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Número de referência
ABNT NBR ISO 6579:2014
35 páginas
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Anexos
Anexo A (normativo) Diagrama do processo ...................................................................................13
Anexo B (normativo) Composição e preparação de meios de cultura e reagentes .....................14
B.1 Água peptonada tamponada ...........................................................................................14
B.1.1 Composição ......................................................................................................................14
B.1.2 Preparação ........................................................................................................................14
B.2 Meio de Rappaport-Vassiliadis com soja (caldo RVS) ..................................................14
B.2.1 Solução A ..........................................................................................................................14
B.2.1.1 Composição ......................................................................................................................14
B.2.1.2 Preparação ........................................................................................................................15
B.2.2 Solução B ..........................................................................................................................15
B.2.2.1 Composição ......................................................................................................................15
B.2.2.2 Preparação ........................................................................................................................15
B.2.3 Solução C ..........................................................................................................................15
B.2.3.1 Composição ......................................................................................................................15
B.2.3.2 Preparação ........................................................................................................................15
B.2.4 Meio completo ..................................................................................................................15
B.2.4.1 Composição ......................................................................................................................15
B.2.4.2 Preparação ........................................................................................................................15
B.3 Caldo Muller-Kauffmann tetrationato-novobiocina (MKTTn) [7] ...................................16
B.3.1 Meio base ..........................................................................................................................16
B.3.1.1 Composição ......................................................................................................................16
B.3.1.2 Preparação ........................................................................................................................16
B.3.2 Solução de iodeto de iodo...............................................................................................16
B.3.2.1 Composição ......................................................................................................................16
B.3.2.2 Preparação ........................................................................................................................16
B.3.3 Solução de novobiocina .................................................................................................17
B.3.3.1 Composição ......................................................................................................................17
B.3.3.2 Preparação ........................................................................................................................17
B.3.4 Meio completo ..................................................................................................................17
B.3.4.1 Composição ......................................................................................................................17
Tabelas
Tabela 1 – Interpretação dos ensaios bioquímicos ........................................................................10
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Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR ISO 6579 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Microbiologia
de Alimentos (ABNT/CEE-157). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 27.03.2014 a 25.04.2014, com o número de Projeto 157:000.00-008.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 6579:2002,
Cor1:2004 e Amd1:2007, que foi elaborada pelo Technical Committee Food products (ISO/TC 34),
Subcommittee Microbiology, (SC 9), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
AVISO A fim de salvaguardar a saúde do pessoal de laboratório, é essencial que os ensaios para
detecção de Salmonella e, especialmente, Salmonella Typhi e Salmonella Paratyphi, sejam realizados
somente em laboratórios devidamente equipados, sob o controle de um microbiologista qualificado,
e que todo cuidado seja tomado no descarte de todos os materiais incubados.
Scope
This Standard specifies a horizontal method for the detection of Salmonella, including Salmonella Typhi
and Salmonella Paratyphi.
WARNING The method may not recover all Salmonella Typhi and Paratyphi.
Introdução
Devido à grande variedade de produtos para o consumo humano e animal, este método horizontal
pode não ser adequado, em todos os pormenores, para certos produtos. Nestes casos, métodos
específicos para esses produtos podem ser utilizados, se for absolutamente necessário por razões
técnicas justificadas. No entanto, convém que toda tentativa seja feita para aplicar este método
horizontal, tanto quanto possível.
Quando esta Norma for revisada, será levada em conta toda a informação disponível sobre a aplicação
deste método horizontal e as razões para as alterações do método no caso de produtos específicos.
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A harmonização dos métodos de ensaio pode não ser imediata, e para certos grupos de produtos
podem existir Normas Internacionais e/ou Nacionais que não atendam a este método horizontal.
Espera-se que, na revisão de tais normas, sejam feitas alterações em conformidade com esta Norma,
para que, só ocorram diferenças deste método horizontal eventualmente, em produtos específicos
justificáveis por razões técnicas.
1 Escopo
Esta Norma especifica um método horizontal para a detecção de Salmonella, incluindo Salmonella
Typhi e Salmonella Paratyphi.
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2 Referências normativas
Os documentos normativos a seguir contêm prescrições que, através de referência neste texto,
constituem prescrições para esta Norma. Para referências datadas não são aplicáveis às emendas
subsequentes ou as revisões destas publicações. Entretanto, recomenda-se àqueles que realizam
acordos com base nesta Norma que verifiquem a possibilidade de se utilizarem as edições mais
recentes dos documentos normativos relacionados a seguir. Para referências não datadas aplica-se
a última edição do documento normativo referenciado. A ABNT mantém registros das normas em vigor
em um dado momento.
ABNT NBR ISO 6887-1, Microbiologia de alimentos e de alimentação animal – Preparo de amostras,
da suspensão inicial e das diluições decimais para análise microbiológica – Parte 1: Regras gerais
para preparo da suspensão inicial e das diluições decimais
ISO 7218:1996, Microbiology of food and animal feeding stuffs – General rules for microbiological
examination
NOTA BRASILEIRA A ISO 7218 foi revisada, e uma nova edição foi publicada em 2007, com o seguinte
título Microbiology of food and animal feeding stuffs – General requirements and guidance for microbiological
examinations. Em 2013 foi publicada uma emenda desta norma (Amd 1:2013).
ISO 8261, Milk and milk products – General guidance for the preparation of test samples, initial
suspensions and decimal dilutions for microbiological examination
NOTA BRASILEIRA A ISO 8261 foi cancelada e substituída pela ISO 6887-5:2010, Microbiology of
food and animal feeding stuffs – Preparation of test samples, initial suspension and decimal dilutions for
microbiological examination – Part 5: Specific rules for the preparation of milk and milk products.
ISO/TS 11133-1, Microbiology of food and animal feeding stuffs – Guidelines on preparation
and production of culture media – Part 1: General guidelines on quality assurance for the preparation
of culture media in the laboratory
ISO/TS 11133-2:2003, Microbiology of food and animal feeding stuffs – Guidelines on preparation and
production of culture media – Part 2: Practical guidelines on performance testing of culture media
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
Salmonella
microrganismos que formam colônias típicas ou menos típicas em meios sólidos seletivos e que
apresentam as características bioquímicas e sorológicas descritas quando os ensaios são realizados
em conformidade com esta Norma
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3.2
detecção de Salmonella
determinação da presença ou ausência de Salmonella (3.1) em uma massa ou volume do produto
específico, quando os ensaios são realizados em conformidade com esta Norma
4 Princípio
4.1 Geral
A detecção de Salmonella requer quatro fases sucessivas (ver também o Anexo A).
NOTA A Salmonella pode estar presente em pequenas quantidades e é muitas vezes acompanhada por
números muito maiores de outras Enterobacteriaceae ou outras famílias. Além disso, o pré-enriquecimento
é necessário para permitir a detecção de baixos números de Salmonella ou de Salmonella injuriadas.
Convém que, para grandes quantidades, a água peptona tamponada seja aquecida a 37 °C ± 1 °C
antes da inoculação com a alíquota de ensaio.
— qualquer outro meio sólido seletivo complementar ao ágar XLD e especialmente apropriado para
o isolamento de Salmonella lactose positiva e cepas de Salmonella Typhi e Salmonella Paratyphi;
o laboratório pode escolher qual meio utilizar.
NOTA Para informação, o ágar verde brilhante (AVB), o ágar bismuto sulfito etc. podem ser usados como
segundo meio de plaqueamento .
As colônias presuntivas de Salmonella são ativadas e então plaqueadas como descrito em 4.4, e a sua
identidade é confirmada por meio de ensaios bioquímicos e sorológicos apropriados.
5.1 Geral
NOTA Devido ao grande número de meios de cultura e reagentes disponíveis, é preferível, para ficar mais
claro, fornecer as composições e formas de preparo no anexo B.
Ver B.1.
5.2.2 Primeiro meio de enriquecimento seletivo: Meio Rappaport-Vassiliadis com soja (caldo
RVS)
Ver B.2.
Ver B.3.
Ver B.4.
A escolha do segundo meio adequado fica a critério do laboratório de ensaio. Convém que as instruções
do fabricante sejam cumpridas rigorosamente quanto à sua preparação para o uso.
Ver B.5.
Ver B.6.
Ver B.7.
Ver B.8.
5.2.9 Reagente para a detecção de β-galactosidase (ou discos de papel preparados, utilizados
de acordo com as instruções do fabricante)
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Ver B.9.
Ver B.10.
Ver B.11.
Ver B.12.
Ver B.13.
5.3 Soros
Vários tipos de soros contendo anticorpos aglutinantes para um ou vários antígenos-O estão
disponíveis comercialmente, ou seja, antissoros que contêm um ou mais grupos de “O” (chamados
antissoros-O monovalentes ou polivalentes), soro anti-Vi, e antissoros contendo anticorpos para um
ou vários fatores-H (chamados antissoros-H monovalentes ou polivalentes).
Convém que toda tentativa seja feita para assegurar que os antissoros utilizados sejam adequados
à detecção de todos os sorotipos de Salmonella. Assistência para esse objetivo pode ser obtida usando
um soro preparado por um fornecedor reconhecidamente competente (por exemplo, de uma agência
governamental apropriada).
6 Aparelhagem e vidraria
Aparelhagem descartável é uma alternativa aceitável para vidrarias reutilizáveis, se tiverem as espe-
cificações adequadas.
6.2 Estufa de secagem ou forno, ventilado por convecção, capaz de operar entre 37 °C
e 55 °C.
6.4 Banho-maria capaz de operar a 41,5 °C ± 1 °C ou estufa capaz de operar a 41,5 °C ± 1 °C.
6.8 Medidor de pH, com uma precisão de calibração de ± 0,1 unidades de pH em 20 °C a 25 °C.
Garrafas ou frascos com tampas de rosca metálica ou plástica não tóxicas podem ser usadas.
6.11 Placas de Petri, de tamanho pequeno (90 mm a 100 mm de diâmetro) e/ou de tamanho grande
(140 mm de diâmetro).
7 Amostragem
É importante que o laboratório receba uma amostra que seja verdadeiramente representativa e que
não tenha sido danificada ou alterada durante o transporte ou armazenamento.
A amostragem não é parte do método especificado nesta Norma. Ver a Norma específica para lidar com
o produto em questão. Se não existir uma Norma específica, recomenda-se que as partes envolvidas
cheguem a um acordo sobre este assunto.
Ver ABNT NBR ISO 6887-1 e Normas específicas que lidem com o produto em questão. Ver ISO 8261
para leite e produtos lácteos.
Para reduzir o trabalho do ensaio quando houver mais de uma alíquota de ensaio de 25 g a ser
analisada de um lote específico de alimento, e quando houver evidência disponível de que uma mistura
(junção de alíquotas de ensaio) não afetará o resultado para o alimento específico, o ensaio de porções
pode ser composta. Por exemplo, se 10 alíquotas de ensaio de 25 g forem examinadas, combinar
as 10 unidades para formar uma alíquota de ensaio composta de 250 g e adicionar 2,25 L de caldo
de pré-enriquecimento. Alternativamente, a 0,1 mL (em 10 mL de caldo RVS) e 1 mL (em 10 mL
de caldo MKTTn), porções do caldo de pré-enriquecimento a partir de 10 alíquotas de ensaios separadas
(ver 9.3.1) podem ser compostas por enriquecimento em 100 mL de meio de enriquecimento seletivo.
consumo humano
NOTA As seguintes preparações específicas são apenas para Salmonella. Preparações específicas
aplicáveis para a determinação de quaisquer microrganismos são descritas nas ABNT NBR ISO 6887-2,
ISO 6887-3, 6887-4 e ISO 8261.
NOTA O pH dos alimentos para consumo humano ácidos e acidificantes é mais estável se for usada água
peptonada tamponada com concentração dupla.
9.3.1 Transferir 0,1 mL da cultura obtida em 9.2 para um tubo contendo 10 mL de caldo RVS (5.2.2);
transferir 1 mL da cultura obtida em 9.2 para um tubo contendo 10 mL de caldo MKTTn (5.2.3).
9.3.2 Incubar o caldo RVS inoculado (9.3.1) a 41,5 °C ± 1 °C por 24 h ± 3 h e o caldo MKTTn
inoculado a 37 °C ± 1 °C por 24 h ± 3 h. Convém que se tome cuidado para que a temperatura
de incubação máxima (42,5 °C) não seja excedida.
9.4.1 Após incubação por 24 h ± 3 h, usando a cultura obtida no caldo RVS (9.3.2), inocular, por
meio de uma alça (6.7), a superfície de uma placa de Petri grande (6.11), contendo o primeiro meio
de plaqueamento seletivo (ágar XLD, ver 5.2.4.1), de modo que as colônias fiquem bem isoladas.
Na ausência de placas de Petri grandes, usar duas placas pequenas, uma após a outra, utilizando
a mesma alça.
Proceder do mesmo modo para o segundo meio de plaqueamento seletivo (5.2.4.2), utilizando uma
alça estéril e placas de Petri como citado acima.
9.4.2 Após incubação durante 24 h ± 3 h, usando a cultura obtida no caldo MKTTn (9.3.2), repetir
o procedimento descrito em 9.4.1 com os dois meios de plaqueamento seletivo.
9.4.3 Inverter as placas (9.4.1 e 9.4.2), de modo que o fundo fique para cima, e colocá-las na estufa
(6.3), ajustada para 37 °C para o primeiro meio de cultura (5.2.4.1). As instruções do fabricante devem
ser seguidas para o segundo meio (5.2.4.2).
9.4.4 Após a incubação por 24 h ± 3 h, examinar as placas (9.4.3) para verificar a presença
de colônias típicas de Salmonella e colônias atípicas que podem ser Salmonella (ver Nota). Marcar
a sua posição sobre o fundo da placa.
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Colônias típicas de Salmonella cultivadas em ágar XLD apresentam um centro negro e uma zona
levemente transparente de cor avermelhada, devido à mudança de cor do indicador.
NOTA Variantes de Salmonella H2S negativas (por exemplo, S. Paratyphi A) cultivadas em ágar XLD são
cor de rosa, com um tom rosa mais escuro no centro. Salmonella lactose-positiva cultivadas em ágar XLD são
amarelas, com ou sem escurecimento.
Incubar o segundo meio sólido seletivo a uma temperatura apropriada e, depois do tempo apropriado,
examinar para verificar a presença de colônias que, pelas suas características, sejam consideradas
colônias presuntivas de Salmonella.
9.5 Confirmação
9.5.1 Geral
Se demonstrado que são confiáveis, os kits de identificação comercialmente disponíveis para a análise
bioquímica de Salmonella podem ser utilizados. O uso de kits de identificação bioquímica refere-se
à confirmação de colônias. Convém que estes kits sejam usados seguindo as instruções do fabricante.
Para a confirmação, selecionar de cada placa (duas placas pequenas ou uma placa grande), de cada
meio seletivo (ver 9.4), pelo menos uma colônia considerada típica ou suspeita e mais quatro colônias,
se a primeira for negativa.
Recomenda-se que pelo menos cinco colônias sejam identificadas no caso de estudos epidemiológicos.
Se uma placa tiver menos de cinco colônias típicas ou suspeitas, levar para confirmação todas as
colônias típicas ou suspeitas.
A cor amarela indica uma reação positiva. A reação aparece frequentemente depois de 20 min.
Caso sejam usados discos de papel preparados (5.2.9), seguir as instruções do fabricante.
Suspender uma alça cheia da colônia suspeita em um tubo estéril contendo 3 mL do meio de VP.
Após a incubação, adicionar duas gotas de solução de creatina, a três gotas de solução etanólica
de 1-naftol e, em seguida, duas gotas de solução de hidróxido de potássio; agitar após a adição
de cada reagente.
A formação de cor de rosa para vermelho-brilhante no prazo de 15 min indica uma reação positiva.
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A formação de um anel vermelho indica uma reação positiva. Um anel amarelo-castanho indica uma
reação negativa.
9.5.4.1 Geral
Colocar uma gota da solução salina (5.2.13) em uma lâmina de vidro cuidadosamente limpa. Dispersar
na gota, por meio de uma alça (6.7), parte da colônia a ser ensaiada, de forma a obter uma suspensão
homogênea e turva.
NOTA É também possível dispersar parte da colônia a ser ensaiada em uma gota de água, e depois
misturar esta solução com uma gota de solução salina (5.2.13).
Ácido TSI de
– 2 – 100 – – – 1
lactose
Ácido TSI de
– 0 – 0 – – – 1
sacarose
Sulfeto TSI
de hidrogênio + 97 – 10 + + + 92
produzido
Hidrólise de
– 0 – 0 – – – 1
ureia
Descarboxilase
+ 98 – 0 + + + 95
de Lisina
Reação
– 0 – 0 – – – 2e
β-galactosidase
Reação Voges-
– 0 – 0 – – – 0
Proskauer
Produção de
– 0 – 0 – – – 1
indol
a Da referência [5].
b Essas porcentagens indicam que nem todos os isolados do sorotipo Salmonella serotype mostram
as reações marcada + ou –. Estas porcentagens podem variar entre e dentro de sorotipos causadores
de infecção alimentar provenientes de diferentes localizações.
c As porcentagens não são conhecidas a partir da literatura disponível.
d Salmonella Typhi é anaerogênica.
e A Salmonella entérica subespécie arizonae dá uma reação lactose positiva ou negativa, mas é sempre
β-galactosidase positiva. Para o estudo destas cepas pode ser útil realizar ensaios complementares.
Usando uma colônia não autoaglutinante pura, proceder de acordo com 9.5.4.2, utilizando uma gota
de antissoro O (5.3) em vez da solução salina (5.2.13).
Proceder de acordo com 9.5.4.2, mas utilizando uma gota de antissoro-Vi (5.3) em vez da solução
salina.
Inocular o ágar nutriente semissólido (5.2.12) com uma colônia não autoaglutinante pura. Incubar
o meio a 37 °C ± 1 °C, por 24 h ± 3 h.
Usar esta cultura na realização do exame para antígenos-H, procedendo de acordo com 9.5.4.2, mas
usando uma gota do soro anti-H (5.3) em vez da solução salina.
A Tabela 2 apresenta a interpretação dos ensaios confirmatórios (9.5.3 e 9.5.4) realizadas nas colônias
utilizadas (9.5.2).
Cepas que são consideradas Salmonella, ou que podem ser Salmonella (ver Tabela 2), devem ser
enviadas para um centro de referência de Salmonella para tipagem definitiva.
Este envio deve ser acompanhado de toda a informação possível sobre a cepa e se é caso de surto
ou presença em alimentos.
11 Relatório de ensaio
O relatório deve especificar:
— os resultados obtidos.
O relatório deve também indicar se um resultado positivo foi obtido apenas quando for utilizado
plaqueamento com um meio de cultura (5.2.4) não especificado nesta Norma.
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12 Garantia da qualidade
Para verificar a capacidade do laboratório na detecção de Salmonella com os métodos e meios
descritos nesta Norma, acondicionar as amostras de referência dentro de frascos com o meio de pré-
enriquecimento (ver 5.2.1). Proceder com os frascos de controle da mesma forma que para as culturas
de ensaio.
Anexo A
(normativo)
Diagrama do processo
PRE-ENRIQUECIMENTO
Confirmação Confirmação
bioquímica (9.5.3) sorológica (9.5.4)
Anexo B
(normativo)
B.1.1 Composição
B.1.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, seja de 7,0 ± 0,2 a 25 °C.
Distribuir o meio em frascos (6.9) de capacidade adequada para obter as alíquotas necessárias para
o ensaio.
B.2.1 Solução A
B.2.1.1 Composição
B.2.1.2 Preparação
B.2.2 Solução B
B.2.2.1 Composição
Água 1 000 mL
B.2.2.2 Preparação
Como este sal é muito higroscópico, é aconselhável dissolver todo o conteúdo do MgCl2 ⋅ 6H2O
de um frasco recém-aberto, de acordo com a fórmula. Por exemplo, 250 g de MgCl2 ⋅ 6H2O é adicionado
a 625 mL de água, dando um solução de volume total de 788 mL e uma concentração em massa
de cerca de 31,7 g por 100 mL de MgCl2 ⋅ 6H2O.
A solução pode ser conservada em um frasco de vidro escuro com tampa bem vedada em temperatura
ambiente, por pelo menos 2 anos.
B.2.3 Solução C
B.2.3.1 Composição
B.2.3.2 Preparação
A solução pode ser conservada em um frasco de vidro âmbar à temperatura ambiente durante pelo
menos 8 meses.
B.2.4.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, o pH esteja a 5,2 ± 0,2.
B.3.1.2 Preparação
Iodo 20,0 g
Iodeto de potássio (KI) 25,0 g
Água 100 mL
B.3.2.2 Preparação
B.3.3.2 Preparação
Dissolver o sal sódico de novobiocina em água e esterilizar por filtração.
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B.3.4.2 Preparação
Adicionar assepticamente 5 mL da solução de novobiocina (B.3.3) em 1 000 mL de meio de base
(B.3.1). Misturar, em seguida, adicionar 20 mL de a solução de iodeto de iodo (B.3.2). Misturar bem.
Distribuir o meio assepticamente em frascos estéreis (6.9), de capacidade adequada, para obter
as alíquotas necessárias para o ensaio.
O meio completo deve ser usado no dia da sua preparação.
B.4.1.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 7,4 ± 0,2, a 25 °C.
Aquecer com agitação frequente até que o meio ferva e o ágar se dissolva. Não superaquecer.
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B.5.1 Composição
B.5.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 7,0 ± 0,2 a 25 °C.
Transferir cerca de 15 mL do meio derretido para placas pequenas de Petri estéreis (6.11) e prosseguir
conforme B.4.2.
B.6.1 Composição
Lactose 10,0 g
Sacarose 10,0 g
Glicose 1,0 g
Citrato de ferro (III) 0,3 g
Tiossulfato de sódio 0,3 g
Vermelho de fenol 0,024 g
Ágar 9 g a 18 g 1
Água 1 000 mL
B.6.2 Preparação
Dissolver os componentes ou o meio desidratado completo na água, por aquecimento, se necessário.
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja 7,4 ± 0,2 a 25 °C.
Deixar em uma posição inclinada, de forma que fique com cerca de 5 cm de profundidade e 2,5 cm
na parte superior inclinada.
Peptona 1,0 g
Glicose 1,0 g
Cloreto de sódio (NaCl) 5,0 g
Fosfato dihidrogênio potássico (KH2PO4) 2,0 g
Vermelho de fenol 0,012 g
Ágar 9 g a 18 g 1
Água 1 000 mL
B.7.1.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 6,8 ± 0,2 a 25 °C.
B.7.2.1 Composição
Ureia 400 g
Água até completar o volume final de 1 000 mL
B.7.2.2 Preparação
B.7.3.1 Composição
B.7.3.2 Preparação
Adicionar, sob condições assépticas, a solução de ureia para a base, previamente derretida e, em
seguida, resfriar de 44 °C para 47 °C.
B.8.1 Composição
B.8.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 6,8 ± 0,2 a 25 °C.
Transfir o meio em quantidades de 2 mL a 5 mL para distribuir em tubos de cultura (6.9) com tampas
de rosca.
B.9.1 Solução-tampão
B.9.1.1 Composição
B.9.1.2 Preparação
B.9.2.1 Composição
B.9.2.2 Preparação
Resfriar a solução.
B.9.3.1 Composição
Solução-tampão (B.9.1) 5 mL
Solução ONPG (B.9.2) 15 mL
B.9.3.2 Preparação
B.10.1 Meio VP
B.10.1.1 Composição
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Peptona 7,0 g
Glicose 5,0 g
Fosfato hidrogênio dipotássico (K2HPO4) 5,0 g
Água 1 000 mL
B.10.1.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 6,9 ± 0,2 a 25 °C.
B.10.2.1 Composição
B.10.2.2 Preparação
B.10.3.1 Composição
1-Naftol 6g
Etanol, 96 % (fração de volume) 100 mL
B.10.3.2 Preparação
B.10.4.1 Composição
Hidróxido de potássio 40 g
Agua 100mL
B.10.4.2 Preparação
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B.11.1.1 Composição
Triptona 10 g
Cloreto de sódio (NaCl) 5g
DL-Triptofano 1g
Água 1 000 mL
B.11.1.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 7,5 ± 0,2 a 25 °C.
B.11.2.1 Composição
4-dimetilaminobenzaldeído 5g
Ácido clorídrico, ρ = 1,18 g/mL a 1,19 g/mL 25 mL
2-metilbutano-2-ol 75 mL
B.11.2.2 Preparação
Misturar os componentes.
B.12.1 Composição
B.12.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 7,0 ± 0,2 a 25 °C.
Verter, em pequenas placas de Petri estéreis (6.11), cerca de 15 mL do meio preparado e fresco.
Não permitir que as placas de ágar sequem.
B.13.1 Composição
B.13.2 Preparação
Ajustar o pH, se necessário, de modo que, após a esterilização, esteja a 7,0 ± 0,2 a 25 °C.
Distribuir uma quantidade de solução em frascos ou tubos (6.9), de forma que contenham 90 mL
a 100 mL após a esterilização.
Anexo C
(informativo)
Um ensaio de colaborativo internacional foi organizado, em 2000, pela AFSSA Ploufragan na Europa,
e BioControl Systems nos EUA, no âmbito do Projeto Europeu SMT CT 96 2098 [6]. Esse ensaio
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envolveu 11 laboratórios em 9 países da Europa e 10 laboratórios nos EUA, e foi realizado para massa
fresca de queijo, ovo em pó, carne de aves crua e um material de referência. As amostras de alimentos
foram ensaiadas, cada uma em dois níveis diferentes de contaminação, acrescidas de um controle
negativo.
Os valores de desempenho obtidos a partir deste ensaio colaborativo são mostrados por tipo de
amostra nas Tabelas C.1 a C.4. Os dados obtidos por alguns laboratórios foram excluídos dos cálculos
apenas por razões técnicas claramente identificadas (desvios do protocolo).
Tabela C.1 – Resultado da análise dos dados obtidos com amostras de massa fresca
de queijo
Tabela C.2 – Resultado dos dados da análise obtida com amostras de ovo em pó
Ovo em pó Ovo em pó
Ovo em pó
(baixo nível de (alto nível de
(controle negativo)
contaminação) contaminação)
Número de laboratórios que
26 26 26
reportaram seus resultados
Número de amostras por
5 5 5
laboratório
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Tabela C.3 – Resultado das análises obtidas com amostras de carne de aves crua
Carne de aves Carne de aves
Carne de aves
crua crua
crua
(baixo nível de (alto nível de
(controle negativo)
contaminação) contaminação)
Número de laboratórios que
25 25 25
reportaram seus resultados
Número de amostras por laboratório 5 5 5
Número de laboratórios excluídos 5 5 5
Número de laboratórios mantidos
20 20 20
após a exclusão
Número de amostras aceitáveis 100 99 100
Precisão (especificidade), % 100 – –
Precisão (sensibilidade), % – 98 100
Conformidade (Accordance), % 100 96,9 100
Concordância (Concordance), % 100 96 100
Anexo D
(normativo)
D.1 Introdução
O método apresentado no texto principal desta Norma destina-se principalmente ao isolamento
de Salmonella spp. a partir de alimentos para consumo humano e animal, e não é sempre adequado
à detecção de Salmonella spp. a partir de outras matrizes.
O método neste anexo baseia-se na Seção 9, com um meio de enriquecimento seletivo diferente.
Portanto, sempre que possível, será feita referência à Seção 9.
NOTA Os biovares de Salmonella não móveis de Salmonella Gallinarum (Salmonella Gallinarum biovar
gallinarum e Salmonella Gallinarum biovar pullorum) parecem não sobreviver por muito tempo em amostras
ambientais e, portanto, raramente podem ser detectadas em amostras ambientais (como poeira) e de fezes
(independentemente do método). O número de outros sorovares de Salmonella não móveis em amostras
fecais parece ser geralmente baixo. Por exemplo, na Referência [7], em que cerca de 1 000 amostras de fezes
de aves poedeiras e em cerca de 900 amostras de fezes de frangos de corte que foram analisadas, menos
de 1 % do número total de amostras foram positivas em caldo seletivo e ao mesmo tempo negativas no meio
MSRV (e provavelmente não móveis). Resultados semelhantes foram observados em um estudo holandês
com cerca de 3 200 amostras de fezes de porcos (dados não publicados). Por outro lado, no caso do estudo
de Referência [7], cerca de 40 % de amostras positivas não teriam sido detectadas (isto é, teriam dado falso
negativo), se apenas um caldo seletivo (neste caso Rappaport-Vassiliadis) tivesse sido usado em vez de um
meio semissólido.
D.2 Princípio
D.2.1 Geral
A detecção de Salmonella em fezes de animais e em amostras da produção primária requer quatro
etapas, conforme descrito na Seção 4.
Placas de ágar Rappaport-Vassiliadis modificado semissólido (MSRV) são inoculadas com a cultura
obtida em D.2.2.
A partir da cultura obtida em D.2.3, dois meios sólidos seletivos são inoculados:
— qualquer outro meio sólido seletivo complementar para ágar XLD (ver 4.4).
As colônias presuntivas de Salmonella são subcultivadas e então plaqueadas como descrito em D.2.4,
e a sua identidade é confirmada por meio de ensaios bioquímicos e sorológicos adequados.
D.3.1 Geral
Todos os meios e reagentes necessários para este anexo estão descritos no Anexo B, exceto para meio
Rappaport-Vassiliadis modificado semissólido (MSRV), que é descrito em D.3.2. Alternativamente,
pode ser utilizado meios ou diluentes desidratados completos. Seguir as instruções do fabricante.
NOTA A composição de MSRV, como descrito na Referência [8], contém 20 mg/L de novobiocina. No entanto,
do ponto de vista científico, 10 mg/L de novobiocina é preferida. Em estudos efetuados no CRL-Salmonella,
mais resultados positivos para Salmonella foram encontrados em amostras de fezes de suínos, quando
ensaiadas com MSRV contendo 10 mg/L, do que com MSRV contendo 20 mg/L de novobiocina (ver Referência
[9]). Além disso, ao ensaiar diferentes fezes de animais (porcos, galinhas, bovinos) e poeira contaminada
naturalmente, as zonas de migração em MSRV contendo 10 mg/L de novobiocina foram (muito) maiores do
que em meio MSRV contendo 20 mg/L de novobiocina (Referência [9]) . A influência do novobiocina sobre a
motilidade bacteriana foi anteriormente descrita na Referência [10].
Para a preparação de placas de ágar seletivo (ver B.4, ágar-XLD), podem ser utilizadas placas de Petri
de tamanho padrão (90 mm ou 100 mm), em vez de placas de Petri de tamanho grande (140 mm).
D.3.2.1.1 Composição
D.3.2.1.2 Preparação
D.3.2.2.1 Composição
D.3.2.2.2 Preparação
A solução pode ser armazenada por até 4 semanas a 5 °C ± 3 °C, ou em pequenas porções (por
exemplo, de 2 mL) a – 20 °C por até um ano.
D.3.2.3.1 Composição
D.3.2.3.2 Preparação
Armazenar as placas, com a superfície para cima, por no máximo 2 semanas a 5 °C ± 3 °C no escuro.
Não inverter as placas, uma vez que o ágar semissólido é muito líquido.
Não se pode utilizar qualquer placa cujo ágar semissólido tenha se liquefeito ou fragmentado.
Imediatamente antes da utilização, e apenas se necessário, secar a superfície das placas de ágar com
cuidado, por exemplo, destampando-as com a superfície do ágar para cima em uma câmara de fluxo
laminar. Tomar cuidado para não secar em excesso o meio.
D.5 Amostragem
Ver Seção 7.
Em geral, uma quantidade de amostra é adicionada a uma quantidade de BPW para obter uma diluição
de 1/10 (por exemplo, 25 g de amostra adicionada a 225 mL de BPW). No entanto, para alguns tipos
de amostras pode ser necessário utilizar outra proporção.
D.7 Procedimento
Homogeneizar bem as amostras, utilizando as formas mais adequadas para o tipo de amostra.
Pesar a amostra e adicioná-la à quantidade apropriada de BPW (ver D.6). Incubar os frascos
a 37 °C ± 1 °C, por 18 h ± 2 h.
Deixar as placas de MSRV à temperatura ambiente, caso tenham sido armazenadas a uma temperatura
baixa.
Inocular as placas de MSRV com 3 gotas da cultura incubada na BPW. Convém que as três gotas
totalizem 0,1 mL e sejam colocadas separadamente e igualmente espaçadas sobre a superfície
do meio.
Ao retirar uma subcultura da BPW, é muito importante não agitar as amostras de material particulado.
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Portanto, convém que os recipientes sejam movidos com cuidado, sem serem misturados, agitados
ou rodados. O objetivo é retirar um inóculo do maior volume líquido livre mais próximo da interface
entre o recipiente e a superfície da cultura, mas é aconselhável ir mais fundo se houver partículas
flutuando na superfície.
Placas positivas irão mostrar uma zona turva cinza-branca, que se estende desde a gota inoculada.
A zona turva é caracterizada por uma auréola branca com uma aresta claramente definida.
Deixar as placas de ágar xilose lisina desoxicolato (XLD) e as placas do segundo meio de plaqueamento
seletivo (ver 5.2.4.2) à temperatura ambiente, se elas forem armazenadas a temperaturas baixas.
Se necessário, secar a superfície das placas, antes da utilização.
Observar a placa MSRV (se necessário, em uma superfície branca ou em caixa de luz). Determinar onde
é o ponto mais distante de propagação do crescimento opaco dos pontos de inoculação e mergulhar
uma alça de 1 μL dentro da fronteira do crescimento. Retirar a alça, garantindo que nenhum pedaço
grande de MSRV seja extraído. Inocular a superfície de uma placa de XLDL, de modo que colônias bem
isoladas sejam obtidas. Proceder da mesma forma com o segundo meio de plaqueamento seletivo,
utilizando uma nova alça estéril.
NOTA Para plaquear pouco material do MSRV (utilizar uma alça de 1 μL), colônias bem isoladas podem
ser obtidas, utilizando-se apenas uma placa de Petri de tamanho padrão (90 mm a 100 mm) com ágar
seletivo. Portanto, a utilização de placas maiores (140 mm) não é necessária.
Retornar as placas MSRV negativas para a incubadora a 41,5 °C e incubar por mais 24 h ± 3 h.
Executar o procedimento de plaqueamento seletivo se, após 48 h de incubação, estas placas MSRV
tornarem-se positivas.
Colônias típicas de Salmonella cultivadas em ágar XLD apresentam um centro negro e uma zona
levemente transparente de cor avermelhada, devido à mudança de cor do indicador.
Variantes de Salmonella H2S negativas (por exemplo, Salmonella Paratyphi A), cultivadas em ágar
XLD, são cor de rosa, com um tom rosa mais escuro no centro. Salmonella lactose-positiva cultivadas
em ágar XLD são amarelas, com ou sem escurecimento (ver também 9.4.4).
Verificar o segundo meio de plaqueamento seletivo após o tempo de incubação apropriado para a presença
de colônias que, pelas suas características, sejam consideradas colônias presuntivas de Salmonella.
D.7.4 Confirmação
Para confirmação das colônias típicas, isoladas em meios de plaqueamento seletivos, seguir
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as instruções dadas em 9.5. Em 9.5.2, é recomendado estriar as colônias isoladas dos meios
de plaqueamento seletivos em ágar nutriente antes de realizar a confirmação bioquímica. No entanto,
esta etapa adicional não é necessária se colônias bem isoladas (de uma cultura pura) estiverem
disponíveis nos meios de plaqueamento seletivos. Se este for o caso, realizar a confirmação bioquímica
diretamente em uma colônia típica (suspeita), a partir de colônias bem isoladas de cada meio seletivo.
Para o ensaio de desempenho do meio, seguir as recomendações das ISO/TS 11133-1 e ISO/TS
11133-2. No entanto, nestes documentos, os procedimentos fornecidos são para caldos seletivos,
bem como para meios de plaqueamento seletivos para a detecção de Salmonella, mas não para
meios semissólidos, como MSRV. O procedimento descrito abaixo pode ser utilizado para ensaiar
o desempenho do MSRV e baseia-se no procedimento e cepas de ensaio, descritos para os meios
seletivos (de enriquecimento) para a detecção de Salmonella (por exemplo, RVS e MKTTn, ver B.2 e
B.3) em ISO/TS 11133-2.
O procedimento descrito a seguir, foi extraído da ISO/TS 11133-2:2003, 5.4.2.1, mas com uma con-
centração adaptada das cepas de ensaio. O procedimento, cepas de ensaio e critérios encontram-se
resumidos na Tabela D.1.
— Inoculação dos microrganismos-alvo: Inocular, para cada organismo de ensaio, com ca.
104 ufc/0,1 mL, o meio MSRV (para a preparação do inóculo, ver ISO/TS 11133-2:2003, 5.2.1).
— Inoculação dos microrganismos não alvo: Inocular, para cada organismo de ensaio, com
105 a 106 ufc/0,1 mL, o meio MSRV (para a preparação do inóculo, ver ISO/TS 11133-2:2003,
5.2.1).
— Inoculação dos microrganismos-alvo e não alvo como uma cultura mista: Inocular com uma cultura
mista contendo ca. 104 ufc/0,1 mL de microrganismos-alvo e 105 a 106 ufc/0,1 mL de microrganis-
mos não alvo o meio MSRV (para a preparação dos inóculos, ver ISO/TS 11133-2:2003, 5.2.1).
inoculação. Após
48 h, as zonas
turvas das 3 gotas
terão migrado
(quase) totalmente
sobre a placa.
Seletividade E. coli ATCC 25922 ou ATCC 8739 Possível
crescimento no
41,5 °C ± 1 °C,
E. faecalis ATCC 29212 105 a 106 ufc local da gota
2 × 24 h ± 3 h
ou ATCC 19433 inoculada sem zona
turva.
Produtividade S. Typhimurium ATCC 14028 ou S. 104 ufc 41,5 °C ± 1 °C, Cinza-branco,
Enteritidis ATCC 13076 2 × 24 h ± 3 h zona turva que se
+ estende desde
o ponto de
inoculação. Após
48 h, as zonas
turvas das 3 gotas
terão migrado
(quase) totalmente
sobre a placa.
E. coli ATCC 25922 ou ATCC 8739 105 – 106 ufc Possibilidade extra:
+ subcultivar com
alça de 1 μL no
limite da borda
da zona opaca de
crescimento
e espalhar sobre
o XLD. Incubar
P. aeruginosa ATCC 27853 105 – 106 ufc a 37 °C ± 1 °C
durante
24 h ± 3 h. Critérios:
crescimento de
maioria de colônias
características.
NOTA Em geral, S. Typhimurium vai mostrar um crescimento mais rápido e zonas de migração maiores
do que S. Enteritidis.
Bibliografia
[1] ABNT NBR ISO 6887-2, Microbiologia de alimentos e de alimentação animal – Preparo de
amostras, da suspensão inicial e das diluições decimais para análise microbiológica – Parte 2:
Regras específicas para o preparo de carne e produtos cárneos
[2] ISO 6887-3, Microbiology of food and animal feeding stuffs – Preparation of test samples, initial
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suspension and decimal dilutions for microbiological examination – Part 3: Specific rules for the
preparation of fish and fishery products
[3] ISO 6887-4, Microbiology of food and animal feeding stuffs – Preparation of test samples, initial
suspension and decimal dilutions for microbiological examination – Part 4: Specific rules for the
preparation of products other than milk and milk products, meat and meat products, and fish and
fishery products
[4] Ewing, W.H. and Ball, M.M. The biochemical reactions of the genus Salmonella. National Center
for Disease Control and Prevention, Atlanta, Georgia, USA, 1996
[5] Feldsine, P. et al. Recovery of Salmonella in Selected Foods by the ISO 6579 Salmonella Culture
Procedure and the AOAC International Official Method of Analysis: Collaborative Study. J. AOAC
Int., 2001
[6] Culture Media for Food Microbiology. In: Progress in Industrial Microbiology. Vol. 34. (Eds. Corry,
J.E.L., Curtis, G.D.W. and Baird, R.M.). Elsevier, Amsterdam, 1995
[7] Voogt,N., Raes, M., Wannet, W.J.B., Henken, A.M. e van de Giessen, A.W. Comparação dos
meios de enriquecimento selectivo para a detecção de Salmonella em fezes de aves de capoeira.
Carta em Microbiologia Aplicada, 32, 2001, pp 89-92
[9] Veenman,C., Korver, H. e Mooijman, K.A. As melhorias no método para a detecção de Salmonella
spp. nas fezes de animais. Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, Bilthoven,
Holanda. Relatório RIVM 330300 010 de 2007
[10] Soutourina,OA, Semenova, EA, Parfenova, VV, Danchin, A. e Bertin, P. Controle da motilidade
bacteriana por fatores ambientais em bactérias flageladas e peritichous polarly isoladas do lago
Baikal. Applied and Environmental Microbiology, 67 (9), 2001, pp 3852-3859