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Resumo Amor de Perdição

O enredo de Amor de Perdição passa-se em Viseu, cidade localizada na região Centro de


Portugal, no século XIX. Conta a história de Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, dois jovens
pertencentes a famílias nobres e rivais.

Pelo seu temperamento irascível, Simão está sempre envolvido em confusões – por este motivo,
o seu pai mandou-o para Coimbra estudar, onde acaba por se meter em novas brigas, sendo
detido. Já em liberdade, regressa a Viseu, onde conhece Teresa Albuquerque, a vizinha por
quem se apaixona perdidamente. É este o evento que provoca no rapaz uma série de
transformações positivas: regenera-se, torna-se estudioso, passa a compreender a importância
do amor – sentimento que passará a conduzir todos os seus atos a partir de então.

Quando descobrem o namoro do filho com uma das integrantes da família Albuquerque, os
Botelho ordenam que Simão regresse a Coimbra. A Teresa são oferecidas duas opções: ou se
casa com o seu primo Baltazar, ou vai para um convento. Proibidos de viver a paixão fulminante
que os acometeu, com a ajuda de uma mendiga e de Mariana, filha do ferreiro João da Cruz, os
jovens enamorados passam a trocar correspondência. Mariana sucumbe à paixão por Simão,
embora saiba que o seu amor jamais será correspondido; todavia, sente-se satisfeita ao ver a
felicidade do amado.

Após sofrer diversos atentados e ameaças, Teresa recusa o casamento, facto que a levará ao
convento de Monchique, no Porto. Ao descobrir o exílio da amada, Simão decide raptá-la, matar
o seu rival e entregar-se à polícia. João da Cruz, o ferreiro, oferece ajuda a Simão, propondo que
fuja; contudo, Simão recusa, comprovando assim o típico comportamento de um herói
romântico.

Ao matar por amor a Teresa, Simão assume o seu gesto desesperado e faz questão de pagar por
este; por isso, vai preso. O destino de Teresa é o convento, enquanto Mariana segue firme ao
lado de Simão, oferecendo sempre ajuda ao homem que ama. Condenado à forca, a sentença é
atenuada e Simão é degredado para a Índia.

No momento da sua partida, Teresa, padecendo de uma doença grave, pede que a coloquem no
mirante do convento, para que assim possa assistir à partida do navio que levará o seu amor
para longe. Depois do último adeus, morre, condenada pelo amor exagerado que a levou à
perdição.

Durante a viagem, Mariana, companheira inseparável, mostra a Simão a última carta de Teresa
e, ao saber da morte da mulher amada, Simão tem uma febre inexplicável, acabando por
morrer. Tal e qual Teresa, o amor de Simão levou-o à perdição. Na manhã seguinte, o seu corpo
é lançado ao mar. Mariana, por não suportar tal infortúnio, atira-se ao mar, abraçada ao cadáver
de Simão. Os três personagens são, portanto, vítimas de um amor inexequível, um amor de
perdição.

Caracteristícas das personagens:


Simão Botelho – Este é o protagonista que, inicialmente, é descrito como um jovem revoltado e
engajado nas questões sociais de sua faculdade, aos 17 anos de idade. Quando conhece Teresa,
torna-se um homem virtuoso e dedicado, embora ainda seja muito passional e capaz de fazer
tudo por sua amada; um típico herói romântico.

Teresa de Albuquerque – Ela também é protagonista, uma doce jovem de 15 anos que
representa a materialização do ideal romântico feminino. Embora delicada, ao longo da trama,
vai adquirindo traços heróicos à medida que luta por seu amor.

Mariana – Uma jovem melancólica, de origem simples, que se envolve numa paixão por Simão.
Sabe que nunca será correspondida, o sofrimento lhe serve de combustível para estar sempre
servindo ao seu amado; até naquilo que ele precisa para se corresponder com Teresa.

Domingos Botelho – O pai de Simão, homem renomado socialmente, ocupava cargos jurídicos,
porém cheio de defeitos de uma elite gananciosa. Luta incansavelmente pelo fim da paixão do
filho.

Tadeu de Albuquerque – O pai de Teresa, de caráter semelhante a Domingos Botelho. Ambos


são inimigos de família. Autoritário, obstinado e superprotetor.

João da Cruz – O pai de Mariana, um simples ferreiro que contraiu dívida com o pai de Simão,
sendo, portanto, designado para ser o “fiel escudeiro” do herói protagonista. A personagem
mais equilibrada da narrativa.

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