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Livro VI - Eneida
Livro VI - Eneida
Épica Latina
A Eneida de Virgílio
Livro VI
Livro V:
○ Iris é enviada por Juno até Sicília;
○ Iris finge ser Béroe, velha esposa de Dorciclo, e queima os navios;
○ É reconhecido por Pirgo e foge para os altos;
○ As mulheres enfurecidas alastram o fogo na frota;
○ A notícia chega até Enéias que vai até o incêndio e invoca os deuses para o ajudar;
○ Júpiter manda uma tempestade para apagar o fogo;
○ O deus Nautes conforta Eneias e o aconselha a seguir para onde o destino os impele;
○ A sombra de Anquises desce até a Terra e fala com Eneias;
○ Vênus fala com Netuno suas preocupações com o trajeto de Eneias;
○ Netuno assegura que Eneias chegará em segurança ao Tibre ao preço de uma vida;
○ Eneias acorda e percebe que o barco está desgovernado, ele lamenta a morte do amigo.
Resumo do livro VI
Ao chegar ao rio Aqueronte, Sibila ensina a Eneias que Caronte não deixa que almas insepultas
façam a travessia antes de cem anos a vagar ao redor da praia e, por isso, a grande turba que ele
enxerga nas margens. Entre as almas insepultas, Eneias vê seu piloto Palinuro. O barqueiro barra a
travessia deles mas Sibila lhe diz:
PINELLI, Bartolomeo. Enéas e a sombra do Dido: Aeneas and the shade of Dido. 1892
Entre os Campos Elísios e o Tártaro
Eneias e Sibila prosseguem em sua jornada e alcançam uma bifurcação no caminho. É então que
Aurora diz:
MANFREDI, Biagio. Addio di Anchise al figlio Enea e alla Sibilla Deifobe alle porte dell’Averno.
O discurso de Anquises
Nisso, Eneias vê povos sem fim à beira de um rio. Explica-lhe Anquises que são almas fadadas a uma outra
existência e que precisam beber das águas do Letes para esquecerem completamente a vida anterior e
poderem transmigrar para outro corpo. E, ante o espanto de Eneias, instrui-lhe sobre o fogo celeste, a
semente da vida, os mil anos na roda do tempo, as sucessivas reencarnações até a purificação do espírito e o
ingresso na vida eterna.
"Dir-te-ei, agora, que glória espera, no futuro, a raça de Dardano, quais serão os nossos descendentes de
raça italica, almas ilustres que deverão ter nosso nome e vou revelar-te o teu destino. (...) O primeiro a surgir
ao sopro do ar de sangue italiano misturado ao nosso, é Sílvio, nome albano, teu filho derradeiro que ser-te-á
dado por tua esposa Lavínia tardiamente, no fim de tua velhice”.
Depois, Anquises instrui Eneias sobre as lutas que irá travar, os trabalhos sem conta, o luto. Mas mostra-lhe
também as glórias futuras. Sempre conversando com o filho, leva-o e à Sibila até as duas Portas do Sono.
Uma se abre aos sonhos falsos e a outra aos sonhos verdadeiros. Pela porta dos sonhos verdadeiros Eneias
sai, após despedir-se do pai, encontra seus companheiros e navega rumo ao Lácio.
Considerações finais
“A descida de Eneias ao mundo dos mortos marca o centro do poema. Ali se encerra a metade
odisseica da Eneida, a errância no mar e se inicia a metade iliádica, as guerras em terra. A chegada
aos Infernos recorda elementos da filosofia platônica, das doutrinas órfica e pitagórica, a
metempsicose. (...) As personagens infernais foram motivo de deleite para o povo antigo e aquilo
que para Eneias era o futuro, (...) o público contemporâneo de Virgílio via seu próprio tempo
integrado a todo o passado de Roma, e de certa forma, no poema, via-se a si mesmo como
continuação de feitos gloriosos.”
Odisseia
Ilíada
Correlações Filosofia platônica
Doutrina órfica
Doutrina pitagórica