O espetáculo O cano sofreu de problemas como piadas repetidas e falta de ritmo, apesar do talento dos atores. A direção não soube equilibrar as cenas de forma concisa. Embora tivesse boas ideias no início, o espetáculo acabou se tornando pesado e sem leveza, com uma última cena escura e sem graça.
O espetáculo O cano sofreu de problemas como piadas repetidas e falta de ritmo, apesar do talento dos atores. A direção não soube equilibrar as cenas de forma concisa. Embora tivesse boas ideias no início, o espetáculo acabou se tornando pesado e sem leveza, com uma última cena escura e sem graça.
O espetáculo O cano sofreu de problemas como piadas repetidas e falta de ritmo, apesar do talento dos atores. A direção não soube equilibrar as cenas de forma concisa. Embora tivesse boas ideias no início, o espetáculo acabou se tornando pesado e sem leveza, com uma última cena escura e sem graça.
O espetáculo que abriu o 6º Fitafloripa foi O cano, produção da companhia “Circo
Udi Grudi”, de Brasília. O cano está no repertório da companhia desde 1998, é de
estranhar como um espetáculo com tanto tempo de estrada ainda padeça de equívocos bastante amadores. Com três atores em cena, o espetáculo é uma colagem de cenas que pouco tem conexão uma com a outra, mostrando que o diretor Leo Skyes não sabe exercer seu poder de corte, não conhece um princípio básico da comédia que é a concisão. As piadas e gags se repetem à exaustão. A falta do tempo de comédia foi tanta nessa apresentação, que nem o evidente talento cômico dos atores conseguiu manter o ritmo. O cano começa prometendo alguma diversão. Ri-se um pouco, para em seguida começar aquele incômodo de mexer-se na cadeira, aquela insistente vontade de que tudo ande, entre no ritmo, seja mais ágil e menos barulhento. Trata-se de um espetáculo com algumas boas ideias, alguns momentos em que a música é mais surpreendente, em que os instrumentos feitos de cano dizem porque vieram à cena, porém, aos poucos, tudo vai se tornando pesado, a leveza esboçada no começo se esvai e o que temos são três atores mostrando seus dotes musicais, numa longa penúltima cena em que uma música de Villa Lobos é executada entre goteiras. Na última cena todo o senso cômico saiu do palco para dar lugar a uma pretensa pirotecnia poética que fecha o espetáculo com tons sombrios, medievais, dando ao final do espetáculo uma estranhíssima, e nada poética, escuridade.