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LÍNGUA PORTUGUESA

Termos Ligados ao Nome e demais Funções Sintáticas

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TERMOS LIGADOS AO NOME E DEMAIS FUNÇÕES SINTÁTICAS

ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL

Pode ser preposicional ou não Sempre preposicionado

Refere-se a:
Refere-se a substantivo:
• substantivo abstrato;
• concreto; ou
• adjetivo;
• abstrato.
• advérbio.

Relação semântica de: Relação semântica de:


• AGENTE; • PACIENTE;
• PRATICANTE; • ALVO;
• POSSUIDOR. • POSSUÍDO.

ADJUNTOS ADNOMINAIS E COMPLEMENTOS NOMINAIS

O adjunto adnominal pode ou não ser preposicionado, enquanto o complemento nominal


é sempre preposicionado.
Se o adjunto adnominal for ligado ao nome, estiver junto do nome e não estiver preposi-
cionado, só pode ser ADJUNTO ADNOMINAL.
O adjunto adnominal refere-se ao substantivo concreto ou abstrato, ao passo que o com-
plemento nominal se refere ao substantivo abstrato, ao adjetivo ou ao advérbio. Se a refe-
rência for a substantivo concreto, só pode ser ADJUNTO ADNOMINAL, MESMO SENDO
PREPOSICIONADO.
O agente paciente só será acionado no momento em que se tiver, ao mesmo tempo,
termo preposicionado referindo-se a substantivo abstrato. Se houver termo preposicionado
se referindo ao substantivo abstrato, é necessário ir para a opção três no quadro anteriro
fazendo a relação de:
• AGENTE / PACIENTE;
• PRATICANTE / ALVO; e
• POSSUIDOR / POSSUÍDO.
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O complemento nominal também se refere a adjetivos e advérbios e, nesse caso, não


haverá problemas com relação às diferenças entre adjuntos e complementos, porque o
ADJUNTO ADNOMINAL não faz referência aos adjetivos e aos advérbios, apenas o COM-
PLEMENTO NOMINAL tem essa característica.

(16) Aquele funcionário foi considerado apto ao cargo.


A locução verbal, foi considerado, é uma locução verbal de voz passiva.
Quem foi considerado apto ao cargo? Aquele funcionário, o sujeito.
Apto é uma característica, um atributo dado àquele funcionário, portanto APTO é predi-
cativo do sujeito.
No aspecto morfológico:
Se fosse Aquela funcionária foi considerada apta, APTA variou com o substantivo FUN-
CIONÁRIA, logo APTA funciona como um adjetivo.
Quem é APTO é apto a algo. O adjetivo APTO exige complemento iniciado por preposi-
ção. Esse complemento iniciado por preposição que complementa adjetivos é um COMPLE-
MENTO NOMINAL.

(17) A polícia agiu contrariamente a seus princípios.


Quem agiu contrariamente a seus princípios? A polícia, o sujeito.
Contrariamente diz respeito ao modo como a polícia agiu. Essa palavra terminada em
mente, na sintaxe é um adjunto adverbial de modo e na morfologia é um advérbio.
Esse advérbio que exige a presença de uma preposição, no caso a preposição “a”, para
introduzir o complemento. Se é contrariamente, é contrariamente a algo.
Essa expressão preposicionada, a seus princípios, que complementa esse advérbio, é
classificada como COMPLEMENTO NOMINAL que complementa substantivos abstratos,
adjetivos ou advérbios (não há que se pensar em agente paciente).

(18) Ela mora perto de um vulcão.


O verbo é mora, Ela é o sujeito, perto é onde ela mora, portanto PERTO é um adjunto
adverbial e do ponto de vista morfológico é um advérbio.
Se é perto, é perto de algo, pede a preposição de, um complemento que complementa o
advérbio perto, COMPLEMENTO NOMINAL.
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(19) Eles são justos com os pobres.


Presença do verbo são. Justos com os pobres, são eles, que é o sujeito.
Justos é uma característica deles, do ponto de vista sintático é um predicativo do sujeito. Do
ponto de vista morfológico justos está caracterizando eles, que é um pronome e funciona como
um substituto de substantivos, é um pronome substantivo, logo justos tem o valor de um adjetivo.
Quem é justo, é justo com alguém. Justos é um adjetivo que pede a presença de uma
preposição para introduzir o seu complemento. O complemento de um adjetivo é chamado
de COMPLEMENTO NOMINAL.
Adjunto adnominal e complemento nominal foram as prioridades, nesta aula se estudará
o APOSTO, o VOCATIVO e o AGENTE DA PASSIVA.
Essas três funções sintáticas serão apresentadas, mas não exploradas a fundo neste
momento do curso.
Aposto e Vocativo serão explorados a fundo nas aulas de pontuação no período simples.
O Agente da Passiva será abordado a fundo na aula de vozes verbais, quando se tratará
de voz passiva analítica.
Quando são cobradas questões sobre Aposto e Vocativo elas estão sempre atreladas à pontuação.
Quando são cobradas questões sobre Agente da Passiva, elas estão sempre atreladas
às vozes verbais.

1. Aposto
Termo de natureza substantiva;
Equivalência semântica (X = Y).
10m

Ex.: As crianças – o futuro de qualquer nação – devem ser protegidas.


Quem devem ser protegidas? As crianças. O texto quer explicar quem são as crianças.
As crianças funciona como sujeito de devem ser protegidas.
Se As crianças forem chamadas de X e o futuro de qualquer nação de Y, sendo X = Y, no
texto, são equivalentes. O futuro de qualquer nação que tem equivalência semântica é chamado
de APOSTO.
Esse aposto tem a finalidade de explicar quem são as crianças, deixar claro para o leitor
que as crianças são o futuro de qualquer nação.
Como tem a função de explicar, é conhecido como aposto explicativo.
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Ex.: Estavam reunidas todas as categorias: professores, médicos e policiais.


Quem estavam reunidas? Todas as categorias, que é o sujeito. Depois de todas as cate-
gorias, professores, médicos e policiais. Se todas as categorias for chamado de X e profes-
sores, médicos e policiais de Y, neste texto X = Y. Esse aposto mais que explica, ele detalha
por meio de uma enumeração.

Ex.: Roupas, eletrônicos e joias, ou seja, tudo foi levado pelos ladrões.
O que foi levado pelos ladrões? TUDO, sintaticamente esse é o sujeito. O que é tudo?
Roupas, eletrônicos e joias, que serão chamados de X e o tudo de Y, novamente X = Y. Esse
sujeito vai assumir uma dupla função sintática, além de ser o sujeito que foi levado também
tem a função de “dizer” que roupas, eletrônicos e joias eram TUDO.
Esse tema funciona, portanto, como um APOSTO e como ele é um aposto que resume
aquela enumeração que foi anteriormente apresentada, é chamado de aposto resumitivo
porque ele condensa, ele sintetiza aquilo que foi levado pelos ladrões.
É a única ocorrência da Língua Portuguesa em que há um termo cuja função sintática
é ser aposto de roupas, eletrônicos e jóias, mas sujeito de foi levado. Isso não é algo corri-
queiro na gramática da Língua Portuguesa, um determinado termo ter mais de uma função
sintática, aliás, o comum é que cada termo tenha a sua função.
Como se sabe que ele acumula duas funções sintáticas?
Sabe-se que funciona como sujeito porque é ele quem faz essa concordância verbal, é ele
quem promove essa concordância verbal e, ao mesmo tempo, como tem equivalência semântica,
serve para ser algo apositivo e, como é um aposto que resume, é chamado de aposto resumitivo.

15m Ex.: O tenente Cavalcanti constantemente fala com seus subordinados.


Quem fala constantemente com os seus subordinados?
O tenente Cavalcanti, o sujeito. Tenente é um substantivo, Cavalcanti também é um subs-
tantivo. Não se pode afirmar que Cavalcanti seja um adjetivo de Tenente, tampouco que
Tenente é um adjetivo de Cavalcanti: há dois substantivos. Nesse texto, se tenente for cha-
mado de X e chamar o Cavalcanti de Y, X = Y, Tenente é equivalente a Cavalcanti e Caval-
canti é equivalente a Tenente.
Sabendo que X = Y, há novamente um APOSTO, Cavalcanti funciona como aposto, um
aposto diferente, estabelecido por relação entre substantivo comum e substantivo próprio.
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Qual é a relação?
Tenente é um substantivo comum, ele faz referência a grupos de pessoas e, desse grupo
de pessoas, destaca-se, especifica-se, um único ser, o Cavalcanti, que tem substantivo pró-
prio. Esse aposto é aposto especificativo ou, em algumas nomenclaturas, aposto restritivo.
Dos quatro apostos apresentados, só três deles estão marcados por pontuação.
O aposto especificativo/restritivo que ocorre sempre nessa relação entre substantivo
comum e substantivo próprio, obrigatoriamente, não tem nenhuma pontuação.
É importante neste estudo sobre o aposto lembrar da equivalência semântica, X = Y.

2. Vocativo
Chamamento. Evocação.

Ex.: Elias, fale mais devagar!


Quem é que fale mais devagar? É VOCÊ, sujeito elíptico, oculto ou desinencial.
O sujeito nunca pode ser separado do verbo por vírgula.
Qual a razão de Elias aparecer na frase?
Elias é um chamamento, é VOCATIVO.

Ex.: Você chegou tarde ontem, meu filho!


Quem chegou tarde ontem? Você, que é o sujeito. A pessoa com quem se fala é o
filho, VOCATIVO.
Por que esse assunto é mais atrelado à pontuação?
Para que não haja nenhuma confusão sintática, o Vocativo vem sempre separado por vírgula.

3. Agente da Passiva
20m Exige estrutura de voz passiva analítica (ser+particípio).

Ex.: O corpo foi levado pelo IML.


A locução, foi levado onde FOI é o verbo SER e LEVADO é o verbo no particípio.
Quem foi levado pelo IML? O corpo, que é o sujeito. Essa assim de levar foi praticada pelo IML.
O IML é quem pratica essa ação de levar. Existe uma preposição, até porque o Agente da
Passiva é sempre preposicionado.
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O IML praticou a ação de levar e por isso é um Agente de uma sentença que está na voz
passiva; portanto, um Agente da Passiva.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.


A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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