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SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2008. 2. Ed.

Capítulo I Colonização e educação


- A inserção do Brasil no mundo ocidental envolveu 3 aspectos: colonização, educação e catequese (p. 26);

1) A unidade do processo no plano da linguagem


- Colonus é quem cultiva uma propriedade ao invés do seu dono;
- Colônia é o espaço em que se ocupa ou povo que se pode sujeitar;
- Culturus: o que se vai trabalhar – trabalho da terra ou de formação humana (p. 27);
- Educação no processo de colonização é aculturação ;
- Cultus: terra já cultivada por outro – dimensão religiosa: ligar a experiência presente com a tradição;
* A colonização abarca esses três momentos: posse da terra; aculturação e catequese (p. 29);

2) Colonização e educação no Brasil


- Especificidades econômicas de Portugal que o levaram a ser “potência”;
- embora a expansão favoreceu a burguesia mercantil, o controle estava nas mãos da Coroa (p.30);
- reforçou o parasitismo da nobreza – Inquisição – luta contra “novos cristãos” mercadores;
- favoreceu economicamente Inglaterra e França;
- Educação como aculturação tinha sua força na catequese: “acentua a semelhança e apaga as diferenças” (p. 31);
- Catequese exige pedagogia institucionais (escola) e não institucionais (o exemplo) (p. 31);
- As formas não institucionais foram mais eficazes – onipresentes;
- A educação Jesuítica está dividida em 3 etapas:
- Período heroico (1549-157): Chegada até a morte de Nóbrega;
- Ratio Studiorum: 1599-1759)
- Fase Pombalina (1759-1808): reformas da instrução pública “modernizantes” de Portugal;

Capítulo II: Uma pedagogia brasílica


1) Educação indígena
- População indígena estava próximo ao comunismo primitivo: economia natural de subsistência (p. 33);
- Explicações de como era a educação Tupinambá (p. 35-38);
- Numa sociedade sem classes, os fins da educação coincidem com os interesses do grupo: a educação era
espontânea e integral (p. 38);
- havia educação, mas não havia pedagogia (p. 39);
- Este cenário levou os colonizadores a desenvolver uma pedagogia brasílica;

2) As ordens religiosas e a educação colonial


- Os primeiros evangelizadores do Brasil foram os franciscanos – 1500, entre outras ordens ( p. 39);
- Missões “volantes” percorriam aldeias unindo catequese e instrução (p. 40);
- “Mini-colônias”;
- Técnica incorporada pelos jesuítas que se tornam hegemônicos, fatores:
- Apoio da Coroa (p. 41);
- Grandes grupos e ficaram longos períodos (p. 40);
- Recursos;
- monopólio em todo o território português;
- Sistema educacional jesuítico se consolida no período da Ratio

3) Uma pedagogia brasílica


- 1º fase: plano de instrução elaborado por Nóbrega:
- 1º aprendizado do português (para os indígenas); depois a doutrina cristã, a escola de ler e escrever, depois,
opcionalmente canto e música; culminando com o aprendizado agrícola OU gramática latina (P. 43);
- Aplicação encontra oposição no interior da ordem – suplantado pela Ratio;
- estratégia de atrair os “gentios” foi agir sobre as crianças;
- traz meninos órfãos de Lisboa para os Colégios de São Vicente
- Anchieta incorpora os elementos da Contra-Reforma: um agente da “Civilização pela palavra (p. 44);
- Centrada na retórica – arte da palavra (p. 46);
- multiplicação do recurso da imagem – símbolos (deus nativo como obra do Demônio) (p. 47);
- Cumpriu, pela catequese e pela instrução, o processo de aculturação;
- A pedagogia brasílica foi formulada e praticada sob medida para as condições encontradas na Colônia.

Capítulo III A institucionalização da pedagogia jesuítica ou o Ratio Studiorum


1- Antecedentes da Ratio:
Modus parisienses: Un. de Paris: divisão dos alunos em classes; exercícios escolares e “incentivos” ao trabalho
escolar – a partir do século XVI.

Modus italicus: não segue programa estruturado; disciplinas sem pré-requisitos; discípulos com diferentes níveis e
idades – usado até fins do séc. XV.

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