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A literatura romântica

1ª geração: literatura e nacionalidade


2ª geração: idealização, paixão e morte
3ª geração: poesia social
ROMANTISMO NO BRASIL

Marco inicial
Publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de
Gonçalves de Magalhães, em 1836.

Marco final
Publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas",
de Machado de Assis, em 1881, que inaugura o
Realismo.
Contexto histórico

Até a Proclamação da República, foi a Independência do


Brasil o principal fato político do século XIX que
determinou os rumos políticos, econômicos e sociais do
país (1889). Merece destaque também o Segundo
Reinado, em que a nação conheceu um período de grande
desenvolvimento em relação aos três séculos anteriores.
Apesar disso, o Brasil continuou um país
fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava no
latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava.
Contexto cultural

O Brasil ainda reproduz os modelos do romantismo


europeu, apesar de procurar afirmar sua identidade,
tentando desenvolver uma cultura própria, baseada em
suas raízes indígenas ou sertanejas, o que reflete o
caráter contraditório do romantismo brasileiro.
Características do Romantismo no Brasil

- Liberdade formal;
- Nacionalismo (valorização das manifestações populares);
- Indianismo e regionalismo;
- Personagem linear;
- Sentimentalismo;
- Subjetivismo;
- Individualismo;
- Religiosidade;
- Idealização da mulher, do herói, do tempo, do espaço;
- Fuga da realidade;
- Busca da morte;
- Pessimismo.

O Romantismo foi a primeira escola literária que procurou


desenvolver uma literatura efetivamente brasileira.
Principais autores

Poesia
Gonçalves Dias
Álvares de Azevedo
Castro Alves
Sousândrade
POESIA - PRIMEIRA GERAÇÃO (1836-1853)

Evidenciava a exaltação da pátria e da natureza, idealizando


o índio, que surge como um herói brasileiro, o que possibilita
a criação de um passado para o país.

Autores:
Gonçalves Dias: Adotava a temática indianista, a saudade, o
amor e a natureza. Obras de destaque: Cantos e Os Timbiras.
Seus poemas mais famosos são Canção do exílio, I-Juca-
Pirama e Ainda uma vez – Adeus!

Gonçalves de Magalhães: Adotava a temática indianista, o


nacionalismo, a religiosidade e o sentimentalismo. Obras de
destaque: Suspiros Poéticos e Saudades, que introduziram o
Romantismo no Brasil, e Confederação dos Tamoios.
POESIA - SEGUNDA GERAÇÃO (1853-1870)

Também denominada de byroniana ou “mal do século”, é marcada pelo


pessimismo, pelo predomínio do “eu” e pela subjetividade.

Autores:
Álvares de Azevedo: temáticas: o amor e a morte. Obras de destaque: Lira
dos vinte anos e Noite na taverna. Poemas que se destacam: Se eu
morresse amanhã e Lembrança de morrer.
Fagundes Varela: temáticas: nacionalismo, indianismo, religiosidade,
lirismo amoroso, saudade, escravidão, preocupações sociais etc. Obras de
destaque: Vozes da América, Noturnas e Cantos do Ermo e da Cidade,
sendo Cântico do Calvário o seu poema mais famoso.
Casimiro de Abreu: os temas centrais de suas obras eram o amor ingênuo
e adolescente e a saudade, bastante evidente nos poemas Meus oito anos,
Canção do exílio e Minha terra.
Junqueira Freire: foi monge beneditino, mas largou a batina por sentir que
não tinha vocação. Escreveu sobre a desilusão com a vida no mosteiro, a
solidão, a frustração amorosa e a obsessão pela morte. Obras mais
famosas: Inspirações do claustro e Contradições poéticas.
POESIA - TERCEIRA GERAÇÃO

Também conhecida como condoreira ou hugoana, verifica-se


um afastamento da idealização da mulher amada e se percebe
uma visão mais social que individual por parte dos autores, com
destaque para a poesia social-libertária.

Autores:
Castro Alves: Conhecido como “poeta dos escravos”, adotou
uma linguagem condoreira, elevada, vibrante, cheia de
metáforas, hipérboles e comparações. Obras de destaque:
Espumas flutuantes, A cachoeira de Paulo Afonso, Os escravos
e Gonzaga ou a Revolução de Minas.
Sousândrade: Com o poema épico O Guesa, denunciou a
exploração indígena pela branco invasor. A complexidade
temática e a técnica utilizadas em suas obras ultrapassam os
limites do Romantismo, sendo considerado, por isso, um
precursor do modernismo e das vanguardas.

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