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Teen Titans não me pertence, só esta história.

CAP 9

- Desgraçado!

Ravena andava de um lado para o outro dentro de seu quarto. Seus poderes,
misteriosamente silenciosos até aquele momento, estavam novamente à solta, semeando
o caos não apenas no quarto da empata, mas nos corredores vizinhos. Talvez até mesmo
fora da Torre Titã.

- Desgraçado verde, pateta!

Nem mesmo Trigon em pessoa teria coragem de ficar perto de Ravena agora. Dava para
sentir de longe o perigo que seria bater à porta daquele quarto. Certamente seria uma
passagem só de ida para a pós-vida. Ou pior, se aquela fumaça preta saindo da cabeça
dela servisse de indicativo.

- Como é que aquele cretino entra aqui e me trata daquele jeito?

Ela continuava a andar de um lado para o outro, pisando tão duro que mais parecia estar
martelando o chão. Não conseguiria acalmar-se nem que quisesse: tinha adrenalina
demais correndo nas veias, e nem a respiração nem a cadência cardíaca estavam perto
de voltar ao normal. Se ela não desse um jeito de aliviar a tensão, ia acabar explodindo.
Literalmente. Meditação? Sem chance.

A forma que ela encontrou para se acalmar um pouco até que foi simples. Meramente
continuou xingando seu colega verde de todos os nomes que conseguiu pensar. Era uma
cena digna de entrar para a História, ver a normalmente reservada Ravena chutando
coisas de um lado para o outro, e praguejando insultos que fariam até um marinheiro
ficar roxo de vergonha.

Demorou bastante tempo até ela finalmente parar. E então caiu de costas na cama,
exausta. Tinha algo que sentia mais do que o cansaço, e não era raiva. Era como se algo
muito desejado tivesse escapado segundos antes dela conseguir pôr as mãos em cima.
Como se o último exemplar de um livro que ela tivesse passado anos procurando fosse
tirado da prateleira no mesmo instante em que ela tentasse comprá-lo, mas pior. Ravena
conhecia essa sensação: foi uma constante em sua infância até ela finalmente aceitar que
brincar com as outras crianças, rir, e todas as demais formas de felicidade não eram para
ela. Chamava-se frustração, e a jovem tinha esquecido o quanto tinha demorado a se
livrar dela.

Ainda deitada, ela passou a mão no cabelo e no rosto, no mesmo lado que Mutano tinha
acariciado antes. Ela ainda podia sentir a mão dele ali. Não tinha esquecido todas as
sensações que este gesto tão simples gerara: o calor transmitido de pele para pele, seus
dedos dançando em seu cabelo, a delicadeza com que a palma da mão dele se apoiara no
seu rosto. Mais ainda: ela corou ao lembrar que, na verdade ,tinha até pressionado seu
rosto contra a mão dele, saboreando cada segundo.
Ravena tocou levemente os próprios lábios, os quais ainda tremiam de antecipação por
um momento que já tinha se passado. A respiração dele parecia ainda estar soprando ali,
causando arrepios em todo o seu corpo.

Mas acima de tudo isso estava a voz do metamorfo pronunciando seu nome, cuja
memória estava clara como a luz do dia. A forma como ele fez isso tinha sido... única.
Ela nunca imaginara que uma única palavra pudesse dizer tantas coisas diferentes ao
mesmo tempo, e ainda assim ter um, e apenas um, significado. Algo que desejava mais
que todas as coisas, mas jamais poderia ter. Algo que sempre lhe ensinaram ser proibido
para ela. Algo que agora ela não sabia se poderia realmente ficar sem.

- Santa Azar! Por que isso tinha que acontecer comigo? – A empata falou para o quarto
vazio, confusa como nunca estivera antes.

E, pela segunda vez naquele dia, Ravena sentiu um impulso de se olhar no espelho: sem
condições de negar a si mesma essa vontade, ela fez isso.

Na superfície do espelho ela viu a mesma coisa que tinha visto naquela manhã. Um
rosto acinzentado a olhava de volta. Um rosto frio, sem atrativos, que só poderia mesmo
pertencer a uma criatura... maligna.

A empata não queria continuar olhando para o espelho, mas não se moveu. Continuou a
procurar qualquer feição, qualquer coisa em si mesma que pudesse ser agradável, mas
sem sucesso. Quem iria querer tocar uma pele cinza como a dela? Ou sequer considerar
aproximar-se de alguém com aqueles poderes assustadores, que a qualquer momento
podiam destruir tudo à sua volta?

Desanimada, Ravena desviou o olhar da imagem de seu rosto refletido. De cabeça


baixa, começou a voltar para a cama, quando se lembrou de algo. Olhos. Um par de
olhos muito verdes. Ela se lembrou de quando esses olhos a observaram, e,
principalmente, a forma como eles fizeram isso.

Não tinha sido um olhar normal. Parecia estar fixo não em seu rosto, não em seu corpo,
mas no âmago de seu ser. Aquela forma de olhar trazia em si toda uma gama de
emoções, todas diferentes e até conflitantes, sendo que uma delas era mais forte do que
todas as demais. Aquele olhar a assustara, a fizera sentir-se vulnerável, mas ao mesmo
tempo a atraía: era como estar envolta em uma aura esmeralda, de onde irradiavam
emoções maravilhosas. Enquanto esteve sob a vigília daquele olhar, Ravena se sentiu...
linda.

Quando ela se deitou, embalando essas memórias, tinha um pequeno sorriso no rosto.
Ela ficou assim por alguns minutos, abraçada a um travesseiro, saboreando as sensações
que ainda não a tinham abandonado. Mentalmente, ela reviveu cada momento, desde o
minuto em que Mutano batera à sua porta, até o momento em que o botara para fora.

Seu devaneio chegou ao fim quando ela lembrou a razão pela qual expulsara o
metamorfo. Não havia mais sorriso quando estas palavras ecoaram pelo aposento onde
estava:

- Ele mudou de idéia... – Sua voz mal podia ser ouvida na penumbra do quarto.
Ela sabia a razão disso. Ele provavelmente desistira por causa daquilo que ela tinha
visto no espelho minutos antes. Um rosto desagradável, feio. Provavelmente ele só tinha
se tocado disso no último instante, quando parou de olhá-la daquela forma...

- Mas... isso não faz sentido. Se ele estava me olhando daquele jeito tão... tão... por que
ele desistiu? – A pobre menina pensou, sem ter certeza de mais nada.

Ela não sabia o que fazer. Nenhuma de suas lições em Azarath a preparara para isso.
Meditar significaria limpar a mente, deixar para trás todas as preocupações mundanas,
esquecer o que acabara de acontecer. E Ravena não podia fazer isso. Ela queria saber o
que isso tudo significava. Precisava saber.

- Santa Azar... o que aconteceu? O que tudo isso significa? O que ele pretende? –
Gritou mentalmente a empata. Sua frustração fez um de seus livros explodir, cobrindo o
quarto com tiras de papel.

A chuva de tiras a fez lembrar porque nada disso deveria estar acontecendo. Seus
poderes, perigosos e instáveis. Capazes de destruir tudo à sua volta. Tudo se resumia a
eles, de certa forma. Eles não a permitiam sentir nada, fosse bom ou ruim. Ela não devia
ter permitido que o momento anterior com Mutano acontecesse. Não devia ter
acalentado essa memória. Não devia se importar se tudo aquilo fora genuíno ou alguma
brincadeira de mau gosto. E, acima de tudo, não deveria ter medo de que a segunda
hipótese fosse a verdadeira. Sim, Ravena odiava seus poderes.

- Mas... por que nada explodiu ou quebrou enquanto ele estava aqui? – O pensamento
invadiu a mente da empata, forçando-a a examinar sua memória em busca de respostas.

De fato, enquanto o metamorfo estivera no quarto dela, nada tinha sido destruído.
Enquanto ele a atacava com cócegas, seus poderes se soltaram, revirando objetos. Mas
nada além disso. Nada além de bagunça. E, quando ela viu como ele a estava olhando,
sua energia silenciara totalmente. Apenas após expulsar o Titã verde é que seus poderes
voltaram a destruir coisas. E, ainda assim, bem menos do que o normal.

Não havia explicação plausível. O que isso poderia significar? Infelizmente, Ravena não
tinha respostas. Isso estava se tornando muito comum ultimamente, e a incomodava.
Logo ela, de todas as pessoas, não saber o que fazer era simplesmente... anormal. Pelo
menos, assim pensava a pobre menina, mas sem razão. Afinal, lidar com os próprios
sentimentos já é difícil, mesmo para aqueles que podem assumi-los incondicionalmente.
O que dizer de alguém que passara a vida todas suprimindo-os? Não era à toa que a
empata estava sem saber como agir.

- Eu já não consigo pensar em mais nada... – Ela falou para o quarto vazio.

E era verdade. Ela mal conseguia manter uma linha de pensamento coerente agora. A
única certeza que tinha era que precisava de alguma coisa para se distrair. Alguma coisa
para aliviar a sua mente de todas essas atribulações. Mas ela sabia que não conseguiria
meditar nesse estado. E, surpreendentemente, não queria ficar sozinha. Precisava ficar
perto de alguém, qualquer um, só para ter certeza de que não estava só. E isso
significava juntar-se aos demais na sala comum, para assistir a quaisquer filmes que
Mutano tivesse alugado para a tarde.
- Quando eu sair de lá, aqueles filmes provavelmente terão apodrecido metade dos meus
neurônios. – ela disse, recolocando a capa e as botas. – Mas, se me fizerem esquecer o
que aconteceu hoje, então que seja.

E com isso ela saiu do quarto. O relógio de parede marcava 18h15min.

--\\--\\--

- Iditota!

Mutano estava gritando para seu reflexo no espelho, de uma forma bem parecida com a
que Ravena costumava fazer com ele. A imagem estava encolhida de medo, de uma
forma bem parecida com a que ele costumava fazer meses antes, quando ela o
ameaçava.

- Idiota, tapado, amarelão!

Não parecia estar se importando nem um pouco de estar falando (na verdade, berrando)
com uma imagem de espelho. Na verdade, mal acreditava no que tinha acabado de
fazer. Ou será que era no que tinha acabado de NÃO fazer?

- Cara, como é que eu fui conseguir fazer uma coisa dessas? Ela tava bem ali, EU tava
bem ali, tudo estava perfeito... e eu amarelei no último segundo! Ah, fala sério!! – O
metamorfo não estava mais gritando, sua voz parecia antes um desabafo.

Mutano estava se sentindo um mané. Pior que isso. Nem sabia se tinha nome para
aquilo que ele estava se considerando agora. A garota estava bem ali, praticamente nos
braços dele, e na hora H, ele... simplesmente... se acovardara. Ele merecera ser
arremessado para fora daquele jeito.

- E ela queria! Sei que queria! Cara, eu devia ter pulado de cabeça nessa!

O metamorfo estava se sentindo bem frustrado. Teria sido seu primeiro beijo, e teria
sido com a garota que ele queria. Por quem tinha feito tanto esforço para que o notasse.
E ele tinha perdido talvez a única oportunidade que jamais teria com ela.

Ele relembrou o que tinha acontecido antes. Tinha se forçado a ser ousado para atacar
Ravena com a pena. Fora tão difícil quanto ele imaginara, mas, bem, funcionou. Aquele
lance de “liderança e segurança” permitiram a ele fazer algo aparentemente impossível.
Conseguir não ser massacrado pela empata. Mas ele nunca teria acreditado no que
aconteceu depois se não tivesse visto com os próprios olhos.

- Ela é tão linda... – Disse ele, com a mão direita no rosto. A mesma que acariciara o
rosto de Ravena antes.

Ainda sentia a pele e o cabelo dela na palma da mão. Ainda sentia o cheiro dela
impregnado ali. Era o mais próximo que jamais chegara dela, e tinha sido... incrível.
Melhor do que julgara possível. Era mais do que a maciez da pele. Era mais do que o
cabelo sedoso. Muito mais. Era o olhar dela. A cadência rítmica do coração. O chackra
gelado na testa dela, pressionado contra a sua. Tudo nela o fazia querer abraçá-la,
envolvê-la, mantê-la a salvo de todo o mal. E mais. Muito, muito mais.

Como nos momentos finais junto dela. Quando Ravena tocou seu rosto, seu peito quase
que explodiu a Torre junto com os dois, incapaz de segurar tudo o que estava preso ali
dentro. Sentimentos e emoções correram livres por aquele quarto, pela sua mente, até
mesmo através de seu corpo. Sentira mil coisas diferentes ao mesmo tempo: felicidade
por estar com a garota de quem gostava; satisfação por seu esforço não ter sido em vão;
receio de que tudo aquilo não desse certo no final, medo de logo agora fazer alguma
coisa errada... entre outras, muitas outras.

Ele tinha ficado contente por ter aprendido algumas das lições do mestre na biblioteca.
Realmente, a “autoconfiança sutil” (a cada dia o Sr. Smith dava um nome diferente para
isso) fizera a sua mágica. Mutano tinha conseguido fazer sua dama se sentir segura
perto dele.

Ou será que não?

Quando Ravena finalmente desconectara seus olhos dos dele, olhando mais para baixo,
ele a tinha sentido tremer. Era quase imperceptível, mas ele também pudera sentir
outros sinais que ela emitira, através do odor e da maneira como esfregara uma mão na
outra: ela sentiu medo. É bem verdade que, um momento depois, ela estava com a mão
em seu rosto, quase que roubando-lhe a iniciativa, mas mesmo assim não haviam
dúvidas: por um instante, ela o temera. Se o medo era dele, ou do que quer que ela
pensasse serem suas intenções naquela hora, não importava. Ele não podia permitir isso.

Porque Mutano sabia o quanto a empata era frágil por dentro. Tinha visto os danos
causados por Malquior, e nunca permitiria que ela se ferisse desse modo novamente.
Sabia que podia magoá-la gravemente se passasse dos limites. E não ia fazer isso. Ele
não estava usando Ravena. Ela era mais do que uma paquera inconseqüente. E ele não
era um dragão amaldiçoado e mentiroso. Não.

Entender isso o fez se sentir um pouco (bem pouco) melhor. Por mais frustrante que
tivesse sido, a alternativa era se arriscar a partir o coração dela. Ou seja, não havia
escolha nenhuma. Não parecia ser atitude de homem (que esquisito pensar em si mesmo
dessa maneira!) agir diferente. Mas, mesmo assim, por que ele sentia que tinha agido
errado? Tão, tão errado?

- Ela queria. – ele repetiu – Tenho certeza que ela queria.

- Então por que ela ficou com medo? Eu não entendo. No último momento, foi até ela
que... – Essa linha de pensamento foi interrompida quando Mutano sentiu sua mão
tocando sua boca. E relembrou os momentos finais no quarto da empata.

Lembrou-se como ela tinha chegado a encostar, bem de leve, os lábios no dele. Não era
realmente nada demais, nem um selinho chegava a ser. Mas a reação que fez disparar
dentro dele fora simplesmente... avassaladora. Aqueles poucos segundos foram o auge
de um momento que o metamorfo guardaria para sempre na memória. Não havia nada
que pudesse descrever com justiça o que ele tinha sentido naquele instante. O mais
próximo que o Titã verde jamais chegou de descrever o momento foi como
“inigualável”.

- Cara, ela queria e eu amarelei no último segundo. – ele não estava mais pensando de
forma coerente. Já estava se repetindo. – E agora ela deve estar louca de raiva. Eu devia
ter seguido em frente...

- É, mas aí ela ia ficar triste depois. Ia achar que eu forcei a barra. – Esse pensamento
veio sozinho para a mente de Mutano.

- Beleza... se eu não faço nada, ela fica com raiva de mim. Se eu faço, ela fica
magoada. É pular da frigideira e cair no fogo. – a frustração do metamorfo ecoava em
sua cabeça. – Se eu for autoconfiante e conduzir tudo, estou forçando a barra, se
implorar, tomo é porrada.

- Cara, por que mulher tem que ser um bicho tão complicado? – ele desabafou. – O pior
é que nem sei se ela sente alguma coisa. Quer dizer, se sentia antes, por que agora ela
deve estar querendo me mandar para sabe-se lá onde. Ou será que é agora? Não me
matar agora, será que ela sente algo agora... ai, minha cabeça!

Com uma das mãos na testa, ele parou de resmungar. Pensar em tanta coisa ao mesmo
tempo estava deixando-o com dor de cabeça. Sentia que precisava dar um jeito de tirar
tudo isso da mente, e logo. Por sorte, lembrou-se de que passara a manhã quase toda
procurando filmes nas locadoras da cidade. Olhando para o relógio, viu que era
17h55min, o que significava que seus três colegas já deviam ter visto metade dos filmes
que alugara.

Sem perder mais tempo, Mutano desceu para a sala comum. A televisão mostrava os
créditos de encerramento de “Mundo do Fungo”, o programa favorito de Estelar, que se
encontrava sentada no sofá com Robin. Ciborgue estava ali perto com um controle na
mão, tamborilando os pés no chão, impaciente. Pelo visto, tinha desafiado seu líder para
uma maratona de games. Aparentemente, os três não quiseram ver os filmes sem seu
colega mais novo. Ou os acharam uma porcaria, mesmo.

- Oi, gente. – Mutano cumprimentou seus amigos. – Vamos ver os filmes agora?

O que aconteceu a seguir foi curioso. Tanto Estelar quanto Robin, ao perceberem a
presença do Titã verde, simplesmente deslizaram para o canto direito do sofá, sem dizer
uma palavra. Ciborgue, por outro lado, saltou para trás de uma barricada improvisada
com sacos de areia (daonde é que saiu aquilo?), por trás da qual sua cabeça emergiu
para examinar os arredores, equipada com camuflagem completa e um capacete do
Exército.

O metamorfo nem se deu conta se aquilo era uma provocação ou não. Simplesmente
colocou o primeiro filme para rodar e sentou-se, sem dar atenção a mais nada. Foi
apenas quando os trailers do disco estavam prestes a terminar que ele percebeu uma
coisa diferente na sala. Alguém tinha acabado de entrar. Mutano não se moveu,
indiferente, até que captou o cheiro do recém-chegado:

- Incenso e lavanda... – Raciocinou Mutano ao identificar as fragrâncias.


Virando o rosto para a esquerda, ele viu Ravena parada o lado do canto esquerdo do
sofá, basicamente ao lado dele. Em vez de sentir medo ou sair correndo, no entanto, ele
só conseguiu ficar olhando para ela com cara de bobo, com direito a sorriso e tudo o
mais. Ela, por sua vez, ficou olhando fixamente para ele por um longo tempo, o rosto
uma máscara ilegível, até mais do que o normal. E então se sentou no canto esquerdo do
sofá, praticamente ao lado de seu colega verde. Nenhuma palavra foi dita por nenhum
dos dois.

E, por trás da barricada, Robin e Estelar vigiavam a cena junto com Ciborgue, que dera
camuflagem e capacete para os dois. Esperavam conseguir sobreviver à guerra que
sentiam estar prestes a acontecer.

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