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workshop Desenvolvimento infantil

Dificuldades e transtornos de aprendizagem

Palestrante NATHALIA BARBOSA e FABIANA LETÍCIA FROTA


PEDAGOGA/PSICOPEGAGOGA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
ESPECIALIZAÇÃO EM DIFICULDADES E TRANTORNO DE APRENDIZAGEM
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Nathalia Barbosa Pp
Desenvolvimento Infantil
O desenvolvimento na primeira infância é marcado por
transformações e amadurecimentos que repercutirão ao
longo de toda a vida. É um período crítico para o
desenvolvimento inicial das funções cognitivas, motoras e
sensoriais da criança, que possibilitarão um crescimento
saudável e serão a base para a aprendizagem ao longo de
toda a vida.
No entanto, algumas crianças, por razões diversas,
apresentam risco para alterações em seu desenvolvimento,
e a intervenção precoce, nesse sentido, tem o objetivo de
minimizar e recuperar possíveis danos e dificuldades.

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Marcos do desenvolvimento infantil
• Os marcos do desenvolvimento são um
conjunto de habilidades que a maioria das
crianças atinge em uma determinada idade.
Os marcos ajudam pais, médicos e professores
a perceber quando o desenvolvimento da
criança não está acompanhado o esperado.

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Os marcos do desenvolvimento infantil podem ser divididos
em quatro categorias:
• Sócio emocional: capacidade de expressar emoções de
forma eficaz, seguir regras e instruções e formar
relacionamentos positivos e saudáveis.
• Linguagem: capacidade de absorver e aprender a usar a
linguagem.
• Cognitivo: capacidade de pensar, aprender e resolver
problemas.
• Motor: capacidade de aprender habilidades motoras
grossas e finas, como sentar, engatinhar e andar
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• Vale lembrar que cada criança se desenvolve
em seu tempo, os marcos servem para
orientar pais e cuidadores. Diante a percepção
de atrasos no desenvolvimento infantil de
seus filhos nos primeiros anos de vida, a
recomendação é buscar ajuda médica para
averiguar.

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• O atraso pode ocorrer em apenas uma das áreas do desenvolvimento
(apenas cognitivo, por exemplo), ou em duas áreas ou mais,
caracterizando-se como atraso global do desenvolvimento.

• Vale lembrar que existem margens para cada marco do desenvolvimento.


Por exemplo, a habilidade de andar pode acontecer a partir dos 10 meses
até 1 ano e 3 meses. Assim, se uma criança acima da idade máxima não
der os primeiros passos, pode caracterizar um atraso no desenvolvimento.

• Veja alguns exemplos de sinais de atrasos do desenvolvimento infantil,


que mostram que a criança não atingiu o marco esperado para a sua
idade:

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• Até 6 meses: não consegue firmar a cabeça ou sustentar o pescoço;
• Até 12 meses: não engatinha, não tenta se locomover, não estica os
braços, não fica sentado sem apoio;
• Até 18 meses: não se comunica em casos de incômodo, não apresenta
vocabulário próprio da idade, não fala “mamãe” e “papai”, não faz
contato visual, não sorri;
• Até 2 anos: não consegue formar palavras simples, não segue
instruções simples;
• Até 3 anos: não consegue se firmar para andar, não tem um
crescimento esperado, não interage com outras crianças, não consegue
se expressar em caso de fome e frio, por exemplo;
• Até 4 anos: não consegue pronunciar consoantes ou construir frases
simples.

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Por que é importante buscar um
especialista?
• A consulta com um especialista é essencial para identificar a existência de atrasos do
desenvolvimento infantil. Com o diagnóstico correto, é possível direcionar melhor a investigação
das causas do atraso, bem como indicar o tratamento mais adequado.

• É preciso destacar que a busca pela causa do problema ocorre em paralelo com o tratamento. Ou
seja, assim que se tem o diagnóstico, a criança já é encaminhada para as terapias recomendadas
(como terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, psicopedagogo etc.). E, ao mesmo tempo,
o profissional investiga a etiologia do atraso, bem como a existência de outras doenças associadas.

• Isso é fundamental para evitar que a criança tenha maiores prejuízos futuramente, pois, quanto
mais cedo for descoberto o atraso e tratado, maiores são as chances de impedir grandes impactos
na vida da criança.

• Assim, o especialista é importante não apenas para direcionar a investigação e o tratamento de


maneira mais eficiente, mas também para garantir o devido acompanhamento a longo prazo da
criança

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TEA
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
• O transtorno do espectro autista (TEA) é um
distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado
por desenvolvimento atípico,manifestações
comportamentais, déficits na comunicação e
na interação social, padrões de comportamentos
repetitivos e estereotipados, podendo apresentar
um repertório restrito de interesses e atividades.

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• A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece
desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa
única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação
entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é
importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que
causa fatores de risco ambientais.
• Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em
pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores
pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a
exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso
de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade
(com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (<
2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade
parental avançada são considerados fatores contribuintes para o
desenvolvimento do TEA.

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• O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança,
entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância
do desenvolvimento infantil.
• O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da
criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o
relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.

Principais sintomas de autismo


Os sintomas mais comuns de autismo são:
• 1. Pouco contato visual
• As pessoas com transtorno do espectro autista tendem a manter menos contato visual ao
interagir com outras pessoas.
• 2. Dificuldade para expressar ideias e sentimentos
• No autismo pode haver dificuldade para usar e compreender a linguagem corporal, gestos e
expressões faciais. Por isso, é muito comum que essas pessoas apresentem dificuldade para
compartilhar seus interesses e demonstrar sentimentos ou afeto, o que pode ser interpretado
de forma errada como indiferença.
• 3. Aborrecimento com mudanças na rotina
• É muito comum que crianças com autismo façam birras, chorem muito ou fiquem mais
agressivas quando ocorrem mudanças na sua rotina ou no ambiente em que vivem. Essas
mudanças podem ser pequenas e nem sempre são claras para os cuidadores, podendo incluir
a troca da embalagem do alimento favorito ou fazer trajetos diferentes daqueles
acostumados ao sair de casa. Nathalia Barbosa Pp
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TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM
É necessário que a criança com dificuldade de aprendizagem receba uma
atenção especial do educador, a fim de tentar identificar a causa ou o
problema que interfere na aprendizagem. Lembramos que dificuldade de
aprendizagem não é o mesmo que transtorno de aprendizagem, o que
causa certa confusão na hora de identificar o problema na criança. Pais e
professores não são especialistas em distúrbios, mas ao identificar tais
dificuldades de aprendizagem na criança os mesmos devem buscar o
auxílio de um especialista, para que essa criança possa receber o
tratamento adequado de acordo com a especificidade de cada distúrbio.

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TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM
Dificuldade de aprendizagem, é um termo genérico para descrever a defasagem de
aprendizado na aquisição de uma ou mais competências, mas sem uma causa
evidente. Em compensação os transtornos de aprendizagem referem-se a
problemas relacionados a deficiências sensoriais e intelectuais que dificultam o
processo de aprendizagem (GIROTTO; GIROTTO; OLIVEIRA, 2015).

Os transtornos de aprendizagem são caracterizados pela dificuldade de leitura, escrita


ou cálculos de forma isolada ou associada. As dificuldades são ocasionada por
problemas de ordem neurológicas, entre os distúrbios de aprendizagem podemos
citar a dislexia como sendo um dos distúrbios mais diagnosticados por
especialistas.

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DISLEXIA
A dislexia e um dos transtornos que afetam o aprendizado do indivíduo nos campos da
leitura e da escrita. A criança que apresenta este tipo de distúrbio demonstra
dificuldades em decodificar as letras do alfabeto, sente dificuldade em atividades
que envolva a leitura, de modo que essa falha prejudica o seu desempenho
(CLEIVA et al, 2006).
A dislexia e uma forma de transtorno que se manifesta de forma cognitiva e
comportamental, ou seja, heterogênea, combinada na maioria das vezes por
outros transtornos como déficit de atenção, hiperatividade e/ou distúrbios de
conduta. (MOOJEN et al, 2016).

Esse tipo de dificuldade refere-se a um transtorno genético e hereditário, que


compromete a capacidade de ler e escrever de forma correta. O problema tem
origem neurobiológica, e se manifesta ainda na infância, podendo persistir durante
a vida adulta.

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DISLEXIA
Em alguns casos o indivíduo com dislexia pode apresentar também a presença de
disgrafia (letra feia), ou da discalculia (dificuldade com a matemática, sobretudo na
assimilação de símbolos e na tabuada). Ocasionado ainda comprometimento e
dificuldades em memorização a curto prazo, organização, na orientação “como
seguir uma indicação de um caminho”, a execução de tarefas de modo sequencial,
a compreensão de textos e o aprendizado de uma segunda língua (RODRIGUES,
2016).
Como trabalhar com crianças disléxicas em sala?
• Jogos leitura com imagens.
• Rimas e músicas.
• Método fônico.

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DISCALCULIA
A discalculia é um transtorno de aprendizado definido como uma desordem
neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e
manipular números. Para que o individuo possa ser enquadrado com transtorno de
discalculia o mesmo não pode ser causada por problemas na visão e/ou audição
(GIROTTO; GIROTTO; OLIVEIRA, 2015). O termo discalculia engloba
especificamente à dificuldade de executar operações matemáticas ou aritméticas,
sendo definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais
fundamental para conceitualizar números, como um conceito abstrato de
quantidades comparativas (DA SILVA; DA COSTA, 2008).
Para Bernardi e Stobäus (2011), é importante que o transtorno seja reconhecido o
mais rápido possível, o diagnóstico tardio pode comprometer o desenvolvimento
escolar da criança, prejudicando sua autoimagem e autoestima o que pode
ocasionar medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem.
Desta forma a criança adota comportamentos inadequados, tornando-se agressiva,
apática ou desinteressada Os indivíduos com discalculia apresentam dificuldades
com as operações aritméticas, operações matemáticas e situações problemas,
ocasionados por uma disfunção cerebral orgânica.

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DISCALCULIA
Sendo assim o indivíduo com esse tipo de dificuldade passam por muitos
obstáculos relacionado a atividades que envolvam o raciocínio lógico e aos
processos ligados aos números e quantidades. Para uma pessoa que não
apresente nenhum distúrbio, é simples dizer quantos jogadores
participam de uma partida de futebol, mas para uma pessoa com
discalculia pode ser um desafio (SIQUEIRA; GURGEL-GIANNETTI, 2011).
Para que haja a detecção da discalculia o professor precisa estar atento à
trajetória da aprendizagem do aluno, observando e analisando as atitudes
do mesmo. A principais característica são: apresentação de símbolos
matemáticos malformados, evidenciando a incapacidade de operar com
quantidades numéricas; a não distinção dos sinais das operações;
demonstração de dificuldade na leitura de números e não conseguir
localizar espacialmente os sinais e operações de multiplicação e divisão
(DA SILVA; DA COSTA, 2008.

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TDAH/TDA
• De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), o Transtorno
do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico,
de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o
indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção,
inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit
de Atenção).
• O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ocorre quando, além da falta
de atenção, o indivíduo apresenta comportamento hiperativo.
• Durante o processo de diagnóstico, é comum que seja feito um teste de TDAH
para identificar quais sintomas do transtorno são mais frequentes nas condutas
do dia a dia. Adultos com suspeita podem consultar um especialista e requerer
essa avaliação.
• Já o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) apresenta um diagnóstico possível
quando a criança demonstra ter comportamentos excessivamente dispersos,
principalmente durante as aulas. É comum que ela tenha dificuldade para tirar
notas boas e concluir atividades devido à dispersão.

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PAC/TPAC
Processamento Auditivo Central é a capacidade do sistema auditivo periférico e
central de receber, analisar e organizar aquilo que ouvimos. Existe uma enorme e
complexa rede de neurônios que ligam esse caminho. Quando ocorre algum
desvio, o estimulo sonoro não sabe qual caminho percorrer e o paciente apresenta
o Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), também conhecido como
Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC).
Quais possíveis causas?

• Dentre as possíveis causas do TPAC estão: otites de repetição na primeira infância,


pequenas lesões na via de condução, privação sensorial, alterações neurológicas,
problemas congênitos, déficit cognitivos, transtornos de aprendizagem e TDAH.

Tratamento​
• Além do acompanhamento de equipe multidisciplinar, o treinamento auditivo
realizado por fonoaudiólogo é o método terapêutico mais utilizado na reabilitação
auditiva.

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PAC/TPAC
• Dificuldade de localização sonora;
• Déficit de compreensão;
• Dificuldade de memorizar informações recebidas auditivamente Dificuldade de
atenção;
• Dificuldade de compreender piadas,palavras com duplo sentido, etc.;
• Desatenção;
• Dificuldade em organizar pensamentos;
• Dificuldade com seguir ordens e regras;
• Baixo desempenho escolar;
• Choro ou incomodo com ruídos intensos;
• Alterações na emissão de /r/, /l/, /s/, /z/;
• Agitação e inquietude;
• Inversão de letras na escrita;
• Dificuldade de escutar em ambientes ruidosos;

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ESTUDO DE CASO
• Para socialização das informações sobre o paciente, segue abaixo descrição do resultado da analise diagnostica
psicopedagógica.
• O paciente foi encaminhado para este espaço pela professora com a queixa: Dificuldades deles trabalhadas. Não está
alfabetizado, esta na fase de aprendizado, não realiza as tarefas, porem parte logo para outras brincadeiras atividades.
• Iniciou-se a avaliação em 13/07/2015, onde os atendimentos foram semanais e duração de 40 minutos de avaliação
pisicopedagógica. Para este diagnóstico foram utilizados os seguintes recursos:
• · I Seção lúdica
• · II EOCA
• · III Protocolo de Informação Social
• · IV Provas Operatórias: Conservação de massa/de comprimento/Seriação de bastonetes;
• · V Anamnese com avó;
• · VI Provas pedagógicas
• · VII Provas projetivas Não foram possíveis realizar.

• A queixa supracitada confirma-se integralmente, o paciente não lê e não escreve sem apoio escreve garatujas, algumas
letras caixa alta assim: E ele escreve E ao contrário, o n 3 ele escreve E alguns sinais dislexia.Assim o mesmo deve ser
acompanhado e avaliado por um fonoaudiólogo para confirmação ou descarte, dessa suspeita evidenciada na avaliação
psicopedagógica.
• No aspecto corporal, a análise realizada, revelou que o paciente tem consciência do seu próprio corpo. Não tem domínio
correto temporalidade/lateralidade em algumas situações.
• No nível afetivo social, foi percebido certa tristeza por não saber/conhecer o seu pai.Neste contexto necessita de um
acompanhamento psicológico
• Na área cognitiva e pedagógica detectou-se que necessita de intervenções individualizadas..

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TESTES PARA INDICATIVO
• IAR
• TESTE EXPLORATÓRIO PARA DISLEXIA
• TESTE DA PSICOGÊNESE( AVALIAÇÃO DE NIVEL DE ESCRITA)
• MCHAT( AUTISMO)
• SNAP VI (TDAH)
• PORTAGE (ATRASO DE DESENVOLVIMENTO).
• PROCOTOCO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
• AVALIAÇÃO DE CONCIÊNCIA FONOLÓGICA.

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• Como conversar com a família?
• Encaminhamentos

PSICOPEDAGOGO
FONOAUDIÓLOGO
NEUROLOGISTA
PSICÓLOGO

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COMO O PROFESSOR PODE CONTRIBUIR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM.
A capacidade do professor em identificar os transtornos de aprendizagem e de
extrema importância para o desenvolvimento da criança. Através da identificação
do distúrbio é possível proporcionar ao aluno um suporte adequado, melhorando
sua capacidade de aprendizagem.
O ato de compreender as fases em que o aluno se encontra torna-se uma ferramenta
necessária para auxiliar na eficácia do aprendizado. A compreensão permite que o
professor execute um trabalho que contribua para o desenvolvimento da criança,
compreendendo que a interrupção em uma das fases pela qual a criança ainda
está se apropriando pode originar a dificuldade de aprendizagem (DE OLIVEIRA;
LUKASOVA; MACEDO, 2010).
Os programas de intervenção mais eficazes na reeducação da dislexia e da discalculia
são direcionado para a estimulação e treino dos seus diferentes componentes
sensoriais, com particular enfoque nas áreas do cérebro responsáveis pela leitura e
escrita no caso da dislexia e raciocínio lógico-matemático na discalculia.

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ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Já te falaram que entregar uma atividade diferente é exclusão?


Esse é um dos maiores MITOS que existem na educação inclusiva e te impedem de
fazer a diferença com um currículo adaptado eficaz.

Reconhecidamente, as adaptações curriculares constituem uma possibilidade para


atender às dificuldades de alunos com deficiência, ou que apresentem dificuldades
de aprendizagem, favorecendo a apropriação do conhecimento escolar e
contribuindo com o seu processo de aprendizagem.
• Nem sempre vamos conseguir com que todos os alunos aprendam a mesma coisa,
ao mesmo tempo e da mesma forma. Na teoria é bonito, mas na prática é
impossível.
• Somos diferentes! Faz sentido?
• Inclusão não é todos fazendo a mesma coisa ao mesmo tempo (escola não é linha
de produção). Inclusão é todos aprendendo e convivendo juntos , mesmo que esse
aprender sejam de assuntos diferentes e em formatos diferentes.
• Quando um aluno precisa estudar um assunto diferente da turma, isso se chama
Adaptação Curricular. Nathalia Barbosa Pp
ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Adaptação curricular é obrigatória por lei?


• Sim, desde 1996 na Lei Nº 9.394. Confira o artigo 59:
• Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais:
• I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades;
• Mas em 2013 foi realizada uma alteração substituindo educandos com
necessidades especiais por “educandos com deficiência”
• Hoje está dessa forma:
• Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
• I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades;

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ADAPTAÇÃO CURRICULAR
• Prioridade: o currículo funcional e as habilidades pré-acadêmicas
• Crianças com deficiência precisam, na maioria dos casos, aprender os mesmos
comportamentos que crianças sem atrasos no desenvolvimento aprendem com
relativa facilidade, de modo que muitas vezes nem se nota o quanto estão
aprendendo a cada dia.
• Estamos falando de ensino, de aprender habilidades e comportamentos. Porém
ensinar as crianças com deficiência da mesma maneira que se ensina crianças sem
deficiência pode ser pouco efetivo.
• Um dos aspectos fundamentais para o sucesso de alunos com deficiência no
âmbito escolar é o ensino sistemático e simultâneo de habilidades em várias áreas
do desenvolvimento.
• Na escola, além de outras habilidades básicas, é importante trabalhar com a
criança com deficiência atividades que desenvolvam as habilidades pré-
acadêmicas: coordenação olho mão; emparelhamento de objetos, figuras, objetos
e figuras; uso do lápis e tesoura, pois são são fundamentais na realização de
atividades escolares, como por exemplo: escrever, distinguir diferenças e
semelhanças, matemática, leitura e compreensão.

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