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RESUMO DIRIGIDO – HISTÓRIA DA AMÉRICA I ANF

NOME: Carlos Douglas da Silva Souza

TÍTULO DO TEXTO: Análises da conquista da América espanhola

RESUMOS DAS IDEIAS PRINCIPAIS:

. O texto "As razões da conquista de Tenochtitlán (1519-1521) Contidas na narrativa de Herman


Cortez" examina a conquista da cidade asteca de Tenochtitlán pelos espanhóis, liderados por
Hernán Cortés. O autor analisa a narrativa escrita por Cortés para compreender as razões que
levaram à vitória dos espanhóis nessa empreitada histórica, levando em consideração as
relações sociais, econômicas e religiosas envolvidas.

Uma das principais razões para a conquista de Tenochtitlán foi a habilidade de Cortés em
explorar as rivalidades entre diferentes grupos indígenas, estabelecendo alianças com aqueles
que eram inimigos dos astecas. Essas alianças desempenharam um papel fundamental no
enfraquecimento do domínio asteca, pois minaram seu apoio e fortaleceram a resistência
contra eles.

Além disso, a conquista foi facilitada pela exploração das relações econômicas existentes na
região. Os espanhóis souberam tirar proveito do sistema tributário imposto pelos astecas sobre
outros povos indígenas, o que gerou insatisfação e levou a adesões à causa espanhola. A
promessa de libertação desses tributos e a possibilidade de acesso a recursos e riquezas
também foram fatores motivadores para muitos grupos locais se juntarem aos espanhóis.

No aspecto religioso, os espanhóis utilizaram estratégias de conversão religiosa como forma de


minar a influência e o apoio aos astecas. Eles exploraram as crenças religiosas dos povos
indígenas, oferecendo uma alternativa ao culto asteca e atraindo seguidores para a fé católica.
Isso criou divisões internas e debilitou o poder dos líderes religiosos astecas.

É importante destacar que essas relações sociais, econômicas e religiosas não atuaram
isoladamente, mas se entrelaçaram e se reforçaram mutuamente. A habilidade de Cortés em
compreender e explorar essas dinâmicas contribuiu para o sucesso da conquista de
Tenochtitlán.

Em suma, o texto examina as razões da conquista de Tenochtitlán, destacando as complexas


relações sociais, econômicas e religiosas envolvidas. Ele ressalta a importância das alianças
estratégicas, das relações econômicas desfavoráveis impostas pelos astecas e da exploração
das crenças religiosas como fatores que influenciaram no resultado final. A análise dessas
interações nos permite compreender melhor o contexto histórico e as motivações por trás
dessa conquista.

FONTES DO AUTOR:

BÁEZ, F. A história da destruição cultural da América Latina: da conquista à globalização. Rio de


Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
Esta obra aborda a devastação cultural da América Latina desde a época da conquista até os
tempos modernos, analisando o impacto das políticas coloniais e a globalização nas diversas
culturas da região.
CORTEZ, H. A conquista do Pléxico. Porto Alegre: L&PM, 2011.
Escrito pelo próprio Hernán Cortés, esse relato fornece uma perspectiva única sobre a
conquista do México, destacando os eventos e estratégias usadas pelos espanhóis durante a
conquista.
DURANT, W. A história da civilização III. Rio de Janeiro: Editora Record, 1971.
Parte de uma série sobre a história da civilização, esse volume explora diversos eventos
históricos, incluindo a conquista da América Latina, fornecendo informações abrangentes sobre
o tema.
Revista Thema, 2018, Volume 15, Nº 1.
Essa revista acadêmica oferece artigos e estudos sobre diferentes aspectos históricos, incluindo
a conquista de Tenochtitlán, proporcionando uma variedade de perspectivas e análises sobre o
tema.
ELLIOTT, J. H. A conquista espanhola e a colonização da América. In: BETHELL, Leslie (Org.).
História da América Latina: A América Latina colonial. 2ª ed. v. 1, São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2012. p. 135-194.
Parte de uma obra coletiva que explora a história da América Latina colonial, esse capítulo
aborda a conquista espanhola e a colonização, fornecendo um panorama mais amplo do
processo histórico.
LE GOFF, J. Uma longa Idade Média. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
Embora não diretamente relacionado à conquista de Tenochtitlán, esse livro de Jacques Le Goff
aborda o período medieval, oferecendo contexto histórico para compreender o momento da
conquista.
LÉON-PORTILHA, Miguel. In: BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: A América
Latina colonial. 2ª ed. v. 1, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. p. 25-62.
Outro capítulo dessa obra coletiva, escrito por Miguel Léon-Portilla, que aborda a história da
América Latina colonial, fornecendo um panorama geral dos eventos e processos ocorridos na
região.
LEW, B. Conquistador: Hernán Cortés, Montezuma e a epopeia da resistência asteca. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2012.
Essa obra se concentra em Hernán Cortés e nos eventos relacionados à conquista do México,
explorando as dinâmicas entre os espanhóis e os povos astecas.
MORAIS, M. V. Hernán Cortez: civilizador ou genocida? São Paulo: Contexto, 2011.
Este livro questiona o papel de Hernán
ROSSI, L. A. S. Cultura, Religião e Sociedade: um diálogo entre diferentes saberes. Curitiba:
Champagnat, 2010.
Este livro explora as interações entre cultura, religião e sociedade, fornecendo um contexto
teórico para entender como esses elementos se entrelaçam e influenciam a história.
ROMANO, Ruggiero. Os mecanismos da conquista colonial: os conquistadores. São Paulo:
Editora Perspectiva, 1995.
Nesta obra, Ruggiero Romano analisa os mecanismos e estratégias utilizados pelos
conquistadores durante a colonização, aprofundando-se nas táticas empregadas pelos
europeus no processo de conquista.
SOUSTELLE, J. Os Astecas. São Paulo: DIFEL, 1972.
Este livro se concentra especificamente na civilização asteca, abordando sua história,
organização social, religião e aspectos culturais, oferecendo uma visão mais detalhada dessa
sociedade pré-colombiana.
SOUZA, G. Q. A mentalidade de cruzada na conquista de México-Tenochtitlán (1519-1521).
Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, 2010.
Esta dissertação acadêmica examina a mentalidade de cruzada presente entre os
conquistadores espanhóis durante a conquista de México-Tenochtitlán, analisando o contexto
religioso e as motivações subjacentes.
WHITE, M. O grande livro das coisas horríveis: a crônica definitiva das cem piores atrocidades
da história. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.
Nesta obra, Michael White apresenta um levantamento de algumas das piores atrocidades ao
longo da história, fornecendo um contexto amplo que pode contribuir para a compreensão das
violências ocorridas durante a conquista de Tenochtitlán.
Essas fontes são variadas em suas abordagens, oferecendo diferentes perspectivas e
contribuindo para um entendimento mais abrangente dos eventos históricos relacionados à
conquista de Tenochtitlán.

COMENTÁRIO CRÍTICO:

O texto "As razões da conquista de Tenochtitlán (1519-1521) Contidas na narrativa de Herman


Cortez" aborda um tema histórico fundamental, porém é importante ressaltar a necessidade
de uma abordagem crítica e descolonial ao analisar a conquista e suas razões.

Ao examinar as relações sociais, econômicas e religiosas envolvidas na conquista, é essencial


considerar a perspectiva dos povos indígenas e suas vozes silenciadas na narrativa histórica. A
abordagem do texto parece focar principalmente nas estratégias e táticas dos espanhóis,
deixando em segundo plano o impacto devastador da colonização sobre as sociedades
indígenas.

Uma análise descolonial dessa conquista deve levar em conta as consequências a longo prazo
para os povos nativos, incluindo a violência, a exploração dos recursos naturais, a supressão
das culturas indígenas e a imposição de sistemas de crenças estrangeiras. Esses aspectos são
essenciais para entendermos a natureza desigual das relações coloniais e a persistência dos
legados coloniais até os dias de hoje.

Além disso, é importante questionar as narrativas eurocêntricas que moldaram a visão


tradicional da conquista. A figura de Hernán Cortés é apresentada como o protagonista,
enquanto as vozes dos povos indígenas são marginalizadas ou omitidas. Devemos buscar
perspectivas alternativas e indígenas, que possam proporcionar uma compreensão mais
completa e multifacetada dessa história.

Ao considerar a abordagem descolonial, é fundamental reconhecer que a conquista não foi um


evento isolado, mas parte de um sistema colonial mais amplo, baseado na exploração e na
dominação. Essa perspectiva nos ajuda a entender as implicações contemporâneas da
colonização, como a persistência das desigualdades sociais, a marginalização dos povos
indígenas e a necessidade de lutar por justiça e reparação histórica.

Em suma, uma análise crítica e descolonial da conquista de Tenochtitlán deve ir além das
razões estratégicas dos conquistadores e explorar as consequências e os efeitos duradouros
dessa violência colonial sobre os povos indígenas. É fundamental compreender que a conquista
não foi apenas um evento isolado, mas um marco histórico que moldou profundamente a
realidade e a identidade dos povos da América Latina.

Ao examinar as fontes mencionadas, percebemos a importância de abordagens


multidisciplinares e de diferentes perspectivas para compreendermos a complexidade desse
período histórico. O livro "Cultura, Religião e Sociedade: um diálogo entre diferentes saberes",
de L. A. S. Rossi, destaca a importância de considerar os aspectos culturais e religiosos na
análise da história, proporcionando uma visão mais abrangente dos impactos da conquista.
Já a obra de Ruggiero Romano, "Os mecanismos da conquista colonial: os conquistadores",
contribui para entendermos os métodos empregados pelos europeus durante a colonização,
revelando as dinâmicas de poder e controle presentes nesse processo.

A visão dos astecas é explorada no livro "Os Astecas", de J. Soustelle, fornecendo um olhar
mais próximo da sociedade pré-colombiana e de sua perspectiva sobre a conquista, além de
abordar aspectos como organização social e religião.

A dissertação de G. Q. Souza, "A mentalidade de cruzada na conquista de México-


Tenochtitlán", mergulha nas motivações religiosas dos conquistadores, analisando a influência
da mentalidade de cruzada na empreitada, revelando as crenças e valores que justificaram a
violência colonial.

Por fim, o livro "O grande livro das coisas horríveis: a crônica definitiva das cem piores
atrocidades da história", de M. White, nos lembra da necessidade de confrontar as atrocidades
cometidas durante a conquista, colocando em perspectiva os efeitos traumáticos desses
eventos históricos.

Contudo, para uma abordagem verdadeiramente descolonial, é crucial ampliar o escopo de


análise e dar voz às perspectivas indígenas. É necessário valorizar os relatos e testemunhos dos
povos nativos, que muitas vezes foram silenciados e marginalizados na construção da narrativa
histórica.

Uma análise descolonial busca desafiar as narrativas dominantes, reconhecendo que a história
foi escrita a partir de uma perspectiva eurocêntrica e colonizadora. Devemos trabalhar para
construir uma história mais inclusiva, que resgate as vozes indígenas e suas contribuições para
a sociedade.

Além disso, essa abordagem crítica deve estar orientada para a transformação social e a busca
pela justiça. Reconhecer o legado colonial significa não apenas compreender o passado, mas
também refletir sobre as estruturas de poder e desigualdade que persistem até os dias de hoje.
É necessário promover a reparação histórica e lutar por uma sociedade mais justa, que respeite
a diversidade cultural e valorize as diferentes perspectivas.

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