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UNILAB

Docente: Elizia Cristina Ferreira


Discente: Margareth Marilú Moreira Faustino

Atividade de resumo: Samba de roda

O texto de autoria de Queiroz, fala sobre o samba de roda praticado no


recôncavo da Bahia, e de como ele engloba a área da psicologia, física, artes, medicina e
religião. Nele, a autora afirma que esse tipo de samba não é apenas uma dança ou um
conjunto de passos, pelo contrário, vai além disso, e para percebermos a complexidade
que ele traz consigo precisamos ter um olhar atento aos detalhes, no caso, naquilo que é
a estética da performance. Além disso, ela aponta que os escravizados no Brasil
conservaram e adaptaram os saberes de seus ancestrais com as ferramentas que tinham à
disposição face aquela nova realidade, sendo assim, usaram o corpo para preservar e
expressar a cultura africana, e foi daí que foi criado o samba como manifestação dessa
cultura. Desse modo, Clécia descreve que o corpo é usado como o local onde o samba
de roda é praticado, e preservado, mostrando assim a ligação entre a mente e corpo, bem
como a grandiosidade desse que é hoje patrimônio da humanidade. Por outro lado, a
mesma explica que a fluência, o espaço, o peso e o tempo são elementos essenciais para
o movimento das sambadeiras do recôncavo, e estes elementos devem ser analisados
para serem compreendidos, porque o ato de sambar não deve ser feito de qualquer jeito,
pelo fato de estar atrelado a diversas questões culturais, religiosas e históricas em volta
dela. Por essa razão, quando nos encontramos na roda devemos mostrar respeito às
tradições e regras existentes.

Ademais, a autora relata o quão importante é a preparação muscular para os


sambadeiros, que por causa da força aplicada ao efetuar os passos de samba acabam por
criar desgaste físico aos praticantes à medida que o tempo vai passando. Em seguida, a
mesma aponta que fazer a dança num sentido anti-horário representa a volta ao passado.
Nesse sentido, Queiroz afirma que a energia do público ao redor contribui para a
intensidade ou mudança do miudinho; como também que a plateia também faz parte
dessa manifestação cultural. Outrossim, Clécia explica que ao analisarmos com atenção
o samba de roda veremos qual era e é a posição da mulher na sociedade dentro do
contexto colonial e africano, já que dentro da roda elas raramente se encarregam de
tocar instrumentos, senão os domésticos.

Finalizando, a autora termina descrevendo os fatores por trás dessa posição das
mulheres dentro da roda do samba. Bem como mostrando a luta de resistência para
manter viva a tradição do samba de roda tendo em conta a falta de investimento nesse
setor que muito agrega na cultura brasileira em si.

Referência:

QUEIROZ, Clécia Maria Aquino de. Sambando no miudinho: a estética performativa


das mulheres do Recôncavo Baiano. vol.: 13; n. 2. Salvador: Revista Tabuleiro de
Letras, dezembro de 2019.

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