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63 Adad 19 A 157 C
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RESUMO
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Por exemplo, se um bebê não responde aos sinais externos, talvez
demonstre sinais precoces de uma desordem dentro do espectro autista. Vale
ressaltar, a importância de estar atento a ausência desses comportamentos.
Frequentemente, crianças com autismo apresentam problemas
comportamentais bastante severos, como hiperatividade, impulsividade e
agressividade. Além de respostas sensoriais sensíveis.
Carvalho (2013) discorre que o TEA traz prejuízos significativos para o
desenvolvimento infantil, especialmente nos comportamentos ligados às
habilidades sociais no primeiro ano de vida, bem como às habilidades de
atenção compartilhada. “A habilidade de orientação social refere-se ao
alinhamento dos receptores sensoriais para um evento social ou para uma
pessoa e é considerada uma chave importante” (CARVALHO, 2013, p. 146).
Em relação às habilidades de atenção compartilhada, o autor destaca a
capacidade de coordenar espontaneamente a atenção junto a um parceiro
social, em relação a um objeto ou evento, sendo algo que surge nos primeiros
6 meses de vida em bebês sadios.
As habilidades de atenção compartilhada são subdivididas em três
categorias, conforme aponta Carvalho (2013, p. 146):
● Resposta de atenção compartilhada: refere-se à capacidade de seguir a
direção do olhar, com giro de cabeça ou gesto de apontar realizado por
outra pessoa;
● Iniciação da atenção compartilhada: refere-se a tentativa de dirigir
atenção a outra pessoa, de modo espontâneo, sem intenção de
solicitação;
● Iniciação do comportamento de solicitação: refere-se à habilidade do uso
de gestos, atos e contato visual para solicitar objetos fora do alcance, ou
mesmo pedido de ajuda para conseguir um brinquedo ou situação.
Siklos e Kerns (2007 apud ZANON; BACKES; BOSA, 2014) destacam
quatro principais fatores importantes para o diagnóstico precoce do TEA: 1) a
variabilidade na expressão dos sintomas; 2) as limitações da avaliação
pré-escolar, visto que é necessária a demanda de instrumentos específicos e
sensíveis ao comportamento social próprio da faixa etária das crianças; 3) a
falta de profissionais treinados e/ou habilitados para reconhecer as
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manifestação do processo de transtorno; 4) e, por fim, a escassez de serviços
especializados.
Coonrod e Stone (2004) realizaram estudos sobre o Transtorno do
Espectro Autista (TEA) e, por meio de entrevistas realizadas com os pais
dessas crianças, buscaram identificar a idade do reconhecimento dos primeiros
sintomas do TEA. Outros resultados apontam que os pais perceberam os
sintomas nos filhos nos primeiros 2 anos de idade. E, foi observado que quanto
menor a idade da criança, mais cedo conseguiu-se identificar esses sintomas.
Aspectos como a demora na detecção das primeiras dificuldades no
comportamento da criança e a busca de profissionais adequados, demonstram
o adiamento na intervenção do TEA. Em razão da convivência diária,
geralmente, os pais são os primeiros a identificar os primeiros sinais. Muitas
vezes, o diagnóstico ainda causa uma demora e desorganização pela parte
parental para lidar com o quadro.
Uma vez que, essa criança ainda não está inserida num meio social,
quem será o indivíduo capaz de perceber o quadro? Os profissionais precisam
enfatizar a importância da identificação desse quadro com antecedência, para
que os sintomas possam ser amenizados durante a infância/vida do indivíduo.
Sendo assim, profissionais da área infantil devem estar sempre em
alerta para a identificação desses sintomas de risco. Inclusive, nos EUA,
instrumentos de avaliação dos sintomas já fazem parte dos atendimentos em
consultórios, então que possamos nos inspirar nos mesmos.