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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
cienciasaude/205655-um-celular-250-mil-
patentes.shtml
Pesquisadores de área de telecomunicações esbarram em dezenas de milhares de
registros de propriedade intelectual; quem ficou para trás no jogo da inovação, como
o Brasil, terá dificuldades para recuperar o tempo perdido
Entre as patentes, estão itens muito específicos como sistemas que tornam links
clicáveis ou servem para identificar o fuso horário do usuário, além de características de
design ou hardware. Para oferecer a mesma função, as empresas têm que desenvolver
mecanismos alternativos.
Tal limitação tem duas consequências. Uma é a guerra na Justiça entre as maiores
empresas de tecnologia para impedir a utilização pelas concorrentes de sistemas
que já tinham patenteado.
Outras ações judiciais envolvem o Google, a Microsoft, a Nokia e a Sony, entre outras
empresas.
O setor de celulares é tão repleto de registros de propriedade intelectual que, segundo
estimativa da consultoria americana RPX, 16% das patentes americanas ativas já se
referem a smartphones.
Contribui para o valor ser alto o fato de o setor ser muito jovem --patentes valem por
20 anos. Em comparação, a indústria farmacêutica, também conhecida por ter
muitas patentes, responde por 6% do total de registros.
BRASIL E CHINA
"Dessa forma, as empresas teriam que ficar pagando pelas licenças, mesmo que
desenvolvessem um projeto de smartphone nacional."
Isso ocorre porque quase todas essas vendas foram feitas na China, onde a
aplicação de direitos de propriedade intelectual é deficiente.
Por isso, os produtos não teriam como competir no mercado dos EUA, por exemplo.
Mesmo na Índia os smartphones chineses foram banidos, após a empresa ser processada
pela Ericsson pelo não licenciamento de tecnologias que empregava.
A situação pode estar mudando na própria China, que montou em novembro o seu
primeiro tribunal especializado em propriedade intelectual, em boa medida por pressão
do governo americano.