadas abaixo:
4
O produto assim obtido é lavado para a eliminação dos sais solúveis formados na
reação e submetido a uma moagem úmida para a redução das partículas, que inicialmente não
apresentavam valor pigmentar, até se obter uma faixa de poucas mm de tamanho coloidal.
A suspensão então é diluída em água a uma concentração pigmentar de 10 a 20 % e
transferida para tanques de sedimentação onde as partículas são separadas em função das
diferentes velocidades de sedimentação e são filtradas, lavadas, secas e moídas, obtendo-se o
produto final.
Aplicação
5
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
CARVÃO MINERAL
Alguém um “homo sappiens” tentou queimar arbustos, folhas secas, e para proteger
o fogo, cercou de pedras pretas, que se achavam soltas no chão da caverna.
Durante a queima dos arbustos, as pequenas pedras pretas mais próximas do fogo,
começaram a derreter, soltando fumaça esbranquiçada e depois rolos de fumos
marrons alaranjados.
Para surpresa do “homem”, após tanta chama desprendida da pedra, ela própria
começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor
do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou
ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.
No Brasil, essa história se inicia há cerca de 230 milhões de anos, na época em que a
crosta da terra ainda estava convulsionada por terremotos, vulcões, furacões,
vendavais e maremotos, que provocaram lentos ou violentos cisalhamentos e que
fizeram nossas montanhas e nossos limites costeiros, separados dos da África, pelo
Oceano Atlântico.
A matéria vegetal flutuante, pode ainda Ter sido transportada pelos rios e
acumuladas no fundo dos lagos ou pântanos mais, ou menos isolados, e, assim,
bactérias carboníferas limitadas serão encontradas separadas umas das outras, a
profundidades diferentes.
Estas substâncias são gasosas e, com a compressão, escapam através dos estratos
que soterram os vegetais, enriquecendo a massa carbonosa em carbono sólido,
restando pouca matéria volátil. A pureza do carvão em relação a matérias estranhas,
depende muito de como a massa original foi composta, misturada, transformada,
transportada e depositada.
A idade geológica do carvão brasileiro oscila entre 230 e 280 milhões de anos, que
segundo estudiosos do assunto, vem da era paleozóica – período carbonífero, que
ainda pode ser dividido em duas classes: Mississipiana e Pelsilvaniana. Como a
diferença entre os períodos é irrelevante, considerando que a terra tem quatro e meio
bilhões de anos, desde a sua origem, pouco importa.
Tipo % O2 % H2 %C
Celulose 49.4 6.2 44.4
Turfa 40.0 6.0 54 a 60
Linhito 25.0 5.0 65 a 75
Hulha 15.0 4.5 75 a 85
Antracito 3.0 2.0 95.0
RESERVAS MUNDIAIS
Praticamente 90% das reservas de carvão mineral, assim como das reservas de
petróleo, encontram-se localizadas no hemisfério norte, bem como desertos,
indicando que havia oceanos, onde atualmente quatro países detêm as maiores
reservas:
Rússia 56.5%
Estados Unidos 19.5%
Ásia China 9.5%
Canadá 7.8%
Europa 5.0%
África 1.3%
Outros 0.4%
Total 100.0%
O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de
solução para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia
faltassem, o carvão sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos
métodos até então conhecidos.
Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de
petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porem se não surgirem outras soluções
será o carvão o combustível fóssil disponível, por isso engenheiros que só sabem
lidar com o petróleo, estarão desempregados.
Possivelmente, após o ano 2000, já terão sido adotados processos mais eficientes, de
modo geral, as máquinas terão maior rendimento térmico, estarão em uso “células
combustíveis”, queima para gases ionizados para MHD, gaseificação, liquefação do
carvão, ( a África do Sul já faz ), etc, de modo a aproveitar melhor as reservas
remanescentes do século XX.
O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar
decisões importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao
desenvolvimento de cada país, considerando meio ambiente e saúde do trabalhador
na indústria carbonífera, onde o homem aos 50 anos, está com os pulmões forrados
de carbono (carvão) pela Pneumoconiose, sem ânimo e sem força para trabalhar, o
que significa, falta de equipamentos e métodos de proteção.
RESERVAS DO BRASIL
Até a crise energética mundial de 1972, o país não ligava para o nosso carvão,
alegando ser de baixa qualidade, pelo teor de cinzas. Com a crise, estudos foram
realizados surgindo a CAEEB, Companhia Auxiliar de Estudos Elétricos Brasileiros,
que ficou encarregada de desenvolver o consumo do nosso carvão, com verbas do
CNP, traçando inicialmente um programa de suprir as fábricas de cimento,
decidiram levar o carvão somente até o porto de Espírito Santo.
Composição:
Carbono 59.87%
Hidrogênio 3.78%
Oxigênio 7.01%
Enxofre 2.51%
Cinzas 26.83%
Total 100%
1º Chileno
2º Colombiano
3º Peruano
4º Mexicano
5º Brasileiro
Ø Secagem
Ø Pirólise
Ø Oxidação
Ø Redução
Como ocorrem as reações finais?
Eficiência: V . hg + Q +S
B. PCI
Sendo:
1 – Leito Fixo
2 – Leito Fluidizado
3 – Leito Arrastado
4 – Sais Fundido
1 – Leito Fixo – É o leito de carvão suportado por grelha fixa, onde o carvão é
alimentado por meios manuais e o ar entra por baixo da grelha.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
O gás de baixo poder calorífico é mais usado para fins industriais, canalizado até 10
km, cujo gaseificante é ar e vapor d’água, fabricado pela Cia. Riograndense de
Nitrogenados.
O gás de médio poder calorífico, tem aplicação mais ampla ( síntese de amônia,
síntese de metanol) usa como gaseificante oxigênio e vapor d’água.
Chuva ácida
1.1.1. – Períodos
Classificação Periódica
Tentar-se-á retratar nesta obra a mais exata síntese sobre Classificação
Periódica, procurando informar o caro leitor de que esta é uma das mais
extraordinárias convenções já determinadas pelos cientistas.
Mostrar-se-á que a Tabela Periódica possibilita rapidez e praticidade em
cálculos que necessitavam de tempo e bastante paciência para desenvolver os
mais complexos cálculos. As informações contidas na tabela, conforme a
Classificação Periódica estabelecida inicialmente por Mendeleyev, em 1869,
são simples e muito reduzidas.
1.1.1. – Períodos
As sete linhas horizontais que aparecem na tabela anterior são
denominadas períodos.
É importante notar que:
a) no 6º período, a terceira “casinha” encerra 15 elementos (do lantânio
ao lutécio) que, por comodidade, estão indicados em uma linha
abaixo da tabela; começando com o lantânio, esses elementos
formam as chamada Série dos Lantanídios;
b) Analogamente, no 7º período, a terceira “casinha” também encerra
15 elementos químicos (do actínio até o laurêncio), que estão
indicados na Segunda linha abaixo da tabela. Começando com o
actínio, eles formam a Série dos Actnídios.
Devemos ainda assinalar que todos os elementos situados após o urânio
(92) não existem na Natureza, devendo, pois, ser preparados artificialmente.
Eles são denominados Elementos Transurânicos. Além desses, são também
artificiais os elementos tecnécio-43, promécio-61 e astato-85.
d = _m_
v
Colóides
Questionário
3
b) Dispersão Coloidal Liófoba
R= Também chamada dispersão coloidal irreversível, é a dispersão
onde praticamente não existe afinidade entre o disperso e o
dispergente. Se a fase do dispergente for a água, a dispersão
coloidal é denominada hidrófoba. A formação de uma dispersão
coloidal liófoba não é espontânea e a passagem de gel a sol é muito
difícil.
c) Camada de Solvatação
R= A camada de solvatação é uma película formada a partir da
absorção ou fixação das partículas do dispergente na superfície das
partículas do disperso. Essa fixação ou absorção existente é devida
à uma grande afinidade entre as partículas do dispergente e do
disperso.
5) O que são micelas? Explique quando uma micela pode adquirir carga
elétrica positiva e quando pode adquirir carga elétrica negativa.
R= Micelas são aglomerados de átomos, íons ou moléculas. As micelas
podem adquiri carga elétrica positiva ou negativa, dependendo em que
tipo de sistema se encontra. Esses sistemas podem ser:
- Sistemas com excessos de cátions, onde as partículas do
disperso irão adsorver1 esses cátions, adquirindo carga elétrica
positiva; ou
- Sistemas com excessos de ânions, onde as partículas do
disperso irão adsorver esses ânions, adquirindo carga elétrica
negativa.
Além disso é importante observar que haverá um momento, durante
essa transformação, em que as micelas serão neutras e a dispersão
coloidal, descarregada; neste momento dizemos que a dispersão
coloidal atingiu seu ponto isoelétrico.
4
6) Em que situação uma dispersão coloidal atinge o ponto
isoelétrico?
R= A dispersão coloidal atinge o seu ponto isoelétrico no momento em
que, durante a transformação de cargas elétricas (alteração da
quantidade de cátions ou de ânions, dentro de um sistema), as
micelas fiquem neutras e a dispersão coloidal fique descarregada.
a) Eletroforese
R= Quando uma dispersão coloidal é submetida a um campo elétrico,
todas as partículas do disperso mig4ram para um mesmo pólo.
b) Movimento Browniano
R= O Movimento Browniano é resultante dos choques das partículas do
dispergente (principalmente quando este se encontra na fase
líquida) com as partículas do disperso. Devido a estes choques
constantes, as partículas do disperso adquirem um movimento de
ziguezague ininterrupto que pode ser observado ao ultramicroscópio.
c) Efeito Tyndall
R= O efeito Tyndall é, na verdade, um efeito óptico de espalhamento
ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de uma dispersão do
tipo aerossol.
O efeito Tyndall é o que torna possível, por exemplo, observar
as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de
luz, ou , ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina
através do farol do carro.
a) Por Fragmentação
R= Consiste em fragmentar as partículas do disperso até que elas
atinjam o diâmetro entre 10Å e 1000Å, o que pode ser feito de duas
maneiras:
- Moinho Coloidal: colocam-se os grânulos de matéria do disperso
entre 2 discos rígidos que giram a uma distância muito pequena um do
outro. Este é o método utilizado para preparar cosméticos como
sombras e pó faciais.
- Arco Voltaico: Coloca-se em um recipiente apropriado o líquido
que constituirá o dispergente e, mergulhados nesse líquido, dois
5
fios do material que constituirá o disperso. Aplica-se então uma
diferença de potencial nesses fios para provocar uma centelha entre
eles e fazer com que as partículas do disperso sejam liberadas e
distribuídas pelo dispergente. Este método é utilizado pelo apenas
para preparar dispersões coloidais metálicas, pois é necessário que
o disperso conduza corrente elétrica.
b) Por Aglomeração
R= É um processo inverso ao da fragmentação. Consiste em aglomerar
partículas de dimensões inferiores a 10Å até que elas atinjam o
tamanho característico das partículas que formam uma dispersão
coloidal, o que pode ser feito de três maneiras:
- Reação Química: Segundo a Lei de Weiman é possível obter uma
dispersão coloidal quando, numa reação de formação de um composto
pouco solúvel, as soluções reagentes apresentarem concentrações
extremas, isto é, muito diluídas ou muito concentradas.
Ex. 1Al2(SO4)3 (dil.)+NaOH (dil.) ® 3Na2SO4 (dil.)+2Al(OH)3
- Lavagem de precipitado: Fazendo-se um precipitado passar por
sucessivas lavagens com uma solução diluída que possua pelo menos um
íon em comum com o precipitado, vão se formando aos poucos
partículas de dimensões coloidais que ficam dispersas na solução
usada na lavagem.
Ex. Precipitado de Al(OH)3 lavado sucessivamente com solução
diluída de Al2(SO4)3 ou de NaOH.
- Mudança de dispergente: primeiro prepara-se uma solução de
determinada substância x em um solvente apropriado. Em seguida
adiciona-se à solução um líquido no qual a substância x seja
insolúvel e agita-se o sistema. Com a agitação, partículas de
dimensões coloidais da substância x se dispersam pelo líquido que
foi adicionado.
Ex. Solução de enxofre, 5g, em dissulfeto de carbono,
CS2 + água + agitação = dispersão coloidal de enxofre em água.
6
na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e
de uma dispersão coloidal através de uma membrana permeável.
10) Explique os dois fatores de que dependem basicamente a
estabilidade e destruição de uma dispersão coloidal
R= Os dois fatores são:
- Cargas elétricas: servem para manter os colóides estáveis,
quando as partículas possuírem as mesmas cargas elétricas. Se essas
partículas forem eliminadas pela adição de um eletrólito ou por uma
dispersão coloidal de carga oposta, as partículas irão se precipitar
e a dispersão coloidal será destruída.
- Camada de solvatação: é a absorção de moléculas do dispergente
pelas partículas do disperso. Ela evita o contato direto entre as
partículas do disperso. Se a mesma foi eliminada, a dispersão
coloidal será destruída.
7
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Combustíveis
1) Definição de combustíveis 3
2) Classificação 3
2.1) Sólido 3
2.2) Líquido 3
2.3) Gasoso 4
3) Combustível líquido 5
Hidrocarbonetos 5
Benzol 6
Álcool 8
4) Propriedades dos combustíveis 8
Volatilidade 8
Poder Calorífico 9
Calor Latente 10
Peso Específico 11
Viscosidade 11
5) Gasolina 11
Índice de Octano (antidetonância) 12
Aditivos utilizados 12
6) Óleo diesel 14
Índice de Cetano 14
Aditivos para melhorar o “NC” 14
- Bibliografia 16
1) Definição de combustíveis
2
De modo geral denomina-se combustível qualquer corpo cuja combinação química
com outro seja exotérmica. Entretanto, as condições de baixo preço, a existência na
natureza ou o processo de fabricação em grande quantidade limitam o número de
combustíveis usados.
Tendo por base o seu estado físico, eles podem classificar-se em sólidos, líquidos e
gasosos.
2) Classificação
2.1) Sólidos
São formados de C, H2, O2, S, H2O e cinzas, sendo combustíveis somente o C, O2,
H2 e o S. Entre os combustíveis sólidos, temos os minerais como lenha, serragem, bagaço
de cana, etc.
Os combustíveis sólidos para serem usados devem estar sob forma de pó muito
fino, ele é pulverizado com o ar durante a alimentação do cilindro. O grande problema que
apresentam os combustíveis sólidos, é a inaceitável erosão provocada nos pistões, válvulas,
cilindros, etc. Isto acontece porque os produtos da combustão contêm partes muito duras,
que ao depositarem nestes órgãos, causam estes inconvenientes.
2.3) Líquido
Também podem ser minerais ou não minerais. Os minerais são obtidos pela
refinação do petróleo, destilação do xisto betuminoso ou hidrogenação do carvão. Os mais
usados são a gasolina, o óleo diesel e o óleo combustível. Estes combustíveis são formados
de hidrocarbonetos, sendo o óleo diesel C8H17 e a gasolina C8H18. Os combustíveis
3
líquidos não minerais são os álcoois e os óleos vegetais. Entre os álcoois, temos o álcool
metílico e o etílico, enquanto que os óleos vegetais são formados de C, H2, O2 e N2.
2.3) Gasoso
Além de terem um baixo custo, porque geralmente são gases obtidos como
subprodutos, são combustíveis que formam com o ar uma mistura mais homogênea.
Esta característica, contribui para uma melhor distribuição nos cilindros,
aumentando o rendimento do motor. Aumenta também a facilidade da partida a frio do
motor.
Os combustíveis gasosos, segundo o seu processo de fabricação podem ser:
Þ Gás natural - é encontrado em locais arenosos que contêm petróleo em várias
profundidades do subsolo.
Os principais gases naturais são:
· Metano CH4
· Etano C2H6
· Dióxido de carbono CO2
· Nitrogênio N2
Os gases naturais obtidos através da refinaria de petróleo são:
· Propano
· Butano
Þ Gás do gasogênio - estes gases são obtidos através da combustão do carbono.
O emprego dos gases do gasogênio na automobilística, foi muito usado no tempo
da guerra, devido a inexistência de outros combustíveis. Hoje em dia não é muito utilizado,
por apresentarem os seguintes inconvenientes:
· Alta percentagem de poluição
· Baixo poder calorífico
· Para serem produzidos, são necessários equipamentos de grande porte.
Þ Gás do subproduto - pode ser obtido pelos seguintes processos:
4
· Processo destinado a produzir coque. A parte volátil do carbono é liberada com
o aquecimento dos hidrocarbonetos mais pesados, obtendo assim um gás em H2
e CH4
· Processo de produção de aço, onde se tem a formação essencialmente do CO e
N2.
3) Combustível Líquido
Hidrocarbonetos
São agrupados em quatro classes:
· parafinas
· olefinas
· aromáticos
· naftenos
- Família Parafínica
A séries parafinica dos hidrocarbonetos começa com o CH4 (metano) e os termos
sucessivos têm um átomo a mais de carbono ligados a dois átomos de hidrogênio e
recebem os seguintes nomes de acordo com o número de cabono:
1 carbono - METANO
2 carbonos - ETANO
3 carbonos - PROPANO
4 carbonos - BUTANO
5
5 carbonos - PENTANO
6 carbonos - HEXANO
7 carbonos - HEPTANO
8 carbonos - OCTANO
9 carbonos - NONANO
10 carbonos - DECANO
Benzol
O benzol é obtido da destilação dos catrames de carbono.
Devido a sua alta octonagem (NO = 120) e alto poder calorífico (10000 kcal/kg), é
muito indicado para ser usado nos motores à combustão interna.
6
A sua principal desvantagem é o alto ponto de solidificação (5ºC), que limita o seu
emprego, principalmente em países frios.
Este inconveniente pode ser minimizado adicionando ao benzol alguns produtos
químicos, como por exemplo, a gasolina.
Outro inconveniente é a dificuldade de se evaporar, portanto para que haja uma
formação homogênea da mistura ar mais combustível, é necessário que esta sofra um
preaquecimento.
- Carburantes
Possuem elevada volatilidade e são usados nos motores à ignição por centelha.
Os principais combustíveis que pertencem à classe dos carburantes são:
· gasolina
· benzol
· álcool
- Óleos combustíveis
Se dividem em:
· óleos combustíveis leves
· óleos combustíveis pesados
Os primeiros chamam-se óleo diesel e são empregados em motores de combustão
por compressão de médias e altas rotações, enquanto que os segundos são os óleos APF
(alto ponto de fluidez) e BPF (baixo ponto de fluidez), utilizados em motores de grande
porte e de baixa rotação.
A diferença que existe entre os óleos combustíveis pesados e leves é sobretudo sua
viscosidade, sendo a do óleo menor do que a do pesado.
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Em linhas gerais, a características principal de um óleo combustível é o “retardo de
ignição”, e, quando menor for, melhor será o óleo combustível.
Retardo de ignição é o tempo decorrido entre o início do combustível na câmara de
combustão e o início da ignição do óleo de combustível.
Álcool
Podem ser obtidos de produtos agrícolas ou da oxidação parcial do petróleo.
Eles são compostos orgânicos que podem considerar-se divididos de um
hidrocarboneto, saturado ou insaturado, mediante substituição de um ou mais átomos de
hidrogênio com uma mais oxidrilas OH, quando os álcoois contém um ou mais oxidrilas,
distinguem-se em monovalentes, bivalentes, etc.
- Volatibilidade
- Poder Calorífico
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É a quantidade de calor que pode produzir 1kg de combustível, quando este entra
em combustão com excesso de ar e gases de descarga são resfriados até o ponto de
ebulição da água, evitando assim que a água contida na combustão seja condensada.
Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nos motores
endotérmicos, a água contida neles se encontra sempre no estado de vapor, portanto, o que
deve ser considerado é o poder calorífico inferior e não o superior.
- Calor Latente:
- Peso Específico
10
É a relação entre o peso de uma substância e o de um volume igual de água
destilada, a uma temperatura de 4ºC. É o peso de uma substância por unidade de volume,
densidade.
Comercialmente, é usado para diferenciar os diversos tipos de combustíveis e
permite calcular ainda o volume, peso e consequentemente, a tonalidade térmica que é
expressa em kilocalorias por litro de mistura (cal/L).
Para o peso específico dos carburantes, os limites máximos geralmente admitidos
são 0,705 a 0,770kg/dm3. O peso específico da gasolina oscila entre 0,840 e 0,890kg/dm3.
- Viscosidade
5) Gasolina
Aditivos Utilizados
12
· Produz formação de depósitos de óxido de chumbo, ocasionando corrosão nas paredes
dos cilindros
· São tóxicos
· Não podem ser utilizados nos combustíveis empregados para alimentar motores com
catalisadores no tubo de descarga.
A percentagem adicionada destes aditivos no combustível, com a finalidade de
aumentar o número de octanas, varia na ordem de 0,08 cm3/litro a 0,9 cm3/litro.
Na figura abaixo é representado a curva da variação do NO da gasolina em função
da adição do chumbo tetraetila.
NO (motor)
90
88
86
84
82
80
78
76
74
13
100% ISO-OCTANO
110
105 75%
100 50%
95 25%
90 0%
85
80
75
70
6) Óleo Diesel
Índice de Cetano
14
· tionitrito de amila
· tionitrito de butila
· tiontrito de etila
· nitrito de amila
· peróxido de acetila
· nitrato de amila
· nitrato de etila
Dependendo da constituição do óleo combustível, pode-se elevar até 13 pontos o
“NC”.
No quadro são apresentadas as características de um óleo combustível leve e
pesado:
Característica leve pesado
número de cetano 50 - 60 30 - 45
água zero 0 - 0,50
ponto de anilina ºC 65 54
ponto de cogelamento ºC -34 -18
viscosidade centistoke a 37,7ºC 1,8 4,2
ponto de inflamabilidade 57,5 85
ponto de ebulição 174 198
grau api 42 28
15
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
2. Os Alcalinos (1 A ) Li, Na, K, Rb, Cs, Fr, quando ligados a outros átomos têm sempre
Nox = +1. Os mais importantes estão em negrito.
Frase idiota para guarda-los: Li Na Kasa de Rubens Coisas Frenéticas
3. Os Alcalino-Terrosos (2 A) Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra Quando ligados a outro átomo, têm
sempre NOX = +2
Frase: Bete Magrela Cantou o Sr. Barão
5. Oxigênio = -2
6. Zinco = +2
7. Alumínio = +3
8. Prata = +1
9. Hidrogênio = +1
10. Para Calcular o NOX de um elemento que não está na regra basta lembrar que A soma
de TODOS os nox em uma substância é igual a 0.
Exemplo: CrCl3 O Cloro está na regra, seu nox é igual a –1, como são 3 Cloros o total
de cargas negativas é igual a –3, certo? Para saber o nox do Bromo basta descobrir o
número que somado a –3 é igual a 0. Portanto o nox dele nesta substância será +3.
Cr Cl3
-1
x3
-3=0
Agora algumas dicas sobre Oxidação e redução.
Portanto reação de Oxid. e Redução é a reação onde alguém perde (doa) elétrons e alguém
recebe estes elétrons.
Para saber quem Doa e quem recebe basta calcular os nox de todos que participam de uma
reação como esta.
Se ocorrer mudança de Nox em algum elemento na reação, quer dizer que ela é de oxidação
e redução.
Agora para saber quem sofreu oxidação e quem sofreu redução Guarde:
Exemplo:
Zn + HCl Æ ZnCl2 + H2 Diminuiu
Aumentou
Note que de antes para depois o Zn aumentou o Nox, Portanto ele sofreu OXID.
Já o H sofreu REDUÇÀO, pois seu nox diminuiu.
Exemplo: “ Caso eu queira te dar um beijo. Eu não te daria este beijo caso vc não
permitisse recebe-lo, certo? Assim se eu te der o beijo, vc me fez dá-lo e eu te fiz recebe-
lo.” Se o beijo fosse um elétron, como vc me fez dá-lo, vc me fez sofrer OXIDAÇÃO.
Como eu te fiz recebe-lo, eu te fiz sofrer REDUÇÃO. Assim.
ELETROQUÍMICA
1 – Introdução
2 – Desenvolvimento
2.1 – Pilhas
2.1.1 – Pilha De Daniell
2.1.2 – Pilhas Comuns
2.2 – Eletrólise
2.2.1 – Eletrólise ígnea
2.2.2 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos inertes
2.2.3 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos ativos
2.2.4 – Leis de Faraday
2.3 – Aplicações
3 – Conclusão
4 – Bibliografia
1 – Introdução
Tentar-se-á mostrar neste trabalho uma pesquisa com o âmbito de alcançar um
conhecimento superficial mas com aprofundamento suficiente para estudos colegiais. A
obra aqui relacionada cita elementos e componentes da infinidade de estudos feitos por
vários e ilustres cientistas no campo da ciência responsável pela eletroquímica.
Mostrar-se-á o que tentamos demonstrar, ou seja, começamos falando do que são os
princípios e vamos a medida em que o leitor se aperfeiçoa no assunto, aprofundando cada
vez mais, levando além de uma boa síntese sistemática e bem dividida da eletroquímica, um
entendimento variado e abrangedor.
A eletroquímica é geralmente dividida em duas partes: A das pilhas, que estuda
sobre os tipos de pilhas como a de Daniell, e a que nós conhecemos e chamamos aqui de
comuns. E a da eletrólise, tratamos aqui de alguns tipos de eletrólise como a eletrólise ígnea
e as eletrólises em solução aquosa com eletrodos inertes e ativos.
2 – Desenvolvimento
Quando se aciona o interruptor de um aparelho movido a pilha, fecha-se o circuito de
uma corrente elétrica alimentada pela reação química que ocorre no interior das pilhas,
exemplo de um processo de natureza eletroquímica.
Eletroquímica é a disciplina científica que estuda e avalia as relações que se
estabelecem entre as reações químicas e os fenômenos elétricos, em particular as correntes
elétricas.
As primeiras pesquisas no campo da eletroquímica datam do século XVIII, quando
Alexandre Volta inventou sua pilha eletrolítica. Cabe, porém, ao inglês Michael Faraday o
título de principal impulsionador dessa ciência. Além de descobrir os mecanismos e leis da
eletrólise, fenômeno que potencializa e facilita a realização de certas reações químicas com
a ajuda de correntes elétricas, foi Faraday quem fixou grande parte da terminologia
empregada na eletroquímica moderna.
Reações eletroquímicas. As reações eletroquímicas fundam-se na existência de
moléculas com certo grau de instabilidade elétrica. Em função da distribuição dos elétrons
ao redor de seu núcleo, os átomos podem apresentar tendência a atrair novos elétrons ou,
pelo contrário, a repelir alguns deles.
Assim, diferenciam-se as moléculas integradas por átomos cuja tendência é ceder
elétrons daquelas cujos átomos tendem a tomá-los dos demais. Tais compostos, chamados
iônicos, são formados por um ânion (ou átomo que roubou elétrons) e um cátion (ou átomo
que os perdeu), de modo que ambos gozam de certa autonomia ou independência dentro da
molécula, por se considerarem completos.
Existe, por sua vez, outro tipo de moléculas, as chamadas polares, que, sem chegar a
repartir totalmente os elétrons, como se dá nos compostos iônicos, possuem átomos com
desiguais afinidades eletrônicas. Quando se passa uma corrente elétrica através de
substância composta de íons ou moléculas polares, pode-se facilmente provocar ruptura de
união e redistribuição de carga, isto é, reações químicas produzidas como efeito do impulso
elétrico.
O processo eletroquímico de aplicação mais freqüente é a eletrólise, que pode ser
utilizada na obtenção de energia elétrica a partir da energia desprendida em uma reação
química. Para tal se empregam sais iônicos dissolvidos ou fundidos em um recipiente ou
cuba eletrolítica, em que também se introduzem os dois pólos ou extremidades de um
circuito elétrico. Para que o circuito se feche, o líquido ou eletrólito contido na cuba deve
ser condutor de corrente elétrica. Esta, ao passar pelo líquido, provoca transformações
químicas e eventuais ganhos de energia. O pólo positivo submerso, ou ânodo, atrai os
ânions ou íons negativos da solução, enquanto o pólo negativo, ou cátodo, atrai os cátions
ou íons positivos. As pilhas constituem uma aplicação especial desse tipo de processo.
Incluem-se no campo de estudo da eletroquímica as chamadas reações de oxidação-
redução, ou redox, nas quais, ainda que não haja nenhuma corrente elétrica exterior,
produzem-se trocas de elétrons entre os diversos componentes. Assim, o elemento ou
composto oxidante captura os elétrons do chamado redutor, para dar lugar a novas ligações
químicas e, em conseqüência, a produtos de reação distintos dos iniciais. A eletrólise é um
dos processos que dão origem a reações redox. As reações eletroquímicas, sejam
eletrolíticas ou não, em geral são empregadas na obtenção de numerosos compostos
gasosos, puramente metálicos e orgânicos.
2.1 – Pilhas
Zn + CuSO4 ® Zn SO4 + Cu
A porcelana porosa deve impedir a mistura das duas soluções, mas deve permitir a
passagem dos íons que estão sendo atraídos ou repelidos pelas forças elétricas.
Após certo tempo de funcionamento da pilha, vamos notar que a chapa de zinco está
corroída, a chapa de cobre aumentou devido à deposição de cobre e as concentrações das
soluções se alterarem. Tudo isso é conseqüência da própria reação geral de funcionamento
da pilha:
Ou
Formado por placas de chumbo e placas contendo dióxido de chumbo e cujas reações
são:
b) Pilhas secas;
São as pilhas comuns (usadas em lanternas, rádios portáteis, etc.), formadas por um
invólucro de zinco recheado por uma pasta úmida contendo MnO2 e NH4Cl, e cujas reações
são:
2.2 – Eletrólise
1ª Lei de Faraday:
Essa lei pode ser comprovada com a célula mostrada abaixo. Medimos a intensidade da
corrente (i) com o amperímetro, o tempo (t) de passagem de corrente com um cronômetro,
e determinamos o aumento de massa (m) sofrido pelo catodo, devido a deposição de prata
durante a eletrólise. Verificamos então, que, na proporção em que aumentarem i e t,
aumentará a massa (m).
2ª Lei de Faraday
Podemos comprovar essa lei ligando, por exemplo, duas células eletrolíticas em
série, com soluções diferentes. A ligação série garantirá que a mesma quantidade de
eletricidade passará pela 1ª e pela 2ª célula eletrolítica. Contata-se que a massa de prata
(mAg) depositada na 1ª célula é diferente da massa de cobre (mCu) depositada na 2ª célula.
2.3 – Aplicações
Os processos eletroquímicos, utilizados em campos muito diversos, apresentam a
vantagem de não produzir contaminações do ambiente. Costumam, porém, gerar
rendimentos baixos, ao serem utilizados em grande escala para fins industriais.
Modernamente, usam-se procedimentos eletrolíticos para obter metais alcalinos como o
sódio e o potássio, ou alcalino-terrosos, como o magnésio, a partir de seus sais fundidos.
Do mesmo modo, são utilizados na indústria de recobrimento eletrolítico, quer do tipo
decorativo, quer de natureza anticorrosiva.
Os mecanismos eletroquímicos também intervêm na indústria de síntese química, dos
compostos inorgânicos às fibras sintéticas. A eletrólise constitui a base teórica e prática da
produção de certas pilhas e acumuladores de corrente contínua, e os mecanismos
eletroquímicos, em seu aspecto mais genérico, contam com um número muito amplo de
aplicações nas indústrias químicas e de material de construção.
3 – Conclusão
Conclui-se que a eletroquímica, estudada durante vários anos por ilustres cientistas
como Michael Faraday, Daniell e muitos outros anônimos que contribuíram muito para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento da eletroquímica. Hoje a eletroquímica é realmente
uma das mais usadas fontes de energia isolada, como no caso das pilhas, para você ouvir
um rádio, por exemplo, no meio do mato, não tem nenhum gerador de energia, e muito
menos tomada para ligar, então entra aí um dos mais usados processos eletroquímicos, o da
pilha, a pilha é simplesmente e unicamente elaborada através dos estudos da eletroquímica,
assim como milhares de outros aparatos feitos para se obter energia. Podemos caracterizar a
eletroquímica, como sendo simplesmente a energia química transformada em energia
elétrica, como nas baterias dos automóveis.
Em poucas palavras podemos dizer que a eletroquímica é a parte da físico-química
que estuda as propriedades elétricas das soluções, o comportamento dos íons em meio
líquido, a produção de energia elétrica nas reações em fase líquida que ocorrem nas pilhas,
e as propriedades elétricas das soluções coloidais. Podemos também dizer que a eletrólise é
o conjunto de fenômenos químicos ocorrentes nos eletrodos imersos numa solução
condutora, provocados pela passagem de corrente elétrica, e que podem ser decomposições,
deposições, combonações, desprendimentos gasosos, oxidações ou reduções.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Estrutura Atômica
Estrutura da Matéria
Estrutura Atômica e Estrutura da Matéria
Tentar-se neste trabalho desenvolver de maneira seqüencial informações
manipuladas para o desenvolvimento, das teorias sobre a estrutura da matéria e sobre a
estrutura atômica, organizando as teorias, e as formas desenvolvidas por cientistas e
datas.
Mostrar-se-á uma breve explicação sobre a formação da matéria, de forma
simples falando sobre o átomo e suas partículas também sobre exclusivamente o átomo,
sobre toda sua formação, estrutura, energia, etc.
Este princípio nos obriga a visualizar o elétron não mais como uma “bolinha”
em movimento rápido, mas sim como sendo um misto de partícula-onda, isto é, algo
que, às vezes, pode se comportar como partícula e, outras vezes, como onda
(semelhante às ondas elétricas, magnéticas, etc.).
Orbitais “s”
Todas as camadas eletrônicas possuem os chamados orbitais “s”, que são
esferas concêntricas ao núcleo e com diâmetros crescentes.
Cada orbital “s” pode conter um ou, no máximo, dois elétrons.
Orbitais “p”
Níveis energéticos
Subníveis energéticos
Orbitais
Os elétrons
Finalmente, cálculos matemáticos provaram que um orbital comporta no
máximo dois elétrons. No entanto, surge uma dúvida: se os elétrons são negativos, por
que não se repelem e se afastam? A explicação é a seguinte: os elétrons podem girar no
mesmo sentido ou em sentidos opostos (ou sentidos paralelo e antiparalelo), criando
campos magnéticos que os repelem ou os atraem. Essa rotação é conhecida como SPIN
(do inglês, to spin = girar).
Funções
É um grupamento de substancias compostas que apresentam propriedades químicas
semelhantes.
Tipos de funções:
Oxidos: são compostos binários com oxigênio na ponta direita da fórmula ( como
elemento mais eletronegativo).
Ex: CO2, H2O, N2O5, CO
Ácidos: São compostos com hidrogênio na ponta esquerda da fórmula ( como elemento
menos eletronegativo). OBS: quando o ácido é oxigenado o número mínimo de elementos
no composto será 3.
Ex: H2SO4, HClO3, HNO3, H3PO4
Bases: são compostos que apresentam OH- (hidroxila) na ponta direita da fórmula.
Ex: NaOH, Ca(OH)2
Sais: são compostos que apresentam um metal ou NH4+ (amônia) na ponta esquerda da
fórmula e um ametal diferente de Oxigênio ou um grupo de ametais na ponta direita.
Podem Ter H+ ou OH- (hidroxila) no meio.
Ex: CaOHCl, CaCl2, NaHCO3
Classificação:
1- Ox. Básicos 2- Ox. Ácidos
3- Ox. Anfoteros 4- Ox. Neutros
5- Ox. Salinos, Duplos ou Mistos
Se X for um metal :
Calcula-se o nox de X
· Se o nox de X for +1 ou +2 então o óxido será Básico. Exceto se for ZnO, SnO, PbO,
BrO, sendo esses Ox. Anfóteros.
· Se o nox de X for +3 ou +4 então o oxido será Anfotero.
· Se o nox de X for +5, +6 ou +7 então o óxido será Ácido.
· Se o nox for +8/3 o óxido será Salino. Este nox aparece com a estrutura X3O4.
Se X for um semi-metal:
Calcula-se o nox de X
· Se o nox de X for igual ao número do grupo o óxido será Ácido. nox = No do grupo
· Se o nox de X for diferente do número do grupo o óxido será Anfótero. Com exceção
do As2O3. Nox = No do grupo
Se X for ametal:
Não calcula-se o nox
· NO, N2O, CO são óxidos Neutros
· N2O4 ( NO2) é um óxido Duplo
· Os demais são óxidos Ácidos
Óxidos Básicos:
São aqueles que ao reagirem com água viram uma base. Ox. Básico + H2O = Base.
Ex: CaO + H2O à Ca(OH)2 Na2O + H2O à 2NaOH
Só reagem com água os óxidos básicos solúveis, sendo estes os que possuem elementos
do 1A e 2A. Os demais óxidos básicos são pouco solúveis em água e portanto reagem com
água com muita dificuldade; por esta razão considera-se que estes óxidos não reagem com
água.
Óxidos ácidos:
São aqueles que ao reagirem com água viram um ácido. Ox. Ácido + H2O = Ácido.
Ex: Cl2O + H2O à (H2Cl2O2) 2HClO Cl2O7 + H2O à (H2Cl2O8) 2HClO4
MnO3 + H2O à H2MnO4 Br2O3 + H2O à (H2Br2O4)
2HBrO2
Classificação:
Quanto a presença de oxigênio:
· Hidrácidos : são aqueles que não apresentam oxigênio na molécula. EX: HCl ,
H4Fe(CN)6 .
· Oxiácidos: são aqueles que apresentam oxigênio na molécula. EX: HclO , H2SO4 .
Nomenclatura
Para óxiácidos -
Nox: +7 à acido per_____ico
+6, +5 à acido _____ico
+4,+3 à acido _____oso
+2,+1 à acido hipo_____oso
Quando o acido for de P, As, Sb, B para que a nomenclatura esteja certa é
nesseçário por 3 H na molecula. Nos elementos citados acima ocorrem diferentes
moleculas nas quais o elemento central tem mesmo nox. Pela regra só se pode usar uma
nomenclatura ultilizando então pre-fixos:
Orto- H3 X Oa
Piro- H4 X2 Oa
Meta- H X Oa
Para Hidrácidos-
Acido ______ idrico
Classificação
Quanto ao número de hidroxilas:
· Monobases: bases com apenas uma hidroxila
· Dibases: bases com duas hidroxilas
· Tribases: bases com três hidroxilas
· Tetrabases: bases com quatro hidroxilas
Quanto a força:
· Bases fortes: > ou = a 50% de ionização. São fortes as bases com elementos dos grupos
1A e 2A.
· Bases fracas: < ou = a 5% de ionização. Bases com elementos dos demais grupos.
Quanto a solubilidade:
Por serem compostos iônicos, não há bases completamente insolúveis.
· Bases solúveis: bases com elementos do grupo 1A e NH4OH.
· Bases pouco solúveis: bases com elementos do grupo 2A, exceto Mg(OH)2
· Bases praticamente insolúveis: bases com elementos dos demais grupos incluindo
Mg(OH)2
Nomenclatura
Quando o elemento tem nox fixo:
Hidróxido de ___________(nome do elemento)
nome do elemento
Cátion da + âniom do
base ácido
Neutralização
A neutralização é feita para se verificar o número de moléculas que reagem, o
número de moléculas de sal e de água que se originam. Começa verificando-se primeiro os
metais, depois os semi-metais e após os ametais; em seguida verifica-se os oxigênios e
hidrgênios.
Classificação
Sal Neutro:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+ e um âniom diferente de
OH-.
A casos como NaH2PO2 que são sais neutros apesar de terem dois H+. Isso é
devido a eles serem originados de ácidos com H+ não ionizáveis. Qualquer sal que
apresente H2PO2 ou HPO3 e não tiver hidroxila (OH-) será um sal neutro.
Sal Ácido:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+, pelo menos um H+ e um
âniom diferente de OH-.
Sal Básico:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+, pelo menos um OH- e um
âniom diferente de OH-.
Sal Duplo:
São aqueles que apresentam 2 cátions diferentes de H+ e entre si mais um ânion
diferente de OH-. Podem apresentar apenas um cátion diferente de H+ mais dois ânions
diferentes de OH- e entre si.
Nomenclatura
Estabelecemos aqui a nomenclatura de cátions. Elementos com nox fixo limita-se
apenas ao nome do elemento; e que as nomenclaturas para nox variável são as seguintes:
Sufixos ico para o maior nox do elemento e oso para o menor nox
(considera-se apenas os dois menores nox do elemento.
Número do nox em algarismos romanos, dentro de um parêntesis
após o nome do elemento.
É necessário também estabelecer nomenclatura para os ânions, trocando o sufixo
dos ácidos dos quais se originam pelo seguintes sufixos:
Idrico à eto
Ico à ato
Oso à ito
Sais Neutros
________ de ________ (nox variável ou não)
nome do ânion nome do cátion
Sais Ácidos
1- __________ (mono) ácido de __________(nox variável ou não)
nome do ânion di, tri ... nome do cátion
Sais Duplos
1-Sais duplos com 2 cátions:
________ duplo de _________ e _________ (nox variável ou não)
nome do ânion nome do cátion nome do outro
da ponta esquerda cátion
Reações
Reações de Síntese
As reações de síntese são aquelas em que duas ou mais substancias reagem
formando uma única.
2Mg + O---2 à 2MgO2
Reações de decomposição
As reações de decomposição são aquelas em que um substancia origina duas.
1- ácido1 + sal2 à ácido2 + sal2 só ocorre reação se o ácido produzido for fraco
ou volátil ou o sal insolúvel.
2- base1 + sal1 à base2 + sal2 é necessario que ambos os reagentes sejam
solúveis, sendo a base resultante ou insoluvel ou fraca ou volatil ou o sal resultante tem
que ser insolúvel
Reações de Oxi-redução
São as reações em que ocorre pelo menos uma oxidação e uma redução. Oxidação é
o processo pelo qual um elemento perde elétrons, portanto aumenta o nox. Redução é o
processo em que um elemento ganha um elétrons, portanto diminui o nox.
Ex: 2Na + 2HCl à 2NaCl + H2 O Sódio (Na) oxidou.
O Hidrogênio (H) reduziu
Nox 0 Nox +1
Nox +1 Nox 0
FUNÇÃO ÁCIDO
Consiste as seguintes substâncias: ácidos súlfurico, H2SO4; ácido nítrico, HNO3; ácido
clorídrico, HCL; ácido sulfídrico, H2S.
Todos esses ácidos possuem, em sua estrutura química, o elemento
hidrogênio combinado com um ametal (CL, S) ou com um radical negativo (SO4,
NO3).
Podemos, assim, definir essa função da seguinte maneira:
Você deve ter observado que os ácidos do grupo dos hidráxidos - que
não apresentam oxigênio em sua composição - têm o nome terminado por ídrico.
Assim, para escrever o nome dos ácidos do grupo hidrácidos você deve
seguir este esquema:
Veja os exemplos:
Exemplos:
Assim:
· H2SO3 = ácido súfur + oso = ácido sulfuroso
nome latino do elemento central
Exemplos:
Um mesmo elemento químico pode dar origem a duas bases. Nesse caso,
usamos a terminação:
· oso para as bases em que for menor a valência do elemento ligado á hidroxila;
· ico para as bases em que for maior a valência do elemento ligado á hidroxila;
Veja o exemplo:
Fe(oh)2 = hidróxido ferroso
Fe(oh)3 = hidróxido férrico
Podemos também escrever o nome das bases sem a terminação oso ou
ico, colocando a valência do elemento em algarismo romano. Veja:
FUNÇÃO DO SAL
· Têm sabor salgado. O cloreto de sódio, por exemplo, é uma substância que
apresenta essa propriedade.
· Conduzem bem a eletricidade, quando em solução.
· São obtidas pelas reação de ácido com bases. Essa reação é denominada de
reação de neutralização ou de salificação. Exemplo: o ácido clorídrico reage
com o hidróxido de alumínio, produzindo cloreto de alumínio e água:
3HCL + AL(OH)3 - ALCL3 + 3H2O
ácido base sal água
Sais não oxigenados. São os sais que contêm oxigênio em sua fórmula.
Exemplos: cloreto de sódio, NaCL; iodeto de cálcio, CaL2; sulfeto de ferro, FeS.
NOME DOS SAIS
Podemos também nomear os sais a partir dos ácidos que lhes deram
origem.
No caso dos sais oxigenados, o nome deriva dos oxiácidos que lhes deram
origem, fazendo as seguintes substituições:
Pelo que foi até aqui, você deve ter percebido que ácidos bases e sais, quando
em meio aquoso, formam íons e que esses íons conduzem bem a eletricidade.
Por isso substâncias são chamadas eletrólitos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
I – Introdução
II – Desenvolvimento
III – Conclusão
I – Introdução
Tentar-se-à mostrar nesta obra uma pesquisa sobre a Lei das Reações Químicas,
sempre tentando esclarecer ao leitor que a química e a evolução dos estudos químicos
são como portas se abrindo diante de cientistas iluminados, a química não é complicada
e muito menos são as descobertas, muitas vezes pensa-se que uma descoberta depende
de anos de cálculos, milhares de números, mas a maioria das vezes é uma súbita
descoberta.
Mostrar-se-à uma síntese das Leis das Reações Químicas, começando com
Antoine-Laurent Lavoisier, criando os princípios básicos das combinações químicas até
Gilbert Lewis elaborar uma teoria eletrônica de reações entre compostos como
intercâmbios de elétrons.
II - Desenvolvimento
2.1 - Leis das reações químicas.
A estrutura metodológica criada pelo francês Antoine-Laurent Lavoisier, no final
do século XVIII, foi consolidada, no início do século XIX, com a enunciação dos
princípios básicos das combinações químicas.
A lei da conservação da massa, do próprio Lavoisier, afirma que, em todo
processo químico, não ocorre perda de matéria, somente transformação. Assim, a massa
das substâncias reagentes coincide com a dos produtos. Conforme mostrou Albert
Einstein, no entanto, verifica-se transformação de massa em energia em certos
processos de alteração de matéria, que recebem o nome de reações nucleares.
Joseph-Louis Proust enunciou a lei das proporções definidas, segundo a qual a
combinação de dois ou mais elementos para formar um determinado composto se efetua
sempre numa relação idêntica de pesos. O princípio das proporções múltiplas, devido a
John Dalton, propõe uma relação múltipla, ainda que limitada, entre os pesos dos vários
elementos, que se combinam para formar vários compostos da mesma família.
O químico alemão Jeremias Richter descobriu a lei das proporções recíprocas,
segundo a qual todos os elementos químicos reagem entre si para formar qualquer tipo
de compostos, de acordo com um conjunto de relações numéricas simples. Esse valor de
reação, característico para cada elemento químico, é denominado equivalente-grama ou
equivalente químico. Define-se como a quantidade de elemento que desloca, ou se
combina, com oito partes de oxigênio. A lei dos volumes de combinação, demonstrada
por Gay-Lussac, postula que, nas reações químicas, os gases são obtidos e se conjugam
em relações numéricas simples.
A conjunção teórica das leis das combinações químicas levou à hipótese atômica
de John Dalton. Publicada em 1808, a hipótese pode ser resumida em dois princípios: as
espécies químicas são compostas de unidades indivisíveis e básicas chamadas átomos, e
os átomos de um elemento são idênticos entre si e diferentes dos átomos de outros
elementos.
A idéia de Amedeo Avogadro de tomar a molécula, ou agrupamento de átomos,
como unidade que define a estrutura interna dos compostos concluiu o modelo clássico
da química do século XIX. A teoria das partículas, desenvolvida no século XX,
modificou algumas dessas concepções ao questionar a indivisibilidade do átomo e
verificar a existência dos isótopos, átomos ligeiramente distintos pertencentes a um
mesmo elemento.
Niels Bohr propôs um modelo de átomo formado por um núcleo central e níveis
periféricos de energia ocupados por partículas elementares de carga elétrica negativa,
denominadas elétrons. Inspirado nas idéias de Bohr, Gilbert Lewis elaborou uma teoria
eletrônica de reações entre compostos como intercâmbios de elétrons. Essas partículas
formam diferentes ligações, cuja natureza e distribuição determina as moléculas
resultantes. De acordo com essa hipótese, os elétrons da última camada da estrutura
atômica são os responsáveis diretos pelas combinações químicas.
III – Conclusão
Conclui-se que as Leis das Reações Químicas foi um conjunto de descobertas
importantíssimas para o progressos dos estudos químicos, e de todas as ciências que
dela depende. Vários foram os cientistas que colaboraram para a complementação e
término dessas leis, dentre eles podemos citar: Antoine-Laurent Lavoisier, Albert
Einstein, Joseph-Louis Proust, John Dalton, Jeremias Richter, Gay-Lussac, Amedeo
Avogadro, Niels Bohr, Gilbert Lewis, e alguns outros anônimos. Essas leis
compreendem um universo ilimitado de dúvidas e questionamentos sobre tal, o que,
conseqüentemente, gera estudos e descobertas como num ciclo aberto.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
FORÇAS INTERMOLECULARES
As moléculas se mantêm unidas devido às forças de atração que existem entre elas.
Quanto maior a força de atração, maior será a coesão entre as moléculas. Isso irá se
refletir em muitas propriedades como, por exemplo, num maior ponto de fusão e ebulição.
Essas forças de atração intermoleculares começaram a ser desvendadas em 1873 por Diderik
van der Waals, e atualmente se resumem em 3 tipos: forças de van der Waals, forças de
dipolo permanente e pontes de hidrogênio.
Essa repulsão provoca um movimento dos elétrons que vão se acumular numa região
da molécula, deixando a região oposta com deficiência de carga negativa.
Cria-se assim um dipolo induzido: a molécula apolar, onde se formou o dipolo, induz
as outras moléculas a também formarem dipolos, dando origem a uma pequena força de
atração elétrica entre elas.
Essas moléculas, unidas por forças de van der Waals, formam na fase sólida o que se
denomina cristais moleculares.
Exemplos importantes são os cristais de gelo seco ou gás carbônico, C02, sólido e
também os cristais de iodo, I2 sólido, que, por terem suas moléculas fracamente unidas,
passam facilmente da fase sólida para a fase gasosa, ou seja, sofrem sublimação.
São forças de natureza elétrica, mais fortes que as forças de van der Waals.
A união de moléculas por força de dipolo permanente, na fase sólida, dá origem aos
cristais dipolares, por exemplo: HCl sólido.
Pontes de hidrogênio
Pontes de hidrogênio são forças de atração de natureza elétrica, do tipo dipolo
permanente, porém nem mais intensas.
Ocorrem quando a molécula possui hidrogênio ligado a elemento muito
eletronegativo: flúor, oxigênio ou nitrogênio.
A “ponte” é formada pela atração entre o hidrogênio de uma molécula e o átomo
muito eletronegativo (F, O ou N) de outra molécula. Por ser essa uma força de atração
bastante forte, as moléculas que fazem pontes de hidrogênio possuem pontos de fusão e
ebulição muito altos. Na fase sólida formam cristais dipolares.
Um exemplo importante de molécula que faz ponte de hidrogênio é a água.
Considerando-se uma massa fixa de água, o volume ocupado por essa massa será muito
maior na fase sólida que na fase líquida.
Isso ocorre porque o arranjo do cristal dipolar, através de pontes de hidrogênio, segue
uma estrutura rígida que leva um mesmo número de moléculas de água a ocupar na fase
sólida um espaço maior do que ocuparia na fase líquida, livres de tal rigidez.
Alcoóis
São compostos orgânicos contendo um ou mais grupos oxidrilas (OH) ligados
diretamente a átomos de carbono saturados.
São muito usados como solventes e como matéria-prima para a obtenção de
inúmeros outros compostos orgânicos.
Aldeídos
Todos os compostos orgânicos que apresentam o radical são
chamados de aldeídos. Esse grupo funcional recebe o nome de metanoíla ou formila.
São usados como desinfetantes e na fabricação de plásticos e medicamentos.
Cetonas
As cetonas são todos os compostos orgânicos que apresentam o radical
ligado a dois átomos de carbono. Esse grupo funcional (também representado por
– CO – ) recebe o nome de carbonila.
As cetonas são usadas como solventes e em perfumaria.
Funções Orgânicas
Ácidos carboxílicos
Ou carboxilácidos são compostos orgânicos com um ou mais grupos
ou – COOH . Esse grupo é denominado carboxílica.
Os ácidos são usados na preparação de ésteres e de outros compostos
orgânicos.
Ésteres
São compostos resultantes da reação de um ácido carboxílico com um álcool.
Usados como essências de frutos, óleos vegetais e animais.
Éteres
São compostos que apresentam um átomo de oxigênio ligado a dois radicais
orgânicos R – O – R .
É usado na indústria como solvente de óleos, gorduras, resinas. Na medicina é
usado como anestésico local.
Funções Orgânicas
Fenóis
São compostos orgânicos com uma ou mais oxidrilas ligadas diretamente ao anel
aromático.
São importantes como desinfetantes e na produção de plásticos.
Aminas
São compostos orgânicos derivados do NH3 pela substituição de um ou mais
hidrogênios por igual número de radicais.
É usada na indústria de corantes.
Amidas
São compostos derivados teoricamente do NH3 pela substituição de um, dois ou
três hidrogênios por grupo acila.
Funções Orgânicas
Nitrilos
São compostos que apresentam o grupo funcional – CN(R – CN e Ar – CN)
Haletos orgânicos
São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela troca de um ou mais
hidrogênios por halogêneos.
São importantes na fabricação de plásticos, solventes, inseticidas, medicamentos,
etc.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Resumo
Nesse relatório vamos identificar as descontinuidade de uma peça usando ensaio por
líquidos penetrantes, o qual consiste na aplicação do líquido penetrante e de um
revelador que irá identificar as falhas na peça.
É importante que o material ao qual irá submeter-se ao ensaio esteja devidamente limpo
para que ocorra o penetração do líquido penetrante.
Com esse ensaio pode-se prevenir acidentes, diminuir os custos, melhorar a
confiabilidade e obter informações para reparo.
Introdução
Líquido Penetrante.
É um método de ensaio não destrutivo (END) para a detecção de descontinuidades
abertas na superfície de materiais sólidos e não porosos.
Este método emprega um líquido penetrante, o qual é aplicado na superfície, penetrando
nas descontinuidades. Após um determinado tempo de penetração, o excesso é
removido, aplica-se um revelador e é feita a observação das descontinuidades através da
observação do vazamento do líquido penetrante.
Líquido Penetrante pode ser usado em qualquer material. É essencial que o material seja
cuidadosamente limpo, de outra maneira será impossível que o líquido penetre no
defeito.
Um bom líquido penetrante
O líquido penetrante é formado pela mistura de vários líquidos, e deve apresentar uma
série de características, indispensáveis ao bom resultado do ensaio.
Vejamos quais são essas características:
É bom saber que nenhuma dessas características, por si só, determina a qualidade do
líquido penetrante: a qualidade depende da combinação destas características.
· Fluorescentes (método A)
Constituídos por substâncias naturalmente fluorescentes, são ativados e processados
para apresentarem alta fluorescência quando excitados por raios ultravioleta (luz negra).
· Laváveis em água
Os líquidos penetrantes deste tipo são elaborados de tal maneira que permitem a
remoção do excesso com água; esta operação deve ser cuidadosa; se for demorada ou se
for empregado jato de água, o líquido pode ser removido do interior das
descontinuidades.
· Pós-emulsificáveis
Neste caso, os líquidos penetrantes são fabricados de maneira a serem insóluveis em
água. A remoção do excesso é facilitada pela adição de um emulsificador, aplicado em
separado. Este combina-se com o excesso de penetrante, formando uma mistura lavável
com água.
As características dos penetrantes sem dúvida nos ajudarão a escolher o método mais
adequado para um determinado ensaio, porém o fator mais importante a ser considerado
são os requisitos de qualidade que devem constar na especificação do produto.
É com base nestes requisitos que devemos escolher o método. Não se pode
simplesmente estabelecer que todas as descontinuidades devem ser detectadas, pois
poderíamos escolher um método mais caro que o necessário. Precisamos estar
conscientes de que a peça deve estar livre de defeitos que interfiram na utilização do
produto, ocasionando descontinuidades reprováveis.
Com base nesses aspectos, um método mais simples e barato pode ser também eficiente
para realizar o ensaio.
Objetivo
Materiais Utilizados
Procedimento
Trinca Profundas
Conclusão
Os minerais são extraídos da natureza, após ser retirados não se renovam, portanto, eles são recursos não-
renováveis
II – DESENVOLVIMENTO
Parte I : Os Minerais
1
Alguns minerais são compostos de elementos simples, como o cobre, o ouro, a platina e o
enxofre. Outros são formados de dois ou mais elementos, como a mica formado por silicato de
alumínio e de metais alcalinos e o quartzo formado por óxido de silício.
Na natureza existe cerca de 2000 minerais e maioria deles são metálicos como o cromo,
ferro, ouro , mercúrio ,etc e a minoria são não-metálicos como a grafita, quartzo, enxofre, pedra
preciosa, mármore, etc.
A maioria das rochas é formada é formada por vários tipos de minerais . Quando o
mineral tem valor comercial, ele é chamado de minério . Por exemplo: a hematita é um minério ,
pois dela se obtém, nas indústrias siderúrgicas , o ferro , um metal; e transformados em peças,
instrumentos e objetos diversos que cercam o nosso dia-a-dia.
Os minerais são todas as substâncias inorgânicas encontradas na crosta terrestre, e são formados dentro de
diferentes tipos de rochas.
Existe na crosta terrestre, mais de 2000 minerais conhecidos. Porém nem todos são
utilizados.
Os minerais mais utilizados podemos classifica-los em três classes: metálicos, não
metálicos e minerais fósseis ou combustíveis.
a) Minerais metálicos:
Dentro da classe dos metálicos os minerais são divididos em sub-classes que são:
· Minerais metálicos básicos, que são o ferro, cobre, zinco, estanho e o
chumbo;
· Minerais metálicos de liga que são o tungstênio, molibdênio, vanádio,
cobalto, cromo e o manganês;
· Minerais metálicos preciosos, são o ouro, a prata e a Platina;
· Outros minerais metálicos são o rádio, o urânio e o mercúrio.
A rádio e o urânio são minerais radioativos, e seu manuseio é muito perigoso.
Há vários tipos de metais, o ferro é considerado um mineral metálico básico e o alumínio é um tipo de mineral
metálico classificado como metal leve.
Os minerais não metálicos podem ser divididos também em sub-classes, conforme a sua
2
utilização:
· Minerais não metálicos utilizados em construções temos o calcário, granito,
basalto, gnaisse, ardósia, cascalho, mármore e areia;
· Minerais não metálicos utilizados como fertilizantes temos o nitrato,
potássio e o fosfato;
· Minerais não metálicos de utilizações diversas temos o sal, enxofre, talco,
mica, quartzo, argila, pedras preciosas, etc.
Estão classificados como minerais fósseis o petróleo, o carvão mineral (hulha) e o xisto
betuminoso.
O carvão mineral e o petróleo são minerais fósseis, pois foram originados de restos de animais e de plantas
soterrados a milhões de anos atrás.
Os minerais são utilizados para diversas finalidades, desde um simples objeto de uso
doméstico, como por exemplo um vaso de cerâmica, até os aparelhos mais complicados usados no
espaço como por exemplo os Satélites artificiais.
A descoberta e a utilização dos minerais ampliaram a possibilidade de construir várias
coisas, como instrumentos de trabalho, pontes, aviões, automóveis, etc.
Os minerais são utilizados como fonte de energia ou combustíveis e podem movimentar
as máquinas. Enfim, os minerais é de grande importância para a vida humana. Sem eles o homem
não conseguiria atender as suas mais simples necessidades diária.
Os minerais são utilizados para diversas finalidades e estão sempre presentes em nossas vidas, desde um simples
objeto de uso doméstico, como por exemplo uma tesoura, uma pinça, um termômetro, etc. , até os aparelhos mais
complicados usados no espaço como por exemplo os foguetes e todos são muitos importantes.
4
a) Ouro
O ouro é um mineral metálico precioso, que se encontra na natureza pronto o uso. Ele
não se oxida fácil, ou seja, não enferruja, por isso é considerado um metal nobre.
O ouro é o metal mais raro e precioso, pois existe em pouca quantidade na crosta
terrestre. O ouro não é empregado unicamente na fabricação de jóias, ele é utilizado também na
indústria química, eletrônica, na fabricação de aparelhos avançados da aeronáutica, em aparelhos
espaciais e odontológicos.
O ouro é um mineral metálico precioso, é encontrado em jazidas, rios, etc no seu estado nativo e além de ser
usado para a fabricação de jóias é utilizado também na indústria química, eletrônica, na fabricação de
aparelhos avançados da aeronáutica, em aparelhos espaciais e odontológicos.
b) Ferro
O ferro é um dos metais que mais existe na crosta terrestre, também é um dos mais
importantes para o homem. O ferro e sua liga com o carbono resulta no aço e são usados
praticamente em todos os tipos de objetos, veículos, instrumentos, edifícios, pontes, etc., ele é
responsável pelo grande grau de desenvolvimento que a civilização atingiu.
O ferro em estado puro é um metal branco, reluzente e que, em contato com o ar úmido
enferruja-se facilmente. Ele está presente em quase todos os mineiros, principalmente na hematita,
magnetita e limonita.
O minério de ferro é encontrado sob forma de jazidas. Depois de extraído é levado para
a industria siderúrgica, onde o minério de ferro é aquecido a temperatura altíssima em forno
especial e transformado em ferro, ele sai de lá derretido, depois desse processo obtém-se vários
tipos de ferro que serão utilizados na fabricação de objetos como pregos, parafusos, tesouras,
ferramentas diversas, portas, janelas, portões, veículos, etc., enfim o ferro é utilizado para infinitas
coisas que usamos em nosso dia-a-dia.
O minério de ferro é extraído das jazidas, depois é levado para as siderúrgicas, onde em fornos especiais em alta
temperatura é derretido e transformados em placas de ferro.
Depois o ferro é transformado em enumeras objetos como pregos, tesouras, estradas de ferro, janelas, portas,
portões, etc., . O aço é feito de ferro misturado com um pouco de outras substâncias.
c) Alumínio
Alumínio é obtido a partir da bauxita, assim como o ferro é um dos minerais que mais
5
existe na crosta terrestre. É um metal leve, maleável e resistente à corrosão, sendo um bom condutor
de calor.
O minério de alumínio é retirado das jazidas e levado para a industria, onde em alta
temperatura, a eletricidade transforma o minério em alumínio derretido, que é colocado em moldes.
Quando ele esfria e endurece é vendido para outras industrias e irão utilizá-lo para fazer produtos
para serem utilizados pelos consumidores.
As ligas do alumínio com o cobre e magnésio são muito resistentes e leves e são usados
nas industrias de material de construção civil, engenharia e geração de energia. Ele também é muito
utilizado para fabricação de utensílios domésticos como panelas, garfos, facas, canecas, latas de
refrigerantes, etc.
Quando esfria o alumínio endurece, então é vendido para as indústrias para serem transformados em produtos
para serem utilizados pelo homem como latinhas de refrigerantes, panelas, antenas, peças de avião, etc.
d) Chumbo
O chumbo é usado como protetor contra as radiações ( luvas feitas de chumbo), na fabricação de baterias, etc.
e) Cobre
O cobre é ótimo condutor elétrico, é muito utilizado na fabricação de fios elétricos, telefônicos, de circuitos, etc.
f) Pedras preciosas
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As pedras preciosas são minerais raros e bastante duros.
São pedras consideradas preciosas são quatro: rubi, de cor vermelha; safira, azul-escuro,
esmeralda, verde; e o diamante, branco fosco. Depois de lapidado, o diamante adquire um brilho
especial e é chamado de brilhante.
As pedras preciosas são utilizadas para fazer jóias. Mas elas têm também outras
finalidades como por exemplo: O rubi é usado para fazer eixos de certos mecanismos em que é
preciso evitar o desgaste. Com o diamante, por ser a pedra mais dura que se conhece, as industrias
fazem objetos de corte e perfuração para outras industrias.
As pedras preciosas são minerais raros e bastante duros, e são consideradas preciosas o rubi, a
safira, a esmeralda e o diamante.
O diamante depois de lapidado é chamado de brilhante. As pedras preciosas são utilizadas para fazer jóias , mas
também tem outras finalidades, como o por exemplo o diamante é usado para fabricar objetos de corte e
perfuração.
g) Mercúrio
O único metal que é líquido ä temperatura normal é o mercúrio, ele tem cor prateada e
dissolve muitos metais, especialmente ouro e a prata.
Para extrai-lo de seus minérios, basta usar o calor, pois ele ferve a uma temperatura
baixa.
O mercúrio é usado principalmente em termômetros por dilatar-se facilmente com o
calor, os barômetros, por ser muito denso, em baterias de energia. O vapor de mercúrio tem ampla
utilização em lâmpadas de luz branca, conhecidas como lâmpadas frias, ultimamente com o
racionamento de energia, este tipo de lâmpada está sendo muito utilizada pelos consumidores,
porque ela é mais econômica e também é usado como catalisadores na indústria petroquímica.
O mercúrio é o único metal que no seu estado natural é líquido, ele é muito utilizado para fabricação de
termômetros para a temperatura do nosso corpo, da água e do ar, também na fabricação de barômetros para
medir a pressão atmosférica.
h) Argila
7
A argila é um tipo de mineral resultante da erosão do feldspato. As partículas degradadas
do feldspato são carregadas pelo vento ou pela água, depositando-se em camadas em algum outro
lugar, podendo formar uma rocha sedimentar.
A argila pode ser branca ou vermelha. A argila branca é empregada na fabricação de
louça, como pratos, xícaras, pires, tigelas de louças e porcelanas, azulejos e pisos utilizados em
construção e também pias, vasos sanitários. Enquanto a vermelha serve para fazer telhas, tijolos,
manilhas e cerâmicas
A argila é um material de origem sedimentar. É formada por minerais misturados com sedimentos
diversos, entre eles quartzo, feldspatos e carbonatos. A argila tem várias aplicações como fabricação de
cerâmicas, objetos de porcelanas como xícaras, pratos, telhas, tijolos, etc.
i) Areia
A areia é o resultado da erosão do arenito, um tipo de rocha sedimentar, ela é muito usada na fabricação de
vidros, onde é usado em diversas coisas como em carro, na construção, guardar alimentos, lentes, etc.
São quatro tipos de minerais utilizados em construções, decorações, etc. Elas são bonitas
e resistentes.
· O basalto é uma rocha escura, geralmente preta, usada para revestir calçadas.
· O granito é muito usado para fazer pias, revestir pisos, paredes e túmulos.
· O mármore é usado para revestir pisos, paredes, mesas e pias, e também na confecção
de estatuas. Sua cor pode variar de uma região para outra.
· Ardósia é de cor cinzenta, cinzento-escuro ou cinzento-esverdeado, muito usada para
· revestir pisos.
Essas rochas são muito utilizadas para revestir calçadas, pisos, fabricar pias, etc., por serem muito bonitas e
resistentes.
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k) Carvão Mineral
Aspecto de uma mina de carvão mineral, o trabalho do mineiro é muito difícil, ele é muito utilizado nas
indústrias para produzir energia.
l) Petróleo
O petróleo é pode ser retirado por meio de bombas ou jorra naturalmente, o que é mais raro e no mar é usado
para extraí-lo as plataformas marítimas . O petróleo é muito importante na vida do seres humanos, são extraídos
mais de 2000 diferentes produtos derivados do petróleo entre eles podemos citar a gasolina.
A natureza nos oferece muitos recursos para que possamos sobreviver. O homem recorre
9
aos recursos naturais para satisfazer suas necessidades. Os recursos naturais , após seu uso podem
ser renováveis, isto é, podem ser repostos no ambiente novamente. Porém existe os recursos
naturais não-renováveis como os minerais, que depois de estriados do subsolo não podem mais ser
repostos.
A formação dos minerais foi muito lenta, levou milhões de anos para serem formados, a
medida que são extraídos do solo, suas reservas avo diminuindo e chegará o dia em que acabarão
definitivamente, pois a reposição dos mesmos é praticamente impossível.
Os minerais são recursos naturais não-renováveis, depois de extraídos os mesmos não são repostos.
Há cerca de 5000 anos atrás o homem descobriu como usar os minerais, principalmente
o cobre e posteriormente o ferro. Tal fato, representou uma verdadeira revolução tecnológica
possibilitando um grande desenvolvimento para o homem, que passou da Idade da Pedra para a
Idade dos Metais.
O homem cada vez evoluiu mais, passou a construir instrumentos de trabalho, moradia,
desenvolver técnicas utilizando os recursos minerais que a natureza oferecia.
Os recursos minerais deram ao homem um maior poder frente á natureza, uma vez que
este pode produzir mais e assegurar uma melhor sobrevivência. A partir daí os recursos minerais
passou a estar sempre presente na vida do homem proporcionando benefícios e desenvolvimento.
A importância dos recursos minerais é tão grande para a vida humana, que o seu
esgotamento causará um grande colapso para a humanidade.
No mundo todo, o aumento populacional vem exigindo cada vez mais a extração de
recursos não-renáveis. Pois o homem para sobreviver e se manter precisa extrair da natureza esses
recursos.
Uma vez esgotados, os recursos não-renováveis não se refazem e portanto, sua utilização
deve ser feita com muito cuidado, pois as conseqüências de sua não conservação devera ser
dramática para a vida do homem.
Atualmente a civilização moderna está voltada para um alto consumo desses recursos, e
se não for bem usados eles se esgotarão e um futuro muito próximo. E se o homem não estiver
preparado o mundo entrará em um verdadeiro crise, as industrias irão parar, os meios de
comunicação, os meios de transportes, etc.
a) Reciclagem
Produtos feitos de alumínio e vidro são exemplos de materiais que podem ser reciclados, reaproveitando esses
materiais estamos colaborando para o não esgotamento de alguns recursos minerais .
b) Álcool
c) Energia Elétrica
A energia hidroelétrica é uma fonte barata e praticamente inesgotável, mas também não
deixa de produzir impacto sobre o ambiente, uma vez que é necessário desviar cursos de rios e
alagar regiões para construir as usinas hidroelétricas, o que pode provocar alterações no clima e
levar a extinção comunidades que habitam a região alagada.
A energia elétrica é utilizada na iluminação e para fazer funcionar motores nas
residências, nas industrias e nos transportes (trens, ônibus, metro, automóveis).
d) Energia nuclear
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A usina nuclear, é usada principalmente para acionar máquinas que produzem
eletricidade. Entretanto, seu uso até hoje apresenta muitos riscos, pois o processo de liberação da
energia do átomo resulta num material conhecido como lixo atômico, altamente nocivo para os
seres vivos. Além disso, também é muito grande o perigo representado por acidentes que podem
acontecer nas usinas nucleares.
A Usina nuclear é muito perigosa, pois os componentes que geram energia são radioativos.
e) Energia solar
Casa com coletor de energia solar. O coletor doméstico de energia solar, é usado no aquecimento de água.
Outras fontes energéticas ainda em estudo são: as mares, os óleos vegetais, os gêiseres e
vulcões (ambos fontes de energia geométrica), o raio laser, o vento, etc.
Na Itália, há uma usina geométrica que está em plena atividade. Essa usina aproveita o
calor da Terra para o aquecimento da água.
III – Conclusão
13
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ENERGIA NUCLEAR
Obter energia térmica de uma coisa invisível, que das pessoas nascidas no século passado, poucas tinham
conhecimento disso, e as pessoas que morreram antes de 1945, não chegaram a tomar conhecimento, do seu
potencial e de seus riscos, é algo fantástico, mesmo atualmente.
Definição de Átomo
Ao usar a palavra átomo para definir as partículas fundamentais das quais o mundo é constituído, os gregos
expressaram a sua crença de que estas partículas nunca poderiam ser fracionadas em partes ainda menores.
Ouviram ou aprenderam de quem ?. A indivisibilidade do átomo foi a pedra angular desde Dalton (1805) até
o final do século XIX,( 25 ). Átomo é pôr definição em grego, a menor porção da matéria, isto é, a menor
unidade de um elemento químico dos conhecidos, na verdade estão catalogados 92, (atualmente mais de uma
centena) na Tabela Periódica de Dimitri Mendelev, de 1869.
O menor átomo (hidrogênio) tem no mínimo um próton no núcleo e um elétron na sua órbita. O peso
atômico, depende praticamente do núcleo, que pode conter vários prótons e vários neutrons, uma vez que a
massa dos elétrons, é insignificante, quando comparada com a massa dos núcleos:
Elétron -------- - 1 e0 : Massa = 0,00055 u.m.a
Carga ev = -1,602 x 10-19 coulomb
Neutron -------- 0 n1 : Massa = 1, 00898 u.m.a.
Carga ev = neutra
Próton --------- + 1 p1 : Massa = 1, 00759 u.m.a.
Carga ev = +1,602 x 10-19 coulomb
Diante do exposto, dá para entender o abalo provocado com a descoberta de que certos átomos podem ser
desintegrados ou desintegram-se espontaneamente, o que deu margem à experiências que tornaram possível o
aproveitamento da fabulosa quantidade de energia liberada pelo núcleo do átomo na reação de fissão, ou seja
quebra do núcleo do átomo, quando provocada violentamente.
Reservas de Urânio
No Brasil, pesquisa-se urânio desde 1952, porém geólogos brasileiros só entraram em ação a partir de
1962, quando começou o convênio com a França, depois que os geólogos americanos, deixaram o
país. Por volta de dezembro de 1981, as reservas conhecidas e pesquisadas, apontavam 266 mil
toneladas métricas de U3 O8 conforme divulgado pela Nuclebrás.
Agora divulgação da Revista Brasil Nuclear - Set. 1994, da Associação Brasileira de Energia Nuclear
(ABEN) publica um total de 301.490 toneldas métricas, onde apesar do aumento, nota-se ausência de
alguma reservas.
Como não apareceram várias reservas, anteriormente citadas, porém aparece Mina do Cercado/MG
com a expressiva cifra de 20 mil toneladas, acredita-se que seja uma jazida nova, uma vez que a
extensão territorial do Brasil e sua geologia é favorável a existência do minério de urânio em outras
áreas. Consta que a mina de Poços de Caldas já está esgotada. Será necessário um trabalho ordenado
de pesquisa, para reavaliar, para poder divulgar o potencial uranífero brasileiro.
O Lixo Atômico
O lixo atômico, na forma sólida ou líquida, após passar um ano "esfriando" numa piscina, representa
ainda um perigo latente, em virtude de haver pouco conhecimento do que poderá acontecer milhares
de anos depois, com outras gerações ou civilizações, mesmo acondicionado em recipientes de aço
inox.
Reservas de Tório
O Bureaux of Mines - USA, calcula as reservas mundiais de tório em 1.587 mil toneladas, de óxido
de tório ( Th O2 ), material fértil, quando beneficiado, é comercializado sob a forma de concentrado
de sais de tório:
Estados Unidos...............540
Índia........................500
Canadá.......................200
Rússia.......................180
África........................90
Brasil........................37
Malásia.......................18
Groenlândia...................13
Austrália......................9
Total......................1.587
Com o desenvolvimento dos reatores HTGR, GCFR e LMFBR, (regeneradores) melhora nossa
posição energética, pela existência de jazidas comprovadas de tório, encontradas na areia monazítica,
desde a praia Itabapoana nos limites do Rio com Espirito Santo, até a praia de Joacena, na Bahia, com
cerca de 700 km. As areias monazíticas, contém 5 a 6 % de óxido de tório, cério, lantânio e pequena
porcentagem de urânio, sendo nossas reservas avaliadas em 95,5 mil toneladas, porém medidas
apenas 37 mil.
A parte mineral pesada da areia monazítica, ilmenita, maior parte, zirconita, pequena parte e até 10%
de magnetita, rutilo e monazíta, de onde se extrai o tório ThO2.( 30 )
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
O petróleo
é apenas uma fonte de energia?
Para perfurar um
poço, é preciso uma torre
que sustente um motor.
Este deve fazer girar
tubos concêntricos com
uma broca na extremidade.
O tubo central leva água
até a parte mais profunda
do poço para arrastar a
terra erodida pela broca.
O lodo formado sobe para
a superfície pelo tubo
exterior.
1. Origem
2. Jazidas
3.Extração
4.O refino
5. Aplicações
Cerca de 90% do petróleo é utilizado com fins energéticos,
seja nas centrais termoelétricas, seja como combustível para
os meios de transporte ou fornos industriais. Dos 10%
restantes são extraídos os produtos que abastecerão as
indústrias – 60% das matérias-primas utilizadas na indústria
mundial vêm do petróleo.
Produção e consumo de
petróleo bruto (em toneladas), 1994
Produção
Consumo
Regiões com mais produção que consumo
Regiões com menos produção que consumo
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Polímeros
Material orgânico ou inorgânico, natural ou sintético, de alto peso molecular, cuja estrutura molecular
consiste na repetiçâo de pequenas unidades, chamadas meros. (Sua composiçâo é baseada em um conjunto de
cadeias poliméricas; cada cadeia polimérica é uma macromolécula constituída por união de moléculas simples
ligadas por covalência.)
Devido ao seu tamanho avantajado, a molécula de um polímero é chamada macromolécula. A reação que
produz o polímero é denominada reação de polimerização. A molécula inicial (monômero) vai,
sucessivamente, se unindo a outras, dando o dímero, trímero, tetrâmero, . . . até chegar ao polímero.
Aparentemente, o processo poderia prosseguir, sem parar, até produzir uma molécula de tamanho "infinito";
no entanto, fatores práticos limitam a continuaçâo da reação.
Polímeros acrílicos:
Polímeros sintetizados a partir do(s) monômero(s) ácido acrílico ou ácido metacrílico, ou de seus derivados.
[O principal polímero deste grupo é o poli (metacrilato de metila), obtido a partir do metacrilato de metila e
denominado simplesmente acrílico.]
Polímeros celulares:
Diz-se a respeito de certos materiais plásticos que possuem uma estrutura celular.
Polímeros diênicos:
Polímeros sinterizados a partir de dienos, que sâo monômeros com duas duplas ligações carbono-carbono
conjugadas, e que formam as borrachas sintéticas polibutadieno, polüsopreno e policloropreno.
Polímeros fluoretados:
Muitos polímeros possuem uma estrutura que se repete regularmente ao longo da cadeia. A estrutura de
repetição é dita estrutura constitutiva ou estrutura monomérica. Um polímero regular contém um único tipo de
estrutura em um arranjo seqüencial único. Quando um polímero contém estruturas diferentes, repartidas ao
acaso ou segundo leis determinadas, é chamado copolímero.
Na Natureza existem muitas macromoléculas:
- a celulose, como vimos, é uma repetiçâo de grupos originários da glicose (C6H1o05)n, onde o valor de n
varia de 1.500 a 3.000. Como sabemos, a celulose é usada, há milênios, pela Humanidade, sob forma de
algodâo; as proteínas são macromoléculas complicadas, onde se repetem, predominantemente, moléculas de
aminoácidos. As proteínas são consumidas sob a forma de alimentos.
Esses, e muitos outros exemplos, são polímeros naturais. Em nosso século, os químicos começaram a fabricar
os polímeros sintéticos; atualmente, eles são extensamente usados na forma de plásticos (folhas, chapas,
brinquedos, tubos para encanamentos, etc.), de abras para tecidos (náilon, poliéster, etc.) e de borrachas
síntéticas. Vivemos hoje o que se poderia chamar de "ídade dos plásticos".
Quando o polímero é a soma de moléculas pequenas (monômero), todas iguais entre si.
- Polímeros lineares
polietileno
Os polímeros lineares são termoplásticos, isto é, podem ser "amolecidos" pelo calor e "endurecidos" pelo
resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas propriedades.
- Polimeros tridimensionais
Classificações industriais:
Uma classificação bastante ampla é a que divide os polímeros em elastômeros, plasticos e fíbras.
Elastômeros: quando apresentam "propriedades elásticas" acentuadas; é o caso das borrachas sintéticas.
Plásticos: quando se apresentam no estado sólido, mais ou menos rígido; é o caso do polietileno.
Fibras: quando o polímero tem grande resistência à tração mecânica e, em conseqüência, se presta bem à
fabricação de fios; é o caso do náilon.
A tecnologia moderna nos oferece, quase diariamente, novos tipos de materiais como, por exemplo:
plásticos compostos ou reforçados: quando ao polímero sâo adicionados outros materiais (por exemplo, fibra
de vidro) para aumentar sua resistência;
- plásticos expandidos: o exemplo mais comum é o do isopor. Ao poliestireno são adicionadas substâncias que
produzem gases; por aquecimento, os gases se expandem e o plástico "incha" dando o isopor, que é
extremamente leve e ótimo isolante térmico -
O vestuário que usamos é feito de tecidos e estes são feitos de fibras muito diversas. Todas elas são
polímeros. Também os plásticos, que têm as aplicações mais diversas, são polímeros.
Outros polímeros são formados a partir de dois ou mais monómeros diferentes, como o poliéster, a proteína da
seda, etc.
A maioria dos polímeros sintéticos têm como matérias-primas o petróleo, o carvão, o gás natural e o sal.
As fibras, que podem ser naturais, artificiais ou sintéticas, apresentam resistência semelhante à do algodão,
seda ou lã e são muitos usadas na indústria têxtil. Por exemplo, a viscose é celulose tratada com sulfureto de
carbono, os nylons são poliamidas, a lycra são poliuretanos, etc.
Todas as etiquetas do vestuário trazem a indicação do tipo de fibras de que é feito. Muitos tecidos contêm
uma mistura de fibras naturais e sintéticas para conseguir propriedades diferentes como, elasticidade, duração,
brilho e toque.
Quanto aos plásticos, as suas aplicações são múltiplas pois podem ser mudados em objectos que vão desde
sacos, embalagens, garrafas, calçado, mobiliário de jardim, a lentes de contacto e próteses cirúrgicas.
Os plásticos proprocionam benefícios importantes à sociedade, mas também colocam problemas ambientais
graves que urge resolver.
Polímeros de adição
Polímeros de condensação
Polímeros de adição
Copolímeros de condensação
Polímeros Naturais
Os polímerus naturais são: a borracha; os polissacarídeos, como celulose, amido e glicogênio; e as proteínas.
A borracha natural é um polímero de adição, ao pas5v que os polissacarídeos e as proteínas são polímeros de
condensação, obtidos, respectivamente, a partir de monossacarídeos e aminoácidos.
A borracha natural é obtida da árvores Heveu brasilienses (seringueira) através de incisão feita em seu caule,
obtendo-se um líquido branco de aspecto leitoso, conhecido atualmente por látex.
As cadeias que constituem a borracha natural apresentam um arranjo desordenado e, quando submetidas a
uma tensão, podem ser espichadas, formando estruturas com comprimento maior que o original.
Vulcanização
O látex obtido da seringueíra é precipitado, dando origem a uma massa viscosa que é a borracha natural. Essa
borracha é prensada com o auxílio de cilindros, origìnando lâminas moles de pequena resìstência e
elasticìdade. A utìlização desse tipo de borracha é limitada, pois ela se torna quebradiça em dias frios e
extremamente gosmenta em dias quentes.
Em 1839, Charles Goodyear descobriu que o aquecimento dessa massa viscosa com enxofre produzia um
material bastante elástico, que praticamente não se alterava com pequenas variações de temperatura. A esse
processo foi dado nome de vulcanizaçáo (Vulcano = Deus do fogo).
Na vulcanízaçâo, as moléculas de enxofre (S8) são rompidas, interagindo com as duplas ligações das cadeias
que compõem a borracha.
O enxofre (Ss) tem a propriedade de unir as várias cadeias que compõem o polímero, através das chamadas
pontes de enxofre, diminuindo o número de insaturações. As pontes de enxofre também têm a propriedade de
alinhar as cadeias de tal maneira que, quando ~ material é tencionado, ele não se deforma. Esquematicamente,
temos:
Se a tensão for muito grande, poderá provocar a ruptura das cadeias. mesmo se tratando de borrachas
vulcanizadas.
Aproximadamente 70% de toda borracha vulcanizada é utilizada para a produção de pneus, devido ao fato de
ela ser elástica, praticamente indeformável e mais resistente às variações de temperatura e ao atrito. Os pneus
de automóveis e camìnhões são uma mistura de borrachas natural e sìntética vulcanizadas, enquanto os pneus
de aviões são constituídos de borracha natural vulcanizada.
Os pneus de automóveis, quando gastos, podem ser reaproveitados através de um processo denomìnado
recauchutagem. Essa palavra é derivada de cauchu (ca = madeira e chu = que chora), que era usado pelos
nativos da Améríca para designar o material obtido da seringueira.
As embalagens de vidro eram retornáveis e, por isso, podiam ser aproveitadas por muito tempo. As latas,
muitas vezes, eram separadas do lixo doméstico e vendidas a pessoas que percorriam as ruas comprando
materiais reaproveitáveis. Essas latas eram armazenadas nos ferros-velhos e, depois, encaminhadas para
fundições a fim de serem recicladas. O papel e o papelão também eram recolhidos e reciclados de maneira
semelhante, mas, além disso, quando descartados nos aterros, eram rapidamente biodegradados no ambiente
por serem constituídos, assim como os materiais de origem vegetal, de celulose, que pode sofrer dois tipos de
decomposição nesses aterros:
b) hidrólise - a água pode reagir com a celulose, produzindo moléculas menores, como sacarose e glicose, que
servem de alimento a muitos microrganismos ,. presentes no solo e que podem ainda sofrer fermentação,
produzindo etanol e gás carbônico.
Com o advento dos plásticos, a situação relacionada ao descarte do lixo foi modificada devido às
características desse material: os plásticos são obtidos a baixo custo, são praticamente inertes, alguns podem
ser moldados a baixas temperaturas, são impermeáveis como o vidro e os metais. e flexíveis e rigidos o
suficiente para resistirem a impactos. Eles são dificilmente destruidos.
Assim a reciclagem é a solução mais apropriada(apesar de um problema fácil de se resolver) que permíte a
transformação do lixo plástico em novos objetos. Esse processo é limitado por um fator: a seleção .
O tipo de coleta que é feito atualmente exige um separando manual do lixo, o que torna a reciclagem
economicamente inviável. Uma maneira de resolver isso sería fazer com que toda coleta seja seletiva,
tornando o processo mais barato, considerando que é grande o volume de plásticos recolhidos com pequenos
custos e que não haveria necessidade de eles serem lavados, pois não estariam contaminados por outros
componentes do lixo. Um outro problema seria o tipo do Polimero que dependendo do que for as vezes
somente 1 por cento é reciclavel .
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Química
Química
Durante centenas de anos acumularam-se conhecimentos empíricos sobre o
comportamento das substâncias e tentou-se organizar todas essas informações num
corpo doutrinário. Somente a partir do século XIX, quando a soma de conhecimentos
se tornou ampla e abrangente, foi possível estabelecer um vínculo teórico para a
interpretação dos fatos e criar uma verdadeira teoria química.
Química é a ciência que estuda as propriedades, a composição e a estrutura das
substâncias (elementos e compostos), as transformações a que estão submetidas e a
energia liberada ou absorvida durante esses processos. Toda substância, seja ela
natural ou artificialmente produzida, é constituída por uma (ou mais) das centenas de
espécies diferentes de átomos que foram identificados como elementos. Embora esses
átomos se componham de partículas elementares, eles são os componentes básicos das
substâncias químicas; não há quantidade de oxigênio, mercúrio ou ouro, por exemplo,
que seja menor do que um átomo dessa substância. A química, portanto, não se ocupa
do universo subatômico, mas das propriedades dos átomos e das leis que regem suas
combinações, além do modo como o conhecimento dessas propriedades pode ser
utilizado para finalidades específicas.
Classificação da química
A amplitude dos campos estudados pela química e o grande número de inter-relações
com outras disciplinas científicas dificultam a classificação dessa ciência em ramos
perfeitamente definidos e independentes. Ao longo do século XX, contudo,
estabeleceu-se nos meios universitários a divisão da química em cinco grandes
grupos: orgânica, inorgânica, físico-química, química analítica e bioquímica. Deve-se
enfatizar, contudo, que tais subdivisões nunca foram, nem se espera que venham a ser,
mutuamente exclusivas, pois o campo da química é um só, e há uma tendência natural
para a unificação e remoção de barreiras artificiais.
Outras disciplinas freqüentemente citadas em separado são a química molecular, a
eletroquímica, a química nuclear, a radioquímica e a estereoquímica. Costuma-se
ainda denominar química industrial ao conjunto de processos de produção de
substâncias químicas de interesse econômico, o que pressupõe o conhecimento de
técnicas fornecidas por todos os ramos anteriormente citados.
Química orgânica e inorgânica. A química orgânica e a inorgânica são subdivisões
baseadas na natureza dos compostos que constituem seu objeto de estudo. Em geral
define-se a química orgânica como a química dos compostos de carbono, ou seja, do
carbono combinado com outros elementos, principalmente hidrogênio, oxigênio,
enxofre, nitrogênio, fósforo e cloro. Os compostos estudados pela química orgânica
incluem os componentes dos tecidos vegetais e animais, o petróleo e seus derivados, a
hulha, os açúcares, o amido, a celulose, os plásticos e a borracha.
Por exclusão, a química inorgânica concentra-se no estudo dos demais compostos
químicos, inclusive aqueles em que o carbono não se encontra coordenado em
cadeias, como os óxidos carbonados, carbonetos metálicos e alguns outros.
Físico-química. A físico-química representa um método de abordagem de qualquer
sistema químico, seja uma substância simples ou uma mistura de substâncias, sem
estabelecer considerações sobre sua natureza orgânica ou inorgânica. A disciplina
inclui o estudo de propriedades mensuráveis, o desenvolvimento de métodos
experimentais e instrumentos para realizar medições, além da formulação de teorias,
de preferência expressas em linguagem matemática, e a previsão dos valores das
propriedades com o objetivo de compará-los aos resultados experimentais. Nesse
campo, em que não há limite entre o fato químico e o fato físico, se incluem as
pesquisas das chamadas física atômica, física nuclear, mecânica quântica atômica e
molecular.
Química analítica. O campo da química analítica é o estudo e a determinação da
composição dos sistemas químicos em termos dos elementos ou compostos que
contêm. Divide-se em qualitativa e quantitativa. A qualitativa restringe-se apenas à
detecção e identificação dos constituintes, enquanto a quantitativa lhes determina a
grandeza.
Essa divisão da química, assemelhada à tradição empírica dos métodos químicos da
antiguidade, sofreu nos últimos séculos uma progressiva aproximação dos processos
da físico-química. Apesar dos modernos métodos analíticos, porém, os processos de
pesquisa puramente analítica, inspirados na dissecação de uma mistura complexa em
seus componentes simples por métodos químicos, encontram crescente aplicação em
determinados estudos sobre poluição das águas e do ar. A química analítica também
tem grande importância científica e prática em várias áreas da pesquisa e da indústria,
bem como em mineralogia, geologia, medicina, farmácia, agricultura, metalurgia,
energia nuclear etc.
Bioquímica. Também chamada química biológica, a bioquímica situa-se na fronteira
entre a química e a biologia. Trata da composição química da matéria viva e dos
processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. Desempenha importante
papel nos campos da agricultura, bacteriologia, farmacologia, medicina e odontologia.
Outras classificações. Nas últimas décadas do século XX propuseram-se subdivisões
da química consideradas a partir de diferentes perspectivas. Entre elas destacou-se a
classificação sugerida em 1971 pelo periódico americano Chemical Abstracts
(publicada pela Sociedade Americana de Química), que enumerava oitenta campos
agrupados em cinco disciplinas globais: (1) bioquímica; (2) química orgânica; (3)
química macromolecular, extraída da tradicional química orgânica e especializada no
estudo de polímeros, com especial atenção aos plásticos, fibras têxteis e vegetais e
produtos derivados; (4) química aplicada e engenharia química; e (5) química física e
analítica.
História
Inicialmente, durante um longo período, o espírito de manipulação dos meios naturais
pelo homem se reduziu à mera modelação de materiais, como a pedra, o osso e a
madeira, a fim de transformá-los em utensílios. Mais tarde, a invenção das primeiras
técnicas metalúrgicas representou uma autêntica revolução em todos os aspectos da
atividade das sociedades primitivas.
O ofício do ferreiro, artífice das primeiras transformações químicas controladas pelo
homem na história, adquiriu um valor predominante nessas comunidades. Seu
trabalho -- como sugerem numerosos estudos antropológicos sobre os povos antigos --
relacionava-se com aspectos da divindade e imbuía-se de conotações mágicas e
religiosas. Desde tempos remotos se conhecem os metais ouro, prata, cobre, estanho e
chumbo. A obtenção do mercúrio a partir do mineral cinabre, descrita por Teofrasto
por volta do ano 300 a.C., teve grande importância na evolução da metalurgia, devido
a sua capacidade de dar coesão a ligas metálicas, e coincide com os mais antigos
registros da existência da alquimia.
Amplamente praticada nas grandes civilizações da antiguidade, como a chinesa, a
indiana e a egípcia, a alquimia aspirava, mediante técnicas de transmutação dos
elementos da natureza, ao bem-estar do homem, traduzido em três objetivos
principais: riqueza, longevidade e imortalidade. Com essa finalidade os alquimistas
buscaram obter a pedra filosofal, que transformaria as substâncias impuras em metais
nobres, e o elixir da eterna juventude; seus textos, supostos depositários do
conhecimento divino, são repletos de símbolos criptográficos e frases freqüentemente
indecifráveis.
Dois dos princípios fundamentais da alquimia -- a volatilidade, simbolizada pelo
mercúrio, e a combustibilidade, pelo enxofre -- representaram notáveis progressos na
pesquisa científica. Os alquimistas trataram os metais com vitríolos (sulfatos de cobre
e de ferro), alunitas (sulfatos de alumínio e de potássio) e cloretos de sódio e de
amônia. O importante impulso que deram à ciência experimental transparece no fato
de que os aparelhos tradicionais dos laboratórios químicos atuais procedem do
instrumental que os alquimistas usaram em seus processos prediletos de
experimentação (sublimação, combustão de substâncias): destiladores, retortas,
provetas etc. Além disso, em seus aspectos práticos, distanciados da simbologia
mágica, a alquimia contribuiu notavelmente para o desenvolvimento da medicina,
com a fabricação de pomadas, bálsamos e ungüentos.
A influência dessa ciência primitiva se prolongou até o início do século XIX, mas
com um parêntese na bacia mediterrânea oriental, com o apogeu da Grécia clássica.
As anotações de pensadores célebres como Leucipo e seu discípulo Demócrito, autor
de uma teoria atômica parecida com a exposta no século XIX por John Dalton, que
culminou nos trabalhos de Aristóteles sobre filosofia natural, contêm excelentes idéias
e ao mesmo tempo grande número de imprecisões científicas, em decorrência de seu
caráter, mais dado à especulação abstrata que às realizações empíricas.
Islã e cristandade. As origens da alquimia nas nações islâmicas são pouco conhecidas,
embora nela se perceba a influência do saber grego e oriental. Os escritos de al-Razi e
de Jabir (ou Geber, na forma latinizada, personagem misterioso que parece ser na
verdade um conjunto de autores ocultos sob o pseudônimo para fugir das perseguições
religiosas contra a ciência na Bagdá do século X) projetaram o conhecimento dos
árabes na Europa através da fronteira espanhola e mediante intercâmbios marítimos.
O pensamento do cordovês Avicena, que representou a vertente da alquimia orientada
para fins curativos, foi o ponto mais alto do saber médico da Idade Média. O inglês
Francis Bacon e o alemão Alberto Magno, teólogo e filósofo canonizado pela Igreja
Católica, assimilaram os ensinamentos árabes e os uniram à interpretação das
doutrinas aristotélicas próprias da época medieval até alçar a alquimia européia a um
nível comparável ao das civilizações que a precederam.
No século XVI, a química européia recebeu o impulso dado pelo médico suíço
Paracelso, que, com formas próprias da alquimia, assentou as bases da moderna
química médica ao combinar adequadamente as observações de Avicena e dos sábios
gregos da antiguidade. A concepção racionalista da física e da astronomia marcou o
início do declínio da alquimia especulativa que imperava na época, e a destacada obra
de Robert Boyle, que definiu já no século XVII a noção de elemento como um
primeiro passo em direção às teorias modernas da química, simbolizou a decadência
de uma visão das transmutações da matéria que, embora sustentada durante várias
décadas por algumas áreas de pesquisa, sucumbiu progressivamente ante certas idéias
ordenadas e vigorosas fundamentadas em princípios universais de inspiração natural e
distanciados da mística que os caracterizara em tempos anteriores.
Química científica. A química dos séculos XVII e XVIII alcançou um estado de
desenvolvimento e abstração claramente inferior ao adquirido por outras disciplinas
científicas. Durante esse período, sua fonte básica de inspiração foi a obra de Isaac
Newton Opticks (1704; Óptica), em cujos apêndices finais o físico britânico expôs um
conjunto de hipóteses sobre a natureza corpuscular da matéria.
A teoria global mais destacável elaborada durante o século XVII, devida a Johann
Joachim Becher e Georg Ernst Stahl, explicava o comportamento dos gases e o
fenômeno do fogo como derivados de um único princípio natural, a que denominaram
flogístico, que seria responsável pelos processos de combustão, calcinação e
respiração. O ar, como receptáculo do flogístico, e os metais, como geradores do
flogístico na combustão, tinham papel preponderante na pesquisa química.
As descobertas realizadas no fim do século XVIII por Georg e Joseph Black (o
dióxido de carbono) e Joseph Priestley (o oxigênio, ao qual denominou ar
desflogisticado) representaram como que um prelúdio ao surgimento da primeira
doutrina metodológica da química, iniciada com o francês Antoine-Laurent Lavoisier,
que em seus postulados teóricos equiparou essa disciplina à tradicionalmente mais
estruturada ciência física. A formulação, por Lavoisier, de uma teoria da combustão,
devida ao oxigênio e não ao flogístico, e os esforços que ele e outros pesquisadores
empreenderam para estabelecer uma nomenclatura química geral e racional
assinalaram o início de uma nova etapa no desenvolvimento dessa ciência.
Composição química. Durante o século XVIII dedicou-se grande atenção à questão da
afinidade, nome que se dava à força que mantinha ligados os compostos químicos:
julgava-se que o grau de afinidade de um dado grupo de elementos podia ser capaz de
tomar o lugar de outro num determinado composto.
Em 1808, aceitava-se a idéia de que os compostos possuíssem composições fixas.
Uma explicação para tal fato foi proporcionada pela primeira teoria atômica
verdadeiramente química, a de John Dalton. Afirmava ele que cada elemento consistia
em seu próprio tipo de átomos, cada qual com tamanho e peso característicos. Entrava
em cena a idéia de peso atômico, embora Dalton não dispusesse de meios para
calcular os pesos atômicos ou o número de átomos presentes num composto. Contudo,
supunha ele que a composição constante dos compostos fosse devida à combinação de
um número constante de átomos.
As limitações impostas à generalização da teoria de Dalton por seus postulados
rígidos foram em grande parte removidas pelas investigações de Joseph-Louis Gay-
Lussac, segundo o qual quantidades equivalentes de elementos diferentes podiam
combinar-se entre si, mas não fez distinção entre átomos e moléculas. Em 1811
Amedeo Avogadro propôs para a controvérsia uma solução que obteve o
reconhecimento geral depois de transcorridas várias décadas: a unidade de matéria é o
átomo, mas a célula básica das reações químicas é a molécula, ou agrupamento de
átomos que define a natureza dos diferentes compostos, de maneira que os mesmos
átomos podem formar moléculas diferentes em função de diferentes proporções ou
estruturas de combinação. Entretanto, o trabalho de Avogadro foi desprezado durante
quase meio século.
Entrementes, o sueco Jöns Jacob Berzelius realizava estudos analíticos de minerais e,
com base na lei Dulong-Petit, preparava uma tabela de pesos atômicos, de modo geral
exatos. Berzelius contribuiu também com a descrição dos fenômenos da catálise e
isomeria e com a invenção do moderno sistema de símbolos químicos. Sua principal
contribuição teórica foi a teoria dualista ou eletroquímica da combinação atômica, na
qual buscou solucionar o velho problema da natureza da afinidade. Acreditava que
todos os átomos apresentassem o velho problema da natureza da afinidade. Acreditava
que todos os átomos apresentassem carga elétrica, tanto positiva como negativa, mas
que a positiva predominasse em alguns e a negativa em outros. Os átomos de carga
negativa seriam mantidos ligados aos de carga positiva mediante forças eletrostáticas.
O maior conhecimento de compostos de carbono que resultou do estudo intensivo da
química orgânica na primeira metade do século XIX viria desmentir essa teoria
dualista. Os químicos passaram então a conjeturar quanto à existência de radicais, isto
é, grupos de átomos que atuariam como uma unidade nas reações químicas. Julgava-
se que dois radicais ligados a um átomo de oxigênio (para formar um éter)
pertencessem ao tipo água, e que três radicais ligados a um átomo de nitrogênio (para
formar uma amina) pertencessem ao tipo amônia. A polêmica quanto ao uso de pesos
moleculares ou atômicos ou de equivalentes na notação de fórmulas aumentava a
confusão criada pelas tentativas de enquadrar todos os compostos orgânicos em
alguns poucos tipos rígidos. A teoria tipológica pelo menos sugeria que um átomo
individual só era capaz de prender um número limitado de átomos de outros
elementos ou radicais. O conceito de "unidades de afinidade" transformou-se
gradualmente no moderno conceito de valência, passo importante para a elucidação da
natureza dos compostos orgânicos.
Em 1858, August Kekulé e Archibald Scott Couper propuseram a tetravalência do
carbono e sua propriedade de unir-se a outros átomos de carbono, formando longas
cadeias, o que abriu caminho para o desenvolvimento da teoria estrutural dos
compostos orgânicos. Nesse desenvolvimento destacou-se o químico Aleksandr
Butlerov. Na década de 1870, Jacobus Henricus van't Hoff e Joseph-Achille Le Bel
praticamente inauguraram o campo da estereoquímica, ao postularem um átomo de
carbono tetraédrico.
Tabela periódica. Em 1860, realizou-se em Karlsruhe, Alemanha, o primeiro
congresso químico internacional, numa tentativa de solucionar a confusão reinante na
teoria química, especialmente com relação aos pesos químicos. O italiano Stanislao
Cannizzaro exumou a hipótese de Avogadro e demonstrou como os átomos e
moléculas podiam distinguir-se entre si. A verificação dos verdadeiros pesos atômicos
e moleculares possibilitou a complementação de estudos anteriores para classificação
das propriedades dos elementos em termos de seus pesos atômicos. Dmitri
Mendeleiev e Lothar Meyer propuseram versões de tabelas periódicas, e Mendeleiev
previu a existência e propriedades de três elementos até então desconhecidos. A
descoberta posterior desses elementos (gálio, em 1875; escândio, em 1879; e
germânio, em 1886), de acordo com as previsões, faz com que a lei de periodicidade
fosse universalmente aceita e deu aos químicos uma generalização sistemática sobre a
qual basearam sua ciência.
A química do século XIX conseguiu ainda duas descobertas de importância
transcendental: as técnicas de espectrografia, devidas a Robert Bunsen e Gustav
Kirchhoff em 1859, que permitem deduzir a composição das substâncias segundo a
energia absorvida por seus átomos a diferentes freqüências características de luz; e a
tabela periódica dos elementos químicos, criada independentemente por Dmitri
Mendeleiev e Julius Lothar Meyer, que criou uma classificação estruturada de todas
as classes de átomos conhecidas e ainda não descobertas, de cuja simples análise se
podem extrair conclusões sobre a composição atômica e as propriedades físicas e
químicas de cada elemento.
Século XX. O desenvolvimento da química ao longo do século XX apoiou-se na
confirmação experimental da teoria atômica, em estreita conexão com os avanços da
física. Comprovou-se a existência de partículas subatômicas, Ernest Rutherford e
Niels Bohr elaboraram modelos atômicos, e Max Planck lançou os fundamentos da
mecânica quântica.
A explosão tecnológica e industrial do século XX, como conseqüência de avanços
científicos acelerados, deu origem ao nascimento das grandes indústrias químicas. A
química médica e farmacêutica e a química de polímeros (plásticos, fibras, derivados
do petróleo etc.) experimentaram um desenvolvimento espetacular na segunda metade
do século e influíram diretamente sobre os hábitos sociais com o lançamento no
mercado de consumo de inovadores utensílios fabricados com diversos materiais e a
universalização da distribuição de medicamentos e outros produtos terapêuticos. Além
disso, outros numerosos aspectos da vida cotidiana, como a alimentação, a agricultura
e o tratamento de combustíveis ganharam novos enfoques paralelamente às
descobertas de uma ciência em contínua evolução.
Princípios fundamentais
Desde a revolução experimentada pelas ciências químicas no princípio do século XIX,
um dos principais objetivos perseguidos pelos especialistas foi o estabelecimento de
postulados metodológicos em grande parte inspirados nos modelos preexistentes da
física e da matemática.
Os enunciados modernos da filosofia da ciência defendem que o progresso científico
resulta da confrontação entre dois pontos de vista complementares: as concepções
teóricas dos fenômenos, que analisam e sintetizam os dados experimentais e
conformam conjuntos de hipóteses destinados a explicar os fatos e prever as situações
futuras; e as comprovações empíricas, que julgam a validez e a oportunidade de sua
aplicação.
São os seguintes os princípios gerais mais comumente aceitos para a abordagem
teórica dos sistemas químicos.
(1) Utilidade dos modelos teóricos, entendidos como conjuntos de premissas
expressas de forma matemática que constituem o núcleo básico de partida para a
análise de um problema e seus desdobramentos. O uso de modelos, como o do gás
ideal que sustentou a enunciação de leis dos gases perfeitos durante os séculos XVII e
XVIII, assim como os avançados sistemas configurados pelos computadores a partir
de extensas enumerações de dados, se fundamenta na restrição das particularidades
conhecidas do fenômeno até conseguir uma teoria completa e situações absolutamente
previsíveis dentro de seus postulados.
(2) Estrutura atômica, segundo a qual a matéria se compõe fundamentalmente de
átomos, internamente formados de um pequeno núcleo que consiste na aglomeração
de partículas elementares positivas (prótons) e neutras (nêutrons) unidas entre si por
forças de coesão nuclear, e um conjunto de elétrons ou unidades elementares de carga
elétrica negativa distribuídos em distintos níveis de energia e ligados ao núcleo por
atração eletromagnética. A união de átomos gera moléculas, e as reações químicas se
devem ao intercâmbio de elétrons entre moléculas.
(3) Equilíbrios energéticos de acordo com a mecânica quântica, especialidade
científica que postula a existência de regiões do espaço do átomo, chamadas orbitais e
distribuídas em níveis, nas quais se organizam seus elétrons em pares ou
isoladamente. O movimento de elétrons entre os diferentes níveis de orbitais explica
não só os fenômenos energéticos do átomo, expressos sob formulações quânticas de
alta complexidade matemática, como também o estabelecimento de ligações
químicas.
(4) Validade do conceito de valência química, número inteiro com sinal positivo ou
negativo que quantifica a natureza da participação dos átomos de um elemento em sua
combinação com outros. Esse conceito, manejado desde a antiguidade, se manteve nas
explicações atuais como a quantidade de elétrons que intervém numa reação química
por cada classe de elementos participantes, e se complementa adequadamente com a
teoria de orbitais atômicos.
Peso atômico e mol. A essas considerações teóricas devem corresponder técnicas de
medida adequadas, baseadas na definição de grandezas e princípios básicos de
experimentação. Também é fundamental definir unidades métricas reprodutíveis
mediante um instrumental preciso e completo. Ciência de inspiração puramente
empírica e carente de concepções perfeitamente delimitadas no momento de sua
invenção, a química conserva duas noções fundamentais de natureza experimental: o
peso atômico, posteriormente definido como a acumulação de partículas elementares
positivas ou prótons do núcleo atômico; e o mol, equivalente a 6,023 x 1023
moléculas ou átomos (número de Avogadro), segundo a natureza do composto, e
definido como o peso molecular (soma de pesos atômicos dos átomos de uma
molécula) ou atômico, expresso em gramas, que constitui a unidade básica de
quantidade química.
Finalmente, as leis dos intercâmbios químicos se regem antes de tudo por equilíbrios
de energia que determinam a viabilidade, a duração e a espontaneidade dos processos.
A análise energética das reações químicas, apoiada nos princípios da termodinâmica,
constitui a síntese teórico-prática da maioria das questões pesquisadas pelas diferentes
disciplinas da química.
Nomenclatura química
A utilização de nomes para tudo o que a química representa foi e continua sendo uma
de suas maiores preocupações. Cada princípio e conceito fundamental, assim como os
elementos, os compostos e uma quantidade de outros fatores, precisa ser assinalado
com uma palavra ou combinação de palavras. Para completar esse requisito, tem-se
procurado chegar a uma linguagem química coerente.
A palavra átomo é uma das mais antigas desse vocabulário e quando se relaciona a
uma reação química comum significa o mesmo que quando foi utilizada pela primeira
vez por Demócrito, por volta do ano 400 a.C. É a unidade mínima de matéria (sem
considerar a fissão nuclear) nas reações químicas, da qual se formam as moléculas ou
compostos. Cada átomo tem um símbolo constituído de uma ou duas letras associadas
ao nome do elemento. Tem-se, assim, "Fe" como símbolo do elemento ferro, "Ca"
para o elemento cálcio etc. Substância é a palavra que se aplica à matéria de
composição uniforme e constante, com uma série de propriedades químicas.
Conseqüentemente, só se podem chamar de substâncias os elementos e compostos.
Até quase o fim do século XVIII, nenhuma tentativa sistemática havia sido feita para
designar as substâncias químicas, de modo a indicar sua composição. Os nomes então
em uso eram mais ou menos arbitrários: podiam ser termos da velha alquimia, ou
derivar-se do nome de seu descobridor (por exemplo, o sal de Glauber, muito usado
pelo alemão Johann Rudolf Glauber), ou ainda baseavam-se em alguma semelhança
superficial. Assim, o tricloreto de antimônio, por seu aspecto amanteigado, se
denominava manteiga de antimônio; o cloreto de zinco, manteiga de zinco. Essas
substâncias eram classificadas junto com a manteiga de leite. O mesmo sucedia com o
óleo de vitríolo (ácido sulfúrico), óleo de oliva etc. Torbern Olof Bergman e Louis
Bernard Guyton de Morveau, de forma simultânea e independente, tentaram projetar
um sistema mais completo para denominar os compostos químicos. A sistematização
da nomenclatura apresentada por Lavoisier e a notação química proposta por Jöns
Jacob Berzelius, que criou símbolos para os elementos, são empregadas ainda hoje.
Equipamento de laboratório
Quase todos os utensílios empregados nas experiências químicas são feitos de vidro,
principalmente devido à inércia química desse material. Entre esses destacam-se os
copos ou bécheres, cilindros de fundo plano abertos em cima e providos de bico para
verter, e os balões, que podem ter fundo chato ou redondo.
O volume dos líquidos pode ser medido por provetas, que são cilindros de vidro
graduados; por buretas, recipientes de vidro tubular com muitas linhas finas
graduadas, de modo que se pode medir com segurança a quantidade de líquido
retirada por uma torneira na extremidade inferior; e pipetas, que diferem das buretas,
pois são suficientemente pequenas para se poderem manejar. A pressão exercida pelo
dedo sobre a entrada do ar na parte superior do tubo regula a retirada do líquido da
pipeta. Os cadinhos são pequenos recipientes resistentes ao calor, muito usados para a
determinação de cinzas e a fusão de metais. Os tubos de ensaio são tubos de vidro
fechados numa das extremidades, usados no trabalho com pequenas porções de
reativos.
Os principais aparelhos de laboratório são o microscópio e a balança, equipamentos
de medida indireta das massas. São usados também termômetros de mercúrio, para
medir temperaturas; densímetros, para determinação de pesos específicos; bicos de
gás (Bunsen) para aquecer; rolhas etc.
O avanço da química está intimamente relacionado à evolução da ciência dos
computadores, pois acredita-se que muitos dos trabalhos e reações realizados nos
laboratórios passarão a ser feitos unicamente no computador, num processo conhecido
como modelagem molecular. Os computadores também são indispensáveis nas
pesquisas de química quântica, por exemplo, e encontram cada vez maior aplicação
no controle dos equipamentos eletrônicos de laboratório.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Química Inorgânica
I - SUBSTÂNCIA
1) Pura:
• Possui fórmula.
• Propriedades definidas.
• Composição fixa.
2) Mistura:
LEMBRAR
3) Propriedades da Matéria
5) Alotropia:
a) Elementos: C , O , S , P
b) Variedades:
1) Carbono: Diamante, Grafite e Fullerene
2) Oxigênio: Gás oxigênio, Gás ozônio.
3) Enxofre: Rômbico, Monoclínico.
4) Fósforo: Vermelho, Branco.
II - ATOMÍSTICA
1) Modelos:
a) Dalton:
- Leis Ponderais(Lavoisier e Proust)
- Massa
- Indivisível
- Modelo: Bola de Bilhar
b) Thomsom:
- Divisível
- Descoberta do elétron.
- Modelo: Pudim de Passas.
c) Rutherford:
- Núcleo(Prótons e Nêutrons).
- Modelo: Sistema Planetário
d) Bohr:
- Energia Quantizada.
e) Modelo Atual: Ondulatório.
2) Regiões:
a) Núcleo: Denso e Pequeno.
b) Eletrosfera: Massa desprezível.
• Níveis: K,L,M,N,O,P,Q.
• Subníveis: s2 , p6 , d10 , f14 .
2) Divisão:
a) Períodos: Linhas Horizontais.
b) Famílias(Grupos): Linhas Verticais.
3) Classificação:
a) metais:
• Bons condutores.
• Sólidos, exceto o mercúrio(líquido).
• Dúcteis(fios).
• Maleáveis(lâminas).
• Formam cátions(+).
b) Ametais:
• Estáveis.
• Inertes.
• Isolados.
4) Artificiais:
• Cisurânicos: Z < 92
• Transurânicos: Z > 92
5) Propriedades:
a) Eletronegatividade: Destaque: Flúor.
b) Energia de Ionização: Destaque: Gases Nobres
X(g) + energia Þ X(g)+ + elétron
c) Eletroafinidade:
X(g) + energia Þ X(g)- + energia
d) Densidade: Destaque: Os, Ir, Pt.
e) Ponto de Fusão e Ebulição: Destaque: W e o elemento Carbono(macromoléculas).
IV - LIGAÇÕES QUÍMICAS
1) Iônica(eletrovalente):
• Sólidos(25ºC)
• Alto P.F e P.E
2) Covalente(Molecular):
3) Metálica:
Ex.: Aço - Fe + C
Ouro 18K - Au +Ag + Cu
Bronze - Cu + Sn
Latão - Cu + Zn
Geometria Molecular
Polaridade
1) Ligação APOLAR(DE=0): mesma eletronegatividade.
Ex.: O2 , H2 , ...
2) Ligação POLAR(DE¹0): diferente eletronegatividade.
Ex.: H2O, HCl, ...
ATENÇÃO
Forças Intermoleculares
1) Dipolo-Induzido(London): Moléculas Apolares.
2) Dipolo-Permanente(dipolo-dipolo): Moléculas Polares.
3) Pontes de hidrogênio:
F
H O
N
V - Funções Inorgânicas
1) Ácidos(H+X):
a) Força(Grau de Ionização):
Hidrácido Oxiácido
Forte(a > 50%) HCl, HBr, HI Dx ≥ 2
Moderado(5% £ a £ 50%) HF Dx = 1
Fraco(a < 5%) Os demais Dx = 0
HAXOB Dx = B – A
B
Cuidado:
H2CO3 – Fraco e Instável. Se quebra em CO2 e H2O
H3PO3 – Diácido e Moderado.
H3PO2 – Monoácido e Moderado.
b) Nomenclatura:
2) Bases(XOH-):
a) Força(grau de dissociação)
• Fortes: 1A e 2A
• Fracas: As demais.
b) Solubilidade:
• Solúvel: 1A e NH4OH
• Pouco solúvel: 2A
• Insolúvel: As demais.
Não esqueça
HCl – ácido muriático(limpeza)
NaOH – soda cáustica.
Ca(OH)2 – cal hidratada ou apagada.
Mg(OH)2 – leite de magnésia.
NaNO3 – salitre do Chile.
NaHCO3 – bicarbonato de sódio.
Na2CO3 – barrilha.
CaCO3 – Mármore / Calcário.
CaO – Cal virgem ou Viva.
CH3COOH – ácido acético(fraco).
3) óxidos(XO-2):
4) Sais(X+Y-):
a) Radicais:
- NO3- (nitrato)
- SO42- (sulfato)
- PO43- (fosfato)
- CO32- (carbonato)
VI – Reações Químicas
• Síntese: X + Y Þ XY
• Decomposição: XY Þ X + Y
• Simples troca(deslocamento): X + YZ Þ XZ + Y
• Dupla troca: XY + ZW Þ XW + ZY
IMPORTANTE
Pirólise do Calcário(mármore), produz Cal virgem(viva)
CaCO3 Þ CaO + CO2
Radiação
Ameaça nuclear:
Radiação:
Poluentes radioativos:
Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que,
além de apresentar uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado
pelo organismo de forma semelhante ao cálcio. (Meia-vida é o intervalo de tempo no
qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a capacidade de emitir
radiatividade.)
A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar
nos exemplos abaixo:
- à iodo 131 - 8 dias;
- à iodo 129 - 10 milhões de anos;
- à estrôncio 90 - 28 anos.
Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de
leite e ovos contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade
emitida pode alterar a atividade da medula óssea na produção de células sangüíneas,
com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia ou mesmo a adquirir leucemia.
Os elementos radiativos, entretanto, quando bem manipulados, podem ser muito úteis
ao homem. Por exemplo, o césio 137 er o cobalto 60 são muito utilizados em
tratamento de tumores cancerosos ou em bombas que se prestam à esterilização de
insetos nocivos à agricultura.
Chernobyl:
O dia 26 de abril de 1986 foi marcado pelo mais grave acidente na história da energia
nuclear: a explosão de um reator da central atômica de Chernobyl, situada na Ucrânia
(então república da União Soviética), 700 km a sudoeste de Moscou. Centenas de
pessoas foram hospitalizadas com intoxicação radiativa, muitas exibiam grandes
queimaduras e outros tipos de lesões. Mais de 100.000 pessoas foram retiradas da
área da usina, num raio de aproximadamente 30 km. A nuvem radiativa que se formou
em conseqüência do incêndio do reator espalhou-se por grande parte da Europa. Em
1987, um balanço ainda não definitivo das conseqüências do acidente revelava sua
extrema gravidade para o meio ambiente e para a saúde humana. Nos países da
Escandinávia, milhares de toneladas de produtos agrícolas tiveram de ser destruídos e
milhares de renas foram sacrificadas em função da contaminação radiativa; na Itália,
Iugoslávia e Áustria, entre outros países, foram suspensas as vendas de produtos
hortigranjeiros, carne e leite das áreas onde os níveis de radiações se mostraram
elevados. Estima-se que muitas doenças hereditárias, provocadas por mutações
genéticas, atingirão milhares de bebês no futuro. O balanço trágico, portanto,
evidencia que o acidente nuclear de Chernobyl deverá ficar perpetuado por várias
gerações no patrimônio genético da humanidade.
Tipos de Radiação:
Radiação Alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. A
distância que uma partícula percorre antes de parar é chamada alcance. Num dado
meio, partículas alfa de igual energia têm o mesmo alcance. O alcance das partículas
alfa é muito pequeno, o que faz que elas sejam facilmente blindadas. Uma folha fina
de alumínio barra completamente um feixe de partículas de 5MeV. A inalação ou
ingestão de partículas alfa é muito perigosa.
Radiação Beta é também uma partícula, de carga negativa, o elétron. Sua constituição
é feita por partículas beta que são emitidas pela maioria dos nuclídeos radioativos
naturais ou artificiais e tem maior penetração que as partículas alfa. O 32 P dá uma
radiação beta até 1,7 MeV com uma penetração média de 2 a 3 mm na pele, e
alcança, em pequena proporção, 8 mm. Se o emissor beta é ingerido, como acontece
nos casos de diagnóstico e terapêutica, os efeitos são muito mais extensos.
Césio 137:
As seqüelas deixadas pelo césio 137 não estão apenas nos corpos das vítimas diretas
do acidente, que tiveram membros amputados, a pele marcada e a saúde afetada pelo
contato com o elemento químico. Passados dez anos do desastre radiológico, boa parte
dos goianienses não somente guarda tristes lembranças do episódio como sofre com
medo dos efeitos do césio 137. Uma pesquisa realizada entre os dias 19 e 22, das 9 às
21 horas, pela empresa TMK para o jornal O POPULAR revela que 53,6% dos 1,5 mil
entrevistados acreditam na possibilidade de que o acidente ainda possa causar algum
tipo de risco à população da capital.
Vítimas
Para 42,9% das pessoas questionadas esse risco não existe e 3,5% dos entrevistados
não opinaram sobre o assunto. Os pesquisadores abordaram por telefone homens e
mulheres maiores de 21 anos, residentes em diversas regiões da cidade. Entre os
tinham de 11 a 15 anos de idade na época do desastre, foram feitas 294 entrevistas,
que revelaram que 53,1% deles acreditam em riscos do césio 137 e 38,8% não têm
qualquer receio quanto a possíveis efeitos tardios do acidente. Vinte e quatro
entrevistados - 8,2% do total - não opinaram.
Dos 526 entrevistados com idades entre 26 e 35 anos, 55,1% não esconderam ainda
temer os riscos do césio 137. Para 44,9% deles esse risco não existe. Entre os
pesquisados na faixa dos 36 aos 50 anos, as opiniões são similares às dos
entrevistados em outros grupos: 55,8% temem riscos da radiação, 39,6% não
acreditam nessa ameaça e 4,6% não opinaram. Mas, enquanto os mais jovens se
preocupam com os efeitos a longo prazo da contaminação, os maiores de 50 anos
estão mais tranqüilos quanto a esses riscos. Dos 200 entrevistados nessa faixa de
idade, 52% disseram não acreditar na possibilidade de o césio 137 ainda ameaçar a
população, 45% acreditam nesse risco e 3% nada declararam.
Para o especialista em medicina nuclear, Alexandre de Oliveira, essa preocupação da
sociedade revelada pela pesquisa não se justifica. “O acidente fez muitas vítimas e não
deve fazer novas vítimas emocionais”, declara o chefe da assessoria de saúde,
segurança e meio ambiente das Indústrias Nucleares do Brasil. Ele garante que não há
possibilidade de outras pessoas, além das que tiveram contato direto com o césio 137
em setembro de 1987, sofrerem qualquer doença ou outros efeitos provocados pelo
elemento radioativo.
Há dez anos a casa de Ivo Alves Ferreira e Lourdes das Neves Ferreira vivia cheia de
amigos que se divertiam em animados churrascos. Mesmo quando não havia motivos
para comemorar, o local era ponto de encontro de parentes e vizinhos e possuía a
alegria ruidosa que só as crianças sabem e podem proporcionar. O acidente radiológico
com o césio 137 foi o marco divisório na vida dessa e de outras famílias. Há dez anos
não acontecem mais churrascos na casa de Ivo e Lourdes. Há dez anos eles deixaram
de passear e convivem em casa com um pesado silêncio deixado pela morte da filha
caçula, Leide das Neves Ferreira, aos 6 anos de idade.
Impossibilitado de trabalhar por causa das lesões e dos problemas de saúde que se
agravaram, Ivo Ferreira continua cercado de amigos. É respeitado e querido na
vizinhança. À tarde, sempre aparecem companheiros para conversar, mas não é a
mesma coisa. “Não tenho mais vontade de fazer churrascos e, mesmo que quisesse, o
dinheiro não é suficiente para esses luxos. Faltaria no final do mês”, explica Lourdes
das Neves. Ela procura ocupar o tempo cuidando da netinha que fica sempre com os
avós e se recusa a falar no passado, embora as fotos da filha estejam em quase toda a
extensão da parede da sala. “Só falo sobre o presente”.
Salgados
As histórias individuais das vítimas do césio se confundem em vários pontos. Passado o
frenesi dos primeiros meses de desinformação total, discriminação, baterias de
exames, internações em diferentes hospitais e a angústia profunda da impotência
diante do desconhecido, elas sofreram o choque do contato com a realidade e,
deprimidas, se isolaram. Só o tempo até a decisão de tentar restabelecer uma vida
normal variou. Algumas demoraram mais do que as outras, mas todas sabem que
ainda não chegaram lá. O estigma, o preconceito, as cicatrizes e as doenças ainda
impedem que se sintam cidadãos comuns.
Luiza Odet Mota dos Santos, 38, que sofreu lesões no pescoço, conta que antigamente
sentia medo de tudo, principalmente de ser rejeitada. “Quando me perguntavam o que
eram essas cicatrizes no meu pescoço, falava que tinha me queimado, mas agora não
me importo, falo a verdade, e quem quiser me aceite como sou”, diz, decidida. Luiza
Odet procura se manter saudável, preocupa-se com a alimentação e consome muitas
frutas e verduras. Sua família foi uma das mais afetadas pela radiação.
Ela, o marido, Kardec Sebastião dos Santos, e quatro dos cinco filhos pertencem ao
grupo 1, que corresponde ao mais atingido. Só o filho mais novo, que nasceu em
1992, ficou livre da radiação. Luiza Odet e Kardec trabalham juntos em casa. Fazem
salgados, laranjinhas e sorvetes, que vendem no colégio da Vila Santa Luzia, bairro de
Aparecida de Goiânia, onde moram. Ela se emociona até hoje e não contém as
lágrimas quando lembra do dia 29 de setembro de 1987, quando foi afastada dos
filhos. Luiza Odet e Kardec foram para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de
Janeiro. A dor da separação dos filhos por três meses foi para ela o golpe mais duro
em toda a história de sofrimento desses dez anos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
SUBSTÂNCIAS E MISTURAS
Matéria e Energia: Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço.
Exemplo: pedra, madeira, ar, água, etc. Uma porção limitada de matéria é
chamada de corpo (ex.: pedaço de madeira). Energia é a capacidade de realizar
trabalho podendo se apresentar na forma de energia calorífica, elétrica, cinética,
mecânica, luminosa, potencial, nuclear e química.
H2O
H2O
+ +
álcool areia
Substâncias e Mistura
Homogêneas (soluções) constitui uma só fase: ex.: {água + álcool}, {Ar atmosférico}
Misturas
Heterogêneas constitui duas ou mais fases: ex.: {água + areia},
{ água, óleo, areia}
figura 2: Classificação das substâncias
figura 4: comportamento da curva de aquecimento de (a) água pura e (b) água com sal
Misturas Azeotrópicas e Eutéticas
fusão (constante)
tempo tempo
figura 5: (a) comportamento de uma mistura azeotrópica
(b) comportamento de uma mistura eutética
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
1. A Tabela de Mendeleiev
A tabela organizada pelo químico Mendeleiev é parecida com a atual. Ele classificou os 64
elementos químicos conhecidos na época, organizando-os pela ordem crescente de sua massa
atômica. Percebeu que as propriedades de determinados elementos repetiam-se periodicamente e
usou esse critério para reuni-los em grupos, ou famílias – os elementos situados numa mesma
coluna têm propriedades semelhantes. Ao fazer essa ordenação, alguns espaços entre elementos
químicos conhecidos ficaram vazios. Mendeleiev previu que seriam preenchidos por elementos
ainda desconhecidos – o que foi confirmado mais tarde pela descoberta de novos elementos. Para
poder calcular quantos elementos novos poderiam surgir além dos já conhecidos, o físico Henry
G.J. Moseley ordenou, entre 1912 e 1913, os elementos por seu número atômico, que, por ser um
número inteiro, permitia "contar" quantos átomos faltavam descobrir – esse é o critério usado até
hoje.
2a. Notação
A configuração eletrônica é expressa por uma combinação de números e letras que indica os
níveis, subníveis e o número de elétrons existentes em cada subnível. Para identificar o nível, usa-
se um número correspondente ao número quântico principal n. O subnível é expresso por letras: s,
p, d ou f, que correspondem, respectivamente, aos valores 0, 1, 2 e 3 do número quântico
secundário I. A letra que expressa cada subnível recebe um expoente numérico que indica quantos
elétrons existem no subnível. A notação da configuração eletrônica no estado fundamental do
cloro, por exemplo, que tem 17 elétrons é: {Cl} = 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p5. As chaves { } simbolizam a
configuração eletrônica.
3a. Os períodos
As linhas horizontais são chamadas períodos. Eram numerados de um a sete, mas, atualmente, de
1 a 16, por determinação da International Union for Pure and Applied Chemestry (IUPAC –
Associação Internacional de Química Pura e Aplicada). Os elétrons que estão num mesmo período
têm em comum o número quântico principal, que define a energia de seu elétron mais externo e
que coincide com o número do período. Assim, nas configurações dos elementos do segundo
período, o número quântico principal maior será o dois e no sétimo período será o sete. Nem todos
os períodos possuem o mesmo número de elementos. Existe um período com dois elementos, dois
com oito e três com 18 – o último está incompleto. As duas linhas separadas, abaixo, cada uma
com 14 elementos, reúnem os lantanídeos e os actinídeos. Esses elementos, chamados de
transição interna ou terras raras, têm propriedades semelhantes às do lantânio e do actínio e seu
elétron de maior energia pertence a um subnível f.
A tabela periódica já passou por algumas modificações em sua estrutura e na numeração de suas colunas linhas. Ainda hoje é
possível encontrar tabelas com numerações distintas em suas colunas. A tendência, porém, é de unificação.
* Notação adotada pela IUPAC.
4. Raio atômico
É a metade da distância que separa dois átomos iguais unidos entre si. Num período, o raio
atômico diminui à medida que aumenta a carga do núcleo (número atômico), exceto nos gases
nobres em que o raio aumenta muito. No quarto período, por exemplo, o maior raio corresponde ao
potássio (K), com 2,03 Å (Angstrons) e diminui até chegar ao bromo (Br), com 1,14 Å, pois o
aumento da carga nuclear em um mesmo período aumenta a atração entre prótons e elétrons,
diminuindo o raio atômico.
6. Eletroafinidade
Conhece-se como eletroafinidade, ou afinidade eletrônica, a energia que um mol de átomos no
estado gasoso libera ao captar um mol de elétron. A captação de um elétron pode ser expressa
assim:
X(g) + e– → X– (g) + EA,
em que X é o símbolo de um elemento e X– o ânion resultante do acréscimo de um elétron ao
átomo neutro.
7. Eletronegatividade
Eletronegatividade é a força com que um átomo atrai um par de elétrons ao formar uma ligação.
Entre as muitas tabelas de eletronegatividade existentes, a mais utilizada é a estabelecida, em
1932, pelo químico norte-americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química de 1954 e Nobel da
Paz de 1962. Os cálculos são sofisticados e vão de um valor de 0,7 para o frâncio até 4 para o
flúor – o do hidrogênio é 2,1. A eletronegatividade é útil para prever a polaridade de uma molécula
ou o caráter iônico de uma ligação. Num grupo, a eletronegatividade diminui suavemente com a
massa atômica, enquanto num período ela aumenta acentuadamente. Os elementos com baixa
eletronegatividade são conhecidos como metais.
8. Massa atômica
Em unidades físicas, a massa de um átomo é um número praticamente desprezível e de difícil
manejo. Por exemplo:
A massa de um átomo de hidrogênio é: 1,67 • 10-27 kg
8b. O nêutron
Para os pesquisadores, o número de prótons e elétrons deveria ser igual para explicar a
neutralidade do átomo. Assim, possuindo o próton uma massa de uma u. (unidade de massa
atômica), a massa atômica tenderia a coincidir com o número de prótons, mas este número era
muito inferior. Ernest Rutherford sugeriu então a existência de nêutrons, partículas com massa um
e sem carga. Essa partícula foi descoberta anos mais tarde, em 1932, pelo físico inglês James
Chadwick.
9. Funções de onda e números quânticos
O modelo atual, atribuído ao físico Erwin Schrödinger, apóia-se nos seguintes princípios: teoria
sobre a dualidade onda-partícula, de Louis De Broglie (1923); princípio da incerteza, enunciado por
Werner Heisemberg (1927). A mecânica quântica, desenvolvida por Schrödinger e Heisemberg,
deu origem ao estudo das funções de onda e dos números quânticos, pois o átomo de Schrödinger
é um modelo matemático. A partir do modelo das funções de onda surgem os orbitais, regiões no
espaço com probalidade de se encontrar os elétrons.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Fenil (A)
Benzil ( A )
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
TERMOQUÍMICA
1. Conceito de Entalpia
2. Calores e reações
3. Lei de Hess
Conceitos de Entalpia
Antes de iniciar o assunto Termoquímica é importante definir alguns termos que serão usados com freqüência:
1. Sistema: Denomina-se sistema uma parte do universo físico cujas propriedades estão sob investigação.
2. Fronteira: Limites que definem o espaço do sistema, separando-o do resto do universo.
3. Vizinhança ou meio ambiente : É a porção do universo próxima às fronteiras do sistema, que pode, na
maioria dos casos, interagir com o sistema.
4. Quando uma reação química ocorre em um determinado sistema, isso acarreta uma troca de calor entre
o sistema em reação e o meio ambiente.
A termoquímica estuda justamente essas trocas de calor, assim como o seu aproveitamento na
realização de trabalho.
Se o calor trocado entre o sistema e o meio ambiente é medido a pressão constante, ele é denominado Entalpia ou
conteúdo calorífico e simbolizado por H. Sendo que Entalpia (H) é o calor trocado a pressão constante.
Em relação às trocas de calor, as reações químicas se classificam em dois tipos: reações exotérmicas e reações
endotérmicas, conforme liberem ou absorvam o calor respectivamente.
REAÇÕES EXOTÉRMICAS
O prefixo exo significa "para fora". Reações exotérmicas são aquelas que liberam energia na forma de calor. O
esquema geral de uma reação exotérmica pode ser escrito da maneira a seguir, onde A, B, C e D representam
substâncias genéricas:
A + B ® C + D + calor
Hr Hp
entalpia de reagentes entalpia de produtos
A partir da Lei da Conservação da Energia, podemos afirmar que: "A energia total dos reagentes é igual à energia
total dos produtos".
Em outras palavras, toda a energia que entrou no primeiro membro da equação química deve sair integralmente no
segundo membro da equação. De onde tiramos a seguinte conclusão: se uma reação é exotérmica, então a entalpia
dos reagentes (Hr ) é maior que a entalpia dos produtos (Hp ), pois uma parte da energia que estava contida nos
reagentes foi liberada para o meio ambiente na forma de calor e apenas uma outra parte dessa energia ficou
contida nos produtos. Então reação exotérmica: Hr > Hp
Não é possível determinar diretamente a entalpia de cada substância participante de uma reação, mas podemos
determinar experimentalmente a variação da entalpia D H, que ocorre quando uma reação química é realizada.
Observe que não existe energia negativa; ou um sistema contém energia. O sinal negativo de D H quer dizer apenas
que a energia foi liberada.
REAÇÕES ENDOTÉRMICAS
O prefixo endo significa "para dentro". Reações endotérmicas são aquelas que absorvem energia na forma de calor.
O esquema geral de uma reação endotérmica pode ser escrito da maneira a seguir, onde A, B, C e D representam
substâncias genéricas.
A + B + calor ® C + D
Hr Hp
Uma vez que a energia total se conserva do primeiro para o segundo membro de qualquer reação química, podemos
afirmar que: se uma reação é endotérmica, a entalpia dos produtos Hp é maior que a entalpia dos reagentes Hr ,
pois uma determinada quantidade de energia foi absorvida pelos reagentes na forma de calor, durante a reação,
ficando contida nos produtos. Sendo que reação endotérmica: Hp > Hr.
E sendo D H = Hp Hr , então na reação endotérmica o valor de D H será sempre positivo. Sendo que reação
endotérmica: D H > 0.
Há um princípio fundamental da Termoquímica, determinado em 1867 pelos cientistas que lhe deram seus nomes,
que afirma: "Dentre um conjunto de reações químicas possíveis, ocorrerá primeiro, espontaneamente, aquela que
for mais exotérmica." A reação exotérmica é aquela que libera maior quantidade de energia na forma de calor. Isto
significa que os produtos formados nesse tipo de reação são menos energéticos, portanto, mais estáveis.
Espontaneamente, as substâncias só irão reagir em busca de maior estabilidade e, desse modo, em busca de liberar a
maior quantidade possível de energia. Sendo que podemos dizer:
Tal que podemos utilizar o exemplo: Adicionando-se os gases F2, Cl2 e Br2 a um recipiente contendo gás
hidrogênio, pode-se prever qual a reação que ocorrerá primeiro, através do valor de D H de cada uma.
Como a reação a é a que libera maior quantidade de energia, espontaneamente é a reação que ocorre em primeiro
lugar.
FATORES QUE INFLUENCIAM O VALOR DA VARIAÇÃO DE ENTALPIA
O valor da variação de entalpia, D H, de uma reação química está sujeito a variações conforme mudem as condições
em que a reação foi realizada. Sendo que os fatores que influenciam D H são:
1. TEMPERATURA
Se essa mesma reação ocorrer a uma temperatura Y > X, por exemplo, obtém-se um D HY diferente de D Hx.
Isso ocorre porque a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos reagentes de X até Y é diferente
da quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos produtos de X até Y.
2. PRESSÃO
O valor de D H em uma reação envolvendo substâncias sólidas e líquidas praticamente não varia com a mudança de
pressão. No caso de reações que envolvem substâncias gasosas, o valor de D H começa a variar de modo
significativo para pressões de ordem de 1000 atm. Com as reações normalmente são feitas sob pressão atmosférica
normal (1 atm.), não é necessário levar em conta a variação no valor de D H com a pressão.
A quantidade de calor envolvida em uma reação química é proporcional à quantidade de reagentes e produtos que
participam da reação. Se por exemplo, a quantidade de reagentes e produtos for dobrada, a quantidade de calor irá
dobrar igualmente como no exemplo:
4. FASE DE AGREGAÇÃO
A energia das substâncias aumenta progressivamente à medida que elas passam da fase sólida para a líquida e a
gasosa.
energia da fase sólida < energia da fase líquida < energia da fase gasosa
Seja por exemplo, uma reação química exotérmica:
· Quanto menos energética for a fase de agregação dos produtos formados, maior será a energia
liberada na reação.
· Quanto mais energética for a fase de agregação dos produtos formados, menor será a energia
liberada na reação, pois a energia ficará contida no produto.
· Exemplo:
Entre a s formas alotrópicas de um mesmo elemento há aquela mais estável e, portanto, menos energética, e também
a menos estável, portanto, mais energética. Seja, por exemplo, uma reação química exotérmica:
· Partindo-se do reagente na forma alotrópica mais estável (menos energética) obtém-se menor
quantidade de energia liberada na reação.
· Partindo-se do mesmo reagente na forma alotrópica menos estável (mais energética) obtém-se
maior quantidade de energia liberada na reação.
· Exemplo:
Exemplo:
H2O
Sendo que a diferença: 80,2 - 44,2 = 36,0 Kcal é igual à energia liberada na dissolução de 2 moléculas de HCl em
água ( cada 1 mol de HCl dissolvido em água libera 18,0 Kcal).
OBSERVAÇÕES GERAIS.:
·Como o valor do D H de uma reação varia em função dos fatores vistos no item anterior, é preciso que na equação
termoquímica constem as informações a seguir:
A temperatura e a pressão nas quais se deu a reação.
A fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) em que se encontra cada substância participante da reação.
A variedade alotrópica de cada substância que participa da reação ( no caso das substâncias apresentarem formas
alotrópicas).
Pressão de 1 atm.
Substância na fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) comum nessas condições de pressão e temperatura.
Exemplo: A água é líquida a 25° C e 1 atm; portanto, em condições-padrão, trabalha-se com a água na fase líquida.
· Substância na forma alotrópica mais estável.
·
Tabela 1
H2O(g) - 57, 8
NO(g) 21,6
C6H6(l) 19, 8
H2O(l) - 58, 3
NO2(g) 8,1
CH4(g) - 17, 9
SO3(g) - 94, 5
N2O(g) 19, 5
C2H6(g) - 20, 2
SO2(g) - 71, 0
HCl(g) - 22,1
CaO(s) - 151,8
Observação: muitas dessas entalpias de formação são calculadas de forma indireta, pois nem sempre a
transformação direta de formação, ou síntese, entre os elementos formados é possível na prática. A grande utilidade
das entalpias de formação está, como dissemos ha pouco, no calculo da variação de entalpia, D H, de transformações
químicas. Usaremos as entalpias de formação como conteúdo de calor de cada substância. Somando esses
conteúdos, teremos as entalpias dos reagentes e as entalpias dos produtos. Fazendo o cálculo, entalpias finais menos
entalpias iniciais, chegaremos à variação de entalpia de transformação.
Tabela 2
kcal /mol
cal /g
Hidrogênio
H2(g)
- 68,3
- 33.887
Metano
CH4(g)
- 212,8
- 13.265
Propano
C3H8(g)
- 530,6
- 12.034
Acetileno
C2H2(g)
- 310,6
- 11.930
Butano
C4H10(g)
- 688,0
- 11.837
Gasolina
C6 a C10(l)
- 1.320,0
- 11.579
Querosene
C11 a C12(l)
- 1.731,6
- 11.100
Óleo Diesel
C13 a C17(l)
- 2.306,6
- 10.880
Carvão
C(s)
- 96,7
- 8.083
Álcool etílico
C2H5OH(l)
- 326,7
- 7.102
Álcool metílico
CH3OH(l)
- 173,6
- 5.425
Monóxido de carbono
CO(g)
- 67,6
- 2.414
Observações:
2. Os combustíveis acima citados estão na ordem decrescente de cal/g, porque é nessa unidade que se comparam os
poderes caloríficos na indústria.
3. Para a gasolina, querosene e óleo diesel, não existem fórmulas, pois esses matérias não são substancias e sim
misturas de substâncias. São misturas de hidrocarbonetos, compostos moleculares formados unicamente por carbono
e hidrogênio. Quando citamos, na gasolina, C6 a C10 , significa que os hidrocarbonetos que a formam possuem de
6 a 10 átomos de carbono por molécula.
Alguns combustíveis, tais como gás de rua (formado por CH4 e H2) e gás de botijão (C3H8 e C4H10),
Tabela 3
Para simplificar o estudo, dividimos os calores envolvidos nas reações químicas (D H) em grupos, a saber: D H de
combustão, de neutralização, de dissolução e de formação.
Em todos esses casos, convenciona-se que o valor de D H deve ser tomado em condições padrão, que são as
seguintes:
· pressão de 1 atmosfera;
· temperatura de 25° C ou 298 K;
· substâncias na fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) comum nessas condições de pressão e
temperatura;
· substâncias na forma alotrópica mais estável.
· Indicamos que o D H está em condições-padrão pela notação: D H0 .
·
Entalpia-padrão de combustão
Exemplo:
Observe que o D H0 de neutralização entre ácidos e bases fortes é constantes. Isso ocorre porque todos os ácidos
fortes, bases fortes e os sais obtidos pela reação desses compostos se encontram praticamente 100% ionizados ou
dissociados em soluções aquosas diluídas.
O processo de dissolução de uma substância em água se dá em duas fases, cada uma envolvendo respectivamente
um D H1 e um D H2, sendo que: D H0 dissolução = D H1 + D H2.
1° .) Quebra das ligações interatômicas em compostos iônicos ou capazes de formar íons e intermoleculares em
compostos covalentes. Esta fase é sempre endotérmica.
H2O
·ENTALPIA-PADRÃO DE FORMAÇÃO
Denomina-se entalpia-padrão de formação a variação de entalpia (D H0f ) envolvida na reação de formação de 1 mol
de moléculas de determinada substância, a partir de substâncias simples em condições-padrão.
Pela própria definição de entalpia-padrão de formação concluímos que a entalpia-padrão de qualquer substâncias
simples em condições-padrão é igual a zero.
Há uma série de fatores que muitas vezes tornam invariável a determinação prática de variação de entalpia de uma
reação. Normalmente o valor de D H é medido em aparelhos denominados calorímetros, mas esses aparelhos só
funcionam com precisão para determinados tipos de reações.
Uma outra dificuldade que surge em relação à determinação experimental de D H é o próprio número de reações
químicas, que ultrapassam a casa dos milhões.
Por esses motivos, é bastante útil aprender a calcular teoricamente o valor de D H é o próprio número de reação
química a partir de um conjunto pequeno de informações experimentais.
· Lei de Hess
Germain Henri Hess (1802 - 1850), médico e químico que, apesar de nascido na Suíça, passou toda a sua vida na
Rússia, é considerado um precursor da Termoquímica. Entre inúmeros trabalhos nesta área, Hess determinou em
1840 a seguinte lei:
D H reação = Hp Hr
Essa constatação é importante porque permite trabalhar com equações químicas como se fossem equações
matemáticas, isto é, permite calcular o D H de uma determinada reação x (incógnita) pela soma de reações de D H
conhecidos, cujo resultado seja a reação de x.
Exemplo: Considerando que a reação de combustão de carbono grafita produzindo monóxido de carbono.
É impossível medir com precisão o D H desta reação, pois, na prática, não se consegue parar a oxidação do carbono
exatamente no estágio CO(g). Sempre acaba se formando um pouco de CO2(g).
Usando alguns artifícios matemáticos, podemos "manipular" as equações I e II., de modo que ao somá-las o
resultado seja a equação x.
O C(grafita) aparece na equação I, porém na quantidade de 1 mol. Devemos então multiplicar toda equação I por 2
para igualá-la à equação x neste aspecto.
Lembre-se de que, ao multiplicar ou dividir os coeficientes de uma reação termoquímica por um número
qualquer, deve-se multiplicar ou dividir o valor de D H desta reação pelo mesmo número.
ó Na equação x temos como produto 2 mols de CO2(g). Na equação II. aparecem 2 mols de CO2(g) no reagente.
Devemos então inverter a equação II. para torná-la igual à equação x neste aspecto.
Devemos lembrar que, ao inverter uma reação termoquímica, deve-se inverter o sinal do D H, pois, se num
determinado sentido a reação libera calor, para voltar, em sentido contrário, a reação terá que absorver a mesma
quantidade de calor que havia liberado, e vice-versa.
ó Não consideramos o reagente O2(g) da equação x porque ele aparece tanto na equação I como na equação II.
Freqüentemente, quando isso ocorre, o reagente (ou produto) acaba se ajustando sozinho durante a soma algébrica
das equações.
1. Se uma substância aparece na mesma quantidade no reagente de uma equação e no produto de outra
equação a soma será igual a zero.
2. Se uma substância aparece em maior quantidade no reagente de uma equação e em menor quantidade no
produto de outra equação, devemos subtrair essas quantidades em módulo e colocar o resultado no reagente
da equação final.
3. Se uma substância aparece em maior quantidade no produto de uma equação e em menor quantidade no
reagente de outra equação, devemos subtrair essas quantidades em módulos e colocar o resultado no
produto da equação final.
4. Se uma substância aparece no reagente de duas ou mais equações diferentes, devemos somar todas as
quantidades e colocar o total no reagente da equação final. O mesmo raciocínio deve ser seguido no caso de
uma substância que aparece no produto de duas ou mais equações diferentes.
5. Se uma substância aparece no reagente ou no produto de apenas uma equação entre as várias que estão
sendo somadas, devemos colocar essa substância respectivamente no reagente ou no produto da equação
final na quantidade em que ela se apresenta.
Somando-se as equações I e II, devidamente "arrumadas", seguindo as regras anteriores, iremos obter a equação x.
Como de fato o resultado da soma das equações I e II "arrumadas" foi a equação x, então o D H da reação x é igual à
soma do D HI e do D HII dessas reações.
CONCLUSÃO
Como a variação de energia num processo global não depende das etapas e nen do número delas, podemos somar as
equações termoquímicas que representam as etapas sempre que os estados iniciais e finais forem os mesmos, pois a
variação total de energia da transformação global será a mesma.
Assim, a lei de Hess nos garante que podemos somar as equações termoquímicas de todas as etapas e seus
respectivos D H com a finalidade de determinar variações de entalpia difícies de serem medidas em laboratório.
Por isso, a lei de Hess é também conhecida como Lei da Soma dos Calores de Reações.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Titulação
É o método pelo qual se determina uma quantidade desconhecida de uma substância
particular, mediante a adição de um reativo-padrão que reage com ela em proporção
definida e conhecida. A adição de um reativo-padrão (um reativo de concentração
conhecida e freqüentemente designado como reativo-titulado) se regula e se mede de
alguma maneira, requerendo-se um método de indicaçào para saber quando a quantidade
do reativo normal juntado é precisamente a suficiente para reagir quantitativamente com a
substância que se determina. Por conseguinte, conhecendo a proporção em que reagem as
substâncias e tendo determinado a quantidade de uma substância (o reativo titulado)
necessária para reagir nesta proporção, pode-se calcular facilmente a quantidade
desconhecida de substância presente no frasco da reação .
Em uma titulação, o ponto em que a quantidade de reativo titulado adicionado é
exatamente a suficiente para que se combine em uma proporção estequiométrica, ou
empiricamente reproduzível com a substância que se determina , chama-se ‘ponto de
equivalência’. O ponto final de uma titulação deve coincidir com o ponto de equivalência ou
estar muito próximo dele. A diferença entre os pontos de equivalência e final se chama
intervalo do indicador.
As titulações se realizam quase sempre com soluções ou dissoluções, porém também
é fácil realizá-las com substâncias nos estados gasoso, sólido e de fusão, se se dispõe de
um equipamento adequado.
Exemplo: Vejamos como é feita a titulação da solução de ac. Sulfúrico de concentração X mol/L por
meio de uma solução de hidróxido de sódio de concentraçao 0,10 mol/L.
1.Por meio de uma pipeta ou de uma buretamedimos o volume de 25,00mL da soluçao de ac. Sulfúrico e
transferimos essa solução para um erlenmeyer, adicionando algumas gotas de solução alcoólicas de
fenolftaleína, que ira atuar como indicador. A solução no erlenmeyer ficará incolor, pois a fenolftaleína em meio
ácido permanece incolor.
2.Colocamos a solução de hidróxido de sódio de concentração 0.10 mol/L no interior de uma bureta e
fazemos o nível dessa solução coincidir com o zero da bureta. Agora, iniciamos a titulação propriamente dita.
Gotejamos a solução de hidróxido de sódio no interior do erlenmeyer, sob agitação continua. À medida que a
solução de hidróxido de sódio vai sendo introduzida no frasco, a quantidade de ac. Sulfúrico no seu interior vai
diminuindo, porque há neutralização do ácido pela base.
3.Enquanto houver ac. Sulfúrico no erlenmeyer, a solução no seu interior permanecerá incolor. Num dado
instante, ao cair uma gota de hidróxido de sódio no erlenmeyer , a solução ficará avermelhada. Nesse instante
fecha-se a torneira da bureta e esta terminada a titulação.
A última gota de NaOH que caiu contem excesso de NaOH, pois apareceu a coloração avermelhada,
porém esse excesso é desprezível. Qiando a solução passa de incolor a avermelhada , significa que o ac.
sulfúrico reagiu completamente com o NaOH (fim da titulação)
Volume de NaOH gasto na titulação: 22,50 mL. Portanto, 25,00 mL de sol. De ac. Sulfúrico de
concentração X mol/L exigiram na titulação 22,50 mL de NaOH de concentração 0.10 mol/L.
Tipos de Titulação
· ácido-base (acidimetria-alcalimetria):
Se uma solução de ácido é titulada com uma solução alcalina (ou seja na acidimetria)
as hidroxilas da solução alcalina combinam-se com os hidrogênios ionizáveis do ácido,
aumentando o pH da solução; em determinado pH o ponto de equivalência é atingido e a
reação terminada. O mesmo raciocínio se aplica as soluções alcalinas tituladas por ácidos
(isto é, a alcalimetria): o pH no ponto de equivalência depende da natureza e da
concentração dos reagentes.
· oxidação-redução (redox):
Baseiam-se nos processos em que há transferência de elétrons (isto é, nas reações de
oxirredução. Os agentes oxidantes ou redutores apresentam diferentes atividades quimicas.
Oxidantes fortes têm pronunciada tendência para ganhar elétrons, que são capazes de
remover de grande número de redutores. O mesmo acontece na perda de elétrons em
relação aos redutores. Sendo a intensidade da ação oxidante ou redutora de um sistema
determinada pelo seu potencial de de oxidação.
· precipitação:
Uma reação com formação de precipitado pode ser utilizada para titulação, desde que
processe com velocidade adequada, que seja quantitativa e que haja um modo de
determinar o momento em que o ponto de equivalência foi alcançado. Na prática essas
condições limitam seriamente o número de reações de precipitação utilizáveis. Muitas
reações de precipitação precisam de tempo relativamente longo para serem consideradas
quantitativas.
· formação de complexos:
As titulações complexométricas baseiam-se na formação de um complexo solúvel. São
reações extremamente comuns, mas poucas satisfazem as condições para serem usadas
em química analítica: na sua maioria, os complexos não são estáveis bastante para permitir
uma titulação. Os complexos que podem ser usados são quase sempre agentes
quelatantes, sendo o reagente mais comum o sal dissódico do ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA). Quase todos os metais podem ser titulados pelo EDTA ou
reagentes semelhantes, e essas titulações representam um dos maiores desenvolvimentos
da química analítica clássica nos últimos anos.
· Titulação sem indicador:
O ponto de equivalência é indicado pelo aparecimento de uma turbidez. Esse é um dos
métodos mais precisos de análise volumétrica para a determinação da prata. A
determinação é feita pela adição de uma solução-titulada de NaCl ou NaBr, e a suspensão é
agitada até que haja coagulação do AgBr ou AgCl formado. A velocidade de coagulação é
uma indicação da proximidade do ponto de equivalência, pois quanto menor a concentração
de íons prata na solução, menor a carga positiva nas partículas do precipitado. O
precipitado é deixado em repouso para depositar e, então, um pequeno volume da solução-
titulada, diluida dez vezes, é adicionada à solução, cuja fase líquida estará perfeitamente
límpida.
Qualquer resto de íon prata na solução dará turbidez. Se essa turbidez for forte, a
solução será novamente agitada para coagulação, e o processo repetido até que se tenha
fraca ou nenhuma turbidez. Como essa titulação requer habilidade e é muito trabalhosa, na
prática em geral usam-se métodos com indicador.