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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE- UFRN

ENEIDA
Docente: Prof. Dr. Marcos César Tindo
Barbosa
Discentes: Ana Caroline, Bárbara Helena, Elis
Lopes, Gabriel figueiredo, Larissa Viana,
Laryssa Eulália, Magnos Torres.
AUTOR
Púbio Vírgilio Marão nasceu em Mântua,
a 15 de outubro de 70 a.C.
Os acontecimentos da vida de Virgílio,
relatados por outros autores, são
incertos, pois tiveram como fonte as
próprias obras do poeta.
Virgílio, contudo, morreu sem ter
concluído essa obra.
Ele faleceu em 20 de setembro de 19 d.C.
“A Eneida” teve enorme repercussão
entre os romanos, mostrando-lhes o que
o destino havia preparado para a Roma
de Augusto e a glória do povo romano.
OBRA
Eneida é um grande poema épico que foi
escrito no século I a.C. pelo poeta romano
Virgílio e publicado após sua morte em 19
a.C. Ele escreveu a obra durante 12 anos.
Eneida é considerada um clássico da
literatura mundial que inspirou diversos
poetas posteriores como Dante Alighieri
e Luís de Camões.
Eneida narra a história de Roma, desde a
origem, o poder e a expansão do Império
Romano. A obra recebe esse nome uma
vez que está relacionada com as façanhas
e feitos realizados pelo herói troiano:
Enéas.
ESTRUTURA DA OBRA

Género: Epopéia/Poesia
Versos: Aproximadamente 10 mil
versos
Divisões: XVII (doze) cantos
Métrica: Hexâmetro Dactílico
Língua: Latim (língua oficial do
império romano)
Edição: Editora
Ediouro/Tradução de David
Jardim Júnior
A VIAGEM DE ENÉIAS
ASPECTOS DO IMPÉRIO
DE AUGUSTO NA OBRA
Augusto solicitou do poeta Virgílio que
escrevesse uma obra literária na qual fosse
demonstrado o valor e a importância do
povo romano.
E principalmente, que ficassem
demonstradas as origens divinas de
Augusto, ser ele o descendente do herói
troiano Enéias.
Virgílio preencheu a obra com momentos
em que se vislumbra a exaltação de
Augusto ou a utilização de eventos
contemporâneos do autor.
PERSONAGENS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIOS
Principais: Deuses:
Anquises: Pai de Eneias Apolo: Deus do sol, da profecia, da
Ascânio: Filho de Eneias e de Creusa injustiça e entre outros
Creusa: Filha de Príamo, esposa de Eneias Éolo: Deus dos ventos
Dido: Rainha de Cartago Juno: Mulher de Júpiter, opositor de Eneias
Evandro: Rei dos arcádios Júpiter: Rei dos deuses
Eneias: Troiano, sobrevivente à Guerra de Troia Mercúrio: Deus mensageiro
Turno: Rei Latino, inimigo de Eneias em Itália Netuno: Deus dos mares
Latino: Rei dos Latinos Vênus: Deusa da beleza e do amor,
coadjuvante de Eneias
Secundários:
Sibila de Cumas: Guia Eneias no reino de Hade
Amata: Esposa de Latino
Lavínia: Filha de Latino
Palas: Filho de Evandro
Camilla: Guerreira que luta ao lado de Turno
CANTO I
A Eneida começa com uma breve
apresentação do poeta.
Logo após, a deusa Juno relembra os
motivos de seu ódio contra Troia.
Juno fazia de tudo para atrapalhar a
vida dos Troianos, mesmo após o fim
da guerra .
Juno com ajuda do deus Eólos manda
ventos fortes com tempestade para a
frota troiana.
Netuno, todavia, amaina o mar e
Enéas atinge a costa líbia.
CANTO I
Enquanto isso no Olimpo, Vênus a
mãe de Enéias questiona a seu pai
Júpiter o porque do ódio de Juno a
Troia
Júpiter narra a profecia do futuro da
Itália e com a grandiosidade dos
descendentes de Eneias
Os troianos são recebidos por Dido,
rainha de Cartago e viúva de Siqueu.
Vênus com ajuda de Cupido faz com
que Dido se apaixone por Enéias
Dido pede para que Enéias conte sua
jornada até Catargo
CANTO II
Enéias relata a queda de Tróia e os
eventos subseqüentes.
Ele narra como aconteceu a invasão do
cavalo na cidade e a traição de Sinão.
Os próprios troianos colocaram o cavalo
para dentro da cidade pensando que
iriam agradar a deusa Minerva.
Durante a noite os Aqueus invadem e
colocam fogo na cidade, começando a
queda de Troia
CANTO II
Enéias estava dormindo e recebe uma visita
da alma de Heitor lhe avisando que ele
deveria fugir da cidade com o máx. de
sobreviventes e fundar uma nova Troia
Enéias contraria em 1º momento os
conselhos de Heitor e decide ir tentar
defender Troia com alguns companheiros.
Eles se infiltram no castelo de Príamo onde
estava a resistência de Troia, porém os
Aqueus conseguem invadir o palácio
Pirro mata Príamo
CANTO II
A deusa Vênus aparece para Enéias e diz que
ele deve seguir o conselho de Heitor.
Ele percebe que Troia estava em ruínas e
decide salvar a sua família.
Eles fogem e Enéias carrega seu pai nas
costas e sua esposa e filho correm ao seu
lado .
No meio da fuga o herói perde sua esposa
Creúsa e volta para procura-lá.
Ele percebe que ela está morta e fica
devastado o seu espirito aparece para
consola-lo
Logo após ele parte no comando dos
sobrevivente para o monte Ida.
CANTO III
Eneias continua narrando sua
errância.
Apôs sair da troia, chegam na Trácia e
funda uma cidade chamada “Eneada”
O Herói é advertido por um mau
presságio.
Os troianos param em “Delos”, cidade
conhecida pelos oráculos.
Ao chegar em “Creta” funda
“Pérgamo”.
Os troianos enfrentam dificuldades
nessa nova cidade, Eneias decide ir
visitar novamente “Delos”.
CANTO III
Apolo durante o sono de Eneias se
manifesta, revelando que os troianos devem
ir a “Hespéria”
Eneias para nas ilhas “Estrofrades”, lar das
Harpias (criaturas com seio e cabeça de
mulher e corpo de águia).
Eneias passa por “Butroto”, governada por
Heleno, filho de Príamo.
Os troianos param na praia dos Ciclopes,
onde encontram um grego deixado ali depois
da passagem de Ulisses, narrado na
“Odisseia”.
Eneias depois parou na Sicília, onde perdeu o
pai, Anquises.
CANTO IV
A Rainha Dido está começando a
nutrir, subitamente, uma paixão
por Enéias.
Com isso, vai desabafar com sua
irmã Ana.
Ana tenta convencer Dido a se
render á essa paixão.
Finalmente, Dido decide dar uma
chance a esse sentimento e ora
aos deuses para que seja
correspondida por Enéias.
CANTO IV
Percebendo que Dido está sofrendo
intensamente por conta do amor que
sente por Enéias, a deusa Juno vai
conversar com a deusa Vênus.
As deusas “assinam” um acordo de paz e
cada uma delega uma missão a outra para
ajudar na União entre Dido e Enéias.
A Rainha de Cartago e o Líder Troiano
consumam esse amor.
CANTO IV
Fama dissemina boatos sobre Dido.
O Rei Jarbas se enfurece ao saber
que Dido irá se casar com um
estrangeiro e vai reclamar com o
deus Júpiter.
Mercúrio entrega uma mensagem
para Enéias.
CANTO IV
Dido recebe a notícia que Enéias está
indo embora de Cartago e fica
furiosa.
A Ranha de Cartago e o Líder Troiano
discutem.
Dido finge para sua irmã Ana que
está tudo bem.
Ela reflete sobre a sua delicada
situação.
CANTO IV
Enéias recebe um recado de uma
divindade através de um sonho.
A Rainha invoca as divindades do
submundo para lançarem uma
maldição no Enéias, planeja um
ritual de vingança contra ele e os
troianos
Dido suicida-se ao se ferir
propositalmente com a espada de
Enéias.
CANTO IV

Ana se desespera e se culpa ao


ver o que Dido tinha feito a si
mesma.
Juno fica profundamente triste
com a morte da Rainha Dido.
CANTO V
Eneias observa de longe o fogo em
Cartago.
Uma tempestade está para começar, então
Polinuro um dos pilotos, aconselha eles
pararem em algum lugar.
Na Sicília, Eneias organiza jogos para
honrar o pai, já que faz 1 ano que Anquises
morreu.
Juno manda Iris ir até as mulheres para
convecê-las a atear fogo nas naus.
CANTO V
ao receberem a notícia, os homens correm para
ver as naus.
Ascânio é mostrado como maduro agora.
Eneias pede ajuda a Júpiter, que recebe de bom
grado a súplica do herói.
Nautes aconselha ali fundarem uma cidade
para deixar a parte desistente da viagem.
Em sonho Anquises fala a Eneias aceitar o
conselho, e pede que venha ao seu encontro no
submundo.
Vênus, pede ajuda a Netuno.
Morfeu, filho do sono e da noite, vai até
Polinuro.
O sonho de Enéias
CANTO VI
Anquises aparece em sonho para
Enéias e faz um pedido
Os Troianos navegam até Cumas para
encontrar
Sibila de Cumas, uma profetisa
Sibila incorpora o deus Apolo, suas
expressões mudam.
Enéias faz pedidos ao deus Apolo,
promete fundar templos em honra ao
deus
A revelação de Apolo.
A causa da guerra na Hespéria.
CANTO VI
O pedido para descer ao Orco

Um raminho dourado para Proserpina

Uma morte antes de ir: Miseno e as


tradições fúnebres Greco-Romana

Vênus ajuda Enéias a encontrar o


raminho
CANTO VI
Rituais de descida até o orco
Invocar divindades do submundo,
Fúrias, Proserpina, Orco.
Sacrifício feito em uma floresta, um
cordeiro preto, vaca estéril, sangue,
óleo.
primeira parte do Orco, criaturas
míticas
Hárpias, Quimeras…
Caronte; importância dos ritos
fúnebres.
travesia
CANTO VI
Sibila adormece Cérbero com uma
erva que portava dentro de um anel
Enéias encontra algumas almas.
Enéias encontra Dido nos Campos das
Lagrimas, lugar que ficava aqueles
que morreram de amor.
O encontro com alguns companheiros
de batalha da guerra de Tróia.
A procura por Anquises.
CANTO VI
Enéias encontra Anquises nos
campos elíseos
A tentativa de abraço
as almas que vão renascer
O rio Lete, as águas do
esquecimento
Os conselhos de Anquises para
Enéias
A saida do Orco
Porta do sono
CANTO VII
Depois de Enéas dá sepultura à sua ama,
Caieta, ele parte em viagem chegando
próximo as margens próximo a terra de
Circe.
Chega na região do Lácio, e o rei Latino
tem uma previsão da chegada de um
estrangeiro.
Os troianos vão conhecer a região e
Eneias pede que 100 deputados levem
presentes e peçam paz para os teucros.
O rei Latino aceita, mas em troca pede
que ele se casa com sua filha Lavínia, mas
Juno fica insatisfeita e pede ajuda de
Alecto para adiar esse casamento.
CANTO VII
Alecto pertuba Turno durante um sonho
para poder instigá-lo a lutar contra
Eneias.
Alecto trama de tudo para adiar esse
casamento, e o povo da região do Lácio
tenta convencer o rei Latino a romper
com os troianos.
Depois Juno abre as porta para guerra,
causando confusão e começa a primeira
disputa com Menzêncio ao lado de Turno,
junto com Camilla.
CANTO VIII
O rio Tibre fala com Eneias, para
acalmar as suas preocupações por
causa da guerra.
Eneias e os troianos são recebidos por
Evandro com um banquete de
consagração a Hércules, e Evandro
conta a história do monstro Caco.
Vênus, inquieta diante dos
preparativos belicosos dos
laurentinos, manda Vulcano levar
armas para seu filho.
CANTO IX
Turno recebe uma mensagem de Juno
(enviada por Íris)
Turno e seu exército avançam em direção
ao acampamento de Enéias
Seguindo as ordens de Enéias, os troianos
apenas se defendem (não atacam)
Enfurecido, Turno ateia fogo às naus
troianas
Ocorre o prodígio das naus
Turno interpreta erroneamente o prodígio
Turno se compra a Menelau
CANTO IX
Niso e Euríolo dialogam sobre glória e
serem lembrados (bela morte) e têm a
ideia de falarem com Eneias
Os Jovens falam com Ascânio
Niso e Euríolo partem e, no caminho,
aniquilam um pequeno grupo de
soldados rutulos
Ambos morrem em uma bela e
grandiosa morte
Sua cabeças são espetadas em varas em
frente ao acampamento troiano

Niso e Euríalo (1827). Escultura de Jean-


Baptiste Roman (Louvre Museum)
CANTO IX
Os rútulos, mais uma vez, tentam
invadir o acampamento troiano
Inicia-se uma grande briga e
ateia-se fogo às portas do
acampamento
Ascânio mata pela primeira vez
Truno insulta os troianos (“Duas
vezes cativos”)
CANTO IX
Apolo aprova os feitos de Ascânio,
mas o aconselha a não participar da
guerra
Turno invade as muralhas
Tomado por forte ira, Turno mata
vários troianos, sendo também
protegido por Juno
Turno se compara a Aquiles
Turno é acossado pelos troianos e
foge pelo rio.
CANTO X
Concílio dos deuses (sem
conciliação)
Vênus, dirigindo-se a Júpiter,
intercede em favor dos teucros e
pede que, pelo menos, seja
poupada a vida de Ascânio
Juno defende Turno
As duas deusas não chegaram a
um acordo
Júpiter dá tratamento igual às
duas partes
CANTO X
Os rútulos atacam ferozmente
o acampamento
Os troianos resistem, mas
estão em desvantagem.
Ascânio, tem considerável
protagonismo na defesa
Enéias retorna ao
acampamento com 30 barcos e
milhares de guerreiros
As ninfas do prodígio
reaparecem para ajudar Enéias
e trazerem uma mensagem
CANTO X
Os troianos desembarcam e em
seguida começa-se a guerra
Palante é desafiado por Turno
Turno mata Palante com um lança
no peito
Palante morre sob condições
gloriosas
Turno se regozija sobre a morte
do jovem;
CANTO X
Enéias, ao saber da notícia da
morte de Palante fica furioso
Sacrifica 4 jovens prisioneiros
para os “imolar ao manes de
Palante”
Irado Enéias avança sobre os
seus inimigos e mata muitos
furiosamente
CANTO X
Juno, disfarçada de Enéias, engana
Turno, levando-o a uma embarcação
Turno não deseja fugir da guerra,
pois acho isso indigno. Tenta volta,
mas Juno o impede, fazendo com que
as ondas o levem a terra de seu pai
CANTO X
Mezêncio assume o comando e
conduz a guerra
Longa narração de mortes
Enéias trava uma briga com
Mezâncio
Lauso, filho de Mezêncio, salva a
vida do pai em uma morte bela
Mezêncio busca vingança e
confronta Enéias, que o mata em
mais um morte gloriosa

Louis-Léon Cugnot. Escola Nacional de


Belas Artes, Paris.
CANTO XI
O canto XI inicia-se repleto de lamentos,

troianos abatidos com as perdas.

Palante parte como "uma flor colhida"

Acessórios de Palante são recolhidos

A chegada de embaixadores Latinos

O duelo proposto

Trégua entre Latinos e Troianos

Drances simpatiza com Eneias


CANTO XI
O canto XI inicia-se repleto de lamentos,

troianos abatidos com as perdas.

Palante parte como "uma flor colhida"

Acessórios de Palante são recolhidos

A chegada de embaixadores Latinos e a trégua

O duelo proposto

Drances simpatiza com Enéias

O luto de Evandro
CANTO XI
Laurento em situação de calamidade,

indignação popular.

Assembleia entre chefes Italianos. Latino,

considera perdida a guerra. Drance propõe o

desafio de Enéias .

Turno se mantém confiante, menciona

Camilla e aceita o duelo


CANTO XI
Laurento em situação de calamidade,

indignação popular.

Assembleia entre chefes Italianos. Latino,

considera perdida a guerra. Drance propõe o

desafio de Enéias .

Turno se mantém confiante, menciona

Camila e aceita o duelo

Camilla, aliada de Turno


CANTO XI
Enéias e seu exército marcham em

direção à cidade de Laurento.

Turno e Camilla planejam como pegar Eneias

Diana se preocupa com Camilla e designa Ópis

Camilla é o destaque dessa cena,

uma vantagem

Camilla é morta por Arrunt, desorganizando

as fileiras latinas fazendo com que troianos

avancem.
CANTO XII
Um exército Latino enfraquecido

A esperança de Turno é o duelo com Eneias,

o rei Latino discorda da ideia.

Enéias recebe a notícia do duelo

Começam os preparativos para o duelo

(exércitos em pacto de paz)

Juno com receio, interfere, recorrendo a

Juterna, irmã de Turno


CANTO XII
Um exército Latino enfraquecido

A esperança de Turno é o duelo com Enéias,

o rei Latino discorda da ideia.

Enéias recebe a notícia do duelo

Começam os preparativos para o duelo

(exércitos em pacto de paz)

Juno com receio, interfere, recorrendo a

Juterna, irmã de Turno


Exércitos em pacto de paz
CANTO XII
Juno então elabora um plano para que

o pacto de paz seja quebrado e o duelo não aconteça.

Juturna faz com que voasse no céu, uma águia

que captura um cisne, o cisne consegue se soltar

Eles viam o futuro no simbolismo presente no

vôo das aves

A cena agita os exércitos que travam uma nova

batalha
CANTO XII
Eneias é ferido, se retira da batalha

Vênus intervém, auxiliando o médico em sua cura

Eneias retorna à batalha em perseguição a Turno,

protegido por sua irmã.

Vênus inspira Eneias a invasão da cidade para atrair

Turno

Turno se livra das manipulações da irmã e parte

para o duelo
CANTO XII
A batalha final começa e a espada de Turno é

quebrada ao meio, ele corre mas troianos impedem

sua fuga.

Enéias persegue Turno pela cidade

Júpiter que assistia tudo, pede para que Juno aceite

o destino

Juno faz alguns pedidos e se retira


CANTO XII
A batalha final começa e a espada de Turno é

quebrada ao meio, ele corre mas troianos impedem

sua fuga.

Enéias persegue Turno pela cidade

Júpiter que assistia tudo, pede para que Juno aceite

o destino

Juno faz alguns pedidos e se retira


CANTO XII
Eneias fere Turno que implora por piedade

Ele se comove, porém, vê em Turno um cinto que

que era de Palante

O foi retirado no momento de sua morte como

ato de desonra

Eneias, então, se vinga de Palante. Disfere golpes com

a espada e afirma que eles não estavam sendo feitos

por ele, mas sim por Palante


CANTO XII
Eneias fere Turno que implora por piedade

Ele se comove, porém, vê em Turno um cinto que

que era de Palante

O foi retirado no momento de sua morte como

ato de desonra

Eneias, então, se vinga de Palante. Disfere golpes com

a espada e afirma que eles não estavam sendo feitos

por ele, mas sim por Palante


POÉTICA ARISTOTÉLICA
estrutura:
A imitação (mimese) retratando homens
melhores que são, como o próprio herói
Eneias, bravo guerreiro e piedoso rei.
Não possui duração específica, diferente
da tragédia.
Narra uma ação una, ou seja completa,
apresente começo, meio e fim*
Virgílio não considerava que a obra
estava completa, além de alguns versos
que não foram concluídos, o final poderia
ser diferente.
POÉTICA ARISTOTÉLICA
estrutura:
Enredo complexo, contendo
reconhecimentos e sofrimentos.
Reconhecimentos:
Por sinais: quando Eneias reconhece as pombas
como sua mãe, Vênus (pássaros são símbolos
ligados a deusa).
Por raciocínio: quando Latino reconhece em Eneias
o futuro marido de sua filha.
Sofrimento:
A desdita de Dido durante o canto IV.
POÉTICA ARISTOTÉLICA
Caracteres:
Os personagens agem de maneira
coerente a partir de seu caráter
Vênus: age como amorosa e
cuidadora mãe, da forma como é
retratada na obra.
Juno: age de forma agressiva e
vingativa, de acordo com o caráter
apresentado.
POÉTICA ARISTOTÉLICA
Elocução:
A elocução deve ser clara sem ser vulgar
(não parecer a forma como se normalmente
se fala, mas não transforma em um enigima
ao utilizar muitas metáforas).
As epopeias podem narrar acontecimentos
mais fantásticos, já que por não possuir
atuação, como a tragédia.
Simbologia Metafórica
Enéias, o Piedoso

Ideal romano de Pietas.


As pietas de Enéias.
Comportamento exemplar
romano estimado pelo ideal do
mos maiorum.
Simbologia Metafórica
Enéias, o Piedoso

Virtus: ligada a hombridade do


cidadão
Clementia
Justitia
Simbologia Metafórica
Enéias, o Piedoso

Cenas representadas nas obras com


um intuito.
Imagem de Enéias, Anquises e Ascânio
fugindo de Tróia, pode representar:
- Tríade que compõe a sociedade
romana.
- As três idades do Homem
Simbologia Metafórica

Dido e Enéias

Dido e Enéias apresentam um


passado semelhante. (Pinheiro,
2010)
A mensagem que a personagem de
Dido transmite ás mulheres
romanas. (Massey, 1988)
Contexto das Guerras Púnicas (264
a.C- 149 a.C)
O ESCUDO DE ENEIAS

Vênus pede para o deus Vulcano fabricar


um
escudo para presentear seu filho Enéias.
Esse
escudo tinha várias imagens que ilustrava
o
futuro e as glórias de Roma.

O mito da fundação de Roma


O rapto das Sabinas
As glórias de Augusto
Mito da fundação
de Roma

Segundo a tradição Rômulo e Remo, eram


dois irmãos gêmeos, um deles estaria
destinado a fundar a cidade de Roma
o mito possui duas versões.

Fundação: 753 a.C.


Mito da fundação
de Roma
Eneida de Virgílio
Júpiter promete a Vênus que da
descendência do Troiano Enéias
nasceria dois irmãos gêmeos e um
deles fundaria Roma.
As origens desses irmãos são
reveladas.
Rômulo e Remo, filhos da sacerdotisa
Ília, com Marte (deus da guerra).
Rômulo seria o responsável por
fundar as muralhas da cidade e
chamar sua gente de romanos.
Mito da fundação
de Roma
FASTOS , OVÍDIO
LIVRO III
HISTÓRIA DE ROMA, TITO LÍVIO,
LIVRO I
O rei de Alba Longa é destituído do trono
por seu irmão Amúlio, que mata todos seus
filhos homens, deixando apenas sua filha
Reia Silvia viva.
Reia é obrigada a se tornar sacerdotisa
para manter a castidade.
seduzida por Marte dar à luz aos gêmeos
Rômulo e Remo, que são colocados em um
cesto no rio para morrer, porém são criados
por uma loba.
A LOBA

A figura do animal concerne a Marte,


por ser consagrado a ele, deus da
guerra. Sendo o pai dos gêmeos, ele
teria enviado a loba para que
assistisse sua prole. Do mesmo modo
que Marte guiava a juventude em
suas conquistas territoriais, a loba
guiaria Rômulo e Remo a fim de,
posteriormente, fundarem Roma.
A LOBA

História de Roma Tito Lívio


Livro I, pág 25.

‘’Ali, abaixada, oferecia as tetas para às


criancinhas e docemente as lambia quando
descobriu o pastor do rei, que conforme a
tradição, se chamava Fáustulo. Dizem que
as levou ao estábulo, entregando-as a sua
mulher Lârencia para criar. Outros julgam
que Larência era uma prostituta, uma
‘’loba’’como chamavam os pastores. Teria
sido essa a origem da lenda maravilhosa.’’
A loba como identidade
nacional

A famosa loba é uma das Brasão Associazione Sportiva Rômulo mascote do time Roma
principais atrações dos Museus Roma
Capitolinos
o rapto das Sabinas

O rapto das Sabinas é um dos episódios


ligados às origens de Roma. Segundo a
tradição, Rômulo, primeiro governante
romano, preocupado com a escassez da
população feminina, promove um evento,
convida os vizinhos e assim acontece o
rapto das mulheres Sabinas.
as conquistas romanas

‘’No centro do escudo está localizado a


maior de todas as conquistas romanas, a
Batalha de Áccio, travada em 31 a.C. entre
Otávio Augusto e Marco Antônio. Esse
acontecimento é decisivo para a
consolidação do domínio e do poder de
Otávio e, consequentemente, de Roma.
Catábase e a
propaganda
política

Anquises descreve as almas que vão


reencarnar como descendentes futuros
do Enéias

Rômulo
Júlio César e outras figuras
importantes entre os romanos
Predestinação dos deuses.
A importância da obra
para a cultura em que foi concebida
Podemos equivaler a importância dessa obra ao que foi Ilíada e
Odisseia na formação de cidadãos das Pólis gregas
‘’Eneida é uma fonte histórica sobre civilização romana.
Uma preocupação de Virgílio foi retratar os valores e as virtudes que
fundamentavam a sociedade latina.
Eneida como síntese das correntes de pensamento em difusão na
Roma
Teve papel importante na educação de jovens romanos , relatando
a cultura dos mitos e os fatos históricos que envolviam sua pátria
OBRAS POSTERIORES
Literatura
“A Divina Comédia”, Inferno, "Os Lusíadas" (1572), de “Eu carreguei meu pai sobre meus
(século XIV), de Dante Alighieri Luís de Camões ombros” (2019) , Fabrice Melquiot

Dante e Virgílio no Inferno - William-Adolphe


Bouguereau
OBRAS POSTERIORES
Cinema
"Troy" (2004) "A lenda de Eneias" (1962)
OBRAS POSTERIORES
Teatro
"Dido, Rainha de Cartago" "Les Troyens" de Hector
(1594) Berlioz (1856 e 1858)
Referências
VIRGÍLIO. Eneida. Tradução: Carlos Alberto Nunes. 1° ed. São Paulo: Editora 34, 2021.
VIRGÍLIO. Eneida. Tradução: David Jardim Júnior. [s.l.] EDIOURO- Coleção Universidade de Bolso,
1975
ARISTÓTELES. Poética. Tradução: Edson Bini. 1° ed. São Paulo: Edipro, 2011.
Á, M. E. B. DE . O mito de Dido e Enéias em Virgílio, Ovídio e Marlowe. Travessias Interativas, v.
N.20 V10, 2020.
RODRIGUES, N. V. A representação de Dido e o discurso feminino na épica e na elegia. Revista
Entrelaces, v. Volume 3, nov. 2013.
RODRIGUES, M. M. L.; MARTINS, P. A elegia no canto IV da Eneida. Colex- Revista de Estudos
Clássicos, v. 5, dez. 2017.
SILVA, M. R. DE F. DA . Dido e Enéias e o mito da fundação de Roma. pdf—Universidade Federal
do Rio de Janeiro: [s.n.].
Lívio, T. (s.d.). História de Roma Volume I(Ab urbe condita) . Paumape.
Ovídio. (2001). Fastos. Madrid: GREDOS, S.A.
Silva, F. (s.d.). O Escudo de Eneias e a Valorização de Roma.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO

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