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INTRODUÇÃO
“Para que haja a união dos povos é necessário sentirmos o que eles sentem, pensarmos
como eles pensam e enxergarmos como eles enxergam. Sendo assim, a empatia é a principal
ferramenta para que isso aconteça” nessa citação de Lucas Morgado, há algo muito importante
e crucial dentro do conhecimento histórico, a empatia, pois é impossível compreender
verdadeiramente uma determinada cultura sem que haja um desprendimento total de
pré-conceitos formados. Preconceitos esses que possam deturpar um conhecimento mais
profundo e rico a respeito da mesma.
Seguindo uma perspectiva da história tradicional, muitas vezes etnocêntrica e
colonialista, somos privados de conhecer mais a fundo sobre a história de povos que foram
invisibilizados e/ou subjugados . Na contramão dessa perspectiva, o texto que ora se apresenta
tem o objetivo de visibilizar uma memória de lutas e resistências dos povos indígenas
americanos. Para isso, nos propomos a discutir como aconteceu o processo inicial de
colonização de povos pré-colombianos pelos espanhóis, ressaltando que, diferente do que
muitos tendem a pensar, essa “conquista” não foi instantânea, mas sim parte de um processo.
Acreditamos que essa memória de força e resistência possa contribuir para a construção de
uma empatia histórica com desdobramentos positivos na visão que temos sobre os povos
originários das Américas.
METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Morgana Gomes diz em seu texto "A Conquista Espanhola na Visão dos Vencidos" que “para
conquistar um povo, para dominá-lo, basta destruir sua cultura, destruir sua religião e
impor-lhes a sua.” O que se conclui é que nada é tão simples quanto parece, podemos
observar as inúmeras camadas dessa guerra entre nativos americanos e espanhóis, e ainda sim,
nunca teremos a totalidade dos fatos, o que não podemos é nos ater a apenas uma versão dos
fatos, principalmente a visão de que os indígenas foram facilmente dominados e não
enfrentaram os seus inimigos. Como demonstra Todorov, diversos fatores explicam tal
conquista, aqui citamos as doenças trazidas pelos europeus que mataram milhares de
indígenas e as divisões e tensões internas dos Impérios Asteca e Inca, que foram explorados
politicamente por parte dos espanhóis. Diferente das versões contadas, esses dois impérios
não foram conquistados facilmente e sem que houvesse um longo período de resistência.
Achar que esse processo foi fácil é mais uma vez contribuir para um pensamento distorcido e
que menospreza grande parte da história de luta desses povos. Eles resistiram, e continuam
resistindo até hoje, e compreender esse passado, é compreender a nossa própria história.
REFERÊNCIAS