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Joel Pommerat é um dos grandes nomes da teatro mundial.

Dramaturgo e diretor, ele prefere


ser chamado de “Autor de espetáculos”. Ao ser perguntado como é seu processo criativo,
Pommerat responde: “Costumo dizer que “eu escrevo performances” porque não separo o
texto da mise en scène. Isso quer dizer que eu escrevo durante os ensaios, em colaboração
com a equipe artística. Eu trabalho sobre todos os elementos da representação ao mesmo
tempo: a palavra, a luz, o som, os corpos… Assim, por exemplo, meus colaboradores artísticos,
Isabelle Deffin (figurinos), Eric Soyer (cenografia e luz), François Leymarie (som), participam
desde o início dos ensaios. Outra grande característica do meu trabalho é a improvisação
dirigida: eu dou instruções aos atores para que improvisem no espaço de representação com
os figurinos e a iluminação… Isso permite concretizar a minha imaginação e então eu escrevo
sozinho, mas sempre em uma série de idas e vindas com a cena.”

Iniciou sua carreira como ator, aos 19 anos, na Compagnie Théatre de la Mascara, algo que
durou apenas 4 anos. Aos 23, ele inicia sua carreira como dramaturgo e diretor. Em 1990
fundou a Companhia Louis Brouillard, a partir daí, vem criando uma serie de espetáculos
exitosos.

Suas peças retratam o mundo contemporâneo, cujos personagens condensam a sociedade,


vão desde aristocratas, religiosos, pessoas da classe média, trabalhadores. Usando
microcosmos, Pommerat aborda grandes temas como a questão da família, do poder, da
política. O teatro é, para ele, um lugar de interrogação sobre a experiência humana.

As montagens das peças de Pommerat no Brasil começaram na última década. Em 2012, a


Companhia Brasileira de Teatro, sob a direção Marcio Abreu, montou Esta criança. Com a
presença de Renata Sorrah no elenco, a peça expõe a força criativa de Pommerat ao retratar
numa série de quadros as relações familiares.

Em 2016, João Fonseca dirige A reunificação das duas coreias. O elenco de sete atores se
revesa em 47 personagens e protagonizam as 18 histórias da peça. Comédia, tragédia,
tragicomédia se misturam e se fragmentam nesse mosaico de relações afetivas, pois, apesar
do título, o mote da peça é o amor em suas múltiplas possibilidades e manifestações.

Joel Pommerat também apresentou em 2016, em São Paulo, dois de seus espetáculos, na
Mostra Internacional de Teatro: Ça Ira (1) Fin de Louis e Cendrillon

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