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17/04/2022 16:21 Cidade Negra dividido: Toni Garrido relata agressões, disputa por nome e roubo de instrumentos | Música | G1

POP & ARTE


MÚSICA

Cidade Negra dividido: Toni Garrido relata


agressões, disputa por nome e roubo de
instrumentos
Ele e o baixista Bino Farias falam ao g1 que ex-baterista vendeu equipamentos sem
autorização e deu socos em ambos. Lazão toca em nova banda com dois ex-membros e nega
acusações.

Por Braulio Lorentz, g1


14/04/2022 06h45 · Atualizado há 2 dias

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 1/18
17/04/2022 16:21 Cidade Negra dividido: Toni Garrido relata agressões, disputa por nome e roubo de instrumentos | Música | G1

Integrantes do Cidade Negra falam sobre os bastidores conturbados do grupo

Enquanto cantavam sobre pensamento positivo, a força da fé e a beleza do girassol,


os temas nos bastidores do Cidade Negra eram muito mais pesados.

Hoje, a banda de reggae virou uma dupla de reggae, formada pelo baixista Bino
Farias e o vocalista Toni Garrido. Segundo eles, desde 2014 o grupo convive com
disputa pelo uso do nome Cidade Negra, agressões do ex-baterista Lazão e roubo
de instrumentos.

Procurado pelo g1 por meio de seu empresário e de seu advogado, o músico não
quis dar entrevista. Um dia após a publicação deste texto, Lazão e Da Ghama
decidiram dar entrevista ao g1.

"Eu não queria expor essa sujeirada toda, porque o fã não merece", explica Toni
Garrido ao g1 (veja trechos da entrevista no vídeo acima). Segundo ele, o Cidade
Negra vai seguir fazendo shows e lançando músicas "assim que tiver a limpeza de
espírito e de alma para continuar". Os dois já compuseram e gravaram cinco
músicas novas.

Veja relatos sobre bastidores do Cidade Negra nos últimos oito anos:

· Quais as acusações de agressão?

· Qual a acusação de roubo de equipamento?

· Como é a disputa judicial pelo nome Cidade Negra?

· O que fazem os ex-integrantes hoje?

· O que mais Toni e Bino falam dos ex-membros?

· Outro lado: o que dizem Da Ghama e Lazão?

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 2/18
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Quais as acusações de agressão?

Lazão, Toni Garrido e Bino Farias: a formação do Cidade Negra entre 2010 e 2022 — Foto: Divulgação/Site oficial

"Em 2014, 2015, começaram uma série de violências, o Lazão começou a ficar
violento, dentro do próprio grupo, com a gente. Então, um dia ele me deu um soco
no olho que rasgou meu olho e saiu sangue", relata Toni.

"Um dia ele deu um soco na cara do Bino. Ele foi fazendo
milhões de coisas. A banda, equipe técnica acompanhando
aquilo tudo... e me perguntando 'Toni, você não vai fazer
nada? Ele não pode fazer isso, ele tá louco, ele tá pirado'."

Bino também tem uma história em que foi agredido por Lazão. Ele conta que levou
um soco após um show no Bar Opinião, em Porto Alegre, em 2015. "Todo mundo
foi passar o som e ele não foi passar… De repente o Lazão faz um comentário com
o roadie dele no camarim que o som dele não estava bom. E o Toni simplesmente
comentou 'Pô, Lazão, por isso que é importante sempre se passar o som'."

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 3/18
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"Rolou uma agressividade dele do nada. E quando eu fui tentar separar uma
situação que já estava passando... foi uma agressão, o soco que ele deu na direção
do Toni pegou na minha boca aqui, no nariz. Quando eu olhei no espelho, tinha um
espelho grandão dentro do camarim, e meu nariz saindo sangue."

Lazão e Da Ghama têm outra versão para o episódio: segundo eles, houve uma
briga entre Toni e Lazão (leia relato completo no fim deste texto).

Segundo Bino, a banda tinha show em uma cidade mineira no dia seguinte e todos
continuaram juntos viajando de avião e depois de ônibus. “Cara, estava todo mundo
passando mal. Foi uma coisa inacreditável”, conclui o baixista.

“Ele era meu melhor amigo na banda, o cara que eu mais tinha comunicação. O
cara que eu mais tinha carinho ali, de irmão, de proximidade”, lamenta o vocalista.

G1 ouviu - seu guia de novidades musicais

úsicos e técnicos #90 Sem shows, sem rend


04:49 / 26:07

Qual a acusação de roubo de equipamento?


Para Toni Garrido, a acusação de que Lazão vendeu equipamentos sem autorização
é "a parte mais feia". "Eu não falei antes, porque é a parte mais horrível. Durante a
pandemia, a gente ensaiava lá na casa do Lazão, porque ele é o baterista. Ele tem as
coisas dele, tem um estúdio em casa."

"Na pandemia, pedi para o nosso querido engenheiro de palco ir lá buscar meus
equipamentos. Primeiro, foi impedido de entrar durante um mês na casa. 'Não!
Porque você gosta do Toni e do Bino, não vai entrar aqui não'." Toni pergunta a Bino
se a história é verdadeira, e o baixista confirma. O cantor enviou ao g1 áudios em
que Lazão confessa a venda de equipamentos sem autorização.

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 4/18
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Ao g1, o ex-baterista disse que vendeu cinco instrumentos "podres e com cupim"
que eram de Toni por R$ 5 mil reais, porque estava sem dinheiro durante a
pandemia (leia mais no último tópico).

"Quando chegou um mês depois, ele falou: 'Entra aí'. E não tinha nenhum
instrumento. Ele perguntou: 'Cadê os instrumentos, cara?' A primeira desculpa foi
que 'sei lá, entra muita gente aqui'. 'Insiste com ele, a gente precisa saber onde
estão os instrumentos'. Uns dias depois: 'o caseiro aqui da casa do lado, acho que
esse cara roubou, levou, mas nem trabalha mais aqui'. Aí um dia, falando [pelo
celular], eu tenho a gravação... e ele fala exatamente o seguinte: 'os instrumentos do
Toni? aquelas guitarras? Tudo podre, tudo estragado, aquelas merdas todas? Quer
saber? Vendi, vendi tudo mesmo.' Eu tenho essa gravação e tem seis meses que
isso aconteceu. Ele vendeu as minhas guitarras, meus equipamentos todos durante
a pandemia."

“Por que não vendeu as coisas dele? É o meu equipamento


que eu trabalhei, tem uma guitarra verde que eu adoro, que
eu passei a vida inteira atrás de uma guitarra verde... e ele
foi lá... viajei o mundo até conseguir aquela guitarra. Ele
vendeu."

Como é a disputa pelo nome Cidade Negra?

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 5/18
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Capas de seis dos álbuns principais do Cidade Negra — Foto: Reprodução

Garrido está registrado como dono do nome Cidade Negra no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial. No INPI, consta apenas o nome dele, Antônio Bento da Silva
Filho, mas o vocalista diz que vai criar uma empresa para que ele e Bino sejam
donos da marca Cidade Negra.

Toni ficou na banda em 1994 e 2008. Ele foi substituído por Alexandre Massau, mas
retornou dois anos depois. Bino é o único integrante presente do começo até agora.

Dentre as 10 músicas mais ouvidas da banda no Spotify, todas são com Toni Garrido
nos vocais. Entre os principais sucessos estão "Girassol", "Onde você mora?", "A
estrada" e "Pensamento" (veja trechos de clipes no vídeo do topo).

O baixista diz que inventou o nome da banda (leia relato completo abaixo) e Toni
registrou Cidade Negra em seu nome, após decisão tomada em uma reunião na
qual Lazão e Bino estavam. O g1 perguntou ao advogado de Lazão, Ras Bernardo e
Da Ghama se os ex-integrantes confirmam que Bino tenha criado o nome. "Que
traga as testemunhas e prove isso", respondeu ele.

Segundo Garrido, ele foi escolhido por ser o único sem pendências judiciais dentre
os então três integrantes. O pedido foi feito em dezembro de 2018 e concedido em
novembro de 2019.

Em fevereiro de 2019, foi feito um pedido ao INPI para registrar a marca Cidade
Negra em nome do guitarrista Da Ghama (Paulo Roberto da Rocha Gama). O
pedido foi indeferido em janeiro de 2020 pelo INPI, pois a marca já estava
registrada.

O que fazem os ex-integrantes hoje?

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 6/18
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Ras Bernardo e Da Ghama, em show do projeto Originais Cidade em dezembro de 2018, em Brasília, antes de Lazão entrar no
novo grupo — Foto: Divulgação/Facebook oficial da banda/Ronald Jesus

Ex-integrantes do Cidade Negra, o baterista Lazão, o guitarrista Da Ghama e o


vocalista Ras Bernardo seguem na ativa com outro projeto, chamado Originais
Cidade.

Ras foi vocalista do Cidade Negra entre 1986 e 1994. Da Ghama tocou guitarra no
grupo entre 1986 e 2008. Lazão ficou na banda de 1986 até 2022. O Originais foi
criado em 2018 e está em turnê.

No começo deste mês, o perfil oficial do Cidade Negra, com 250 mil seguidores,
ficou um tempo fora do ar. Logo depois, o mesmo nome de perfil passou a fazer
posts apenas sobre o projeto Originais Cidade. Diferentemente do perfil anterior,
ele não é verificado e tinha menos de mil seguidores.

Segundo o advogado do trio, Nehemias Gueiros Jr., ele e os três ex-membros


buscam "uma reorganização da legalidade da situação". "Toni tem vários atributos
positivos, canta bem, tem boa performance de palco. Mas ele nunca foi nem será o
dono da marca. O ato de registrá-la somente em seu nome foi desleal. Há uma ação
na Justiça Federal contra o INPI", diz o advogado ao g1.

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-instr… 7/18
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Como o nome Cidade Negra foi criado?

O Cidade Negra na formação com Bino Farias, Toni Garrido e Lazão — Foto: Divulgação/Cidade Negra

Veja o relato de Bino sobre a criação do nome Cidade Negra, escolhido em 1988
pelos então quatro integrantes do grupo (ele, Lazão, Da Ghama e Ras Bernardo):

"O Nelson Meirelles, fundador d'O Rappa, foi produtor da banda Cidade Negra,
produziu o primeiro e segundo discos. Mas antes disso a banda se chamava Lumiar. Na
verdade, até antes de Lumiar começou como Novo Tempo. Aí depois passamos a se
chamar Lumiar. Aí um dia descobrimos que essa banda Lumiar tinha um ia tocar no
Circo Voador e os caras eram registrados no INPI. Aí o Nelson deu a ideia de um ensaio
na Baixada [Fluminense] de cada um nesse ensaio chegar com um nome de banda, né?

Aí Ras Bernardo chegou com um nome, Lazão chegou com um outro nome, Da Ghama
chegou com um nome. Aí todo mundo falou os nomes na minha vez o Nelson falou "E aí
Bino, você não teve nenhuma ideia, não, cara? E quatro horas da manhã desse mesmo
dia eu acordei na casa da minha mãe no quarto, que dormia eu, Lauro [Faria, baixista
d'O Rappa] e meu outro irmão, tá? E sonhei eu sonhei com esse nome Cidade Negra,
quatro horas da manhã.
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Aí eu anotei num papelzinho o nome Cidade Negra. Aí chegando na minha vez do


ensaio quando o Nelson me perguntou me perguntou, eu falei: 'Pô, eu tenho um nome
aqui, mas não sei se vocês vão gostar não, cara... Cidade Negra'. Caramba, todo mundo
ficou parado assim, pô, Cidade Negra, mas por que Cidade Negra? 'Pô, cara, eu sonhei
com a população negra, a maior população negra do Rio de Janeiro é na Baixada
Fluminense...' Aí todo mundo na hora comprou essa ideia, a banda se amarrou no nome
Cidade Negra."

O que mais Toni e Bino falam?

Toni Garrido, vocalista do Cidade Negra — Foto: Divulgação

Garrido e Bino dizem que, após sair da banda, Da Ghama


teria ido até o escritório da editora das músicas do Cidade
Negra com uma proposta. Segundo eles, o músico tentou
pagar um profissional da gravadora Sony Music para que as
músicas dele fossem escolhidas como singles.
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Além de ganhar clipes, essas músicas de trabalho poderiam ser escolhidas para
entrar nas trilhas de novelas. Desta forma, ele ganharia mais dinheiro de direitos
autorais. Da Ghama nega a acusação (leia mais no último tópico).

A dupla remanescente do Cidade Negra também diz que Lazão se negou a pagar
os cachês de um técnico de som que se ausentou para fazer uma operação
emergencial no coração. Lazão teria ainda pedido a Bino e Toni que eles fizessem
lives com a banda, durante a pandemia.

O vocalista, porém, diz que os produtores da live sugeriram fazer uma campanha
com doação para pets. No fim, segundo ele, o dinheiro das doações seria desviado
para a banda. Por isso, Bino e Toni não toparam. Depois, ainda de acordo com Toni,
a ideia dos mesmos produtores era uma live com Cidade Negra e mais atrações do
reggae, como Natiruts. A arrecadação seria toda do Cidade Negra, sem dar cachê
aos convidados. Toni e Bino não toparam.

Segundo Toni, ele já foi surpreendido com o envio errado de


um áudio no WhatsApp, em 2017. O baterista queria
mandar um áudio apenas para Bino, xingando Toni, mas
acabou mandando para o grupo com todos os integrantes e
empresários.

"Ele não sabia mexer direito no WhatsApp", recorda Toni. "Ele mandou e nesse
áudio ele falava: 'Ô Bino, olha só, presta atenção, o Toni não é nada e nem
ninguém... os donos da banda sou eu e você, o Toni entrou depois, ele não manda,
ele não é nada. Vamos botar ele pra fora. Porque o mundo inteiro quer o Cidade
Negra com Ras Bernardo'. Eu estava online na hora. Na mesma hora, eu peguei a
ligação e falei: 'Lazão, eu recebi o recado. De qualquer maneira, muito obrigado'."

Outro lado: o que dizem Da Ghama e Lazão?


Antes da publicação desta reportagem, os dois ex-integrantes do Cidade Negra não
quiseram dar entrevista ao g1 e não responderam às acusações feitas por Toni e
Bino. Um dia após a publicação deste texto, Lazão e Da Ghama decidiram falar ao
g1.

Lazão descreveu a "briga" com Toni em detalhes:


https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2022/04/14/cidade-negra-dividido-toni-garrido-relata-agressoes-disputa-por-nome-e-roubo-de-inst… 10/18
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"Eu disse 'não vou brigar com você, porque você não tem condições de brigar
comigo. Eu treino jit-jitsu desde os anos 90. Eu sei me defender, tenho equilíbrio,
emocional.' Quando ele chegou perto de mim, eu disse que não ia brigar. Ele me
agarrou por trás, eu empurrei ele, que caiu em cima de uma mesa. Vieram me
segurar. Nisso que as pessoas me seguraram, o Bino não estava nem perto. Ele
disse que tomou um soco no nariz e sangrou, ele não estava nem perto. Eu vi o Toni
me dando um soco na costela, eu sendo segurado, vi o rosto dele cruzar pro lado
esquerdo onde direcionei um soco de mão fechado para pegar no rosto. Eu vi que
iria pegar e fazer um estrago. Eu sou tão confiante naquilo que eu faço, que na hora
que eu vi que ia pegar, eu abri a mão e dei um tapa no rosto dele. Então, ali virou
uma ira."

"Foi legítima defesa, eu me defendi. Eu treino jiu-jistu para me defender. Pergunta


quem é Lazão no Rio de Janeiro e vão falar da minha essência. Eu tinha que parar
com esses 12 anos de escravidão e boicote feitos pelo Toni Garrido e Bino Farias.
Vou resgatar o nome do Cidade Negra com os verdadeiros fundadores. Eu tenho
orgulho e amor pela poesia que anima os corações tristes."

Lazão também comentou a acusação de que teria roubado equipamentos e


vendido. "Eu nunca roubei nada, mas vendi, sim, cinco instrumentos dele que
estavam podres, comidos de cupim, para pagar uma conta de luz e botar comida na
mesa da minha família. Eu vendi tudo, moto bicicleta, as coisas do estúdio. Não
tinha mais lada para vender."

"Foi acabando tudo na minha casa, luz cortada, eu peguei três violões dele comido
de cupim, e duas guitarras sem cordas, sem captador, já tudo comido... o cara falou:
'irmão, se eu comprar essa guitarra eu vou gastar muito mais na revisão dela,
colocando captadores novos e esses violões eu vou ter que levar no luthier. Mas
você é meu amigo.' Vendi por telefone, ele mandou uma passei buscar aqui e eu
entreguei. E eu vou te falar que eu não recebei nem R$ 5 mil nessa venda dessas
duas guitarras e desses três violões tudo podre. Eu nunca roubei nada de ninguém.
Eu vendi porque tiraram o pão da minha família, meu sustento de 35 anos, desde
quando eu fundei a banda com Ras Bernardo, Da Ghama e Bino, juntos. Eu sempre
me mantive equilibrado, quando aconteceu essa briga, com o Toni descontrolado
por algum motivo."

Segundo ele, Toni Garrido fez shows solo e por isso não tinha tempo para sair em
turnê e fazer lives com a banda. Segundo Lazão, isso seria o mesmo que "fazer
caixa 2". Ele também diz que queria gravar mais músicas, mais álbuns, e Garrido
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não queria. O cantor nega e diz que Lazão é quem não quis ao estúdio gravar novas
músicas. "Ser chamado de Ladrão, desculpa, mas quem estava fazendo caixa 2 não
sou eu."

Da Ghama se disse indignado com a "acusação de suborno" e nega que tenha feito
isso. "Eu não consigo entender essa acusação, eu gostaria que ele provasse com
mais embasamento. É uma situação muito negativa, depreciativa e aguardo a prova
sobre a fala dele", disse o guitarrista. O guitarrista disse que todas as músicas são
feitas em parceria, então não teria sentido tentar subornar.

Ele falou sobre "a briga de Lazão e Toni", nas palavras dele. "Foi uma briga de dois
homens, é uma situação que acontece no mundo da música pop. É importante
deixar claro que houve uma agressão de ambas as partes e que estamos aqui no
foco da marca Cidade Negra, que começou em 1985 a história dessa banda, em
Belford Roxo, onde a gente juntos pensou no nome e veio a ideia do nome Cidade
Negra, mas mostrando que a marca se mostrou valorizada com o trabalho de
todos."

CIDADE NEGRA

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