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Pós-Graduação em Estruturas de

Concreto e Fundações

INTRODUÇÃO A PATOLOGIA

Eduardo Teixeira S. Lima


Eng° Civil – CREA/CE 14.742
eduardoteixeira105@gmail.com
+55 85 99951564
Ementa do Curso:
1. Introdução à patologia das estruturas
2. Causas de patologias em estruturas
3. Mecanismos de deterioração
4. Corrosão de armaduras
5. Determinação do grau de deterioração das estruturas
6. Recuperação de estruturas
7. indicação de materiais e equipamentos dispostos em mercado
para a recuperação de estruturas.
Programação:
1º. Período: Apresentação; Reconhecimento do perfil da turma;
Introdução à patologia estrutural; causas de manifestações
patológicas em estruturas; mecanismos de deteriorização.

2º. Período: Mecanismos de deterioração; Corrosão de armaduras;


Fissuração; Determinação do grau de deterioração das estruturas;
Programação:
3º. Período: Determinação do grau de deterioração das estruturas;
Recuperação de estruturas;

4º. Período: Recuperação de estruturas; Indicação das materiais e


equipamentos dispostos em mercado para recuperação de
estruturas;
Metodologia:

Exposição conceitual

Estudos de casos ajustados ao perfil da turma

Exercícios de fixação e aprimoramento

Vídeos explicativos

Estudos em Grupos
Objetivo:

Capacitar os profissionais que atuam na área de


consultorias e perícias, elementos que permitam
identificar e avaliar a extensão e a origem das
manifestações patológicas no concreto armado
convencional.
Preâmbulo
“E nada na Vida é. Até mesmo o tempo tem
sua efemeridade. E a vida, fora os infortúnios,
perpetua o tempo que nos dedicarmos a ela.
Assim também são as coisas produzidas pelo
homem, um dia, como o homem, envelhecem.
E depois de envelhecer, ao contrário do
homem, podem ser como o tempo, ou não.”

Eduardo Teixeira
Introdução à patologia das estruturas
PATOLOGIA

Patologia: palavra de origem grega composta pela junção dos


vocábulos
PATHOS, que significa doença e LOGOS, que significa estudo.

Patologia é a ciência que estuda a origem, os sintomas e a


natureza das
doenças.

Patologia das construções pode ser entendida como estudo das


causas, efeitos e consequências do desempenho insatisfatório das
construções ou de seus elementos.

Envolve conhecimentos multidisciplinares.


Causas de Manifestações Patológicas das Estruturas

Causa da manifestação patológica é o fator que motivou o


desempenho insatisfatório.

FATORES: podem ser congênitos ou adquiridos.

Fatores congênitos: decorrentes de falhas originadas na


construção.

Fatores adquiridos: decorrentes de alterações impostas,


posteriormente, à construção ou a seus elementos.

Fatores Naturais: Decorrentes de Fenômenos da Natureza


Causas de Manifestações Patológicas das Estruturas
FATORES: endógenos ou exógenos

Fatores endógenos, intrínsecos ou internos: inerentes ao próprio


imóvel, decorrentes de falhas de projeto ou execução, aplicação de
materiais ou métodos inadequados, utilização inadequada ou
esgotamento da vida útil.

Fatores exógenos ou externos: provocadas por ações, voluntárias ou


não, impostas por elementos não pertencentes à construção.
Causas de Manifestações Patológicas das Estruturas
FATORES: de ordem física ou química.

Fatores físicos: envolvem elementos físicos como ação de cargas,


temperatura, dimensões, etc.

Fatores químicos: envolvem reações químicas


Causas de Manifestações Patológicas das Estruturas
No Brasil
Causas de Manifestações Patológicas das Estruturas
No mundo:
Concreto
CONCRETO

Concreto: pedra artificial, que permite determinação da forma.

Componentes: cimento, agregados, água, aditivos e adições.

Cimento: (aglomerante hidráulico) obtido da moagem do clinquer


(mistura de calcário e argila aquecida em forno rotativo a ± 1.450º
C) e gesso, mais compostos.
Concreto
CONCRETO

Agregados: graúdo (pedra) e miúdo (areia – natural ou artificial)

Água: o cimento reage quimicamente com a água (exotérmica -


libera calor) aglutinando os agregados.

Aditivos e adições.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO

As manifestações patológicas no concreto podem ocorrer por:

• Falhas de projeto.

• Defeitos de execução: concreto, formas, armadura.

• Problemas inerentes aos componentes

• Fatores externos
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO

FALHAS DE PROJETO

Erro de cálculo, falta de detalhamento, especificações incompletas


ou inadequadas, erros gráficos.

DEFEITOS DE EXECUÇÃO

Compacidade: depende de dosagem (proporção, tamanho e forma


dos componentes) e aplicação (mistura, transporte, lançamento e
adensamento).
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO

Manifestações patológicas associadas à (má) compacidade:


exsudação, segregação, porosidade, descamação.

Conseqüências: redução da capacidade estrutural e durabilidade.

Cura: depende das condições climáticas.

Manifestações patológicas à cura (inadequada): retração, fissuras,


porosidade.

Conseqüências: redução da capacidade estrutural e durabilidade.


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO

Formas: Dimensões, modulação, estanqueidade, umedecimento,


remoção.

Manifestações patológicas associadas às formas: porosidade,


alterações estruturais.

Conseqüências: redução da durabilidade e capacidade estrutural.


MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO

Armadura: Espaçamento, cobrimento.

Manifestações patológicas associadas às armaduras: corrosão e


consequentes fissuras, descamação, desplacamento e até ruína
da estrutura de concreto.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ASSOCIADAS AOS
COMPONENTES DO CONCRETO
De ordem física: presença de argila e/ou pulverulentos nos
agregados conduz à perda de aderência na interface e
consequente redução da resistência e possibilidade de formação
de fissuras.

De ordem química: contaminação pela presença de agentes


químicos (açúcar, cloretos, hidrocarbonetos, ácidos, sulfatos) na
água ou nos agregados, pode conduzir a manifestações
patológicas que vão desde o retardamento da pega e redução da
durabilidade até expansão e desagregação.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Mecanismos de deterioração podem ser de ordem física, de ordem


química e de ordem físico-química.

Mecanismos de ordem física: deformações ou desgastes


devidos à ação de esforços.

Mecanismos de ordem química: deformações ou deteriorações


devidas a reações químicas.

Mecanismos de ordem físico-química: combinação das


anteriores.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

As deteriorações mais comuns nas estruturas de concreto estão


ligadas a: deformações, eflorescência e corrosão das armaduras,
sendo as duas últimas de ordem físico-química e a primeira de
ordem física ou química.

Além desses, em casos específicos, os fenômenos de abrasão,


cavitação e erosão têm seu papel, com geral contribuição de
fatores exógenos.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

DEFORMAÇÕES

Deformações podem ocorrer em virtude de fatores internos ou


externos.

Deformações Devidas a Fatores Internos ou Intrínsecos

Dentre as deformações devidas a fatores intrínsecos podemos


citar: retração (plástica, hidráulica, química, autógena, térmica, por
carbonatação), expansão (hidráulica, química, térmica).
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Retração

Retração é a redução de volume da peça.

Importância da análise da retração

Na prática, a retração das peças de concreto não ocorre


livremente, mas é restringida por um ou mais fatores dentre os
seguintes: presença de agregados, aderência ou atrito entre a
peça e uma superfície de contato, ligações ou vínculos entre
elementos de uma estrutura, aderência do concreto à armadura
(concreto armado).
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

As retrações fazem com que surjam tensões de tração no material,


que, dependendo da intensidade e do módulo de deformação do
concreto, podem conduzir à formação de fissuras, que além de
prejudicar a estética reduzem a durabilidade.

Os efeitos da retração são mais consideráveis nas chamadas


estruturas contínuas, como cortinas e túneis.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Tipos de retração

Retração plástica: ocorre no concreto fresco, devido à perda de


água por exsudação, evaporação absorção pelas formas ou
absorção pelos agregados.

Prevenção (para minimizar as manifestações patológicas):


umedecimento das formas, proteção das superfícies com material
impermeável, cura química, uso de aditivos, uso de fibras.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Retração hidráulica ou retração por secagem: deve-se à perda


de água livre (ou capilar) que ocorre no concreto endurecido,
quando a umidade ambiente é inferior à do concreto.

Prevenção (para minimizar as manifestações patológicas):


cura úmida, proteção das superfícies com material impermeável,
cura química, uso de aditivos.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Retração química: devida à hidratação do cimento, uma vez que


o volume dos hidratos é inferior ao volume dos compostos anidros
somado ao volume de água.

Retração autógena: decorre da perda de água intersticial para a


hidratação de partículas de cimento anidro.

Retração por carbonatação: decorrente da reação do CO2 da


atmosfera com compostos hidratados do concreto (essencialmente
a portlandita) formando carbonato de cálcio – ou calcita - (solúvel
sob tensão) e água.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Retração térmica: decorrente da variação térmica do ambiente ou


da hidratação (exotérmica) - prevenção: usar água gelada ou gelo,
cimento de baixo calor de hidratação (CP-III).

Normalmente as retrações plástica e hidráulica são mais


significativas nas obras comuns e a retração térmica e obras de
grande volume de concreto.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Fatores que podem influenciar na retração

Tipo de cimento

Tipo e quantidade de agregado: quanto maior teor de agregado


menor será a retração, quanto menor módulo de deformação do
agregado maior será a retração.

Relação água/cimento: quanto maior a relação água/cimento


maior será a retração.

Umidade ambiente: quanto menor a umidade ambiente maior


será a retração.
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Tempo: a retração tende a se propagar assintóticamente com o


decorrer do tempo (perceptível até um limite).

Geometria e dimensões da peça: quanto maior o caminho que


água precisa percorrer para sair do concreto menor será a chance
de retração, quanto maior a superfície exposta maior a chance de
retração.

Aditivos: essencialmente aceleradores de pega aumentam a


retração.

Adições: excesso de finos aumentam a retração.


MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Expansão

Expansão é o aumento de volume da peça, que pode conduzir a


deslocamentos e alterações estruturais.

Expansão hidráulica ou expansão por umidade (saturação):


deve-se à absorção de água que ocorre no concreto endurecido,
quando a umidade ambiente é (muito) superior à do concreto.

Prevenção: impermeabilização das superfícies.


MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Expansão química (reação álcali-agregado): reação química dos


álcalis do cimento (K2O e Na2O) com sílica amorfa presente em
alguns agregados.

Expansão térmica: decorrente da variação térmica do ambiente


ou da hidratação (exotérmica) - prevenção: usar água gelada ou
gelo, cimento de baixo calor de hidratação (CP-III).
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

Deformações Provocadas por Elementos Externos

Deformação imediata: observada logo após a aplicação da(s)


cargas.

Deformação lenta (fluência): observada ao longo do tempo.

Desgaste: abrasão, cavitação, erosão


MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO

EFLORESCÊNCIA

A formação de eflorescência se deve ao carreamento de sais


solúveis para a superfície, através de infiltrações (principalmente
quando há pressão piezométrica).

Danos: prejuízo estético, insalubridade e, em alguns casos,


deterioração do concreto (sais agressivos).

Sais mais comuns: carbonatos de cálcio, magnésio, potássio e


sódio, originados da carbonatação dos hidróxidos do cimento;
hidróxido de cálcio, proveniente da cal liberada na hidratação do
cimento (lixiviação).
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Conceitos Básicos

Em linhas gerais, corrosão pode ser entendida como interação


destrutiva de um material com o meio ambiente.

No caso do aço, a deterioração pode-se ocorrer através de dois


processos principais: oxidação direta ou corrosão eletroquímica.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Conceitos Básicos

Na corrosão direta ou química, os átomos do ferro reagem


diretamente com o oxigênio. Essa reação ocorre geralmente na
forma gás-metal ou íon-metal e produz uma espécie de película
uniforme e contínua de óxido de ferro, que pode até servir de
proteção à propagação da deterioração, de modo que não
trás grandes preocupações ao estudo das manifestações
patológicas nas estruturas de concreto.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Na corrosão eletroquímica, o fenômeno ocorre em face da


formação de micropilhas, ou mesmo macro-pilhas elétricas no
interior do concreto, onde as barras de aço passam a
desempenhar o papel de eletrodos polarizadores de íons,
decompondo o metal, semelhantemente ao que ocorre em
qualquer experimento de eletrólise. Esse é o tipo mais comum de
corrosão nas armaduras das estruturas de concreto.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Noção de Semi-Pilha e Pilha Eletrolíticas

A introdução de uma lâmina de metal numa solução de um sal, faz


com que surja uma força eletromotriz, que depende da natureza do
metal, da concentração da solução e da temperatura. Esse
conjunto constitui então uma semi-pilha.

A junção de duas semi-pilhas de metais distintos, por exemplo:


zinco e cobre, gera a possibilidade da formação de uma corrente
elétrica migrando entre os dois metais.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Nas estruturas de concreto normalmente não se utilizam metais


distintos, contudo, experiências demonstraram que, se
introduzirmos numa cuba, subdividida por uma placa de material
poroso, duas lâminas de um mesmo metal, uma da cada lado da
subdivisão e de um lado pudermos insuflar bolhas de oxigênio, a
lâmina do lado mais oxigenado passa a ter comportamento
catódico, enquanto que a outra passa a funcionar como um ânodo,
formando assim também uma pilha eletrolítica.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

As pilhas eletrolíticas podem então ser geradas pela modificação


de concentração do eletrólito de um dos lados, ou, com a mesma
concentração, porém submetendo uma das peças de metal a
tensões mecânicas.

Há também a possibilidade das armaduras serem atingidas por


correntes elétricas externas (parasitas) oriundas de algum sistema
elétrico próximo (muito comuns em ferrovias e metrovias),
chamadas de correntes de fuga.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Micro-Pilhas e Macro-Pilhas Reais

As armaduras das estruturas de concreto podem ficar sujeitas à


passagem de corrente elétrica proveniente de pilhas eletrolíticas
(ou galvânicas) formadas na própria estrutura. Qualquer
heterogeneidade na estrutura, na superfície da armadura ou na
sua vizinhança é suficiente para uma diferença de potencial de
eletrodo entre duas regiões da mesma armadura, de ordem micro
ou macroscópica.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

A formação de pilhas eletrolíticas ou, melhor dizendo, de células de


corrosão eletroquímica, que freqüentemente ocorre nas estruturas
de concreto pode se dar pelos seguintes motivos:

• aeração diferencial;

• concentração salina diferencial;

• tensão diferencial;

• temperatura diferencial;

• corrente de fuga.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Condições para Haver Corrosão Eletrolítica

Para que haja corrosão eletrolítica, é necessária a existência


simultânea dos seguintes fatores:

Eletrólito

Normalmente existe água presente no concreto, na maioria das


vezes em quantidade suficiente para funcionar como eletrólito.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Diferença de potencial

Qualquer diferença de potencial elétrico que se produza entre dois


pontos da armadura, devido a diferenças de: umidade, aeração,
concentração salina, tensão, ou correntes de fuga, é capaz de
desencadear a formação de pilhas eletrolíticas e
conseqüentemente a corrosão eletroquímica.

Oxigênio

Para a formação de ferrugem, é necessária a presença de


oxigênio.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Fatores que Podem Acelerar o Processo Corrosivo

Ação de cloretos

Os cloretos, além de poderem ser adicionados na mistura, através


de água de amassamento contaminada ou aditivos, podem
penetrar no concreto, depois de endurecido (mediante ação da
água como veículo), através do contato com águas ou atmosferas
marítimas, precipitações pluviais, lençóis freáticos contaminados,
águas de lavagem e materiais de limpeza.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Fatores que Podem Afetar a Alcalinidade do Meio

Carbonatação

A penetração de dióxido de carbono no concreto conduz a uma


reação com o hidróxido de cálcio existente na pasta, alterando a
alcalinidade do meio, que pode levar à despassivação da
armadura.

A verificação da alteração do pH do meio pode ser feita de maneira


bastante simples, mediante aplicação de solução alcoólica de
fenolftaleína a 1%, que conferirá coloração vermelha ao meio com
pH acima de 10 (concreto são) e manterá incolor no meio
carbonatado.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Fatores que Podem Afetar a Alcalinidade do Meio

A reação de carbonatação depende consideravelmente da


umidade ambiente, sendo crítica em torno de 65% e praticamente
nula abaixo de 50% ou acima de 95%.
CORROSÃO DE ARMADURAS (CONCRETO ARMADO)

Seqüência dos Efeitos da Corrosão

1. Despassivação da armadura

2. Expansão da armadura

3. Fissuração do concreto

4. Desplacamento do concreto

Tratamento: recuperação ou reparo estrutural.


FISSURAS
Origem: concreto fresco ou endurecido.

Causas: projeto, execução, materiais, elementos externos.

Motivos: endógenos, exógenos.

Fatores físicos: térmicos, estruturais.

Fatores térmicos: variações térmicas, secagem precoce.

Fatores estruturais: sobrecarga, sub- Dimensionamento, fluência,


abrasão, deformação.
FISSURAS

Fatores químicos: reações internas, contaminação (penetração de


elementosagressivos ou nocivos).

Reações internas: hidratação, reação álcali-agregado.

Contaminação: carbonatação, desagregação, corrosão de armaduras.


Tipologia Característica das Fissuras:
Fissuras de retração

Retração plástica: fissuras superficiais, paralelas, direções aleatórias.

Retração hidráulica: fissuras superficiais, pé de galinha, pele de jacaré,


mapeamento.

Retração térmica: fissuras superficiais, seccionais, regulares..


Tipologia Característica das Fissuras:
Fissuras estruturais

As fissuras estruturais devem-se, normalmente a problemas de


dimensionamento, execução ou sobrecargas.

Cobrimento insuficiente ou corrosão das armaduras: fissura ao longo


da extensão da armadura.

Flexão simples: fissuras radiais em relação à carga.

Flexão composta: fissuras semiparabólicas entre as cargas.


Tipologia Característica das Fissuras:
Punção: fissuras perimetrais.

Cisalhamento: fissura entre carga e apoio.

Recalques diferenciais: geralmente inclinadas a aproximadamente 45º


(no sentido do recalque).

Cantos de vãos (pontos de concentração de cargas): geralmente


inclinadas (a partir do canto).
Determinação do Grau de deterioração das
estruturas
Método UNB
REPARO E RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
Um reparo ou uma recuperação estrutural exige os seguintes cuidados
básicos:

• Limpeza da superfície.

• Identificação e delimitação da área deteriorada.

• Escarificação e remoção do concreto danificado (forma de caixa).

• Limpeza da superfície escarificada.

• Limpeza da armadura (escova, jato abrasivo, produto químico)

• Verificação da perda de seção da armadura.


REPARO E RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
• Caso seja significativa (10% do ø ou 20% da seção), reforçar ou
substituir a armadura.

• Reconstituir o concreto (argamassa, argamassa polimérica,


argamassa a base de resina epoxídrica, concreto moldado, concreto
projetado).

Obs. Produtos cimentícios requerem prévio umedecimento da


superfície.

• Proteção da superfície: estucagem, envernizamento.


Indicação de Materiais

Material Complementar
Para pensamento:

“ As decisões que não tomamos só nos servem de nostalgia”

Eduardo Teixeira S. Lima

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