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Prof.

Luiz Algemiro Cubas Guimarães


SISTEMAS ESTRUTURAIS I (AU 015)
MÓDULO 3 – CARGAS / ESFORÇOS
EXTERNOS

3.1 Introdução

Como expusemos anteriormente, a estrutura faz (e deve fazer) funcionar conjuntamente as três
operações subseqüentes: Recepção de Carga; Transmissão de Carga e finalmente a Descarga. E
também falamos de Fluxo de Forças.
Antes, tracemos um breve histórico, na antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural. A
evolução acontecia de uma obra para outra na base da tentativa e do erro. Muitas vezes uma obra
que demorara até centenas de anos para chegar até um determinado estágio e não suportava os
carregamentos impostos até mesmo pelo próprio peso da estrutura e desabava. Então, não
restava nada a fazer senão aprender com o erro ocorrido e recomeçar a construção.
Um fator que colaborou com a evolução de uma obra do ponto de vista estrutural, foi a observação
das forças da natureza. Esta observação permitiu que os elementos estruturais tivessem
dimensões cada vez menores e também permitiu que os vãos se tornassem cada vez maiores.

E uma das observações mais claras na natureza é uma árvore e suas raízes, que servem de
exemplo para a construção de um pilar com sua fundação.

Com o passar do tempo e principalmente com o surgimento da Revolução Industrial, foram


surgindo novas técnicas e novos materiais. Com estas técnicas e materiais, alguns modelos
teóricos, ou seja, explicações, para as forças da natureza foram descobertos. Baseados nestes
modelos teóricos surgiram então os projetos mostrando que uma obra poderia ser construída sem
a necessidade de experimentos com obras anteriores (acabou o processo de tentativa e erro).
O primeiro fator a ser considerado quando da execução do projeto estrutural de uma obra é o
CONJUNTO DE CARGAS nela atuante e, a este conjunto de cargas chama-se de
CARREGAMENTO.

Então, CARREGAMENTO é qualquer influência que causa forças ou deformações em uma


estrutura.

3.2 Tipos de Carregamentos

Existem três tipos de carregamentos:

• Concentrado,
• Distribuído/m e
• Distribuído/m2.

ƒ Concentrado:

- Representa uma força aplicada em um único ponto da estrutura.


- Unidade: kN
- Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas, pilares e
fundações.

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EXEMPLOS DE CARREGAMENTO CONCENTRADO

sobre uma laje:


um cofre no meio de uma sala

sobre uma viga:


reação de uma outra viga

sobre um pilar:
reação das vigas que se apoiam no pilar

sobre a fundação:
carga do pilar que chega na fundação

ƒ Distribuído/m:

- Representa uma força distribuída sobre uma linha da estrutura.


- Unidade: kN/m
- Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas.

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EXEMPLOS DE CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO/m

sobre uma laje: sobre uma viga:


peso de uma parede de alvenaria. peso de uma parede de alvenaria.

ƒ Distribuído/m2:

- Representa uma força distribuída sobre uma superfície da estrutura.


- Unidade: kN/m2
- Pode acontecer no seguinte elemento estrutural: laje.

EXEMPLOS DE CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO/m2

sobre uma laje:


peso das pessoas sobre a laje

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3.3 Classificação dos Carregamentos

A classificação mais usual é aquela que se utiliza o TEMPO DE ATUAÇÃO das cargas como
referencial. Com isso classificam-se os Carregamentos em PERMANENTE e ACIDENTAL.

3.3.1Carregamentos Permanentes

• Peso-próprio (pp):

Todos os elementos estruturais têm um peso e que deve ser considerado na definição dos
carregamentos atuantes em uma estrutura. Este peso, definido como peso-própio é função
do peso específico do material em questão.

γ: peso específico do material (kN/m3)

Lajes
Fórmula

Vigas
Fórmula

para seção retangular:

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Pilares:
Fórmula

para seção retangular:

Peso específico (γ) de alguns materiais mais utilizados:

ƒ concreto armado: 25 kN/m3


ƒ madeira: varia de 5 kN/m3 (pinho) até 10 kN/m3 (ipê)
ƒ aço: 78 kN/m

• Alvenaria (alv):

É função do peso/m2 da alvenaria, dependendo se a parede é mais ou menos espessa.


O peso das paredes de alvenaria de uma obra deve ser considerado sobre os elementos
estruturais em que elas se apoiam. Estes elementos podem ser vigas, caso mais comum ou
lajes (não tão comum, porém possível).

Fórmula

O peso/m2 dos principais tipos de alvenaria são os seguintes:

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• alvenaria de cutelo:
0,95 kN/m2

• alvenaria de 1/2 vez:


1,70 kN/m2

• alvenaria de 1 vez:
3,20 kN/m2

Os valores de peso/m2 da alvenaria acima foram calculados para tijolo de barro furado com
argamassa de 1,5 cm entre tijolos, e 1 cm de reboco.

Os vazios que podem aparecer em uma parede de alvenaria (janelas e portas) usualmente não
são considerados, proporcionando assim uma maior segurança. Embora se um determinado
vão de uma viga contínua, não existir parede, não devemos com isso também, considerar uma
continuidade de parede também.

• Revestimento (rev):

O peso dos revestimentos (prontos, considerando contrapiso/regularização e acabamento final)


de uma obra deve ser considerado sobre aquelas lajes em que eles se apoiam. Um valor
básico é utilizado como peso de revestimento:

rev = 0,50 kN/m2 (carregamento distribuído/m2)

O valor acima é considerado somente para revestimentos mais comumente utilizados, como
por exemplo: taco, tapete, borracha, paviflex, etc.

Para outros tipos de revestimento devem ser consultadas tabelas especiais ou devem ser
feitas consultas ao próprio fabricante. Porém, ressaltando que estamos falando de
revestimento, pois a laje em si, já deveria ter sido considerada no seu peso próprio também.

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• Cobertura (cob):

O peso da cobertura deve ser considerado naquelas lajes em que se apoiam algum tipo de
cobertura (usados geralmente em residência), entendo-se por cobertura toda a estrutura
(madeira ou metal) que suporta as telhas mais o peso das próprias telhas. O peso da cobertura
é função do peso/m2 do telhado.

cob = 0,60 kN/m2 à 1,00 kN/m2 (carregamento distribuído/m2)

- onde, 0,60 kN/m2 ( telha de fibrocimento) e 1,00 kN/m2 ( telha de barro ).

• Caso Particular → Estrutura sobre estrutura:

Alguns elementos estruturais podem se apoiar sobre outros elementos, sendo portanto, a
carga definida pela reação de um elemento estrutural sobre outro. Normalmente acontece a
‘rota’ de fluxo de cargas com:

Viga: usualmente recebe as reações das lajes (kN/m), ou seja, as lajes, neste caso, estão
apoiadas nas vigas (carregamento distribuído/m); bem como usualmente também, pode
receber as reações de outras vigas (kN), ou seja, as vigas, neste caso, estariam apoiadas em
outras vigas (carregamento concentrado).

Pilar: normalmente, recebe as reações das vigas que nele se apoiam (kN) (carregamento
concentrado).

Devemos ter em mente, que alguns casos que podem acontecer, embora devemos evitar,
geram suportes (elementos estruturais) muito robustos, conseqüentemente onerosos. Porém
se não houver outra possibilidade....
Eis alguns exemplos do que pode acontecer:

Laje: apesar de muito raro, pode receber a carga de um pilar (kN) (carregamento
concentrado) causando o efeito punção, o que devemos evitar.

Viga: não muito comumente, pode receber a carga de um pilar (kN), sendo chamada então
de viga de transição (carregamento concentrado)

Há um caso em particular, que é utilizado para termos maiores vãos de lajes com quantidade
menores de vigas e pilares, porém a observação de oneração da estrutura como um todo,
ainda é valida para este acso.

Pilar: raramente, pode receber as reações das lajes diretamente (kN), sendo então, uma
estrutura tipo cogumelo, sem vigas (carregamento concentrado) de laje para pilar.

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3.3.2 Carregamentos Acidentais

Os carregamentos acidentais, ao contrário dos permanentes, nem sempre estão presentes em


um Sistema Estrutural. Há épocas em que eles são atuantes e há épocas em que eles não
aparecem. Apesar desta sazonalidade, eles devem ser considerados durante todo o
tempo, não podendo nunca ser esquecidos.

• Vento:

Deve ser considerado somente para edificações muito altas ou edificações especiais, como por
exemplo, torres, caixas d'água elevadas, galpões, etc.

Podemos, a princípio, incorrer no erro de considerar somente a importância da velocidade


(conseguida através de mapas com linhas de igual velocidade), porém o CARREGAMENTO
ACIDENTAL – VENTO é função também da topografia do local, da vizinhança da edificação e
do tipo da edificação. Existem normas específicas (regidas pela ABNT) que pré-determinam
parâmetros e respectivos valores a serem considerados.

• Empuxo:

Empuxo é a força lateral proveniente da ação da água sobre as paredes das piscinas ou das
caixas d'água ou, ainda, do solo, nos sub-solos, sobre paredes verticais subterrâneas.

CASO 1
Caso de empuxo d'água sobre as
paredes laterais de uma piscina ou
caixa d'água:

O valor do carregamento é triangular Fórmula


variando desde zero na superfície até
q na parte mais profunda.

CASO 2
Caso de empuxo de terra sobre
uma cortina de concreto, que
aparece quando da utilização de
sub-solos:

O valor do carregamento é
triangular variando desde zero Fórmula
na superfície até q na parte
mais profunda.

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• Frenagem:

Parece ser desprezível esta ação, porém a frenagem é um dos principais carregamentos que
devem ser considerados no cálculo de pontes e viadutos, sendo logicamente função do peso
do veículo.

Esta importância deve-se ao fato da frenagem provocar um deslocamento horizontal na


laje e esta transmitir esse deslocamento aos pilares.

E este deslocamento é função direta do peso do veículo, ou seja, quanto mais leve o veículo
menor o efeito da frenagem e quanto mais pesado o veículo, maior o efeito da frenagem.

• Sobrecargas:

São carregamentos dados em função da utilização de determinado compartimento da


edificação. Isto quer dizer, para que uso se destina o determinado compartimento da
edificação.
O efeito da sobrecarga é considerado sobre lajes sendo, portanto, um carregamento do tipo
distribuído/m2.
Valores a serem considerados:
ƒ forro (sem acesso ao público): sc = 0,50 kN/m2
ƒ residência, escritório: sc = 1,50 à 2,00 kN/m2
ƒ compartimentos com acesso ao público (escolas, restaurantes, etc.): sc = 3,00 kN/m2
ƒ compartimentos para baile, ginástica, esporte (teatros, ginásios, clubes, etc.): sc =
4,00 kN/m2
ƒ compartimentos para arquivos/bibliotecas/depósitos: sc = função de cada caso

• Terremoto, neve:

Tanto o terremoto como a neve são tipos de carga acidental que devem ser considerados.
Felizmente, no Brasil, não há a necessidade da consideração deste tipo de carregamento, uma
vez que eles não ocorrem nem com intensidade nem com frequência suficiente que justifique
sua consideração.

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• Cargas Móveis:

Se a carga é móvel, logicamente é porque se mexe. E o que se mexe é um veículo. Portanto, a


carga a ser considerada é o peso dos veículos se deslocando sobre pontes e viadutos.
O efeito da carga móvel é função do peso e da localização do veículo sobre a estrutura.
Normalmente, o peso do veículo é conhecido, sendo utilizados veículos padrões. Mas a
localização do veículo se modifica a cada momento, sendo necessários então métodos
especiais para a consideração deste fator, dificultando a consideração deste tipo de carga
quando do cálculo de pontes e viadutos.

3.4 Transmissão de Cargas

Como já vimos anteriormente, podemos a “grosso” modo dizer que a estrutura é um sistema de
barras que recebe as cargas e as transmite para o solo.

É essencial para o entendimento da transmissão de cargas em uma estrutura a compreensão de


como a estrutura funciona como um todo. Devem-se enxergar todos os elementos estruturais
trabalhando em conjunto, ainda que a análise estrutural destes elementos seja feita em separado.

Tipos de estruturas:

ƒ Laje:

Como a laje é um tipo estrutural bidimensional, “descarrega” a carga em duas direções;


consideraremos então essas duas direções como sendo duas barras imaginárias.

Uma barra horizontal “imaginária” (AB) em um sentido e, outra barra “imaginária” (CD) em
outro sentido.

P P

A B C D

P1 P2 P3 P4

As descargas (Reações de Apoio) nos Pontos P1, P2, P3 e P4 geralmente são vigas e
poderíamos adotar como vigas V1, V2, V3 e V4, que na verdade são as cargas atuantes nas
extremidades das lajes e, como já o dissemos, por serem elementos bidimensionais
(transferem as cargas em duas direções) e se dão de forma distribuída, ou seja, por
unidade de medida (m).

Existem dois métodos para determinar o valor da carga correspondente a cada


extremidade: Método da Ruptura e o Método dos Quinhões. Este último, será aqui
utilizado, por ser mais simples de ser compreendido.

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Então, reafirmamos que as reações de apoios das lajes geralmente são consideradas
uniformemente distribuídas e podem ser calculadas pelo método dos quinhões de cargas
da NBR-6118. Segundo este método, para cada apoio da laje vai um quinhão de carga
correspondente a uma área de triângulos ou trapézios (fig.1) obtida traçando-se linhas a
partir do vértice da laje, formando um ângulo de acordo com as condições dos bordos
adjacentes:

bordos adjacentes: ângulo:


apoio – apoio 45º
engaste-engaste 45º
engaste-apoio 60º a partir do engaste

Onde Engaste, significa continuidade de laje na extremidade (bordo) analisada(o)


isoladamente e Apoio, significa que não há continuidade de laje na extremidade
(bordo) analisado.

Para saber se a laje está ou não engastada com a sua vizinha, pode-se utilizado o
critério do Prof. ADERSON MOREIRA DA ROCHA. Se houver continuidade de mais
de 2/3 do bordo, a laje é considerada engastada na vizinha. Se não, a laje é
considerada apoiada. Este critério também poderia ser utilizado se, em vez de uma
abertura, houvesse uma laje vizinha rebaixada.

fig.1- Quinhões de carga para o cálculo das reações das lajes

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A reação da laje na viga qV pode ser considerada uniformemente distribuída:

q - carga distribuída na laje

q x A/ A - área do trapézio ou do triângulo da área do quinhão de carga


qy = V

V - vão da viga no trecho considerado

Este método é bem simples e pode ser usado até graficamente. Até mesmo quando a laje
for em L, este critério pode ser empregado (fig. 2).

fig. 2- Áreas para o cálculo das reações de apoio em lajes em forma de L

ƒ Viga:

Uma barra horizontal (AB).

As descargas (Reações de Apoio) nos Pontos P1 e P2, podem ser pilares (ambos os
pontos) ou vigas (ambos os pontos), ou ainda a combinação de pilar e viga e, como as
vigas são elementos unidimensionais (transferem as cargas em uma só direção) logo, se
dão de forma concentrada.

Ressaltamos aqui, que o Cálculo das Reações em P1 e P2 será detalhado no Módulo


de Reações de Apoio.

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• Pilar:

Uma barra vertical (AB) - é a maneira mais simples e natural de transmissão de cargas.

ƒ Tesoura:

Duas barras retas inclinadas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).

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• Pórtico:

Uma barra horizontal (BAC) mais duas barras verticais (BD e CE).

• Arco:

Duas barras curvas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).

As análises (cálculos) mais detalhadas das Cargas e/ou Transmissão de Forças em


Pilares,Tesouras, Pórticos e Arcos, serão abordados mais adiante nos Módulos (ou
Disciplinas) a eles destinados.

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3.5 Exemplos de Carregamentos Acidentais

Baseado no esquema ao lado


definir a carga em:

lajes: L1
vigas: V2 e V5
pilares: P5

Dados:

ƒ piso de escritório
ƒ revestimento da laje:
taco
ƒ alvenaria: 1 vez
ƒ material: concreto armado
ƒ reação da laje L1 nas
vigas V1, V3, V4 e V5:
6,25 KN/m
ƒ reação da viga V1 sobre
os pilares P1 e P2: 42,68
KN
ƒ reação da viga V2 sobre
a viga V5 e o pilar P5:
2,19 KN
ƒ reação das vigas V3 e V4
sobre os pilares P1,P3 e
P4: 43,93 KN
ƒ reação da viga V5 sobre
o pilar P2: 43,33 KN
ƒ reação da viga V5 sobre
o pilar P4: 44,21KN

Para se calcular as cargas em uma edificação, inicia-se sempre de cima para baixo (da cobertura
para o térreo) na seguinte sequência: lajes, vigas, pilares e fundações.

Portanto, no nosso exemplo, calcularemos primeiramente a carga na laje L1, depois nas vigas V2 e
V5 e finalmente no pilar P5.

Pode-se ver através do esquema que as cargas são as seguintes:

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Laje 1: Peso-próprio (distribuída/m2) + revestimento (distribuída/m2) + sobrecarga
(distribuída/m2)

peso-próprio: pp = 0,10 m . 25 kN/m3 = 2,50 kN/m2 Convém lembrar que


revestimento: rev = 0,50 kN/m2 poderia haver ainda a carga
sobrecarga: sc = 2,00 kN/m2 de uma parede de alvenaria
ou de um pilar sobre a laje.
total = 5,00 kN/m2

Viga V2: Peso-próprio (distribuída/m)

peso-próprio: pp = 0,10 m . 0,50 m . 25 kN/m3 = 1,25 kN/m

Por enquanto (antes de estudarmos Reações de Apoio e Estaticidade),


simplesmente acreditem que:

q = peso próprio da Viga V2


RV5 = RP5 = ( q x l ) /2 onde

l = vão entre RV5 = RP5 = 3,50 m

RV5 = RP5 = ( 1,25 kN/m x 3,50 m ) /2 = 2,19 kN

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Viga V5: Peso-próprio (distribuída/m) + alvenaria (distribuída/m) + reação da laje L1


(distribuída/m) + reação da viga V2 (concentrada)

peso-próprio: pp = 0,20 m . 0,50 m . 25 kN/m3 = 2,50 kN/m


alvenaria: alv = 2,60 m . 3,20 kN/m2 = 8,32 kN/m
laje: laje = 6,25 kN/m
total = 17,07 kN/m

Pilar P5: Peso-próprio (concentrada) + reação da viga V2 (concentrada)

peso- pp = 0,20 m . 0,20 m . 2,60 m . 25 kN/m3 = 2,60 kN


próprio:
reação da viga = 2,19 kN
viga:
total = 4,79 kN

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