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Júlia Corrêa Ramos - 221033546

Para Casanova, o capital literário de uma nação, seguindo Valéry, “é o valor


específico que tem conotação no espaço literário mundial, o bem comum
reivindicado e aceito por todos”. É composto de vários elementos como a
antiguidade, um meio profissional, a opinião do público, o valor literário da
língua. Esse capital pode colocar um país em uma posição mais ou menos
favorável no espaço literário internacional, e essa posição mode mudar
conforme o capital literário do país mude, assim como fornecer uma visão
diferente desse sistema que pode usada para questioná-lo. O Brasil não é
favorecido por essa organização do espaço literário, sendo um país de tradição
literária relativamente recente, e, ao contrário de outros países colonizados,
com uma língua de pouco prestígio literário, com uma alta taxa de
analfabetismo, e, segundo Cândido, com “falta de meios de comunicação e
difusão”. Diferentemente de outros países latinoamericanos, o Brasil não
vivenciou um período de disseminação como o “boom”, e tampouco pode se
aproveitar desse momento pela diferença linguística.

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