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CAP 1

CAP 1

O Sol ilumina a baía de Jump City, seu brilho tocando um gigantesca torre moldada em
forma de T. No interior desta torre, desenrolava-se uma cena que era familiar aos cinco
adolescentes que a habitavam. De fato, era uma cena familiar demais:

- Cara!! – exclamou um garoto de pele e olhos extremamente verdades, orelhas


compridas e pontudas, e uma presa que insistia em adornar sua boca. – Como é que
você tem coragem de comer isso? Quantos animais inocentes precisaram ser
massacrados para fazer tudo isso?

- Isso, como você diz, se chama bacon com ovos. Eu como porque é bom, e antes eles
do que eu, ora bolas! Você quer que eu morra de fome por causa de um bicho que
ninguém aqui nunca viu?? – respondeu o rapaz que estava cozinhando. Ele era muito
alto, com quase 1,90m de altura, ombros largos, pele negra, e a maior parte de seu corpo
substituída por partes metálicas, que o faziam parecer ainda maior. E intimidante.

- Morre de fome só se quiser, cara! Existem substitutos para carne, sabia? – respondeu o
garoto verde, balançando um prato cheio de alguma... coisa... branca.

- Mutano, quantas vezes preciso repetir? Só você gosta dessa sua carne falsa! Diz aí,
você não fica com gosto de papel na boca?

- Ciborgue, tofu NÃO tem gosto de papel!

- Claaaaaro!

Os outros três adolescentes sentados à mesa não conseguiram evitar um grunhido de


frustração. Eles assistiam isso TODO café da manhã há ANOS. Verdade, era engraçado,
mas todos queriam ver algo diferente, para variar.

O jovem sentado à mesa levantou os olhos acima do jornal que estava lendo. Era
branco, com cabelos pretos espetados. Usava um uniforme estranhamente colorido:
botas pretas. Calça e luvas verdes, camiseta vermelha com um “R” estilizado no peito,
uma máscara cobrindo os olhos, e uma capa preta com fundo amarelo. Ele disse,
calmamente:

- Vocês dois vão deixar o café da manhã queimar desse jeito, pessoal. E eu estou com
fome.

- Nosso amigo Robin está certo, amigos Ciborgue e Mutano. Nossas atividades diárias
exigem nutrição. – complementou a ruiva sentada ao lado de Robin. Ela era alta para
uma menina, e estava usando blusa, minissaia, e botas de cano alto, todas de cor
púrpura. Também tinha uma pele laranja claro, seu cabelo liso descia até a linha da
cintura, e seus olhos eram inteiramente verdes, com uma forte fosforescência. Isso
porque ela vinha do planeta Tamaran, a vários anos-luz de distância da terra
A bronca dada pelo casal conseguiu fazer Mutano e Ciborgue pararem. Eles olharam
para seus colegas por um instante, surpresos, mas momentos depois voltaram a atenção
para a comida que estavam preparando.

Minutos depois, o café da manhã estava pronto. Panquecas, sanduíches, suco de fruta, e
até uma garrafa de mostarda, que era o condimento terrestre mais adorado por estelar, a
tamaraneana. Os adolescentes começaram a comer sem demora, com exceção de uma
jovem sentada no sofá da sala, que estava usando um colante preto com mangas e uma
capa azul com capuz. Sua cabeça era ornada por cabelos lilás, cortados na altura da
nuca, e seus olhos eram da mesma cor, estando fixos em um livro que ela tinha nas
mãos. Sua pele era pálida, num tom acinzentado, o que lhe dava uma aparência gótica.

Mutano só precisou tomar um gole de leite de soja para perceber que só haviam quatro
pessoas à mesa:

- Vem comer, Rae! – disse ele, ao mesmo tempo em que arrumava uma cadeira ao lado
dele.

- É Ravena. – a resposta foi dada em um tom monótono, quase sem emoção.

- Mas está uma delícia!! Você sabe que você quer, não sabe? – exclamou o garoto
verde, colocando dois ovos de tofu em um prato.

- Mutano, quantas vezes preciso te dizer que não como carne falsa? – Ela repetiu a frase
de Ciborgue, sem tirar os olhos do livro.

- E como é que você sabe que é tofu se nem ta olhando? – Mutano disse num tom
vitorioso, apenas para perceber uma risadinha de estelar, Robin com um sorriso grande,
e Ciborgue apontando um polegar para o alto.

- Ehhhh... hahaha. – riu ele, coçando a cabeça, sentindo-se estúpido.

- Gênio... – a voz de Ravena soou sarcasticamente pela sala.

- Tá bom, OK, não precisa comer tofu, mas você não sabe o que está perdendo.

- Acredite, mutano, eu sei exatamente o que estou perdendo.

- Claro que não sabe! Você nunca provou! Como poderia saber?

- suspiro

- Ah, qualé, Rae? Pelo menos vem sentar com a gente!

- Você não tem nada melhor para fazer além de me incomodar? – o tom de voz dela
estava mais severo.

- Por favooooooor, Rae... – ele implorou, com os olhos enormes, mais parecendo um
cachorrinho.
- Não. E pela última vez, meu. Nome. É. Ravena!

- Mas...

- Chega. Vou para o meu quarto. – Ela disse, ao mesmo tempo em que se retirava da
sala, sem ao menos olhar na direção onde os amigos estavam.

Assim que a empata cruzou o corredor, Mutano fez menção de ir atrás dela, mas mal
havia levantado quando sentiu uma mão segurando seu ombro.

- Deixa ela ir, mano. Melhor não abusar da sorte. – Ciborgue disse.

Derrotado, Mutano voltou ao café da manhã.

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Sentada em posição de lótus, mas flutuando a cerca de trinta centímetros do chão,


Ravena meditava.

- Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos... –


ela repetia seu familiar mantra.

Ela se encontrava em seu quarto, que tinha uma cama grande, e diversas prateleiras e
armários, que continham velas, incensos, frascos com líquidos e pós de cores estranhas,
algumas estátuas, e livros. Muitos e muitos livros.

- Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos…

A meditação durara boa parte do dia, e passava das 3 horas da tarde, Ravena não
almoçara ainda, mas não sentia fome. Ainda.

- Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos…

Ravena precisava meditar para manter o controle de suas emoções. Seus poderem eram
ligados a elas, e descontrole podia significar desastre. De fato, desde que aprendera a
falar, ela também fora ensinada que não deveria sentir. Nada. E por essa razão, entre
outras, ela sempre mantinha o controle.

- Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos, Azarath, Metrion, Zinthos

Manter o controle emocional era difícil. E a tarefa se tornara ainda mais complicada nos
últimos anos, pois um certo garoto verde estava sempre incomodando ela. Sempre
tentando contar uma piada sem graça, ou gastando sua paciência com uma conversa sem
sentido, e de modo geral se comportando como uma criança. Desde que entrara para a
equipe, anos atrás, privacidade, calma e quietude haviam se tornado raras. Em grande
parte, devido a Mutano.

Ravena terminou a meditação e desceu lentamente ao nível do solo. Mal havia se


levantado, e ouviu alguém batendo à sua porta:
- Rae, sou eu, você ta aí? Opa, digo, claro que está, tem como abrir a porta?

Nunca falhava. Desde que a equipe retornara para a cidade meses antes, após derrotar a
Irmandade Negra, o metamorfo sempre batia à porta dela à tarde.

- Não – ela respondeu, no tom monótono habitual.

- Deixa eu entrar, vai? Nem falei direito com você, hoje. – o que era verdade. Apesar de
viverem sob o mesmo teto há anos, o número de conversas DE VERDADE que os dois
haviam tido podiam ser contados nos dedos. De uma mão.

- Você não tem nada para me dizer, Mutano. Nada relevante. – ela falou do outro lado
da porta, sem nenhuma menção de abri-la.

- Claro que tenho! Porque você acha que eu vim aqui?

- Porque Ciborgue não vai mais jogar videogames com você hoje, e você quer passar o
tempo me contando essas suas piadas estúpidas.

Mutano engoliu em seco. Era verdade, mas apenas parte dela. Muito tempo atrás ele
tinha jurado a si mesmo que iria fazer Ravena rir. E esse juramento possivelmente era a
única coisa que ele levava a sério na vida. Não que ele soubesse o porquê, mas também
nunca havia pensado a respeito.

- Mas minhas piadas são hilárias. Olha só se você não der uma risada na primeira eu te
deixo em paz, OK? – ele continuou, inabalável.

- Vai embora.

- Por favor, Rae? Por favor, vai? Diz que siiim!! – ele implorou, batendo na porta dela
com as duas mãos. E, por após alguns segundos, transformou-se em um cachorro e
começou a arranhar a porta.

A porta subitamente abriu-se, revelando uma Ravena irada, com duas veias pulsando na
testa. Ela lançou um olhar gelado o bastante para fazer qualquer pessoa sensata ver a
própria morte. Mas claro que Mutano não era uma pessoa sensata. Todas as suas
tentativas de fazer sua colega rir sempre resultavam em abuso verbal, e, em alguns
casos, abuso físico. E ele jamais parava de tentar.

- Está bem, está bem! Conte logo essa droga de piada e depois vai... – um fluxo de ar
interrompeu sua fala. Mutano entrara no quarto com a rapidez de um raio.

- ... embora? – A empata estava paralisada de surpresa.

Ela achou que, além do bom-senso, o menino verde tinha perdido a vontade de viver.
Desde que a equipe se formara, o quarto de Ravena era território proibido. Nenhum dos
Titãs, incluindo Mutano, ousava entrar lá sem permissão, o que significava jamais entrar
na única vez que Ciborgue e Mutano entraram, as conseqüências os fizeram jamais
repetir o erro novamente. Pelo menos, até o presente momento.
A surpresa da empata rapidamente deu lugar à irritação ao ver seu colega quase pondo o
nariz em tudo o que via dentro de seu quarto:

- Conte logo sua piada – ela sibilou – e não toque em nada!

Ele levou um pequeno susto ao ouvir isso, e afastou a mão da estatueta que pretendia
examinar.

- Ta bom, lá vai. – começou ele, com um sorriso de rachar o rosto – Um homem estava
andando pela praia e achou uma garrafa. Quando abaixou para pegar ela, um gênio saiu
de dentro e falou: “Por me libertar, amo, o senhor terá direito a três desejos. Mas saiba
que tudo o que o senhor receber, sua mulher receberá em dobro.”

Ele fez uma pequena pausa, tanto para recobrar o fôlego quanto para examinar sua
platéia. Encontrou-a parada, com uma expressão indecifrável no rosto pálido. Mal sabia
que Ravena estava contando mentalmente. Talvez tenha sido por isso que decidiu
continuar:

- Então, o sujeito pediu um carro. “muito bem, amo, agora sua mulher tem dois carros”.
Pediu uma mansão. “Sua mulher agora tem DUAS mansões, amo” Aí o homem disse:
“Agora me bata até eu quase morrer!” – Mutano terminou a piada e rachou na risada,
permanecendo assim até perceber que Ravena não estava rindo, mas murmurando algo.
Apenas tarde demais ele notou que era a parte final de um mantra familiar.

- ZINTHOS!! – a empata terminou com um grito. No mesmo instante, uma energia


negra envolveu o corpo do metamorfo, levantando-o do chão. E apenas um segundo
depois, um som ecoou por toda a Torre Titã:

- AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!! – gritou Mutano ao ser arremessado através


da janela, caindo, junto com milhares de cacos de vidro, para uma queda de quase 40
metros.

Talvez por ouvir o grito de seu amigo, Ravena acordou para a realidade; receio tomou
conta dela, enquanto corria em direção à janela. Para seu alívio ela viu uma gaivota
verde planar, a poucos centímetros do chão, pousar e depois assumir a forma de um
menino de pele verde.

Afastando-se da janela, ela deixou-se cair sobre a cama, com uma forte sensação de
arrependimento. Eu não devia ter feito isso, ela pensou, e nesse momento, o restante da
armação da janela destruída foi envolvida em energia negra e reduzido a pó. Por mais
irritante que ele tenha sido, eu não podia jogar ele pela janela assim. Ele podia ter
morrido na queda! Um caco de vidro poderia ter cortado uma artéria! E, à medida que
pensava, uma outra sensação misturava-se à culpa. Era algo que Ravena não sabia
identificar, mas não era a sensação de se livrar de um incômodo, mas a de ter perdido
algo. Algo importante. Mas ela não sabia o que isso poderia ser.

Vários objetos estavam começando a tremer perigosamente. Percebendo isso, a titã


esvaziou a mente, tentando encontrar seu centro. Lentamente, seu quarto se acalmou. E
então seu estômago a lembrou de que não tinha comido nada o dia inteiro. Admitindo
que não ia fazer bem a ela e nem à equipe se estivesse desmaiando de fome no dia
seguinte, a empata começou a andar na direção da cozinha.

Ao seguir pelo corredor, passando pelos quartos de seus colegas, Ravena cogitou
procurar Mutano e se desculpar, mas decidiu não fazê-lo. Ele era bem capaz de se sentir
encorajado se ela pedisse desculpas. E isso era algo que ela não queria.

--\\--\\--

A ala médica da Torre Titã pode se passar por uma enfermaria bem equipada. Este é
normalmente o local menos usado da Torre. E, mesmo em uso, costuma ser um local
calmo e silencioso. Mas não naquela tarde.

- Ow, ow, OW!! – choramingou Mutano, se contorcendo numa cama, onde estava
deitado de bruços.

- Será que dá para ficar quieto? Como é que eu vou tirar esses cacos de vidro se você
fica aí chorando que nem uma garotinha? – ralhou Ciborgue, que segurava uma pinça
em uma mão e tentava imobilizar seu amigo com a outra.

- É porque não é você que está sofrendo!

- Olha aqui, verdinho, já ouvi isso umas 10 vezes hoje, e se você não parar, eu vou... – o
adolescente metálico ameaçou, enquanto um sorriso diabólico se formava na parte
humana de seu rosto.

- Vai o quê? – perguntou o Titã verde, em tom de desafio, encarando aquele que
considerava seu melhor amigo. Mas, ao ver o sorriso estampado em sua face cor de
ébano, arrependeu-se de não ter ficado calado. A visão daqueles dentes marfim
brilhando como um holofote era sempre um presságio ruim para quem quer que
estivesse na cabeça de seu amigo.

Sem tirar os olhos do metamorfo, Ciborgue apontou o polegar para uma das câmeras de
segurança e disse:

- Se eu mostrar a gravação dos últimos cinco minutos para o Robin, sabe o que vai
acontecer? – ele tinha uma expressão diabólica no olho humano.

Mutano pensou. Na sua cabeça formou-se a imagem de seus colegas sentados na sala
comum assistindo TV. De repente, a programação é substituída pela gravação de
Ciborgue tirando cacos de vidro do seu traseiro enquanto ele se debatia. A imagem
mental se dissolveu, para dar lugar à cabeças de seus quatro amigos chorando de tanto
rir, em volta de uma versão minúscula de si mesmo.

- Você é um ser maligno. – murmurou ele, admitindo a derrota.

- Conte comigo, amigão. – disse o Titã metálico, retornando ao trabalho.

Poucos minutos mais tarde, o mais jovem Titã andava de um lado para outro no topo da
Torre. Ele teria preferido ficar no seu quarto, mas não estava conseguindo ficar parado.
Estava nervoso. O que ele tinha feito para merecer essa tarde? Ser arremessado através
de uma janela?? A quarenta metros de altura?? No que Ravena estava pensando? Matá-
lo? E por causa de uma piada?! Se ela não tinha gostado, não bastava falar?

- Por que eu ainda tento animá-la?? – lamentou, cansado – Ela só quer saber daqueles
livros estúpidos e ficar trancada naquele quarto escuro! E toda vez que tento eu me
ferro!

Ele continuou resmungando por mais um pouco, e então percebeu que o Sol estava se
pondo. Deixando seus amargos pensamentos de lado, sentou-se e observou o
espetáculo. Momentos mais tarde, a orbe solar já tinha desaparecido sob o horizonte, e a
noite começava a estender seu manto sobre Jump City, tornando as estrelas e uma
enorme lua cheia visíveis. À medida que o céu escurecia e a lua se tornava mais e mais
e mais brilhante, sua mente voltou à sua misteriosa colega. Toda a sua raiva havia se
esvaído durante o pôr-do-sol, e ele percebeu que a Lua o fazia se lembrar de Ravena.
Ambas eram belas, misteriosas e distantes. Um sorriso se formou em seu rosto ao
lembrar que a pela da empata parecia tocada pela luz da lua, um pálido cinza perolado
que às vezes parecia brilhar. Cujo cabelo púrpura tinha a mesma cor do céu durante o
crepúsculo.

Ele também lembrou de como ela parecia tão só. Sempre distante dos outros, mesmo
nos muitos momentos em que toda a equipe confraternizava e se divertia, Ravena
parecia meramente estar ali, sem realmente participar. Na maior parte do tempo, tinha
nos olhos uma expressão de indiferença, mas, em várias ocasiões em que ele a tinha
visto sozinha, tinha visto algo que só podia ser tristeza. Mesmo os seus sorrisos eram
incrivelmente raros, e ele os guardava na memória como tesouros inestimáveis.

- Acho que é por isso que tenho que fazê-la rir. – ele murmurou para si mesmo,
sonhador. – Gosto demais dela para desistir de lhe dar alguma dose de felicidade.

Ele ficou alguns instantes olhando para a lua até perceber o que tinha dito. E então
saltou de pé, completamente acordado.

- Espera aí!! Eu disse que GOSTO dela??

Ele não acreditou no que tinha acabado de dizer. Menos de uma hora atrás, poderia
ignorá-la pelo resto da vida. Agora, dissera a si mesmo que gostava de sua sarcástica
colega. Perplexo, começou a relembrar todos os eventos das últimas semanas, em
especial aquelas em que havia sofrido abuso físico ou verbal por parte de Ravena. No
entanto, em vez de se zangar como esperava, uma sensação calorosa percorreu todo o
seu corpo. Os gritos e comentários sarcásticos agora pareciam até... engraçados. E, ela
nunca o havia machucado para valer, pelo menos, não até hoje. Neste momento, estava
sonhando acordado novamente, com um leve (para ele) sorriso adornando sua face.

- É. – disse consigo mesmo – Gosto dela. – E imediatamente correu para o seu quarto.
Eram apenas 7 da noite, mas tinha que se preparar se quisesse agir no dia seguinte.

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