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missão Você sabe distinguir um fato de uma opinião? Durante esta Missão, você
lerá uma reportagem que traz o depoimento de diversos especialistas sobre o
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tema “educação”. Fique atento aos fatos e às opiniões reportados e prepare-se
para mais esta Missão.
aquecendo
Veja orientação no Manual do Professor.
Leitura 1 Reportagem
Como deve ser o ensino no século XXI? Sua escola valoriza a criatividade, o autoconhecimento e a
empatia? Você consegue diferenciar um fato de uma opinião? Nesta Missão, leia o trecho da reportagem
“Escola para a vida: como deve ser o ensino no século 21?” para descobrir o que pensam os especialistas
sobre esses assuntos.
https://www.revistaplaneta.com.br/escola-para-a-vida-como-deve-ser-o-ensino-no-seculo-21
Para educar as crianças de qualquer geração, é preciso mirar o mundo em que elas
viverão quando forem jovens e adultos produtivos. Diante das intensas e profundas
transformações vividas nas últimas décadas, entretanto, fica bem difícil imaginar qual
será a realidade de 2040 ou 2050. Para se ter uma medida das mudanças, cerca de 85%
das profissões de 2030 ainda nem foram inventadas, segundo estudo do Instituto para
o Futuro (IFTF). Apenas uma coisa fica clara: a realidade presente e a do futuro, mesmo
próximo, já não tem nada a ver com a do século passado. Apesar dessa certeza incon-
testável, as escolas ainda continuam seguindo a mesma lógica de ensino e passando
os mesmos conteúdos de, pelo menos, 50 anos atrás.
“A educação básica é feita para preparar as pessoas para a vida e, atualmente,
ela prepara para uma vida que não existe mais. É como querer instalar um aplicativo
moderno num celular velhinho; ele trava. O sistema educacional hoje está travado”,
resume Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, dedicado a contribuir para que a
educação faça mais sentido aos estudantes. Ela ressalta que a única coisa do século 21
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que tem na escola, hoje, são os próprios alunos. E que, além de pensar no mercado
de trabalho, é preciso preparar as pessoinhas em formação para construir um mundo
melhor. “Precisamos instrumentalizá-los para que sejam capazes de fazer transforma-
ções positivas no seu entorno.”
Nesse ambiente tão incerto da atualidade, o desenvolvimento do intelecto e o acú-
mulo de conhecimento – focos principais do ensino convencional – vão perdendo a
relevância, já que essas áreas são cada vez mais dominadas pelas máquinas. Para poder
encarar os desafios e se adaptar às mudanças, cabe aos seres humanos potencializar o
que há de mais humano em si mesmos: criatividade, autoconhecimento, autonomia,
pensamento crítico, capacidade de resolver problemas, de ter iniciativa, flexibilidade,
empatia, entre outras coisas mais.
Apesar dessas constatações, as instituições de ensino de hoje – sejam elas públicas
ou particulares – mais se assemelham a uma linha de montagem de estudantes para
obterem boas notas no boletim ou em exames de ingresso nas faculdades. Sendo assim,
sobra pouco espaço ou quase nenhum tempo para se dedicar a desenvolver qualquer
uma dessas “competências”, como estão sendo chamadas as habilidades pessoais que
prometem fazer (e já fazem) uma diferença positiva na vida das pessoas.
Mas como ensinar isso na escola? Essa é a resposta que o mundo inteiro busca,
mesmo os países com ótimos resultados no Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (Pisa). Esse sistema que compara o desempenho escolar de alunos de mais
de 80 nacionalidades se resume a provas de matemática, ciências e leitura. Uma análise
bem restrita diante da proposta de “educação integral”, que trabalha, além do aspecto
intelectual, o social, o emocional, o cultural e o físico ao mesmo tempo. E que aos
poucos vai se tornando um consenso mundial da direção a ser seguida pelas escolas
para entrarem, de fato, no século 21.
MESQUITA, Renata Valério de. Escola para a vida: como deve ser o ensino no século 21. 27/03/2019. Revista Planeta. Disponível em:
<https://www.revistaplaneta.com.br/escola-para-a-vida-como-deve-ser-o-ensino-no-seculo-21/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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2. De acordo com as informações apresentadas no primeiro parágrafo da reportagem, marque (V)
para verdadeira ou (F) para falsa.
3. De quem é a voz que afirma que a educação atual não acompanhou os avanços do século XXI?
Assinale a alternativa correta.
4. De acordo com Anna Penido, há uma diferença entre a forma como o ensino acontece e como ele
deveria acontecer.
Resposta: as escolas preparam os alunos ensinando os mesmos conteúdos de muito tempo atrás, preparando-os para uma
Resposta: as escolas deveriam preparar os alunos para que eles possam construir um mundo melhor, sendo capazes de
baú do conhecimento
A reportagem apresenta
JULIA TIM/SHUTTERSTOCK
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Valendo!
Prepare-se!
Ý Lembre-se de que, enquanto o fato corresponde a algo que realmente aconteceu, a opinião
consiste em apresentar aquilo que alguém pensa a respeito de um fato.
(A) “Os tempos mudaram, a neurociência aponta os caminhos da aprendizagem e o ensino precisa
ser repensado para fazer o mundo melhor.”
(B) “Para educar as crianças de qualquer geração, é preciso mirar o mundo em que elas viverão
quando forem jovens e adultos produtivos.”
(C) “Diante das intensas e profundas transformações vividas nas últimas décadas, entretanto, fica
bem difícil imaginar qual será a realidade de 2040 ou 2050.”
(D) “Para se ter uma medida das mudanças, cerca de 85% das profissões de 2030 ainda nem
foram inventadas, segundo estudo do Instituto para o Futuro (IFTF).”
Resposta: alternativa D.
(A) “Apenas uma coisa fica clara: a realidade presente e a do futuro, mesmo próximo, já não tem
nada a ver com a do século passado.”
(B) “[...] as escolas ainda continuam seguindo a mesma lógica de ensino e passando os mesmos
conteúdos de, pelo menos, 50 anos atrás.”
(C) “Nesse ambiente tão incerto da atualidade, o desenvolvimento do intelecto e o acúmulo de
conhecimento – focos principais do ensino convencional – vão perdendo a relevância [...]”
(D) “Mas como ensinar isso na escola? Essa é a resposta que o mundo inteiro busca, mesmo os
países com ótimos resultados no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).”
Resposta: alternativa C.
3. O pedagogo espanhol Antoni Zabala defende a ideia de que o conteúdo ensinado nas escolas:
4. Das reportagens lidas até agora, qual você considera que apresentou mais e melhores recursos
para expor o assunto?
Resposta pessoal. Pode ser que a maioria cite a que traz dados/números de pesquisa, contudo, o aluno pode citar qualquer uma
das reportagens e é importante que se promova uma conversa com a turma, possibilitando que todos possam argumentar
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