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RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Saúde (2008), cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda
que afeta o intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae, de transmissão
predominantemente hídrica. O agente infeccioso entra no organismo de um indivíduo por meio
do consumo de água e de alimentos que foram previamente contaminados pelo bacilo. As
manifestações clínicas podem manifestar-se de forma assintomática ou com potencial grave,
com diarreia profunda, podendo levar ao óbito o paciente. Visto que, pode resultar em
desidratação rápida, acidose e colapso circulatório, devido a grandes perdas de água em poucas
horas.
De acordo com Pinheiro (2021) a doença pode agravar e chegar em um estado de
incubação que costuma ficar entre um ou dois dias, mas que pode variar de poucas horas até
cinco dias. Entretanto, a maioria dos pacientes infectados com cólera apresenta um quadro de
diarreia leve a moderada, que é igual a qualquer outra forma de diarreia, incluindo as
gastroenterites virais vômitos e dor abdominal que podem ocorrer, mas a febre é um sintoma
incomum.
Normalmente os surtos de cólera, de acordo com Carvalho et. al. (2020), ocorrem
devido à ausência do fornecimento de água potável e à contaminação da água pelo esgoto. Essas
situações ocorrem em locais onde a infraestrutura básica à higiene e ao saneamento básico não
foi implementado, permitindo que a população fique exposta de forma indevida. Tais condições
sanitárias e ambientais são os maiores obstáculos para o controle dos surtos e epidemias de
cólera, locais onde há boas condições de saneamento básico e fornecimento de água potável em
quantidade e qualidade adequadas não há propagação e surtos. Portanto, entender as nuances
entre coleta, tratamento e abastecimento de água é, de forma sistemática é um importante passo
para a prevenção de doenças, nesse caso, a cólera.
Desta forma, o presente artigo trata-se de um estudo ecológico que tem por objetivo
avaliar os aspectos epidemiológico da Cólera na cidade de Belo Horizonte e em três (3)
municípios da região metropolitana, Contagem, Betim e Nova Lima, fazendo comparativos
entre os casos de internação e os aspectos sanitários, de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, das regiões em estudo, buscando avaliar a contribuição destes fatos sobre a ocorrência
de casos entre os anos de 2010 a 2019.
MATERIAS E MÉTODOS
Áreas de estudo
Delineamento epidemiológico
Amostragem
Os dados populacionais para este estudo ecológico foram obtidos através de consulta ao
banco de dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sus (SIH-SUS), disponibilizados pela
plataforma de informação do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do
Brasil (DATASUS), órgão pertencente a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do
Ministério da Saúde, que tem como responsabilidade a coleta, procura e disseminação de
informações sobre saúde.
Quanto os dados referentes às condições do abastecimento de água e esgotamento
sanitário dos municípios em estudo, foram coletados através do SNIS - Série Histórica que é
um programa via web disponibilizado pelo Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento
(SNIS) que possibilita consultar as informações e os indicadores sobre Água e Esgotos e
Resíduos Sólidos Urbanos, desde os primeiros anos de coleta até a atualidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Belo Horizonte 32 11 - - - 2 1 1 - 1 48
Betim 5 - 2 2 2 1 2 1 2 4 21
Contagem 20 18 16 11 11 8 7 2 0 0 93
Nova Lima 1 0 1 1 1 0 2 0 3 9 18
Total geral de casos 180
Tabela 1 - Casos de internações por cólera sem distinção da faixa etária.
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
A abela abaixo demonstra o cálculo da taxa de incidência da doença sobre cada ano na
cidade de Belo Horizonte.
Neste gráfico o número de internações cai no decorrer dos anos, saindo de um patamar
de 32 internações para 01 caso em 2019;
GRÁFICO 2 - ESPECÍFICO - CIDADE DE BETIM
REFERÊNCIAS
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/colera
Ministerio da Saude
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_vigilancia_colera.pdf