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Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

ALOTROPIA:
É a propriedade que tem um mesmo elemento químico de formar duas
ou mais substâncias simples diferentes.
Exemplos:

a) 02 (gás oxigênio) e 03 (ozônio).

O gás oxigênio e ozônio diferem um do outro na atomicidade, isto é,


no número de átomos que forma a molécula.
Dizemos que o gás oxigênio e o ozônio são as FORMAS
ALOTRÓPICAS do elemento químico oxigênio.
O oxigênio existe no ar atmosférico, sendo um gás indispensável à
nossa respiração. O ozônio é um gás que envolve a atmosfera terrestre,
protegendo-nos dos raios ultravioleta do sol.
Devido às suas propriedades germicidas, o ozônio é utilizado como
purificador da água potável.
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b) Diamante e grafite: São duas substâncias simples bem diferentes


uma da outra, sendo entretanto formadas pelo mesmo elemento químico, o
carbono.
Diamante e grafite são, pois, as formas alotrópicas do elemento químico
carbono.
Estas substâncias diferem entre si pela estrutura cristalina, isto é, pela
forma de seus cristais. A maneira dos átomos de carbono se unirem é
diferente, na grafite e no diamante.
Existem outros elementos químicos que possuem formas alotrópicas,
como, por exemplo, enxofre rômbico e enxofre monoclínico, que diferem
um do outro pela estrutura cristalina.
O fósforo vermelho e o fósforo branco são alótropos do elemento
químico fósforo, que diferem entre si pela atomicidade.
As formas alotrópicas de um elemento químico podem, pois, diferir uma
da outra pela atomicidade ou então pela estrutura cristalina.
É importante que não se esqueça do seguinte detalhe, ALOTROPIA
refere-se somente a SUBSTÂNCIAS SIMPLES.

FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS:


Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria,
podendo basicamente ser classificado em físico ou químico.

FENÔMENO FÍSICO
É todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação de novas
substâncias.
São fenômenos físicos: a queda de um corpo, a reflexão da luz em um
espelho, a dilatação dos corpos, a evaporação do álcool, a fusão do gelo,
etc.
As mudanças de estado físico sofridas pelas substâncias são fenômenos
físicos.
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MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO:


Absorção de Calor

Fusão Vaporização

Sólido Líquido Gasoso

Solidificação Liquefação ou Condensação

Liberação de calor

Além da densidade absoluta, são


propriedades físicas da matéria. os
pontos de fusão e ebulição. Essas
propriedades são específicas de cada
substância, caracterizando as mesmas.
Ponto de Fusão: é a temperatura
na qual a substância passa do estado
sólido para o líquido, sob determinada
pressão.
Ponto de Ebulição: é a
temperatura na qual a substância passa
do estado líquido para o gasoso, sob
determinada pressão.
Sob pressão normal, isto é, ao nível do
mar, a água apresenta as seguintes
características:
Ponto de fusão: OoC; Ponto de ebulição:
100oC.
A densidade da água é igual a 1 g/cm3
na temperatura de 4 oC .
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De modo semelhante, sob determinada pressão, cada substância


possui um valor fixo dos pontos de fusão e ebulição, como também da
densidade.
É bom saber que, para cada substância, tem-se:

PONTO DE FUSÃO PONTO DE SOLIDIFICAÇÃO

PONTO DE EBULIÇÃO = PONTO DE LIQUEFAÇÃO

Isto significa dizer que se o gelo se funde a O0C, a água solidifica


nesta
mesma temperatura.
Se a água líquida vaporiza a l000C, seus vapores se condensam
também a l000C.
Para ocorrer fusão ou vaporização, deve haver aquecimento da
substância, enquanto que na condensação ou solidificação a substância
deve ser resfriada.
Devido ao calor solar, a água contida em um recipiente evapora. Se
este mesmo recipiente com água for aquecido em um fogão, a água entrará
em ebulição. Portanto, a ebulição é rápida em relação à evaporação. Tanto
a ebulição quanto a evaporação são diferentes tipos de vaporização.
Certas substâncias passam do estado sólido diretamente para o gasoso
quando recebem calor. O oposto também pode ocorrer. Este fenômeno é a
sublimação. Tal fenômeno ocorre com a naftalina e o todo sólido.
Durante qualquer mudança de estado físico de uma substância pura, sua
temperatura permanece constante.

FENÔMENO QUIÍMICO

É todo fenômeno que ocorre com a formação de novas substâncias.


São fenômenos químicos: a combustão do álcool, o enferrujamento
do ferro, a respiração dos seres vivos, a fotossíntese realizada pêlos
vegetais clorofilados, etc.
Os fenômenos químicos são também denominados REAÇÕES
QUÍMICAS. As reações químicas são representadas graficamente por meio
de EQUAÇÕES QUÍMICAS.
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OBSERVE O QUADRO SEGUINTE:

Representação

Do átomo de Da Molécula de De uma


Um elemento químico uma substância química Reação Química

SÍMBOLO EQUAÇÃO QUÍMICA


FÓRMULA

Toda equação química possui dois membros separados por uma seta.
No primeiro membro encontram-se as substâncias REAGENTES e
no segundo membro, os PRODUTOS DA REAÇÃO.

Exemplos:
a) Combustão do etanol ou álcool comum:

Nesta reação química, representada pela equação acima, uma


molécula de etanol (C2 H5 OH) reage com três moléculas de gás oxigênio do
ar atmosférico (02), produzindo duas moléculas de gás carbônico (C02) e
três moléculas de água.
Naturalmente, se a queima do álcool ocorreu em um recipiente
aberto, o gás carbônico e o vapor d'água formados foram liberados para o
ar atmosférico.
Em qualquer reação química, o número de átomos de cada elemento
no 1º e 2º membros da equação deve ser o mesmo. Por isto, para cada
substância, o número de moléculas que reagem e são produzidas nem
sempre é o mesmo.
Os números que aparecem à esquerda de cada fórmula são os
coeficientes da equação, que indicam o número de moléculas que reagem e
são produzidas. Neste exemplo, os coeficientes são: 1, 3, 2 e 3.
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b) Fotossíntese:

Quando um vegetal clorofilado realiza fotossíntese, para cada 6


moléculas de gás carbônico que reagem, são necessárias 6 moléculas de
água para produzirem 1 molécula de glicose e 6 de oxigênio.
Naturalmente, o número de moléculas que reagem e são produzidas
durante a fotossíntese é bem maior do que esse, mas corresponde a valores
múltiplos desses coeficientes.
Se um dos coeficientes da equação for multiplicado por um número,
todos os coeficientes desta equação deverão ser multiplicados pelo mesmo
número.
Verifique o número de átomos, de cada elemento no 1º e 2º membros
da equação acima:

C: 6 átomos no 1º membro e 6 átomos no 2º membro.


O: 18 átomos no 1º membro e 18 átomos no 2º membro.
H: 12 átomos no 1º membro e 12 átomos no 2º membro.

Isto significa que a equação acima está corretamente balanceada, ou


seja, os seus coeficientes estão ajustados.

Para contar o número de átomos de cada elemento, deve-se


multiplicar o coeficiente pelo correspondente índice (número que fica
abaixo e à direita do símbolo).

Se o elemento aparece em mais de uma substância do mesmo membro,


seus átomos devem em seguida ser somados.
Verifique se a equação de combustão do etanol, exemplo a, está
corretamente balanceada. Conte e escreva o número de átomos de cada
elemento no 1º e 2º membros.
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Segundo o cientista francês,


Antolne Laurent de Lavoisier,
em uma reação química: “A
soma das massas das
substâncias reagentes é igual
à soma das massas dos
produtos da reação.”
Este enunciado é
conhecido como Lei de
Lavolsier ou Lei da
Conservação das Massas.
Para que uma reação química
esteja de acordo com a Lei de
LavoIsler, os números de
átomos dos elementos devem
ser iguais nos dois membros
da equação, ou seja, a
equação deve estar
corretamente balanceada.
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Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

O ATOMO
Como você já sabe as substâncias são formadas por partículas
denominadas moléculas, e estas, por sua vez, são constituídas por partículas
menores, denominadas átomos.
Há muito tempo, cerca de 30 anos antes de Cristo, o filósofo grego
Demócrito já afirmava que a matéria era formada por partículas muito pequenas,
às quais ele chamou de átomos. Entretanto o conceito de átomo desse filósofo
é bem diferente do conceito admitido hoje pelos cientistas.
Segundo Demócrito essa partícula não pode ser dividida. Por isso, ele lhe
deu o nome de “átomo” que no grego, significa “indivisível”.
Atualmente após de muitos estudos e experiências, os cientistas afirmam
que o átomo é formado por várias partículas e que elas estão dispostas de tal
forma que o átomo pode ser dividido em partes: o núcleo e a eletrosfera.

O núcleo e a eletrosfera
O núcleo é a parte central do átomo. É formado por dois tipos diferentes
de partícula: os prótons (p) e os neutrons (n).
A eletrosfera, também conhecida por coroa, é constituída pelas
partículas que circundam o núcleo.
Essas partículas recebem o nome de elétrons (e) e são menores que os
prótons e os nêutrons.
Como você pode perceber, o átomo é muito parecido com o Sistema
Solar. No Sistema Solar, o sol fica no centro e ao redor dele giram os planetas.
No átomo, de um modo semelhante, os eletrons giram em torno do núcleo, em
órbitas dispostas em planos diferentes.
Num átomo, o número de prótons é igual ao de elétrons. Mas o número
de nêutrons pode ser diferente do de elétrons e de prótons.

Carga elétrica das partículas


As partículas do átomo possuem carga elétrica. Só que a carga de cada
uma dessas partículas é diferente das outras. Assim os prótons têm carga
elétrica positiva e os nêutrons são partículas sem carga elétrica. Já os
elétrons têm carga elétrica negativa.
Cada tipo de carga elétrica apresenta um comportamento diferente.
Através de experiências muito simples é possível demonstrar como as
cargas elétricas se comportam. Veja:
As duas bolinhas de plástico
foram carregadas negativamente. Veja
que elas se repelem quando tentamos
aproximá-las.
Agora vamos ver o que ocorre quando as cargas são opostas.

Nessa experiência, a bolinha de


plástico continua carregada
negativamente e o bastão de vidro está
com carga elétrica positiva. Observe que
a bola e o bastão atraem-se
mutuamente quando colocados
próximos um do outro.
Essas experiências mostram que:

Cargas do mesmo sinal se repelem e de sinais contrários


se atraem.

O mesmo fenômeno que ocorre com as bolinhas e o bastão de vidro


também se dá com as partículas do átomo, pois como você sabe elas também
possuem cargas elétricas.
Você sabe também que o núcleo de um átomo contém partículas com
cargas positivas, os prótons.
Diante disso surge um problema: se as cargas do mesmo sinal se
repelem, como se explica que os prótons se mantenham unidos no núcleo de
um átomo?
Isso é possível porque além de prótons, o núcleo contém nêutrons que
são partículas sem carga elétrica. Assim os nêutrons são as partículas
responsáveis pela estabilidade do núcleo do átomo, neutralizando a repulsão
que há entre os prótons.

Número de massa e número atômico


A soma do número de prótons e de nêutrons existentes no núcleo de um
átomo recebe o nome de número de massa e é representado pela letra A.
O número atômico corresponde ao número de prótons ou de elétrons
existentes num átomo e é representado pela letra Z.
Temos então:
A = número da massa = p + n Z = número atômico = p =
e
O átomo é eletricamente neutro, pois o número de prótons é igual ao
número de elétrons, e, como sabemos, as cargas elétricas dessas têm o mesmo
valor absoluto, embora sejam de sinais contrários.

Massa atômica
Como você sabe, o átomo é tão pequeno que é impossível vê-lo até
mesmo com o auxílio de microscópios potentes. Logo é impossível medir sua
massa ultilizando uma balança e as unidades usuais de massa, como grama,
quilograma, etc.
Para determinar a massa atômica, os cientistas precisavam de algo que
pudesse ser usado como padrão. Assim, em 1961, eles adotaram o átomo-
padrão o átomo do carbono com o número atômico igual a 6 e o número da
massa igual a 12. A seguir imaginaram esse átomo dividido em 12 partes iguais
e consideraram uma dessas partes como a unidade de massa atômica.
Imagine você também o átomo de carbono sendo dividido em doze partes
iguais. A unidade de massa atômica corresponde à massa de ½ do carbono 12.
Quando dizemos, por exemplo, que a massa atômica do hélio é 4,
queremos dizer que sua massa é 4 vezes maior que 1/12 da massa do carbono
12.

O arranjo dos elétrons na eletrosfera


Já vimos que a eletrosfera é constituída por partículas chamadas elétrons
que giram ao redor do núcleo.
Mas essas partículas não se encontram aí de maneira desorganizada,
girando ao acaso. Pelo contrário. Elas distribuem-se em camadas, cada uma
com o número determinado de elétrons, como veremos a seguir.

Camadas eletrônicas
Um átomo pode ter no máximo 7 camadas eletrônicas. Cada uma é
designada por uma letra. A mais próxima do núcleo é designada pela letra K, a
segunda pela letra L, a terceira pela letra M e assim por diante.
Cada uma das camadas eletrônicas tem um número máximo de elétrons.
Veja qual é esse número no quadro que segue:
Tabela de distribuição de elétrons
Camada eletronica Número máximo
de elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2

De modo geral, os átomos não possuem todas as camadas eletrônicas. O


átomo de hidrogênio, por exemplo, tem apenas uma. Já o mercúrio tem 6. Mas
qualquer que seja o número de camadas eletrônicas de um átomo, a última
delas não pode ter mais de 8 elétrons.
Vamos ver agora como é a distribuição dos elétrons de alguns átomos:
A= número de massa = 4
Z= número atômico = 2
Como Z corresponde ao número de prótons, Esse átomo tem 2 prótons.
Conseqüentemente o átomo de hélio possui também 2 elétrons pois o número
de prótons é igual ao de elétrons.
Ainda com base na notação, sabemos que A = 4. Como A = p +n, temos:
O número de nêutrons = 4-2 = 2.
Assim, esse átomo tem:
2 prótons, 2 nêutrons e 2 elétrons.

Note que o átomo de hélio tem apenas uma camada eletrônica, a camada k,
com 2 elétrons. Observe também que esse é o número máximo de elétrons
desta primeira camada.

O que são íons?


Consideremos o átomo de cloro com 17 prótons, 17 elétrons e 18
nêutrons.

Para adquirirem estabilidade, os átomos


tendem a ganhar ou perder elétrons de tal
forma que a última camada fique
completa.
Observe que a última camada eletrônica
do átomo de cloro com 7 elétrons. Para
completar o número máximo de 8 elétrons
na última camada, esse átomo deverá
receber 1 elétron. Porém caso ganhe o
elétron que lhe falta, o átomo de cloro
deixará de ser neutro, pois terá 17
prótons e 18 elétrons.

Nesse caso o átomo de cloro ficará carregado negativamente, pois terá


mais elétrons do que prótons. O átomo carregado negativamente recebe o nome
de íon negativo ou ânion.
Assim esse átomo é denominado de íon de cloro e é representado por Cl-
. O sinal menos mostra que o átomo de cloro ganhou um elétron.
Consideremos o átomo de sódio que tem 11 prótons, 11 elétrons e 12
nêutrons.
Veja esse átomo tem apenas um
elétron na última camada. Se ele perder
esse elétron, a camada anterior ficará
completa. Porém nesse caso o átomo de
sódio deixará de ser um neutro, pois terá
11 prótons e 10 elétrons.
Dizemos então que o átomo de sódio
ficou carregado positivamente pois seu
números de prótons tornou-se maior do
que seu número de elétrons. O átomo
carregado positivamente recebe o nome de
íon positivo ou cátion.

O átomo de sódio é denominado, portanto, de íon de sódio e é


representado por Na+. O sinal mais significa que o átomo de sódio perdeu um
elétron.
Resumindo, podemos dizer que os íons se classificam em dois tipos:
* Ânions - São íons negativos, pois nesse caso o número de elétrons é
maior do que o de prótons, ou seja, o átomo ganhou elétrons.
* Cátions - São íons positivos, pois nesse caso o número de elétrons do
átomo é menor do que o de prótons, ou seja, o átomo perdeu elétrons.

Os átomos dos gases nobres


Você verá que os átomos se combinam dando origem a substâncias. Por
exemplo, dois átomos de hidrogênio (H) podem combinar-se com um átomo de
oxigênio (O), dando origem a uma molécula de água. No entanto, os átomos
que tem 8 eletrons na útima camada dificilmente se combinam com outros; eles
são estáveis. Isso ocorre com os átomos dos gases neônio, argônio, xenônio,
criptônio e radônio, que por isso receberam o nome de gases nobres.
O gás hélio também é um gás nobre, embora seja uma exceção, pois tem
apenas 2 elétrons na última camada eletrônica.
Veja o esquema dos átomos de dois gases nobres:

O átomo
História
A idéia simples e parecia consistente: se a matéria podia ser dividida em
pedaços cada vez menores, devia haver um ponto que chegasse a mínima
fração possível.
Foi assim que os antigos filósofos gregos conceberam o átomo
(indivisível). A doutrina deve ter-se originado por outra do século V ªC. e seus
principais representantes foram Lucipo e Demócrito.
Do primeiro quase nada se sabe. O segundo discípulo daquele, nasceu
na Croácia, em torno do ano 460 a.C. Dono de uma curiosidade enciclopédica
realizou observações no terreno da Zoologia, dos quais só restaram fragmentos.
Além de indivisíveis, devido a sua pequena massa, e só se distinguiam
um dos outros por seu tamanho e por sua forma.
As diferentes formas é que davam às diversas substâncias suas
propriedades. Os líquidos, por exemplo, deviam sua fluidez ao fato de serem
construídos por átomos esféricos, deslizavam perfeitamente uns sobre os
outros.
O atomismo foi das primeiras tentativas de descobrir uma explicação
racional para a multiplicidade de seres da natureza. Abandonada durante a
idade Média cristã, a idéia foi preservada no mundo muçulmano.
O poeta místico persa do século XIII Djalau Ud-Din Rumi chegou a
afirmar que os átomos eram indivisíveis ( 700 anos antes da física moderna ). O
século XVII assistiu a uma retomada do interesse pelos átomos: O principal
representante do atomismo dessa época foi Pierre Gassendi (1592 - 1655),
professor no Collége Royal, de Paris. Ele procurou sintetizar as filosofias dos
antigos gregos com o cristianismo.
No século XIX, a partir das teorias sobre gases do inglês John Dalton e
do italiano Amadeo Avogrado, o atomismo deixou o terreno da filosofia para
entrar no da ciência.

Número atômico
O número de prótons, que não varia, recebe o nome de número atômico
e serve para identificar o elemento químico.
Cada número atômico é exclusivo de um determinado elemento químico.
O número atômico do hidrogênio é 1, pois o átomo de hidrogênio possui
apenas um próton.

Número de massa
A soma do número de prótons com o número de nêutrons é o número de
massa do átomo.

Compare os 2 átomos que você já conhece e anote o número atômico e


o número de massa de cada um deles:
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

AZUL ULTRAMAR

Introdução

Os pigmentos ultramar estão intimamente relacionados com os zeólitos e apresentam


propriedades químicas e características destes compostos. Eles são complexos de sulfosilicato
de sódio e alumínio cuja composição química exata depende das proporções iniciais das
matérias-primas utilizadas na sua produção. Uma formula empírica aceita para os pigmentos
ultramar é:

Claro - Na6Al6Si6O24S2
Médio - Na7Al6Si6O24S3
Escuro - Na8Al6Si6O24S4

Composição química aproximada

Al (17.6 a 18.5)
H (0.2 a 0.2 )
Na (10.5 a 15.2)
O (41.7 a 44.2)
S ( 7.0 a 7.3)
Si (18.3 a 19.3)

Acredita-se que a estrutura cristalina desses pigmentos seja composta de tetraedros de


SiO4 onde os íons de silício são trocados aleatoriamente por íons alumínio na mesma
estrutura. Essa substituição necessita da presença de cátions para manter a neutralidade
elétrica.
O azul ultramar apresenta dois tipos de tonalidade o azul-esverdeado e o azul-
avermelhado. Eles são quimicamente similares e tem as mesmas características básicas mas o
tipo esverdeado contém mais alumínio e menos enxofre que o tipo avermelhado.
2
O azul ultramar é o mais velho e mais brilhante dos pigmentos azuis. Ele tem
interessantes propriedades uma das mais importantes é a da permanência. Algumas pinturas e
manuscritos do século XV ainda se mantém brilhantes, é o azul que dá o melhor granulos de
cobertura. A pouca resistência a ácidos estimulou o desenvolvimento de um tipo com
resistência maior onde as partículas do pigmento são revestidos com sílica ou uma camada de
ácido silico. O azul ultramar não deve ser usado em tintas ou sistemas que conduzam uma
condição ácida.

História

A fonte mineral do ultramar é derivado do *Lasuli lápis “ Uma pedra semi preciosa
encontrada na china pérsia e tibe, foi trazida para a Europa no tempo medieval do
Afeganistão, sem dúvida entrou na Europa pelo porto de Veneza, um grande centro de
comércio oriental, o nome ultramar é derivado de * azurro ultramarino “ , azul além do
oceano. O ultramar apareceu como pigmento na região ao redor do Afeganistão onde foi
usado no século VI e VII para pintar as paredes do templo bamiyan.
Um processo para refinar o azul foi desenvolvido por Cemini na Itália no século VII e
VIII. Cemini, amassou uma pasta de lápis azule, cera de abelha, rezina, e óleo lencide, em
uma solução alcalina diluída neste processo a matéria estrangeira (calcita e a perita) é retirada
pela fase do olho em quanto as boas partículas do azul são cobertas pelo settiling, esse
processo aumenta o brilho do azul para o grau maior. Em 1432 o ultramar natural foi usado
por Jum Van, em sua pintura Santa Barbara, continuou a ser usado em manuscritos até o
ultramar azul sintético ser desenvolvido.
Em 1824 a Sociedade de Encorajamento da Pobre Industria Nacional da França,
ofereceu um prémio de 6.000 francos para a primeira pessoa que sintetizasse o ultramar com
um custo de 300 francos por quilo. Isso foi realizado quatro anos mais tarde por Guimet em
Tulise na França , um pouco mais tarde Cristian da Alemanha, descobriu um processo
similar. Em poucos anos fabricas para produzir o ultramar foram abertas na França,
Inglaterra, Bélgica, Estados Unidos. O azul sintético é idêntico em composição e estrutura em
comparação ao natural.

Produção do Pigmento

Os ingredientes necessários para a produção do azul ultramar são Argila ( barro )


lavada na China, enxofre, soda cinza, sulfato de sódio, carbono, carvão, pixe e sílica. O
processo básico para a produção do azul ultramar se inicia com a moagem de uma mistura de
reagentes em proporções adequadas para o tipo desejado. Após a homogeneização dos
reagentes, o material pode ser prensado em forma de tijolos ou embalado em cadinhos para
serem calcinados.
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A etapa de calcinação é o estágio mais crítico da produção , a temperatura do forno é
elevada a 500ºC num período que varia de 10 a 40 horas , dependendo do tamanho do forno.
A essa temperatura, os componentes começam a reagir e nesse ponto, a queima do enxofre
eleva a temperatura do forno a cerca de 800ºC . A reação prossegue por um período de 10 a
50 horas, levando a um produto intermediário marrom. A fase seguinte é a oxidação lenta
(10 a 50 horas) do material , que leva a um segundo intermediário, de cor verde. A
transformação no produto azul final ocorre após um período de 18 dias, durante o qual o
forno é deixado resfriar .

Processo de obtenção do Azul Ultramar

Mistura dos Preparação Calcinação


® ®
Reagentes da Mistura

¯
Lavagem e Moagem Lavagem
¬ ¬
Decantação Úmida

¯
Moagem

Fórmula típica para a produção de três sombras desta cor, são dadas abaixo:

Grade Argila da Soda Cinza Sulfato de Carbono Enxofre Sílica Composição


China (pbw) (pbw) Sódio (pbw) (pbw) (pbw) (pbw) Aproximada
Claro 100 8 120 25 16 Na6Al6Si6O24S2
Médio 100 100 4 50 Na7Al6Si6O24S3
Escuro 100 103 16 117 16 Na8Al6Si6O24S4

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O produto assim obtido é lavado para a eliminação dos sais solúveis formados na
reação e submetido a uma moagem úmida para a redução das partículas, que inicialmente não
apresentavam valor pigmentar, até se obter uma faixa de poucas mm de tamanho coloidal.
A suspensão então é diluída em água a uma concentração pigmentar de 10 a 20 % e
transferida para tanques de sedimentação onde as partículas são separadas em função das
diferentes velocidades de sedimentação e são filtradas, lavadas, secas e moídas, obtendo-se o
produto final.

Aplicação

O azul ultramar é usado em lugares onde sua permanência , brilho, e estabilidade


alcalina são de importância, é um produto atoxico e insolúvel em solventes, é usado em
tintas de pintura, tinta têxtil, tinta de borracha, tintas artísticas, cosméticos, plástico, óleos ,
tintas a base de água em lavanderias como alvejante, sabões, revestimento de pisos,
branquear tintas brancas, na poupa de papel, é o principal azul usado em grãos de cobertura (
onde um tipo de resistência ácida é requerida), especial grau repelente de água do azul é feito
para prover tipos que possam ser usados em processo de pinturas de litografia e off-set, o tom
do ultramar é relativo ao tamanho da partícula , o tipo de massa escura possui partículas em
largo tamanho de três a cinco m, o mis claro possui o tamanho de partículas menores , no
entanto mais fortes.

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Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

CARVÃO MINERAL

Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a


forma fossilizada, acredita-se o carvão mineral, o mais abundante.

DESCOBERTA DO CARVÃO DE PEDRA

A primeira descoberta do carvão mineral, provavelmente ocorreu na idade da pedra


lascada.

Alguém um “homo sappiens” tentou queimar arbustos, folhas secas, e para proteger
o fogo, cercou de pedras pretas, que se achavam soltas no chão da caverna.

Durante a queima dos arbustos, as pequenas pedras pretas mais próximas do fogo,
começaram a derreter, soltando fumaça esbranquiçada e depois rolos de fumos
marrons alaranjados.

Em poucos minutos, começaram as longas labaredas, desprendendo muito calor,


mais forte do que o dos arbustos e por período bastante prolongado.

Para surpresa do “homem”, após tanta chama desprendida da pedra, ela própria
começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor
do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou
ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.

O QUE É CARVÃO MINERAL?

Quase sempre em um pedaço de carvão achado ao acaso, podem descobrir-se


vestígios de uma formação celulósica da madeira. É quando observamos esse fato,
que comprovamos sua origem e podemos imaginar a incrível história da formação
do carvão mineral.

No Brasil, essa história se inicia há cerca de 230 milhões de anos, na época em que a
crosta da terra ainda estava convulsionada por terremotos, vulcões, furacões,
vendavais e maremotos, que provocaram lentos ou violentos cisalhamentos e que
fizeram nossas montanhas e nossos limites costeiros, separados dos da África, pelo
Oceano Atlântico.

Naquelas épocas geológicas, arvores gigantes e toda sorte de vegetação, crescia,


formando grandes e espessas florestas, favorecidas pela atmosfera muito rica em
CO2, permitindo a intensificação da função clorofiliana e o crescimento dos vegetais
de forma extraordinária em um clima particularmente quente e úmido.

O carvão é então a parte celulósica da vegetação, transformada pelo tempo, pressão,


bactérias e outros agentes anaeróbicos, em uma massa carbonosa. É fácil imaginar as
centenas de carvões que foram assim formadas. Sucessivas formações de florestas e
sucessivos afundamentos podem Ter ocorrido ao longo de milhares de anos em uma
mesma região, e então, camadas e camadas de carvões diferentes serão encontradas.

A matéria vegetal flutuante, pode ainda Ter sido transportada pelos rios e
acumuladas no fundo dos lagos ou pântanos mais, ou menos isolados, e, assim,
bactérias carboníferas limitadas serão encontradas separadas umas das outras, a
profundidades diferentes.

Em outra parte do mesmo território, a fermentação bacteriana encontrou as


condições ideais de desenvolvimento em uma floresta soterrada a pouca
profundidade, e então, serão encontrados carvões altamente carbonizados, aflorando
a céu aberto.

Em outras palavras: o processo químico de carbonização reduz-se a uma maceração


dos vegetais sob a água das selvas pantanosas, seguida de uma fermentação
anaeróbica em meio hídrico, dos hidratos de carbono, do qual são formados
hidrogênio, metano e anidrido carbônico.

Estas substâncias são gasosas e, com a compressão, escapam através dos estratos
que soterram os vegetais, enriquecendo a massa carbonosa em carbono sólido,
restando pouca matéria volátil. A pureza do carvão em relação a matérias estranhas,
depende muito de como a massa original foi composta, misturada, transformada,
transportada e depositada.

O processo de fermentação anaeróbica chega a um ponto em que é detido pela


formação de ácidos, que são dejetos das bactérias anaeróbicas e que criam um meio
anti-séptico. O grau de carbonização portanto, não depende da idade de
soterramento dos vegetais e sim do tempo de aparecimento dessa fase anti-séptica
inibidora do processo de enriquecimento de carbono, da massa carbonosa.

IDADE GEOLÓGICA DO CARVÃO

A idade geológica do carvão brasileiro oscila entre 230 e 280 milhões de anos, que
segundo estudiosos do assunto, vem da era paleozóica – período carbonífero, que
ainda pode ser dividido em duas classes: Mississipiana e Pelsilvaniana. Como a
diferença entre os períodos é irrelevante, considerando que a terra tem quatro e meio
bilhões de anos, desde a sua origem, pouco importa.

O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde


vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase
carbono puro:

Tipo % O2 % H2 %C
Celulose 49.4 6.2 44.4
Turfa 40.0 6.0 54 a 60
Linhito 25.0 5.0 65 a 75
Hulha 15.0 4.5 75 a 85
Antracito 3.0 2.0 95.0

RESERVAS MUNDIAIS

Praticamente 90% das reservas de carvão mineral, assim como das reservas de
petróleo, encontram-se localizadas no hemisfério norte, bem como desertos,
indicando que havia oceanos, onde atualmente quatro países detêm as maiores
reservas:

Rússia 56.5%
Estados Unidos 19.5%
Ásia China 9.5%
Canadá 7.8%
Europa 5.0%
África 1.3%
Outros 0.4%

Total 100.0%

Fonte : Resources and Man.

As reservas prováveis, estão calculadas em 10.750 bilhões de toneladas equivalente


a carvão, sendo que uma tonelada equivalente a carvão, se refere de 7.000 kcal/kg de
PCS.

Muitos países em desenvolvimento, que tem reservas de carvão mineral, estão


explorando para uso próprio ou para exportação, como a Colômbia, principalmente
quando se trata de carvão siderúrgico.
PRODUÇÃO MUNDIAL

A produção mundial de carvão, pouco mudou, ainda em torno de 5 bilhões de


ton/ano, sendo que 16 % das reservas conhecidas e oficialmente calculadas, serão
consumidas até o ano 2000.

O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de
solução para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia
faltassem, o carvão sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos
métodos até então conhecidos.

Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de
petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porem se não surgirem outras soluções
será o carvão o combustível fóssil disponível, por isso engenheiros que só sabem
lidar com o petróleo, estarão desempregados.

Possivelmente, após o ano 2000, já terão sido adotados processos mais eficientes, de
modo geral, as máquinas terão maior rendimento térmico, estarão em uso “células
combustíveis”, queima para gases ionizados para MHD, gaseificação, liquefação do
carvão, ( a África do Sul já faz ), etc, de modo a aproveitar melhor as reservas
remanescentes do século XX.

O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar
decisões importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao
desenvolvimento de cada país, considerando meio ambiente e saúde do trabalhador
na indústria carbonífera, onde o homem aos 50 anos, está com os pulmões forrados
de carbono (carvão) pela Pneumoconiose, sem ânimo e sem força para trabalhar, o
que significa, falta de equipamentos e métodos de proteção.

RESERVAS DO BRASIL

No Brasil, as principais reservas de carvão mineral estão situadas nos Estados do


Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em ordem decrescente, São
Paulo é a menor. Em milhões de toneladas:

Rio Grande do Sul 20.859


Santa Catarina 1.941
Paraná 179
São Paulo 10
Total 22.888
Ultimamente, com a descoberta da jazida da Santa Teresinha – RS, o CRPM registra
reservas da ordem de 23 bilhões de ton., porem o Brasil importa anualmente 12
milhões de toneladas de carvão siderúrgico, afora o carvão vegetal usado na redução
de ferro gusa, nas siderurgias.

COMPOSIÇÃO DO CARVÃO DO BRASIL

Até a crise energética mundial de 1972, o país não ligava para o nosso carvão,
alegando ser de baixa qualidade, pelo teor de cinzas. Com a crise, estudos foram
realizados surgindo a CAEEB, Companhia Auxiliar de Estudos Elétricos Brasileiros,
que ficou encarregada de desenvolver o consumo do nosso carvão, com verbas do
CNP, traçando inicialmente um programa de suprir as fábricas de cimento,
decidiram levar o carvão somente até o porto de Espírito Santo.

Composição:

Carbono 59.87%
Hidrogênio 3.78%
Oxigênio 7.01%
Enxofre 2.51%
Cinzas 26.83%

Total 100%

Comparação dos Carvões Latino-americanos:

1º Chileno
2º Colombiano
3º Peruano
4º Mexicano
5º Brasileiro

com base no PCI, função do teor de enxofre.


PRODUÇÃO E CONSUMO MUNDIAL

A produção nacional de carvão, conforme dados divulgados no Balanço Energético


de 1983, se situava em 21.5 milhões de toneladas, de carvão bruto (ROM), para
obter pouco mais de 7 milhões de toneladas depois de beneficiado, (33%) para 1996,
está previsto 8 milhões de toneladas, quase não aumentou.

No sul do país, o carvão energético é consumido pelas termelétricas e pelas fábricas


de cimento, até o Estado do Espírito Santo, alcançando 8 milhões de toneladas, que
representa 33.3% do volume movimentado do subsolo até a superfície, significando
que quase 67% é de rejeitos.

A previsão de consumo para 1996 é de 20 milhões de toneladas, sendo na siderurgia


12 milhões, praticamente todo importado, cimento 2 milhões, termelétricas 4
milhões, papel e celulose ½ milhão e outros 1.5 milhões.

Convém ressaltar experiências que vem sendo feitas, na área de gaseificação e na


área de mistura com óleo combustível BPF, para consumo nas refinarias de petróleo.

GASEIFICAÇÃO DE CARVÃO MINERAL

O futuro do carvão nacional, vai depender da gaseificação, considerando o teor de


cinzas (26%) e o de rejeito (67%) do carvão retirado da mina, que alem de não ser
aproveitado, e poluente.

A gaseificação baseia-se em princípios bem conhecidos, consistindo numa seqüência


de transformação termo-químicas de qualquer matéria prima combustível, que tenha
características adequadas.

As reações básicas são :

Ø Secagem
Ø Pirólise
Ø Oxidação
Ø Redução
Como ocorrem as reações finais?

1 – Exotérmica: C + O2 CO2 + 97.000 Kcal/kmol


2 – Endotérmica: CO2 + C 2 CO – 38.200 kcal/kmol
3 – Endotérmica: C + 2H2O CO2 + 2H2 – 28200 kcal/kmol
4 – Exotérmica: C + 2H2 ch4 + 21.400 kcal/kmol

O rendimento dos gaseificadores se determina:

Eficiência: V . hg + Q +S
B. PCI

Sendo:

V em Nm³ do gás produzido


hg em kcal/Nm³ do gás produzido
Q em kcal/Nm³ do calor reversível do gás
B em Kg do combustível utilizado
PCI em Kcal/Kg do combustível, poder calorífico inferior
S em Kcal/hora de calor latente dos subprodutos

Os gaseificadores podem ser enquadrados em quatro tipos:

1 – Leito Fixo
2 – Leito Fluidizado
3 – Leito Arrastado
4 – Sais Fundido

1 – Leito Fixo – É o leito de carvão suportado por grelha fixa, onde o carvão é
alimentado por meios manuais e o ar entra por baixo da grelha.

Exemplo:

Gaseificador WELMAN que pode ser simples ou de duplo estágios (IGI)


com duas saídas de gás, uma ao nível da zona de destilação e outra bem proxima ao
topo na zona de secagem do vaso de pirólise.
Gaseificador LURGI, onde cada etapa do reator tem dispositivos de vedação
separando herméticamente as seções, (alimentação, secagem, pirólise, lavagem,
resíduos, cinzas, etc).
2 – Leito Fluidizado – A gaseificação em leito fluidizado requer uma alimentação
de ar pressurizado por baixo da tela, da câmara de combustão vertical, que suporta o
leito de areia, outros tipos de leito, sendo que o carvão micro-pulverizado é
alimentado por cima.

Exemplo:

Gaseificador WINKLER, que também tem o cabeçote de alimentação na


horizontal, porem é o oxigênio e o vapor que mantém o carvão moído em suspensão
(fluidizado) em constante ebulição para controle da combustão.

3 – Leito Arrastado – É o leito de carvão pulverizado, com oxigênio e vapor,


introduzido nos cabeçotes, queimando no gaseificador a 2000 ºC, que funde carvão e
cinzas, sendo que parte escorre do gaseificador para o tanque d’água. A cinza
restante sai pela chaminé.

Exemplo:

Gaseificador KOPPERS, cuja principal diferença está na alimentação do


carvão, que está na horizontal e tem um recuperador de calor na saída do gás.

4 – Sais Fundido – É num leito de Carbonato de Sódio a 1000 ºC ou Óxido de ferro


a 1500 ºC , atuando como meio de fusão do catalizador das reações de gaseificação,
para gás de baixo poder calorífico (1500 Kcal/Nm³) e de médio poder calorífico (
3000 Kcal/Nm³).

O gás de baixo poder calorífico é mais usado para fins industriais, canalizado até 10
km, cujo gaseificante é ar e vapor d’água, fabricado pela Cia. Riograndense de
Nitrogenados.

O gás de médio poder calorífico, tem aplicação mais ampla ( síntese de amônia,
síntese de metanol) usa como gaseificante oxigênio e vapor d’água.

Afora a gaseificação, também se faz liquefação, partindo da gaseificação que alem


do arranjo molecular em presença de um catalizador metálico, tem a liquefação por
síntese, usada na África do Sul (processo alemão Fischer-Tropsch) e a liquefação
por hifdrogenação usada na Inglaterra.

Na UNICAMP, especialistas estão desenvolvendo um projeto de liquefação por


hidrólise, que consiste na hidrogenação do carvão pela injeção de hidrogênio a 800
ºC, para produzir Benzeno, Tolueno e Xileno, até agora extraídos do petróleo.
Na França, na localidade de Artois, tivemos conhecimento de que estava sendo
desenvolvido um gaseificador bastante curioso ( gaseificação “in sito”) que consiste
de dois poços de grande profundidade verticais, revestidos de tubos de aço,
separador de uma distância de 500 metros, porem ligador por um túnel, atravessando
a jazida de carvão, que serve de fornalha, onde uma vez começada a combustão
controlada a jazida de carvão, produzem-se CO, CO2 e CH, ajudados por injetores
de vapor d’água, exaustores e compressores de gases, sendo a primeira coluna para
alimentaçao e a segunda funcionando como chaminé.
Diante do avanço nessa área, acreditamos que o futuro do carvão mineral, está na
gaseificação, por que pode ser realizada nas proximidades das jazidas e o gás passa a
ser um combustível nobre, transportado por gasodutos, onde já esteja circulando
outros gases combustíveis.

ENTREPOSTOS DE CARVAO DO BRASIL

Temos instalados 12 entrepostos com capacidade de armazenar 8 milhões de


toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão – SC, é para 6 milhões de
toneladas e ocupa uma área de 120 hectares, o que nos dá uma idéia das dificuldades
para armazenamento e manuseio do carvão.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Chuva ácida

Chuva, neve ou neblina que contém alta concentração de ácidos em sua


composição. Essas substâncias resultam da emissão de poluentes na atmosfera,
principalmente óxidos de nitrogênio (NO) e dióxido de enxofre (SO2). Os óxidos de
nitrogênio, que originam o ácido nítrico, são liberados por veículos movidos a gasolina
e a óleo diesel. O dióxido de enxofre, que gera o ácido sulfúrico, é produzido pela
queima de óleo diesel em caminhões e ônibus e por combustíveis fósseis, como carvão e
derivados de petróleo. Ao atingir a superfície terrestre, esses ácidos alteram a
composição do solo e das águas, comprometendo as lavouras, as florestas e a vida
aquática. Também podem corroer edifícios, estátuas e monumentos históricos, o que
vem acontecendo em vários lugares da Europa e nas ruínas maias no México.
As precipitações ácidas são mais intensas nas áreas industriais do hemisfério
norte. De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 35% do
ecossistema europeu já está degenerado em função da acidez da chuva. No leste dos
Estados Unidos e na Europa Ocidental já foram registrados índices de acidez entre 2 e 3,
numa escala de 0 a 14, cujos indicadores abaixo de 7 são considerados ácidos. Muitas
espécies de peixe e quase todas as de molusco não sobrevivem a índices abaixo de 4,8.
Segundo relatório do Banco Mundial divulgado em 1998, os países da Ásia e da
região do Pacífico serão os mais prejudicados pela chuva ácida no próximo século.
Nessas áreas, a obtenção de energia pela queima de carvão e de óleo libera grande
quantidade de SO2, um dos principais elementos da chuva ácida. Se a tendência atual
for mantida, a emissão de SO2 na região deve triplicar até 2010 (em relação a 1990),
ultrapassando os níveis da América do Norte e da Europa somados.
Os efeitos já estão sendo sentidos. Pesquisadores na China descobriram que
plantações de trigo em regiões onde ocorre chuva ácida têm a metade do tamanho de
plantações a 22 km de distância, não atingidas pelo fenômeno, de acordo com o
relatório do World Resources Institute (EUA).
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

1.1. – Classificação periódica moderna

1.1.1. – Períodos

1.1.2. – Colunas, grupos ou famílias

1.2. – Configurações eletrônicas dos elementos ao longo da


classificação periódica

1.3. – Propriedades periódicas e aperiódicas

1.3.1. – Raio atômico

1.3.2. – Volume atômico

1.3.3. – Densidade absoluta

1.3.4. – Pontos de fusão e de ebulição

1.3.5. – Potencial de ionização

1.3.6. – Eletroafinidade ou afinidade eletrônica

Classificação Periódica
Tentar-se-á retratar nesta obra a mais exata síntese sobre Classificação
Periódica, procurando informar o caro leitor de que esta é uma das mais
extraordinárias convenções já determinadas pelos cientistas.
Mostrar-se-á que a Tabela Periódica possibilita rapidez e praticidade em
cálculos que necessitavam de tempo e bastante paciência para desenvolver os
mais complexos cálculos. As informações contidas na tabela, conforme a
Classificação Periódica estabelecida inicialmente por Mendeleyev, em 1869,
são simples e muito reduzidas.

1.1 – Classificação periódica moderna


Alem de ser mais completa que a tabela de Mendeleyev, a Classificação
Periódica Moderna apresenta os elementos químicos dispostos em ordem
crescente de números atômicos.

1.1.1. – Períodos
As sete linhas horizontais que aparecem na tabela anterior são
denominadas períodos.
É importante notar que:
a) no 6º período, a terceira “casinha” encerra 15 elementos (do lantânio
ao lutécio) que, por comodidade, estão indicados em uma linha
abaixo da tabela; começando com o lantânio, esses elementos
formam as chamada Série dos Lantanídios;
b) Analogamente, no 7º período, a terceira “casinha” também encerra
15 elementos químicos (do actínio até o laurêncio), que estão
indicados na Segunda linha abaixo da tabela. Começando com o
actínio, eles formam a Série dos Actnídios.
Devemos ainda assinalar que todos os elementos situados após o urânio
(92) não existem na Natureza, devendo, pois, ser preparados artificialmente.
Eles são denominados Elementos Transurânicos. Além desses, são também
artificiais os elementos tecnécio-43, promécio-61 e astato-85.

1.1.2. – Colunas, grupos ou famílias


As dezoitos linhas verticais que aparecem na tabela, são denominadas
colunas, grupos ou famílias de elementos.
É ainda importante considerar o seguinte:
a) O hidrogênio (H), embora apareça na coluna 1A, não é um metal
alcalino. Pelo contrário, o hidrogênio é tão diferente de todos os
elementos químicos que algumas classificações preferem colocá-lo
fora da tabela.
b) As colunas A são as mais importantes da tabela. Seus elementos são
denominados elementos típicos, característicos ou representativos da
Classificação Periódica. Em cada coluna A, a semelhança de
propriedades químicas entre os elementos é máxima.
c) Os elementos das colunas 3B, 4B, 5B, 6B, 7B e 8B constituem os
chamados elementos de transição. Note que, em particular, a coluna
8B é uma coluna tripla.
d) Outra separação importante que podemos notar na Classificação
Periódica é a que divide os elementos em metais, não-metais (ou
ametais) e semimetais.
Como podemos notar, dos 109 elementos considerados na tabela acima
o número de metais (84) supera bastante o número de não-metais (11),
semimetais (7) e gases nobres (6). Como já dissemos, o hidrogênio, devido às
suas propriedades muito especiais, deve ser deixado fora dessa classificação.

1.2. - Configurações eletrônicas dos


elementos ao longo da classificação periódica
Caminhando, horizontalmente, ao longo dos 7 períodos da classificação
periódica, ao passarmos de uma “casinha” para a seguinte o número atômico
aumenta de uma unidade, o que equivale a dizer que a eletrosfera recebe um
novo elétron, chamado elétron de diferenciação.

É muito importante notar o seguinte:


a) Cada linha ou período da tabela periódica corresponde a uma
camada eletrônica. Sendo assim, quando encontramos um elemento
químico no quarto período, já sabemos que ele possui quatro
camadas eletrônicas. Por exemplo: o ferro (número atômico 26) está
na 4ª linha e, consequentemente, seu átomo tem quatro camadas
eletrônicas K, L, M, N.
b) Nas colunas A, o número de elétrons na ultima camada eletrônica é
igual ao próprio número da coluna. Por exemplo: o nitrogênio esta na
coluna 5A e a sua ultima camada eletrônica tem 5 elétrons (faz
exceção a coluna zero, onde os átomos tem oito elétrons na ultima
camada. Nas colunas B, o número de elétrons na ultima camada é,
em geral, dois, estando a penúltima camada incompleta (e nos
lantanídios e actnídios também a antepenúltima camada está
incompleta).
c) Quando um elemento ganha 1,2,3... elétrons e se transforma num íon
negativo (ânion), sua configuração eletrônica é semelhante à de
outro elemento situado 1,2,3... “casinhas” à frente na Tabela
Periódica. Ao contrário, quando um elemento perde 1,2,3... elétrons e
se transforma num íon positivo (cátion), sua configuração torna-se
semelhante à de outro elemento situado 1,2,3... “casinhas” para trás
na tabela. Átomos e íons com o mesmo números de elétrons na
eletrosfera são denominados isoeletrônicos e são, pois, “vizinhos” na
Classificação Periódica.

1.3. – Propriedades periódicas e


aperiódicas
De um modo geral, muitas propriedades dos elementos químicos variam
periodicamente com o aumento de seus números atômicos (portanto, ao longo
dos períodos da Tabela Periódica), atingindo valores máximos e mínimos em
colunas bem definidas da Classificação Periódica, sendo então chamadas de
PROPRIEDADES PERIÓDICAS. Como exemplos, podemos citar a densidade
absoluta, o volume atômico, as temperaturas de fusão e de ebulição, etc.
Esse fato costuma ser traduzido pela seguinte lei:
Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos são funções
periódicas de seus números atômicos (Lei da Periodicidade ou Lei de
Moseley).
Há, com tudo, algumas propriedades cujos valores só aumentam ou só
diminuem com o número atômico e que são chamadas propriedades
Aperiódicas. Dentre elas, podemos citar:
- A massa atômica, que aumento com o aumento do número atômico;
- O calor específico do elemento no estado sólido, que diminui com o
aumento do número atômico (calor específico é a quantidade de
calor necessária para elevar de 1ºC a temperatura de 1 grama do
elemento).

1.3.1. – Raio atômico


É difícil medir o raio de um átomo, pois a “nuvem de elétrons” que o
circula não tem limites bem definidos. Costuma-se então medir, com o auxilio
de raio X, a distância (d) entre dois núcleos vizinhos e dizer que o raio atômico
(r) é a metade dessa distância. De um modo mais completo, dizemos que o
Raio Atômico de um elemento é a metade da distância internuclear mínima que
dois átomos desse elemento pode apresentar sem estarem ligados
quimicamente.
O raio dos elementos é uma propriedade periódica, pois seus valores
variam periodicamente (isto é, aumentam e diminuem seguidamente) com o
aumento do número atômico.
Na Tabela Periódica, note que na vertical os raios atômicos aumentam
de cima para baixo porquê os átomos têm, nesse sentido, um número
crescente de camadas eletrônicas. Na horizontal, os raios atômicos diminuem
da esquerda para a direita porque o mesmo número de camadas eletrônicas
vai sendo atraído cada vez mais pela carga elétrica positiva crescente dos
núcleos atômicos.

1.3.2. – Volume atômico


Chama-se volume atômico de um elemento o volume ocupado por 1
átomo-grama (6,02 x 1023 átomos) do elemento no estado sólido. Observe que
o “volume atômico” não é o volume de um átomo mas o volume de um conjunto
(6,02 x 1023) de átomos; consequentemente, no volume atômico inflem não só
o volume individual de cada átomo como também o espaço existente entre os
átomos.
Podemos concluir que o volume atômico também varia periodicamente
com o aumento do número atômico.
Na Tabela Periódica notamos, que os elementos de maior volume
atômico estão situados na parte inferior e nas extremidades das tabela.
Observe também que, nas colunas da tabela a variação do volume atômico é
semelhante à do raio atômico; nos períodos à esquerda, o volume atômico
acompanha o raio atômico; já à direita da linha pontilhada a variação é oposta
porque, nos elementos aí situados (principalmente nos não-metais), o
“espaçamento” entre os átomos passa a ser considerável.

1.3.3. – Densidade absoluta


Chama-se DENSIDADSE ABSOLUTA (d) ou massa específica de um
elemento o quociente entre sua massa (m) e seu volume (v). Portanto:

d = _m_
v

A variação da densidade absoluta, no estado sólido, é também uma


propriedade periódica dos elementos químicos.
Na Tabela Periódica, indica a seguir de forma esquemática, as setas
indicam o aumento da densidade absoluta.
Como podemos ver, os elementos mais densos situam-se no centro e na
parte inferior da tabela. Exemplo: ósmio (d = 22,5 g/cm) e irídio (d = 22,4g/cm).

1.3.4. – Pontos de fusão e de ebulição


As temperaturas nas quais os elementos entram em fusão ou em
ebulição são, também, funções periódicas de scus números atômicos.
Na tabela ao lado, novamente as setas indicam o aumento do ponto de
fusão:
É interessante notar que os elementos de menores pontos de fusão e de
ebulição são aqueles que podem se apresentar no estado líquido, ou até
mesmo gasoso, em condições ambientes. Com exceção do hidrogênio, esse
elementos estão situados à direita e na parte superior da tabela:
No exemplo, são hidrogênio, nitrogênio, oxigênio flúor, cloro e gases
nobres. Dos elementos comuns, só o bromo é líquido.

1.3.5. – Potencial de ionização


Chama-se POTENCIAL ou ENERGIA DE IONIZAÇÃO a energia
necessária para “arrancar” um elétron de um átomo isolado no estado gasoso.
Essa energia é, um geral, expressa em elétron-volt (eV), que é a energia
ou trabalho necessário para deslocar um elétron contra um diferença de
potencial de 1 volt.
Na pratica, o mais importante a ser considerado é o 1º. Potencial de
ionização, isto é, a energia necessária para “arrancar” o primeiro elétron da
camada mais externa do átomo.
O primeiro potencial de ionização aumenta da seguinte maneira:
1.3.6. – Eletroafinidade ou afinidade
eletrônica
Chama-se ELETROAFINIDADE ou AFINIDADE ELETRÔNICA a energia
liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro no estado gasoso.
Essa energia é também expressa, em geral, em elétron-volt (eV) e mede
“força” com que o átomo “segura” esse elétron adicional.
Esquematicamente temos:

Esta propriedade é muito importante nos não-metais. Entre eles, os


elementos com maiores eletroafinidades são os halogêneos e o oxigênio.

Conclui-se que a Classificação Periódica é o trabalho mais perfeito e


mais usado na química hoje em dia, foi durante muito tempo um instrumento
encalhado, mais a medida que as informações contidas foram aumentando
conforme o tempo e o estudo dos cientistas foram se aperfeiçoando e
aumentando cada vez mais o número de usuários e a classe deles, passou de
cientistas químicos a simples estudantes do primeiro grau. A Classificação
Periódica reúne todos os elementos em uma seqüência lógica e contínua.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Colóides

Questionário

1) Dê a definição de dispersão coloidal e discorra sobre suas


características principais em relação às partículas do disperso
R= As dispersões coloidais são misturas heterogêneas onde o
componente que aparece em menor quantidade é denominado disperso e
o componente que aparece em maior quantidade é denominado
dispergente. Em uma dispersão coloidal, as partículas do disperso
são um agregado de átomos, íons ou moléculas, macromoléculas ou
macroíons; o diâmetro das partículas do disperso estão entre 10Å e
1000Å; além disso, podem sofrer sedimentação pela ação de uma
centrífuga, ser separadas do dispergente através de um ultrafiltro e
ser observadas em um ultramicroscópio.

2) Indique em que fase de agregação se encontram respectivamente o


disperso e o dispergente nas dispersões coloidais abaixo:

Dispersão Disperso Dispergente


a Sol Sólido Líquido
b Gel Líquido Sólido
c Aerossol Sólido Gasoso
d Emulsão Líquido Líquido
e Espuma Sólida Gasoso Sólido

3) Explique o significado dos seguintes termos:

a) Dispersão Coloidal Liófila


R= Também denominada dispersão coloidal reversível, é indicada por
grande afinidade entre o disperso e o dispergente. Quando o
dispergente for a água, fica denominada como Hidrófila.
Devido à afinidade entre as partículas do disperso e as do
dispergente, ocorre uma absorção ou fixação das partículas do
dispergente na superfície das partículas do disperso, formando uma
película protetora que é denominada camada de solvatação. Essa
camada permite que as partículas do disperso fiquem isoladas umas
das outras. Com isso é possível formar a dispersão coloidal em sol
ou em gel conforma se adicione ou se retire dispergente. É por isso
que esses colóides são ditos reversíveis

3
b) Dispersão Coloidal Liófoba
R= Também chamada dispersão coloidal irreversível, é a dispersão
onde praticamente não existe afinidade entre o disperso e o
dispergente. Se a fase do dispergente for a água, a dispersão
coloidal é denominada hidrófoba. A formação de uma dispersão
coloidal liófoba não é espontânea e a passagem de gel a sol é muito
difícil.

c) Camada de Solvatação
R= A camada de solvatação é uma película formada a partir da
absorção ou fixação das partículas do dispergente na superfície das
partículas do disperso. Essa fixação ou absorção existente é devida
à uma grande afinidade entre as partículas do dispergente e do
disperso.

4) Qual a diferença entre peptização e pectização? Explique o que se


deve fazer para passar de uma fase para outra e em que situação essa
passagem ocorre sem problemas e em que situação apresenta
dificuldades.
R= Peptização é a transformação da fase gel para a fase sol, que
ocorre pela adição de dispergente. Pectização é a operação inversa à
peptização: é a transformação da fase sol para a fase gel,
retirando-se dispergente.

5) O que são micelas? Explique quando uma micela pode adquirir carga
elétrica positiva e quando pode adquirir carga elétrica negativa.
R= Micelas são aglomerados de átomos, íons ou moléculas. As micelas
podem adquiri carga elétrica positiva ou negativa, dependendo em que
tipo de sistema se encontra. Esses sistemas podem ser:
- Sistemas com excessos de cátions, onde as partículas do
disperso irão adsorver1 esses cátions, adquirindo carga elétrica
positiva; ou
- Sistemas com excessos de ânions, onde as partículas do
disperso irão adsorver esses ânions, adquirindo carga elétrica
negativa.
Além disso é importante observar que haverá um momento, durante
essa transformação, em que as micelas serão neutras e a dispersão
coloidal, descarregada; neste momento dizemos que a dispersão
coloidal atingiu seu ponto isoelétrico.

1 Adsorver: Fixar duas moléculas de uma substância na superfície de outra substância

4
6) Em que situação uma dispersão coloidal atinge o ponto
isoelétrico?
R= A dispersão coloidal atinge o seu ponto isoelétrico no momento em
que, durante a transformação de cargas elétricas (alteração da
quantidade de cátions ou de ânions, dentro de um sistema), as
micelas fiquem neutras e a dispersão coloidal fique descarregada.

7) Explique detalhadamente as seguintes propriedades das dispersões


coloidais:

a) Eletroforese
R= Quando uma dispersão coloidal é submetida a um campo elétrico,
todas as partículas do disperso mig4ram para um mesmo pólo.

b) Movimento Browniano
R= O Movimento Browniano é resultante dos choques das partículas do
dispergente (principalmente quando este se encontra na fase
líquida) com as partículas do disperso. Devido a estes choques
constantes, as partículas do disperso adquirem um movimento de
ziguezague ininterrupto que pode ser observado ao ultramicroscópio.

c) Efeito Tyndall
R= O efeito Tyndall é, na verdade, um efeito óptico de espalhamento
ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de uma dispersão do
tipo aerossol.
O efeito Tyndall é o que torna possível, por exemplo, observar
as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de
luz, ou , ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina
através do farol do carro.

8) Explique os métodos empregados para preparar uma dispersão


coloidal liófoba

a) Por Fragmentação
R= Consiste em fragmentar as partículas do disperso até que elas
atinjam o diâmetro entre 10Å e 1000Å, o que pode ser feito de duas
maneiras:
- Moinho Coloidal: colocam-se os grânulos de matéria do disperso
entre 2 discos rígidos que giram a uma distância muito pequena um do
outro. Este é o método utilizado para preparar cosméticos como
sombras e pó faciais.
- Arco Voltaico: Coloca-se em um recipiente apropriado o líquido
que constituirá o dispergente e, mergulhados nesse líquido, dois

5
fios do material que constituirá o disperso. Aplica-se então uma
diferença de potencial nesses fios para provocar uma centelha entre
eles e fazer com que as partículas do disperso sejam liberadas e
distribuídas pelo dispergente. Este método é utilizado pelo apenas
para preparar dispersões coloidais metálicas, pois é necessário que
o disperso conduza corrente elétrica.

b) Por Aglomeração
R= É um processo inverso ao da fragmentação. Consiste em aglomerar
partículas de dimensões inferiores a 10Å até que elas atinjam o
tamanho característico das partículas que formam uma dispersão
coloidal, o que pode ser feito de três maneiras:
- Reação Química: Segundo a Lei de Weiman é possível obter uma
dispersão coloidal quando, numa reação de formação de um composto
pouco solúvel, as soluções reagentes apresentarem concentrações
extremas, isto é, muito diluídas ou muito concentradas.
Ex. 1Al2(SO4)3 (dil.)+NaOH (dil.) ® 3Na2SO4 (dil.)+2Al(OH)3
- Lavagem de precipitado: Fazendo-se um precipitado passar por
sucessivas lavagens com uma solução diluída que possua pelo menos um
íon em comum com o precipitado, vão se formando aos poucos
partículas de dimensões coloidais que ficam dispersas na solução
usada na lavagem.
Ex. Precipitado de Al(OH)3 lavado sucessivamente com solução
diluída de Al2(SO4)3 ou de NaOH.
- Mudança de dispergente: primeiro prepara-se uma solução de
determinada substância x em um solvente apropriado. Em seguida
adiciona-se à solução um líquido no qual a substância x seja
insolúvel e agita-se o sistema. Com a agitação, partículas de
dimensões coloidais da substância x se dispersam pelo líquido que
foi adicionado.
Ex. Solução de enxofre, 5g, em dissulfeto de carbono,
CS2 + água + agitação = dispersão coloidal de enxofre em água.

9) Explique resumidamente as técnicas de purificação de um sistema


coloidal
R= Existem três técnicas:
- Ultrafiltração: Quando o sistema coloidal está contaminado por
íons ou moléculas, utiliza-se um super-filtro para a separação das
partículas coloidais.
- Ultracentrifugação: quando o sistema coloidal está contaminado
por partículas de maior porte, ou quando é necessário separar
partículas coloidais de tamanhos diferentes, são utilizadas
centrífugas de alta rotação.
- Diálise e Eletrodiálise: a diálise é usada especificamente
para separa impurezas altamente solúveis no dispergente. Baseia-se

6
na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e
de uma dispersão coloidal através de uma membrana permeável.
10) Explique os dois fatores de que dependem basicamente a
estabilidade e destruição de uma dispersão coloidal
R= Os dois fatores são:
- Cargas elétricas: servem para manter os colóides estáveis,
quando as partículas possuírem as mesmas cargas elétricas. Se essas
partículas forem eliminadas pela adição de um eletrólito ou por uma
dispersão coloidal de carga oposta, as partículas irão se precipitar
e a dispersão coloidal será destruída.
- Camada de solvatação: é a absorção de moléculas do dispergente
pelas partículas do disperso. Ela evita o contato direto entre as
partículas do disperso. Se a mesma foi eliminada, a dispersão
coloidal será destruída.

7
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Combustíveis
1) Definição de combustíveis 3
2) Classificação 3
2.1) Sólido 3
2.2) Líquido 3
2.3) Gasoso 4
3) Combustível líquido 5
Hidrocarbonetos 5
Benzol 6
Álcool 8
4) Propriedades dos combustíveis 8
Volatilidade 8
Poder Calorífico 9
Calor Latente 10
Peso Específico 11
Viscosidade 11
5) Gasolina 11
Índice de Octano (antidetonância) 12
Aditivos utilizados 12
6) Óleo diesel 14
Índice de Cetano 14
Aditivos para melhorar o “NC” 14
- Bibliografia 16

1) Definição de combustíveis
2
De modo geral denomina-se combustível qualquer corpo cuja combinação química
com outro seja exotérmica. Entretanto, as condições de baixo preço, a existência na
natureza ou o processo de fabricação em grande quantidade limitam o número de
combustíveis usados.
Tendo por base o seu estado físico, eles podem classificar-se em sólidos, líquidos e
gasosos.

2) Classificação

2.1) Sólidos

São formados de C, H2, O2, S, H2O e cinzas, sendo combustíveis somente o C, O2,
H2 e o S. Entre os combustíveis sólidos, temos os minerais como lenha, serragem, bagaço
de cana, etc.
Os combustíveis sólidos para serem usados devem estar sob forma de pó muito
fino, ele é pulverizado com o ar durante a alimentação do cilindro. O grande problema que
apresentam os combustíveis sólidos, é a inaceitável erosão provocada nos pistões, válvulas,
cilindros, etc. Isto acontece porque os produtos da combustão contêm partes muito duras,
que ao depositarem nestes órgãos, causam estes inconvenientes.

2.3) Líquido

Também podem ser minerais ou não minerais. Os minerais são obtidos pela
refinação do petróleo, destilação do xisto betuminoso ou hidrogenação do carvão. Os mais
usados são a gasolina, o óleo diesel e o óleo combustível. Estes combustíveis são formados
de hidrocarbonetos, sendo o óleo diesel C8H17 e a gasolina C8H18. Os combustíveis
3
líquidos não minerais são os álcoois e os óleos vegetais. Entre os álcoois, temos o álcool
metílico e o etílico, enquanto que os óleos vegetais são formados de C, H2, O2 e N2.

2.3) Gasoso

Além de terem um baixo custo, porque geralmente são gases obtidos como
subprodutos, são combustíveis que formam com o ar uma mistura mais homogênea.
Esta característica, contribui para uma melhor distribuição nos cilindros,
aumentando o rendimento do motor. Aumenta também a facilidade da partida a frio do
motor.
Os combustíveis gasosos, segundo o seu processo de fabricação podem ser:
Þ Gás natural - é encontrado em locais arenosos que contêm petróleo em várias
profundidades do subsolo.
Os principais gases naturais são:
· Metano CH4
· Etano C2H6
· Dióxido de carbono CO2
· Nitrogênio N2
Os gases naturais obtidos através da refinaria de petróleo são:
· Propano
· Butano
Þ Gás do gasogênio - estes gases são obtidos através da combustão do carbono.
O emprego dos gases do gasogênio na automobilística, foi muito usado no tempo
da guerra, devido a inexistência de outros combustíveis. Hoje em dia não é muito utilizado,
por apresentarem os seguintes inconvenientes:
· Alta percentagem de poluição
· Baixo poder calorífico
· Para serem produzidos, são necessários equipamentos de grande porte.
Þ Gás do subproduto - pode ser obtido pelos seguintes processos:

4
· Processo destinado a produzir coque. A parte volátil do carbono é liberada com
o aquecimento dos hidrocarbonetos mais pesados, obtendo assim um gás em H2
e CH4
· Processo de produção de aço, onde se tem a formação essencialmente do CO e
N2.

3) Combustível Líquido

Os combustíveis líquidos empregados nos motores são constituídos de:


· hidrocarboneto,
· benzol ou
· álcoois

Hidrocarbonetos
São agrupados em quatro classes:
· parafinas
· olefinas
· aromáticos
· naftenos

- Família Parafínica
A séries parafinica dos hidrocarbonetos começa com o CH4 (metano) e os termos
sucessivos têm um átomo a mais de carbono ligados a dois átomos de hidrogênio e
recebem os seguintes nomes de acordo com o número de cabono:
1 carbono - METANO
2 carbonos - ETANO
3 carbonos - PROPANO
4 carbonos - BUTANO
5
5 carbonos - PENTANO
6 carbonos - HEXANO
7 carbonos - HEPTANO
8 carbonos - OCTANO
9 carbonos - NONANO
10 carbonos - DECANO

- Família das Olefinas


A série das olefinas tem a cadeia aberta como a série parafínica, mas têm uma
dupla ligação entre os átomos de carbono. Esta família é caracterizada pela terminação
“ENO” e tem a fórmula geral CnH2n. As olefinas podem unir-se com facilidade com o
hidrogênio, formando a parafina, ou também pode se unir com o oxigênio, que neste caso
formará resíduos indesejáveis comumente chamados de borras.

- Família dos Aromáticos


Possuem a fórmula geral CnH2n-6 para a série benzênica e C2H2(n-6) para a série dos
naftalênicos.

- Família dos Naftenos


A fórmula geral é, evidentemente, CnH2n. É uma família de compostos saturados
com estruturas sólidas.
Cada átomo de carbono é ligado a outros dois átomos de carbono, formando assim
uma estrutura em anel. Cada carbono tem dois outros elementos ligados a este, que podem
ser o hidrogênio, outro carbono ou ambos. Os compostos são denominados, adicionando o
prefixo “CICLO” ao nome da parafina correspondente.

Benzol
O benzol é obtido da destilação dos catrames de carbono.
Devido a sua alta octonagem (NO = 120) e alto poder calorífico (10000 kcal/kg), é
muito indicado para ser usado nos motores à combustão interna.

6
A sua principal desvantagem é o alto ponto de solidificação (5ºC), que limita o seu
emprego, principalmente em países frios.
Este inconveniente pode ser minimizado adicionando ao benzol alguns produtos
químicos, como por exemplo, a gasolina.
Outro inconveniente é a dificuldade de se evaporar, portanto para que haja uma
formação homogênea da mistura ar mais combustível, é necessário que esta sofra um
preaquecimento.

Divisão dos combustíveis líquidos segundo a sua volatilidade


Os combustíveis se dividem em:
· carburantes,
· óleo combustíveis

- Carburantes
Possuem elevada volatilidade e são usados nos motores à ignição por centelha.
Os principais combustíveis que pertencem à classe dos carburantes são:
· gasolina
· benzol
· álcool

- Óleos combustíveis
Se dividem em:
· óleos combustíveis leves
· óleos combustíveis pesados
Os primeiros chamam-se óleo diesel e são empregados em motores de combustão
por compressão de médias e altas rotações, enquanto que os segundos são os óleos APF
(alto ponto de fluidez) e BPF (baixo ponto de fluidez), utilizados em motores de grande
porte e de baixa rotação.
A diferença que existe entre os óleos combustíveis pesados e leves é sobretudo sua
viscosidade, sendo a do óleo menor do que a do pesado.

7
Em linhas gerais, a características principal de um óleo combustível é o “retardo de
ignição”, e, quando menor for, melhor será o óleo combustível.
Retardo de ignição é o tempo decorrido entre o início do combustível na câmara de
combustão e o início da ignição do óleo de combustível.

Álcool
Podem ser obtidos de produtos agrícolas ou da oxidação parcial do petróleo.
Eles são compostos orgânicos que podem considerar-se divididos de um
hidrocarboneto, saturado ou insaturado, mediante substituição de um ou mais átomos de
hidrogênio com uma mais oxidrilas OH, quando os álcoois contém um ou mais oxidrilas,
distinguem-se em monovalentes, bivalentes, etc.

4) Propriedade dos combustíveis

- Volatibilidade

Pode ser definida como a porcentagem de um combustível a uma data temperatura,


quando a pressão atuante for de uma atmosfera.
Um combustível é tanto mais volátil quanto:
· menor for a pressão interna
· maior for a temperatura externa
· Para um bom funcionamento de um motor, a volabilidade de um combustível não deve
ser nem muito elevada e nem muito baixa.
- Se for muito elevada:
1. haverá perdas no reservatório do carburador pelo tubo de equilíbrio
2. formarão bolhas de vapor no circuito de alimentação, principalmente durante o verão
3. formarão gelo no carburador durante o inverno, impedindo o funcionamento do motor
8
- Se for muito baixa teremos:
1. dificuldade na partida do motor
2. alimentação não uniforme nos cilindros
3. diminuição da aceleração
4. maior tempo para que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento
5. diluição do óleo lubrificante, porque os combustíveis menos voláteis não são capazes de
serem queimados na combustão
6. maior formação de carvão nas câmaras de combustão e no céu do pistão

- Poder Calorífico

Defina-se como a quantidade de energia interna contida no combustível, sendo que


quanto mais alto for o poder calorífico, maior será energia contida.
Um combustível é constituído sobretudo de hidrogênio e carbono, tento o
hidrogênio o poder calorífico de 28700Kcal/kg enquanto que o carbono é de 8140Kcal/kg,
por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível maior será o seu poder
calorífico.
Há dois tipos de poder calorífico:
· poder calorífico superior
· poder calorífico inferior

Poder Calorífico Superior


É a quantidade de calor produzido por 1kg de combustível, quando este entra em
combustão, em excesso de ar, e os gases da descarga são resfriados de modo que o vapor
de água neles seja condensado.

Poder Calorífico Inferior

9
É a quantidade de calor que pode produzir 1kg de combustível, quando este entra
em combustão com excesso de ar e gases de descarga são resfriados até o ponto de
ebulição da água, evitando assim que a água contida na combustão seja condensada.
Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nos motores
endotérmicos, a água contida neles se encontra sempre no estado de vapor, portanto, o que
deve ser considerado é o poder calorífico inferior e não o superior.

Fórmulas para determinar o poder calorifico inferior.


Para a gasolina: Para o benzol:
PCI = PCS - 780 Kcal/Kg PCI = PCS - 415

Para álcool etílico: Para o óleo diesel:


PCI = PCS - 700 PCI =PCS - 730

Para álcool metílico:


PCI = PCS - 675
PCI = PODER CALORIFICO INFERIOR
PCS = PODER CALORIFICO SUPERIOR

- Calor Latente:

A demora ou rapidez com o qual os corpos se fundem ou liquefazem, tem sua


explicação no calor latente, que e a quantidade de calor absorvido pelos corpos na sua
mudança de estado, sem que haja aumento aparentemente de temperatura.
O calor latente necessário à fusão ou liquefação varia com sua natureza. Na
passagem do estado líquido ao gasoso, o líquido não muda de temperatura enquanto dura
sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para produzir mudança de estado.

- Peso Específico
10
É a relação entre o peso de uma substância e o de um volume igual de água
destilada, a uma temperatura de 4ºC. É o peso de uma substância por unidade de volume,
densidade.
Comercialmente, é usado para diferenciar os diversos tipos de combustíveis e
permite calcular ainda o volume, peso e consequentemente, a tonalidade térmica que é
expressa em kilocalorias por litro de mistura (cal/L).
Para o peso específico dos carburantes, os limites máximos geralmente admitidos
são 0,705 a 0,770kg/dm3. O peso específico da gasolina oscila entre 0,840 e 0,890kg/dm3.

- Viscosidade

A viscosidade se explica pela força de coesão das moléculas do fluido. Ao se tentar


deslocar uma camada de água sobre outra, por exemplo, é necessário vencer a força de
resistência provocada pela atração entre as moléculas das duas camadas. Para os óleos
lubrificantes há uma escala arbitrária estabelecida pela Society of Automotive Engineers,
os graus SAE, que são expressos por dezenas inteiras, sendo o óleo mais fino ou menos
viscoso de grau igual a 10.

5) Gasolina

É o carburante mais utilizado atualmente nos motores endotérmicos, sendo uma


mistura de hidrocarbonetos obtidos do petróleo bruto, por intermédio de vários processos
como o “cracking”, destilação e outros. É um líquido volátil e inflamável.
No Brasil, atualmente encontram-se no comércio vários tipos de gasolina que são:
gasolina do tipo A ( 73 octanas - gasolina amarela )
gasolina do tipo B ( 82 octanas - gasolina azul)
11
gasolina do tipo C ( 76 octanas - gasolina + álcool )
gasolina verde - cujo NO = 110 - 130

esta última é somente utilizada na aeronáutica. A gasolina empregada nos motores


endotérmicos, deve possuir os seguintes requisitos:
volatilidade média
ausência de impurezas
alto poder calorífico
alta resistência à detonação

Índice de Octano (autodetonância)

O combustível é classificado segundo seu poder antidetonante, em número de


octanagem (NO). Quanto maior for o “NO”, mais antidetonante será o combustível e, por
conseguinte maior será a sua capacidade de suporte as altas compressões sem sofrer a
detonação.
O número de octano de um combustível represente o percentual de isoctano
(C8H18) e de heptanio (C7H16) contidos nele.

Aditivos Utilizados

Em alguns casos, o NO de um combustível pode ser aumentado, adicionando-se


uma pequena quantidade de aditivos de grande poder antidetonante.
Os aditivos geralmente são:
· chumbo tretametila Pb (C2H5) e
· chumbo tretaetila Pb (CH3)4
Entre os dois aditivos, o mais eficaz é o chumbo tretaetila.
A adição destes aditivos ao combustível causa os seguintes inconvenientes:

12
· Produz formação de depósitos de óxido de chumbo, ocasionando corrosão nas paredes
dos cilindros
· São tóxicos
· Não podem ser utilizados nos combustíveis empregados para alimentar motores com
catalisadores no tubo de descarga.
A percentagem adicionada destes aditivos no combustível, com a finalidade de
aumentar o número de octanas, varia na ordem de 0,08 cm3/litro a 0,9 cm3/litro.
Na figura abaixo é representado a curva da variação do NO da gasolina em função
da adição do chumbo tetraetila.

NO (motor)

90
88
86
84
82
80
78
76
74

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 cm3/litro

A figura abaixo representa curvas do ISO-OCTANO e HEPTANO em função do


teor de chumbo adicionado.

13
100% ISO-OCTANO
110
105 75%
100 50%
95 25%
90 0%
85
80
75
70

Chumbo Tetraetílico cm3/litro

6) Óleo Diesel

Índice de Cetano

O número de cetano de um óleo combustível corresponde ao percentual


volumétrico de cetano e alfametilnaftaleno contido neste óleo.
Quando maior for o número de cetano, menor será o retardo de ignição o por
conseguinte melhor será sua capacidade de incendiar-se.
Um óleo diesel comumente empregado em motores térmicos tem o número de
cetano compreendido entre 40 e 60.
Os melhores óleos diesel são encontrados nas frações perto do querosene.

Aditivos usados para melhor o “NC”

Os aditivos mais usados para melhorar o NC de um combustível são:

14
· tionitrito de amila
· tionitrito de butila
· tiontrito de etila
· nitrito de amila
· peróxido de acetila
· nitrato de amila
· nitrato de etila
Dependendo da constituição do óleo combustível, pode-se elevar até 13 pontos o
“NC”.
No quadro são apresentadas as características de um óleo combustível leve e
pesado:
Característica leve pesado
número de cetano 50 - 60 30 - 45
água zero 0 - 0,50
ponto de anilina ºC 65 54
ponto de cogelamento ºC -34 -18
viscosidade centistoke a 37,7ºC 1,8 4,2
ponto de inflamabilidade 57,5 85
ponto de ebulição 174 198
grau api 42 28

15
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Para dominar o assunto oxidação e redução seria importante vc dominar as regras de


cálculo de NOX. Aí vão As mais importantes.

1. Nas substâncias simples os átomos têm sempre NOX = 0

Ex. H2, O3, Na, Al...

2. Os Alcalinos (1 A ) Li, Na, K, Rb, Cs, Fr, quando ligados a outros átomos têm sempre
Nox = +1. Os mais importantes estão em negrito.
Frase idiota para guarda-los: Li Na Kasa de Rubens Coisas Frenéticas

3. Os Alcalino-Terrosos (2 A) Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra Quando ligados a outro átomo, têm
sempre NOX = +2
Frase: Bete Magrela Cantou o Sr. Barão

4. Os Halogênios (7 A) F,Cl, Br, I, At , SOMENTE QUANDO ESTÃO NA PONTA


DIREITA DE UMA FÓRMULA, têm NOX = -1
Frase: Foi Clóvis Bornay que Induziu Atenas. Clóvis Bornay é uma bicha que foi
famosa faz muito tempo, vc não deve Ter conhecido.

5. Oxigênio = -2
6. Zinco = +2
7. Alumínio = +3
8. Prata = +1
9. Hidrogênio = +1

10. Para Calcular o NOX de um elemento que não está na regra basta lembrar que A soma
de TODOS os nox em uma substância é igual a 0.

Exemplo: CrCl3 O Cloro está na regra, seu nox é igual a –1, como são 3 Cloros o total
de cargas negativas é igual a –3, certo? Para saber o nox do Bromo basta descobrir o
número que somado a –3 é igual a 0. Portanto o nox dele nesta substância será +3.

Cr Cl3

-1

x3
-3=0
Agora algumas dicas sobre Oxidação e redução.

Guarde: OXIDAÇÃO = PERDER ELÉTRONS


REDUÇÃO = RECEBER ELÉTRONS

Portanto reação de Oxid. e Redução é a reação onde alguém perde (doa) elétrons e alguém
recebe estes elétrons.

Para saber quem Doa e quem recebe basta calcular os nox de todos que participam de uma
reação como esta.
Se ocorrer mudança de Nox em algum elemento na reação, quer dizer que ela é de oxidação
e redução.
Agora para saber quem sofreu oxidação e quem sofreu redução Guarde:

Oxidação = O nox AUMENTA


Redução = O nox DIMINUI

Exemplo:
Zn + HCl Æ ZnCl2 + H2 Diminuiu

Aumentou

Antes da seta: Depois da seta:


Zn = Subst. Simples. = 0 Zn = regra = +2
H = regra = +1 Cl = -1
Cl = regra = -1 H = subst. Simples = 0

Note que de antes para depois o Zn aumentou o Nox, Portanto ele sofreu OXID.
Já o H sofreu REDUÇÀO, pois seu nox diminuiu.

Atenção para os conceitos de agente oxidante e agente redutor.

Exemplo: “ Caso eu queira te dar um beijo. Eu não te daria este beijo caso vc não
permitisse recebe-lo, certo? Assim se eu te der o beijo, vc me fez dá-lo e eu te fiz recebe-
lo.” Se o beijo fosse um elétron, como vc me fez dá-lo, vc me fez sofrer OXIDAÇÃO.
Como eu te fiz recebe-lo, eu te fiz sofrer REDUÇÃO. Assim.

Quem sofreu redução (recebeu elétr.) é o agente oxidante.


Quem sofreu oxidação (deu elétr.) é o agente redutor.

Isto é para fazer vc entender, mas para guardar basta saber.


Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Eletroquímica

Quando se aciona o interruptor de um aparelho movido a pilha, fecha-se o circuito de


uma corrente elétrica alimentada pela reação química que ocorre no interior das
pilhas, exemplo de um processo de natureza eletroquímica.
Eletroquímica é a disciplina científica que estuda e avalia as relações que se
estabelecem entre as reações químicas e os fenômenos elétricos, em particular as
correntes elétricas.
As primeiras pesquisas no campo da eletroquímica datam do século XVIII, quando
Alexandre Volta inventou sua pilha eletrolítica. Cabe, porém, ao inglês Michael
Faraday o título de principal impulsionador dessa ciência. Além de descobrir os
mecanismos e leis da eletrólise, fenômeno que potencializa e facilita a realização de
certas reações químicas com a ajuda de correntes elétricas, foi Faraday quem fixou
grande parte da terminologia empregada na eletroquímica moderna.
Reações eletroquímicas. As reações eletroquímicas fundam-se na existência de
moléculas com certo grau de instabilidade elétrica. Em função da distribuição dos
elétrons ao redor de seu núcleo, os átomos podem apresentar tendência a atrair novos
elétrons ou, pelo contrário, a repelir alguns deles.
Assim, diferenciam-se as moléculas integradas por átomos cuja tendência é ceder
elétrons daquelas cujos átomos tendem a tomá-los dos demais. Tais compostos,
chamados iônicos, são formados por um ânion (ou átomo que roubou elétrons) e um
cátion (ou átomo que os perdeu), de modo que ambos gozam de certa autonomia ou
independência dentro da molécula, por se considerarem completos.
Existe, por sua vez, outro tipo de moléculas, as chamadas polares, que, sem chegar a
repartir totalmente os elétrons, como se dá nos compostos iônicos, possuem átomos
com desiguais afinidades eletrônicas. Quando se passa uma corrente elétrica através
de substância composta de íons ou moléculas polares, pode-se facilmente provocar
ruptura de união e redistribuição de carga, isto é, reações químicas produzidas como
efeito do impulso elétrico.
O processo eletroquímico de aplicação mais freqüente é a eletrólise, que pode ser
utilizada na obtenção de energia elétrica a partir da energia desprendida em uma
reação química. Para tal se empregam sais iônicos dissolvidos ou fundidos em um
recipiente ou cuba eletrolítica, em que também se introduzem os dois pólos ou
extremidades de um circuito elétrico. Para que o circuito se feche, o líquido ou
eletrólito contido na cuba deve ser condutor de corrente elétrica. Esta, ao passar pelo
líquido, provoca transformações químicas e eventuais ganhos de energia. O pólo
positivo submerso, ou ânodo, atrai os ânions ou íons negativos da solução, enquanto o
pólo negativo, ou catodo, atrai os cátions ou íons positivos. As pilhas constituem uma
aplicação especial desse tipo de processo.
Incluem-se no campo de estudo da eletroquímica as chamadas reações de oxidação-
redução, ou redox, nas quais, ainda que não haja nenhuma corrente elétrica exterior,
produzem-se trocas de elétrons entre os diversos componentes. Assim, o elemento ou
composto oxidante captura os elétrons do chamado redutor, para dar lugar a novas
ligações químicas e, em conseqüência, a produtos de reação distintos dos iniciais. A
eletrólise é um dos processos que dão origem a reações redox. As reações
eletroquímicas, sejam eletrolíticas ou não, em geral são empregadas na obtenção de
numerosos compostos gasosos, puramente metálicos e orgânicos.
Aplicações. Os processos eletroquímicos, utilizados em campos muito diversos,
apresentam a vantagem de não produzir contaminações do ambiente. Costumam,
porém, gerar rendimentos baixos, ao serem utilizados em grande escala para fins
industriais. Modernamente, usam-se procedimentos eletrolíticos para obter metais
alcalinos como o sódio e o potássio, ou alcalino-terrosos, como o magnésio, a partir
de seus sais fundidos. Do mesmo modo, são utilizdos na indústria de recobrimento
eletrolítico, quer do tipo decorativo, quer de natureza anticorrosiva.
Os mecanismos eletroquímicos também intervêm na indústria de síntese química, dos
compostos inorgânicos às fibras sintéticas. A eletrólise constitui a base teórica e
prática da produção de certas pilhas e acumuladores de corrente contínua, e os
mecanismos eletroquímicos, em seu aspecto mais genérico, contam com um número
muito amplo de aplicações nas indústrias químicas e de material de construção.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

ELETROQUÍMICA

1 – Introdução
2 – Desenvolvimento
2.1 – Pilhas
2.1.1 – Pilha De Daniell
2.1.2 – Pilhas Comuns
2.2 – Eletrólise
2.2.1 – Eletrólise ígnea
2.2.2 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos inertes
2.2.3 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos ativos
2.2.4 – Leis de Faraday
2.3 – Aplicações
3 – Conclusão
4 – Bibliografia
1 – Introdução
Tentar-se-á mostrar neste trabalho uma pesquisa com o âmbito de alcançar um
conhecimento superficial mas com aprofundamento suficiente para estudos colegiais. A
obra aqui relacionada cita elementos e componentes da infinidade de estudos feitos por
vários e ilustres cientistas no campo da ciência responsável pela eletroquímica.
Mostrar-se-á o que tentamos demonstrar, ou seja, começamos falando do que são os
princípios e vamos a medida em que o leitor se aperfeiçoa no assunto, aprofundando cada
vez mais, levando além de uma boa síntese sistemática e bem dividida da eletroquímica, um
entendimento variado e abrangedor.
A eletroquímica é geralmente dividida em duas partes: A das pilhas, que estuda
sobre os tipos de pilhas como a de Daniell, e a que nós conhecemos e chamamos aqui de
comuns. E a da eletrólise, tratamos aqui de alguns tipos de eletrólise como a eletrólise ígnea
e as eletrólises em solução aquosa com eletrodos inertes e ativos.
2 – Desenvolvimento
Quando se aciona o interruptor de um aparelho movido a pilha, fecha-se o circuito de
uma corrente elétrica alimentada pela reação química que ocorre no interior das pilhas,
exemplo de um processo de natureza eletroquímica.
Eletroquímica é a disciplina científica que estuda e avalia as relações que se
estabelecem entre as reações químicas e os fenômenos elétricos, em particular as correntes
elétricas.
As primeiras pesquisas no campo da eletroquímica datam do século XVIII, quando
Alexandre Volta inventou sua pilha eletrolítica. Cabe, porém, ao inglês Michael Faraday o
título de principal impulsionador dessa ciência. Além de descobrir os mecanismos e leis da
eletrólise, fenômeno que potencializa e facilita a realização de certas reações químicas com
a ajuda de correntes elétricas, foi Faraday quem fixou grande parte da terminologia
empregada na eletroquímica moderna.
Reações eletroquímicas. As reações eletroquímicas fundam-se na existência de
moléculas com certo grau de instabilidade elétrica. Em função da distribuição dos elétrons
ao redor de seu núcleo, os átomos podem apresentar tendência a atrair novos elétrons ou,
pelo contrário, a repelir alguns deles.
Assim, diferenciam-se as moléculas integradas por átomos cuja tendência é ceder
elétrons daquelas cujos átomos tendem a tomá-los dos demais. Tais compostos, chamados
iônicos, são formados por um ânion (ou átomo que roubou elétrons) e um cátion (ou átomo
que os perdeu), de modo que ambos gozam de certa autonomia ou independência dentro da
molécula, por se considerarem completos.
Existe, por sua vez, outro tipo de moléculas, as chamadas polares, que, sem chegar a
repartir totalmente os elétrons, como se dá nos compostos iônicos, possuem átomos com
desiguais afinidades eletrônicas. Quando se passa uma corrente elétrica através de
substância composta de íons ou moléculas polares, pode-se facilmente provocar ruptura de
união e redistribuição de carga, isto é, reações químicas produzidas como efeito do impulso
elétrico.
O processo eletroquímico de aplicação mais freqüente é a eletrólise, que pode ser
utilizada na obtenção de energia elétrica a partir da energia desprendida em uma reação
química. Para tal se empregam sais iônicos dissolvidos ou fundidos em um recipiente ou
cuba eletrolítica, em que também se introduzem os dois pólos ou extremidades de um
circuito elétrico. Para que o circuito se feche, o líquido ou eletrólito contido na cuba deve
ser condutor de corrente elétrica. Esta, ao passar pelo líquido, provoca transformações
químicas e eventuais ganhos de energia. O pólo positivo submerso, ou ânodo, atrai os
ânions ou íons negativos da solução, enquanto o pólo negativo, ou cátodo, atrai os cátions
ou íons positivos. As pilhas constituem uma aplicação especial desse tipo de processo.
Incluem-se no campo de estudo da eletroquímica as chamadas reações de oxidação-
redução, ou redox, nas quais, ainda que não haja nenhuma corrente elétrica exterior,
produzem-se trocas de elétrons entre os diversos componentes. Assim, o elemento ou
composto oxidante captura os elétrons do chamado redutor, para dar lugar a novas ligações
químicas e, em conseqüência, a produtos de reação distintos dos iniciais. A eletrólise é um
dos processos que dão origem a reações redox. As reações eletroquímicas, sejam
eletrolíticas ou não, em geral são empregadas na obtenção de numerosos compostos
gasosos, puramente metálicos e orgânicos.

2.1 – Pilhas

2.1.1 – Pilha De Daniell


Essa pilha ou célula eletroquímica baseia-se na seguinte reação de oxi-redução:

Zn + CuSO4 ® Zn SO4 + Cu

São os elétrons que passam do Zn ao Cu2+, que produzem a corrente elétrica.


A montagem da pilha de Daniell é a seguinte:

Veja que existe dois compartimentos, chamados MEIAS-CÉLULAS, separados


por uma porcelana porosa:
- no compartimento da esquerda (meia-célula do zinco), existe uma chapa de zinco
mergulhada em solução aquosa de sulfato de zinco; considerando-se que o zinco tem uma
tendência espontânea para perder elétrons, temos: Zn ® Zn2+ + 2 e- (é a semi-
reação de oxidação), desse modo, a chapa de zinco “solta” elétrons para o circuito externo
(dizemos, então, que a chapa de zinco é o eletrodo negativo ou ANODO);
- no compartimento da direita (meia-célula do cobre), existe uma chapa de cobre
mergulhada em solução aquosa de sulfato cúprico; considerando-se que o Cu2+ tem uma
tendência espontânea para receber elétrons, temos: Cu2+ + 2e- ® Cu (é a semi-
reação de redução); desse modo, o Cu2+ “captura” elétrons do circuito externo, através da
chapa de cobre, que se torna positiva (dizemos, então, que a chapa de cobre é o eletrodo
positivo ou CATODO); veja também que a soma das duas equações anteriores fornece a
equação geral da pilha:

A porcelana porosa deve impedir a mistura das duas soluções, mas deve permitir a
passagem dos íons que estão sendo atraídos ou repelidos pelas forças elétricas.
Após certo tempo de funcionamento da pilha, vamos notar que a chapa de zinco está
corroída, a chapa de cobre aumentou devido à deposição de cobre e as concentrações das
soluções se alterarem. Tudo isso é conseqüência da própria reação geral de funcionamento
da pilha:

Convencionou-se representar a pilha de Daniell ( e as demais pilhas )


esquematicamente da seguinte maneira:

Zn, Zn2+ (1M) K | Cu2+ (1M), Cu (25ºC)

Ou

Zn | Zn2+ (1M) || Cu2+ (1M)


| Cu (25ºC)
Onde estão indicados os eletrodos, as molaridades das soluções e a temperatura de
funcionamento da pilha.
Resumindo, podemos dizer que a Pilha ou Célula Eletroquímica é um dispositivo
que transforma energia química em energia elétrica. Isso é conseguido, por meio de uma
reação de oxi-redução, com o oxidante e o redutor separados em compartimentos
diferentes, de modo que o redutor seja obrigado a entregar os elétrons ao oxidante através
de um circuito externo (fio).
2.1.2 – Pilhas Comuns
Na prática, as pilhas mais comuns são:

a) Acumulador ou bateria de automóvel;

Formado por placas de chumbo e placas contendo dióxido de chumbo e cujas reações
são:

b) Pilhas secas;

São as pilhas comuns (usadas em lanternas, rádios portáteis, etc.), formadas por um
invólucro de zinco recheado por uma pasta úmida contendo MnO2 e NH4Cl, e cujas reações
são:

2.2 – Eletrólise

2.2.1 – Eletrólise ígnea


2.2.2 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos inertes
2.2.3 – Eletrólises em solução aquosa
com Eletrodos ativos

2.2.4 – Leis de Faraday


Michael Faraday, físico e químico inglês (1791-1867). Descobridor da indução
eletromagnética. Começa a trabalhar aos 14 anos, como aprendiz de encadernador. Conhece
de sir Humphry Davi, renomeado químico da época, de quem se torna assistente, aos 21
anos. Apesar do pouco conhecimento teórico, seu talento para a experimentação lhe permite
fazer importantes avanços na Química e na Física: liqüefaz quase todos os gases
conhecidos, isola o benzeno, cria o primeiro motor eletromagnético, elabora a teoria da
eletrólise e esclarece a noção de energia eletrostática. Em 1824, é eleito para a Royal
Society, em Londres.

1ª Lei de Faraday:

“A massa (m) de substância eletrolisada é diretamente proporcional à quantidade de


eletricidade (Q) que atravessa a solução.” Matematicamente: m = k1 . Q
Lembrando que a eletricidade: Q = i . t, temos então: m = k1 . i . t

Essa lei pode ser comprovada com a célula mostrada abaixo. Medimos a intensidade da
corrente (i) com o amperímetro, o tempo (t) de passagem de corrente com um cronômetro,
e determinamos o aumento de massa (m) sofrido pelo catodo, devido a deposição de prata
durante a eletrólise. Verificamos então, que, na proporção em que aumentarem i e t,
aumentará a massa (m).
2ª Lei de Faraday

“A mesma quantidade de eletricidade irá eletrolisar massas (m) de substâncias diferentes,


que serão proporcionais aos respectivos equivalente-grama (E) de oxi-redução.”
Matematicamente: m = k2 . E

Podemos comprovar essa lei ligando, por exemplo, duas células eletrolíticas em
série, com soluções diferentes. A ligação série garantirá que a mesma quantidade de
eletricidade passará pela 1ª e pela 2ª célula eletrolítica. Contata-se que a massa de prata
(mAg) depositada na 1ª célula é diferente da massa de cobre (mCu) depositada na 2ª célula.

2.3 – Aplicações
Os processos eletroquímicos, utilizados em campos muito diversos, apresentam a
vantagem de não produzir contaminações do ambiente. Costumam, porém, gerar
rendimentos baixos, ao serem utilizados em grande escala para fins industriais.
Modernamente, usam-se procedimentos eletrolíticos para obter metais alcalinos como o
sódio e o potássio, ou alcalino-terrosos, como o magnésio, a partir de seus sais fundidos.
Do mesmo modo, são utilizados na indústria de recobrimento eletrolítico, quer do tipo
decorativo, quer de natureza anticorrosiva.
Os mecanismos eletroquímicos também intervêm na indústria de síntese química, dos
compostos inorgânicos às fibras sintéticas. A eletrólise constitui a base teórica e prática da
produção de certas pilhas e acumuladores de corrente contínua, e os mecanismos
eletroquímicos, em seu aspecto mais genérico, contam com um número muito amplo de
aplicações nas indústrias químicas e de material de construção.
3 – Conclusão
Conclui-se que a eletroquímica, estudada durante vários anos por ilustres cientistas
como Michael Faraday, Daniell e muitos outros anônimos que contribuíram muito para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento da eletroquímica. Hoje a eletroquímica é realmente
uma das mais usadas fontes de energia isolada, como no caso das pilhas, para você ouvir
um rádio, por exemplo, no meio do mato, não tem nenhum gerador de energia, e muito
menos tomada para ligar, então entra aí um dos mais usados processos eletroquímicos, o da
pilha, a pilha é simplesmente e unicamente elaborada através dos estudos da eletroquímica,
assim como milhares de outros aparatos feitos para se obter energia. Podemos caracterizar a
eletroquímica, como sendo simplesmente a energia química transformada em energia
elétrica, como nas baterias dos automóveis.
Em poucas palavras podemos dizer que a eletroquímica é a parte da físico-química
que estuda as propriedades elétricas das soluções, o comportamento dos íons em meio
líquido, a produção de energia elétrica nas reações em fase líquida que ocorrem nas pilhas,
e as propriedades elétricas das soluções coloidais. Podemos também dizer que a eletrólise é
o conjunto de fenômenos químicos ocorrentes nos eletrodos imersos numa solução
condutora, provocados pela passagem de corrente elétrica, e que podem ser decomposições,
deposições, combonações, desprendimentos gasosos, oxidações ou reduções.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Estrutura Atômica

Estrutura da Matéria
Estrutura Atômica e Estrutura da Matéria
Tentar-se neste trabalho desenvolver de maneira seqüencial informações
manipuladas para o desenvolvimento, das teorias sobre a estrutura da matéria e sobre a
estrutura atômica, organizando as teorias, e as formas desenvolvidas por cientistas e
datas.
Mostrar-se-á uma breve explicação sobre a formação da matéria, de forma
simples falando sobre o átomo e suas partículas também sobre exclusivamente o átomo,
sobre toda sua formação, estrutura, energia, etc.

Os primeiros modelos atômicos


Alguns filósofos da Grécia Antiga já admitiam que toda e qualquer matéria seria
formadas por minúsculas partículas indivisíveis, que foram denominadas ÁTOMOS (a
palavra átomo, em grego, significa indivisível).
No entanto, foi somente em 1803 que o cientista inglês John Dalton, com base
em inúmeras experiências, conseguiu provar cientificamente a idéia de ÁTOMO. Surgiu
então a TEORIA ATÔMICA CLÁSSICA da matéria. Segundo essa teoria, quando
olhamos por exemplo, para um grãozinho de ferro, devemos imaginá-lo como sendo
formado por um aglomerado de um número enorme de átomos de ferro.
Com o assar dos anos, entretanto, novas observações e experiências levaram os
cientistas que a matéria poderia conter partículas carregadas eletricamente. Podemos
citar algumas dessas descobertas:
a) Notou-se que atritando um bastão de vidro com um pedaço de seda, o vidro se
eletriza (hoje dizemos “com cargas positivas”; atritando um bastão de ebonite com um
pedaço de lã, a ebonite também se eletriza (hoje, contudo, dizemos “com cargas
negativas”). Como explicar que um material (no caso, o vidro ou a ebonite),
inicialmente neutro, possa ficar carregado eletricamente? Uma explicação plausível é a
de que toda matéria, no estado normal, é formada por partículas elétricas que se
neutralizam.
b) Verificou-se que algumas soluções deixam passar corrente elétrica, enquanto
outras não. Como exemplo, podemos citar, no primeiro caso, as soluções de sal comum
em água; no segundo caso as soluções de açúcar em água. Para explicar esse fato, o
cientista Arrhenius imaginou o seguinte: quando a corrente elétrica não passa, é porque
a solução é formada apenas por moléculas eletricamente neutras; caso contrário algumas
moléculas estão divididas em partículas menores, chamadas íons, alguns com carga
elétrica positiva (cátions), outros com negativa (ânions), e que são responsáveis pelo
“transporte’ da corrente elétrica.
c) Descobriu-se que, em ampolas de vidro contendo gases muito rarefeitos (em
pressões baixíssimas), quando estes são submetidos a potenciais elétricos elevadíssimos,
aparecem emissões denominadas RAIOS CATÓDICOS. Hoje sabemos que esses raios
são feixes de elétrons(e usamos esse fenômeno nos tubos dos televisores).
d) Descobriu-se também o fenômeno da RADIOATIVIDADE, que é a
propriedade que alguns elementos químicos possuem de emitir partículas e radiações.
Assim, por exemplo, o elemento polônio emite partículas de carga elétrica positiva, que
foram denominadas partículas alfa.
Refletindo sobre este fenômeno, você pode concluir o seguinte: se a matéria é
eletricamente neutra, seus átomos são obrigatoriamente neutros, e a saída de partículas
elétricas só será possível se esses átomos estiverem sofrendo alguma divisão.
Logo, o átomo é divisível, ou seja, deve ser formado por partículas ainda
menores e possuidoras de cargas elétricas.
Tentando explicar esses fenômenos, o cientista Thomson propôs, em 1904, um
novo modelo de átomo, formado por uma “pasta” positiva “recheada” pelos elétrons de
carga negativa, o que garantia neutralidade elétrica do modelo atômico. Com isso,
começava-se a admitir a “divisibilidade do á tomo” e a reconhecer a “natureza elétrica
da matéria”.

Modelo atômico de Rutherford-Bohr


Em 1911, o cientista Rutherford fez uma experiência muito importante, que veio
alterar e melhorar profundamente a visão do modelo atômico. Resumidamente, a
experiência consistiu no seguinte:
Um pedaço do metal polônio emite um feixe de partículas alfa, que atravessa
uma lâmina finíssima de ouro. Rutherford observou então que a maior parte das
partículas alfa atravessa a lâmina de ouro como se fosse uma peneira; apenas algumas
partículas desviavam ou até mesmo retrocediam.
Rutherford viu-se obrigado a admitir que a lâmina de ouro não era constituída de
átomos maciços e justapostos, como pensaram Dalon e Thomson. Pelo contrário, a
lâmina seria formada por NÚCLEOS pequenos, densos e eletricamente positivos,
dispersos em grandes espaços vazios.
Os grande espaços vazios explicam por que a grande maioria das partículas alfa
não sofre desvios. Entretanto, lembrando que as partículas alfa são positivas, é facil
entender que, no caso de uma partícula alfa passar próximo de um núcleo (também
positivo), ela será fortemente desviada; e no caso extremo de uma partícula alfa “topar à
frente” um núcleo, ela será repelida para trás.
Surge, porém, uma pergunta: se o ouro apresenta núcleos positivos, como
explicar o fatos de a lâmina de ouro ser eletricamente neutra?
Rutherford imaginou então que ao redor do núcleo positivo estariam girando
partículas muito menores (que não atrapalham a passagem das partículas alfa),
possuidoras de carga elétrica negativa (para contrabalançar a carga positiva do núcleo),
e que foram denominadas ELÉTRONS. Em resumo, o átomo seria semelhante ao
Sistema Solar: o núcleo representaria o Sol e os elétrons seriam os planetas, girando em
órbitas circulares e formando a chamada eletrosfera.
Hoje, sabemos que o tamanho do átomo é de 10.000 a 100.000 vezes maio que o
seu núcleo. Para efeito de comparação, podemos imaginar o núcleo atômico como sendo
uma formiga no centro de um estádio como o Maracanã.
Em 1913, o cientista Bohr reuniu algumas observações, experiências e teorias já
existentes para aprimorar a explicação do modelo atômico. Por que a luz comum forma
o arco-íris ao passar por urna nuvem ou por um prisma? Por que certos elementos
químicos, quando convenientemente aquecidos, emitem luz de urna só cor, como
acontece com as “lâmpadas de sódio” (luz amarela) existentes em nossas estradas?
Para explicar esses fatos, Bohr propôs o seguinte:
a) enquanto o elétron estiver girando na mesma órbita, ele não emite nem
absorve energia;
b) ao saltar de uma órbita para outra, o elétron emite ou absorve urna quantidade
bem definida de energia (denominada quantum de energia, ou, no plural, quanta de
energia).
Recebendo energia (térmica, elétrica ou luminosa) do exterior, o elétron salta de
urna órbita mais interna para outra mais externa; a quantidade de energia recebida é,
porém, bem definida (um quantum de energia).
Pelo contrário, ao voltar de urna órbita mais externa para outra mais interna, o
elétron emite um quantum de energia, na forma de luz de cor bem definida ou outra
radiação eletromagnética, como ultravioleta ou raios X (da o nome f6ton, que é dado
para esse quantum de energia).
Mais urna vez notamos o entrelaçamento entre matéria e energia: a energia
luminosa (luzes de todas as cores) é o resultado do “salto” dos elétrons entre as várias
órbitas eletrônicas possíveis ao redor de um dado núcleo. Assim, ao “átomo de
Rutherford” complementado pelas ponderações de Bohr foi dado o nome de MODELO
ATÓMICO DE RUTHERFORD-BOHR.
Mais tarde, constatou-se que as órbitas eletrónicas de todos os átomos
conhecidos se agrupam em sete camadas eletrônicas, que foram denominadas K, L, M,
N, O, P, Q. Em cada camada, os elétrons possuem urna quantidade fixa de energia; por
esse motivo, as camadas são também denominadas estados estacionários ou níveis de
energia. Além disso, cada camada comporta um número máximo de elétrons.

O preenchimento dessas camadas, porém, não é tão simples como aparece no


esquema anterior. A figura a seguir indica, de forma mais completa, a maneira pela qual
os sucessivos elétrons “vão entrando” nas várias camadas:
Note que o preenchimento de elétrons começa pela camada K, que comporta no
máximo dou elétrons, e prossegue na seqüência das flechas indicadas na figura acima,
até atingirmos, no máximo, o número que está escrito (existem apenas algumas
exceções).
Modelo Atômico de Orbitais

Nos últimos 50 anos, as teorias sobre a estrutura atômica evoluíram bastante,


principalmente no que diz respeito à eletrosfera. O Modelo de Órbitas Eletrônicas
Circulares de Rutherford-Bohr foi substituído pelo MODELO DE ORBITAIS.
Esta mudança decorreu de novas observações, experiências e cálculos feitos pelos
cientistas, que levaram a conclusões importantíssimas como:

A todo elétron cm movimento está associada uma onda característica (princípio


da Dualidade ou de De Broglie).

Este princípio nos obriga a visualizar o elétron não mais como uma “bolinha”
em movimento rápido, mas sim como sendo um misto de partícula-onda, isto é, algo
que, às vezes, pode se comportar como partícula e, outras vezes, como onda
(semelhante às ondas elétricas, magnéticas, etc.).

Não é possível calcular a posição e a velocidade de um e1étron, num mesmo instante


(Princípio da Incerteza ou de Heisenberg).

Devido à dificuldade de calcular a posição exata de um elétron na eletrosfera, o


cientista Schódinger foi levado a calcular a região onda haveria maior probabilidade de
encontrar o elétron. Esta região do espaço foi denominada ORBITAL.

Orbital é a região do espaço onde é máxima a probabilidade de se encontrar um


determinado elétron.

Formas Geométricas Dos Orbitais


Os orbitais têm formas geométricas bastante variadas, que podem ser calculadas
com o auxílio de equações matemáticas. Para nosso estudo, basta saber conhecer os
orbitais “s” e “p”.

Orbitais “s”
Todas as camadas eletrônicas possuem os chamados orbitais “s”, que são
esferas concêntricas ao núcleo e com diâmetros crescentes.
Cada orbital “s” pode conter um ou, no máximo, dois elétrons.

Orbitais “p”

A partir da segunda camada eletrônica (camada L), além de um orbital esférico


do tipo s (com um ou dois elétrons), poderão surgir até três orbitais alongados, e
denominados orbitais p (também contendo um ou dois elétrons); Os três orbitais p estão
orientados segundo três eixos (x, y, z) perpendiculares entre si.

Estados energéticos dos elétrons


Devido às dificuldades expostas no item anterior, os cientistas preferem,
atualmente, identificar os elétrons mais por seu conteúdo de energia do que por sua
posição na eletrosfera.
Por meio de cálculos matemáticos, chegou-se à conclusão de que os elétrons se
dispõem ao redor do núcleo atômico, de acordo com o DIAGRAMA ENERGÉTICO.

Níveis energéticos

São as sete “escadas” que aparecem no diagrama e onde os elétrons têm um


conteúdo de energia crescente. Esses níveis correspondem as sete camadas (K, L, M, N,
O, P, Q) do modelo de Rutherford-Bohr. Atualmente, esses níveis são identificados pelo
chamado NÚMERO QUANTICO PRINCIPAL (n), que é um número inteiro, variando
de 1 a 7.

Subníveis energéticos

São os “degraus” de cada escada existente no diagrama anterior. De cada degrau


para o seguinte há, também, aumento no conteúdo de energia dos elétrons. Esses
subníveis são identificados amado NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO ou
AZIMUTAL, que assume os valores e 0, 1, 2 e 3, mas que é habitualmente designado
pelas letras "s", "p", "d", "f", respectivamente. Note que, no diagrama anterior, nós já
escrevemos um "endereço" sobre cada degrau. Assim, por exemplo, se for mencionada
a posição 3p, devemos saber que se trata do segundo degrau da terceira escada, no
tocante ao nível de energia.

Orbitais

Completando o modelo atual da eletrosfera, devemos acrescentar que cada


subnível comporta um número variável de orbitais, de acordo com o diagrama
energético mais completo.
Nesse diagrama, cada orbital é representado simbolicamente por um
quadradinho. Vemos que os subníveis (degraus) "s", "p", "d", "f", contém
sucessivamente 1, 3, 5, 7 (seqüência de números ímpares) orbitais. Os orbitais são
identificados pelo chamado NUMERO QUÁNTICO MAGNÉTICO (m). Num dado
subnível, o orbital central tem o número quântico magnético igual a zero; os orbitais da
direita têm m = + 1, + 2, + 3; os da esquerda têm m = - 1, - 2, - 3.

Os elétrons
Finalmente, cálculos matemáticos provaram que um orbital comporta no
máximo dois elétrons. No entanto, surge uma dúvida: se os elétrons são negativos, por
que não se repelem e se afastam? A explicação é a seguinte: os elétrons podem girar no
mesmo sentido ou em sentidos opostos (ou sentidos paralelo e antiparalelo), criando
campos magnéticos que os repelem ou os atraem. Essa rotação é conhecida como SPIN
(do inglês, to spin = girar).

Um orbital comporta no máximo dois elétrons, com spins contrários (princípio)


da Exclusão de Pauli).
O spin é identificado pelo chamado NÚMERO QUÂNTICO DE SPIN (Ms ou
s), cujos valores são – ½ e + ½. Normalmente, a representação dos elétrons nos orbitais
é feita por meio de uma seta.
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

Ap1icação do diagrama dos níveis


energéticos
Surge, agora, uma pergunta importante: Como estão distribuídos os elétrons no
átomo de um determinado elemento químico?
A resposta é simples - basta seguir o diagrama energético e obedecer às
seguintes regras:
a) os elétrons vão se "encaixando" na eletrosfera, partindo dos níveis e subníveis
de menor energia para os de maior energia (isto é, "de baixo para cima"); só passamos
para um subnível superior quando o inferior já estiver "lotado";
b) num mesmo subnível, de inicio, todos os orbitais devem receber seu primeiro
elétron, e só depois cada orbital passará a receber seu segundo elétron (esta é a chamada
REGRA DE HUND ou REGRA DA MÁXIMA MULTIPUCIDADE);
c) num orbital, o primeiro elétron é, por convenção, o de spin – ½.
Essa é a distribuição dos elétrons num átomo de ferro considerado em seu
ESTADO NORMAL ou ESTADO FUNDAMENTAL. Para indicar, de modo
abreviado, essa distribuição eletrônica, escrevemos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6.
Reparem que escrevemos os subníveis 1s, 2s, 2p... em ordem crescente de
energia e colocamos um "expoente" para indicar o número total de elétrons existente no
subnível considerado. Evidentemente, a soma dos expoentes é igual a 26, que é o
número total de elétrons do átomo de ferro.
Distribuição eletrônica nos íons

A distribuição eletrônica nos íons é semelhante à dos átomos neutros. No


entanto, é importante salientar que os elétrons que o átomo irá ganhar ou perder (para se
transformar num íon) serão recebidos ou retirados da última camada eletrônica e não do
subnível mais energético. Assim, por exemplo, o átomo de ferro (no atômico = 26) tem
a seguinte distribuição eletrônica:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 ou K-2; L-8; M-14; N-2.
Quando o átomo de ferro perde dois elétrons e se transforma no íon Fe2+, este
terá a seguinte distribuição eletrônica:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 ou K-2; L-8; M-14.
Evidentemente, se o átomo de ferro perder três elétrons e se transformar no íon
Fe3+, este terá a seguinte distribuição eletrônica:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 ou K-2; L-8; M-13.

Conclui-se que na estrutura da matéria se dá uma noção superficial sobre o


átomo e a molécula e suas ligações, já na parte que explica a estrutura atômica dá-se
uma noção focalizada sobre o átomo, revelando as formas que os cientistas viam o
átomo, sendo que eles não tinham máquinas para fazer experiências e realmente
dependia muito de cálculos e de lógica.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Funções
É um grupamento de substancias compostas que apresentam propriedades químicas
semelhantes.

Tipos de funções:
Oxidos: são compostos binários com oxigênio na ponta direita da fórmula ( como
elemento mais eletronegativo).
Ex: CO2, H2O, N2O5, CO

Ácidos: São compostos com hidrogênio na ponta esquerda da fórmula ( como elemento
menos eletronegativo). OBS: quando o ácido é oxigenado o número mínimo de elementos
no composto será 3.
Ex: H2SO4, HClO3, HNO3, H3PO4

Bases: são compostos que apresentam OH- (hidroxila) na ponta direita da fórmula.
Ex: NaOH, Ca(OH)2

Sais: são compostos que apresentam um metal ou NH4+ (amônia) na ponta esquerda da
fórmula e um ametal diferente de Oxigênio ou um grupo de ametais na ponta direita.
Podem Ter H+ ou OH- (hidroxila) no meio.
Ex: CaOHCl, CaCl2, NaHCO3

Hidretos: são substancias compostas binárias com hidrogênio na ponta direita.


Ex: NH3

Estudo dos Óxidos


Óxido = XaOb

Classificação:
1- Ox. Básicos 2- Ox. Ácidos
3- Ox. Anfoteros 4- Ox. Neutros
5- Ox. Salinos, Duplos ou Mistos

Se X for um metal :
Calcula-se o nox de X
· Se o nox de X for +1 ou +2 então o óxido será Básico. Exceto se for ZnO, SnO, PbO,
BrO, sendo esses Ox. Anfóteros.
· Se o nox de X for +3 ou +4 então o oxido será Anfotero.
· Se o nox de X for +5, +6 ou +7 então o óxido será Ácido.
· Se o nox for +8/3 o óxido será Salino. Este nox aparece com a estrutura X3O4.

Se X for um semi-metal:
Calcula-se o nox de X
· Se o nox de X for igual ao número do grupo o óxido será Ácido. nox = No do grupo
· Se o nox de X for diferente do número do grupo o óxido será Anfótero. Com exceção
do As2O3. Nox = No do grupo

Se X for ametal:
Não calcula-se o nox
· NO, N2O, CO são óxidos Neutros
· N2O4 ( NO2) é um óxido Duplo
· Os demais são óxidos Ácidos

Óxidos Básicos:
São aqueles que ao reagirem com água viram uma base. Ox. Básico + H2O = Base.
Ex: CaO + H2O à Ca(OH)2 Na2O + H2O à 2NaOH
Só reagem com água os óxidos básicos solúveis, sendo estes os que possuem elementos
do 1A e 2A. Os demais óxidos básicos são pouco solúveis em água e portanto reagem com
água com muita dificuldade; por esta razão considera-se que estes óxidos não reagem com
água.

Óxidos ácidos:
São aqueles que ao reagirem com água viram um ácido. Ox. Ácido + H2O = Ácido.
Ex: Cl2O + H2O à (H2Cl2O2) 2HClO Cl2O7 + H2O à (H2Cl2O8) 2HClO4
MnO3 + H2O à H2MnO4 Br2O3 + H2O à (H2Br2O4)
2HBrO2

Nomenclatura dos óxidos:


1. Oficial - usada para qualquer óxido:
Monoóxido de (mono)_____________
di, tri... di, tri... nome do elemento
No de elementos de O No do outro elemento

2. Usada para qualquer óxido c/ nox fixo:


Óxido de ___________
nome do elemento

3. Usada para qualquer óxido c/ nox variável (exceto ox. ácidos) :


Óxido ____________ ico (maior nox do elemento)
oso (menor nox do elemento)
Considera-se apenas os dois menores nox dos elementos.

4. Usada somente para óxido ácidos:


Nox +7 à anidrido per_________ico
+6 ou +5 à anidrido ___________ ico
+4 ou +3 à anidrido ___________ oso
+2 ou +1 à anidrido hipo_______ oso
Se o óxido for Ácido e o elemento X do grupo A, este terá nox impar se o grupo for
de número ímpar. Assim mesmo para os elementos X de grupo A par. Quando o
elemento X for do grupo 3A ou 4A e tiver nox igual ao número do grupo o sulfixo será
ico e não oso como manda a regra.

Estudo dos Ácidos


Conceito de Arrhenius: Ácidos são compostos que na presença de água se ionizam
, e liberam um íon H+.
Ex: HCl + H2O à Haq+ + Claq- + H2O
Como todo Ácido é um composto covalente, em presença de água ele sofrerá
ionização. O íon H+ tende a se ligar a uma molécula de água, formando um íon mais
estável que ele que é H3O+.
Ex: H2SO4 + H2O à H3O+ + HSO4-
HSO4- + H2O à H3O+ + SO4-2
H2SO4 + H2O à H3O+ + SO4-

Classificação:
Quanto a presença de oxigênio:
· Hidrácidos : são aqueles que não apresentam oxigênio na molécula. EX: HCl ,
H4Fe(CN)6 .
· Oxiácidos: são aqueles que apresentam oxigênio na molécula. EX: HclO , H2SO4 .

Quanto ao número de hidrogênios ionizaveis:


Nos Hidrácidos, todos os hidrogênios são ionizáveis. Nos oxiácidos, só são
ionizáveis os hidrogênios ligados a oxigênio. Ex: H3PO4 tem apenas dois H ligados a O,
portanto tem somente dois H ionizáveis.
· Monoácidos : tem apenas um hidrogênio ionizável. EX: HCl , HNO3
· Diácidos : tem dois hidrogênio ionizável. EX: H2S , *H3PO4
· Triácido : tem três hidrogênios ionizáveis. Ex: H3BO3
· Tetrácidos : tem quatro hidrogênios ionizáveis. Ex: H4P

Quanto ao grau de ionização:


Grau de ionização (representado pela letra “alfa”) é a divisão entre moléculas
ionizadas e moléculas dissolvidas, que entraram em contato com a água.
· Ácidos fortes: são aqueles que ionizam a metade ou mais da molécula.
· Ácidos moderados: são aqueles que ionizam entre 5% e 50% das moléculas
dissovildas.
· Ácidos fracos: são aqueles que ionizam menos de 5% das moléculas dissolvidas.
Dos hidracidos são fortes HCl, HBr e HI, em ordem crescente e HF é moderado
Dos óxiácidos pode-se classificai-los pelo grau de ionização através da regra
empírica: HaBbOc sendo “a” o numero de hidrogênios ionizáveis, “b” o número do outro
elemento e “c” o número de oxigênios. x = c-a/b , se x for maior ou igual a 2 o oxiácido é
forte; se x for maior ou igual a 1 e menor que 2 o oxiácido é moderado; se x for menor que
1 o oxiácido é fraco.
.
Quanto a solubilidade:
· Ácidos voláteis: são aqueles que tem ponto de ebulição por volta da temperatura
ambiente (na faixa de 25o a 35o). A temperatura ambiente é 25o.
· Ácidos fixos: são aqueles que tem ponto de ebulição muito acima da temperatura
ambiente.
Se o número de átomos da molecula for >ou = a 7 o ácido é fixo.

Nomenclatura
Para óxiácidos -
Nox: +7 à acido per_____ico
+6, +5 à acido _____ico
+4,+3 à acido _____oso
+2,+1 à acido hipo_____oso
Quando o acido for de P, As, Sb, B para que a nomenclatura esteja certa é
nesseçário por 3 H na molecula. Nos elementos citados acima ocorrem diferentes
moleculas nas quais o elemento central tem mesmo nox. Pela regra só se pode usar uma
nomenclatura ultilizando então pre-fixos:
Orto- H3 X Oa
Piro- H4 X2 Oa
Meta- H X Oa

Para Hidrácidos-
Acido ______ idrico

Estudo das Bases


Bases são substancias que em contato com água se dissociam e liberam um único
tipo de ânion que é OH- ex: Ca(OH)2 + H2O à CaOH+aq + OH-aq
CaOH+aq + H2O à Ca+2aq + OH-aq
Ca(OH)2 + H2O à Ca+2aq + OH-aq

Classificação
Quanto ao número de hidroxilas:
· Monobases: bases com apenas uma hidroxila
· Dibases: bases com duas hidroxilas
· Tribases: bases com três hidroxilas
· Tetrabases: bases com quatro hidroxilas

Quanto a força:
· Bases fortes: > ou = a 50% de ionização. São fortes as bases com elementos dos grupos
1A e 2A.
· Bases fracas: < ou = a 5% de ionização. Bases com elementos dos demais grupos.

Quanto a solubilidade:
Por serem compostos iônicos, não há bases completamente insolúveis.
· Bases solúveis: bases com elementos do grupo 1A e NH4OH.
· Bases pouco solúveis: bases com elementos do grupo 2A, exceto Mg(OH)2
· Bases praticamente insolúveis: bases com elementos dos demais grupos incluindo
Mg(OH)2
Nomenclatura
Quando o elemento tem nox fixo:
Hidróxido de ___________(nome do elemento)
nome do elemento

Quando o elemento tem nox variável:


Hidróxido ___________ ico (maior nox)
nome do elemento oso (menor nox)
ou
Hidróxido de ___________ (__)
nome do elemento nox em algarismos romanos

Estudo dos Sais


Um sal é formado pelo cátion de uma base e o âniom de um sal. O cátion que tiver
hidroxilas so se liga com ânions sem hidrogênio. Ânions que tiverem hidrogênio só se
ligam com cátions sem hidroxila. Ânions e cátions sem partes ionizáveis ligam-se com
qualquer outro cátion e âniom, respectivamente.
Ácido + Base à Sal + H2O

Cátion da + âniom do
base ácido

Neutralização
A neutralização é feita para se verificar o número de moléculas que reagem, o
número de moléculas de sal e de água que se originam. Começa verificando-se primeiro os
metais, depois os semi-metais e após os ametais; em seguida verifica-se os oxigênios e
hidrgênios.

Classificação
Sal Neutro:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+ e um âniom diferente de
OH-.
A casos como NaH2PO2 que são sais neutros apesar de terem dois H+. Isso é
devido a eles serem originados de ácidos com H+ não ionizáveis. Qualquer sal que
apresente H2PO2 ou HPO3 e não tiver hidroxila (OH-) será um sal neutro.

Sal Ácido:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+, pelo menos um H+ e um
âniom diferente de OH-.

Sal Básico:
São aqueles que apresentam um cátion diferente de H+, pelo menos um OH- e um
âniom diferente de OH-.

Sal Duplo:
São aqueles que apresentam 2 cátions diferentes de H+ e entre si mais um ânion
diferente de OH-. Podem apresentar apenas um cátion diferente de H+ mais dois ânions
diferentes de OH- e entre si.

Nomenclatura
Estabelecemos aqui a nomenclatura de cátions. Elementos com nox fixo limita-se
apenas ao nome do elemento; e que as nomenclaturas para nox variável são as seguintes:
Sufixos ico para o maior nox do elemento e oso para o menor nox
(considera-se apenas os dois menores nox do elemento.
Número do nox em algarismos romanos, dentro de um parêntesis
após o nome do elemento.
É necessário também estabelecer nomenclatura para os ânions, trocando o sufixo
dos ácidos dos quais se originam pelo seguintes sufixos:
Idrico à eto
Ico à ato
Oso à ito

Sais Neutros
________ de ________ (nox variável ou não)
nome do ânion nome do cátion

Sais Ácidos
1- __________ (mono) ácido de __________(nox variável ou não)
nome do ânion di, tri ... nome do cátion

2- (mono)hidrogêno - ____________ de ___________


di, tri ... nome do ânion nome do cátion
Sais Básicos
__________ (mono) básico de __________ (nox variável ou não)
nome do ânion di, tri ... nome do cátion

Sais Duplos
1-Sais duplos com 2 cátions:
________ duplo de _________ e _________ (nox variável ou não)
nome do ânion nome do cátion nome do outro
da ponta esquerda cátion

2-Sais duplos com 2 ânions:


_________ - _________ de _________ (nox variável ou não)
nome do ânion nome do outro nome do cátion
da ponta direita ânion

Reações
Reações de Síntese
As reações de síntese são aquelas em que duas ou mais substancias reagem
formando uma única.
2Mg + O---2 à 2MgO2

Reações de decomposição
As reações de decomposição são aquelas em que um substancia origina duas.

Reações de dupla troca


Ao reagirem as substancias trocam de cátions e ânions.
1- ácido + base à sal + h2O

1- ácido1 + sal2 à ácido2 + sal2 só ocorre reação se o ácido produzido for fraco
ou volátil ou o sal insolúvel.
2- base1 + sal1 à base2 + sal2 é necessario que ambos os reagentes sejam
solúveis, sendo a base resultante ou insoluvel ou fraca ou volatil ou o sal resultante tem
que ser insolúvel

Reações de simples troca


As reações de simples troca são aquelas em que ou um cátion ou um ânion trocam
de par. O cátion ou o ânion ficará com o elemento de maior reatividade.
Ex: 2Na + 2HCl à 2NaCl + H2

Reações de Oxi-redução
São as reações em que ocorre pelo menos uma oxidação e uma redução. Oxidação é
o processo pelo qual um elemento perde elétrons, portanto aumenta o nox. Redução é o
processo em que um elemento ganha um elétrons, portanto diminui o nox.
Ex: 2Na + 2HCl à 2NaCl + H2 O Sódio (Na) oxidou.
O Hidrogênio (H) reduziu
Nox 0 Nox +1
Nox +1 Nox 0

Reações com Óxidos


Os óxidos são obtidos através de combustões espontaneas ou não.
Ex: 2Mg + O2 à 2MgO 2Fe + 3/2-- O2 à Fe2O3
C2H5OH + 3 O2 à 2CO2 + 3H2O 2FeO + ½ O2 à Fe2O3
Quando um elemento de nox variável reage com oxigênio em quantidade
suficiente, forma-se o óxido onde o elemento tem maior nox. Quando um óxido
inferior(com o menor nox do elemento) reage com oxigênio, forma-se um óxido superior
(com o maior nox do elemento). O óxido superior já não reage mais com oxigênio.

Óxido básico + Ácido à Sal + H2O :


Pega-se o cátion do óxido mantendo seu nox , desconsiderando a quantidade, e
junta-se com o ânion do ácido (parte do ácido que não o H). Faz-se a neutralização.

Óxido ácido + Base à sal + H2O :


Pega-se o cátion da base (parte que não a hidroxila) com seu nox, desconsiderando
a quantidade, e junta-se com o ânion do ácido obtido do óxido ácido. Faz-se a
neutralização.

Óxido básico + Óxido ácido à Sal :


Pega-se o cátion do óxido básico com seu nox, desconsiderando a quantidade, e
junta-se com o ânion do ácido obtido do óxido ácido. Faz-se a neutralização.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
FUNÇÕES QUÍMICAS

O cloreto de sódio, sulfato de potássio e o bicarbonato de sódio,


diferentemente do vinagre e do limão, apresentam sabor salgado. Mas quando
dissolvidos em água também formam soluções que são boas condutoras de
eletricidade.
Já a cal hidratada (usada em pintura) e o leite de magnésia têm sabor
adstringente ( “prende” a língua) e são substancias iônicas que possuem em
sua composição química apenas o radical OH como íon negativo (ânion). E
ambas conduzem bem a eletricidade quando em solução.
Através desse exemplo, vocês podem perceber que determinados
conjuntos de substancias apresentam propriedades que são comuns a todas as
substancias pertencentes ao mesmo grupo.
O grupo de substancias composta que possuem propriedades químicas
semelhantes recebe o nome de função química.
Existem quatro tipo de função química , que serão estudados a seguir:
ácidos, bases e sal.
O principal critério de classificação de uma substancias numa dessas
funções é o tipo de íons que se formão quando ela é dissolvida em água.

FUNÇÃO ÁCIDO

Consiste as seguintes substâncias: ácidos súlfurico, H2SO4; ácido nítrico, HNO3; ácido
clorídrico, HCL; ácido sulfídrico, H2S.
Todos esses ácidos possuem, em sua estrutura química, o elemento
hidrogênio combinado com um ametal (CL, S) ou com um radical negativo (SO4,
NO3).
Podemos, assim, definir essa função da seguinte maneira:

Função ácido é o grupo de compostos que em solução aquosa se ionizam,


produzindo o cátion hidrogênio como íon positivo.

Os ácidos apresentam as propriedades relacionados abaixo:


· Têm sabor azedo. O limão, por exemplo, é azedo porque contém ácidos do
cítrico.
· Conduzem bem a eletricidade quando a solução. Por exemplo, para realizar a
eletrólise (ou quebra de molécula por corrente elétrica) da água, fazemos
passar uma corrente elétrica por uma porção de água acidulada, pois a água
pura não é boa condutora de eletricidade.
· Alteram a cor dos indicadores. (Indicadores são substancias que têm a
propriedade de mudar de cor; essa mudança de cor indica o caráter ácidos ou
básico da solução). Por exemplo, a fenolftaleína vermelha se torna incolor
quando a ela é acrescentado um ácido; o papel de tornassol azul fica
vermelho quando mergulhado em ácido.
· Reagem com os hidróxido (bases), produzindo sal e água. O ácido clorídrico,
por exemplo, reage com o hidróxido de sódio (soda cáustica), formando
cloreto de sódio e água. Veja:

HCL + NaOH - NaCL + H2O


ácido base sal
água

Os ácidos podem ser classificados em dois grupos: hidrácidos e oxiácidos.


Hidrácidos. Observe a formula dos seguintes ácidos: ácido iodídrico, HI;
ácido sulfídrico, H2S; ácido clorídrico, HCL.
Observe que esses ácidos não possuem átomos de oxigênio. Os
hidrácidos são, portanto, os ácidos que possuem átomos de oxigênio.

Oxiácidos. Considere agora os seguintes ácidos: ácido carbônico, H2CO3;


ácido sulfuroso, H2so3; ácido sulfúrico, H2SO; ácido nitroso, HNO2; ácido nítrico,
HNO3. Como você pode percebe, esses ácidos apresentam átomos de oxigênio.
Os oxiácidos são, portanto, ácidos que possuem átomos de oxigênio.

NOME DOS ÁCIDOS

Você deve ter observado que os ácidos do grupo dos hidráxidos - que
não apresentam oxigênio em sua composição - têm o nome terminado por ídrico.
Assim, para escrever o nome dos ácidos do grupo hidrácidos você deve
seguir este esquema:

ácidos nome do elemento ligado ao H + ídrico

Veja os exemplos:

· HI = ácidos iodo = ídrico = ácido iodídrico


nome do elemento

· HCL = ácido cloro + ídrico = ácido clorídrico


nome do elemento

· HS = ácido súlfur + ídrico = ácido sulfídrico


nome latino do elemento do enxofre
Quanto aos ácidos do grupo dos oxiácidos - que apresentam oxigênio em
sua composição - , estes têm tem seu nome terminado por ico.
Para escrever o nome dos ácidos d0o grupo oxiácidos basta você
obedecer ao seguinte esquema:
ácido Nome do elemento que vem no meio da formula + ico

Exemplos:

· H2CO3 = ácido carbônico + ico = ácido carbônico


nome do elemento central

· HNO3 = ácido nitrogênio + ico = ácido nítrico


nome do elemento central

· H3BO3 = ácido boro + ico = ácido bórico


nome do elemento central

Certos elementos químicos dão origem a mais de um ácido. O nitrogênio,


por exemplo, dá origem dos ácidos HNO3 e HNO2. Nesse casos, para distinguir
um ácido do outro se usa a terminação:
· oso para o ácido que tem menos oxigênio;
· ico para o ácido que tem mais oxigênio.

Assim:
· H2SO3 = ácido súfur + oso = ácido sulfuroso
nome latino do elemento central

· H2SO4 = ácido súlfur + ico = ácido súlfurico


nome latino do elemento central

· HCLO2 = ácido cloro + oso = ácido súlfurico


nome do elemento central

· HCLO3 = ácido cloro + ico = ácido clóridico


nome do elemento central

Dependendo da quantidade de íons H+ liberados, os ácidos são


classificados em fortes (exemplo: HNO3; HCL; H2SO4) e fracos (exemplo: H2S;
H2CO3).
FUNÇÃO DE BASES

Vamos considerar agora as seguintes substâncias: hidróxido de sódio ou


soda cáustica, NaOH; hidróxido de cálcio ou de pintura, Ca(OH)2; hidróxido de
potássio, KOH.
Como você pode notar, estas substancias têm em sua estrutura química o
radical OH. Elas são denominadas bases ou hidróxidos.
Assim, podemos definir a função base da seguinte forma:
Função base é o grupo de compostos que em solução aquosa se dissociam em
íons, sendo o íon negativo o radical OH (hidroxila ou hidróxido).

As bases apresentam as propriedades relacionadas a seguir:

· Têm sabor adstringentes.


· conduzem bem a eletricidade, quando em solução.
· Torna vermelha a fenolftaleína incolor.
· Torna azul o papel de tornassol vermelho.
· Reagem com os ácidos, produzindo sal e água. Exemplo: o ácido sulfídrico e a
soda cáustica reagem formando sulfeto de sódio e água.
Assim:
H2S + 2NaOH - Na2S + 2H2O
ÁCIDO BASE SAL ÁGUA

NOME DOS BASES

A denominação das bases é dada pela expressão hidróxido de seguida do


nome do elemento.
Portanto, o esquema para escrever o nome das bases é o seguinte:
hidróxido de nome do elemento

Exemplos:

· AL(OH)3 = hidróxido de alumínio;


· KOH = hidróxido de potássio;
· Ca(OH)2 = hidróxido de cálcio.

Um mesmo elemento químico pode dar origem a duas bases. Nesse caso,
usamos a terminação:

· oso para as bases em que for menor a valência do elemento ligado á hidroxila;
· ico para as bases em que for maior a valência do elemento ligado á hidroxila;

Veja o exemplo:
Fe(oh)2 = hidróxido ferroso
Fe(oh)3 = hidróxido férrico
Podemos também escrever o nome das bases sem a terminação oso ou
ico, colocando a valência do elemento em algarismo romano. Veja:

Fe(oh)2 = hidróxido de ferro II


Fe(oh)3 = hidróxido férrico III

FUNÇÃO DO SAL

Considere as substâncias: cloreto de sódio, NaCL; iodeto de cálcio, CaI2;


sulfato de potássio, K2SO4; nitrato de sódio, NaNO3.
Todas as substâncias constituídas por um cátion diferente de H+
combinado ionicamente com um ânion diferente de OH- são denominados sais.
Podemos então definir a função sal da seguinte forma:
Função sal é o grupo de substâncias iônicas que possuem um cátion
diferente de h+ e um ânion diferente de OH-

Os sais apresentam as propriedades relacionadas abaixo:

· Têm sabor salgado. O cloreto de sódio, por exemplo, é uma substância que
apresenta essa propriedade.
· Conduzem bem a eletricidade, quando em solução.
· São obtidas pelas reação de ácido com bases. Essa reação é denominada de
reação de neutralização ou de salificação. Exemplo: o ácido clorídrico reage
com o hidróxido de alumínio, produzindo cloreto de alumínio e água:
3HCL + AL(OH)3 - ALCL3 + 3H2O
ácido base sal água

Os sais são classificados em dois tipos: oxigenados e não-oxigenados.

Sais oxigenados. São os sais que contêm oxigênio em sua fórmula.


Exemplos: sulfato de potássio, K2SO4; carbonato de cálcio, CaCO3.

Sais não oxigenados. São os sais que contêm oxigênio em sua fórmula.
Exemplos: cloreto de sódio, NaCL; iodeto de cálcio, CaL2; sulfeto de ferro, FeS.
NOME DOS SAIS

Podemos escrever os nomes dos sais a partir da própria formula. Para


isso, colocamos o nome do ânion seguido do nome do cátion. Por exemplo:

NaMO2 = nitrato de sódio


ânion cátion
CaS = sulfeto de cálcio
ânion cátion

Podemos também nomear os sais a partir dos ácidos que lhes deram
origem.
No caso dos sais oxigenados, o nome deriva dos oxiácidos que lhes deram
origem, fazendo as seguintes substituições:

· O sal NaNO2 se orientado ácido HNO2. Assim:


HNO2 = ácido nitroso
NaNO2 = nitrito de sódio

· O sal KCLO se origina do ácido HCLO. Assim:


HCLO = Ácido hipocloroso
KCLO = hipoclorito de potássio

Quantos aos sais não-oxigenados, o nome deriva do nome dos hidrácidos


que lhes deram origem, fazendo a seguinte substituição:

Veja aos dois exemplos:

· O sal NaCL se origina do ácido HCL. Assim:


HCL = ácido clorídrico
NaCL = cloreto de sódio

· O sal CaS se orienta do cálcio H2S. Assim:


H2S = ácido sulfídrico
CaS = sulfeto de cálcio

Pelo que foi até aqui, você deve ter percebido que ácidos bases e sais, quando
em meio aquoso, formam íons e que esses íons conduzem bem a eletricidade.
Por isso substâncias são chamadas eletrólitos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

I – Introdução

II – Desenvolvimento

2.1 – Leis da reações químicas

III – Conclusão
I – Introdução
Tentar-se-à mostrar nesta obra uma pesquisa sobre a Lei das Reações Químicas,
sempre tentando esclarecer ao leitor que a química e a evolução dos estudos químicos
são como portas se abrindo diante de cientistas iluminados, a química não é complicada
e muito menos são as descobertas, muitas vezes pensa-se que uma descoberta depende
de anos de cálculos, milhares de números, mas a maioria das vezes é uma súbita
descoberta.
Mostrar-se-à uma síntese das Leis das Reações Químicas, começando com
Antoine-Laurent Lavoisier, criando os princípios básicos das combinações químicas até
Gilbert Lewis elaborar uma teoria eletrônica de reações entre compostos como
intercâmbios de elétrons.
II - Desenvolvimento
2.1 - Leis das reações químicas.
A estrutura metodológica criada pelo francês Antoine-Laurent Lavoisier, no final
do século XVIII, foi consolidada, no início do século XIX, com a enunciação dos
princípios básicos das combinações químicas.
A lei da conservação da massa, do próprio Lavoisier, afirma que, em todo
processo químico, não ocorre perda de matéria, somente transformação. Assim, a massa
das substâncias reagentes coincide com a dos produtos. Conforme mostrou Albert
Einstein, no entanto, verifica-se transformação de massa em energia em certos
processos de alteração de matéria, que recebem o nome de reações nucleares.
Joseph-Louis Proust enunciou a lei das proporções definidas, segundo a qual a
combinação de dois ou mais elementos para formar um determinado composto se efetua
sempre numa relação idêntica de pesos. O princípio das proporções múltiplas, devido a
John Dalton, propõe uma relação múltipla, ainda que limitada, entre os pesos dos vários
elementos, que se combinam para formar vários compostos da mesma família.
O químico alemão Jeremias Richter descobriu a lei das proporções recíprocas,
segundo a qual todos os elementos químicos reagem entre si para formar qualquer tipo
de compostos, de acordo com um conjunto de relações numéricas simples. Esse valor de
reação, característico para cada elemento químico, é denominado equivalente-grama ou
equivalente químico. Define-se como a quantidade de elemento que desloca, ou se
combina, com oito partes de oxigênio. A lei dos volumes de combinação, demonstrada
por Gay-Lussac, postula que, nas reações químicas, os gases são obtidos e se conjugam
em relações numéricas simples.
A conjunção teórica das leis das combinações químicas levou à hipótese atômica
de John Dalton. Publicada em 1808, a hipótese pode ser resumida em dois princípios: as
espécies químicas são compostas de unidades indivisíveis e básicas chamadas átomos, e
os átomos de um elemento são idênticos entre si e diferentes dos átomos de outros
elementos.
A idéia de Amedeo Avogadro de tomar a molécula, ou agrupamento de átomos,
como unidade que define a estrutura interna dos compostos concluiu o modelo clássico
da química do século XIX. A teoria das partículas, desenvolvida no século XX,
modificou algumas dessas concepções ao questionar a indivisibilidade do átomo e
verificar a existência dos isótopos, átomos ligeiramente distintos pertencentes a um
mesmo elemento.
Niels Bohr propôs um modelo de átomo formado por um núcleo central e níveis
periféricos de energia ocupados por partículas elementares de carga elétrica negativa,
denominadas elétrons. Inspirado nas idéias de Bohr, Gilbert Lewis elaborou uma teoria
eletrônica de reações entre compostos como intercâmbios de elétrons. Essas partículas
formam diferentes ligações, cuja natureza e distribuição determina as moléculas
resultantes. De acordo com essa hipótese, os elétrons da última camada da estrutura
atômica são os responsáveis diretos pelas combinações químicas.

III – Conclusão
Conclui-se que as Leis das Reações Químicas foi um conjunto de descobertas
importantíssimas para o progressos dos estudos químicos, e de todas as ciências que
dela depende. Vários foram os cientistas que colaboraram para a complementação e
término dessas leis, dentre eles podemos citar: Antoine-Laurent Lavoisier, Albert
Einstein, Joseph-Louis Proust, John Dalton, Jeremias Richter, Gay-Lussac, Amedeo
Avogadro, Niels Bohr, Gilbert Lewis, e alguns outros anônimos. Essas leis
compreendem um universo ilimitado de dúvidas e questionamentos sobre tal, o que,
conseqüentemente, gera estudos e descobertas como num ciclo aberto.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

FORÇAS INTERMOLECULARES
As moléculas se mantêm unidas devido às forças de atração que existem entre elas.
Quanto maior a força de atração, maior será a coesão entre as moléculas. Isso irá se
refletir em muitas propriedades como, por exemplo, num maior ponto de fusão e ebulição.
Essas forças de atração intermoleculares começaram a ser desvendadas em 1873 por Diderik
van der Waals, e atualmente se resumem em 3 tipos: forças de van der Waals, forças de
dipolo permanente e pontes de hidrogênio.

Forças de van der Waals ou forças de dipolo induzido


As forças de van der Waals ou de dipolo induzido são forças fracas que ocorrem entre
moléculas apoIares ou entre átomos de gases nobres.

Estas forças são estabelecidas da seguinte maneira: quando duas moléculas


apoiares se aproximam, ocorre uma repulsão entre suas nuvens eletrônicas.

Essa repulsão provoca um movimento dos elétrons que vão se acumular numa região
da molécula, deixando a região oposta com deficiência de carga negativa.
Cria-se assim um dipolo induzido: a molécula apolar, onde se formou o dipolo, induz
as outras moléculas a também formarem dipolos, dando origem a uma pequena força de
atração elétrica entre elas.
Essas moléculas, unidas por forças de van der Waals, formam na fase sólida o que se
denomina cristais moleculares.
Exemplos importantes são os cristais de gelo seco ou gás carbônico, C02, sólido e
também os cristais de iodo, I2 sólido, que, por terem suas moléculas fracamente unidas,
passam facilmente da fase sólida para a fase gasosa, ou seja, sofrem sublimação.

Forças de dipolo permanente


As forças de dipolo permanente são responsáveis pela atração existente entre moléculas
polares.
Estabelecem-se de tal forma que a extremidade negativa do dipolo de uma
molécula se aproxime da extremidade positiva do dipolo de outra molécula.

São forças de natureza elétrica, mais fortes que as forças de van der Waals.
A união de moléculas por força de dipolo permanente, na fase sólida, dá origem aos
cristais dipolares, por exemplo: HCl sólido.

Pontes de hidrogênio
Pontes de hidrogênio são forças de atração de natureza elétrica, do tipo dipolo
permanente, porém nem mais intensas.
Ocorrem quando a molécula possui hidrogênio ligado a elemento muito
eletronegativo: flúor, oxigênio ou nitrogênio.
A “ponte” é formada pela atração entre o hidrogênio de uma molécula e o átomo
muito eletronegativo (F, O ou N) de outra molécula. Por ser essa uma força de atração
bastante forte, as moléculas que fazem pontes de hidrogênio possuem pontos de fusão e
ebulição muito altos. Na fase sólida formam cristais dipolares.
Um exemplo importante de molécula que faz ponte de hidrogênio é a água.
Considerando-se uma massa fixa de água, o volume ocupado por essa massa será muito
maior na fase sólida que na fase líquida.
Isso ocorre porque o arranjo do cristal dipolar, através de pontes de hidrogênio, segue
uma estrutura rígida que leva um mesmo número de moléculas de água a ocupar na fase
sólida um espaço maior do que ocuparia na fase líquida, livres de tal rigidez.

Cristais covalentes ou atômicos


Algumas vezes um número indeterminado de átomos estabelecem entre si ligações
covalentes comuns, de modo a formarem estruturas muito grandes, às quais chamamos de
macromoléculas. Essas macromoléculas formam os cristais covalentes ou atômicos, que
possuem altos pontos de fusão e ebulição.

· Podem ser formadas por um único elemento químico.


Exemplo: diamante, Cn, sendo n um número muito grande e indeterminado.

Outro exemplo importante de cristal molecular é o córidon, (Al2O3)n.


O córidon ocorre na natureza sob a forma de rubi, safira e esmeralda, entre outras. A
coloração variável é devida à presença de impurezas. Pode-se preparar rubi sintético
fundindo-se, em um cilindro de alumina, o Al2O3, finamente dividido, na presença de óxido
crômico, CrO3, formando-se um cristal único.

· Podem ser formadas por elementos químicos diferentes.


Exemplo:sílica, (SiO2)n, sendo n um número muito grande e indeterminado.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Funções Orgânicas

Alcoóis
São compostos orgânicos contendo um ou mais grupos oxidrilas (OH) ligados
diretamente a átomos de carbono saturados.
São muito usados como solventes e como matéria-prima para a obtenção de
inúmeros outros compostos orgânicos.

Aldeídos
Todos os compostos orgânicos que apresentam o radical são
chamados de aldeídos. Esse grupo funcional recebe o nome de metanoíla ou formila.
São usados como desinfetantes e na fabricação de plásticos e medicamentos.

Cetonas
As cetonas são todos os compostos orgânicos que apresentam o radical
ligado a dois átomos de carbono. Esse grupo funcional (também representado por
– CO – ) recebe o nome de carbonila.
As cetonas são usadas como solventes e em perfumaria.
Funções Orgânicas

Ácidos carboxílicos
Ou carboxilácidos são compostos orgânicos com um ou mais grupos
ou – COOH . Esse grupo é denominado carboxílica.
Os ácidos são usados na preparação de ésteres e de outros compostos
orgânicos.

Ésteres
São compostos resultantes da reação de um ácido carboxílico com um álcool.
Usados como essências de frutos, óleos vegetais e animais.

Éteres
São compostos que apresentam um átomo de oxigênio ligado a dois radicais
orgânicos R – O – R .
É usado na indústria como solvente de óleos, gorduras, resinas. Na medicina é
usado como anestésico local.
Funções Orgânicas

Fenóis
São compostos orgânicos com uma ou mais oxidrilas ligadas diretamente ao anel
aromático.
São importantes como desinfetantes e na produção de plásticos.

Aminas
São compostos orgânicos derivados do NH3 pela substituição de um ou mais
hidrogênios por igual número de radicais.
É usada na indústria de corantes.

Amidas
São compostos derivados teoricamente do NH3 pela substituição de um, dois ou
três hidrogênios por grupo acila.
Funções Orgânicas

Nitrilos
São compostos que apresentam o grupo funcional – CN(R – CN e Ar – CN)

Haletos orgânicos
São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela troca de um ou mais
hidrogênios por halogêneos.
São importantes na fabricação de plásticos, solventes, inseticidas, medicamentos,
etc.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Resumo

Nesse relatório vamos identificar as descontinuidade de uma peça usando ensaio por
líquidos penetrantes, o qual consiste na aplicação do líquido penetrante e de um
revelador que irá identificar as falhas na peça.
É importante que o material ao qual irá submeter-se ao ensaio esteja devidamente limpo
para que ocorra o penetração do líquido penetrante.
Com esse ensaio pode-se prevenir acidentes, diminuir os custos, melhorar a
confiabilidade e obter informações para reparo.
Introdução

O que são os Ensaios Não Destrutivos


Os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como testes para o controle da
qualidade, realizados sobre peças acabadas ou semi-acabadas, para a detecção de falta
de homogeneidade ou defeitos, através de princípios físicos definidos, sem prejudicar a
posterior utilização dos produtos inspecionados.
Constituem uma das principais ferramentas do Controle da Qualidade e são utilizados
na inspeção de produtos soldados, fundidos, forjados, laminados, entre outros, com
vasta aplicação nos setores petroquímico, nuclear, aeroespacial, siderúrgico, naval,
autopeças e transporte rodo-ferroviário.

Quais são os Ensaios Não Destrutivos?


O método a ser utilizado depende das propriedades físicas do material. Um
conhecimento geral dos métodos de END disponíveis é necessário para a seleção do
método adequado.
Algumas situações típicas em que os ensaios não destrutivos são aplicados:
· prevenção de acidentes
· redução de custos
· melhorar a confiabilidade de produtos ser aceito por uma determinada norma
· dar informações para reparo
Para obter resultados válidos, os seguintes tópicos devem ser observados
· pessoal treinado e qualificado
· um procedimento para conduzir o ensaio
· um sistema para anotar os resultados
· uma norma para interpretar os resultados.
Os END mais utilizados são:
· Inspeção Visual
· Partículas Magnéticas
· Líquidos Penetrantes
· Ultra-Som
· Radiografia
· Emissão Acústica
· Correntes Parasitas

Líquido Penetrante.
É um método de ensaio não destrutivo (END) para a detecção de descontinuidades
abertas na superfície de materiais sólidos e não porosos.
Este método emprega um líquido penetrante, o qual é aplicado na superfície, penetrando
nas descontinuidades. Após um determinado tempo de penetração, o excesso é
removido, aplica-se um revelador e é feita a observação das descontinuidades através da
observação do vazamento do líquido penetrante.
Líquido Penetrante pode ser usado em qualquer material. É essencial que o material seja
cuidadosamente limpo, de outra maneira será impossível que o líquido penetre no
defeito.
Um bom líquido penetrante

O líquido penetrante é formado pela mistura de vários líquidos, e deve apresentar uma
série de características, indispensáveis ao bom resultado do ensaio.
Vejamos quais são essas características:

a) ter capacidade de penetrar em pequenas aberturas;


b) ser capaz de manter-se em aberturas relativamente grandes;
c) ser removível da superfície onde está aplicado;
d) ter capacidade de espalhar-se em um filme fino sobre a superfície de ensaio;
e) apresentar grande brilho;
f) ser estável quando estocado ou em uso;
g) ter baixo custo;
h) não deve perder a cor ou a fluorescência quando exposto ao calor, luz branca
ou luz negra;
i) não deve reagir com o material em ensaio, e nem com a sua embalagem;
j) não pode ser inflamável;
l) não deve ser tóxico;
m) não deve evaporar ou secar rapidamente;
n) em contato com o revelador, deve sair em pouco tempo da cavidade onde
tiver penetrado.

É bom saber que nenhuma dessas características, por si só, determina a qualidade do
líquido penetrante: a qualidade depende da combinação destas características.

Tipos de líquidos penetrantes

Os líquidos penetrantes são classificados quanto à visibilidade e quanto ao tipo de


remoção de excesso.

Quanto à visibilidade podem ser:

· Fluorescentes (método A)
Constituídos por substâncias naturalmente fluorescentes, são ativados e processados
para apresentarem alta fluorescência quando excitados por raios ultravioleta (luz negra).

· Visíveis coloridos (método B)


Esses penetrantes são geralmente de cor vermelha, para que as indicações produzam um
bom contraste com o fundo branco do revelador.

Quanto ao tipo de remoção do excesso, podem ser:

· Laváveis em água
Os líquidos penetrantes deste tipo são elaborados de tal maneira que permitem a
remoção do excesso com água; esta operação deve ser cuidadosa; se for demorada ou se
for empregado jato de água, o líquido pode ser removido do interior das
descontinuidades.
· Pós-emulsificáveis
Neste caso, os líquidos penetrantes são fabricados de maneira a serem insóluveis em
água. A remoção do excesso é facilitada pela adição de um emulsificador, aplicado em
separado. Este combina-se com o excesso de penetrante, formando uma mistura lavável
com água.

· Removíveis por solventes


Estes tipos de líquidos penetrantes são fabricados de forma a permitir que o excesso seja
removido com pano seco, papel-toalha ou qualquer outro material absorvente que não
solte fiapo, até que reste uma pequena quantidade de líquido na superfície de ensaio;
esta deve ser então removida com um solvente removedor apropriado.

A combinação destas cinco características gera seis opções diferentes para


sua utilização. Veja o quadro abaixo.
REMOÇÃO DE PENETRANTES
TIPO DE REMOÇÃO
METODO Água Pós-emulsificável Solventes
"A" A1 A2 A3
fluorescentes
"B" B1 B2 B3
visíveis coloridos

Quais deles devemos escolher?


Diante de tantos tipos de penetrantes, como saber qual o mais adequado?
Aí vão algumas dicas:

· Penetrante fluorescente lavável com água


Esse método é bom para detectar quase todos os tipos de defeitos, menos arranhaduras
ou defeitos rasos. Pode ser utilizado em peças não uniformes e que tenham superfície
rugosa; confere boa visibilidade. É um método simples e econômico.

· Penetrante fluorescente pós-emulsificável


É mais brilhante que os demais, tem grande sensibilidade para detectar defeitos muitos
pequenos e/ou muito abertos e rasos. É um método muito produtivo, pois requer pouco
tempo de penetração e é facilmente lavável, mas é mais caro que os outros.

· Penetrante visível (lavável por solvente, em água ou pós-emulsificável)


Estes métodos são práticos e portáteis, dispensam o uso de luz negra, mas têm menos
sensibilidade para detectar defeitos muito finos; a visualização das indicações é
limitada.

As características dos penetrantes sem dúvida nos ajudarão a escolher o método mais
adequado para um determinado ensaio, porém o fator mais importante a ser considerado
são os requisitos de qualidade que devem constar na especificação do produto.
É com base nestes requisitos que devemos escolher o método. Não se pode
simplesmente estabelecer que todas as descontinuidades devem ser detectadas, pois
poderíamos escolher um método mais caro que o necessário. Precisamos estar
conscientes de que a peça deve estar livre de defeitos que interfiram na utilização do
produto, ocasionando descontinuidades reprováveis.
Com base nesses aspectos, um método mais simples e barato pode ser também eficiente
para realizar o ensaio.
Objetivo

Encontrar as descontinuidade existentes na peça através do ensaio por líquido


penetrante.

Materiais Utilizados

· Removedor - Metal-Check R501 NF


· Líquido Penetrante - Visível - Metal-Check VP30
· Revelador

Procedimento

1. Realizar limpeza da peça. Se necessário lixar ou jatear a superfície;


2. Aplicar o removedor e esperar que a sujeira superficial se dissolva se dissolva e
limpe com um pano embebido no removedor ou um papel absorvente limpo;
3. Seque a superfície e aguarde a total evaporação do removedor;
4. Aplique o penetrante sobre a superfície. O tempo mínimo de penetração é de 5
minutos. aumente o tempo se existir suspeitas de falhas finas;
5. Lave a peça com água corrente para remover o penetrante;
6. Aplicar uma camada fina e uniforme de revelador;
7. Aguardar 5 minutos ou mais. As trincas aparecerão em forma de marcas vermelhas.
Resultados

Apareceram manchas vermelhas onde haviam falhas

Trinca Profundas

Conclusão

Como esperado, o líquido penetrante detectou as descontinuidades abertas na superfície


da peça, manchando-as de vermelho; tornando, assim, fácil a observação e a análise.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
I – INTRODUÇÃO

Desde da pré-história o homem vem extraindo os recurso naturais da


natureza. Aos poucos foram aprendendo a dominá-lá. Lentamente, passaram a
fabricar ferramentas, construir suas moradias, meios de transportes, etc. Cada vez
mais evoluíam e com essa evolução passaram cada vez mais explorar os recurso
naturais que a natureza oferecia.
Entre os recursos que o homem aprendeu a retirar da natureza, alguns são
renováveis, ou seja podem ser repostos à natureza.
Por outro lado, o homem também explora os recursos não-renováveis, ou
seja, aqueles que não podem ser repostos à natureza.
Os minerais são recursos naturais, que o homem aprendeu a utilizá-lo e hoje
faz parte do seu dia-a-dia. Porém os minerais são recursos naturais não-renováveis, e
maioria deles só podem ser usados uma vez, como o carvão mineral, a argila, etc.
Outros podem ser usados mais de uma vez como ferro, o chumbo, o cobre, etc., no
entanto, depois de cada uso sua qualidade fica prejudicada, e se torna imprestável
após alguns reaproveitamentos. A formação dos minerais é muito lenta. Levam
milhões de anos para serem formados, e a medida que são extraídos do solo, suas
reservas vão diminuindo e poderá um dia acabar definitivamente.
Para que os minerais não venham faltar algum dia é necessário evitar
desperdícios e também é necessário descobrir outros materiais outras formas
alternativas para substituir os minerais que ainda existem.

Os minerais são extraídos da natureza, após ser retirados não se renovam, portanto, eles são recursos não-
renováveis

II – DESENVOLVIMENTO

Parte I : Os Minerais

1 – O que são minerais.

Os minerais são substâncias inorgânicas, ou seja, sem vida naturais encontradas na


crosta terrestre.
Com exceção do mercúrio, os minerais são pesados, duros e compactos. Eles se forma
dentro de diferentes tipos de rochas e para extraí-los, às vezes é necessário cavar bem fundo,
abrindo minas, poços e túneis.

1
Alguns minerais são compostos de elementos simples, como o cobre, o ouro, a platina e o
enxofre. Outros são formados de dois ou mais elementos, como a mica formado por silicato de
alumínio e de metais alcalinos e o quartzo formado por óxido de silício.
Na natureza existe cerca de 2000 minerais e maioria deles são metálicos como o cromo,
ferro, ouro , mercúrio ,etc e a minoria são não-metálicos como a grafita, quartzo, enxofre, pedra
preciosa, mármore, etc.
A maioria das rochas é formada é formada por vários tipos de minerais . Quando o
mineral tem valor comercial, ele é chamado de minério . Por exemplo: a hematita é um minério ,
pois dela se obtém, nas indústrias siderúrgicas , o ferro , um metal; e transformados em peças,
instrumentos e objetos diversos que cercam o nosso dia-a-dia.

Os minerais são todas as substâncias inorgânicas encontradas na crosta terrestre, e são formados dentro de
diferentes tipos de rochas.

2 – Classificação dos Minerais

Existe na crosta terrestre, mais de 2000 minerais conhecidos. Porém nem todos são
utilizados.
Os minerais mais utilizados podemos classifica-los em três classes: metálicos, não
metálicos e minerais fósseis ou combustíveis.

a) Minerais metálicos:

Dentro da classe dos metálicos os minerais são divididos em sub-classes que são:
· Minerais metálicos básicos, que são o ferro, cobre, zinco, estanho e o
chumbo;
· Minerais metálicos de liga que são o tungstênio, molibdênio, vanádio,
cobalto, cromo e o manganês;
· Minerais metálicos preciosos, são o ouro, a prata e a Platina;
· Outros minerais metálicos são o rádio, o urânio e o mercúrio.
A rádio e o urânio são minerais radioativos, e seu manuseio é muito perigoso.

Há vários tipos de metais, o ferro é considerado um mineral metálico básico e o alumínio é um tipo de mineral
metálico classificado como metal leve.

b) Minerais não metálicos

Os minerais não metálicos podem ser divididos também em sub-classes, conforme a sua
2
utilização:
· Minerais não metálicos utilizados em construções temos o calcário, granito,
basalto, gnaisse, ardósia, cascalho, mármore e areia;
· Minerais não metálicos utilizados como fertilizantes temos o nitrato,
potássio e o fosfato;
· Minerais não metálicos de utilizações diversas temos o sal, enxofre, talco,
mica, quartzo, argila, pedras preciosas, etc.

O quartzo, o granito e o basalto são alguns exemplos de minerais não metálicos.

c) Minerais fósseis ou combustíveis

Estão classificados como minerais fósseis o petróleo, o carvão mineral (hulha) e o xisto
betuminoso.

O carvão mineral e o petróleo são minerais fósseis, pois foram originados de restos de animais e de plantas
soterrados a milhões de anos atrás.

A tabela abaixo nos mostra a classificação desses minerais.

Classificação dos principais minerais


Classe sub-classes Minerais
ferro
cobre
metais básicos zinco
estanho
chumbo
tungstênio
molibdênio
metais de liga vanádio
Minerais metálicos cobalto
cromo
manganês
alumínio
metais leves manganês
ouro
metais preciosos prata
platina
rádio
outros metais urânio
3
mercúrio
calcário
granito
basalto
usar em construção gnaisse
ardósia
cascalho
mármore
areia
nitrato
Minerais não fertilizantes potássio
metálicos
fósforo
sal
enxofre
talco
uso diversos moca
quartzo
argila
pedras preciosas
etc.
petróleo
Minerais fósseis carvão mineral
xisto betuminoso

3 – Importância dos minerais para os seres humanos

Os minerais são utilizados para diversas finalidades, desde um simples objeto de uso
doméstico, como por exemplo um vaso de cerâmica, até os aparelhos mais complicados usados no
espaço como por exemplo os Satélites artificiais.
A descoberta e a utilização dos minerais ampliaram a possibilidade de construir várias
coisas, como instrumentos de trabalho, pontes, aviões, automóveis, etc.
Os minerais são utilizados como fonte de energia ou combustíveis e podem movimentar
as máquinas. Enfim, os minerais é de grande importância para a vida humana. Sem eles o homem
não conseguiria atender as suas mais simples necessidades diária.

Os minerais são utilizados para diversas finalidades e estão sempre presentes em nossas vidas, desde um simples
objeto de uso doméstico, como por exemplo uma tesoura, uma pinça, um termômetro, etc. , até os aparelhos mais
complicados usados no espaço como por exemplo os foguetes e todos são muitos importantes.

4 - importância e utilização de alguns minerais.


Os minerais são utilizados para diversas finalidades, e todos são de grande importância
para o homem.
Abaixo irei relacionar alguns minerais, demonstrando a sua importância e a sua
utilização pelo homem.

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a) Ouro

O ouro é um mineral metálico precioso, que se encontra na natureza pronto o uso. Ele
não se oxida fácil, ou seja, não enferruja, por isso é considerado um metal nobre.
O ouro é o metal mais raro e precioso, pois existe em pouca quantidade na crosta
terrestre. O ouro não é empregado unicamente na fabricação de jóias, ele é utilizado também na
indústria química, eletrônica, na fabricação de aparelhos avançados da aeronáutica, em aparelhos
espaciais e odontológicos.

O ouro é um mineral metálico precioso, é encontrado em jazidas, rios, etc no seu estado nativo e além de ser
usado para a fabricação de jóias é utilizado também na indústria química, eletrônica, na fabricação de
aparelhos avançados da aeronáutica, em aparelhos espaciais e odontológicos.

b) Ferro

O ferro é um dos metais que mais existe na crosta terrestre, também é um dos mais
importantes para o homem. O ferro e sua liga com o carbono resulta no aço e são usados
praticamente em todos os tipos de objetos, veículos, instrumentos, edifícios, pontes, etc., ele é
responsável pelo grande grau de desenvolvimento que a civilização atingiu.
O ferro em estado puro é um metal branco, reluzente e que, em contato com o ar úmido
enferruja-se facilmente. Ele está presente em quase todos os mineiros, principalmente na hematita,
magnetita e limonita.
O minério de ferro é encontrado sob forma de jazidas. Depois de extraído é levado para
a industria siderúrgica, onde o minério de ferro é aquecido a temperatura altíssima em forno
especial e transformado em ferro, ele sai de lá derretido, depois desse processo obtém-se vários
tipos de ferro que serão utilizados na fabricação de objetos como pregos, parafusos, tesouras,
ferramentas diversas, portas, janelas, portões, veículos, etc., enfim o ferro é utilizado para infinitas
coisas que usamos em nosso dia-a-dia.

Hematita um dos principais minérios de ferro

O minério de ferro é extraído das jazidas, depois é levado para as siderúrgicas, onde em fornos especiais em alta
temperatura é derretido e transformados em placas de ferro.

Depois o ferro é transformado em enumeras objetos como pregos, tesouras, estradas de ferro, janelas, portas,
portões, etc., . O aço é feito de ferro misturado com um pouco de outras substâncias.

c) Alumínio

Alumínio é obtido a partir da bauxita, assim como o ferro é um dos minerais que mais
5
existe na crosta terrestre. É um metal leve, maleável e resistente à corrosão, sendo um bom condutor
de calor.
O minério de alumínio é retirado das jazidas e levado para a industria, onde em alta
temperatura, a eletricidade transforma o minério em alumínio derretido, que é colocado em moldes.
Quando ele esfria e endurece é vendido para outras industrias e irão utilizá-lo para fazer produtos
para serem utilizados pelos consumidores.
As ligas do alumínio com o cobre e magnésio são muito resistentes e leves e são usados
nas industrias de material de construção civil, engenharia e geração de energia. Ele também é muito
utilizado para fabricação de utensílios domésticos como panelas, garfos, facas, canecas, latas de
refrigerantes, etc.

O alumínio é extraído do minério de em fornos eletrolíticos, a alta temperatura, o alumínio é derretido.

Quando esfria o alumínio endurece, então é vendido para as indústrias para serem transformados em produtos
para serem utilizados pelo homem como latinhas de refrigerantes, panelas, antenas, peças de avião, etc.

d) Chumbo

O minério de chumbo chama-se galena. Ele é pesado, maleável e razoável condutor de


energia.
É usado para fabricação de munição para armas de fogo, fabricação de moedas, de
baterias comuns, cabos condutores, soldas e principalmente é usado na proteção contra substâncias
radiativas do raio X e outras radiações.
Em estado natural, o chumbo é extraído de seu minério , a galena.

O chumbo é usado como protetor contra as radiações ( luvas feitas de chumbo), na fabricação de baterias, etc.

e) Cobre

E um metal que é extraído de um conjunto de minerais, a calcosina, zurita, cuprita e


malaquita.
O cobre é o metal mais utilizado depois do ferro e é ótimo condutor de eletricidade.com
ele são fabricados fios eletricidade, cabos submarinos, fios telefônicos, fabricação de circuitos
elétricos avançados como os de computadores, etc.

O cobre é ótimo condutor elétrico, é muito utilizado na fabricação de fios elétricos, telefônicos, de circuitos, etc.

f) Pedras preciosas
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As pedras preciosas são minerais raros e bastante duros.
São pedras consideradas preciosas são quatro: rubi, de cor vermelha; safira, azul-escuro,
esmeralda, verde; e o diamante, branco fosco. Depois de lapidado, o diamante adquire um brilho
especial e é chamado de brilhante.
As pedras preciosas são utilizadas para fazer jóias. Mas elas têm também outras
finalidades como por exemplo: O rubi é usado para fazer eixos de certos mecanismos em que é
preciso evitar o desgaste. Com o diamante, por ser a pedra mais dura que se conhece, as industrias
fazem objetos de corte e perfuração para outras industrias.

As pedras preciosas são minerais raros e bastante duros, e são consideradas preciosas o rubi, a
safira, a esmeralda e o diamante.

O diamante depois de lapidado é chamado de brilhante. As pedras preciosas são utilizadas para fazer jóias , mas
também tem outras finalidades, como o por exemplo o diamante é usado para fabricar objetos de corte e
perfuração.

g) Mercúrio

O único metal que é líquido ä temperatura normal é o mercúrio, ele tem cor prateada e
dissolve muitos metais, especialmente ouro e a prata.
Para extrai-lo de seus minérios, basta usar o calor, pois ele ferve a uma temperatura
baixa.
O mercúrio é usado principalmente em termômetros por dilatar-se facilmente com o
calor, os barômetros, por ser muito denso, em baterias de energia. O vapor de mercúrio tem ampla
utilização em lâmpadas de luz branca, conhecidas como lâmpadas frias, ultimamente com o
racionamento de energia, este tipo de lâmpada está sendo muito utilizada pelos consumidores,
porque ela é mais econômica e também é usado como catalisadores na indústria petroquímica.

O mercúrio é o único metal que no seu estado natural é líquido, ele é muito utilizado para fabricação de
termômetros para a temperatura do nosso corpo, da água e do ar, também na fabricação de barômetros para
medir a pressão atmosférica.

h) Argila

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A argila é um tipo de mineral resultante da erosão do feldspato. As partículas degradadas
do feldspato são carregadas pelo vento ou pela água, depositando-se em camadas em algum outro
lugar, podendo formar uma rocha sedimentar.
A argila pode ser branca ou vermelha. A argila branca é empregada na fabricação de
louça, como pratos, xícaras, pires, tigelas de louças e porcelanas, azulejos e pisos utilizados em
construção e também pias, vasos sanitários. Enquanto a vermelha serve para fazer telhas, tijolos,
manilhas e cerâmicas
A argila é um material de origem sedimentar. É formada por minerais misturados com sedimentos
diversos, entre eles quartzo, feldspatos e carbonatos. A argila tem várias aplicações como fabricação de
cerâmicas, objetos de porcelanas como xícaras, pratos, telhas, tijolos, etc.

i) Areia

A areia é o resultado da erosão do arenito, um tipo de rocha sedimentar.


A areia é muito usada na fabricação de vidros, e o mesmo é usados para diversas coisas
como em carro, na construção, guardar alimentos, lentes, etc.
A areia quando usada misturada com o cimento, pedra e água, forma o concreto , usado
nas construções e quando misturado com cimento, cal e água, forma a massa utilizada para assentar
tijolos e revestir paredes.

A areia é o resultado da erosão do arenito, um tipo de rocha sedimentar, ela é muito usada na fabricação de
vidros, onde é usado em diversas coisas como em carro, na construção, guardar alimentos, lentes, etc.

j) Basalto – Granito – Mármore – Ardósia

São quatro tipos de minerais utilizados em construções, decorações, etc. Elas são bonitas
e resistentes.
· O basalto é uma rocha escura, geralmente preta, usada para revestir calçadas.
· O granito é muito usado para fazer pias, revestir pisos, paredes e túmulos.
· O mármore é usado para revestir pisos, paredes, mesas e pias, e também na confecção
de estatuas. Sua cor pode variar de uma região para outra.
· Ardósia é de cor cinzenta, cinzento-escuro ou cinzento-esverdeado, muito usada para
· revestir pisos.

mármore granito ardósia basalto

Essas rochas são muito utilizadas para revestir calçadas, pisos, fabricar pias, etc., por serem muito bonitas e
resistentes.

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k) Carvão Mineral

O carvão mineral é uma rocha sedimentar de origem orgânica, ou seja, originaria da


transformação de vegetais que fossilizara há milhões de anos.
A maior parte do produto estriado vem de profundas minas subterrâneas, mas existem
minerações na superfície.
O carvão é muito utilizado para produzir energia para as industrias metalúrgicas e
siderúrgicas, nas caldeiras de navios e locomotivas, também produz benzina, amoníaco, náilon,
plástico, borracha sintética, na produção de inseticidas, drogas, tintas, piche, etc.

Aspecto de uma mina de carvão mineral, o trabalho do mineiro é muito difícil, ele é muito utilizado nas
indústrias para produzir energia.

l) Petróleo

O petróleo foi formado ao longo de milhões de anos pelo soterramento e transformação


de matéria orgânica morta. O petróleo é encontrado em rochas sedimentares.
As jazidas de petróleo são encontradas no subsolo, em profundidades que variam de
centenas a milhares de metros. Ele pode ser retirado por meio de bombas ou, jorra naturalmente, o
que é mais raro e no mar é extraído através de plataforma marítima .
Depois de estriado, o petróleo é levado para as refinarias, pois não pode ser usado no
estado natural. Na refinaria, o petróleo é submetido a uma serie de processos industriais, disso
resultando a sua transformação em mais de 2000 diferentes produtos derivados do petróleo. Entre
eles temos a gasolina, querosene, óleo (combustível e lubrificante), a graxa, etc.
O petróleo é de grande importância para a vida moderna do homem, se sua produção
parar, a maioria das atividades de todo mundo sofreria uma total paralisação.

O petróleo é pode ser retirado por meio de bombas ou jorra naturalmente, o que é mais raro e no mar é usado
para extraí-lo as plataformas marítimas . O petróleo é muito importante na vida do seres humanos, são extraídos
mais de 2000 diferentes produtos derivados do petróleo entre eles podemos citar a gasolina.

Parte I : Recursos não-renováveis

1 – O que são recursos não-minerais

A natureza nos oferece muitos recursos para que possamos sobreviver. O homem recorre
9
aos recursos naturais para satisfazer suas necessidades. Os recursos naturais , após seu uso podem
ser renováveis, isto é, podem ser repostos no ambiente novamente. Porém existe os recursos
naturais não-renováveis como os minerais, que depois de estriados do subsolo não podem mais ser
repostos.
A formação dos minerais foi muito lenta, levou milhões de anos para serem formados, a
medida que são extraídos do solo, suas reservas avo diminuindo e chegará o dia em que acabarão
definitivamente, pois a reposição dos mesmos é praticamente impossível.

Os minerais são recursos naturais não-renováveis, depois de extraídos os mesmos não são repostos.

2 – Importância dos recursos não-renováveis para os seres humanos

Há cerca de 5000 anos atrás o homem descobriu como usar os minerais, principalmente
o cobre e posteriormente o ferro. Tal fato, representou uma verdadeira revolução tecnológica
possibilitando um grande desenvolvimento para o homem, que passou da Idade da Pedra para a
Idade dos Metais.
O homem cada vez evoluiu mais, passou a construir instrumentos de trabalho, moradia,
desenvolver técnicas utilizando os recursos minerais que a natureza oferecia.
Os recursos minerais deram ao homem um maior poder frente á natureza, uma vez que
este pode produzir mais e assegurar uma melhor sobrevivência. A partir daí os recursos minerais
passou a estar sempre presente na vida do homem proporcionando benefícios e desenvolvimento.
A importância dos recursos minerais é tão grande para a vida humana, que o seu
esgotamento causará um grande colapso para a humanidade.

3 – Prováveis conseqüências da não conservação dos recurso não-renováveis

No mundo todo, o aumento populacional vem exigindo cada vez mais a extração de
recursos não-renáveis. Pois o homem para sobreviver e se manter precisa extrair da natureza esses
recursos.
Uma vez esgotados, os recursos não-renováveis não se refazem e portanto, sua utilização
deve ser feita com muito cuidado, pois as conseqüências de sua não conservação devera ser
dramática para a vida do homem.
Atualmente a civilização moderna está voltada para um alto consumo desses recursos, e
se não for bem usados eles se esgotarão e um futuro muito próximo. E se o homem não estiver
preparado o mundo entrará em um verdadeiro crise, as industrias irão parar, os meios de
comunicação, os meios de transportes, etc.

4 – Fontes energéticas alternativas

Na década de 70, com a crise do petróleo, o homem começou a se preocupar com a


10
possibilidade de escassez de energia num futuro próximo. Assim , tem procurado economizar os
recursos não-renováveis, notadamente o petróleo e estão sendo feitos sérios estudos com a
finalidade de descobrir substitutos para esses recursos.

a) Reciclagem

A reciclagem é uma técnica que vem com o propósito de preservar os minerais


existentes. Através dela, recuperam-se materiais como metais, plásticos, vidros, já usados na
fabricação de outros objetos. Um bom exemplo são as latinhas de refrigerante, feita de alumínio,
elas podem ser recicladas e se transformar novamente em chapas de alumínio, com as quais se
fabricam inumemos objetos, inclusive novas latinhas de refrigerante. Assim aquele metal volta as
prateleiras dos supermercados, em vez de permanecer centenas de anos poluindo o ambiente.

Produtos feitos de alumínio e vidro são exemplos de materiais que podem ser reciclados, reaproveitando esses
materiais estamos colaborando para o não esgotamento de alguns recursos minerais .

b) Álcool

No Brasil o álcool vem sendo usado em substituição ä gasolina e outros combustíveis


derivados do petróleo. E existe até um programa governamental , chamado Proálcool, que estimula
o plantio e a destilação da cana para obter o álcool.
O álcool tem duas vantagens em relação a gasolina, ele é um recurso renovável , pois é
obtido da cana-de-açúcar e polui menos o ar atmosférico. No entanto, sua obtenção a partir da cana
resulta num subproduto, denominado vinhoto, que leva a poluição dos rios onde ele é despejado.
Mas esse problema parece já ter solução, pois atualmente o vinhoto pode ser reciclado e
transformado em ração animal.
Cana-de-açúcar usada para fabricação do álcool

Noalambique é destilado o caldo fermentado da cana-de-açúcar para a produção de álcool


Combustível .

c) Energia Elétrica

A energia hidroelétrica é uma fonte barata e praticamente inesgotável, mas também não
deixa de produzir impacto sobre o ambiente, uma vez que é necessário desviar cursos de rios e
alagar regiões para construir as usinas hidroelétricas, o que pode provocar alterações no clima e
levar a extinção comunidades que habitam a região alagada.
A energia elétrica é utilizada na iluminação e para fazer funcionar motores nas
residências, nas industrias e nos transportes (trens, ônibus, metro, automóveis).

As usinas hidroelétricas produzem a energia elétrica.

Ônibus movido a energia elétrica

d) Energia nuclear

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A usina nuclear, é usada principalmente para acionar máquinas que produzem
eletricidade. Entretanto, seu uso até hoje apresenta muitos riscos, pois o processo de liberação da
energia do átomo resulta num material conhecido como lixo atômico, altamente nocivo para os
seres vivos. Além disso, também é muito grande o perigo representado por acidentes que podem
acontecer nas usinas nucleares.

A Usina nuclear é muito perigosa, pois os componentes que geram energia são radioativos.

e) Energia solar

A energia solar é uma das maiores esperanças da humanidade. Ainda em fase de


estudos, a energia solar não é utilizada em larga escala, mas as pesquisas indicam possibilidades
promissoras, a médio prazo.
Um dos problemas de aproveitamento da energia solar é o fato de não podermos dispor
dela durante todo o tempo, havendo necessidade de armazená-la para ser utilizada a noite.
Atualmente, já se consegue obter água quente, com temperatura a níveis satisfatórios,
usada para aquecer residências, para consumo doméstico e para secagem de cereais.
Há vários processos de captação da energia solar: placas de alumínio pintadas de preto,
bolsas de água feitas de material transparente e fundo negro, refletores parabólicos etc. A energia
solar é usada também para acionar as chamadas baterias solares, que transformam essa energia em
eletricidade. Os satélites artificiais usam esse tipo de bateria.

Casa com coletor de energia solar. O coletor doméstico de energia solar, é usado no aquecimento de água.

f) Outras fontes de energia

Outras fontes energéticas ainda em estudo são: as mares, os óleos vegetais, os gêiseres e
vulcões (ambos fontes de energia geométrica), o raio laser, o vento, etc.
Na Itália, há uma usina geométrica que está em plena atividade. Essa usina aproveita o
calor da Terra para o aquecimento da água.

Esquema mostrando como a energia geotérmica pode ser aproveitada

III – Conclusão

Os minerais são recursos naturais não-renováveis encontrados na crosta terrestre. Eles


fazem parte do nosso dia-a-dia e desde a sua descberta a mais de 5000 anos revolucionou a vida
humana.
Os minerais facilitam a vida do homem e deu-lhe um maior poder perante a natureza.
Existe mais de 2000 tipos diferentes de minerais, porém através dos tempos, certos
minerais passaram a ser mais usados e valorizados que outros como por exemplo o petróleo, o ferro,
o alumínio, etc. e são muito usados no nosso dia a dia.
Os minerais é considerado indispensável ao ser humano, eles satisfaz as necessidades
básicas do homem e também é o ponto de apoio do desenvolvimento econômico e da melhoria dos
12
níveis de vida.
Os minerais são recursos que a natureza nos fornece, porem eles são recursos não-
renováveis, ou seja, se forem usados com desperdício se esgotarão, porque eles levam milhões de
anos para se formarem.
Desde toda a história da humanidade, sempre existiu o mal uso dos recursos naturais, no
entanto atualmente o homem está se preocupando muito com esse assunto e procuram alternativas
para que os mesmos não se esgotem totalmente. Estão sendo feitas campanhas para reciclar esses
metais, pois a reciclagem ajuda a reduzir o gasto exagerado dos recursos minerais.
Além de economizar e necessário descobrir outras soluções, procurando alternativas para
substituir os recursos minerais, como substituir a gasolina pelo álcool, a energia usada pelo carvão
mineral substituir pela elétrica, etc.
Para que os minerais não venham faltar, todos nós temos que ter consciência das
conseqüências que causariam se isso viessem acontecer . Devemos também colaborar com a
natureza, começando por um pequeno gesto, como reciclar as latinhas de refrigerante no lugar de
jogarmos fora.

13
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
ENERGIA NUCLEAR

Obter energia térmica de uma coisa invisível, que das pessoas nascidas no século passado, poucas tinham
conhecimento disso, e as pessoas que morreram antes de 1945, não chegaram a tomar conhecimento, do seu
potencial e de seus riscos, é algo fantástico, mesmo atualmente.

Definição de Átomo
Ao usar a palavra átomo para definir as partículas fundamentais das quais o mundo é constituído, os gregos
expressaram a sua crença de que estas partículas nunca poderiam ser fracionadas em partes ainda menores.
Ouviram ou aprenderam de quem ?. A indivisibilidade do átomo foi a pedra angular desde Dalton (1805) até
o final do século XIX,( 25 ). Átomo é pôr definição em grego, a menor porção da matéria, isto é, a menor
unidade de um elemento químico dos conhecidos, na verdade estão catalogados 92, (atualmente mais de uma
centena) na Tabela Periódica de Dimitri Mendelev, de 1869.
O menor átomo (hidrogênio) tem no mínimo um próton no núcleo e um elétron na sua órbita. O peso
atômico, depende praticamente do núcleo, que pode conter vários prótons e vários neutrons, uma vez que a
massa dos elétrons, é insignificante, quando comparada com a massa dos núcleos:
Elétron -------- - 1 e0 : Massa = 0,00055 u.m.a
Carga ev = -1,602 x 10-19 coulomb
Neutron -------- 0 n1 : Massa = 1, 00898 u.m.a.
Carga ev = neutra
Próton --------- + 1 p1 : Massa = 1, 00759 u.m.a.
Carga ev = +1,602 x 10-19 coulomb
Diante do exposto, dá para entender o abalo provocado com a descoberta de que certos átomos podem ser
desintegrados ou desintegram-se espontaneamente, o que deu margem à experiências que tornaram possível o
aproveitamento da fabulosa quantidade de energia liberada pelo núcleo do átomo na reação de fissão, ou seja
quebra do núcleo do átomo, quando provocada violentamente.

Reação de Fissão Nuclear


A primeira vez que o homem demonstrou a fissão nuclear na madrugada de 16 de julho de 1945, as
5h29m45s, em Alamogordo, Novo México - USA, foi numa experiência secreta para fins bélicos, embora o
motivo do desenvolvimento de tão poderosa arma já tivesse sido dominado, a Alemanha de Hitler, ainda
havia o Japão, dos kamikazes fanáticos, parecendo que para dominar o inimigo havia necessidade de um
golpe muito pesado para mostrar o poderio dos americanos, e em parte para vingar Pearl Harbor, e a
mocidade sacrificada na guerra do Pacífico. O resultado, foram Hiroshima e Nagazaki, totalmente arrasadas,
e podia ter sido Kioto, a capital da cultura religiosa japonesa, conforme esteve programado, porém o
Secretário da Defesa Henry Stimson, de última hora mudou de idéia.( 26 )
Mesmo durante a guerra, os cientistas começaram pensar em aproveitar a energia da fissão do átomo do
urânio, para fins pacíficos, embora as primeiras usinas nucleares de pequeno porte, tenham sido destinadas
aos submarinos nucleares, grandes esforços foram necessários posteriormente, para produzir grandes reatores
nucleares, para usinas de geração de energia elétrica, hoje tão disseminadas. Em meados de 1991 estavam em
operação 438 usinas em 26 países ( 27 ).
O funcionamento de um reator de fissão nuclear, pode ser comparado a exercício de tiro ao alvo, onde o
projetil usado é uma partícula atômica chamada neutron, e o alvo é o núcleo do átomo de um elemento físsil,
que já apresenta equilíbrio instável, desintegração expontânea (radioatividade), por isso é considerado físsil.
Radioatividade - Uma substância radioativa emite:
1 ) - Partículas alfa ( a ), que são dos núcleos de átomos de hélio ou similar. Estas partículas logo encontram
elétrons, transformando-se em átomos de outros elementos.
2 ) - Partículas beta ( b ), são uma espécie de elétrons rápidos emitidos pelos núcleos radioativos,
considerando ainda que a emissão radioativa, venha acompanhada de uma partícula ainda menor, o neutrino.
A perda de um elétron pelo material radioativo, ocorre porque o átomo torna-se sobrecarregado com neutrons
e como o núcleo não contem elétrons, é preciso criar outro. Então um neutron (de massa maior do que o
próton) se transforma em um próton e um elétron. O novo elemento tem o seu número aumentado de uma
unidade, como no exemplo B.
3 ) - Raios gama ( g ), que constituem emanações eletromagnéticas do núcleo, são emitidos com a velocidade
da luz e ocorrem quando um núcleo é excitado. Estas ondas são radiações de comprimento de onda mais
curto, só perdendo para os raios cósmicos, até danosos aos tecidos vivos.
Uma reação nuclear de fissão ou reação em cadeia, ocorre quando um Neutron rápido, não muito rápido
(relativístico), penetra o núcleo do átomo, provocando transformações intermediárias.
Exemplo A: O átomo do Urânio 235, obtido do U 238, reage dessa forma: ( 28 )
U 235 + n1 -------- U 236 instável ------- Ba 144 + Kr 90 + 2 n1 ( * )
( * ) No ato da quebra do núcleo existe possibilidade de formarem-se centenas de outros elementos,
todos radioativos, como Césio, etc. liberando neutros e energia alem de partículas alfa, beta, gama, etc
de baixa energia. Fragmentos da fissão (F1 e F2) de 166 mev, partículas beta e neutros rápidos 18
mev, raios gama 10 mev, neutros térmicos 6 mev, totalizando 200 mev liberados pela reação de fissão
do U 235.
Esta unidade (ev) é usada em física nuclear eletronvolt e representa a energia, trabalho, no elétron,
cuja carga é 1,6 x 10-19 (coulombs) quando este desloca-se, a velocidade constante através da
diferença de potencial de um volt.
Exemplo B: O átomo de U 238 transforma-se em Pu 239, capturando um neutro rápido, ocorrendo as
seguintes reações:
U 238 + n1 -------- U 239 + beta ------- e0 + Np 239 ------ e0 + Pu 239
Exemplo C: O átomo de tório Th 232 transforma-se em U 233, capturando um neutro rápido,
mediante as reações a seguir:
Th 232 + n1 ------- Th 233 + gama ------- e0 + Pa 233 ------- e0 + U 233
O Urânio 238 e o Tório 232 naturais, são considerados elementos férteis, capturam um neutro rápido,
tornando-se radioativos:
O U 239 radioativo, tem uma meia-vida curta (23,5 min), emitindo uma partícula beta e tornando-se
Np 239 (neptúnio) criado nesta reação transitória, também é radioativo, tem vida de 2,2x106 anos,
emite outra partícula beta tornando-se Pu 239, agora físsil, plutônio quebra-se quando atingido pelo
neutro rápido, liberando energia.
O Th 233 radioativo, tem uma meia-vida de 23 minutos e 30 segundos, emitindo da mesma forma
uma partícula gama, tornando-se Pa 233 (protactínio) radioativo, com meia-vida de 27,4 dias,
emitindo outra partícula beta, transforma-se em U 233 fissionável.
No interior de uma massa critica de urânio ou plutônio, os núcleos ao sofrerem fissão, dividem-se em
dois fragmentos desiguais, emitindo ainda em média 2,5 neutros rápidos, que dependendo da forma
da massa (cubo, paralepipedos, lâmina, varão, esfera , etc) as reações tem condição de continuarem
ou se extinguirem.
Os neutros rápidos, quando emitidos, tem velocidades fantásticas, então começam a sofrer choques e
vão perdendo energia cinética (quando não escapam) até serem incorporados por um núcleo, que,
tornando-se instável, entra em reação.
Para haver uma reação sustentada, deve existir uma massa crítica que nunca deve ser alcançada e uma
quantidade de reação também controlada, para evitar explosão. Isso é o que acontece nos reatores
para geração de energia elétrica, numa usina nuclear, pela baixa concentração do urânio.
A energia liberada numa reação de fissão nuclear de U235, é cerca de 200 mev, com velocidades da
ordem de 3,7 km/s e temperatura em torno de 17 x 109 oC.
A energia acima, numa usina nuclear, é absorvida pôr um fluido térmico de refrigeração do reator,
que transfere essa energia a outro fluido, num trocador de calor (caldeira) que gera o vapor d'água,
tornando possível o acionamento de uma ou mais turbinas, em série, acopladas a geradores de energia
elétrica, para aproveitar os níveis de energia cinética do vapor.
A melhor forma para a massa crítica (para uma bomba) é a esférica, de urânio 7,5 kg e de plutônio
basta 1,0 kg, sendo que para o urânio, a velocidade do neutro é bem menor e para o plutônio se requer
velocidade maior na aceleração, para iniciar a reação.
O conceito de massa crítica, não é suficiente, pois as reações dependem também do meio em que está
inserida. Nos reatores de fissão nuclear, a substância físsil fica envolvida em ambiente que controla as
reações, por exemplo, barras de urânio, mergulhadas em grafite.
Elementos transurânicos
A partir do elemento 89 (actínio), temos a série dos Actinídeos, na qual vamos encontrar os elementos
transurânicos, que relacionamos a seguir, pelo isótopo mais estável e o número de massa radioativa:
N*.......Elemento...........Símbolo...........Vida..............Massa
90.......Tório....................Th...........23,5 min........... 233
Pa.......Protactinio.............Pa...........27,4 dias...........233
92.......Urânio...................U............23 min..............235
93.......Neptúnio..............Np.........2,2x10a6 anos.......237
94.......Plutônio.................Pu.........24,36 anos........239
95.......Amerício................Am.........7951 anos.........243
96.......Cúrio...................Cm...........17,6 anos...........244
97.......Berkélio................Bk...........162,5 dias..........245
98.......Califórnio..............Cf...........2,2 anos............252
99.......Einstênio...............Es...........207 anos............253
100.......Férmio................Fm...........80 dias.............253
101.......Mendelévio..............Ml...........54 dias.............255
102.......Nobélio..................No...........58 min..............253
103.......Lawrêncio...............Lw............3 min..............257
104.......Rutherfórdio............Rf...........14 miliseg..........255
105.......Hánio.....................Ha...........1,8 seg.............253
106.......Seabórguio..............Sg............10 seg..............257
107.......Nielsbório..............Ns...........0,1 seg.............253
108.......Hássio...................Hs...........2 miliseg...........255
109.......Meitnerio...............Mt...........3,4 miliseg.........257
Classificação das Usinas Nucleares
As usinas nucleares são classificadas em função do fluido de resfriar o reator. Outra classificação
separa os reatores em dois grupos. Os reatores de pesquisa e os reatores de potência. Os reatores de
pesquisa são usados em Universidades e Institutos de Tecnologia, enquanto que os de potência geram
energia elétrica, para uso geral.
Advanced Gas-cooled Reactor.........................AGR
Boilling Water Reactor...................................BWR
Light-water Grafited Moderator Reactor............LGR
Gas Cooled Reactor......................................GCR
Pressurized Water Reactor..............................PWR
Pressurized Heavy Water Moderated Reactor...PHWR
Light Water Boilling Reactor..........................LWBR
Liquid Metal-cooled Fast Breeder Reactor.....LMFBR
Gas Cooled Fast Breeder Reactor.................GCFBR
High Thorium Gas Reactor.............................HTGR
Alem das usinas nucleares, espalhadas pelo mundo, em funcionamento, 72 estão em construção e 10
estão em projeto, para ajudar a resolver o problema do esgotamento das reservas de petróleo, pois foi
a alternativa que realmente, teve força (graças ao potencial da fissão) para aliviar a necessidade
sempre crescente de maior suprimento de energia elétrica.
Atualmente, urânio é o combustível das usinas nucleares, ele é encontrado na natureza, na forma de
óxido de urânio. O urânio encontrado na natureza é na maior parte U 238, que contem 0,7 % de U
235, (isótopos) que é físsil liberando energia dentro de um reator. Potencialmente o tório também é
matéria prima das usinas nucleares.
Os combustíveis de urânio usados nos reatores existentes, LWR liberam cerca de 20.000 vezes mais
energia do que o peso equivalente de carvão, porem nos reatores regeneradores de última geração,
LMFBR, a comparação chega 1,5 milhões de vezes mais energia do que o carvão, gerando energia
elétrica mais barata, pois podem usar Th 233, Pu 239 e os resíduos dos reatores atuais,
convenientemente reprocessados, pois esses reatores, produzem mais material fissionável do que
consomem e podem teoricamente aproveitar até 80 % das reservas de urânio 238 e tório 232.(29)
Periodicamente as barras de combustível do reatores de fissão nuclear, devem ser retiradas, e
enviadas a uma usina de reprocessamento, onde os produtos residuais da fissão são removidos, e o
combustível não usado é refabricado e recolocado em novas barras, retornando a sua origem, sem
problema, como provou o navio "Pacific Pintail" da British Nuclear Fuels, que saiu da França em 23
de fevereiro e chegou no porto japonês Mutsu Ogawara em 25 de abril de 1995, portanto 60 dias
depois, pois fevereiro teve apenas 28 dias, apesar do barulho feito pelo pessoal do "Green Peace" a
serviço e soldo das "seven sisters".
Na Rússia, Japão e Estados Unidos, está em desenvolvimento uma nova forma de gerar energia
elétrica, trata-se do Gerador Magneto Hidrodinâmico ( MHD ). Os geradores magneto
hidrodinâmicos, já construídos, são basicamente reatores de expansão dos gases de um combustível
(carvão, gás natural, etc) queimado, numa câmara, parcialmente ionizados, quentes, que fluem por um
conduto, forrado por eletrodos e envolto por bobinas de campo poderosas.
Quando o gás eletricamente condutor se desloca através do campo magnético, gera-se uma corrente
contínua no gás, que é coletada pelos eletrodos, sendo que não tendo partes móveis, como as turbinas,
podem suportar temperaturas elevadas (2.000oC) e gases corrosivos que destruiriam as turbinas
convencionais, quando usando combustíveis abrasivos ou contendo enxofre, acrescido do fato de
ainda ser aproveitado o calor dos gases a alta temperatura para gerar vapor superaquecido, para
acionamento de turbinas e geradores de eletricidade convencionais, aumentando o aproveitamento da
energia do combustível utilizado.
Dentre todas as formas alternativas de geração de energia elétrica, a fissão nuclear, foi a que mais
apoio recebeu e que mais se desenvolveu, e conseqüente sua tecnologia avançou em todos os
sentidos, nos 40 anos desde a primeira usina nuclear (1954) instalada pela Rússia.
O mundo sem petróleo, sem carvão, com as reservas hidrelétricas totalmente exploradas, tem na
energia nuclear a única alternativa, capaz de produzir grandes blocos de energia elétrica, sendo que
em artigo publicado na Revista Time de 3 de junho de 1991, John Greenwald e Barbara Rudolph,
divulgam dados do U.S. Council for Energy Atomics, onde aparece, quanto de energia elétrica já é
gerada pôr usinas nucleares, em relação ao total consumido:
França...................75 %
Bélgica..................60 %
Bulgária.................36 %
Alemanha.................33 %
Japão....................27 %
Estados Unidos...........21 %
Inglaterra...............20 %
Rússia...................12 %
Reação de Fusão Nuclear
Enquanto a reação de fissão nuclear se baseia na "abertura" do núcleo do átomo de elementos
pesados, pelo bombardeio do mesmo com neutros rápidos, a reação de fusão nuclear tem lugar a
partir de núcleos de elementos leves, como o hidrogênio e seus isótopos.
Os cientistas sabem que o Sol é um reator de fusão nuclear, onde ocorrem reações a partir de núcleos
de átomos de hidrogênio, que se fundem formando o elemento hélio, dos núcleos de 4 átomos de
hidrogênio, cuja massa dos 4 prótons, sofre aumento quando 2 prótons são transformados em
neutrons, de massa maior, provavelmente pela reação inversa da que ocorre, descrita no item 2 sobre
Radiação, embora o hélio só conserve 2 dos elétrons dos 4 átomos de hidrogênio, quando colidem a
níveis de energia tão elevados que não mais se separam, e em sendo uma reação endotérmica, o
combustível da fornalha solar um dia vai se esgotar, como já aconteceu com outras estrelas.
Na superfície da terra, torna-se difícil reproduzir as condições da fornalha solar e alem disso, o
consumo de energia também aparece maior do que a energia liberada. Atualmente a fusão nuclear
ainda está nos estágios da pesquisa, para fins civis, mas a bomba de hidrogênio, já existe.
Os pesquisadores desde o início da década de 50, imaginaram dominar a fusão nuclear dentro de 20
anos, porém foram bastante otimistas, pois os ingredientes, isótopos de hidrogênio (deutério, títrio,
etc) em presença de um catalisador da reação de fusão (lítio), necessitam de 100 milhões de graus
Celssius, para formar hélio e depois o plasma, para ceder calor a um processo de gerar vapor, ou
cortar campo magnético, para gerar eletricidade (MHD), precisa ser controlado.
A tal temperatura, os elétrons dos átomos, separam-se dos núcleos carregados positivamente. Nessas
condições, o gás se compõe de núcleos atômicos livres dos elétrons, que nesse estado tem o nome de
plasma e torna-se eletricamente condutor.
O problema básico da reação de fusão nuclear, é manter o plasma, controlado, a temperatura tão
elevada, de modo estável, afastado do material das paredes do sistema, pelo tempo necessário, pois o
plasma a alta temperatura, tem a tendência de se expandir, já que as partículas alcançam velocidades
da ordem um milhão de quilômetros por minuto, por isso precisa de ser confinado de alguma forma.
No Sol a força gravitacional faz esse trabalho, mas reproduzir na terra as mesmas condições do Sol,
ou uma que seja ideal ao processo ou perto das condições solares, parecia a princípio, impossível.
Partindo desse raciocínio, o problema passou a ser confinar o plasma quente, pois nenhum material
conhecido suportaria tal temperatura, sem contaminar o plasma, sem vaporizar-se, estável.
Aparentemente a solução do problema, foi encontrada no vaso de alto vácuo, com o plasma sem tocar
o material das paredes, por meio de um poderoso campo magnético, conhecido como "Câmara
Magnética Toroidal" no Laboratório de Pesquisa de Plasma de Princenton - USA, (projeto
desenvolvido pela Rússia) e outro desenvolvido pelo Laboratório Lawrense Livermore - USA,
chamado "Espelhos Magnéticos em Tanden". Em desuso.
O primeiro passou a ser adotado, por todo grande laboratório de pesquisa de plasma, no Japão,
Rússia, Inglaterra, Estados Unidos, ele tem a forma interna de uma câmara de ar de pneu, também
conhecido como TOKAMAK, que é essencialmente um transformador, cujo primário é composto de
vários campos magnéticos radiais, dispostos de modo convencional e o secundário é formado pelo
plasma. É no anel anular interno que o plasma comprimido, pelo campo, é mantido magneticamente
sem contato com as paredes do toróide, em dois estágios.
Pelos dados construtivos, o Tokamak, é constituído de :
8 octantes primários
2 anéis superior e inferior
2 colares
1 toróide
1 trocador de calor primário
1 trocador de calor secundário
1 sistema de injeção de neutrons
1 sistema de refrigeração
1 sistema de aquecimento elétrico
1 sistema de controle de temperatura
Existiram outros projetos, como o "Bumpy Torus", o "Stellarator", o "Riggatron", variáveis do
Tokamak, que não lograram tornarem-se viáveis, de serem construídos.
O Ministério da Energia dos Estados Unidos, anunciava em 1980, planos para uma versão moderna
do Tokamak, para fusão nuclear, tratava-se do Torsatron, para operação contínua, para associar ao
Tokamak, para alcançar maior eficiência, do ponto de vista do balanço energético.
Alguns cientistas americanos, estimaram que outro tratamento da fusão nuclear, combustível
aquecido a laser, teria sucesso, desde que verbas para desenvolver o projeto, estivessem disponíveis,
para a fusão a laser, para construir um reator experimental, surgindo então o ITER.
Como não teve muito sucesso as outras formas de fusão nuclear, do ponto de vista de balanço
térmico, os cientistas ainda acreditam na viabilidade da fusão a laser de alta potência, por isso muitos
países expandiram as pesquisas, com o laser. sem resultado, até que a U.S. Atomic Energy
Comission, em 1971, revelou detalhes de um novo método com laser, aquecendo os isótopos de
hidrogênio, com vários lasers simultaneamente de todos os lados, para obter mais energia de
compressão. A Rússia tinha o maior programa de fusão a laser, na década de 80. Nos Estados Unidos,
programas intensivos de pesquisas, foram montados no Lawrense Livermore Laboratory, no Los
Alamos Scientific Laboratory, e na Universidade de Rochester, sob o patrocínio da General Electric e
Exxon Research.
Segurança nas Usinas Nucleares
O resíduo radiativo, resultante da reação da fissão nuclear do U 235, é conhecido como o lixo
atômico, que tanto preocupa a humanidade, pois alem de possíveis acidentes, com as usinas
propriamente ditas, existe a possibilidade dos resíduos, contaminarem as águas e solos depois de
descartados, caso ocorra algum imprevisto, pois só saberão disso outras gerações, muitos séculos
depois.
Furnas, que está construindo Angra 1 e Angra 2, distribuiu uma espécie de cartilha, que na parte de
Resíduos, afirmava: Para evitar escapamento descontrolado de resíduos para o ambiente, foram
projetadas e construídas uma série de barreiras de contenção da radiação, enumeradas a seguir:
1a Barreira - Ao queimar-se o combustível nuclear, os resíduos radioativos, ficam no interior do
reator, agregados ao urânio.
2a Barreira - A pequena quantidade restante, que se desprende do combustível, fica confinada nos
tubos que formam os recipientes do combustível.
3a Barreira - Se, apesar de tudo, escapar alguma partícula, ela passaria ao fluido refrigerante, em
forma de gás ou sólido, ficando confinada no circuito fechado no qual circula o refrigerante.
4a Barreira - Existe mais uma, denominada envoltório de contenção do reator, que está projetada para
garantir que resíduos não contaminem ambiente.
Afirmam ainda: "Existem também, substâncias radioativas no refrigerante do reator, como
conseqüência do ataque (irradiação) por neutrons, dos diversos componentes e estruturas que se
encontram no circuito do reator, tais como o aço do recipiente e tubos, o meio que serve de
refrigerante e alguns materiais que, em forma de impureza, se encontram no circuito".
Alem disso sempre se interpõe uma blindagem ( água, concreto ou chumbo ) ao redor do combustível,
para absorver a radiação que este emite, de tal forma que o operador não sofra qualquer dano. Os
elementos combustíveis gastos extraídos do reator, são introduzidos em piscinas de concreto
revestidas de aço inox, cheias de água, com a finalidade de armazená-los durante certo período de
tempo, para que (esfrie) sua radioatividade diminua.
Desde a descoberta da radioatividade no começo deste século, a proteção do homem tem sido a
preocupação e meta perene no planejamento, operação e regulamentação das instalações radioativas.
A preocupação universal sobre os efeitos radio-biológicos, em todos os setores da atividade nuclear,
levou os países industrializados a conduzirem gigantescos programas voltados para a segurança do
homem e proteção ecológica.
As usinas nucleares são consideradas pelos especialistas, como fontes de energia limpas, quando
comparadas com as termelétricas, que liberam cinzas, ácidos, óxidos (CO2, SO2, NO2) e partículas
sólidas de combustíveis. É verdade que nas usinas nucleares, qualquer escapamento contem (Ra 226)
radioatividade, que no caso particular da Central Nuclear de Angra dos Reis, desde 1978, funciona
em Mambucaba, a dez quilômetros de Angra, o Laboratório de Monitoração Ambiental, implantado e
operado por Furnas Centrais Elétricas, protegendo uma população de 100 mil pessoas, gravitando
entre Angra e Parati, mais o ar, a terra e a água que as mantêm vivas.
O trabalho de pesquisa na região começou em 1969, com coleta de amostras e dados, para
comparação com outras colhidas, depois do início do funcionamento de Angra 1. O laboratório
trabalha em parceria com CNEN, FEEMA e várias instituições de ensino superior (Universidade de
Santa Ursula, Federais do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, Federal Rural de
Pernambuco, Sociedade de Ensino Superior de Barra-Mansa e Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro, como um centro irradiador de conhecimento científico ambiental de primeiro mundo.
Informações liberadas pelos cientistas da Comissão de Controle e Efeito, do Japão, encarregada de
acompanhar os danos causados, com o lançamento das bombas atômicas em 6 e 9 de agosto de 1945,
sobre Hiroshima e Nagazaki, dão conta, que até o final daquele ano, já haviam morrido 140.000
pessoas, e que até 1950 eram 200.000 mortos, alem dos estragos causados, naquelas duas cidades.
Lá aconteceram os temidos 5 efeitos:
1 - Radiação nuclear inicial
2 - Pulso eletromagnético
3 - Pulso térmico
4 - Onda de choque
5 - Poeira radioativa
1 - Em um milionésimo de segundo, o gás da fissão, (ponto brilhante), a radiação mata a 15 km de
distância do centro da explosão nuclear, quem foi contaminado.
2 - Em um milésimo de segundo, (bola de 150 metros de diâmetro), ocorre o pulso magnético, que
pode provocar colapso energético num país inteiro, danificando até 200 km de altura.
3 - Em dois segundos, um Sol de 4,5 km de diâmetro, queima tudo num raio de 5 km, matando ou
cegando quem não estiver protegido.
4 - Em cinco segundos, a onda de choque de uma bomba de um megaton destroi tudo num raio de 7
km.
5 - Cada bomba contamina 2.500 km2 matando 50% da população.
Há ainda outros efeitos não mencionados acima, destruição da camada de ozônio da terra, alterando
as condições atmosféricas, provocando efeito estufa, aumentando a radioatividade, a temperatura do
globo, modificando climas e nível dos oceanos.
Ultimamente, depois de alguns acidentes com usinas nucleares, nos Estados Unidos e na Rússia, os
cientistas, preocupam-se, se tiverem que inundar rapidamente um reator descontrolado, surgindo o
choque térmico, provocando esforços no vaso de pressão, que não puderam ser simulados, por falta
de dados confiáveis.
Outro grande problema começa quando os neutrons atingem as paredes do reator, deslocando átomos
do aço, modificando a resistência da estrutura cristalina original, principalmente nas junções soldadas,
podendo provocar fissuras depois de alguns anos de uso, não obstante a margem de segurança.

Usinas Nucleares do Mundo


Entre usinas em funcionamento, em construção e em projeto, somam-se mais de quinhentas, havendo
predominância das tipo LWR, BWR e PWR, todas consideradas obsoletas e antieconómicas, diante
das potencialidades de aproveitamento de combustível nuclear, dos LMFBR e GCFBR, reatores
rápidos de regeneração, também conhecidos como "breeders", nos quais os cientistas, depositavam
esperança de reduzir o lixo atômico, há várias décadas.
A energia liberada pelos reatores de regeneração, como dos outros reatores nucleares, vem da fissão
de átomos de urânio ou plutônio. Em reatores de fissão antigos, mais de dois neutrons são necessários
para manter a reação em cadeia, portanto nos reatores antigos, mesmo reaproveitando o plutônio,
reciclando, aqueles reatores aproveitam apenas 2 % do urânio extraído.
Em contraste os reatores de regeneração, para converter isótopos férteis dos elementos pesados em
novos suprimentos de combustível fissionável, devido a sua economia de neutros, podem aproveitar
60 a 70 %, o que alem de reduzir os resíduos, fazem as reservas de combustíveis nucleares terem
maior durabilidade, sem se esgotarem.
Os reatores regeneradores "queimam" urânio ou plutônio, e ao mesmo tempo convertem o tório Th
232 e o U 238 em, respectivamente, U 233 e Pu 239, que são materiais fissionáveis. No processo de
conversão, um Neutron é captado pelo núcleo de um átomo fértil e partículas beta (elétrons) são
liberadas. O ciclo Th 232 em U 233, é viável também em um chamado reator térmico, em que os
neutrons são retardados por colisões com um moderador (geralmente água ou grafita) a energias de
cerca de 100 eletronvolts. O ciclo U 238 em Pu 239, é mais eficiente e pode usar neutrons
descontrolados com energia milhares de vezes mais altas, e os reatores baseados nesse conceito são
conhecidos como reatores rápidos.
A ausência de um moderador em um reator rápido tem as vantagens, de que menos neutrons são
absorvidos improdutivamente, de modo que mais combustível novo é criado a uma taxa maior, e o
núcleo do reator poder ser consideravelmente menor. Em teoria, quanto mais eficiente o uso de
neutrons num reator, mais baixo o custo da energia que ele produz.
Os reatores de Angra 1, 2 e 3 são do tipo PWR, tudo indicando que Angra 2 receberá seu primeiro
abastecimento de combustível em 1998, para os testes finais, devendo entrar em operação normal em
1999, tendo sido gastos já 4,6 bilhões de dólares, faltando ainda investir 1,3 bilhões, sendo que
Bancos Alemães garantem 40%, Furnas 32%, Eletrobrás 24% e BNDES 4%, já equacionados.

Reservas de Urânio
No Brasil, pesquisa-se urânio desde 1952, porém geólogos brasileiros só entraram em ação a partir de
1962, quando começou o convênio com a França, depois que os geólogos americanos, deixaram o
país. Por volta de dezembro de 1981, as reservas conhecidas e pesquisadas, apontavam 266 mil
toneladas métricas de U3 O8 conforme divulgado pela Nuclebrás.
Agora divulgação da Revista Brasil Nuclear - Set. 1994, da Associação Brasileira de Energia Nuclear
(ABEN) publica um total de 301.490 toneldas métricas, onde apesar do aumento, nota-se ausência de
alguma reservas.
Como não apareceram várias reservas, anteriormente citadas, porém aparece Mina do Cercado/MG
com a expressiva cifra de 20 mil toneladas, acredita-se que seja uma jazida nova, uma vez que a
extensão territorial do Brasil e sua geologia é favorável a existência do minério de urânio em outras
áreas. Consta que a mina de Poços de Caldas já está esgotada. Será necessário um trabalho ordenado
de pesquisa, para reavaliar, para poder divulgar o potencial uranífero brasileiro.

Enriquecimento de Urânio no Brasil


O minério de urânio encontrado na litosfera contém 0,07 % de U 235 e 99, 93 % de U 238. U 235 já é
físsil, isto é, quando concentrado necessita de menos energia para entrar em reação, enquanto que o U
238, que é fértil, necessita de enorme quantidade de energia, para enriquecer e reagir.
Para separar o U 235 do U 238, provoca-se uma reação entre o U 235 e o gás Flúor, dando U F6,
(hexa fluoreto de urânio) que depois é concentrado, dando o "yellow cake", que é enviado para a
Inglaterra, para enriquecimento isotópico, aumentando a sua concentração para 3,4 % na Urenco,
reconvertido em pó ( U O2 ) é reduzido a pequenas pastilhas de aparência metálica, que são montadas
no Brasil na Fábrica de Elementos Combustíveis, das Industrias Nucleares Brasileiras, antiga
Nuclebrás, em Resende no Rio de Janeiro, cujo objetivo é industrializar todo ciclo do urânio, no
Brasil.
As marchas e contramarchas do Programa Nuclear Brasileiro, associado também à dificuldades de
enriquecimento pelo processo "jet nozzle" cedido pela Alemanha, já superado pelas ultra-centrifugas
da Urenco, fizeram com que o Brasil, adotasse o Programa Autônomo, conduzido pela Coordenação
de Projetos Especiais da Marinha, nos laboratórios de Aramar em São Paulo, usando ultra-
centrifugação, obtida da parceria com a Argentina.
Com a previsão do término e entrada em funcionamento da usina Angra 2, nasceu uma certa euforia
no setor de energia nuclear brasileiro, para compensar o desmonte ocorrido em 1988, quando toda
uma estrutura integrada e sistêmica, foi desfeita, passando a Nuclen (engenharia) para a Eletrobrás, a
Nuclep (fábrica de equipamentos pesados de Itaguaí-RJ) para a CNEN e o restante da Nuclebrás, foi
incorporado numa nova empresa de nome: Industrias Nucleares Brasileira, que assumiu o complexo
de Resende, explora a mineração e fábrica de "yellow cake" em Poços de Caldas-MG e planeja
assumir o controle da mineração de urânio em Lagoa Real-BA., para beneficiamento em Poços de
Caldas-MG.

Aproveitamento da Energia Nuclear


A energia liberada pela fissão ou fusão nuclear é transferida para o fluido que refrigera o vaso de
pressão, controlando o reator, ou para o plasma, no caso de fusão nuclear, sendo que depois, por meio
de trocador de calor, gera-se o vapor que aciona as turbinas que movem os geradores de eletricidade,
que é a função principal das Usinas Nucleares.
Com a fissão nuclear controlada no interior do reator, a água é aquecida a 315oC, sem transformar-se
em vapor em virtude da pressão de 57 atmosferas. Essa água assim aquecida é bombeada através das
tubulações, passando pelos geradores de vapor.
A água do circuito secundário, existente nos geradores de vapor, em contato com as tubulações
contendo a água pressurizada do circuito primário, transforma-se em vapor que movimenta os turbo
geradores de eletricidade. O vapor usado pelas turbinas é passado em condensadores, onde volta ao
estado líquido, sendo outra vez bombeado para os geradores de vapor. A água usada na refrigeração
dos condensadores, volta ao mar por uma tubulação de 1.000 metros, perdendo temperatura, até a
descarga a 12oC, no oceano ou lago.

O Lixo Atômico
O lixo atômico, na forma sólida ou líquida, após passar um ano "esfriando" numa piscina, representa
ainda um perigo latente, em virtude de haver pouco conhecimento do que poderá acontecer milhares
de anos depois, com outras gerações ou civilizações, mesmo acondicionado em recipientes de aço
inox.

Reservas de Tório
O Bureaux of Mines - USA, calcula as reservas mundiais de tório em 1.587 mil toneladas, de óxido
de tório ( Th O2 ), material fértil, quando beneficiado, é comercializado sob a forma de concentrado
de sais de tório:
Estados Unidos...............540
Índia........................500
Canadá.......................200
Rússia.......................180
África........................90
Brasil........................37
Malásia.......................18
Groenlândia...................13
Austrália......................9
Total......................1.587
Com o desenvolvimento dos reatores HTGR, GCFR e LMFBR, (regeneradores) melhora nossa
posição energética, pela existência de jazidas comprovadas de tório, encontradas na areia monazítica,
desde a praia Itabapoana nos limites do Rio com Espirito Santo, até a praia de Joacena, na Bahia, com
cerca de 700 km. As areias monazíticas, contém 5 a 6 % de óxido de tório, cério, lantânio e pequena
porcentagem de urânio, sendo nossas reservas avaliadas em 95,5 mil toneladas, porém medidas
apenas 37 mil.
A parte mineral pesada da areia monazítica, ilmenita, maior parte, zirconita, pequena parte e até 10%
de magnetita, rutilo e monazíta, de onde se extrai o tório ThO2.( 30 )
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
O petróleo
é apenas uma fonte de energia?
Para perfurar um
poço, é preciso uma torre
que sustente um motor.
Este deve fazer girar
tubos concêntricos com
uma broca na extremidade.
O tubo central leva água
até a parte mais profunda
do poço para arrastar a
terra erodida pela broca.
O lodo formado sobe para
a superfície pelo tubo
exterior.

O petróleo é composto de hidrocarbonetos em seus três


estados. Contém também pequenas quantidades de compostos de
enxofre, oxigênio, nitrogênio. Na Antiguidade, era usado para
fins medicinais ou para lubrificação e era conhecido com os
nomes de óleo de pedra, óleo mineral e óleo de nafta.
Atribuíam-se ao petróleo propriedades laxantes, cicatrizantes
e anti-sépticas. Era considerado eficaz também no tratamento
da surdez e na cura de tosse, bronquite, congestão pulmonar,
gota, reumatismo e mau-olhado. Na Bíblia, o petróleo é usado
para calafetar a Arca de Noé. O betume, uma forma pastosa de
petróleo encontrada a céu aberto, teria sido o
cimentoaplicadona construção da Torre de Babel. Hoje extraem-
se do petróleo centenas de produtos químicos e farmacêuticos.

O petróleo ainda é a principal fonte de energia no


mundo. Sua extração conheceu uma progressão ininterrupta, ou
quase, durante mais de um século. Iniciada em 1859 na
Pensilvânia, a produção ainda era modesta em 1900; as
vésperas da II guerra mundial (1920)era relativamente
pequena, mas teve um grande crescimento logo seguida a ela
principalmente entre 1960 e 1973, 47% do consumo energético
mundial.
No Brasil, o primeiro poço produtor foi aberto em 1939,
em Lobato, próximo de Salvador. A prospecção e a produção
foram intensificadas após as crises dos anos 70, com uma
produção qu, desde 1985, tem oscilado ao redor de 50% das
necessidades nacionais de consumo.
Indústria do Petróleo
Petrobrás Petróleo Brasileiro S.A.,sociedade anônima
criada em 03 de outubro de 1953 com a edição da Lei 2.004,
que instituiu o monopólio estatal para a pesquisa da lavra,
refino etransporte de petróleo e derivados, bem como gases
raros de qualquer natureza. É uma sociedade por ações, de
economia mista, com predominância obrigatória de capital
subscrito pelo governo da União. Em 1963, o monopólio foi
ampliado, passando a abranger igualmente as atividades de
importação e exportação de petróleo bruto e seus derivados.
Por ocasião de sua criação, a Petrobrás recebeu do
Conselho Nacional do Petróleo (CNP) um patrimônio composto
pelo acervo da Comissão de Industrialização do Xisto
Betuminoso; uma refinaria pronta e em operação, e outra em
fase de construção; uma fábrica de fertilizantes em fase de
montagem; 22 petroleiros, com capacidade para 227 mil
toneladas de carga, e as instalações dos campos de petróleo
do Recôncavo baiano e sua produção, correspondesnte ao total
do país, da ordem de 2.700 barris diários, provenientes de
Candeias, Dom João, Água Grande e Itaparica, que nessa época
se encontravam em fase inicial de desenvolvimento.
Desde então, a empresa diversificou suas atividades,
formou quadro técnicos com profissionais especializados,
absorveu e gerou tecnologia e capacitou-se para competir nos
mais sofisticados mercados do mundo.
Na década de 80, utilizando tecnologia de vanguarda para
a exploração de petróleo em águas profundas e para sistemas
de produção flutuante, a Petrobrás passou a obter sucessivos
recordes mundiais de exploração submarina, sendo que o
recorde de 1988 era representado por um poço instalado e em
produçãoa 492 metros de profundidade, no Campo de Marimbá, na
bacia de Campos (RJ). Também em Campos, em águas que vão de
200 a 2 mil metros de profundidade, a Petrobrás descobriu os
primeiros campos gigantes brasileiros, que fizeram os
especialistas preverem a duplicação das reservas do país na
época.
A Petrobrás possuia, em 1988, dez refinarias e uma
fábrica de asfalto, com capacidae para processar 1,4 milhões
de barris diários. Como o consumo nacional de petróleo
oscilava em torno de 1 milhão de barris diários, o resto
excedente exportado.
Como as grandes empresas internacionais de petróleo, a
Petrobrás também diversificou suas atividades, desde a sua
criação. A petroquímica foi um exemplo disso. Em 1969, era
importada grande quantidade de produtos petroquímicos. A
incipiente indústria então existente no Brasil estava sobre o
predomínio do capital extrangeiro. Era praticamente
impossível, para iniciativa nacional, financiar sozinha o
desenvolvimento do setor. Assim, o governo determinou à
Petrobrás que, associada a empresas brasileiras e a
multinacionais, buscasse garantir o formecimento de matérias-
primas petroquímicas e preços estáveis e competitivos. Na
área de fertilizantes, o Nrasil importava a totalidade dos
fertilizantes nitrogendos produzidos a partir do petróleo e
do gás natural. A Petrobrás passou a desenvolver essas
atividades, tendo sido criada a Petrofértil, e o Brasil
praticamente deixou de importar nitogenados.

Distribuição das reservas de petróleo conhecidas


(em milhões de toneladas), 1995

1. Origem

Os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos


nitrogenados e sulfurados no petróleo indicam que ele é o
resultado de uma transformação da matéria orgânica acumulada
no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob
pressão das camadas de sedimentos que foram se depositando e
formando rochas sedimentares. O conjunto dos produtos
provenientes desta degradação, hidrocarbonetos e compostos
voláteis, misturados aos sedimentos e aos resíduos orgãnicos,
está contido na rocha-mãe; a partir daí o petróleo é expulso
sob efeito da compactação provocada pela sedimentação,
migrando para impregnar areias ou rochas mais porosas e mais
permeáveis,tais como arenitos ou calcários. Uma camada
impermeável, quando constitui uma “armadilha”, permite a
acumulação dos hidrocarbonetos, impedindo-os de escapar.

2. Jazidas

O petróleo é encontrado na natureza não como uma espécie de


rio subterrâneo ou camada líquida entre rochas sólidas. Ele
ocorre sempre impregnando rochas sedimentares, como os
arenitos. Como essas rochas são permeáveis, o óleo "migra"
através delas pelo interior da crosta terrestre. Se for
detido por rochas impermeáveis, acumula-se, formando então as
jazidas. Das jazidas conhecidas, as mais importantes estão no
Oriente Médio, Rússia e repúblicas do Cáucaso, Estados
Unidos, América Central e na região setentrional da América
do Sul.

3.Extração

O sistema de extração do petróleo varia de acordo com a


quantidade de gás acumulado na jazida. Se a quantidade de gás
for grande o suficiente, sua pressão pode expulsar por si
mesma o óleo, bastando uma tubulação que comunique o poço com
o exterior. Se a pressão for fraca ou nula, será preciso
ajuda de bombas de extração.

4.O refino

O petróleo bruto, tal como sai do poço, não tem aplicação


direta. Para utilizá-lo, é preciso fracioná-lo em seus
diversos componentes, processo que é chamado de refino ou
destilação fracionada. Para isso, aproveitam-se os diferentes
pontos de ebulição das substâncias que compõem o óleo,
separando-as para que sejam convertidas em produtos finais.

4a. Subprodutos mais importantes


O gás, uma das frações mais importantes obtidas na
destilação, é composto das substâncias com ponto de ebulição
entre –165° C e 30° C, como o metano, o etano, o propano e o
butano. O éter de petróleo tem ponto de ebulição entre 30° C
e 90° C e é formado por cadeias de cinco a sete carbonos. A
gasolina, um dos subprodutos mais conhecidos, tem ponto de
ebulição entre 30° C e 200° C, é formada de uma mistura de
hidrocarbonetos que possuem de cinco a 12 átomos de carbono.
Para obter querosene, o ponto de ebulição fica entre 175° C e
275° C. Óleos mais pesados, com cadeias carbonadas de 15 a 18
carbonos, apresentam uma temperatura de ebulição entre 175° C
e 400° C. As ceras, sólidas na temperatura ambiente, entram
em ebulição em torno de 350° C. No final do processo, resta o
alcatrão, o resíduo sólido.

4b. O processo de refino


O processo começa pela dessalinização do petróleo bruto (1)
em que são eliminados os sais minerais. Depois, o óleo é
aquecido a 320° C em fornos de fogo direto (2) e passa para
as unidades de fracionamento, onde podem ocorrer até três
etapas diferentes. A etapa principal é realizada na coluna
atmosférica (3): o
petróleo aquecido é
introduzido na
parteinferior da
coluna junto com vapor
de água para facilitar
a destilação. Desta
coluna surgem as
frações (4) ou
extrações laterais,
que ainda terão de ser
transformadas (5) para
obter os produtos
finais desejados. A maioria dos produtos é a seguir objetos
de tratamentos suplementares para melhorar sua qualidade:
reforma catalítica, hidrodessulfuração. É obtida finalmente
toda uma série de produtodos que respondem as necessidades
dos consumidores: carburantes, gasolinas especiais,
combustíveis e produtos diversos.

5. Aplicações
Cerca de 90% do petróleo é utilizado com fins energéticos,
seja nas centrais termoelétricas, seja como combustível para
os meios de transporte ou fornos industriais. Dos 10%
restantes são extraídos os produtos que abastecerão as
indústrias – 60% das matérias-primas utilizadas na indústria
mundial vêm do petróleo.
Produção e consumo de
petróleo bruto (em toneladas), 1994

Produção
Consumo
Regiões com mais produção que consumo
Regiões com menos produção que consumo
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Polímeros
Material orgânico ou inorgânico, natural ou sintético, de alto peso molecular, cuja estrutura molecular
consiste na repetiçâo de pequenas unidades, chamadas meros. (Sua composiçâo é baseada em um conjunto de
cadeias poliméricas; cada cadeia polimérica é uma macromolécula constituída por união de moléculas simples
ligadas por covalência.)

Devido ao seu tamanho avantajado, a molécula de um polímero é chamada macromolécula. A reação que
produz o polímero é denominada reação de polimerização. A molécula inicial (monômero) vai,
sucessivamente, se unindo a outras, dando o dímero, trímero, tetrâmero, . . . até chegar ao polímero.

Aparentemente, o processo poderia prosseguir, sem parar, até produzir uma molécula de tamanho "infinito";
no entanto, fatores práticos limitam a continuaçâo da reação.

Polímeros acrílicos:

Polímeros sintetizados a partir do(s) monômero(s) ácido acrílico ou ácido metacrílico, ou de seus derivados.
[O principal polímero deste grupo é o poli (metacrilato de metila), obtido a partir do metacrilato de metila e
denominado simplesmente acrílico.]

Polímeros celulares:

Diz-se a respeito de certos materiais plásticos que possuem uma estrutura celular.

Polímeros diênicos:

Polímeros sinterizados a partir de dienos, que sâo monômeros com duas duplas ligações carbono-carbono
conjugadas, e que formam as borrachas sintéticas polibutadieno, polüsopreno e policloropreno.

Polímeros fluoretados:

Polímeros que contêm flúor em sua composição química. [O poli(tetrafluoretileno), conhecido


comercialmente como Teflon, é o principal polímero desta família.]

Muitos polímeros possuem uma estrutura que se repete regularmente ao longo da cadeia. A estrutura de
repetição é dita estrutura constitutiva ou estrutura monomérica. Um polímero regular contém um único tipo de
estrutura em um arranjo seqüencial único. Quando um polímero contém estruturas diferentes, repartidas ao
acaso ou segundo leis determinadas, é chamado copolímero.
Na Natureza existem muitas macromoléculas:

- a celulose, como vimos, é uma repetiçâo de grupos originários da glicose (C6H1o05)n, onde o valor de n
varia de 1.500 a 3.000. Como sabemos, a celulose é usada, há milênios, pela Humanidade, sob forma de
algodâo; as proteínas são macromoléculas complicadas, onde se repetem, predominantemente, moléculas de
aminoácidos. As proteínas são consumidas sob a forma de alimentos.

Esses, e muitos outros exemplos, são polímeros naturais. Em nosso século, os químicos começaram a fabricar
os polímeros sintéticos; atualmente, eles são extensamente usados na forma de plásticos (folhas, chapas,
brinquedos, tubos para encanamentos, etc.), de abras para tecidos (náilon, poliéster, etc.) e de borrachas
síntéticas. Vivemos hoje o que se poderia chamar de "ídade dos plásticos".

Principais polímeros sintéticos


A químíca macromolecular, atualmente muíto desenvolvída, pode produzír os polímeros mais diversos
possíveis, aparecendo, então, várias maneiras de classificá-los: quanto à reação de preparação, quanto à
estrutura do polímero e também quanto à sua aplicação na indústria.

a) Quanto à reação de preparação

Nesse caso, falamos em polímimeros de adição, copolímeros e polímeros de condensação.

- Polfmeros de adiçâo ou homopolímeros

Quando o polímero é a soma de moléculas pequenas (monômero), todas iguais entre si.

Compostos orgânicos sintéticos

Quanto à estrutura do polímero:

- Polímeros lineares

Quando a macromolécula é um encadeamento linear (normal ou ramificado) de átomos:

. . . - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2- . .

polietileno

Os polímeros lineares são termoplásticos, isto é, podem ser "amolecidos" pelo calor e "endurecidos" pelo
resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas propriedades.

- Polimeros tridimensionais

Quando a macromolécula tem ligações em todas as direções do espaco.

A resina fenol-formaldeído só atinge a forma de "baquelite" quando as moléculas de fenol se unem em


posições orto e para, formando um verdadeiro "trançado" espacial.
Os polímeros tridimensionais são termofixos, isto é, uma vez preparados, ele o podem ser "amolecidos" pelo
calor e remoldados, sob pena de decomposição.

Classificações industriais:

São as classificações que dizem respeito às aplicações práticas dos polímeros.

Uma classificação bastante ampla é a que divide os polímeros em elastômeros, plasticos e fíbras.

Elastômeros: quando apresentam "propriedades elásticas" acentuadas; é o caso das borrachas sintéticas.

Plásticos: quando se apresentam no estado sólido, mais ou menos rígido; é o caso do polietileno.

Fibras: quando o polímero tem grande resistência à tração mecânica e, em conseqüência, se presta bem à
fabricação de fios; é o caso do náilon.

A tecnologia moderna nos oferece, quase diariamente, novos tipos de materiais como, por exemplo:

plásticos compostos ou reforçados: quando ao polímero sâo adicionados outros materiais (por exemplo, fibra
de vidro) para aumentar sua resistência;

- plásticos expandidos: o exemplo mais comum é o do isopor. Ao poliestireno são adicionadas substâncias que
produzem gases; por aquecimento, os gases se expandem e o plástico "incha" dando o isopor, que é
extremamente leve e ótimo isolante térmico -

polimeros condutores e semicondutores: que poderão revolucionar, no futuro, a transmissã, da corrente


elétrica e a fabricação de eletrodomésticos e computadores.

As múltiplas aplicações dos polímeros

O vestuário que usamos é feito de tecidos e estes são feitos de fibras muito diversas. Todas elas são
polímeros. Também os plásticos, que têm as aplicações mais diversas, são polímeros.

Há polímeros formados a partir de um só monómero, como o polietileno, o nylon, a celulose, etc.

Outros polímeros são formados a partir de dois ou mais monómeros diferentes, como o poliéster, a proteína da
seda, etc.

A maioria dos polímeros sintéticos têm como matérias-primas o petróleo, o carvão, o gás natural e o sal.

As fibras, que podem ser naturais, artificiais ou sintéticas, apresentam resistência semelhante à do algodão,
seda ou lã e são muitos usadas na indústria têxtil. Por exemplo, a viscose é celulose tratada com sulfureto de
carbono, os nylons são poliamidas, a lycra são poliuretanos, etc.

Todas as etiquetas do vestuário trazem a indicação do tipo de fibras de que é feito. Muitos tecidos contêm
uma mistura de fibras naturais e sintéticas para conseguir propriedades diferentes como, elasticidade, duração,
brilho e toque.
Quanto aos plásticos, as suas aplicações são múltiplas pois podem ser mudados em objectos que vão desde
sacos, embalagens, garrafas, calçado, mobiliário de jardim, a lentes de contacto e próteses cirúrgicas.

Entre os principais plásticos podemos referir o policloreto de vinilo, o polipropileno, o poliestireno, os


poliuretanos, etc.

Os plásticos proprocionam benefícios importantes à sociedade, mas também colocam problemas ambientais
graves que urge resolver.

Polímeros de adição

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO


baldes, sacos de lixo, sacos de
Polietileno etileno
embalagens
cadeiras, poltronas, pára-choques de
Polipropileno propileno
automóveis
PVC cloreto de vinila tubos para encanamentos hidráulicos
Isopor estireno isolante térmico
lã sintética, agasalhos, cobertores,
Orlon acrilnitrilo
tapetes.
Plexiglas plástico transparente muito resistente
metilacrilato de
"Vidro plástico" usado em portas e janelas, lentes de
óculos.
metila
Acrílicos
Teflon tetrafluoretileno revestimento interno de panelas
Borracha fria isobuteno
Borracha pneus, câmaras de ar, objetos de
isopreno
natural borracha em geral
Neopreno ou
cloropreno
duopreno
Buna 1,3-butadieno

Polímeros de condensação

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO


Amido a glicose alimentos, fabricação de etanol
Celulose b glicose papel, algodão, explosivos

Polímeros de adição

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO


Buna-N ou 1,3-butadieno
perbuna acrilnitrilo pneus, câmaras de ar e objetos de borracha
1,3-butadieno em geral
Buna-S
estireno

Copolímeros de condensação

POLÍMERO MONÔMERO(S) APLICAÇÃO


rodas dentadas de engrenagens,
1,6-diaminoexano
ácido adípico
Náilon peças de maquinaria em geral,
tecidos, cordas, escovas
Terilene ou Etilenoglicol
ácido tereftálico
tecidos em geral (tergal)
dacron
revestimento de móveis (fórmica),
Baquelite aldeído fórmico
material elétrico (tomada e
(fórmica) fenol comum
interruptores)
poliéster ou poliéter colchões e travesseiros (poliuretano
Poliuretano
isocianato de p. esponjoso), isolante térmico e
fenileno acústico, poliuretano rígido das rodas
dos carrinhos de supermercados

Polímeros Naturais
Os polímerus naturais são: a borracha; os polissacarídeos, como celulose, amido e glicogênio; e as proteínas.

A borracha natural é um polímero de adição, ao pas5v que os polissacarídeos e as proteínas são polímeros de
condensação, obtidos, respectivamente, a partir de monossacarídeos e aminoácidos.

A borracha natural é obtida da árvores Heveu brasilienses (seringueira) através de incisão feita em seu caule,
obtendo-se um líquido branco de aspecto leitoso, conhecido atualmente por látex.

As cadeias que constituem a borracha natural apresentam um arranjo desordenado e, quando submetidas a
uma tensão, podem ser espichadas, formando estruturas com comprimento maior que o original.

Vulcanização

O látex obtido da seringueíra é precipitado, dando origem a uma massa viscosa que é a borracha natural. Essa
borracha é prensada com o auxílio de cilindros, origìnando lâminas moles de pequena resìstência e
elasticìdade. A utìlização desse tipo de borracha é limitada, pois ela se torna quebradiça em dias frios e
extremamente gosmenta em dias quentes.

Em 1839, Charles Goodyear descobriu que o aquecimento dessa massa viscosa com enxofre produzia um
material bastante elástico, que praticamente não se alterava com pequenas variações de temperatura. A esse
processo foi dado nome de vulcanizaçáo (Vulcano = Deus do fogo).

Na vulcanízaçâo, as moléculas de enxofre (S8) são rompidas, interagindo com as duplas ligações das cadeias
que compõem a borracha.

O enxofre (Ss) tem a propriedade de unir as várias cadeias que compõem o polímero, através das chamadas
pontes de enxofre, diminuindo o número de insaturações. As pontes de enxofre também têm a propriedade de
alinhar as cadeias de tal maneira que, quando ~ material é tencionado, ele não se deforma. Esquematicamente,
temos:

Se a tensão for muito grande, poderá provocar a ruptura das cadeias. mesmo se tratando de borrachas
vulcanizadas.

Aproximadamente 70% de toda borracha vulcanizada é utilizada para a produção de pneus, devido ao fato de
ela ser elástica, praticamente indeformável e mais resistente às variações de temperatura e ao atrito. Os pneus
de automóveis e camìnhões são uma mistura de borrachas natural e sìntética vulcanizadas, enquanto os pneus
de aviões são constituídos de borracha natural vulcanizada.

Os pneus de automóveis, quando gastos, podem ser reaproveitados através de um processo denomìnado
recauchutagem. Essa palavra é derivada de cauchu (ca = madeira e chu = que chora), que era usado pelos
nativos da Améríca para designar o material obtido da seringueira.

Assim recauchutar significa aplicar nova camada de borracha ao pneu gasto.


A vulcanização da borracha é feita pela adição de 3% a 8% de enxoire à borracha. Aumentando a
porcentagem de enxofre, ocorrerá um aumento do número de pontes de enxofre, diminuindo a sua
elasticidade. Quando essa porcentagem atinge valores próximos a 30%, obtém-se uma borracha denominada
ebonite, que é rígida e apresenta grande resistência mecânica, sendo empregada como isolante elétrico e na
producão de vários objetos, como pentes. vasos etc.

O problema da Poluição e do lixo:


Até o início da década de 60 não existiam grandes problemas com a qualidade e a quantidade do lixo
produzido pelo homem: o papel e o papelão eram os materiais mais utilizados na embalagem de sólidos, ao
passo que latas e vidros eram utilizados para embalar líquidos. O descarte dessas embalagens era feito nos
aterros sanitários, onde, ainda hoje, camadas de lixo e terra são alternadas e sofrem compactação mecânica.

As embalagens de vidro eram retornáveis e, por isso, podiam ser aproveitadas por muito tempo. As latas,
muitas vezes, eram separadas do lixo doméstico e vendidas a pessoas que percorriam as ruas comprando
materiais reaproveitáveis. Essas latas eram armazenadas nos ferros-velhos e, depois, encaminhadas para
fundições a fim de serem recicladas. O papel e o papelão também eram recolhidos e reciclados de maneira
semelhante, mas, além disso, quando descartados nos aterros, eram rapidamente biodegradados no ambiente
por serem constituídos, assim como os materiais de origem vegetal, de celulose, que pode sofrer dois tipos de
decomposição nesses aterros:

a) decomposição bacteriológica - em condições apropriadas, as bactérias termoflicas (fungos e actinomicetas)


podem decompor uma massa de celulose em cerca de quatro semanas.

b) hidrólise - a água pode reagir com a celulose, produzindo moléculas menores, como sacarose e glicose, que
servem de alimento a muitos microrganismos ,. presentes no solo e que podem ainda sofrer fermentação,
produzindo etanol e gás carbônico.

Com o advento dos plásticos, a situação relacionada ao descarte do lixo foi modificada devido às
características desse material: os plásticos são obtidos a baixo custo, são praticamente inertes, alguns podem
ser moldados a baixas temperaturas, são impermeáveis como o vidro e os metais. e flexíveis e rigidos o
suficiente para resistirem a impactos. Eles são dificilmente destruidos.

Assim a reciclagem é a solução mais apropriada(apesar de um problema fácil de se resolver) que permíte a
transformação do lixo plástico em novos objetos. Esse processo é limitado por um fator: a seleção .

O tipo de coleta que é feito atualmente exige um separando manual do lixo, o que torna a reciclagem
economicamente inviável. Uma maneira de resolver isso sería fazer com que toda coleta seja seletiva,
tornando o processo mais barato, considerando que é grande o volume de plásticos recolhidos com pequenos
custos e que não haveria necessidade de eles serem lavados, pois não estariam contaminados por outros
componentes do lixo. Um outro problema seria o tipo do Polimero que dependendo do que for as vezes
somente 1 por cento é reciclavel .
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Química
Química
Durante centenas de anos acumularam-se conhecimentos empíricos sobre o
comportamento das substâncias e tentou-se organizar todas essas informações num
corpo doutrinário. Somente a partir do século XIX, quando a soma de conhecimentos
se tornou ampla e abrangente, foi possível estabelecer um vínculo teórico para a
interpretação dos fatos e criar uma verdadeira teoria química.
Química é a ciência que estuda as propriedades, a composição e a estrutura das
substâncias (elementos e compostos), as transformações a que estão submetidas e a
energia liberada ou absorvida durante esses processos. Toda substância, seja ela
natural ou artificialmente produzida, é constituída por uma (ou mais) das centenas de
espécies diferentes de átomos que foram identificados como elementos. Embora esses
átomos se componham de partículas elementares, eles são os componentes básicos das
substâncias químicas; não há quantidade de oxigênio, mercúrio ou ouro, por exemplo,
que seja menor do que um átomo dessa substância. A química, portanto, não se ocupa
do universo subatômico, mas das propriedades dos átomos e das leis que regem suas
combinações, além do modo como o conhecimento dessas propriedades pode ser
utilizado para finalidades específicas.
Classificação da química
A amplitude dos campos estudados pela química e o grande número de inter-relações
com outras disciplinas científicas dificultam a classificação dessa ciência em ramos
perfeitamente definidos e independentes. Ao longo do século XX, contudo,
estabeleceu-se nos meios universitários a divisão da química em cinco grandes
grupos: orgânica, inorgânica, físico-química, química analítica e bioquímica. Deve-se
enfatizar, contudo, que tais subdivisões nunca foram, nem se espera que venham a ser,
mutuamente exclusivas, pois o campo da química é um só, e há uma tendência natural
para a unificação e remoção de barreiras artificiais.
Outras disciplinas freqüentemente citadas em separado são a química molecular, a
eletroquímica, a química nuclear, a radioquímica e a estereoquímica. Costuma-se
ainda denominar química industrial ao conjunto de processos de produção de
substâncias químicas de interesse econômico, o que pressupõe o conhecimento de
técnicas fornecidas por todos os ramos anteriormente citados.
Química orgânica e inorgânica. A química orgânica e a inorgânica são subdivisões
baseadas na natureza dos compostos que constituem seu objeto de estudo. Em geral
define-se a química orgânica como a química dos compostos de carbono, ou seja, do
carbono combinado com outros elementos, principalmente hidrogênio, oxigênio,
enxofre, nitrogênio, fósforo e cloro. Os compostos estudados pela química orgânica
incluem os componentes dos tecidos vegetais e animais, o petróleo e seus derivados, a
hulha, os açúcares, o amido, a celulose, os plásticos e a borracha.
Por exclusão, a química inorgânica concentra-se no estudo dos demais compostos
químicos, inclusive aqueles em que o carbono não se encontra coordenado em
cadeias, como os óxidos carbonados, carbonetos metálicos e alguns outros.
Físico-química. A físico-química representa um método de abordagem de qualquer
sistema químico, seja uma substância simples ou uma mistura de substâncias, sem
estabelecer considerações sobre sua natureza orgânica ou inorgânica. A disciplina
inclui o estudo de propriedades mensuráveis, o desenvolvimento de métodos
experimentais e instrumentos para realizar medições, além da formulação de teorias,
de preferência expressas em linguagem matemática, e a previsão dos valores das
propriedades com o objetivo de compará-los aos resultados experimentais. Nesse
campo, em que não há limite entre o fato químico e o fato físico, se incluem as
pesquisas das chamadas física atômica, física nuclear, mecânica quântica atômica e
molecular.
Química analítica. O campo da química analítica é o estudo e a determinação da
composição dos sistemas químicos em termos dos elementos ou compostos que
contêm. Divide-se em qualitativa e quantitativa. A qualitativa restringe-se apenas à
detecção e identificação dos constituintes, enquanto a quantitativa lhes determina a
grandeza.
Essa divisão da química, assemelhada à tradição empírica dos métodos químicos da
antiguidade, sofreu nos últimos séculos uma progressiva aproximação dos processos
da físico-química. Apesar dos modernos métodos analíticos, porém, os processos de
pesquisa puramente analítica, inspirados na dissecação de uma mistura complexa em
seus componentes simples por métodos químicos, encontram crescente aplicação em
determinados estudos sobre poluição das águas e do ar. A química analítica também
tem grande importância científica e prática em várias áreas da pesquisa e da indústria,
bem como em mineralogia, geologia, medicina, farmácia, agricultura, metalurgia,
energia nuclear etc.
Bioquímica. Também chamada química biológica, a bioquímica situa-se na fronteira
entre a química e a biologia. Trata da composição química da matéria viva e dos
processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. Desempenha importante
papel nos campos da agricultura, bacteriologia, farmacologia, medicina e odontologia.
Outras classificações. Nas últimas décadas do século XX propuseram-se subdivisões
da química consideradas a partir de diferentes perspectivas. Entre elas destacou-se a
classificação sugerida em 1971 pelo periódico americano Chemical Abstracts
(publicada pela Sociedade Americana de Química), que enumerava oitenta campos
agrupados em cinco disciplinas globais: (1) bioquímica; (2) química orgânica; (3)
química macromolecular, extraída da tradicional química orgânica e especializada no
estudo de polímeros, com especial atenção aos plásticos, fibras têxteis e vegetais e
produtos derivados; (4) química aplicada e engenharia química; e (5) química física e
analítica.
História
Inicialmente, durante um longo período, o espírito de manipulação dos meios naturais
pelo homem se reduziu à mera modelação de materiais, como a pedra, o osso e a
madeira, a fim de transformá-los em utensílios. Mais tarde, a invenção das primeiras
técnicas metalúrgicas representou uma autêntica revolução em todos os aspectos da
atividade das sociedades primitivas.
O ofício do ferreiro, artífice das primeiras transformações químicas controladas pelo
homem na história, adquiriu um valor predominante nessas comunidades. Seu
trabalho -- como sugerem numerosos estudos antropológicos sobre os povos antigos --
relacionava-se com aspectos da divindade e imbuía-se de conotações mágicas e
religiosas. Desde tempos remotos se conhecem os metais ouro, prata, cobre, estanho e
chumbo. A obtenção do mercúrio a partir do mineral cinabre, descrita por Teofrasto
por volta do ano 300 a.C., teve grande importância na evolução da metalurgia, devido
a sua capacidade de dar coesão a ligas metálicas, e coincide com os mais antigos
registros da existência da alquimia.
Amplamente praticada nas grandes civilizações da antiguidade, como a chinesa, a
indiana e a egípcia, a alquimia aspirava, mediante técnicas de transmutação dos
elementos da natureza, ao bem-estar do homem, traduzido em três objetivos
principais: riqueza, longevidade e imortalidade. Com essa finalidade os alquimistas
buscaram obter a pedra filosofal, que transformaria as substâncias impuras em metais
nobres, e o elixir da eterna juventude; seus textos, supostos depositários do
conhecimento divino, são repletos de símbolos criptográficos e frases freqüentemente
indecifráveis.
Dois dos princípios fundamentais da alquimia -- a volatilidade, simbolizada pelo
mercúrio, e a combustibilidade, pelo enxofre -- representaram notáveis progressos na
pesquisa científica. Os alquimistas trataram os metais com vitríolos (sulfatos de cobre
e de ferro), alunitas (sulfatos de alumínio e de potássio) e cloretos de sódio e de
amônia. O importante impulso que deram à ciência experimental transparece no fato
de que os aparelhos tradicionais dos laboratórios químicos atuais procedem do
instrumental que os alquimistas usaram em seus processos prediletos de
experimentação (sublimação, combustão de substâncias): destiladores, retortas,
provetas etc. Além disso, em seus aspectos práticos, distanciados da simbologia
mágica, a alquimia contribuiu notavelmente para o desenvolvimento da medicina,
com a fabricação de pomadas, bálsamos e ungüentos.
A influência dessa ciência primitiva se prolongou até o início do século XIX, mas
com um parêntese na bacia mediterrânea oriental, com o apogeu da Grécia clássica.
As anotações de pensadores célebres como Leucipo e seu discípulo Demócrito, autor
de uma teoria atômica parecida com a exposta no século XIX por John Dalton, que
culminou nos trabalhos de Aristóteles sobre filosofia natural, contêm excelentes idéias
e ao mesmo tempo grande número de imprecisões científicas, em decorrência de seu
caráter, mais dado à especulação abstrata que às realizações empíricas.
Islã e cristandade. As origens da alquimia nas nações islâmicas são pouco conhecidas,
embora nela se perceba a influência do saber grego e oriental. Os escritos de al-Razi e
de Jabir (ou Geber, na forma latinizada, personagem misterioso que parece ser na
verdade um conjunto de autores ocultos sob o pseudônimo para fugir das perseguições
religiosas contra a ciência na Bagdá do século X) projetaram o conhecimento dos
árabes na Europa através da fronteira espanhola e mediante intercâmbios marítimos.
O pensamento do cordovês Avicena, que representou a vertente da alquimia orientada
para fins curativos, foi o ponto mais alto do saber médico da Idade Média. O inglês
Francis Bacon e o alemão Alberto Magno, teólogo e filósofo canonizado pela Igreja
Católica, assimilaram os ensinamentos árabes e os uniram à interpretação das
doutrinas aristotélicas próprias da época medieval até alçar a alquimia européia a um
nível comparável ao das civilizações que a precederam.
No século XVI, a química européia recebeu o impulso dado pelo médico suíço
Paracelso, que, com formas próprias da alquimia, assentou as bases da moderna
química médica ao combinar adequadamente as observações de Avicena e dos sábios
gregos da antiguidade. A concepção racionalista da física e da astronomia marcou o
início do declínio da alquimia especulativa que imperava na época, e a destacada obra
de Robert Boyle, que definiu já no século XVII a noção de elemento como um
primeiro passo em direção às teorias modernas da química, simbolizou a decadência
de uma visão das transmutações da matéria que, embora sustentada durante várias
décadas por algumas áreas de pesquisa, sucumbiu progressivamente ante certas idéias
ordenadas e vigorosas fundamentadas em princípios universais de inspiração natural e
distanciados da mística que os caracterizara em tempos anteriores.
Química científica. A química dos séculos XVII e XVIII alcançou um estado de
desenvolvimento e abstração claramente inferior ao adquirido por outras disciplinas
científicas. Durante esse período, sua fonte básica de inspiração foi a obra de Isaac
Newton Opticks (1704; Óptica), em cujos apêndices finais o físico britânico expôs um
conjunto de hipóteses sobre a natureza corpuscular da matéria.
A teoria global mais destacável elaborada durante o século XVII, devida a Johann
Joachim Becher e Georg Ernst Stahl, explicava o comportamento dos gases e o
fenômeno do fogo como derivados de um único princípio natural, a que denominaram
flogístico, que seria responsável pelos processos de combustão, calcinação e
respiração. O ar, como receptáculo do flogístico, e os metais, como geradores do
flogístico na combustão, tinham papel preponderante na pesquisa química.
As descobertas realizadas no fim do século XVIII por Georg e Joseph Black (o
dióxido de carbono) e Joseph Priestley (o oxigênio, ao qual denominou ar
desflogisticado) representaram como que um prelúdio ao surgimento da primeira
doutrina metodológica da química, iniciada com o francês Antoine-Laurent Lavoisier,
que em seus postulados teóricos equiparou essa disciplina à tradicionalmente mais
estruturada ciência física. A formulação, por Lavoisier, de uma teoria da combustão,
devida ao oxigênio e não ao flogístico, e os esforços que ele e outros pesquisadores
empreenderam para estabelecer uma nomenclatura química geral e racional
assinalaram o início de uma nova etapa no desenvolvimento dessa ciência.
Composição química. Durante o século XVIII dedicou-se grande atenção à questão da
afinidade, nome que se dava à força que mantinha ligados os compostos químicos:
julgava-se que o grau de afinidade de um dado grupo de elementos podia ser capaz de
tomar o lugar de outro num determinado composto.
Em 1808, aceitava-se a idéia de que os compostos possuíssem composições fixas.
Uma explicação para tal fato foi proporcionada pela primeira teoria atômica
verdadeiramente química, a de John Dalton. Afirmava ele que cada elemento consistia
em seu próprio tipo de átomos, cada qual com tamanho e peso característicos. Entrava
em cena a idéia de peso atômico, embora Dalton não dispusesse de meios para
calcular os pesos atômicos ou o número de átomos presentes num composto. Contudo,
supunha ele que a composição constante dos compostos fosse devida à combinação de
um número constante de átomos.
As limitações impostas à generalização da teoria de Dalton por seus postulados
rígidos foram em grande parte removidas pelas investigações de Joseph-Louis Gay-
Lussac, segundo o qual quantidades equivalentes de elementos diferentes podiam
combinar-se entre si, mas não fez distinção entre átomos e moléculas. Em 1811
Amedeo Avogadro propôs para a controvérsia uma solução que obteve o
reconhecimento geral depois de transcorridas várias décadas: a unidade de matéria é o
átomo, mas a célula básica das reações químicas é a molécula, ou agrupamento de
átomos que define a natureza dos diferentes compostos, de maneira que os mesmos
átomos podem formar moléculas diferentes em função de diferentes proporções ou
estruturas de combinação. Entretanto, o trabalho de Avogadro foi desprezado durante
quase meio século.
Entrementes, o sueco Jöns Jacob Berzelius realizava estudos analíticos de minerais e,
com base na lei Dulong-Petit, preparava uma tabela de pesos atômicos, de modo geral
exatos. Berzelius contribuiu também com a descrição dos fenômenos da catálise e
isomeria e com a invenção do moderno sistema de símbolos químicos. Sua principal
contribuição teórica foi a teoria dualista ou eletroquímica da combinação atômica, na
qual buscou solucionar o velho problema da natureza da afinidade. Acreditava que
todos os átomos apresentassem o velho problema da natureza da afinidade. Acreditava
que todos os átomos apresentassem carga elétrica, tanto positiva como negativa, mas
que a positiva predominasse em alguns e a negativa em outros. Os átomos de carga
negativa seriam mantidos ligados aos de carga positiva mediante forças eletrostáticas.
O maior conhecimento de compostos de carbono que resultou do estudo intensivo da
química orgânica na primeira metade do século XIX viria desmentir essa teoria
dualista. Os químicos passaram então a conjeturar quanto à existência de radicais, isto
é, grupos de átomos que atuariam como uma unidade nas reações químicas. Julgava-
se que dois radicais ligados a um átomo de oxigênio (para formar um éter)
pertencessem ao tipo água, e que três radicais ligados a um átomo de nitrogênio (para
formar uma amina) pertencessem ao tipo amônia. A polêmica quanto ao uso de pesos
moleculares ou atômicos ou de equivalentes na notação de fórmulas aumentava a
confusão criada pelas tentativas de enquadrar todos os compostos orgânicos em
alguns poucos tipos rígidos. A teoria tipológica pelo menos sugeria que um átomo
individual só era capaz de prender um número limitado de átomos de outros
elementos ou radicais. O conceito de "unidades de afinidade" transformou-se
gradualmente no moderno conceito de valência, passo importante para a elucidação da
natureza dos compostos orgânicos.
Em 1858, August Kekulé e Archibald Scott Couper propuseram a tetravalência do
carbono e sua propriedade de unir-se a outros átomos de carbono, formando longas
cadeias, o que abriu caminho para o desenvolvimento da teoria estrutural dos
compostos orgânicos. Nesse desenvolvimento destacou-se o químico Aleksandr
Butlerov. Na década de 1870, Jacobus Henricus van't Hoff e Joseph-Achille Le Bel
praticamente inauguraram o campo da estereoquímica, ao postularem um átomo de
carbono tetraédrico.
Tabela periódica. Em 1860, realizou-se em Karlsruhe, Alemanha, o primeiro
congresso químico internacional, numa tentativa de solucionar a confusão reinante na
teoria química, especialmente com relação aos pesos químicos. O italiano Stanislao
Cannizzaro exumou a hipótese de Avogadro e demonstrou como os átomos e
moléculas podiam distinguir-se entre si. A verificação dos verdadeiros pesos atômicos
e moleculares possibilitou a complementação de estudos anteriores para classificação
das propriedades dos elementos em termos de seus pesos atômicos. Dmitri
Mendeleiev e Lothar Meyer propuseram versões de tabelas periódicas, e Mendeleiev
previu a existência e propriedades de três elementos até então desconhecidos. A
descoberta posterior desses elementos (gálio, em 1875; escândio, em 1879; e
germânio, em 1886), de acordo com as previsões, faz com que a lei de periodicidade
fosse universalmente aceita e deu aos químicos uma generalização sistemática sobre a
qual basearam sua ciência.
A química do século XIX conseguiu ainda duas descobertas de importância
transcendental: as técnicas de espectrografia, devidas a Robert Bunsen e Gustav
Kirchhoff em 1859, que permitem deduzir a composição das substâncias segundo a
energia absorvida por seus átomos a diferentes freqüências características de luz; e a
tabela periódica dos elementos químicos, criada independentemente por Dmitri
Mendeleiev e Julius Lothar Meyer, que criou uma classificação estruturada de todas
as classes de átomos conhecidas e ainda não descobertas, de cuja simples análise se
podem extrair conclusões sobre a composição atômica e as propriedades físicas e
químicas de cada elemento.
Século XX. O desenvolvimento da química ao longo do século XX apoiou-se na
confirmação experimental da teoria atômica, em estreita conexão com os avanços da
física. Comprovou-se a existência de partículas subatômicas, Ernest Rutherford e
Niels Bohr elaboraram modelos atômicos, e Max Planck lançou os fundamentos da
mecânica quântica.
A explosão tecnológica e industrial do século XX, como conseqüência de avanços
científicos acelerados, deu origem ao nascimento das grandes indústrias químicas. A
química médica e farmacêutica e a química de polímeros (plásticos, fibras, derivados
do petróleo etc.) experimentaram um desenvolvimento espetacular na segunda metade
do século e influíram diretamente sobre os hábitos sociais com o lançamento no
mercado de consumo de inovadores utensílios fabricados com diversos materiais e a
universalização da distribuição de medicamentos e outros produtos terapêuticos. Além
disso, outros numerosos aspectos da vida cotidiana, como a alimentação, a agricultura
e o tratamento de combustíveis ganharam novos enfoques paralelamente às
descobertas de uma ciência em contínua evolução.
Princípios fundamentais
Desde a revolução experimentada pelas ciências químicas no princípio do século XIX,
um dos principais objetivos perseguidos pelos especialistas foi o estabelecimento de
postulados metodológicos em grande parte inspirados nos modelos preexistentes da
física e da matemática.
Os enunciados modernos da filosofia da ciência defendem que o progresso científico
resulta da confrontação entre dois pontos de vista complementares: as concepções
teóricas dos fenômenos, que analisam e sintetizam os dados experimentais e
conformam conjuntos de hipóteses destinados a explicar os fatos e prever as situações
futuras; e as comprovações empíricas, que julgam a validez e a oportunidade de sua
aplicação.
São os seguintes os princípios gerais mais comumente aceitos para a abordagem
teórica dos sistemas químicos.
(1) Utilidade dos modelos teóricos, entendidos como conjuntos de premissas
expressas de forma matemática que constituem o núcleo básico de partida para a
análise de um problema e seus desdobramentos. O uso de modelos, como o do gás
ideal que sustentou a enunciação de leis dos gases perfeitos durante os séculos XVII e
XVIII, assim como os avançados sistemas configurados pelos computadores a partir
de extensas enumerações de dados, se fundamenta na restrição das particularidades
conhecidas do fenômeno até conseguir uma teoria completa e situações absolutamente
previsíveis dentro de seus postulados.
(2) Estrutura atômica, segundo a qual a matéria se compõe fundamentalmente de
átomos, internamente formados de um pequeno núcleo que consiste na aglomeração
de partículas elementares positivas (prótons) e neutras (nêutrons) unidas entre si por
forças de coesão nuclear, e um conjunto de elétrons ou unidades elementares de carga
elétrica negativa distribuídos em distintos níveis de energia e ligados ao núcleo por
atração eletromagnética. A união de átomos gera moléculas, e as reações químicas se
devem ao intercâmbio de elétrons entre moléculas.
(3) Equilíbrios energéticos de acordo com a mecânica quântica, especialidade
científica que postula a existência de regiões do espaço do átomo, chamadas orbitais e
distribuídas em níveis, nas quais se organizam seus elétrons em pares ou
isoladamente. O movimento de elétrons entre os diferentes níveis de orbitais explica
não só os fenômenos energéticos do átomo, expressos sob formulações quânticas de
alta complexidade matemática, como também o estabelecimento de ligações
químicas.
(4) Validade do conceito de valência química, número inteiro com sinal positivo ou
negativo que quantifica a natureza da participação dos átomos de um elemento em sua
combinação com outros. Esse conceito, manejado desde a antiguidade, se manteve nas
explicações atuais como a quantidade de elétrons que intervém numa reação química
por cada classe de elementos participantes, e se complementa adequadamente com a
teoria de orbitais atômicos.
Peso atômico e mol. A essas considerações teóricas devem corresponder técnicas de
medida adequadas, baseadas na definição de grandezas e princípios básicos de
experimentação. Também é fundamental definir unidades métricas reprodutíveis
mediante um instrumental preciso e completo. Ciência de inspiração puramente
empírica e carente de concepções perfeitamente delimitadas no momento de sua
invenção, a química conserva duas noções fundamentais de natureza experimental: o
peso atômico, posteriormente definido como a acumulação de partículas elementares
positivas ou prótons do núcleo atômico; e o mol, equivalente a 6,023 x 1023
moléculas ou átomos (número de Avogadro), segundo a natureza do composto, e
definido como o peso molecular (soma de pesos atômicos dos átomos de uma
molécula) ou atômico, expresso em gramas, que constitui a unidade básica de
quantidade química.
Finalmente, as leis dos intercâmbios químicos se regem antes de tudo por equilíbrios
de energia que determinam a viabilidade, a duração e a espontaneidade dos processos.
A análise energética das reações químicas, apoiada nos princípios da termodinâmica,
constitui a síntese teórico-prática da maioria das questões pesquisadas pelas diferentes
disciplinas da química.
Nomenclatura química
A utilização de nomes para tudo o que a química representa foi e continua sendo uma
de suas maiores preocupações. Cada princípio e conceito fundamental, assim como os
elementos, os compostos e uma quantidade de outros fatores, precisa ser assinalado
com uma palavra ou combinação de palavras. Para completar esse requisito, tem-se
procurado chegar a uma linguagem química coerente.
A palavra átomo é uma das mais antigas desse vocabulário e quando se relaciona a
uma reação química comum significa o mesmo que quando foi utilizada pela primeira
vez por Demócrito, por volta do ano 400 a.C. É a unidade mínima de matéria (sem
considerar a fissão nuclear) nas reações químicas, da qual se formam as moléculas ou
compostos. Cada átomo tem um símbolo constituído de uma ou duas letras associadas
ao nome do elemento. Tem-se, assim, "Fe" como símbolo do elemento ferro, "Ca"
para o elemento cálcio etc. Substância é a palavra que se aplica à matéria de
composição uniforme e constante, com uma série de propriedades químicas.
Conseqüentemente, só se podem chamar de substâncias os elementos e compostos.
Até quase o fim do século XVIII, nenhuma tentativa sistemática havia sido feita para
designar as substâncias químicas, de modo a indicar sua composição. Os nomes então
em uso eram mais ou menos arbitrários: podiam ser termos da velha alquimia, ou
derivar-se do nome de seu descobridor (por exemplo, o sal de Glauber, muito usado
pelo alemão Johann Rudolf Glauber), ou ainda baseavam-se em alguma semelhança
superficial. Assim, o tricloreto de antimônio, por seu aspecto amanteigado, se
denominava manteiga de antimônio; o cloreto de zinco, manteiga de zinco. Essas
substâncias eram classificadas junto com a manteiga de leite. O mesmo sucedia com o
óleo de vitríolo (ácido sulfúrico), óleo de oliva etc. Torbern Olof Bergman e Louis
Bernard Guyton de Morveau, de forma simultânea e independente, tentaram projetar
um sistema mais completo para denominar os compostos químicos. A sistematização
da nomenclatura apresentada por Lavoisier e a notação química proposta por Jöns
Jacob Berzelius, que criou símbolos para os elementos, são empregadas ainda hoje.
Equipamento de laboratório
Quase todos os utensílios empregados nas experiências químicas são feitos de vidro,
principalmente devido à inércia química desse material. Entre esses destacam-se os
copos ou bécheres, cilindros de fundo plano abertos em cima e providos de bico para
verter, e os balões, que podem ter fundo chato ou redondo.
O volume dos líquidos pode ser medido por provetas, que são cilindros de vidro
graduados; por buretas, recipientes de vidro tubular com muitas linhas finas
graduadas, de modo que se pode medir com segurança a quantidade de líquido
retirada por uma torneira na extremidade inferior; e pipetas, que diferem das buretas,
pois são suficientemente pequenas para se poderem manejar. A pressão exercida pelo
dedo sobre a entrada do ar na parte superior do tubo regula a retirada do líquido da
pipeta. Os cadinhos são pequenos recipientes resistentes ao calor, muito usados para a
determinação de cinzas e a fusão de metais. Os tubos de ensaio são tubos de vidro
fechados numa das extremidades, usados no trabalho com pequenas porções de
reativos.
Os principais aparelhos de laboratório são o microscópio e a balança, equipamentos
de medida indireta das massas. São usados também termômetros de mercúrio, para
medir temperaturas; densímetros, para determinação de pesos específicos; bicos de
gás (Bunsen) para aquecer; rolhas etc.
O avanço da química está intimamente relacionado à evolução da ciência dos
computadores, pois acredita-se que muitos dos trabalhos e reações realizados nos
laboratórios passarão a ser feitos unicamente no computador, num processo conhecido
como modelagem molecular. Os computadores também são indispensáveis nas
pesquisas de química quântica, por exemplo, e encontram cada vez maior aplicação
no controle dos equipamentos eletrônicos de laboratório.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
Química Inorgânica

I - SUBSTÂNCIA

1) Pura:

• Possui fórmula.
• Propriedades definidas.
• Composição fixa.

a) Simples: Formada por um único elemento.


Ex.: O2 , H2 , Cn , ...
b) Composta: Formada por mais de um elemento.
Ex.: H2O, C6H12O6 , ...

2) Mistura:

• Não possui fórmula.


• Não tem propriedades definidas.
• Não possui composição fixa.

a) Homogênea(Solução): Uma única FASE(Monofásica).


Ex.: Água potável, Ouro 18quilates, Ar,...
b) Heterogênea: Mais de uma FASE(Polifásica).
Ex.: Água + areia , Granito , Pólvora, ...

LEMBRAR

• Sublimação - Ex.: Naftalina, gelo-seco, iodo e cânfora.


• Grafite(Cn) , Diamante(Cn) , Gelo-seco(CO2(s)) , Glicose(C6H12O6) , Metano(CH4), ...
• Água potável, Água mineral, Álcool Hidratado(SOLUÇÕES)

3) Propriedades da Matéria

Gerais Funcionais Específicas


Químicas Organolépicas Físicas
Ácidos Densidade
Massa P. Fusão
Bases
Volume P. Ebulição
Sais Reação Sentidos
Inércia Dureza
Óxidos
Volatilidade
Solubilidade

4) Separação das Misturas:

• Água + areia - Filtração , Decantação.


• Água + Óleo - Sifonação , Decantação(funil de bromo)
• Areias auríferas - Levigação.
• Mistura HOMOGÊNEA(destilação)
- Água + Sal: Evaporação(Salinas) ou Destilação Simples.
- Água + Álcool: Destilação Fracionada.
• Leite, Sangue(Centrifugação)
• Cor - Cromatografia
• Reter gases - Adsorção
• Cristalização - Purificar sólidos.

5) Alotropia:
a) Elementos: C , O , S , P
b) Variedades:
1) Carbono: Diamante, Grafite e Fullerene
2) Oxigênio: Gás oxigênio, Gás ozônio.
3) Enxofre: Rômbico, Monoclínico.
4) Fósforo: Vermelho, Branco.

II - ATOMÍSTICA

1) Modelos:
a) Dalton:
- Leis Ponderais(Lavoisier e Proust)
- Massa
- Indivisível
- Modelo: Bola de Bilhar
b) Thomsom:
- Divisível
- Descoberta do elétron.
- Modelo: Pudim de Passas.
c) Rutherford:
- Núcleo(Prótons e Nêutrons).
- Modelo: Sistema Planetário
d) Bohr:
- Energia Quantizada.
e) Modelo Atual: Ondulatório.

2) Regiões:
a) Núcleo: Denso e Pequeno.
b) Eletrosfera: Massa desprezível.

• IsótoPos(mesmo elemento): Prótons iguais e Massas diferentes.


• IsóbAros: Massas iguais e Prótons diferentes.
• IsótoNos: Nêutrons iguais e Prótons diferentes.
• IsoELETRÔNicos: Elétrons iguais.

3) Neutro: Prótons = Número Atômico = elétrons.

4) Íon (Com carga):


a) Cátion(+): Perde elétrons.
b) Ânion(-): Ganha elétrons.

Obs.: Camada de Valência - Última camada.


CUIDADO: Arranca o elétron da última camada.

• Níveis: K,L,M,N,O,P,Q.
• Subníveis: s2 , p6 , d10 , f14 .

III - TABELA PERIÓDICA


1) Histórico:
a) Mendeleyev - Ordem crescente de massas atômicas.
b) Moseley - Ordem crescente de número atômico.

2) Divisão:
a) Períodos: Linhas Horizontais.
b) Famílias(Grupos): Linhas Verticais.

3) Classificação:
a) metais:

• Bons condutores.
• Sólidos, exceto o mercúrio(líquido).
• Dúcteis(fios).
• Maleáveis(lâminas).
• Formam cátions(+).

b) Ametais:

• Sólidos, líquido(bromo) e gasosos(H,O,N,F,Cl).


• Ânions.

c) Semimetais: B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po.


d) Gases Nobres:

• Estáveis.
• Inertes.
• Isolados.

4) Artificiais:

• Cisurânicos: Z < 92
• Transurânicos: Z > 92

5) Propriedades:
a) Eletronegatividade: Destaque: Flúor.
b) Energia de Ionização: Destaque: Gases Nobres
X(g) + energia Þ X(g)+ + elétron
c) Eletroafinidade:
X(g) + energia Þ X(g)- + energia
d) Densidade: Destaque: Os, Ir, Pt.
e) Ponto de Fusão e Ebulição: Destaque: W e o elemento Carbono(macromoléculas).

IV - LIGAÇÕES QUÍMICAS

1) Iônica(eletrovalente):

• Metal(+) com Ametal(-)


• Transferência de elétrons.
• Força eletrostática.
Obs: Os compostos iônicos são:

• Sólidos(25ºC)
• Alto P.F e P.E

2) Covalente(Molecular):

• Ametal(-) com Ametal(-)


• Compartilhamento de elétrons.
• Forças Intermoleculares.

3) Metálica:

• Metal(+) com Metal(+)


• Elétrons livres(nuvem eletrônica).
• Ligas metálicas.

Ex.: Aço - Fe + C
Ouro 18K - Au +Ag + Cu
Bronze - Cu + Sn
Latão - Cu + Zn

Geometria Molecular

• Dois átomos: Linear


• Três átomos:
- Linear(átomo central não sobram elétrons) Ex.: CO2
- Angular(átomo central sobram elétrons) Ex.: H2O
• Quatro átomos:
- Trigonal(átomo central não sobram elétrons) Ex.: BF3
- Piramidal(átomo central sobram elétrons) Ex.: NH3
• Cinco átomos: Tetraédrica. Ex.: CH4 , CCl4 , CHCl3

Polaridade
1) Ligação APOLAR(DE=0): mesma eletronegatividade.
Ex.: O2 , H2 , ...
2) Ligação POLAR(DE¹0): diferente eletronegatividade.
Ex.: H2O, HCl, ...

ATENÇÃO

Possuem LIGAÇÕES POLARES, mas a MOLÉCULA é APOLAR(m =0).

CO2 , CH4 , CCl4 , BF3 , BeH2

Forças Intermoleculares
1) Dipolo-Induzido(London): Moléculas Apolares.
2) Dipolo-Permanente(dipolo-dipolo): Moléculas Polares.
3) Pontes de hidrogênio:
F
H O
N

Ex.: H2O, NH3, HF, Álcoois(-C-OH)

Obs.: Polar dissolve Polar


Apolar dissolve Apolar

V - Funções Inorgânicas

1) Ácidos(H+X):

• Hidrácido(sem oxigênio) Ex.: HCl


• Oxiácido(com oxigênio) Ex.: H2SO4

a) Força(Grau de Ionização):
Hidrácido Oxiácido
Forte(a > 50%) HCl, HBr, HI Dx ≥ 2
Moderado(5% £ a £ 50%) HF Dx = 1
Fraco(a < 5%) Os demais Dx = 0

HAXOB Dx = B – A
B

Cuidado:
H2CO3 – Fraco e Instável. Se quebra em CO2 e H2O
H3PO3 – Diácido e Moderado.
H3PO2 – Monoácido e Moderado.

Obs.: Anidro – Sem água(Puro).


Anidrido – Perda de água.

b) Nomenclatura:

• Sem oxigênio – Ídrico Ex.: HCN – ácido cianídrico.


• Com oxigênio – Nox menor(OSO) ; Nox maior(ICO).

Ex.: H2SO4 – ácido sulfúrico


H2SO3 – ácido sulfuroso.
H2CO3 – ácido carbônico
H3PO4 – ácido fosfórico.

2) Bases(XOH-):

• NH4OH(hidróxido de amônio) – solúvel , fraca e volátil.


• NH3 – Amônia(amoníaco)

a) Força(grau de dissociação)
• Fortes: 1A e 2A
• Fracas: As demais.

b) Solubilidade:

• Solúvel: 1A e NH4OH
• Pouco solúvel: 2A
• Insolúvel: As demais.

Não esqueça
HCl – ácido muriático(limpeza)
NaOH – soda cáustica.
Ca(OH)2 – cal hidratada ou apagada.
Mg(OH)2 – leite de magnésia.
NaNO3 – salitre do Chile.
NaHCO3 – bicarbonato de sódio.
Na2CO3 – barrilha.
CaCO3 – Mármore / Calcário.
CaO – Cal virgem ou Viva.
CH3COOH – ácido acético(fraco).

3) óxidos(XO-2):

• óxido básico: 1A e 2A Ex.: CaO


• óxido ácido: Ametais Ex.: CO2 e SO3
• óxido neutro(não reagem). CO, NO, N2O, H2O.
• óxido anfótero: Zn, Al, Pb, Sn, As.
• Peróxido(O-): 1A e 2A Ex.: H2O2

4) Sais(X+Y-):

• Sem oxigênio: ETO


• Com oxigênio: ATO(maior) ou ITO(menor)

a) Radicais:
- NO3- (nitrato)
- SO42- (sulfato)
- PO43- (fosfato)
- CO32- (carbonato)

VI – Reações Químicas

• Liberam CALOR, GÁS, LUZ, ...


• Ácido + Base Þ SAL + H2O(neutralização)
• Combustão(queima): X + O2 Þ XO2

- Completa: libera CO2 + H2O


- Incompleta: libera CO + H2O

• Síntese: X + Y Þ XY
• Decomposição: XY Þ X + Y
• Simples troca(deslocamento): X + YZ Þ XZ + Y
• Dupla troca: XY + ZW Þ XW + ZY

IMPORTANTE
Pirólise do Calcário(mármore), produz Cal virgem(viva)
CaCO3 Þ CaO + CO2

VII – Cálculos Químicos

1 mol = 6,02 x 1023 = 22,4 litros

mol átomos volume


moléculas

• massa: Massa Molar


• 1 atm = 760mmHg
• litros = dm3
• mililitros = cm3

Obs.: Fórmula Molecular = (fórmula mínima) . n

n = massa molar(Fórmula Molecular)


massa molar(fórmula mínima)
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Radiação

Ameaça nuclear:

Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a


maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos
reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes
nucleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957,
contamina cerca de 270 mil pessoas. O mais grave, em Chernobyl, na Ucrânia, em
1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e forma uma nuvem radiativa
que se espalha por toda a Europa. O número de pessoas contaminadas é incalculável.
No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois
técnicos. Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em
Goiânia, em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com
isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico. Encontrada e aberta por
sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a contaminação de
duzentas. Submarinos nucleares afundados durante a 2a Guerra Mundial também
constituem grave ameaça. O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais
concentram esse tipo de sucata.

Radiação:

A ausência de comunicação imediata de problemas em usinas nucleares preocupa


militantes ecológicos e cientistas no mundo inteiro. Isso também acontece no Brasil.
Em março de 1993, o grupo Greenpeace denuncia: a paralisação da Usina Nuclear de
Angra I, em Angra dos Reis (RJ), provoca um aumento anormal de radiatividade no
interior de seu reator. Pressionada, a direção da usina confirma a informação, mas
garante que o problema não é preocupante. No caso de Angra, o incidente serviu de
alerta para o fato de ainda não se ter estabelecido um plano eficiente para a população
abandonar a cidade em caso de acidente grave.
A poluição radiativa tem-se tornado motivo de grande preocupação desde a última
guerra mundial, uma vez que seus efeitos podem causar sérios danos às populações
vegetais e animais nas diversas regiões da Terra.
Os produtos radiativos podem ser lançados no meio ambiente através de:
- à explosões atômicas;
- à água utilizada para o resfriamento dos reatores de usinas nucleares;
- à detritos atômicos formados nessas usinas.
No rio Colúmbia (Estados Unidos, que recebe os efluentes da usina nuclear da Honfard,
constatou-se que a contaminação inicial de uma partícula radiativa na água passava de
35 nos invertebrados aquáticos para 7.500 em patos, atingindo até 200.000 nos ovos
das patas, acarretando a esterilização desses ovos.

Poluentes radioativos:

Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que,
além de apresentar uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado
pelo organismo de forma semelhante ao cálcio. (Meia-vida é o intervalo de tempo no
qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a capacidade de emitir
radiatividade.)
A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar
nos exemplos abaixo:
- à iodo 131 - 8 dias;
- à iodo 129 - 10 milhões de anos;
- à estrôncio 90 - 28 anos.

Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de
leite e ovos contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade
emitida pode alterar a atividade da medula óssea na produção de células sangüíneas,
com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia ou mesmo a adquirir leucemia.

O iodo radiativo (I129; I131), outro perigoso poluente, aloja-se em especial na


tireóide, reduzindo-lhe a atividade, além de provocar processos de cancerização nessa
glândula). Entende-se por que, depois do vazamento da usina nuclear de Chernobyl
(na Ucrânia, república da então União Soviética), em abril de 1986, foi proibido o
consumo de leite natural e de determinados legumes não só na área diretamente
afetada, mas também em países vizinhos, como a Polônia e a Itália. Muitos europeus,
para se defenderem da radiação, passaram a ingerir iodo comum juntamente com a
água. Essa substância aloja-se na tireóide, "saturando-a" e diminuindo a possibilidade
de concentração de iodo radiativo na glândula.

O perigo da radiatividade pôde ser tristemente comprovado no Brasil, em setembro de


1987. Uma bomba de césio (equipamento usado para tratamento de câncer),
abandonada nas antigas instalações de uma clínica, no centro de Goiânia, foi aberta a
golpes de marreta num ferro-velho. A fonte radiativa, uma pequena pastilha, com pó
de césio 137, ficou exposta durante vários dias e foi intensamente manuseada,
contaminando mais de duzentos pessoas. Cerca de vinte adoeceram gravemente
algumas morreram. Muitas áreas da cidade ficaram contaminadas e várias casas
tiveram até de ser demolidas.

Os elementos radiativos, entretanto, quando bem manipulados, podem ser muito úteis
ao homem. Por exemplo, o césio 137 er o cobalto 60 são muito utilizados em
tratamento de tumores cancerosos ou em bombas que se prestam à esterilização de
insetos nocivos à agricultura.

Chernobyl:

O dia 26 de abril de 1986 foi marcado pelo mais grave acidente na história da energia
nuclear: a explosão de um reator da central atômica de Chernobyl, situada na Ucrânia
(então república da União Soviética), 700 km a sudoeste de Moscou. Centenas de
pessoas foram hospitalizadas com intoxicação radiativa, muitas exibiam grandes
queimaduras e outros tipos de lesões. Mais de 100.000 pessoas foram retiradas da
área da usina, num raio de aproximadamente 30 km. A nuvem radiativa que se formou
em conseqüência do incêndio do reator espalhou-se por grande parte da Europa. Em
1987, um balanço ainda não definitivo das conseqüências do acidente revelava sua
extrema gravidade para o meio ambiente e para a saúde humana. Nos países da
Escandinávia, milhares de toneladas de produtos agrícolas tiveram de ser destruídos e
milhares de renas foram sacrificadas em função da contaminação radiativa; na Itália,
Iugoslávia e Áustria, entre outros países, foram suspensas as vendas de produtos
hortigranjeiros, carne e leite das áreas onde os níveis de radiações se mostraram
elevados. Estima-se que muitas doenças hereditárias, provocadas por mutações
genéticas, atingirão milhares de bebês no futuro. O balanço trágico, portanto,
evidencia que o acidente nuclear de Chernobyl deverá ficar perpetuado por várias
gerações no patrimônio genético da humanidade.

Tipos de Radiação:

Radiação Alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. A
distância que uma partícula percorre antes de parar é chamada alcance. Num dado
meio, partículas alfa de igual energia têm o mesmo alcance. O alcance das partículas
alfa é muito pequeno, o que faz que elas sejam facilmente blindadas. Uma folha fina
de alumínio barra completamente um feixe de partículas de 5MeV. A inalação ou
ingestão de partículas alfa é muito perigosa.

Radiação Beta é também uma partícula, de carga negativa, o elétron. Sua constituição
é feita por partículas beta que são emitidas pela maioria dos nuclídeos radioativos
naturais ou artificiais e tem maior penetração que as partículas alfa. O 32 P dá uma
radiação beta até 1,7 MeV com uma penetração média de 2 a 3 mm na pele, e
alcança, em pequena proporção, 8 mm. Se o emissor beta é ingerido, como acontece
nos casos de diagnóstico e terapêutica, os efeitos são muito mais extensos.

Radiação Gama é uma onda eletromagnética. As substâncias radiativas emitem


continuamente calor e têm a capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de
corrente elétrica. São penetrantes e ao atravessarem uma substância chocam-se com
suas moléculas. A radiação gama tem seu poder de penetração muito grande. Sua
emissão é obtida pela maioria, não totalidade, dos nuclídeos radioativos habitualmente
empregados. Quando a fonte de material radioativo for beta ou gama é necessário
colocação de uma barreira entre o operador e fonte.

Césio 137:

Medo ainda ronda Goiânia

As seqüelas deixadas pelo césio 137 não estão apenas nos corpos das vítimas diretas
do acidente, que tiveram membros amputados, a pele marcada e a saúde afetada pelo
contato com o elemento químico. Passados dez anos do desastre radiológico, boa parte
dos goianienses não somente guarda tristes lembranças do episódio como sofre com
medo dos efeitos do césio 137. Uma pesquisa realizada entre os dias 19 e 22, das 9 às
21 horas, pela empresa TMK para o jornal O POPULAR revela que 53,6% dos 1,5 mil
entrevistados acreditam na possibilidade de que o acidente ainda possa causar algum
tipo de risco à população da capital.

Vítimas

Para 42,9% das pessoas questionadas esse risco não existe e 3,5% dos entrevistados
não opinaram sobre o assunto. Os pesquisadores abordaram por telefone homens e
mulheres maiores de 21 anos, residentes em diversas regiões da cidade. Entre os
tinham de 11 a 15 anos de idade na época do desastre, foram feitas 294 entrevistas,
que revelaram que 53,1% deles acreditam em riscos do césio 137 e 38,8% não têm
qualquer receio quanto a possíveis efeitos tardios do acidente. Vinte e quatro
entrevistados - 8,2% do total - não opinaram.
Dos 526 entrevistados com idades entre 26 e 35 anos, 55,1% não esconderam ainda
temer os riscos do césio 137. Para 44,9% deles esse risco não existe. Entre os
pesquisados na faixa dos 36 aos 50 anos, as opiniões são similares às dos
entrevistados em outros grupos: 55,8% temem riscos da radiação, 39,6% não
acreditam nessa ameaça e 4,6% não opinaram. Mas, enquanto os mais jovens se
preocupam com os efeitos a longo prazo da contaminação, os maiores de 50 anos
estão mais tranqüilos quanto a esses riscos. Dos 200 entrevistados nessa faixa de
idade, 52% disseram não acreditar na possibilidade de o césio 137 ainda ameaçar a
população, 45% acreditam nesse risco e 3% nada declararam.
Para o especialista em medicina nuclear, Alexandre de Oliveira, essa preocupação da
sociedade revelada pela pesquisa não se justifica. “O acidente fez muitas vítimas e não
deve fazer novas vítimas emocionais”, declara o chefe da assessoria de saúde,
segurança e meio ambiente das Indústrias Nucleares do Brasil. Ele garante que não há
possibilidade de outras pessoas, além das que tiveram contato direto com o césio 137
em setembro de 1987, sofrerem qualquer doença ou outros efeitos provocados pelo
elemento radioativo.

Pesado silêncio da ausência

Há dez anos a casa de Ivo Alves Ferreira e Lourdes das Neves Ferreira vivia cheia de
amigos que se divertiam em animados churrascos. Mesmo quando não havia motivos
para comemorar, o local era ponto de encontro de parentes e vizinhos e possuía a
alegria ruidosa que só as crianças sabem e podem proporcionar. O acidente radiológico
com o césio 137 foi o marco divisório na vida dessa e de outras famílias. Há dez anos
não acontecem mais churrascos na casa de Ivo e Lourdes. Há dez anos eles deixaram
de passear e convivem em casa com um pesado silêncio deixado pela morte da filha
caçula, Leide das Neves Ferreira, aos 6 anos de idade.
Impossibilitado de trabalhar por causa das lesões e dos problemas de saúde que se
agravaram, Ivo Ferreira continua cercado de amigos. É respeitado e querido na
vizinhança. À tarde, sempre aparecem companheiros para conversar, mas não é a
mesma coisa. “Não tenho mais vontade de fazer churrascos e, mesmo que quisesse, o
dinheiro não é suficiente para esses luxos. Faltaria no final do mês”, explica Lourdes
das Neves. Ela procura ocupar o tempo cuidando da netinha que fica sempre com os
avós e se recusa a falar no passado, embora as fotos da filha estejam em quase toda a
extensão da parede da sala. “Só falo sobre o presente”.
Salgados
As histórias individuais das vítimas do césio se confundem em vários pontos. Passado o
frenesi dos primeiros meses de desinformação total, discriminação, baterias de
exames, internações em diferentes hospitais e a angústia profunda da impotência
diante do desconhecido, elas sofreram o choque do contato com a realidade e,
deprimidas, se isolaram. Só o tempo até a decisão de tentar restabelecer uma vida
normal variou. Algumas demoraram mais do que as outras, mas todas sabem que
ainda não chegaram lá. O estigma, o preconceito, as cicatrizes e as doenças ainda
impedem que se sintam cidadãos comuns.
Luiza Odet Mota dos Santos, 38, que sofreu lesões no pescoço, conta que antigamente
sentia medo de tudo, principalmente de ser rejeitada. “Quando me perguntavam o que
eram essas cicatrizes no meu pescoço, falava que tinha me queimado, mas agora não
me importo, falo a verdade, e quem quiser me aceite como sou”, diz, decidida. Luiza
Odet procura se manter saudável, preocupa-se com a alimentação e consome muitas
frutas e verduras. Sua família foi uma das mais afetadas pela radiação.
Ela, o marido, Kardec Sebastião dos Santos, e quatro dos cinco filhos pertencem ao
grupo 1, que corresponde ao mais atingido. Só o filho mais novo, que nasceu em
1992, ficou livre da radiação. Luiza Odet e Kardec trabalham juntos em casa. Fazem
salgados, laranjinhas e sorvetes, que vendem no colégio da Vila Santa Luzia, bairro de
Aparecida de Goiânia, onde moram. Ela se emociona até hoje e não contém as
lágrimas quando lembra do dia 29 de setembro de 1987, quando foi afastada dos
filhos. Luiza Odet e Kardec foram para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de
Janeiro. A dor da separação dos filhos por três meses foi para ela o golpe mais duro
em toda a história de sofrimento desses dez anos.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS

Conceito de Química: É a ciência que estuda as substâncias determinando as


suas propriedades físicas (cor, ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, etc.)
e as transformações dessas substâncias em outras.

Fenômenos Físicos e Químicos: Um fenômeno físico ocorre sem que a


substância se transforme noutra substância, já um fenômeno químico é aquele
que ocorre com a transformação da substância numa nova substância.
Exemplo de fenômeno físico: água (gelo) Æ água (liquido) Æ água (vapor)
Exemplo de fenômeno químico: Papel (celulose) Æ queima (gás carbônico +
água)

Ferro (Fe) Æ ferrugem [Fe2O3 , Fe(OH)3]

Matéria e Energia: Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço.
Exemplo: pedra, madeira, ar, água, etc. Uma porção limitada de matéria é
chamada de corpo (ex.: pedaço de madeira). Energia é a capacidade de realizar
trabalho podendo se apresentar na forma de energia calorífica, elétrica, cinética,
mecânica, luminosa, potencial, nuclear e química.

Transformação da Energia: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se


transforma” (Antoine Laurent de Lavoisier - 1743-1794). A matéria e a energia
estão intimamente ligadas. O estudo da química depende tanto da matéria quanto
da energia (E=m.c2).

Observe: Queima da madeira Æ aquecimento dos corpos Æ energia calorífica


Carga e descarga da bateria Æ energia química Æ energia elétrica
Explosão do núcleo atômico Æ energia nuclear
Transformações reversíveis: Ex: água Ùvapor
Transformações irreversíveis: Ex: madeira => cinza, fumaça, fuligem

Sistemas: É a parte do universo físico cujas propriedades estão sob investigação


científica. Sistema aberto: pode trocar matéria ou energia com o meio ambiente,
Sistema fechado: pode trocar energia mas não pode trocar matéria com o meio
ambiente. Sistema isolado: não pode trocar matéria nem energia com o meio
ambiente. Sistema homogêneo: apresenta as mesmas propriedades em toda a
sua extensão (Ex.: água + álcool). Sistema heterogêneo: não apresenta as
mesmas propriedades em toda a sua extensão (Ex.: água + areia).
(a) Homogênio (b) Heterogênio

H2O
H2O
+ +
álcool areia

figura 1: (a) sistema homogênio, (b) sistema heterogênio

Substâncias e Mistura

são espécies de matéria formadas


Pura ou espécies químicas por moléculas quimicamente iguais
SUBSTÂNCIAS
Impuras ou misturas são espécies de matérias formadas
por moléculas quimicamente diferentes

Substãcias Simples constituida por um único elemento químico: ex.: O2 , H2 , N2 ,


P4 , Fe , C
Puras
Composta constituida por mais de um elemento químico: ex.: CO2 , H2O, CH4
C2H5OH , Fe2O3

Homogêneas (soluções) constitui uma só fase: ex.: {água + álcool}, {Ar atmosférico}
Misturas
Heterogêneas constitui duas ou mais fases: ex.: {água + areia},
{ água, óleo, areia}
figura 2: Classificação das substâncias

Misturas: não se apresentam ‘constantes físicas’ definidas; ponte de fusão,


ebulição, densidade absoluta, mudam com a composição da mistura.
Substância pura: têm composição fixa, propriedades constantes.
Fase: é cada uma das partes homogenias de um sistema
Componente: é cada substância que entra na composição do sistema.

Água e Álcool 1 fase sistema monofásico


2 componentes

Água + óleo 3 fases


+ mercúrio sistema trifásico
3 componentes

Gelo + água 2 fases


1 componente (H2O) sistema bifásico

Água do mar 1 fase


vários componentes sistema monofásico
{H2O, NaCl, CO2, etc.}

figura 3: exemplos de sistemas com número de fases e de componentes


Comportamento térmico: Ao aquecermos a água pura, o sistema entrará em
ebulição (100ºC) e a temperatura ficará constante por toda a ebulição (L Æ G). Se
esfriarmos o sistema, observamos que a água volta à forma líquida, conservando
as mesmas propriedades anteriores.
Sistema “água + NaCl” Ao aquecermos o sistema água + NaCl, verificamos que
o mesmo estará em ebulição numa temperatura superior a da água pura (102ºC),
elevando-se a medida que a água passa do estado líquido para o gasoso
enquanto o sal fica no fundo do frasco. Com o resfriamento esse sistema não
conserva as propriedades anteriores.

(a) sitema: água pura (b) sitema: água e sal


T( oC) o
T( C)
vapor de água
o ebulição L- G vapor de água
100 C o
água líquida
102 C ebulição L- G
o água líquida + sal
o fusão S-L -2 C fusão
0C S-L
água sólida (gelo) sólido
(tempo) (tempo)

figura 4: comportamento da curva de aquecimento de (a) água pura e (b) água com sal
Misturas Azeotrópicas e Eutéticas

Mistura Azeotrópica: a temperatura se mantem constante durante a ebulição e a


composição não muda.Ex.: 96% de álcool etílico com 4% de água (álcool 96 ºGL)
Mistura Eutética: a temperatura se mantem constante durante a fusão e a
composição não muda. Ex.:Ligas metálicas como: bronze (cobre e estanho), latão
(cobre e zinco).
(a) (b)
T T
ebulição (constante)

fusão (constante)

tempo tempo
figura 5: (a) comportamento de uma mistura azeotrópica
(b) comportamento de uma mistura eutética
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Existe lógica na organização


da Tabela Periódica?
No século XIX, os pesquisadores perceberam que havia relação entre as
propriedades de determinadas substâncias e a massa atômica dos átomos
que as constituíam: elementos com massas atômicas próximas tinham
propriedades semelhantes. Entre 1869 e 1871, o químico russo Dmitri
Ivanovich Mendeleiev sistematizou as informações existentes e descobriu a
chamada Lei Periódica: as propriedades físicas e químicas dos elementos
são uma função periódica de sua massa atômica.

1. A Tabela de Mendeleiev
A tabela organizada pelo químico Mendeleiev é parecida com a atual. Ele classificou os 64
elementos químicos conhecidos na época, organizando-os pela ordem crescente de sua massa
atômica. Percebeu que as propriedades de determinados elementos repetiam-se periodicamente e
usou esse critério para reuni-los em grupos, ou famílias – os elementos situados numa mesma
coluna têm propriedades semelhantes. Ao fazer essa ordenação, alguns espaços entre elementos
químicos conhecidos ficaram vazios. Mendeleiev previu que seriam preenchidos por elementos
ainda desconhecidos – o que foi confirmado mais tarde pela descoberta de novos elementos. Para
poder calcular quantos elementos novos poderiam surgir além dos já conhecidos, o físico Henry
G.J. Moseley ordenou, entre 1912 e 1913, os elementos por seu número atômico, que, por ser um
número inteiro, permitia "contar" quantos átomos faltavam descobrir – esse é o critério usado até
hoje.

2. Configuração eletrônica do átomo


É a forma como seus elétrons se distribuem ao redor do núcleo; distribuição que se reflete em
diferenças de energia. A energia de um elétron é definida pelos chamados números quânticos, que
têm origem na Química Quântica de Schöedinger. O número quântico n, ou número quântico
principal, define a maior parte da energia de um elétron, relativa à sua proximidade do núcleo. O
conjunto de elétrons que se encontram à mesma distância do núcleo é chamado de nível (n); a
cada conjunto, ou nível, são atribuídos valores inteiros. O número quântico I, ou secundário, indica
as pequenas diferenças de energia entre elétrons de mesmo nível e pode ter valores inteiros (de 0,
1, 2 até n - 1). As pequenas diferenças de energia são atribuídas às formas que um orbital assume.
Os elétrons com o mesmo n e I formam um subnível. Há mais dois números quânticos: o
magnético, m, que pode assumir os valores inteiros negativos ou positivos (-l ou + l) e indica a
orientação do orbital no espaço, e o spin (s), com valor +1/2 ou -1/2, que se refere ao sentido de
rotação do elétron em torno de si mesmo. A configuração eletrônica revela os elétrons de maior
energia de um átomo, que, junto com os elétrons do último nível, são os responsáveis por suas
propriedades.
Número de Número de
n l m s elétrons no elétrons no
subnível nível
1 0 0 ±1/2 2 2
0 0 ±1/2 2
2 -1 ±1/2 8
1 0 ±1/2 6
+2 ±1/2
3 0 0 ±1/2 2 18
-1 ±1/2
1 0 ±1/2 6
+1 ±1/2
-2 ±1/2
-1 ±1/2
2 0 ±1/2 10
+1 ±1/2
+2 ±1/2
0 0 ±1/2 2
-1 ±1/2
1 0 ±1/2 6
+1 ±1/2
-2 ±1/2
-1 ±1/2
2 0 ±1/2 10
4 +1 ±1/2 32
+2 ±1/2
-3 ±1/2
-2 ±1/2
-1 ±1/2
3 0 ±1/2 14
+1 ± 1/2
+2 ±1/2
+3 ±1/2

2a. Notação
A configuração eletrônica é expressa por uma combinação de números e letras que indica os
níveis, subníveis e o número de elétrons existentes em cada subnível. Para identificar o nível, usa-
se um número correspondente ao número quântico principal n. O subnível é expresso por letras: s,
p, d ou f, que correspondem, respectivamente, aos valores 0, 1, 2 e 3 do número quântico
secundário I. A letra que expressa cada subnível recebe um expoente numérico que indica quantos
elétrons existem no subnível. A notação da configuração eletrônica no estado fundamental do
cloro, por exemplo, que tem 17 elétrons é: {Cl} = 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p5. As chaves { } simbolizam a
configuração eletrônica.

Estado fundamental de um átomo é aquele em que todos os


elétrons apresentam a mínima energia possível.

2b. Ordem de energias


A energia do primeiro nível, que reúne os elétrons mais próximos ao
núcleo, é inferior à energia de todos os subníveis do segundo nível. Por
sua vez, a energia do segundo nível é inferior à de todos os subníveis do
terceiro nível. A diferença entre a energia média de dois níveis
sucessivos vai decrescendo à medida que cresce sua distância do
núcleo, e, simultaneamente, vai crescendo a quantidade de subníveis. A
partir do terceiro nível, há um solapamento de energias, ou seja, o
subnível de menor energia do quarto nível (4s) tem uma energia inferior
ao subnível de maior energia do terceiro nível (3d). Esse fenômeno
repete-se em níveis superiores: no sexto nível, o subnível 6s tem energia inferior ao 4f do quarto
nível.
2c. Diagramas de energia
Existem gráficos que indicam a ordem dos orbitais segundo sua energia.
Nesse diagrama, a menor energia corresponde ao subnível 1s. Partindo
desse subnível e seguindo a linha contínua no sentido da flecha temos
todos os subníveis em ordem crescente de energia.

3. A Tabela Periódica atual


Organiza-se em 18 colunas, sete filas e duas outras separadas do corpo
da tabela. Cada coluna recebe o nome de grupo e contém elementos
com propriedades químicas semelhantes. Os grupos são numerados em
Representação dos orbitais algarismos romanos na seguinte ordem: IA, IIA, IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB,
1s, para n = 1 e 2s 2p, para n VIIIB (que têm três colunas), IB, IIB, IIIA, IVA, VA, VIA, VIIA e VIIIA, ou
= 2. Em cada um deles
cabem, no máximo, dois 0. Nos grupos A estão os chamados elementos representativos, como o
elétrons. Como há três orbitais sódio ou o flúor, que possuem seus elétrons de máxima energia (os
do tipo p, dizemos que o nível últimos que se escrevem ao se fazer sua configuração eletrônica) em
p acomoda seis elétrons, dois
em cada orbital subníveis s ou p. Nos grupos B estão os chamados elementos de
transição, cujos elétrons de máxima energia estão situados em
subníveis de tipo d, que não se encontram no nível mais externo.

3a. Os períodos
As linhas horizontais são chamadas períodos. Eram numerados de um a sete, mas, atualmente, de
1 a 16, por determinação da International Union for Pure and Applied Chemestry (IUPAC –
Associação Internacional de Química Pura e Aplicada). Os elétrons que estão num mesmo período
têm em comum o número quântico principal, que define a energia de seu elétron mais externo e
que coincide com o número do período. Assim, nas configurações dos elementos do segundo
período, o número quântico principal maior será o dois e no sétimo período será o sete. Nem todos
os períodos possuem o mesmo número de elementos. Existe um período com dois elementos, dois
com oito e três com 18 – o último está incompleto. As duas linhas separadas, abaixo, cada uma
com 14 elementos, reúnem os lantanídeos e os actinídeos. Esses elementos, chamados de
transição interna ou terras raras, têm propriedades semelhantes às do lantânio e do actínio e seu
elétron de maior energia pertence a um subnível f.
A tabela periódica já passou por algumas modificações em sua estrutura e na numeração de suas colunas linhas. Ainda hoje é
possível encontrar tabelas com numerações distintas em suas colunas. A tendência, porém, é de unificação.
* Notação adotada pela IUPAC.

4. Raio atômico
É a metade da distância que separa dois átomos iguais unidos entre si. Num período, o raio
atômico diminui à medida que aumenta a carga do núcleo (número atômico), exceto nos gases
nobres em que o raio aumenta muito. No quarto período, por exemplo, o maior raio corresponde ao
potássio (K), com 2,03 Å (Angstrons) e diminui até chegar ao bromo (Br), com 1,14 Å, pois o
aumento da carga nuclear em um mesmo período aumenta a atração entre prótons e elétrons,
diminuindo o raio atômico.

4a. Relação entre a configuração e a tabela periódica


A configuração eletrônica externa ou de valência de um elemento corresponde aos elétrons
presentes nos subníveis superiores de energia, ocupados pelo gás nobre com número atômico
inferior mais próximo. Por exemplo, o gás nobre anterior ao selênio é o argônio, cuja configuração
é 1s2 2s2 2p2 3s2 3p6. Os elementos de um grupo têm a mesma configuração externa e se
diferenciam pelo coeficiente, que indica o número quântico principal.
5. Potencial de ionização
Chama-se potencial de ionização a energia
necessária para que um mol de átomos em
estado gasoso sofra ionização:
M(g) + PI → M+(g) + e– ,
em que M é o símbolo do elemento e M+
simboliza o cátion, formado quando o átomo de
um elemento perde elétron. Num grupo, o
potencial de ionização diminui com o número
atômico, ao passo que num período ele
aumenta acompanhando o aumento do número
atômico. Assim, o maior potencial de ionização No gráfico em forma de dentes de serra,
cada trecho ascendente corresponde às
corresponde ao flúor (F) e o menor ao césio
energias de ionização de um período
(Cs), sem considerar os gases nobres e os
elementos radioativos, difíceis de encontrar na natureza.

6. Eletroafinidade
Conhece-se como eletroafinidade, ou afinidade eletrônica, a energia que um mol de átomos no
estado gasoso libera ao captar um mol de elétron. A captação de um elétron pode ser expressa
assim:
X(g) + e– → X– (g) + EA,
em que X é o símbolo de um elemento e X– o ânion resultante do acréscimo de um elétron ao
átomo neutro.

7. Eletronegatividade
Eletronegatividade é a força com que um átomo atrai um par de elétrons ao formar uma ligação.
Entre as muitas tabelas de eletronegatividade existentes, a mais utilizada é a estabelecida, em
1932, pelo químico norte-americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química de 1954 e Nobel da
Paz de 1962. Os cálculos são sofisticados e vão de um valor de 0,7 para o frâncio até 4 para o
flúor – o do hidrogênio é 2,1. A eletronegatividade é útil para prever a polaridade de uma molécula
ou o caráter iônico de uma ligação. Num grupo, a eletronegatividade diminui suavemente com a
massa atômica, enquanto num período ela aumenta acentuadamente. Os elementos com baixa
eletronegatividade são conhecidos como metais.
8. Massa atômica
Em unidades físicas, a massa de um átomo é um número praticamente desprezível e de difícil
manejo. Por exemplo:
A massa de um átomo de hidrogênio é: 1,67 • 10-27 kg

8a. Massa atômica relativa


Dalton tomou como unidade de massa atômica a massa de um átomo de hidrogênio, calculando as
demais em comparação a ela. Essa unidade recebe o nome de unidade de massa atômica (u), e
as massas assim calculadas, de massas atômicas relativas.

Hoje em dia, a massa atômica relativa é calculada tomando-se


como unidade um doze avos da massa de um átomo do isótopo
12 do carbono.

8b. O nêutron
Para os pesquisadores, o número de prótons e elétrons deveria ser igual para explicar a
neutralidade do átomo. Assim, possuindo o próton uma massa de uma u. (unidade de massa
atômica), a massa atômica tenderia a coincidir com o número de prótons, mas este número era
muito inferior. Ernest Rutherford sugeriu então a existência de nêutrons, partículas com massa um
e sem carga. Essa partícula foi descoberta anos mais tarde, em 1932, pelo físico inglês James
Chadwick.
9. Funções de onda e números quânticos
O modelo atual, atribuído ao físico Erwin Schrödinger, apóia-se nos seguintes princípios: teoria
sobre a dualidade onda-partícula, de Louis De Broglie (1923); princípio da incerteza, enunciado por
Werner Heisemberg (1927). A mecânica quântica, desenvolvida por Schrödinger e Heisemberg,
deu origem ao estudo das funções de onda e dos números quânticos, pois o átomo de Schrödinger
é um modelo matemático. A partir do modelo das funções de onda surgem os orbitais, regiões no
espaço com probalidade de se encontrar os elétrons.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

TABELA DE QUÍMICA ORGÂNICA


Radical Abreviação Nome

- CH3 Me - Metil (A)

CH3 - CH2 - Et - ; C2H5 Etil (A)

CH3 - CH2 - CH2- - n - propil (A)

CH3 - CH - CH3 (CH3)2CH - s - propil ou


| isopropil

CH3 -CH2 - CH2 - CH2- - n - butil (A)

CH3 -CH - CH2 - CH3 - sec - butil (A) ou


| s - butil (A)

CH3 - CH - CH2 - (CH3)2CH - CH2 -


| iso - butil (A) ou
CH i - butil (A)
3
CH3
|
(CH3)3C - ter - butil (A) ou
CH3 - C -
t - butil (A)
|
CH3

CH2 = CH - C2H3 - Etenil (A) ou


Vinil

CH2 = CH - CH2 - - Alil (A)

Fenil (A)

Benzil ( A )
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB
TERMOQUÍMICA

1. Conceito de Entalpia
2. Calores e reações
3. Lei de Hess

Conceitos de Entalpia

Antes de iniciar o assunto Termoquímica é importante definir alguns termos que serão usados com freqüência:

1. Sistema: Denomina-se sistema uma parte do universo físico cujas propriedades estão sob investigação.
2. Fronteira: Limites que definem o espaço do sistema, separando-o do resto do universo.
3. Vizinhança ou meio ambiente : É a porção do universo próxima às fronteiras do sistema, que pode, na
maioria dos casos, interagir com o sistema.
4. Quando uma reação química ocorre em um determinado sistema, isso acarreta uma troca de calor entre
o sistema em reação e o meio ambiente.

A termoquímica estuda justamente essas trocas de calor, assim como o seu aproveitamento na
realização de trabalho.

Se o calor trocado entre o sistema e o meio ambiente é medido a pressão constante, ele é denominado Entalpia ou
conteúdo calorífico e simbolizado por H. Sendo que Entalpia (H) é o calor trocado a pressão constante.

Em relação às trocas de calor, as reações químicas se classificam em dois tipos: reações exotérmicas e reações
endotérmicas, conforme liberem ou absorvam o calor respectivamente.

REAÇÕES EXOTÉRMICAS

O prefixo exo significa "para fora". Reações exotérmicas são aquelas que liberam energia na forma de calor. O
esquema geral de uma reação exotérmica pode ser escrito da maneira a seguir, onde A, B, C e D representam
substâncias genéricas:

A + B ® C + D + calor

Hr Hp
entalpia de reagentes entalpia de produtos

A partir da Lei da Conservação da Energia, podemos afirmar que: "A energia total dos reagentes é igual à energia
total dos produtos".

Em outras palavras, toda a energia que entrou no primeiro membro da equação química deve sair integralmente no
segundo membro da equação. De onde tiramos a seguinte conclusão: se uma reação é exotérmica, então a entalpia
dos reagentes (Hr ) é maior que a entalpia dos produtos (Hp ), pois uma parte da energia que estava contida nos
reagentes foi liberada para o meio ambiente na forma de calor e apenas uma outra parte dessa energia ficou
contida nos produtos. Então reação exotérmica: Hr > Hp

Não é possível determinar diretamente a entalpia de cada substância participante de uma reação, mas podemos
determinar experimentalmente a variação da entalpia D H, que ocorre quando uma reação química é realizada.

Variação da Entalpia: D H = H final (produtos) H inicial (reagentes)


ou D H = Hr Hp
Como na reação exotérmica Hr > Hp , então neste tipo de reação o valor de D H será sempre negativo. Sendo que a
reação exotérmica: D H > 0.

Observe que não existe energia negativa; ou um sistema contém energia. O sinal negativo de D H quer dizer apenas
que a energia foi liberada.

REAÇÕES ENDOTÉRMICAS

O prefixo endo significa "para dentro". Reações endotérmicas são aquelas que absorvem energia na forma de calor.
O esquema geral de uma reação endotérmica pode ser escrito da maneira a seguir, onde A, B, C e D representam
substâncias genéricas.

A + B + calor ® C + D

Hr Hp

entalpia dos reagentes entalpia dos produtos

Uma vez que a energia total se conserva do primeiro para o segundo membro de qualquer reação química, podemos
afirmar que: se uma reação é endotérmica, a entalpia dos produtos Hp é maior que a entalpia dos reagentes Hr ,
pois uma determinada quantidade de energia foi absorvida pelos reagentes na forma de calor, durante a reação,
ficando contida nos produtos. Sendo que reação endotérmica: Hp > Hr.

E sendo D H = Hp Hr , então na reação endotérmica o valor de D H será sempre positivo. Sendo que reação
endotérmica: D H > 0.

PRINCÍPIO DE THOMPSEN E BERTHELOT

Há um princípio fundamental da Termoquímica, determinado em 1867 pelos cientistas que lhe deram seus nomes,
que afirma: "Dentre um conjunto de reações químicas possíveis, ocorrerá primeiro, espontaneamente, aquela que
for mais exotérmica." A reação exotérmica é aquela que libera maior quantidade de energia na forma de calor. Isto
significa que os produtos formados nesse tipo de reação são menos energéticos, portanto, mais estáveis.
Espontaneamente, as substâncias só irão reagir em busca de maior estabilidade e, desse modo, em busca de liberar a
maior quantidade possível de energia. Sendo que podemos dizer:

mais estabilidade = menos energia = menor D H = reação mais espontânea

Tal que podemos utilizar o exemplo: Adicionando-se os gases F2, Cl2 e Br2 a um recipiente contendo gás
hidrogênio, pode-se prever qual a reação que ocorrerá primeiro, através do valor de D H de cada uma.

a) 1Þ2 H2(g) + 1Þ2 F2(g) ® 1 HF(g) D H = - 64,2 Kcal

b) 1Þ2 H2(g) + 1Þ2 Cl2(g) ® 1 HCl (g) D H = - 22,1 Kcal

c) 1Þ2 H2(g) + 1Þ2 Br2(g) ® 1 Hbr(g) D H = - 8,7 Kcal

Como a reação a é a que libera maior quantidade de energia, espontaneamente é a reação que ocorre em primeiro
lugar.
FATORES QUE INFLUENCIAM O VALOR DA VARIAÇÃO DE ENTALPIA

O valor da variação de entalpia, D H, de uma reação química está sujeito a variações conforme mudem as condições
em que a reação foi realizada. Sendo que os fatores que influenciam D H são:

1. TEMPERATURA

O valor de D H varia sensivelmente com a temperatura em que se deu a reação.

Se uma reação ocorre a uma temperatura X, obtém-se D Hx.

Se essa mesma reação ocorrer a uma temperatura Y > X, por exemplo, obtém-se um D HY diferente de D Hx.

Isso ocorre porque a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos reagentes de X até Y é diferente
da quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos produtos de X até Y.

2. PRESSÃO

O valor de D H em uma reação envolvendo substâncias sólidas e líquidas praticamente não varia com a mudança de
pressão. No caso de reações que envolvem substâncias gasosas, o valor de D H começa a variar de modo
significativo para pressões de ordem de 1000 atm. Com as reações normalmente são feitas sob pressão atmosférica
normal (1 atm.), não é necessário levar em conta a variação no valor de D H com a pressão.

3. QUANTIDADE DE REAGENTES E PRODUTOS

A quantidade de calor envolvida em uma reação química é proporcional à quantidade de reagentes e produtos que
participam da reação. Se por exemplo, a quantidade de reagentes e produtos for dobrada, a quantidade de calor irá
dobrar igualmente como no exemplo:

1 H2(g) + 1 Cl2(g) ® 2 HCl (g) D H = - 44,2 Kcal

2 H2(g) + 2 Cl2(g) ® 4 HCl (g) D H = - 88,4 Kcal

4. FASE DE AGREGAÇÃO

A energia das substâncias aumenta progressivamente à medida que elas passam da fase sólida para a líquida e a
gasosa.

energia da fase sólida < energia da fase líquida < energia da fase gasosa
Seja por exemplo, uma reação química exotérmica:

· Quanto menos energética for a fase de agregação dos produtos formados, maior será a energia
liberada na reação.
· Quanto mais energética for a fase de agregação dos produtos formados, menor será a energia
liberada na reação, pois a energia ficará contida no produto.
· Exemplo:

2 H2(g) + O2(g) ® 2 H2 O( l ) D H = - 68,3 Kcal

2 H2(g) + O2(g) ® 2 H2 O( g ) D H = - 57,8 Kcal

·5. VARIEDADE ALOTRÓPICA

Entre a s formas alotrópicas de um mesmo elemento há aquela mais estável e, portanto, menos energética, e também
a menos estável, portanto, mais energética. Seja, por exemplo, uma reação química exotérmica:

· Partindo-se do reagente na forma alotrópica mais estável (menos energética) obtém-se menor
quantidade de energia liberada na reação.
· Partindo-se do mesmo reagente na forma alotrópica menos estável (mais energética) obtém-se
maior quantidade de energia liberada na reação.
· Exemplo:

C(grafita) + O2(g) ® CO2(g) D H = - 94,00 Kcal

C(diamante) + O2(g) ® CO2(g) D H = - 94,45 Kcal

·6. PRESENÇA DE SOLVENTE


·Quando dissolvemos uma determinada substância em um solvente qualquer, ocorre liberação ou absorção de
energia na forma de calor. Assim, se fizermos uma reação na ausência de um solvente, o valor de D H será diferente
daquele obtido quando fazemos a mesma reação na presença de um solvente.

Exemplo:

1H2 (g) + 1 Cl2(g) ® 2 HCl (g) D H = - 44,2 Kcal

H2O

1 H2(g) + 1 Cl2(g) ® 2 HCl (aq) D H = - 80,2 Kcal

Sendo que a diferença: 80,2 - 44,2 = 36,0 Kcal é igual à energia liberada na dissolução de 2 moléculas de HCl em
água ( cada 1 mol de HCl dissolvido em água libera 18,0 Kcal).

OBSERVAÇÕES GERAIS.:
·Como o valor do D H de uma reação varia em função dos fatores vistos no item anterior, é preciso que na equação
termoquímica constem as informações a seguir:
A temperatura e a pressão nas quais se deu a reação.

As substâncias que reagem e que são produzidas, com os respectivos coeficientes.

A fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) em que se encontra cada substância participante da reação.

A variedade alotrópica de cada substância que participa da reação ( no caso das substâncias apresentarem formas
alotrópicas).

A quantidade de calor que foi liberada ou absorvida durante a reação.

Tal que saiba-se que em termoquímica normalmente se trabalha em condições-padrão:


Temperatura de 25° C ou 298 K.

Pressão de 1 atm.

Substância na fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) comum nessas condições de pressão e temperatura.

Exemplo: A água é líquida a 25° C e 1 atm; portanto, em condições-padrão, trabalha-se com a água na fase líquida.
· Substância na forma alotrópica mais estável.
·

Nessas condições o valor de D H é tabelado para muitas reações. Como a seguir:

Tabela 1

Entalpia de formação estado padrão em Kcal/mol

H2O(g) - 57, 8
NO(g) 21,6
C6H6(l) 19, 8

H2O(l) - 58, 3

NO2(g) 8,1
CH4(g) - 17, 9

SO3(g) - 94, 5

N2O(g) 19, 5

C2H6(g) - 20, 2

SO2(g) - 71, 0

HCl(g) - 22,1

CaO(s) - 151,8

Observação: muitas dessas entalpias de formação são calculadas de forma indireta, pois nem sempre a
transformação direta de formação, ou síntese, entre os elementos formados é possível na prática. A grande utilidade
das entalpias de formação está, como dissemos ha pouco, no calculo da variação de entalpia, D H, de transformações
químicas. Usaremos as entalpias de formação como conteúdo de calor de cada substância. Somando esses
conteúdos, teremos as entalpias dos reagentes e as entalpias dos produtos. Fazendo o cálculo, entalpias finais menos
entalpias iniciais, chegaremos à variação de entalpia de transformação.

Tabela 2

Entalpias de combustão de alguns combustíveis importantes no estado padrão.

kcal /mol

cal /g

Hidrogênio
H2(g)
- 68,3
- 33.887
Metano
CH4(g)
- 212,8
- 13.265
Propano
C3H8(g)
- 530,6
- 12.034
Acetileno
C2H2(g)
- 310,6
- 11.930
Butano
C4H10(g)
- 688,0
- 11.837
Gasolina
C6 a C10(l)
- 1.320,0
- 11.579
Querosene
C11 a C12(l)
- 1.731,6
- 11.100
Óleo Diesel
C13 a C17(l)
- 2.306,6
- 10.880
Carvão
C(s)
- 96,7
- 8.083
Álcool etílico
C2H5OH(l)
- 326,7
- 7.102
Álcool metílico
CH3OH(l)
- 173,6
- 5.425
Monóxido de carbono
CO(g)
- 67,6
- 2.414
Observações:

1. Todos os D H de combustão são negativos, pois são transformações exotérmicas.

2. Os combustíveis acima citados estão na ordem decrescente de cal/g, porque é nessa unidade que se comparam os
poderes caloríficos na indústria.

3. Para a gasolina, querosene e óleo diesel, não existem fórmulas, pois esses matérias não são substancias e sim
misturas de substâncias. São misturas de hidrocarbonetos, compostos moleculares formados unicamente por carbono
e hidrogênio. Quando citamos, na gasolina, C6 a C10 , significa que os hidrocarbonetos que a formam possuem de
6 a 10 átomos de carbono por molécula.

Alguns combustíveis, tais como gás de rua (formado por CH4 e H2) e gás de botijão (C3H8 e C4H10),

também são misturas.

Tabela 3

Energias de ligação em Kcal/mol no estado padrão.


F - F 37,5
C - F 128,0
CL - CL 58,0
C - CL 93,0
Br - Br 46,3
C - Br 67,0
I - I 36,4
C - I 50,0
H - F 135,9
H - H 104,2
H - CL 103,1
O = O 118,0
H - Br 87,4
N º N 225,8
H - I 71,4
H - O 102,3

TIPOS DE VARIAÇÃO DE ENTALPIA

Os diferentes calores de reação

Para simplificar o estudo, dividimos os calores envolvidos nas reações químicas (D H) em grupos, a saber: D H de
combustão, de neutralização, de dissolução e de formação.

Em todos esses casos, convenciona-se que o valor de D H deve ser tomado em condições padrão, que são as
seguintes:

· pressão de 1 atmosfera;
· temperatura de 25° C ou 298 K;
· substâncias na fase de agregação (sólida, líquida ou gasosa) comum nessas condições de pressão e
temperatura;
· substâncias na forma alotrópica mais estável.
· Indicamos que o D H está em condições-padrão pela notação: D H0 .

·
Entalpia-padrão de combustão

Denomina-se entalpia-padrão de combustão a variação de entalpia (D H0) envolvida na combustão completa de 1


mol de moléculas de determinada substância, em que todos os participantes da reação se encontram em condições-
padrão.

Exemplo:

1 CH4(g) + 2 O2(g) ® 1 CO2(g) + 2H2O D H0 combustão = - 212,8 Kcal


·ENTALPIA-PADRÃO DE NEUTRALIZAÇÃO

Denomina-se entalpia-padrão de neutralização a variação de entalpia (D H0) envolvida na neutralização de 1


equivalente-grama de um ácido por 1 equivalente-grama de uma base, ambos em soluções aquosas diluídas.

1 Eg ácido(aq) + 1 Eg base(aq) à 1 Eg sal (aq) + H2O D H0 neutralização

Observe que o D H0 de neutralização entre ácidos e bases fortes é constantes. Isso ocorre porque todos os ácidos
fortes, bases fortes e os sais obtidos pela reação desses compostos se encontram praticamente 100% ionizados ou
dissociados em soluções aquosas diluídas.

·ENTALPIA PADRÃO DE DISSOLUÇÃO

Denomina-se entalpia-padrão de dissolução a variação de entalpia (D H0) envolvida na dissolução de 1 mol de


determinada substância numa quantidade de água suficiente para que a solução obtida seja diluída.

O processo de dissolução de uma substância em água se dá em duas fases, cada uma envolvendo respectivamente
um D H1 e um D H2, sendo que: D H0 dissolução = D H1 + D H2.

1° .) Quebra das ligações interatômicas em compostos iônicos ou capazes de formar íons e intermoleculares em
compostos covalentes. Esta fase é sempre endotérmica.

H2O

CxHy > Cy+(aq) + Ax-(aq) D H2 > 0


2° .) Hidratação das partículas (íons) do soluto. O envolvimento ordenado das moléculas de água ao redor das
partículas (íons) do soluto é sempre um processo exotérmico.

Cy+ + Ax- + H2O à Cy+(aq) + Ax-(aq) D H2 < 0

Assim, podemos concluir:

D H0 dissolução > 0 se: D H1 > D H2


D H0 dissolução < 0 se: D H1 < D H2

·ENTALPIA-PADRÃO DE FORMAÇÃO

Denomina-se entalpia-padrão de formação a variação de entalpia (D H0f ) envolvida na reação de formação de 1 mol
de moléculas de determinada substância, a partir de substâncias simples em condições-padrão.

Pela própria definição de entalpia-padrão de formação concluímos que a entalpia-padrão de qualquer substâncias
simples em condições-padrão é igual a zero.

1 H2g à 1 H2(g) D H0f = 0,0 Kcal

1 O2(g) à 1 O2(g) D H0f = 0,0 Kcal

1 C(grafita) à 1 C(grafita) D H0f = 0,0 Kcal

A DIFICULDADE DE DETERMINAR NA PRÁTICA O VALOR DE D H

Há uma série de fatores que muitas vezes tornam invariável a determinação prática de variação de entalpia de uma
reação. Normalmente o valor de D H é medido em aparelhos denominados calorímetros, mas esses aparelhos só
funcionam com precisão para determinados tipos de reações.

Uma outra dificuldade que surge em relação à determinação experimental de D H é o próprio número de reações
químicas, que ultrapassam a casa dos milhões.

Por esses motivos, é bastante útil aprender a calcular teoricamente o valor de D H é o próprio número de reação
química a partir de um conjunto pequeno de informações experimentais.

· Lei de Hess
Germain Henri Hess (1802 - 1850), médico e químico que, apesar de nascido na Suíça, passou toda a sua vida na
Rússia, é considerado um precursor da Termoquímica. Entre inúmeros trabalhos nesta área, Hess determinou em
1840 a seguinte lei:

A variação de entalpia envolvida numa reação química, sob determinadas condições


experimentais, depende exclusivamente da entalpia inicial dos reagentes e da entalpia final dos
produtos, seja a reação executada em uma única etapa ou em várias etapas sucessivas.
Em outras palavras, o valor de D H de um processo não depende do número de etapas nem do tipo de cada etapa do
processo. Isso reafirma a expressão :

D H reação = Hp Hr

Essa constatação é importante porque permite trabalhar com equações químicas como se fossem equações
matemáticas, isto é, permite calcular o D H de uma determinada reação x (incógnita) pela soma de reações de D H
conhecidos, cujo resultado seja a reação de x.

Exemplo: Considerando que a reação de combustão de carbono grafita produzindo monóxido de carbono.

equação x: 2 C(grafita) + 1 O2(g) à 2 CO(g) D H = ?

É impossível medir com precisão o D H desta reação, pois, na prática, não se consegue parar a oxidação do carbono
exatamente no estágio CO(g). Sempre acaba se formando um pouco de CO2(g).

Podemos medir no calorímetro, porém, o D H das seguintes reações:

I.) 1 C(grafita) + 1 O2(g) à 1 CO2(g) D H = - 94,1 Kcal

II.) 2 CO(g) + 1 O2(g) à 2 CO2(g) D H = - 135,4 Kcal

Usando alguns artifícios matemáticos, podemos "manipular" as equações I e II., de modo que ao somá-las o
resultado seja a equação x.

ó Na equação x temos como primeiro reagente 2 mols de C(grafita).

O C(grafita) aparece na equação I, porém na quantidade de 1 mol. Devemos então multiplicar toda equação I por 2
para igualá-la à equação x neste aspecto.

Lembre-se de que, ao multiplicar ou dividir os coeficientes de uma reação termoquímica por um número
qualquer, deve-se multiplicar ou dividir o valor de D H desta reação pelo mesmo número.

I. 2) 2 C(grafita) + 2 O2(g) à 2 CO2(g) D H = - 188,2 Kcal

ó Na equação x temos como produto 2 mols de CO2(g). Na equação II. aparecem 2 mols de CO2(g) no reagente.
Devemos então inverter a equação II. para torná-la igual à equação x neste aspecto.

Devemos lembrar que, ao inverter uma reação termoquímica, deve-se inverter o sinal do D H, pois, se num
determinado sentido a reação libera calor, para voltar, em sentido contrário, a reação terá que absorver a mesma
quantidade de calor que havia liberado, e vice-versa.

invertendo II.) 2 CO2(g) à 2 CO(g) + 1 O2(g) à D H = +135,4 Kcal

ó Não consideramos o reagente O2(g) da equação x porque ele aparece tanto na equação I como na equação II.
Freqüentemente, quando isso ocorre, o reagente (ou produto) acaba se ajustando sozinho durante a soma algébrica
das equações.

O processo para somar as equações químicas é o seguinte:

1. Se uma substância aparece na mesma quantidade no reagente de uma equação e no produto de outra
equação a soma será igual a zero.
2. Se uma substância aparece em maior quantidade no reagente de uma equação e em menor quantidade no
produto de outra equação, devemos subtrair essas quantidades em módulo e colocar o resultado no reagente
da equação final.
3. Se uma substância aparece em maior quantidade no produto de uma equação e em menor quantidade no
reagente de outra equação, devemos subtrair essas quantidades em módulos e colocar o resultado no
produto da equação final.
4. Se uma substância aparece no reagente de duas ou mais equações diferentes, devemos somar todas as
quantidades e colocar o total no reagente da equação final. O mesmo raciocínio deve ser seguido no caso de
uma substância que aparece no produto de duas ou mais equações diferentes.
5. Se uma substância aparece no reagente ou no produto de apenas uma equação entre as várias que estão
sendo somadas, devemos colocar essa substância respectivamente no reagente ou no produto da equação
final na quantidade em que ela se apresenta.
Somando-se as equações I e II, devidamente "arrumadas", seguindo as regras anteriores, iremos obter a equação x.

I.) 2 C(grafita) + 2 O2(g) à 2 CO2(g) D H = - 188,2 Kcal

II.) 2 CO(g) à 2 CO(g) + 1 O2(g) D H = +135,4 Kcal

2 C(grafita) + 1 O2(g) à 2 CO(g) D H = - 52,8 Kcal

Como de fato o resultado da soma das equações I e II "arrumadas" foi a equação x, então o D H da reação x é igual à
soma do D HI e do D HII dessas reações.

CONCLUSÃO
Como a variação de energia num processo global não depende das etapas e nen do número delas, podemos somar as
equações termoquímicas que representam as etapas sempre que os estados iniciais e finais forem os mesmos, pois a
variação total de energia da transformação global será a mesma.

Assim, a lei de Hess nos garante que podemos somar as equações termoquímicas de todas as etapas e seus
respectivos D H com a finalidade de determinar variações de entalpia difícies de serem medidas em laboratório.

Por isso, a lei de Hess é também conhecida como Lei da Soma dos Calores de Reações.
Pedro Ricardo Dias Batista PRDB

Titulação
É o método pelo qual se determina uma quantidade desconhecida de uma substância
particular, mediante a adição de um reativo-padrão que reage com ela em proporção
definida e conhecida. A adição de um reativo-padrão (um reativo de concentração
conhecida e freqüentemente designado como reativo-titulado) se regula e se mede de
alguma maneira, requerendo-se um método de indicaçào para saber quando a quantidade
do reativo normal juntado é precisamente a suficiente para reagir quantitativamente com a
substância que se determina. Por conseguinte, conhecendo a proporção em que reagem as
substâncias e tendo determinado a quantidade de uma substância (o reativo titulado)
necessária para reagir nesta proporção, pode-se calcular facilmente a quantidade
desconhecida de substância presente no frasco da reação .
Em uma titulação, o ponto em que a quantidade de reativo titulado adicionado é
exatamente a suficiente para que se combine em uma proporção estequiométrica, ou
empiricamente reproduzível com a substância que se determina , chama-se ‘ponto de
equivalência’. O ponto final de uma titulação deve coincidir com o ponto de equivalência ou
estar muito próximo dele. A diferença entre os pontos de equivalência e final se chama
intervalo do indicador.
As titulações se realizam quase sempre com soluções ou dissoluções, porém também
é fácil realizá-las com substâncias nos estados gasoso, sólido e de fusão, se se dispõe de
um equipamento adequado.
Exemplo: Vejamos como é feita a titulação da solução de ac. Sulfúrico de concentração X mol/L por
meio de uma solução de hidróxido de sódio de concentraçao 0,10 mol/L.
1.Por meio de uma pipeta ou de uma buretamedimos o volume de 25,00mL da soluçao de ac. Sulfúrico e
transferimos essa solução para um erlenmeyer, adicionando algumas gotas de solução alcoólicas de
fenolftaleína, que ira atuar como indicador. A solução no erlenmeyer ficará incolor, pois a fenolftaleína em meio
ácido permanece incolor.
2.Colocamos a solução de hidróxido de sódio de concentração 0.10 mol/L no interior de uma bureta e
fazemos o nível dessa solução coincidir com o zero da bureta. Agora, iniciamos a titulação propriamente dita.
Gotejamos a solução de hidróxido de sódio no interior do erlenmeyer, sob agitação continua. À medida que a
solução de hidróxido de sódio vai sendo introduzida no frasco, a quantidade de ac. Sulfúrico no seu interior vai
diminuindo, porque há neutralização do ácido pela base.
3.Enquanto houver ac. Sulfúrico no erlenmeyer, a solução no seu interior permanecerá incolor. Num dado
instante, ao cair uma gota de hidróxido de sódio no erlenmeyer , a solução ficará avermelhada. Nesse instante
fecha-se a torneira da bureta e esta terminada a titulação.
A última gota de NaOH que caiu contem excesso de NaOH, pois apareceu a coloração avermelhada,
porém esse excesso é desprezível. Qiando a solução passa de incolor a avermelhada , significa que o ac.
sulfúrico reagiu completamente com o NaOH (fim da titulação)
Volume de NaOH gasto na titulação: 22,50 mL. Portanto, 25,00 mL de sol. De ac. Sulfúrico de
concentração X mol/L exigiram na titulação 22,50 mL de NaOH de concentração 0.10 mol/L.

Tipos de Titulação

· ácido-base (acidimetria-alcalimetria):
Se uma solução de ácido é titulada com uma solução alcalina (ou seja na acidimetria)
as hidroxilas da solução alcalina combinam-se com os hidrogênios ionizáveis do ácido,
aumentando o pH da solução; em determinado pH o ponto de equivalência é atingido e a
reação terminada. O mesmo raciocínio se aplica as soluções alcalinas tituladas por ácidos
(isto é, a alcalimetria): o pH no ponto de equivalência depende da natureza e da
concentração dos reagentes.
· oxidação-redução (redox):
Baseiam-se nos processos em que há transferência de elétrons (isto é, nas reações de
oxirredução. Os agentes oxidantes ou redutores apresentam diferentes atividades quimicas.
Oxidantes fortes têm pronunciada tendência para ganhar elétrons, que são capazes de
remover de grande número de redutores. O mesmo acontece na perda de elétrons em
relação aos redutores. Sendo a intensidade da ação oxidante ou redutora de um sistema
determinada pelo seu potencial de de oxidação.
· precipitação:
Uma reação com formação de precipitado pode ser utilizada para titulação, desde que
processe com velocidade adequada, que seja quantitativa e que haja um modo de
determinar o momento em que o ponto de equivalência foi alcançado. Na prática essas
condições limitam seriamente o número de reações de precipitação utilizáveis. Muitas
reações de precipitação precisam de tempo relativamente longo para serem consideradas
quantitativas.
· formação de complexos:
As titulações complexométricas baseiam-se na formação de um complexo solúvel. São
reações extremamente comuns, mas poucas satisfazem as condições para serem usadas
em química analítica: na sua maioria, os complexos não são estáveis bastante para permitir
uma titulação. Os complexos que podem ser usados são quase sempre agentes
quelatantes, sendo o reagente mais comum o sal dissódico do ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA). Quase todos os metais podem ser titulados pelo EDTA ou
reagentes semelhantes, e essas titulações representam um dos maiores desenvolvimentos
da química analítica clássica nos últimos anos.
· Titulação sem indicador:
O ponto de equivalência é indicado pelo aparecimento de uma turbidez. Esse é um dos
métodos mais precisos de análise volumétrica para a determinação da prata. A
determinação é feita pela adição de uma solução-titulada de NaCl ou NaBr, e a suspensão é
agitada até que haja coagulação do AgBr ou AgCl formado. A velocidade de coagulação é
uma indicação da proximidade do ponto de equivalência, pois quanto menor a concentração
de íons prata na solução, menor a carga positiva nas partículas do precipitado. O
precipitado é deixado em repouso para depositar e, então, um pequeno volume da solução-
titulada, diluida dez vezes, é adicionada à solução, cuja fase líquida estará perfeitamente
límpida.
Qualquer resto de íon prata na solução dará turbidez. Se essa turbidez for forte, a
solução será novamente agitada para coagulação, e o processo repetido até que se tenha
fraca ou nenhuma turbidez. Como essa titulação requer habilidade e é muito trabalhosa, na
prática em geral usam-se métodos com indicador.

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