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Docente: Ana Cristina

Texto: Lima, Lauro de O., Mutações em educação segundo McLuhan.


Petrópolis: Vozes, 1971.

1. O que seria ensinar no mundo em que a informação está saturada?

Lauro Lima propõe em seu livro, a técnica de “dinâmica de grupo”, uma


resposta ao método de ensino tradicional. O papel do professor não é somente de
um falador monótono, mas alguém que incite e estimule seus alunos ao debate e a
discussão, valorizando a pluralidade de opiniões.

A palavra engajamento aparece quase sempre em negrito durante o livro.


Fica bem evidente que se torna a palavra chave para a “educação do futuro”. Mas
porquê? Lauro explica que o aluno como plateia, não favorece o interesse por parte
deles. Se em 1971 isso já era evidente, imagina em pleno 2018, onde os gadgets e
um fone de ouvido simplesmente te levam ao outro lado do mundo, proporcionam
diversão, conversas paralelas e uma música de background que o professor nem é
capaz de notar.

Engajamento, no sentido de pegar toda a energia da sala e converter em


participação. É participando que se “prende” o aluno, ou seja, é que a motivação
para o aprendizado parta do próprio indivíduo, e não de um terceiro. Outra palavra
que aparece várias vezes ao decorrer do livro é cooperação, “que diferente do
trabalho individual automatizado na linha de produção, só é possível mediante
engajamento, como num jogo coletivo”. O lúdico, criatividade, diversidade,
personalidade, originalidade desenvolvem tanto intelectualmente quanto a formação
cidadã.

Em um pequeno livro e com uma leitura tranquila, Lauro te faz perceber que
você cresceu e ainda está numa sala de aula competitiva mas que os tempos estão
mudando. A educação está relutando em mudar, e não porque quer, mas porque
precisa.

Uma expressão particularmente me chamou atenção: “Haverá um dia – talvez


este já seja uma realidade – em que as crianças aprenderão muito mais – e muito

Discente: Gilbert Angerami Lopes – 3º Período Pedagogia / Manhã 2018_1


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mais rapidamente – em contato com o mundo exterior do que no recinto da escola”.
(McLuhan)

2. Que mudança as novas tecnologias de comunicação e informação


exigem em relação ao professor, à sala de aula e ao aluno?

O livro explica a origem do modelo de ensino vigente, que começou na


era medieval, no qual o professor “recitava” pergaminhos e papiros para os
alunos e discorre o porquê desse método ser ultrapassado e ineficiente nos
dias de hoje.

Graças aos meios de comunicação de massa e a globalização, os


alunos de uma certa forma, têm poder e capacidade de se informar sem a
ajuda do seu professor. Com os recursos infográficos e audiovisuais, um
simples fato que ocorre do outro lado do mundo, é noticiado com sua história,
seu contexto político, social e econômico, com imagens, tabelas e gráficos
coloridos que facilitam a compreensão dos fatos. Se o jornalismo cumpre esse
papel da forma que deveria é outra conversa. Aqui, o que discute é de como a
educação se modifica na sociedade da informação.

A cena de alunos confinados em uma sala, em frente à um quadro


negro, com um professor andando de um lado para o outro com suas aulas
decoradas e repetitivas é incompatível com as possibilidades de aprendizados
que os meios de comunicação modernos oferecem. Lauro sempre traz à tona
essa imagem para exemplificar suas teses e não é muito difícil de se recordar
no ambiente.

O processo escolar baseado na memorização não estimula a inteligência


do indivíduo. A inteligência é “ativada” diante de uma situação-problema. A
escola não desafia e nem desenvolve os alunos, apenas os pressionam
(através de exames e “notificação do desempenho”) a ficarem cada vez mais
mecanizados e escravos de suas memórias. O famoso e (nenhum pouco)
querido vestibular.

Lauro deixa bem claro como o mundo se “atualizou” e a escola ficou


para trás. Na Era da Revolução industrial, esse método mecanizado funcionava
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bem, pois as pessoas nada mais eram que meras mãos de obras que fariam a
mesma coisa no mesmo jeito. Lauro frisa que “educar já não é prever as
necessidades sociais, mas preparar os jovens para o imprevisível”.

3. Apresente uma ideia que tenha chamado sua atenção e comente-a. Caso
prefira, pode fazer um comentário geral sobre o texto como um todo.

Lauro de Oliveira faz em seu livro uma análise das ideias de Mc Luhan sobre
perspectivas educacionais, tendo como objetivo mostrar o efeito que as mutações
causadas pela tecnologia têm causado na sociedade e, visando essas mudanças,
propor o modelo ideal de educação para lidar com essa nova realidade.

A tecnologia começou a entrar nas escolas através dos livros didáticos, que
poderiam ser usados de maneira criativa pelos professores, fazendo com que seus
alunos não precisassem mais copiar a matéria, já que esta estava presente nos
livros. Porém, eles utilizaram isso como mais um método para educação em massa,
fazendo os alunos decorarem por repetição o que diziam os livros. Em outras
palavras, não importa a tecnologia inserida no cotidiano estudantil, se o método de
educação não mudar, a educação continuará sendo a mesma tradicional, porém por
meios diferentes.

Por muito tempo a escola foi vista como um lugar que nos prepara para o
mundo, porém não podemos preparar uma criança para um mundo que está sempre
em avanço. O pensamento que temos hoje, não será o mesmo de amanhã, portanto,
não podemos querer que as pessoas permaneçam no status quo em um mundo que
está em evolução. As crianças devem crescer junto com o mundo, por isso a escola
tem que ser um lugar de desenvolvimento de si mesmo.

Em um mundo que sofreu tantos avanços é inaceitável que a escola


permaneça a mesma que a de décadas atrás, mas para que a educação se torne
eficaz, é necessária uma completa mudança.

O professor atual não deve ser apenas um informador, mas um mediador,


pois com as mídias presentes no mundo, não podemos mais garantir que a
informação venha apenas do profissional docente - como aconteceu por muito

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tempo - hoje o aluno pode consegui-la através da televisão, computador, rádio, livros
e tantos outros meios.

O incentivo da educação não deve ser a competição para um futuro melhor,


(o culto a meritocracia) mas deve-se trabalhar a funcionalidade da cooperação,
mostrando que se relacionar com o próximo é uma das melhores técnicas de ensino,
onde o aluno pode: escutar, se impor, criar e conviver em harmonia, mesmo com
divergências de ideias. Onde a diversidade dos alunos seja algo positivo para a
aprendizagem. Onde o ensino seja lúdico.

Com essa forma de ensino, o professor não seria o mestre, mas um


orientador - o que não envolve facilitar o conteúdo para o aluno, mas acreditar na
sua capacidade de ser um pesquisador e de descobrir - e assim, incentivá-lo. Neste
ponto de vista, o aluno seria o foco e, a escola não seria um lugar, e sim estado de
aprendizado, onde o professor seria qualquer pessoa que pudesse lhe acrescentar
conhecimento. O aluno seria um grande pesquisador.

A análise termina dizendo que se essas mudanças tivessem sido


devidamente aceitas, hoje teríamos uma educação diferente, porém a persistência
no status quo pareceu mais seguro e viável resultando na educação que temos hoje.

"O palhaço não precisa de diploma, precisa de maquilagem."

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