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Não resta dúvida sobre o dialogismo estabelecido por Bakhtin e seu Círculo com
a Ideologia alemã (MARX; ENGELS, 1984). Marx e Engels assentam-se na crítica à
religião de Ludiwig Feuerbach, no materialismo francês, na crítica à filosofia alemã
(idealismo hegeliano) e demonstram a distorção do pensamento humano produzido pelo
ocultamento das contradições sociais, as formas invertidas da consciência e da vida
material dos homens.
Considerações finais.
As raízes marxistas de Mikhail Bakhtin, em seu sentido dialógico, fornecem
diretrizes epistemológicas consideráveis e consistentes na análise dialética e concreta da
linguagem. Eliminam-se desse modo, concepções pretensamente marxistas,
encaminhando-se prospectivamente as pesquisas para a detecção de unidades dialéticas
mediadoras e a elucidação dos níveis de produção do sentido entre a ideologia oficial e
a ideologia do cotidiano.
Referências bibliográficas
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Dialogismo, polifonia e enunciação. In: BARROS,
Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz (orgs). Dialogismo, polifonia,
intertextualidade: em torno de Bakhtin. São Paulo: Edusp, 2003.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com
Bakhtin, Curitiba: UFPR, 2001.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia Alemã. São Paulo: Editora Moraes,
1984.
TEZZA, Cristóvão. Sobre o autor e o herói: um roteiro de leitura. In: FARACO, Carlos
Alberto; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin, Curitiba:
UFPR, 2001.