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História da Educação

A Educação sob os governos


militares
Jânio Quadros foi eleito presidente em 3 de
outubro de 1960, pela coligação da UDN; PDC;
PTN; PR; e PL, seu vice, João Goulart, pelo PTB
Era um político carismático e populista – política
externa desastrada na época da Guerra Fria –
renúncia 25/08/1961
Assume João Goulart – Reformas de Base:
reformas bancária, fiscal, urbana, administrativa,
agrária, universitária e Lei de Remessas de
Lucros, que proibia a remessa de mais de 10% de
lucro das multinacionais para fora do país
Plano Nacional de Alfabetização, baseado no
método de alfabetização de Paulo Freire
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LDB 4024/61 publicada em 1961, depois de ter
sido prevista pela constituição de 1934:
Art. 1º A educação nacional, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana
Art. 3º O direito à educação é assegurado
Art. 31. As empresas em que trabalhem mais de
100 pessoas, são obrigadas a manter ensino
primário gratuito.
Art. 92. A União aplicará anualmente, no
ensino, 12%, no mínimo, de sua receita de
impostos e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, 20%, no mínimo.
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As reformas irritaram os setores mais
conservadores da sociedade
Grandes latifundiários, grandes empresários,
setores conservadores da Igreja católica;
governo dos EUA temendo uma aproximação
com o bloco Soviético e alta cúpula militar –
difusão da ideia da “ameaça comunista”
Golpe civil-militar de 1964, toma posse o
Marechal Humberto Castello Branco –
cancelamento das reformas; alinhamento com
os EUA e interesses de grandes latifundiários,
industriais e multinacionais - cassação de
direitos políticos e banimento de intelectuais e
políticos não alinhados – atos institucionais
para legitimar as ações repressoras do governo
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Ato Institucional nº 5 – Art. 2º - “O Presidente da
República poderá decretar o recesso do
Congresso Nacional, das Assembleias
Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por
Ato Complementar, em estado de sítio ou fora
dele, só voltando os mesmos a funcionar
quando convocados pelo Presidente da
República.” Art. 6º - “Ficam suspensas as
garantias constitucionais ou legais de:
vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade,
bem como a de exercício em funções por prazo
certo.” Art. 7º - “O Presidente da República, em
qualquer dos casos previstos na Constituição,
poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo,
fixando o respectivo prazo.”
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Acordo entre o Ministério da Educação e Cultura
(MEC), representado pelo ministro, e a United
States Agency for International Development
(USAID), um órgão americano que visava
“modernizar” a Educação em países da América
Latina – atritos com a comunidade universitária
– A I 5 – Educação tecnicista – mão de obra
especializada para a indústria e comércio –
Faculdades de “Licenciatura curta” para suprir
as demandas da Educação – êxodo rural,
aumento da população urbana
Reformulação no currículo: Estudos Sociais;
Educação Moral e Cívica, OSPB, EPB, Educação
Artística, Ensino Religioso

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Intensos protestos da UNE e DCE –
recrudescimento do regime lei de censura –
intervenção nas Universidades e órgãos de
cultura

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LDB 5692/71: Art. 1º ”O ensino de 1º e 2º graus
tem por objetivo geral proporcionar ao
educando a formação necessária ao
desenvolvimento de suas potencialidades como
elemento de autorrealização, qualificação para o
trabalho e preparo para o exercício consciente
da cidadania.” Art. 4º § 2º - “À preparação para o
trabalho, no ensino de 2º grau, poderá ensejar
habilitação profissional, a critério do
estabelecimento de ensino.”
As escolas não estavam adaptadas às novas
condições, nem em número, nem em
infraestrutura – número insuficiente de cursos
universitários, exames vestibulares excludentes
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Aumento da população oriunda do campo para
as cidades – rede pública insuficiente –
altíssimos índices de reprovação.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), fundado em
1937, que coordena os sistemas de avaliação de
ensino, teve sua estrutura limitada pelos
militares, com o fechamento dos centros
regionais de pesquisa em 1973 e do Centro
Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE) em
1976. O Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb), que avalia o Ensino Fundamental
e Médio, começou a ser estruturado só em 1988
Falta de dados precisos deste período
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Alunos das classes
populares dificilmente
chegavam à
Universidade –
aumento de escolas da
rede privada – inversão
da qualidade de ensino

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